Finalmente, este programa de trabalho também lança uma nova abordagem ao envolvimento dos interessados através da orientação do conceito de «plataformas sociais» no tópico «Cidades e coesão social», e a orientação do plano de financiamento «Investigação em benefício de grupos específicos» que visa, sobretudo, as organizações da sociedade civil. Este instrumento apoia a contratação de instituições de investigação por parte de organizações da sociedade civil, e pretende fortalecer os laços entre a investigação e a sociedade civil. O plano de trabalho 2007 não financiará as redes de excelência. Durante os próximos dois anos, a Comissão procurará avaliar o uso das redes de excelência, concentrandose mais nos projectos de investigação e planos de financiamento menores para o trabalho em rede. Recorrer-se-á aos seguintes planos: 1. Projectos de investigação colaborativa, que incluem dois tipos de projecto: a) projectos integrantes de larga escala, com uma contribuição orçamental da UE entre 1,5 milhões e 4 milhões de euros; b) projectos pequenos ou médios com enfoque específico e contribuição orçamental da UE entre 0,5 milhões e 1,5 milhões de euros. 2. Acções de coordenação e apoio, que também incluem dois tipos de projectos: a) acções de coordenação e apoio para coordenar programas ou políticas de investigação. Estas serão desempenhadas por consórcios e concentrarão o seu apoio nas actividades de trabalho em rede; b) acções de coordenação e apoio que pretendam apoiar programas ou políticas de investigação, que podem ser desempenhadas por organizações individuais e que tendem a ser actividades de menor escala, com enfoque muito específico e papéis importantes na implementação do programa. 3. Investigação em benefício de grupos específicos, tais como as organizações da sociedade civil (OSC). Este plano de financiamento apoia os projectos de investigação e desenvolvimento tecnológico onde a maior parte da investigação seja desempenhada por agentes de RDT em benefício de grupos específicos, em particular as organizações da sociedade civil e suas redes. As organizações da sociedade civil incluem qualquer entidade não governamental, não lucrativa, sem interesses comerciais, que procure o interesse público. NB: Indicam-se condições detalhadas para a participação nas regras de participação do sétimo programa-quadro. CONTACTO: CORDIS: http://cordis.europa.eu/fp7/ EUROPA: http://ec.europa.eu/research/social-sciences/ CIÊNCIAS SOCIOECONÓMICAS E CIÊNCIAS HUMANAS BROCHURA Um conjunto de inovações diz respeito à diversidade dos tópicos incluídos no programa de trabalho. Para além dos habituais tópicos de relevo para a legislação, este programa de trabalho inclui tópicos que se centram sobre o impacto socioeconómico das políticas europeias, tais como a «política agrícola comum» e a sociedade «pós-carbono», e também prevê um espaço para as propostas de investigação sobre temas emergentes que possam partir das bases. Também proporciona apoio a planos que reúnam programas de investigação de âmbito regional, bem como investigação ligada a importantes ferramentas de legislação como sejam os indicadores, os modelos analíticos e as previsões. Outra grande inovação lançada neste programa de trabalho é a nova abordagem à cooperação internacional com países fora da Europa. Isto é positivamente encorajado através da inclusão de tópicos onde tal cooperação ofereça vantagens claras à qualidade da investigação. Para mais, as restrições impostas às organizações afectas a países parceiros de cooperação internacional, cuja lista inclui cerca de 140 países, já não se aplica. PLANOS DE FINANCIAMENTO KI-77-07-186-PT-D O programa de trabalho segue o estilo de anteriores programas de trabalho dos programas-quadro precedentes. As actividades são divididas por áreas, que são subdivididas por tópicos, sendo estes as unidades básicas para as propostas de investigação. Contudo, inclui diversas inovações. . copyright: Shutterstock NOVAS ABORDAGENS NO SÉTIMO PROGRAMA-QUADRO COOPERAÇÃO AS CIÊNCIAS SOCIAIS E AS CIÊNCIAS HUMANAS NO SÉTIMO PROGRAMA-QUADRO COMPREENDER A SOCIEDADE As ciências socioeconómicas e as ciências humanas, pela sua natureza, permitemnos compreender como se organizam e governam as sociedades e como estas evoluem e se transformam. Examinam todos os aspectos da sociedade, proporcionando informação importante sobre temas como o emprego, o crescimento económico, a mobilidade social, a educação, a governação, a cidadania, a exclusão, os conflitos e os direitos humanos. Investigam, entre outras coisas, as relações entre várias tendências sociais e económicas e mudanças nas sociedades, bem como as suas implicações na economia e bem-estar social. Qual é a relação entre as taxas de natalidade, o envelhecimento das populações e a necessidade de reconciliar a vida privada e profissional? Quais são as implicações de uma sociedade em envelhecimento? O ênfase na flexibilidade do emprego exacerbou as desigualdades sociais? Como podem homens e mulheres equilibrar as suas vidas privadas e profissionais? Poderá a Europa reconciliar o crescimento económico, a coesão social e a diversidade cultural? Até que ponto é que os governos conseguiram reduzir a exclusão? Há provas de racismo institucionalizado? Como pode o público contribuir para os debates legislativos fundamentais, como o debate sobre as reformas? Esta investigação pode ajudar a melhorar a legislação e trazer desenvolvimento social, económico, político e cultural. As ciências socioeconómicas e as ciências humanas também são importantes para os investigadores e cientistas vindos doutras disciplinas. Dão-lhes uma ferramenta que permite avaliar o impacto social, económico, ambiental e ético do seu trabalho e levar em conta o aumento da preocupação pública face às consequências dos avanços científicos e tecnológicos. As ciências socioeconómicas e as ciências humanas podem ajudá-los a tomar medidas apropriadas e escolher os instrumentos e tecnologias certos. «A investigação nas ciências socioeconómicas e ciências humanas» continua a ser um dos temas de investigação no sétimo programa-quadro, a decorrer entre 2007 e 2013. Centra-se sobre a construção dum melhor entendimento dos desafios socioeconómicos com que a Europa se defronta, tais como o crescimento económico, o emprego e a competitividade, a coesão social e a sustentabilidade, a qualidade de vida e a interdependência entre as regiões mundiais; os direitos humanos e a cidadania. Será apoiado por um orçamento de 623 milhões de euros. p e os académicos das humanidades criam conhecimento. Os legisladores podem usar e usam este conhecimento para avaliar as políticas actuais e dar forma às futuras. As tendências na UE e no mundo proporcionam uma estratégia de investigação cada vez mais importante às ciências socioeconómicas e humanas e uma oportunidade cada vez mais abrangente de contribuir para a inovação, bem-estar e decisões sociais melhoradas. As actividades das ciências socioeconómicas e ciências humanas são implementadas por meio do programa de trabalho. O programa de trabalho para 2007 pauta-se por oito actividades que se subdividem em áreas e tópicos. Dáse particular ênfase às actividades 1 e 2. Dá-se também especial atenção à contribuição dos académicos das humanidades que podem envolver-se em todas as actividades do programa de trabalho. PÔR O CONHECIMENTO EM PRÁTICA Os projectos de ciências socioeconómicas e ciências humanas financiados pela UE produziram já um corpo de conhecimento de grande importância para a legislação sobre muitos assuntos sociais e económicos cruciais na actualidade. Mas, apesar do valor desta investigação, os cientistas sociais e os académicos das ciências humanas continuam a enfrentar um grande desafio no que toca a toca a tornar visível o impacto do seu trabalho. Todos podem ver a importância da ligação entre a investigação e um Actividade 1: Competitividade, crescimento e emprego. A investigação, orientada para a resolução de problemas e a relevância legislativa, lidará com a competitividade, o crescimento e o emprego. Concentrar-se-á na internacionalização das actividades inovadoras; globalização das actividades económicas; o impacto das mudanças demográficas; a interacção entre conhecimento, capital humano e a economia; o papel do sector de serviços e os investimentos intangíveis, bem como o papel crescente da cultura e da criatividade. Actividade 2: Caminhos para o desenvolvimento sustentável. O objectivo global da actividade é proporcionar um entendimento e medição significativamente melhorados de como os objectivos económicos, sociais e ambientais do desenvolvimento sustentável podem ser combinados, com êxito, numa perspectiva internacional. Actividade 3: Grandes tendências na sociedade e suas implicações. A investigação lidará, entre outras coisas, com as causas, efeitos e prováveis impactos futuros das mudanças demográficas; a natureza mutável do trabalho e da vida privada; o peso crescente do ambiente e da saúde pública; e a evolução de estilos de vida, padrões de consumo, valores, atitudes e crenças das sociedades contemporâneas. Actividade 4: A Europa no mundo. A Actividade pretende compreender como mudam as interacções e interdependências globais, e como estas afectam a economia, a sociedade, as instituições e a segurança na Europa e no resto do mundo. Actividade 5: O cidadão na União Europeia. A investigação interdisciplinar abordará os diferentes modos através dos quais diversas formas e interpretações de participação democrática e «apropriação», cidadania, diversidades e traços em comum podem vencer problemas e dificuldades emergentes a nível nacional, regional e europeu. Actividade 6: Indicadores socioeconómicos e científicos. novo medicamento, por exemplo. Mas o resultado da investigação nas ciências socioeconómicas e humanas é menos óbvio. Ainda assim, este novo conhecimento tem orientado a legislação sobre a criação de mais empregos de qualidade e o incremento da competitividade das empresas. Tem observado o impacto do envelhecimento da sociedade, como melhorar a qualidade de vida, os papéis em mudança de homens e mulheres, e como enfrentar a pobreza, o racismo e a xenofobia. Os cientistas sociais p p abrigo da sua sétima A ESTRATÉGIA EUROPEIA A UE tem financiado directamente investigações nas ciências socioeconómicas e ciências humanas que lidam com os mais prementes desafios sociais na UE desde 1994. O quarto programa-quadro, que decorreu entre 1994 e 1998, introduziu a investigação socioeconómica pela primeira vez. Através do seu programa de investigação socioeconómica orientada, proveu um orçamento de 112 milhões de euros. prioridade temática «Os cidadãos e a governação numa sociedade do conhecimento».. Quatro anos mais tarde, o quinto programa-quadro, que decorreu entre 1998 e 2002, intensificou o apoio à investigação socioeconómica. Ao abrigo da acção-chave «Melhorar a base de conhecimentos socioeconómicos» obteve um orçamento de 155 milhões de euros. O sexto programa-quadro, que decorreu até 2006, com um orçamento de 255 milhões de euros, apoia a investigação nas ciências socioeconómicas e ciências humanas ao p Os projectos ao abrigo desta actividade procurarão melhorar a relevância, qualidade e quantidade de indicadores disponíveis aos legisladores, em conjunto com as técnicas e modelos analíticos usados em apoio de todos os aspectos da legislação, em particular na avaliação dos seus impactos. A política de investigação da UE será considerada neste contexto. Actividade 7: Actividades de previsão. A previsão contribuirá para a análise de mudanças no sistema global de investigação e suas possíveis implicações para a política de investigação europeia. Também proporcionará dados estratégicos úteis à revisão intermédia do sétimo programa-quadro e à preparação do oitavo programa-quadro para a investigação na Europa. Actividade 8: Actividades estratégicas. Esta actividade aborda certas actividades «horizontais» que são necessárias à boa implementação de prioridades temáticas específicas, em particular necessidades legislativas imprevistas e emergentes, a cooperação internacional, a disseminação de actividades programáticas e os estudos estratégicos. Ao longo dos sete anos da implementação do programa, pretende-se atingir um equilíbrio lato entre as actividades.