ROBÓTICA EDUCACIONAL E O DESENVOLVIMENTO DO RACIOCÍNIO PROPORCIONAL: UMA INVESTIGAÇÃO COM BASE NAS AÇÕES DO OBEDUC Edvanilson Santos de Oliveira¹, Abigail Fregni Lins 1. [email protected] Resumo Este trabalho tem por finalidade apresentar uma pesquisa início de andamento, cuja finalidade é promover uma reflexão acerca do uso da robótica no âmbito da Educação Matemática como tecnologia capaz de contribuir no desenvolvimento do raciocínio proporcional por alunos do Ensino Fundamental, revelando um novo campo que se delineia no panorama nacional. Apesar da inserção de novas tecnologias na escola, escassas são as experiências e investigações envolvendo a robótica educacional no ensino da Matemática. Neste contexto, delineamos a trajetória desta investigação com base nas ações de um trabalho colaborativo com professores e alunos de graduação em Matemática, participes de um projeto maior, em rede, OBEDUC/CAPES, entre as instituições UFMS, UEPB e UFAL. A pesquisa de campo será realizada com alunos do 7º ano, de uma escola pública localizada na cidade de Campina Grande, Paraíba, selecionados e distribuídos aleatoriamente em dois grupos, um experimental e outro de controle. O grupo experimental estará sujeito às aulas de robótica com ênfase no estudo de proporção, enquanto o grupo de controle continuará no sistema de aulas convencional. Em ambos os grupos aplicaremos um pré-teste e um pós-teste, o primeiro terá como objetivo explorar as noções iniciais que os alunos possuem sobre proporção. O segundo poderá contribuir para uma melhor compreensão sobre como o pensamento proporcional se desenvolve a partir da intervenção mediada por instrumentos robóticos. Acreditamos que a robótica educacional aliada a uma proposta didática adequada poderá promover o desenvolvimento do raciocínio proporcional de forma ampla, propiciando mudanças significativas nos processos de aprendizagem. Palavras-chave: Robótica Educacional; Raciocínio Proporcional; Trabalho Colaborativo; Educação Matemática. Abstract This study aims to present a progress early research, whose purpose is to promote a reflection on the use of robotics in the context of mathematics education and technology to contribute to the development of proportional reasoning by elementary school students, revealing a new field that outlines the national scene. Despite the introduction of new technologies in school, few are the experiences and investigations involving the educational robotics in the teaching of Mathematics. In this context, outlined the course of this investigation based on the actions of a collaborative work with teachers and graduate students in mathematics, partaker of a larger project, networking, OBEDUC / CAPES, between UFMS institutions, UEPB and UFAL. The field research will be carried out with students from the 7th year in a public school in the city of Campina Grande, Paraíba, selected and randomly divided into two groups, one experimental and one control. The experimental group will be subject to robotics classes with emphasis on the proportion of study, while the control group will continue in the conventional school system. In both groups we apply a pre-test and post-test, the first will aim to explore the basics that students have about proportion. The second could contribute to a better understanding of how the proportional thought develops from the intervention mediated by robotic instruments. We believe that educational robotics combined with an appropriate didactic proposal may promote the development of proportional reasoning broadly, providing significant changes in the learning process. Keywords: Educational Robotics; Proportional reasoning; Collaborative Work; Mathematics education. Introdução Pela primeira vez na história da humanidade a maioria das competências adquiridas por uma pessoa no inicio de seu percurso profissional estarão obsoletas no fim de sua carreira. A segunda constatação, fortemente ligada à primeira, diz respeito à nova natureza do trabalho, cuja parte de transação de conhecimentos não para de crescer. Trabalhar quer dizer cada vez mais, aprender, transmitir saberes e produzir conhecimento. Terceira constatação: o ciberespaço suporta tecnologias intelectuais que amplificam, exteriorizam e modificam numerosas funções cognitivas humanas: memória (banco de dados, hiperdocumentos, arquivos digitais de todos os tipos), imaginação (simulações), percepção (sensores digitais, tele presença, realidades virtuais), raciocínios (inteligência artificial, modelização de fenômenos complexos) (Levy, 1999). Esse panorama descrito por Pierre Levy nos revela a necessidade de um continuo aperfeiçoamento profissional em todas as áreas do conhecimento, isto inclui o educador matemático. Na sociedade digital, a produção de informação gira em torno do intotalizável, do indominável, e cada vez mais se faz necessário que o professor esteja com a mente aberta para as mudanças socioculturais resultantes dos avanços da ciência. Os educadores precisam aprender a gerenciar vários espaços e a integrá-los de forma aberta, equilibrada e inovadora (MORAN, 2004) nos encontramos diante de novos espaços de aprendizagem, isto é fato, mais de 150 escolas estaduais do estado da Paraíba receberam em 2013 kits de Robótica Educacional, contudo, não existem materiais como livros ou apostilas que trabalhem conceitos matemáticos específicos, como exemplo taxas, razão e proporção. Neste sentido, ao refletirmos sobre o estudo da proporcionalidade em nossas escolas percebemos que o mesmo é tratado como mais uma matéria ou assunto do currículo matemático e não como um conceito a ser compreendido. O ensino de proporção se caracteriza pela utilização de procedimentos mecânicos e aplicação de exercícios de fixação, de modo geral, a quantificação numérica e o uso do algoritmo da regra de três a base do ensino de proporção, reduzidos a uma representação simbólica (expressões do tipo A / B = C / D) ou de maneira simplista a um algoritmo de resolução. Tanto a representação simbólica ou uso do algoritmo da regra de três não garantem uma compreensão do significado das relações envolvidas no conceito. Assim, a compreensão conceitual do que de fato está envolvido no raciocínio proporcional é aspecto negligenciado no ensino de proporção (SPINILLO, 1994, p. 110). Considerando a inserção de novas tecnologias no contexto escolar, Silk (2011) considera que ensinar matemática em uma sala de aula requer mais do que simplesmente usar tecnologia. É necessário, sobretudo projetar atividades que promovam concentração, motivação e que apresente a matemática de uma maneira significativa. Nesta perspectiva, surgem alguns questionamentos, considerando o processo de ensino-aprendizagem: a) quais os conceitos de proporção os alunos possuem antes de serem expostos ao ensino mediado por instrumentos robóticos? ; b) a robótica educacional tem em sua programação características que mobilizem o desenvolvimento do pensamento proporcional?; c) que estratégias de ensino podem emergir a partir da pesquisa e do trabalho colaborativo? Acreditamos que através da roboticagem1, aliada a uma proposta de pesquisa/trabalho colaborativo, é possível promover o desenvolvimento do raciocínio proporcional, bem como fornecer condições necessárias para facilitar os processos de concentração, motivação, memorização e interação, habilidades necessárias para o desenvolvimento de competências lógico matemáticas. A presente pesquisa pretende refletir a luz de uma fundamentação teórica adequada, o uso da Robótica Educacional como instrumento capaz de potencializar a apropriação do raciocínio proporcional. Referencial Teórico Como discutido em Oliveira (2013), a Robótica Educacional é uma atividade desafiadora e lúdica que utiliza o esforço do educando na criação de soluções que necessitam raciocínio lógico matemático e utilização de hardware e/ou software visando à resolução de problemas. Para Marchand (1991, p.119): Robótica Educacional é principalmente a aquisição de habilidades gerais e cientificas em áreas como Ciências Experimentais e tecnologia, mas também pode ser utilizada em outras áreas. É caracterizada pelo uso pedagógico do computador, modelação, análise e controle de vários processos físicos. Os robôs educacionais podem assumir muitas formas que vão desde um simples software que através de um dispositivo controla um determinado objeto até o controlador “inteligente” 2. Baranauskas (1999) utiliza os conceitos de Robótica Industrial para o aproveitamento na área 1 A expressão roboticagem foi criada pelo autor e expressa a ideia da robótica inserida em ambientes culturalmente enriquecidos para o desenvolvimento da aprendizagem. 2 Tradução feita pelo autor. educacional, interligando-as: Do ponto de vista técnico-industrial, a robótica é definida como o conjunto de conceitos básicos de mecânica, cinemática, automação hidráulica informática e inteligência artificial, envolvidos no funcionamento de um robô (Usategui e Leon, 1986). Do ponto de vista educacional, a robótica pedagógica pode ser definida como a utilização da robótica industrial num contexto onde as atividades de construção e controle de dispositivos, usando kits de montar ou outros materiais, propicia o manuseio conceitual em ambiente de aprendizagem. (BARANAUSKAS et all, 1999, p.64) Maisonnette (2002) utiliza o termo Robótica Educacional como sendo o controle de mecanismos eletro eletrônico através de um computador, transformando-o em uma máquina capaz de interagir com o meio ambiente e executar ações definidas por um programa criado a partir de um programador a partir dessas instruções. Segundo Baranauskas (1999), de modo geral, os princípios que fundamentam um AIA incluem a construção e não instrução, no qual os alunos podem aprender mais efetivamente construindo o seu próprio conhecimento, não sendo ensinados por meio da leitura, ou de resolução sequenciada de exercícios; controle do estudante e não controle do sistema, onde o estudante possui um controle não exclusivo, porém, mais significativo da interação no processo de ensino e aprendizagem, além de possibilitar o feedback rico, gerado a partir da interação do estudante com o ambiente de aprendizagem e não pelo discurso de um sistema tutor. Com base na psicologia da aprendizagem humana, o raciocínio proporcional é amplamente reconhecido como uma capacidade que inaugura uma mudança conceitual significativa em relação aos níveis operacionais concretos de pensamento para os níveis operacionais formais do pensamento (Piaget & Beth, 1966). De acordo com Lesh, Post e Behr (1998), o raciocínio proporcional é uma forma de raciocínio matemático que envolve um sentimento de covariação e de comparações múltiplas, bem como a capacidade de armazenar e processar mentalmente várias informações, preocupando-se com inferências, envolvendo em seu entorno métodos qualitativos e quantitativos de pensamento. As características essenciais do raciocínio proporcional envolvem taxas, proporções, razão e frações. Isso invariavelmente relaciona a assimilação mental e síntese, além de fornecer a capacidade de inferir igualdades ou desigualdades de pares ou séries. Para os autores, todas as pessoas resolvem problemas que envolvem proporção não utilizam necessariamente o raciocínio proporcional. Na verdade, podem-se perceber as relações numéricas simples (desde A é três vezes B, X deve ser três vezes D) ou utilizar um algoritmo como o de multiplicação cruzada. Para resolver proporções do tipo A / B = x / D, os alunos muitas vezes são ensinados a multiplicação cruzada método A * D = x * B, onde x = A * D / B. No entanto, pesquisas e experiências têm demonstrado consistentemente que este método é mal compreendido pelos alunos e dificultam o desenvolvimento do raciocínio proporcional ao invés de facilitá-lo (Post, Behr e Lesh, 1988). Quanto às tarefas aplicadas nas diversas pesquisas sobre o desenvolvimento do raciocínio proporcional, de modo geral, podem ser agrupadas em duas classes de problemas: tarefas de incógnita e tarefas de comparação (Tourniaire & Pulos, 1985). Além dos tipos de problemas, as tarefas utilizadas variam em função das dimensões envolvidas: complementares e não complementares. Dimensões complementares referem-se a quantidades (contínuas ou discretas) que são partes que, juntas, formam um mesmo todo; enquanto dimensões não complementares são quantidades que não constituem um mesmo todo. A tarefa de quantificação de probabilidades de Piaget e Inhelder (1975) envolve dimensões complementares (cartas com cruz vs. cartas sem cruz que formam um mesmo todo – conjunto de cartas), e a tarefa da balança de Inhelder e Piaget (1958) adota dimensões não complementares (peso vs. distância). Spinillo (1992, 1993, 1997) ressalta a importância da distinção entre dimensões complementares e dimensões não complementares para se compreender a natureza das dificuldades experimentadas por crianças ao resolver tarefas de proporção. De acordo com Spinillo (2002), apesar desta diversidade de formas de investigar este conceito, os estudiosos concordam que o raciocínio proporcional requer: a) reconhecer a equivalência entre situações distintas; b) pensar em termos relativos e não em termos absolutos; e c) estabelecer relações entre relações, i.e., estabelecer relações de segunda-ordem que ligam duas ou mais relações de primeira-ordem. Podemos destacar dois aspectos propostos na literatura, em especial as experiências conduzidas por Spinillo (1994, 1977; Spinillo e Bryant, 1991), o primeiro é que a noção de metade desempenha um papel importante na compreensão inicial das crianças sobre proporção. O segundo aspecto é que as crianças compreendem as relações parte-parte (relações de primeiraordem) antes de compreenderem relações parte-todo (relações de segunda-ordem). Ainda nesse contexto, Spinillo (1994) propõe três aspectos relevantes para o desenvolvimento da aprendizagem: o sujeito que aprende, a natureza do objeto de conhecimento a ser aprendido e a situação na qual a aprendizagem ocorre, e dessa forma: Se de um lado, procuramos entender quais as noções que o sujeito possui sobre proporção; de outro lado procuramos também compreender que situações seriam facilitadoras e propiciadoras do desenvolvimento. Tomando como situação a sala de aula, é preciso considerar que experiências de instrução seriam intelectualmente desafiadores e que permitiriam a apropriação do conceito (objeto do conhecimento) pela criança (sujeito), promovendo assim seu desenvolvimento (1994, p.109). Ao considerarmos esses aspectos, propomos que através da Robótica Educacional é possível a criação de um ambiente intelectualmente desafiador e rico de possibilidades para ascensão cognitiva, sobretudo para o desenvolvimento do conceito de proporcionalidade. Metodologia A pesquisa em desenvolvimento integra o projeto OBEDUC, cujo olhar está direcionado à formação do professor que ensina Matemática para a Educação Básica, este objetiva propiciar, por meio de práticas colaborativas, a reflexão desses professores acerca do trabalho didático/pedagógico e desencadear ações educativas voltadas para a sala de aula. O OBEDUC apresenta-se como projeto em rede entre três instituições: UFMS (Campo Grande e Corumbá); UEPB (Campina Grande) e UFAL (Maceió). Nessa perspectiva, foram organizados grupos colaborativos em escolas públicas envolvendo professores, alunos da graduação e pósgraduação e professores universitários, sob uma proposta para realização de uma prática de pesquisa colaborativa, na qual segundo Ibiapina (2008) tanto a produção de conhecimento quanto de desenvolvimento interativo da própria pesquisa, faz com que professores e pesquisadores produzam saberes compartilhando estratégias. Dentro desse panorama de investigação colaborativa, o presente trabalho pretende contribuir com os estudos relativos à robótica educacional no âmbito da educação matemática, permitindo que se discuta sobre o uso das tecnologias intelectuais como instrumento capaz de promover o desenvolvimento do pensamento proporcional de maneira prática, dinâmica e lúdica, fato que pode permitir questionamentos ao que está posto na literatura, enriquecendo-a. Esta pesquisa caracteriza-se como uma investigação qualitativa, tendo em vista que os investigadores qualitativos em educação estão continuamente a questionar os sujeitos de investigação, com o objetivo de perceber aquilo que eles experimentam, o modo como eles interpretam suas experiências e o modo como eles próprios estruturam o mundo social em que vivem. Nessa perspectiva, acreditamos que esse tipo de investigação é o mais adequado para nosso estudo, considerando que pretendemos compreender como se dá o uso da robótica educacional no contexto da Educação Matemática. Como mencionado anteriormente, a pesquisa será realizada na Escola Estadual Virginius da Gama e Melo, localizada em um bairro da periferia da cidade de Campina Grande-PB, um dos motivos desta escolha é possibilitar por meio da Robótica Educacional a inclusão sócio digital de alunos expostos às drogas, por muitas vezes integrantes de famílias desestruturadas e de baixa renda. As pessoas informantes desta pesquisa serão alunos das 7ª séries do Ensino Fundamental e professores de Matemática. A coleta de dados da pesquisa se dará no primeiro semestre de 2015, em aulas de Matemática nas turmas envolvidas. Os principais registros são constituídos do diário de pesquisa e dos registros gráficos de alunos (caderno de atividades individuais ou em grupo). Além disso, pretendemos registrar o trabalho realizado com os alunos através de máquinas fotográficas e filmadoras. Para registro dos dados utilizaremos o jornal de pesquisa, que segundo Barbosa (2010), tal instrumento possibilita uma visão pluralista para a realidade que se quer compreender, ou seja, permite a passagem de uma escrita pessoal para uma escrita pública: a possibilidade da escrita pessoal, despreocupada, criadora, como registro livre, ao mesmo tempo significativo ao sujeito que escreve, sistematizando e organizando o percurso da pesquisa. A observação é uma das técnicas de coleta de dados imprescindível em toda pesquisa cientifica. Observar significa aplicar atentamente os sentidos a um objeto para dele adquirir conhecimento claro e preciso. As observações serão realizadas no laboratório de informática, onde analisaremos a utilização dos kits de robótica e também nas aulas de matemática por duas turmas do ensino básico, no decorrer de 16 aulas, totalizando 64 horas. Utilizaremos um questionário na aplicação do pré-teste e do pós-teste, em geral, a palavra questionário refere-se a um meio de obter respostas às questões por uma fórmula que o próprio informante preenche, que segundo Bervian (1996, p. 8), é a forma mais usada para coletar dados, pois possibilita medir com melhor exatidão o que se deseja. É necessário que se estabeleça, com critério, quais as questões mais importantes a serem propostas, e que interessam ser conhecidas, de acordo com os objetivos. As perguntas devem ser objetivas, mas não insinuando as respostas ou outras interpretações, devem ser propostas perguntas que conduzam facilmente às respostas. Com relação à entrevista, como aponta Stake (2011), este instrumento pode ser utilizado para vários propósitos, especificamente em nosso trabalho, o objetivo é obter informações singulares ou interpretações sustentadas pela pessoa entrevistada. Considerações Finais Dentro das várias tendências da Educação Matemática, percebemos a partir da robótica educacional, como uma nova tendência de tecnologia Matemática no Brasil, a grande possibilidade de estarmos realizando fusões de estratégias de ensino. Conforme Spinillo (1994), à medida que as crianças são inseridas em ambientes de aprendizagem que possuam em sua programação aspectos intelectualmente desafiadores, no qual diferentes níveis de conceitos possam ser adquiridos. Nesse sentido, um dos desafios a serem superados está relacionado à criação de atividades que mobilizem o potencial de aprendizagem para o desenvolvimento do raciocínio proporcional via Robótica Educacional. Temos convicção que a construção de uma investigação baseada no trabalho colaborativo se trata de uma nova proposta, um novo caminho para a realização de um processo de ensino e aprendizagem de qualidade, implicando em uma ação conjunta de diversas tendências de ensino, onde a participação de pesquisadores e professores seja efetiva, é possível atingir bons resultados, diminuindo a exclusão, transformando comunidades, promovendo cidadania, dentro de todo âmbito das novas tecnologias, como agente motivador e operacional. Espera-se ao lado das instituições que compõem o projeto OBEDUC/CAPES: UFMS (Campo Grande e Corumbá), UEPB (Campina Grande) e UFAL (Maceió), com o alcance da realização da pesquisa proposta, contribuir com a produção de conhecimentos sobre o ensino e aprendizagem da Matemática na Educação Básica visando subsidiar futuros estudos sobre essa área de investigação. Referências BARBOSA, J.G; HESS, R. O diário de pesquisa: O estudante universitário e seu percurso formativo. 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