MRSA DA COMUNIDADE – UM PATÓGENO CADA VEZ MAIS FREQUENTE: RELATO DE CASO NEIVA, Lucas Carvalho; VELOSO Jr, Eduardo Ferraz; MOREIRA, Gustavo Wesley Agostini ¹; GIRODO, Giselle Alene Monteiro; COSTA, Ana Carolina Ferreira Brant². 1. Residentes de clínica médica do Hospital Mater Dei - Belo Horizonte - MG 2. Preceptores da Residência de Clínica Médica do Hospital Mater Dei- Belo Horizonte - MG Email: [email protected] INTRODUÇÃO O Staphylococcus aureus (SA) é um microrganismo, capaz de sobreviver e multiplicar-se em ampla variedade de ambientes. Os humanos são reservatórios naturais do SA, que habitam a pele e mucosas do hospedeiro. O SA apresenta importante tendência para resistência antibiótica. Em 1961, foi relatada a identificação das primeiras cepas resistentes à recém-sintetizada penicilina beta-lactamase, precursora do grupo da meticilina e oxacilina. A partir de então, ocorreu aumento mundial dessas cepas resistentes, conhecidas como MRSA. OBJETIVO Objetivo desse estudo foi apresentar um caso de osteomielite causada por MRSA da comunidade em um paciente previamente hígido. MÉTODOS Análise da literatura crítica, incluindo apenas artigos de revisão sistemática com metanálise e relato de caso. Fonte: Arquivo pessoal MRSA DA COMUNIDADE – UM PATÓGENO CADA VEZ MAIS FREQUENTE: RELATO DE CASO RELATO DE CASO Paciente, masculino, 15 anos, previamente hígido, comparece no pronto atendimento com queixa de dor em ombro direito, associado a fistula que drenava secreção sero-sanguinoleta de pequeno volume e constante. Iniciado há três meses. Radiografia de apresentou reação periosteal tipo casca de cebola e tomografia evidenciou sequestro ósseo. Formulada as hipóteses, seguiu em internação hospitalar para realização de biopsia para cultura e avaliação de anatomo patológico. Descartado neoplasia, iniciou Oxacilina. Cultura e antibiograma revelaram presença de Staphylococcus aureus de padrão MRSA; sendo descalonado o antibiótico para Teicoplanina. Após um mês de Teicoplanina, ferida ainda apresenta-se secretiva. Foi submetido a nova abordagem cirúrgica, que envidenciou o mesmo padrão de patógeno. Caso apresente boa evolução poderá seguir em alta hospitalar com terapia sequencia de Sulfametoxazol- Trimetropim por tempo prolongado, com acompanhamento periódico. CONCLUSÃO No Brasil, não existem relatos sobre a prevalência atual deste patógeno na comunidade. Existem poucos relatados na literatura de infecções por MRSA da comunidade. Todavia, observa-se que o MRSA da comunidade é um patógeno emergente no Brasil, com potencial de associar-se a infecções graves. A terapia empírica das infecções estafilocócicas graves deve incluir antimicrobianos com ação contra o SA sensível e resistente a meticilina/oxacilina até o resultado final do teste de sensibilidade, visto o crescente impacto do acometimento por esse patógeno. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Madeleine G. Uhlemann Anne-Catrin. Community-Associated Merhicillin-Resistant Sthaphylococcus aureus Case Studies. Methods Mol Biol. 2014;1085: 25-69. 2.Gren B; Jhonson C; Egan J; Roshenthal M; Evans. Methicillin-resistant Staphylococcus aureus: an overview for manual therapists. J chiropr. 11: 64-76. 3.Uhlemann A; Otto M; Franklin D; DeLeo F. Evolution of comumunity and healthcare associated methicillin-resistant Staphylococcus aureus. Infect Genet Evol. 2014: 21: 563-574. Fonte: Arquivo pessoal e Google Imagens