Um quilombo dos tempos modernos Bem perto de Campo Gran de, ao pé da Serra de Maracaju , num cenário de beleza natural e muita riqueza cultural, está a comunidade Furnas do Dionízio, um dos cerca de 20 territó rios quilombolas do Estado. A comunidade foi fundada em 1901 por Dionísio Antônio Vieira, ou apen as “Véio Dionísio”, ex-escravo, que veio de Mina s Gerais. Em Furnas, vivem cerca de 400 moradore s, reunidos em 86 famílias, que produzem alim entos de forma tradicional, preservando a cu ltura e os costumes herdados. A produção de mandioca, cana-de-açúcar e seus derivados é a principal fonte de renda da comunidade. Disponível em: http://www.planalto.gov.br. Acesso em: 27 jul. 2010 (adaptado). 2003, A Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de ntos inclui no currículo dos estabelecime iais de ensino fundamental e médio, ofic oensino sobre História e Cultura Afr e particulares, a obrigatoriedade do da udo est teúdo programático inclua o -Brasileira e determina que o con tura a luta dos negros no Brasil, a cul História da África e dos africanos, o and ção da sociedade nacional, resgat negra brasileira e o negro na forma pertiáreas social, econômica e política a contribuição do povo negro nas 20 instituir, no calendário escolar, o dia nentes à História do Brasil, além de . ra” Neg tiva do “Dia da Consciência de novembro como data comemora A referida lei representa um avanço não só para a educação nacional, mas também para a sociedade brasileira, porque: A) legitima o ensino das ciências humanas nas escolas. B) divulga conhecimentos para a população afro-brasileira. C) reforça a concepção etnocêntrica sobre a África e sua cultura. D) garante aos afrodescendentes a igualdade no acesso à educação. expediente Resposta: E E) impulsiona o reconhecimento da pluralidade étnico-racial do país. “É hipócrita dizer que todos são iguais, mas depois tratar o outro diferente. Na prática, esse comportamento vai sendo passado de geração para geração. Isso tem que parar. Falta conscientização”. Reicielly Inara o 14 anos – 1º an Brasil, mostra a sua raça Faça valer a igualdade Livros Responda eComentário ira, de incluir conh ile as br ão aç uc l da ed rrículo, A tendência atua africanas no cu ra ltu cu e ia ór hist s de origem cimentos sobre relativo aos povo to en im ec da nh co visa resgatar o ra a compreensão pa l ta en am nd fu eé não europeia, qu vo brasileiro. diversidade do po “Tenho uma filha que sofreu preconceito e me perguntou porque não nasceu branca. Procuro ensinar a ela que todos somos iguais e temos os mesmos direitos. Combater o preconceito vem de casa, dos pais conversarem com os filhos, e na escola se de Oliveira deve debater o assunto, para Rosiane erais na que, quando chegar à adoles- Serviços g tadual cência, não haja tanta gente Escola Es one Hércules Maym preconceituosa”. Uma publicação especial da Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul • FETEMS • Novembro | 2011 Contos Africanos para Crianças Brasileiras, Maurício Veneza e Rogério Andrade Barbosa, Ed. Paulinas. Educação Anti-Racista: Caminhos Abertos pela Lei Federal nº 10.639/03, Vários autores, 234 págs., Edições MEC/BID/UNESCO, MECDA EDUCAÇÃO. Era Uma Vez um Reino de Mentira, Ricardo Benevides e Leo Cunha, 32 págs., Ed. Best Seller. Etnias e Culturas, Nereide Schilaro Santa Rosa, 32 págs., Ed. Moderna. Lendas e Mitos do Brasil, Theobaldo Miranda Santos, 150 págs., Ed. Nacional. Menina Bonita do Laço de Fita, Ana Maria Machado, 24 págs., Ed. Ática. “A discriminação racial ainda é presente porque está no interior das pessoas, é um hábito. Em países como a Noruega, as crianças são educadas desde cedo para aceitar o diferente. Tem que ser assim, a educação para a tolerância, efetiva, na prática. Temos que trabalhar o ser humano acima de tudo”. quias da Silva Adjalmo Mala ciologia Professor de So www.fetems.org.br - Rua 26 de Agosto, 2.296, Bairro Amambaí - Campo Grande - MS - CEP 79005-030. Fone: (67) 3382.0036. E-mail: [email protected] Presidente: Roberto Magno Botareli Cesar; Vice-presidente: Elaine Aparecida Sá Costa; Secretaria Geral: Deumeires Batista de Souza; Secretaria-adjunta: Maria Ildonei de Lima Pedra; Secretaria de Finanças: Jaime Teixeira; Sec. Adjunta de Finanças: José Remijo Perecin; Sec. de Assuntos Jurídicos: Amarildo do Prado; Sec. de Formação Sindical: Joaquim Donizete de Mato; Sec. de Assuntos Educacionais: Edervagno P. da Silva; Sec. dos Funcionários Administrativos: Idalina da Silva; Sec. de Comunicação Social: Ademir Cerri; Sec. de Administração e Patrimônio: Wilds Ovando Pereira; Sec. de Políticas Municipais: Ademar P. da Rosa; Sec. dos Aposentados e Assuntos Previdenciários: José Felix Filho; Sec. de Políticas Sociais: Iara G. Cuellar; Sec. dos Especialistas em Educação e Coord. Pedagógica: Sueli Veiga Melo; Dep. dos Trabalhadores em Educação em Assent. Rurais: Rodney C. da Silva Ferreira; Dep. dos Trabalhadores em Educação Antirracismo: Edson Granato; Dep. da Mulher Trabalhadora: Leuslânia C. de Matos; Suplente (1): Adilson B. Gonçalves; Suplente (2): Marileide P. Ferreira; Suplente (3): Ana Maria Coelho Belo; Suplente (4): Irene Barbosa; Suplente (5): Anderci da Silva; Suplente (6): Ivarlete Pinheiros; Vice-presidentes Regionais: Amambai: Humberto Vilhalva; Aquidauana: Francisco Tavares da Câmara; Campo Grande: Paulo César Lima; Corumbá: Raul Nunes Delgado; Coxim: Thereza Cristina Ferreira Pedro; Dourados: Admir Candido da Silva; Fátima do Sul: Manoel Messias Viveiros; Jardim: André Luiz M. de Matos; Naviraí: Nelfitali Ferreira de Assis; Nova Andradina: Maurício dos Santos; Paranaíba: Sebastião Serafim Garcia; Ponta Porã: Vitória Elfrida Antunes; Três Lagoas: Maria Aparecida Diogo. Jornalista Responsável: Karina Vilasboas. Programação visual: Íris Comunicação Integrada. a gr Ne a ci ên ci ns Co da a Di – o br m ve No de 20 Onde você guarda o seu racismo? que Pesquisa realizada pela Fundação Perseu Abramo mostrou minagrande parte dos brasileiros - 87% - admite que há discri considera ção racial no país, mas apenas 4% da população se A mulher . racista. Está na hora de você rever os seus conceitos você não mais linda do mundo, a miss universo 2011, é negra. Se acordo sabe, o Continente Africano é o berço da humanidade. De negra com o IBGE 2010, o Brasil tem a segunda maior população s. Em do mundo. Temos mais de 76 milhões de afrodescendente o zand totali Mato Grosso do Sul, 1.188.500 são negros ou pardos, negro cerca de 48,53% da população. A contribuição do povo omia, para a formação do Brasil se deu em todas as áreas: na econ rutores na história e na cultura. Os negros foram os agentes const lúrgicas do país. Trouxeram da África tecnologias agrícolas e meta que o Brasil desconhecia. Então, não guarde seu racismo, jog ue-o fora. Despertar e incentivar este debate são os objetiv os desta Aula da Cidadania, um projeto da FETEMS realizado em parceria com os SIMTEDs nas escolas públicas do Estado. Durante a Semana da Consciência Negra, mais que aprender sobre a dat a, vamos colocar em discussão os temas que afetam diretamente nos sas crianças e adolescentes. E principalmente as questões que env olvem o preconceito racial. É um momento de conscientizaçã o e reflexão sobre a importância da cultura e do povo african o na formação da cultura nacional. Vamos falar sobre o me do, a rejeição, o bullying, que muitas vezes causa marcas profun das nas pessoas, destruindo sonhos e vidas. O que é ser negro? O que é ser branco? O que é ser índio? Quem sabe faz a hor a s, de 25 anos, A angolana Leila Lope rentes e venceu o desbancou 88 concor 2011, realizado no concurso Miss Universo rpo, foi mudaria algo em seu co se da na tio es qu r se Brasil. Ao considero boninão mudaria nada, me z, fe e m s eu “D a: tiv xa ta s outros”. elho: respeitem uns ao ta, mas tenho um cons “Já fui vítima de preconceito, mas levei mais na brincadeira. Sou contra todo tipo de violência. A pessoa que é preconceituosa não tem conhecimento. Falta educação e orientação mesmo, na escola e nos meios de comunicação”. iano Cleverson Valer 19 anos – 3º ano Milton Nasc imento, Cart ola, Pixinguin berto Gil, Pe lé, Alcione. M ha, Aleijadin ho, Giluito antes de mente signif le s, Zumbi, qu ica “a força e d literalo espírito pre história do B sente”. Ao lo rasil, homen s e mulheres ngo da ram novos c determinado aminhos, rom s d e sbravaperam as ba se destacaram rreiras do pre nas mais dive c o n ceito e rs Sim, o negro as áreas. Sim , o negro pod tem seus dir eitos. E sim, e mais. escola. isso também se a plica à Segundo o F undo das Na ções Unidas cef), para ca para a Infân da criança b cia (Unira nca vítima d Brasil, duas e violência u outras negra rbana no s são mortas. jovens, com Em cada gru idades entre p o de 10 15 e 18 ano sete são neg s, assassinad ros. o s n o Brasil, Para fazer o le vantamento, ma da Organ o Unicef utiliz ização das N ou dados do a Prograç ões Unidas (O vimento (PNU NU) para o D D) e concluiu esenvolque o racism futuras de bra o pode afeta sileiros. Essa r g erações foi a mesma quisa realizad conclusão de a pelo Centr u m o a pesd e cia do Institu Referência às to Sedes Sap V ít im a s d a Violênientiae. De ac ra da entidad ordo com a c e, a psicólog o o rd a enadoD chamada “vio alka Chaves de Almeida F lência social” errari, a foi apontada de violência e como o princ nfrentada na ip s al tipo escolas. O lev do em 20 mu antamento fo nicípios brasi i le re ir alizao s, de várias re As estatística giões do país s estão aí e a . Vamos comb realidade tam ater o precon bém. Fique li c g e ado! ito e todo tip sive na escola o de violência . Isso depend , inclue de cada um de nós. Gente que faz a dif erença as se Brasil, os negros e negr do ria tó his da go lon Ao ão, artes, ciais, na política, educaç destacaram em ações so a em s. Vamos dividir a turm ea ár s tra ou tre en s, esporte rsonalidadeverá escolher uma pe les de um da ca e os up pligr Logo depois, deverá ex ís. pa no e qu sta de de de negra da. admira a pessoa escolhi ue rq po sse cla a ra pa car ças existem diferen ão n e u q u ro st ticos. A ciência já mo s, índios ou asiá co n ra b s, ro eg s n de raças entre ico de um desse íf ec p es é o an hum logicaNenhum gene sa distinção, bio es te is ex ão n A única raça povos e, como ença de raças. er if d te is ex mente não humana. que existe é a undo Igualdade nodom s Direitos Humanos Declaração Universal Artigo 1° dignidade scem livres e iguais em na os an m hu s re se os s agir Todo de consciência, devem e o zã ra de s do ta Do . e em direitos idade. s em espírito de fratern uns para com os outro a: o seguinte tem m co ão aç d re a e são Faça um eito à diversidad sp re o e e ad ld A igua de todos nós. responsabilidades A África não é um país. É um continente. Foi lá, há milhares de anos, que apareceram nossos ancestrais. Lá nasceram a medicina, a matemática, os primeiros centros universitários. Os africanos também criaram as técnicas de contabilidade, mineração e de agricultura. Equipamentos de produção, como enxada, arado e algumas técnicas de irrigação, também surgiram na África. ano por Continente Afric do a ap m o a id iv D a das bre a importânci so se ui sq pe e e. países para a humanidad as an ric af s õe nç inve Para compreender como surgiu o racismo, precisamos conhecer a história. Nada foi por acaso. Desde a Antiguidade, a mentalidade ocidental convive com a ideia de que os seres humanos estão divididos em raças. Mas foi no decorrer do século XIX, quando os países europeus necessitavam justificar seus projetos de expansão imperialista e colonização, que se propagou fortemente a ideia de que uma raça poderia ser superiora a outra. A ciência do século XIX dava ao racismo o fundamento que lhe permitia justificar a escravização criminosa de milhões de africanos. E, com base nisso, propagaram-se preconceitos e discriminação. O racismo foi inventado para justificar a dominação de um povo sobre o outro. E, a partir daí, cometeram assassinatos, torturas, tentaram destruir suas culturas, exploraram a mão-de-obra. Mas a história do povo negro e dos indígenas é marcada pela resistência e luta por igualdade. Veja só quem já fez história! Você sabia q ue Joaquim Maria Mach filho de um ado de Assis operário me era stiço de neg ro e portug Aquele que uês? viria a se to rnar um do tores brasile s principais iros perdeu escria mãe muito foi criado p cedo e tamb ela madrast ém a mulata, M matriculou aria Inês, q o então me nino em esc ue que ele freq ola pública, uentou. Ma ú n ic c a h ado de Assis foi cronista , contista, d (1 8 3 9 -1 9 08) ramaturgo, novelista, ro jornalista, p mancista, c o e ta, rí tico e ensaís clássicos bra ta. É autor sileiros, com de o Dom Casm rias Póstum as de Brás C urro, Memó ubas e Quin cas Borba. Além dele, muitos neg ros e pardo tinuam faz s fizeram e endo históri cona. Ainda n compositora o século X e instrumen IX , a tista Chiqu foi pioneira inha Gonza na luta pela ga na defesa d emancipaçã o feminina os direitos autorais. Fil branco e da ha de um m e negra Rosa ilitar Maria de Lim maestrina d a, foi a prim o Brasil e co eira mpôs sucess “Atraente” os como a p e “Ó Abre o lca Alas”, prim especialmen eira música te para o C fe it a a rnaval. Escre teatro inédit veu peças d as, como Fe e sta de São Jo Guedes. ão e A filha do Aumente o som Mundo melhor (Pixinguinha) O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserçã o do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir com o dia da morte de Zumbi dos Palmare s, líder da luta contra a escravidão, em 1695. A lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003, incluiu o dia 20 de novembro no calendário escolar. A mesma lei também tornou obrigatório o ensino da Históri a e Cultura Afro-Brasileiras. Nas escolas, as aulas sobre os tem as História da África e dos africanos, luta dos negros no Brasil, cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional vão proporcionar o resgate da contribuição dos pov os negros nas áreas social, econômica e política ao longo da hist ória. - Após pesquisar, escreva uma redação, com até 30 linhas, sobre a vida de Zumbi dos Palmares. - Diversas leis asseguram direitos e conquistas aos negros no Brasil. Vamos dividir a classe em grupos e cada um deverá selecionar duas legislações e depois apresentá-las à turma. Você que está me escutando É mesmo com você que estou falando agora Você que pensa que é bem Não pensar em ninguém e que o amor tem hora . Ouça isto aqui meu ouvinte O negócio é o seguinte: a coisa não demora E se você se retrai Você vai entrar bem, ora se vai! Conto com você, um mais um é sem E depois vou mesmo é amar e can pre dois Você deve ter muito amor pra ofe tar junto recer. Então pra que não dar o que é me lhor em você. a gente. “Não é só a morte que iguala cura também O crime, a doença e a lou e a gente inacabam com as diferenças qu venta”. Lima Barreto “Da mesma forma que sofro preconceito por ser homossexual, os negros sofrem pela cor da pele. As pessoas que fazem isso são ignorantes”. ini Pablo Rub 2º ano 19 anos – Venha me dê sua mão poesia Porque sou seu irmão na vida e na Deixe a reserva de lado rra fria. Eu não estou interessado em sua gue Nós ainda vemos de ver Uma aurora nascer num mundo em harmonia Onde é que está sua fé? Com amor é melhor, ora se é!”.