21/01/2015 Sessão especial marca 40 anos da Coordenadoria Ecumênica de Serviço na Bahia — SECRETARIA DE POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DA IGUA…
SECRETARIA DE POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DA
IGUALDADE RACIAL
Sessão especial marca 40 anos da
Coordenadoria Ecumênica de Serviço
na Bahia
Data: 10/06/2013
Ministra Luiza Bairros (Igualdade Racial) prestigiou solenidade comemorativa
na Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador
A Cese já apoiou mais de 10 mil iniciativas populares que envolveram cerca de nove milhões de
pessoas no Brasil
Eliana Rolemberg usou três palavras para definir a Coordenadoria Ecumênica de Serviço:
ousadia, resistência, transformação. Representantes de povos indígenas, de mulheres e
pescadoras, de trabalhadores sem terra e do movimento negro deram testemunhos
comoventes sobre o apoio da instituição para a concretização desses conceitos em suas vidas.
Foi nesse clima de cumplicidade entre apoiadores e apoiados que aconteceu a Sessão Especial
pelos 40 anos da Cese no Plenário da Assembleia Legislativa da Bahia, sexta­feira (07/06), em
Salvador.
Falas intercaladas por execuções de clássicos brasileiros e mundiais pela Orquestra do Sertão
deram o tom do ato, que teve participação da ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas
de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR­PR), das respectivas
presidente e diretora Executiva da Coordenadoria Ecumênica de Serviço ­ Cese, Eleni
Rodrigues Rangel e Eliana Rolemberg.
Convocada pela deputada estadual Neuza Cadore (PT­BA), a Sessão teve uma mesa composta
por representantes de pautas apoiadas pela Cese, a exemplo de Marizélia Lopes ­ presidente da
Associação de Pescadores e Pescadoras da Bahia, e o líder tupinambá na Serra do Padeiro,
Buerarema­BA, Rosivaldo Ferreira da Silva, mais conhecido como cacique Babau, além de
João Pedro Stédile, fundador e membro do Movimento dos Trabalhadores sem Terra.
http://www.seppir.gov.br/noticias/ultimas_noticias/2013/06/sessao­solene­marca­40­anos­da­coordenadoria­ecumenica­de­servico­na­bahia
1/3
21/01/2015 Sessão especial marca 40 anos da Coordenadoria Ecumênica de Serviço na Bahia — SECRETARIA DE POLÍTICAS DE PROMOÇÃO DA IGUA…
“O compromisso da Cese com os direitos se reforça a cada dia, com o brotar das tantas
sementes espalhadas pelo país. A cada grupo popular que nasce nas periferias das cidades e
nos campos; a cada novo movimento popular que se organiza; a cada movimento que se
reforça; a cada rede tecida por mulheres e homens, nas lutas para transformar nossa
sociedade em busca de justiça e de paz, aí está a razão de ser da Cese”, declarou Eliana
Rolemberg.
Papel político ­ Para a ministra Luiza Bairros, a celebração dos 40 anos da Cese marca o
momento de avaliar a importância da história da entidade na trajetória política das pessoas e
dos vários movimentos sociais do Brasil, mais particularmente no Nordeste e na Bahia.
“Parabenizo a Cese e aos que tornaram possível essa experiência chamada Coordenadoria
Ecumênica de Serviço, pelo papel político que a instituição desempenhou, especialmente no
período da ditadura militar”, afirmou a ministra, que fez um relato sobre a relação do
movimento negro baiano com a entidade nos anos 1980.
De acordo com a chefe da SEPPIR, o apoio da Cese ao movimento negro contrariava o que,
no período, era politicamente central à luta contra a ditadura e pela democracia no Brasil,
uma vez que o movimento trazia uma discussão diferente daquela tratada por vários setores
políticos de esquerda. “O entendimento era de que estávamos quebrando no meio a luta da
classe trabalhadora e, portanto, aquilo não deveria ser algo que se devesse apoiar
politicamente, mas mesmo assim fomos apoiados pela Cese, apesar das discordâncias. E o
mais importante é que a Cese reconheceu que havia ali um embrião de compromisso político,
uma leitura legítima da forma como se dá a exploração dentro da sociedade brasileira”,
explicou a ministra.
Para o presidente do Conselho de Igrejas, Anivaldo Padilha, o Brasil superou a ditadura
militar, mas ainda não vive em plena democracia e o papel da Cese torna­se fundamental
nesse contexto. Associado de Koinonia Presença Ecumênica e Serviço, Padilha é também
membro da Comissão da Verdade, instituída pela presidenta Dilma Rousseff com a missão de
apurar casos de tortura do período da ditadura militar.
Celebração ­ Com o slogan ”Cese: 40 anos de luta por direitos humanos, desenvolvimento e
justiça”, a celebração das quatro décadas de atuação da Coordenadoria teve uma extensa
programação. Além da Sessão Especial, da qual também participaram os secretários de Estado
da Bahia, Albino Canela Rubim (Cultura), Moema Gramacho (Desenvolvimento Social e
Combate à Pobreza) e Vera Lúcia Barbosa (Políticas para as Mulheres), a Cese lançou o livro
Ecumenismo e Cidadania: A trajetória da Coordenadoria Ecumênica de Serviço. Com 260
páginas, a publicação traça um panorama sobre as atividades da instituição desde a sua
fundação, durante a ditadura militar, até os dias atuais.
A Cese também lançou uma exposição de 12 painéis com obras do artista plástico J. Cunha,
inspiradas nos atores sociais e momentos históricos marcantes na construção da democracia
no Brasil nos últimos 40 anos. A exposição fica de 3 a 7 de junho no saguão da Assembleia
Legislativa da Bahia e segue para os estados de São Paulo, Pará e Distrito Federal,
acompanhando os debates que a Cese promoverá no segundo semestre deste ano.
Cese ­ Fundada em 1973 como entidade ecumênica por igrejas cristãs empenhadas no
fortalecimento das lutas dos movimentos sociais por uma sociedade mais justa e democrática,
a CESE é uma organização sem fins lucrativos, que garante apoio financeiro e de assessoria a
grupos populares e outras organizações da sociedade civil. A entidade contabiliza apoio a mais
de 10 mil iniciativas populares que envolveram cerca de nove milhões de pessoas no Brasil.
Além do apoio a projetos, a Cese atua na promoção do diálogo e da articulação e procura
fortalecer a capacidade de atuação de grupos e organizações mediante processos de formação.
O trabalho da Coordenadoria Ecumênica é orientado por quatro eixos: Direito à terra, água e
território; Direito a trabalho e renda; Direito à Cidade; e Direito à identidade na diversidade.
Entre outros grupos, a CESE garante suporte a grupos de mulheres, povos indígenas,
quilombolas, pequenos agricultores, crianças, adolescentes e jovens de áreas rurais e urbanas.
http://www.seppir.gov.br/noticias/ultimas_noticias/2013/06/sessao­solene­marca­40­anos­da­coordenadoria­ecumenica­de­servico­na­bahia
2/3
Download

10-06-2013 – SEPPIR