Centro de Estudos e Articulação da Cooperação Sul-Sul
Sul
A emergência de novas potências, aliada à conjuntura de crises internacionais
(alimentar, energética, econômica e climática), está levando a um reajuste profundo
das regras e arranjos de governança global lidados à Cooperação Internacional para o
Desenvolvimento
imento (CID). Vivemos, portanto, um momento oportuno para a revisão das
políticas e das práticas de cooperação, bem como das nossas visões e modelos de
desenvolvimento, reflexão que requer conhecimento de suas bases empíricas e
teóricas.
Na última década, o Brasil vem promovendo uma política externa ambiciosa, tendo a
Cooperação Sul-Sul
Sul (CSS) como pedra angular. Em áreas como saúde, educação,
proteção social, agricultura e segurança pública, o Brasil vem compartilhando, com
outros países em
m desenvolvimento, conhecimento técnico e políticas públicas que
tiveram impacto positivo sobre o desenvolvimento nacional. O governo também
promoveu a criação de coalizões intergovernamentais, como o IBAS (Fórum entre a
Índia, Brasil e África do Sul).
Muitas
itas das políticas públicas que vêm sendo compartilhadas pelo governo brasileiro
são resultados de construções sociais e lutas políticas que tiveram a sociedade civil
como ator fundamental. Além disso, sociedade civil brasileira desenvolveu
conhecimentos e experiências que vem contribuindo com a busca de paradigmas
alternativos de desenvolvimento. O Fórum Social Mundial é um exemplo da sua força
e influência nos debates internacionais. Mais recentemente, ONGs brasileiras
passaram a realizar projetos de cooperação
cooperação em outros países em desenvolvimento.
desenvolvimento
A CSS veio quebrar o monopólio dos atores tradicionais no estabelecimento de
conceitos, práticas e paradigmas da CID que buscam combater desafios globais como
a injustiça social, pobreza e mudanças climáticas. Sua
Sua ampliação pode promover o
fortalecimento político do Sul e a diversidade nos debates internacionais. No entanto,
apesar da CSS ser cada vez mais difundida, no Brasil e no mundo, ainda não há
consenso sobre sua definição ou princípios. Isso ocorre devido a diversidade dos
atores, falta de dados sistematizados sobre sua prática, construção incipiente de
conhecimento teórico e limitado engajamento e monitoramento pela sociedade civil.
Ampliar e qualificar a discussão sobre a Cooperação, baseado em evidências
evidência e vozes
diversas é fundamental. Pluralismo intelectual e diversidade são ingredientes-chave
ingredientes
de
uma cultura baseada em direitos e são essenciais para inovação. O Articulação SUL
pretende ser uma organização de referência na consolidação do campo da
Cooperação
ação Internacional para o Desenvolvimento no Brasil, aprimorando o diálogo
entre os âmbitos de pesquisa aplicada, políticas públicas e práticas.
Missão
A missão do Articulação SUL é promover e apoiar iniciativas de cooperação Sul-Sul
Sul
que
visem a construção de sociedades mais justas, igualitárias e sustentáveis; e contribuir
para um sistema internacional comprometido com a diversidade dos povos que permita
a emergência de paradigmas alternativos de desenvolvimento.
Nossos princípios
Temos um comprometimento
rometimento com:
•
Produção de pesquisas e análises independentes, críticas, rigorosas e
inovadoras
•
Construção de parcerias horizontais e trabalho em rede
•
Promoção de transparência e prestação de contas
•
Promoção de aprendizado mútuo e respeito à diversidade
diversidade dos saberes
•
Promoção dos direitos humanos e justiça social por meio da realização de
mudanças democráticas e sustentáveis
O que fazemos
1. Pesquisa e Aprendizagem
Para assegurar que as políticas públicas e práticas da cooperação Sul-Sul
Sul
sejam
informadas por evidências empíricas, promovemos, em colaboração com os atores
envolvidos, as seguintes atividades:
•
Produção de estudos e análises sobre Cooperação Internacional para o
Desenvolvimento e Cooperação Sul-Sul;
Sul
•
Monitoramento e avaliação de programas e projetos
projetos de Cooperação;
•
Estudos sobre políticas públicas e práticas emancipatórias Brasileiras;
•
Facilitação de processos de reflexão e aprendizagem.
O Articulação SUL estabeleceu uma parceria estratégica com o Centro Brasileiro de
Análise e Planejamento (CEBRAP) para produção de pesquisa aplicada. Temas de
interesse incluem: governança do sistema de cooperação; políticas e práticas da
cooperação sul-sul;l; cooperação descentralizada; cooperação técnica entre países em
desenvolvimento; cooperação em países pós-conflito;
conflito; desenvolvimento sustentável e
modelos econômicos baseados no bem-estar;
bem
governança democracia participativa.
Contamos com uma rede de colaboradores
colaboradores com expertise setorial, em áreas como:
saúde, agricultura, educação, meio ambiente e governança urbana.
2. Informação, Diálogo e Formação
Para assegurar um debate público amplo e bem informado sobre Cooperação, e que
respeite a diversidade de experiências e opiniões dos cidadãos, promovemos e
apoiamos as seguintes atividades:
•
Realização e divulgação de estudos e análises produzidos por meio de boletins
informativos, artigos, e policy papers;
•
Promoção e organização de seminários, palestras e espaços
espaços de discussão;
•
Elaboração e facilitação de cursos de formação;
•
Participação e engajamento em redes e fóruns relacionados á cooperação.
3. Articulação internacional e Cooperação Técnica
O Brasil tem um valioso repertório de conhecimentos e práticas de desenvolvimento que
podem constituir um diferencial qualitativo da Cooperação, portanto, apoiamos as
seguintes atividades:
•
Sistematização de experiências brasileiras para inserção internacional e troca de
experiência junto a outros países do Sul;
•
Análise de
e oportunidades de projetos de Cooperação com organizações e
governos de outros países;
•
Apoio a organizações brasileiras interessadas em iniciar e/ou fortalecer seu
trabalho internacional e diálogo com outros povos, por meio de preparação,
contextualização e acompanhamento de projetos de Cooperação.
Nossa equipe
Bianca Suyama ([email protected])
Mais de 10 anos de experiência em governança participativa e em cooperação
internacional para o desenvolvimento como gestora, assessora, pesquisadora e
facilitadora. Experiência com ONG’s internacionais (CARE, Fairtrade Foundation,
RedR), movimentos sociais
sociais e governos locais. Experiência de trabalho em ambientes
multiculturais em mais de 20 países na América Latina, África e Ásia, incluindo
contextos em pós-conflito.
conflito. Experiência na elaboração e gestão de projetos e programas.
Mestrado em Gestão do Desenvolvimento
Desenvolv
na London School of Economics and Political
Science. A tese centrou-se
centrou se nas oportunidades e limites dos novos espaços
democráticos para promover a emancipação social. Fluente nas seguintes línguas:
português, inglês e espanhol.
Trabalhos anteriores incluem: a elaboração de sistemas de monitoramento de políticas
públicas, apoio a processos de aprendizado, estudos de análise de políticas e de
impacto, gestão do conhecimento, pesquisa-ação
pesquisa ação e capacitação de equipes técnicas e
de lideranças comunitárias, desenvolvimento de sistemas para efetividade
organizacional. Liderou as atividades de advocacy da CARE na área de cooperação
internacional durante quatro anos, incluindo a publicação dos seguintes relatórios
Mutual Accountability in Aid Relationships: Making Aid Work for the Poor’ e ‘Shifting
Grounds: Implications of international cooperation for civil society organisations in Latin
America’.
Elisa Camarote ([email protected])
Antropóloga especialista em políticas sociais e seu impacto em minorias sociais e
étnicas. Experiência com política públicas trabalhou como assessora técnica
técni
no
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (2005-2008)
(2005
e como
estagiária na Prefeitura Municipal de São Paulo (Coordenadoria Especial da Mulher e
Secretaria do Orçamento Participativo). Experiência com pesquisa de mercado,
moderação de grupos
upos focais, entrevistas em profundidade e análise de dados
qualitativos. Mestrado em Antropologia pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). A
dissertação discutiu a relação entre territorialização, parentesco, organização política
local e produção familiar
ar agrícola em uma comunidade rural sertão semi-árido
semi
da Bahia.
Fluente nas seguintes línguas: português, espanhol, inglês e francês.
Trabalhos anteriores incluem a formulação de adaptações de políticas de proteção
social para as especificidades requeridas no atendimento de minorias étnicas;
monitoramento da implementação de projetos de proteção social básica do Governo
Federal; contribuiu na formulação da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável
dos Povos e Comunidades Tradicionais; desenvolvimento
desenvolvimento e apoio de metodologias
participativas em diversos fóruns e conferências. Suas publicações incluem os artigos
“Lages
Lages das Aroeiras: territorialização e parentesco
parentesco em uma comunidade baiana de
fundo de pasto”,
”, apresentado no 35º Encontro anual da ANPOCS (2011); Direitos
Indígenas na perspectiva do Sistema Único de Assistência Social In: 12º Congresso
Brasileiro de Assistentes Sociais (2007) e contribuição para a pesquisa e dados do
documentos técnico produzido pelo Conselho Nacional de Assistência Social que avalia
aval
o impacto das políticas de proteção social junto a povos indígenas e quilombolas.
Iara Costa Leite ([email protected])
Dez anos de experiência acadêmica na área de Relações Internacionais no Brasil.
Experiência como pesquisadora e/ou professora de diversas instituições (UnB,
IESP/UERJ, PUC-Rio,
Rio, PUC-Minas,
PUC Minas, Rede de Humanização do Desenvolvimento,
Instituto Igarapé), com foco em cooperação internacional para o desenvolvimento
(história, teoria e práticas), cooperação sul-sul
sul sul e política externa. Doutoranda
Dou
em
Ciência Política pelo IESP/UERJ, desenvolvendo tese sobre a cooperação brasileira
para o desenvolvimento internacional (casos da Embrapa e do Senai). Fluente em
português, inglês e espanhol.
Foi colaboradora do Task--Team on South-South Cooperation (TT-SSC/OECD),
SSC/OECD), tendo
sido responsável por um dos estudos de caso de cooperação sul-sul
sul sul destinados a gerar
insumos para a IV Reunião de Alto Nível sobre Eficácia da Ajuda. Participou, junto ao
Instituto Igarapé, de pesquisa voltada para a identificação, seleção e treinamento de
peritos brasileiros a serem empregados em missões
missões de paz e de assistência
humanitária. Participou, como expositora, debatedora ou organizadora, de diversos
seminários, oficinas e congressos sobre cooperação sul-sul.
sul sul. É autora e co-autora
co
de
diversas publicações o tema, como o livro “La cooperaciónsur-sur
sur em Latinoamérica:
utopía y realidad” e o relatório “Contagem, Betim and BH: A beautiful horizon for Haiti.
Youth leadership training program”.
program”
Ivone de Souza ([email protected])
Mais de 20 anos de experiência em cooperação internacional, desenvolvimento urbano
e governança participativa como consultora, gerente, assessora e capacitadora.
Trabalhou para várias agencias da ONU, governos municipais, IBAS (India-Brazil-South
(India
Africa Dialogue Forum) e Agência Brasileira de Cooperação (ABC). Experiência de
trabalho em países da América Latina, Ásia, África e Europa. Tem especialização
especializ
em
Saúde Pública, pós-graduação
graduação certificada em Planejamento e Habitação para o
Desenvolvimento e em Cooperação Descentralizada. Mestrado em Regeneração
Urbana na London Metropolitan University. A tese centrou-se
se nas participação das
comunidades em projetos
jetos de regeneração de habitação social. Fluente nas seguintes
línguas português, inglês e espanhol.
Vasta experiência em gerenciamento de projetos e desenvolvimento de programas,
facilitação intercultural e treinamento de treinadores, mediação com tomadores
tomado
de
decisão de alto nível, construção de parcerias, planejamento estratégico de estratégias
de implementação, sistematização da intervenção de projetos e do desenvolvimento de
estratégias de divulgação. Algumas de suas últimas publicações incluem: “Achieving
“
the Millennium Development Goals in Senegal”
Senegal e "City
City to City Solidarity: South to South
Cooperation”.
Luara Lopes ([email protected])
Sete anos de experiência com cooperação para o desenvolvimento internacional e
responsabilidade social de empresa. Trabalhou como consultora internacional em
diversas organizações internacionais ( UNESCO, OEI, PNUD), centros de pesquisa e
como servidora pública
blica na Agencia Brasileira de Cooperação (ABC). Mestrado em
Relações Internacionais pela Santiago Dantas. A dissertação explorou o papel como
doador no sistema de cooperação para o desenvolvimento internacional.
Experiência com programas e projetos de cooperação
co
sul-sul
sul no campo da
alfabetização de adultos, segurança pública e cultura em países como São Tomé e
Príncipe, Timor Leste e Haiti. Forte capacidade de negociação com atores
governamentais e não-governamentais;
governamentais; monitoramento e avaliação; e moderação.
moderaçã
Publicações recentes incluem a primeira avaliação governamental da Cooperação
Brasileira entre 2005-2009
2009; o artigo “Limites
Limites e perspectivas da posição brasileira na
agenda sobre efetividade da ajuda internacional” no boletim do IPEA; e o artigo “Brasil
no regime de cooperação internacional: quoi de neuf?”
?” apresentado no II Congresso da
Associação Brasileira de Relações Internacionais.
Melissa Pomeroy ([email protected])
Mais de 10 anos de experiência em práticas de participação cidadã, em governos locais
e federais, sociedade civil, instituições internacionais e meio acadêmico. Trabalhou com
as prefeituras municipais de Barcelona e de São Paulo; Observatório Internacional da
Democracia Participativa (OIDP), Governo Regional da Catalunha, Governo Federal do
Paraguai, Instituto de Governo
Governo e de Políticas Públicas (IGOP/UAB). Atualmente
participa do grupo de estudos da EAH (USP) sobre poder e desenvolvimento local e
colabora em processos de planejamento estratégico com o governo federal.
Bacharel em Relações Internacionais pela Pontifícia
Pontifícia Universidade Católica de São
Paulo. Pós graduada em Participação e Desenvolvimento Sustentável e mestre e
doutoranda em Ciência Política pela Universidade Autônoma de Barcelona. Fluente nas
seguintes línguas: português, inglês, e espanhol. Trabalhos anteriores
anteriores incluem quatro
anos de coordenação de uma rede internacional de governos locais , com foco na
promoção da participação cidadã (OIDP), cinco anos de experiência em formação
pesquisa e análise de políticas públicas no Instituto de Governo e de Políticas
Políti
Públicas
IGOP/UAB, sete anos de experiência em desenvolvimento, gerenciamento,
monitoramento e avaliação de projetos. Algumas de suas publicações estão disponíveis
em http://www.oidp.net/en/v_publicaciones.php.
http://www.oidp.net/en/v_pu
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