Colégio Estadual Sol de Maio Ensino Fundamental, Médio e Profissional. Rua: Pedro Francisco Keru, 120 – Três Lagoas. Cep: 85862-575 Tel: (45) 3577-2484 Foz do Iguaçu - Pr PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO Foz do Iguaçu 2011 Colégio Estadual Sol de Maio Ensino Fundamental, Médio e Profissional Rua: Pedro Francisco Keru, 120 – Três Lagoas Cep: 85862-575 Tel: (45) 3577-2484 Foz do Iguaçu - Pr Projeto Político Pedagógico Projeto apresentado como requisito à administração política, econômica e pedagógica, do Colégio Estadual Sol de Maio, durante um período de 01 ano, após aprovação, sob a orientação e coordenação da Equipe Pedagógica da SEED/NRE de Foz do Iguaçu e a do Colégio. “A educação do homem começa no momento do seu nascimento; antes de falar, antes de entender, já se instrui.” (Jean Jaques Rousseau) SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ................................................................................................ 7 2 IDENTIFICAÇÃO E HISTÓRICO DO COLÉGIO ............................................ 8 3 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL .......................................................................... 9 4 PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR ....................................................... 14 5 DIAGNÓSTICO DO ESTABELECIMENTO .................................................. 16 6 ORGANIZAÇÃO ESCOLAR TEMPO E ESPAÇO ....................................... 17 6.1 RECURSOS FÍSICOS ................................................................................ 18 6.2 RECURSOS HUMANOS ............................................................................ 22 6.3 BIBLIOTECA .............................................................................................. 22 6.4 LABORATÓRIO ......................................................................................... 23 6.5 VIDEOTECA (MULTIMÍDIA) ....................................................................... 24 6.6 CALENDÁRIO ESCOLAR .......................................................................... 24 7 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR .................................................................. 25 8 CULTURA AFRO BRASILEIRA E INDÍGENA (EQUIPE MULTIDISCIPLINAR) ...................................................................................... 26 9 INCLUSÃO EDUCACIONAL ........................................................................ 29 9.1 DIVERSIDADE SEXUAL ............................................................................ 30 10 HORA ATIVIDADE ..................................................................................... 31 11 FILOSOFIA E OS PRINCÍPIOS DIDÁTICOS – PEDAGÓGICOS DA INSTITUIÇÃO .................................................................................................. 31 11.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE ............................................................... 34 11.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM ...................................................................... 36 11.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO ............................................................... 42 11.4 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ...................................................... 53 11.5 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA ................................................................ 53 11.6 CONCEPÇÃO DE MUNDO ...................................................................... 54 11.7 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO ............................................................... 54 11.7.1 Recuperação paralela ........................................................................... 58 11.8 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO .............................................................. 58 11.9 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA ............................................................ 63 11.10 CONCEPÇÃO DE CULTURA ................................................................. 64 12 ENSINO – APRENDIZAGEM ..................................................................... 67 13 DIREITOS HUMANOS ................................................................................ 68 14 PLANEJAMENTO DE AÇÕES DA ESCOLA ............................................. 69 14.1 APRESENTAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO ................................................ 69 14.2 GESTÃO DEMOCRÁTICA E PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO: ALGUNS APONTAMENTOS PARA A ORGANIZAÇÃO DA ESCOLA PÚBLICA EM SUA FUNÇÃO SOCIAL. ..... 70 15 INSTÂNCIAS COLEGIADAS ..................................................................... 71 15.1 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR.................................................................. 71 15.1.1 COMPOSIÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 2010 ...................... 73 15.2 APMF – (ASSOCIAÇÃO DE PAIS, MESTRE E FUNCIONÁRIOS) .......................... 73 15.3 GRÊMIO ESTUDANTIL ............................................................................ 74 15.4 CONSELHO ESCOLAR ........................................................................... 75 16 DIREÇÃO ESCOLAR ................................................................................. 75 17 SECRETARIA ESCOLAR .......................................................................... 76 18 EQUIPE PEDAGÓGICA ............................................................................. 76 19 PROJETOS................................................................................................. 78 19.1 PROJETOS INTERDISCIPLINARES - RELAÇÃO COM A AGENDA 21 .............80 19.2 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM: ............................................................... 87 19.3 EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO ...................................................................... 88 20 PROGRAMAS ............................................................................................ 90 20.1 CELEM – CENTRO DE LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA ................. 90 20.2 MAIS EDUCAÇÃO ................................................................................... 92 20.2.1 FANFARRA ........................................................................................... 92 20.2.2 TEATRO................................................................................................ 93 20.2.3 NATAÇÃO ............................................................................................. 93 20.2.4 MATEMÁTICA ....................................................................................... 94 20.2.5 XADREZ................................................................................................ 95 20.3 PEP - PRONTIDAO ESCOLAR PREVENTIVA ......................................... 95 21 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS ................................ 97 21.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL ........................................................................ 97 21.2 EDUCAÇÃO FISCAL ................................................................................ 98 21.3 ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA NA ESCOLA ..................................... 98 21.4 PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS .................................... 99 22 COMUNIDADE ESCOLAR “FORMAÇÃO CONTINUADA” ..................... 99 23 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO .............................................................. 101 24 AVALIAÇÃO INTERNA E EXTERNA DO TRABALHO NA ESCOLA ..... 101 25 AVALIAÇÃO DO PPP .............................................................................. 102 26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................... 106 APRESENTAÇÃO O Projeto elaborado tem como objetivo registrar o plano de ação, no âmbito político, econômico e didático, por um período de um ano. Registramos toda a fundamentação teórica que alicerça a nossa Filosofia de Trabalho, que se centra nos conceitos e concepções de uma Linha Pedagógica Progressista, segundo Vygotsky (2003), Freire (2005) e outros, contextualizando ao mundo globalizado e neoliberal. Portanto, apresentamos e registramos o referencial e o diagnóstico que de certa forma caracteriza e determina a formação da personalidade das pessoas da nossa comunidade, e também as ações pedagógicas já tomadas e que tomaremos para contribuir para a formação do caráter do nosso aluno, visando-o como um homem sujeito, cidadão ético e moral. Para isso, a nossa pesquisa aborda o contexto histórico universal e local; a história da escola e do bairro; o diagnóstico da escola, enquanto estrutura física, relacionamento entre todas as pessoas que estão inseridas no ambiente escolar; processo ensinoaprendizagem; evasão e indisciplina. Todos os dados foram coletados através de questionários dirigidos, gráficos e registros das ações propostas para a continuidade, visando um trabalho educativo de qualidade. 7 1 INTRODUÇÃO O Projeto Político Pedagógico é um documento que tem o objetivo de registrar o funcionamento e as ações administrativas e pedagógicas do Colégio Estadual Sol de Maio, alicerçado em documentos legais como a Constituição Federal, LDB 9394/96, Estatuto da Criança e do Adolescente, Regimento escolar, Pareceres, Resoluções e outros. O mesmo foi elaborado a partir do enfoque da História do Bairro, do Colégio; dos Projetos a serem desenvolvidos; Atividades Culturais; Desportivas e de Ações Sociais; Eventos, Regimento Interno do Colégio; Proposta Curricular Fundamental e do Ensino Médio; critérios para concretização da Recuperação Paralela, Avaliação Semestral, Matriz Curricular; Linha Filosófica e Pedagógica e Metodologia Geral, adotada por todos os docentes e complementada com metodologia pessoal de cada docente. Logo, para as tomadas de decisões que se referem à reestruturação do regimento da Instituição de Ensino, pesquisou-se todos os documentos que dão respaldo legal para se trabalhar com a formação do caráter e conhecimentos sistematizados do aluno, como também a concepção de família, concepção de docente e demais funcionários da escola. É também, enfocado o Marco Situacional do colégio, a partir da caracterização do bairro e da comunidade escolar, tanto família, quanto aluno desta Instituição, registrando-se então o diagnóstico da mesma, conceitos e as operações e soluções, a fim de erradicar as ações negativas, reaproveitar e reestruturar àquelas que são positivas. Este Estabelecimento de Ensino fomenta no seu conjunto, na sua matriz curricular, uma ampla diversificação dos tipos de estudos disponíveis, estimulando alternativas que a partir de uma base comum a ser complementada com uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e da comunidade, oferecendo opções de acordo com as características dos alunos e as demandas do meio social, do mercado de trabalho, dos estudos mais abstratos e conceituais , aos programas que alternam a formação escolar e experiência profissional; das matrizes curriculares mais humanísticas aos mais científicos, 8 aos artísticos, sem negligenciar as oportunidades determinadas na oferta de alternativas. Sendo assim, como divisão referencial, temos três momentos ou atos: Situacional, Conceitual e Operacional, que são argumentados, cada qual, no desenvolvimento do Projeto. 2 IDENTIFICAÇÃO E HISTÓRICO DO COLÉGIO O Colégio Estadual Sol de Maio Ensino Fundamental, Médio e Profissional, está localizado na Rua Pedro Francisco Keru, 120 – Bairro Três Lagoas, Foz do Iguaçu, Telefone (45) 3577-2484, e-mail [email protected], CEP: 85862-575 sendo mantido pelo governo do Estado do Paraná. A escolha do nome desta Escola deu-se via votação por lideranças da comunidade, e representantes do Núcleo Regional de Ensino de Foz do Iguaçu. O escolhido fora Sol de Maio, em homenagem ao loteamento na qual esta inserida. Aos vinte e três dias do mês de janeiro de dois mil e dois, foi criado e autorizado pela Resolução nº 185/02 o funcionamento do mesmo ofertando duas modalidades de ensino: o Fundamental e Médio. Aos vinte e seis dias do mês de julho de 2010 foi criado e autorizado pela resolução nº 3203/2010, mais uma modalidade de ensino e está sendo ofertado o curso profissional de Técnico em Logística, Integrado e Subsequente e Técnico em Comércio Exterior Integrado e subsequente. O Colégio foi construído em 2001 com uma área de 2076,93 m2 com capacidade para receber 1700 alunos. Inaugurado no dia quinze de março de 2002, tem atualmente 1400 alunos distribuídos nos três turnos de funcionamento, matutino Ensino fundamental, médio e profissional, vespertino- Ensino fundamental, noturno – Ensino fundamental, médio, profissional e Celem, formando um total de 47 turmas distribuídas nos três turnos. Atualmente o corpo docente do Colégio é formado por 67 professores especialistas, sendo três pedagogos. O setor administrativo é composto por 21 funcionários distribuídos entre Agentes Educacionais I e II. 9 O diretor dessa unidade de ensino é o professor Nivaldo Vanderlei Balla, tendo como diretoras auxiliares as professoras Eliani Pastorini Alves e Rosa Maria Ferreira. 3 FUNDAMENTAÇÃO LEGAL A educação é dever da família e do Estado. Inspirada nos princípios da liberdade nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação. De acordo com as Leis Federais e Estaduais que regimentam as práticas educativas podemos citar que a Lei de Diretrizes e Bases nº 9394/96, sancionada pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso, que interagida com a Constituição Federal de 1988 e Estatuto da Criança e do Adolescente, por si só, regulamenta todos os setores, incorporados numa série de inovações pedagógicas. A formação básica comum é constitucionalmente definida pelos conteúdos mínimos, cabendo aos subsistemas sua complementação para imprimir aos currículos uma característica regional. Logo, a proposição do currículo mínimo básico pressupõe o reconhecimento da necessidade de conteúdos corretos, desenvolvidos por pessoas qualificadas ajustadas à realidade, admitindo-se, no entanto, o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas. O funcionamento da nossa Escola está regimentado, segundo LDB 9394/96, que descreve nos artigos, parágrafos, incisos e alíneas, que: A educação abrange os processos formativos que desenvolvem na vida familiar. A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do trabalho e à prática social. 10 E para as aulas ministradas o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios: I. Igualdade de condições para o acesso e permanência no colégio; II. Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III. Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; IV. Respeito à liberdade e apreço à tolerância; V. Valorização do profissional da educação escolar; VI. Garantia de padrão de qualidade; VII. Valorização da experiência extraescolar. VIII. Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. Dever do Estado com a educação escolar pública será efetivado mediante a garantia de: I. Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que ele não teve acesso na idade própria; II. Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; III. Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um ; IV. Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; V. Padrões mínimos de qualidade de ensino definido como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis ao desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem. O estabelecimento de ensino respeita as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I. Elaborar e executar sua proposta pedagógica; II. Administrar seu pessoal e seus recursos materiais e financeiros; III. Assegurar o cumprimento dos dias letivos e horas-aula estabelecidas; IV. Velar pelo cumprimento do plano de trabalho de cada docente; V. Prover meios para a recuperação dos alunos de menor rendimento; 11 VI. Articular-se com as famílias e a comunidade, criando processos de integração da sociedade com a escola; VII. Informar aos pais e responsáveis sobre a freqüência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica; Os docentes incumbir-se-ão de: Participar da elaboração de proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; Elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino; Zelar pela aprendizagem dos alunos; Estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de menor rendimento; Ministrar os dias letivos e hora-aula estabelecidos, além de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação Colaborar com as atividades de articulação do colégio com as famílias; Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes. A educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores. A Escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando se tratar de transferências entre estabelecimentos situados no país e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais; O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades locais. A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: 12 A classificação em qualquer série, exceto a primeira do ensino fundamental, pode ser feita: a) Por promoção, para aluno que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior, na própria escola; b) Por transferência, para candidatos procedentes de outras escolas; c) Independentemente avaliação feita de pela escolarização escola, que anterior, define o mediante grau de desenvolvimento e experiência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa adequada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino; A verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre as eventuais provas finais; Possibilidades de aceleração de estudos para alunos com atraso escolar; Possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante verificação do aprendizado; Aproveitamento de estudos concluídos com êxito. Obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência paralelos ao período letivo para os casos de baixo rendimento escolar, a serem estipulados pela instituição de ensino em seu regimento; ou seja, a recuperação de estudos será paralela, obedecendo ao critério de cada avaliação proporcionada ao aluno, e se este não atingir o quesito proposto, o professor num prazo de 15 dias, retomará o conteúdo e oportunizará o aluno a fazer outra avaliação de recuperação, e, caso este não atinja acima da média padrão, considerar a avaliação de maior valor. O controle de frequência fica a cargo da escola, conforme o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de ensino, exigido a frequência mínima de setenta e cinco por cento do total de horas letivas para aprovação; Cabe a instituição de ensino expedir históricos escolares, declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados de conclusão de cursos, com as especificações cabíveis. 13 Será objetivo permanente das autoridades, responsáveis alcançarem relação adequada entre o número de alunos e o professor, a carga horária e as condições materiais do estabelecimento. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista das condições disponíveis e das características regionais e locais, estabelecerem parâmetro para atendimento do disposto neste artigo (pág. 38 da LDB). A Escola oferecerá um Ensino Fundamental, gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; uma progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; um atendimento educacional que visa à criação artística segundo a capacidade de cada um e também oferecerá o Ensino noturno regular adequado às condições do educando. A Escola desenvolverá a aprendizagem do educando assegurando-lhe a formação comum e indispensável para o exercício da cidadania visando incitálo a ir em busca de estudos superiores. Para isso, a Escola, segundo autonomia que lhe é concedida via Leis e SEED, classificará e reclassificará os alunos em qualquer série, quando se fizer necessário de acordo com a Constituição que a regimenta, a LDB, ou seja, a lei de Diretrizes e Bases, conforme capítulo III da Educação, da Cultura e do Desporto, Seção I, da Educação, em que priorizamos: Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber. Outro documento que regimenta o Projeto Político Pedagógico é o Estatuto da Criança e do Adolescente, em específico Direito à Educação, à Cultura, ao Esporte e ao Lazer, no capítulo IV do documento em questão, descreve que: A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo pra o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes: Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; Direito de ser respeitado; Direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer às instâncias escolares superiores; IV. Acesso à escola pública e gratuita próxima de sua residência. 14 Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição das propostas educacionais. Os dirigentes de estabelecimento de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: I. Maus-tratos envolvendo seus alunos; II. Reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares; III. Elevados níveis de repetência. No processo educacional respeitar-se-ão os valores culturais, artísticos e históricos próprios do contexto social da criança e do adolescente, garantindo-se a estes a liberdade de criação e o acesso às fontes de cultura. Perante todas as leis, e em observância as mesmas, elaborou-se o projeto Político Pedagógico com o intuito de auxiliar na formação de um homem idôneo, ou seja, com caráter, ética, moral, enfim, um cidadão. Ressalvamos que todas as leis descritas asseguram o direito do aluno em estar num ambiente escolar que lhe propicie ensino gratuito de qualidade a fim de que o mesmo esteja hábil e competente para manusear o conhecimento sistematizado e científico, contextualizado e interagindo a sua prática cotidiana. 4 PERFIL DA COMUNIDADE ESCOLAR O Colégio Estadual Sol de Maio, sito à Rua Pedro Francisco Keru, 120, no loteamento Sol de Maio, na Região da Grande Três Lagoas, tem como objetivo atender alunos de 5º a 8º série do ensino fundamental nos períodos matutino, vespertino e noturno bem como o ensino médio Educação Geral e Educação Técnica Profissional Integrada nos períodos matutino e noturno, Educação Técnica Profissional Subsequente no período noturno, dando preferência ao atendimento de alunos que residam nas suas imediações. Uma Escola de médio porte, que abrigará aproximadamente 1700 alunos, está sob a direção do Diretor geral Nivaldo Vanderlei Balla, e das diretoras-auxiliares Eliani Pastorini Alves e Rosa Maria. A Escola tem suas 15 atividades voltadas para com o compromisso de formar cidadãos íntegros, éticos, aptos a se relacionarem com o próximo respeitosamente, com os padrões estabelecidos pelo mercado de trabalho e sistema, com o contexto do dia a dia e, acima de tudo, hábil e competente para exercer o seu papel humano com responsabilidade, satisfação pessoal e econômica, interagindo todas as ações com o conhecimento sistematizado que lhe é ensinado e orientado ao longo de sua carreira escolar, no segmento Fundamental. O Projeto Político Pedagógico está vinculado à luta pela construção de um homem novo e uma nova sociedade, a partir de reflexões feitas sobre a política, a economia, a sociedade, tudo, interagido às ações pedagógicas, proporcionando um idealismo, um trabalho benéfico, uma esperança nas possibilidades de mudanças e valorização do conhecimento e da potencialidade, para desenvolver e solucionar as problemáticas do dia a dia, visando o processo de transformação; o resgate da autoestima; da cultura vinculada à identidade social, que represente com seus valores, crenças e ideal, diante à sociedade que estamos inseridos. Com relação à concepção de mundo e consequentemente de homem, enquanto Conceitual e Situacional, registramos que na década de 80 e princípio dos anos 90 predominou a visão de que estávamos no mundo de corporações globais onde ultrapassavam as fronteiras nacionais, em que alguns intelectuais denominam de aldeia global de estados interdependentes, entrelaçados por corporações internacionais e um conceito de um mundo bipolar e/ou tri polar, com uma economia mundial mais diversificada e baseada no emergente milagre econômico asiático e, que, portanto, na contemporaneidade, a globalização é entendida como uma palavra chave na progressiva hegemonia do imperialismo norte-americano (detém 70% da concentração do poder econômico). A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo progressivamente ampliado o período de permanência na escola. Por outro lado, também o neoliberalismo que visa o ajuste e transformações estruturais de uma maneira mais específica à aplicação de uma política social, conceitualmente articulada com as ações técnicas, programáticas e casuísticas, para enfrentar a deteriorização social, a fim de conseguir uma melhor utilização dos recursos de bens. 16 Portanto, um diagnóstico com tal realidade interfere no planejamento econômico das famílias de nossos alunos e, concomitantemente na disponibilidade de tempo para eles se dedicarem aos estudos. Tais políticas provocaram a recessão no mercado de trabalho, os achatamentos dos salários e os aumentos de preços nas mercadorias ou produtos básicos para sobrevivência, fazendo assim, com que o nosso menor, adolescente e adulto, tenha que trabalhar para ajudar com as despesas da família, sentindo-se assim cansados e com poucas possibilidades para manter-se concentrado, no instante da aquisição do conhecimento sistematizado e científico. Entende-se que fatores externos interferem no perfil da comunidade e consequentemente na aprendizagem e na permanência dos educandos na escola. Estas interferências externas, devem ser tratadas arduamente não só com programas sociais que hoje existem, mas com uma política educacional de berço, desde as series inicias programas definidos e acima de tudo com responsabilidade governamental. 5 DIAGNÓSTICO DO ESTABELECIMENTO O Colégio Estadual Sol de Maio Ensino Fundamental, Médio e Profissional nasceu da luta da comunidade para poder atender os jovens que estudavam em outra escola no mesmo bairro, em turno intermediário. A comunidade que hoje participa do Colégio Sol de Maio é como a maioria das outras também posicionadas nas periferias dos centros de médio porte, apresentando na sua maioria pessoas criativas de bom gosto e guerreiras, no seu lado cultural. No social e financeiro, por ser um município de fronteira, a empregabilidade esta direcionado ao ramo turístico e hoteleiro e também em sua maioria vivem do trabalho informal. Uma das características marcantes desta comunidade é a rotatividade da população, fazendo com que sua permanência não perdure. Hoje esta entidade oferece curso profissionalizante nas áreas de Comercio Exterior e Logística, pois a região apresenta outras peculiaridades, que propiciam estes cursos. Quando se fala em necessidade real, falamos na falta de apoio psicológico aos alunos para avaliação da desestrutura familiar para avaliar os impactos gerados na sua construção social influenciando diretamente na aprendizagem. Para muitos o difícil acesso 17 para a escola, os pais que por força do trabalho não podem estar em suas casas para encaminhá-los à escola, facilitando para que ele faça outras atividades que não é a da escola. Alunos desinteressados. Dificuldade para visitas técnicas, pois eles têm que escolher entre o trabalho e a sua instrução. Quando falamos em profissionais das áreas técnicas, muitas são as dificuldades, já quem poucos são os técnicos que gostam do magistério. A falta de profissionais concursados e lotados na escola. Professores contratados (PSS) que atuam em várias escolas, não conseguem conhecer a comunidade porque ele é rotativo. As famílias atendidas possuem poder aquisitivo baixo para a sua manutenção, com vinte e cinco por cento necessitando da bolsa família do governo federal. A escola, como instituição cultural, deve transmitir a seus alunos o conhecimento acumulado pela humanidade. Os conteúdos devem ser também um meio para levar o aluno a desenvolver habilidades que, harmonicamente conduzidas, — tornar-se-ão competências necessárias para uma vida de qualidade com cidadania. A missão dessa instituição educacional é formar os adolescentes para o amor ao conhecimento. A escola se obriga fazer com que os seus alunos sejam felizes, para isso, é necessário que o conhecimento seja transmitido de uma forma prazerosa, interagindo com a própria comunidade. ―Oferecer ensino de excelência à comunidade e propiciar condições para uma aprendizagem significativa, atualizada e eficaz, que prepare alunos competentes, éticos e com argumentação sólida‖. 6 ORGANIZAÇÃO ESCOLAR TEMPO E ESPAÇO O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante; em específicos o segundo segmento, (séries finais) com duração de quatro anos. O ensino Médio, com duração mínima de três anos, na modalidade em blocos semestrais. O ensino profissional na sua forma integrada com duração de quatro anos, cursos por séries anuais. 18 O ensino profissional na sua forma subseqüente com duração de um ano e um ano e meio conforme o curso de preferência do aluno. A carga horária mínima anual será de oitocentas horas, distribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho escolar. Também dará atendimento ao educando do Ensino Fundamental quando este precisar de material didático escolar, até, porque a Secretaria de Estado da Educação proporciona estas possibilidades, para que o aluno possa adquirir um dos instrumentos, que faz parte do processo ensino-aprendizagem e, concomitantemente, contribuir para com a qualidade da aprendizagem do nosso aluno. O colégio Estadual Sol de Maio pela quantidade de matriculas até o momento (1500) alunos, tem o Porte VII, divido em uma jornada escolar de período matutino, vespertino e noturno. Seguindo calendário escolar de 200 dias letivos e 833 horas. 6.1 RECURSOS FÍSICOS O Colégio Estadual Sol de Maio– Ensino Fundamental, Médio e Profissional compreende uma área total de 6.870.33 sendo estes divididos em: 2.600.68 de área construída e 4.269.65 de área livre. Dentro da área 19 construída contamos com16 salas de aula, sendo as mesmas pelos educando da rede estadual de ensino. Sendo dividida em 16 salas de aula, 01 sala de multiuso, 01 biblioteca, 01 secretaria, 01 sala de direção, 01 sala de pedagogos, 01 professores, 01 laboratório de informática, 01 laboratório ciências, 01 refeitório, 01 quadra coberta, 01 almoxarifado, 09 banheiros, 03 banheiros adaptados para portadores de necessidades especiais, 01 radio escola, 01 Videoteca, 01 Cozinha, 01 despensa, 01 Cantina, Corredores. Contamos também com os seguintes materiais pedagógicos e tecnológicos: * Mapas de Geografia: * Mapas de História; * Mapas de ciências; * Livros didáticos; * Revistas * Jornais; * Materiais para o laboratório de química como: compostos químicos, microscópio eletrônico, beker’s, tubos de ensaios balança, laminas, fogareiro e outros; * Fitas cassetes, CD e DVD; * Kit para Ed. Física (bolas, jogos de xadrez, domino, botão, redes, raquetes, para ping – pong, colchonetes, bambolês, cordas, dardo, peso; jogos pedagógicos. * Kit para limpeza; * Bandeira e escudo do colégio, bandeira do Brasil, Paraná, foz do Iguaçu; * Kit para conservação e manutenção do prédio como: tintas, lixas, pincel, rolo para pintar, chave de fenda, pregos, martelo, enxadas, picaretas, rastelo; * Materiais como uso diário como: caneta, lápis, sulfites, pincéis piloto, canetinhas, lápis de cor, tesouras, colas, fitas adesivas, cartolinas, papel pardo, papel continuo, tinta para computador, maquina de fotocopias, giz, apagadores, papel higiênico, copo descartáveis, sabonetes, toalhas, cesto para lixo, jornais, revistas; * Fantoches; * Vasos; * Flores; 20 * Retro projetor; * TV; * Vídeo – DVD ; (pen drive) * Aparelho de som com cd; * Cortinas; * Ventiladores; * Aparelhos condicionadores de ar; * Mesa de ping-pong; * Mesas e bancos para lanches; * Palco; * Geladeira; * Fogão e forno industrial; * Batedeira e processador industrial; * Panelas; * Talheres; * Copos /xícaras; * Cilindro para massas; * Lixeiras; * Estantes de aço; * Armários de aço; * Estantes de madeira; * Arquivos de aço; * Cantoneiras; * Bebedouros; * Mesa de pebolim; * Computadores; * Mesa de som, caixas de som externa e internas, amplificador, microfones; * Móveis como: mesas, cadeiras, escrivaninhas, racks, carteiras, quadro negro; * Horticultura; * Lupa; * Microscópio Binocular; * Esqueleto Humano; 21 * Epíscopio; * Suportes universais; * Armários de madeira; * Estante de madeira; * Algodão; * Balança; * Dinamômetro; * Vidro relógio; * Cartolinas; * Corantes; * Diversos vasilhames de vidro; * Estiletes; * Termômetro; * Tubos de Ensaio; * Fogareiro; * Gás; * Pendulo; * Laminas; * Lâmpadas; * Lápis de cor; * Lupas; * Luvas; * Microscópios; * Pinças; * Reagentes químicos e outros; * Soluções reagentes; * Tintas; * Suportes; * Pipetas graduadas; * Copos de Becker; * Cilindros graduados; * Bico de bunsem; * Aparelho para eletrize; * Anel de gravezante; 22 * Filtro de papel; * Tripé; * Catálogo contendo 50 espécies; 6.2 RECURSOS HUMANOS O quadro de funcionários, Agente Administrativo I num total de onze, estão distribuídos nos períodos matutino, vespertino e noturno, dos quais oito fazem a manutenção das salas e pátio além de cuidar da disciplina dos alunos e a segurança na entra dos seus respectivos turnos bem como a saída. Serão realizadas periodicamente reuniões de orientação, onde participam todo o colegiado, com trocas de ideias para solucionar os problemas encontrados. As merendeiras num total de três são responsáveis pelo preparo e distribuição das refeições com muito zelo e dedicação, sempre com a preocupação constante sobre a higiene, além do tratamento carinhoso com as crianças e demais funcionários da escola. Também com este grupo será feito um trabalho de orientação e aperfeiçoamento constante. Em relação à cantina da escola, a organização dos produtos e a higiene atende as exigências sugeridas pela secretaria da saúde. Os produtos e alimentos que serão vendidos na cantina, serão da preferência dos estudantes. Quanto ao quadro de funcionários de forma geral, prevê-se treinamento constante, para que cada vez mais, possamos desempenhar nossas funções de forma coletiva, um trabalho com qualidade, e que cada um tenha orgulho do trabalho realizado, sentindo-se como membro importante e efetivo da equipe escolar. 6.3 BIBLIOTECA O profissional de biblioteconomia desempenha um papel relevante, por organizar os livros, dispondo-os por assuntos, da montagem de fichário de 23 assinantes e do arquivo das obras, e também por ter uma função pedagógica que inclui: Orientação dos alunos na escolha das leituras; Orientação sobre a procura de livros na biblioteca; Orientação quanto à metodologia de pesquisa bibliográfica; Campanhas de incentivo à utilização da biblioteca, a fim de criar o hábito da leitura e da pesquisa; Organizar murais pedagógicos nas datas significativas; Promover eventos, como: o autor do mês, a hora do conto, etc.; O bibliotecário é, também, um profissional que, quando competente e devidamente estimulado pela direção, contribui para o êxito das atividades escolares. A biblioteca terá regulamento próprio, onde estarão explicitados sua organização, funcionamento e atribuições do responsável e elaborado sob orientação da Equipe Pedagógica, com a aprovação da Direção e do Conselho Escolar. 6.4 LABORATÓRIO Lugar específico para que os professores da área das ciências, biologia, física e química possam conferir na prática o que se estudou na teoria, como também desenvolver pesquisas científicas. Quanto ao encaminhamento metodológicos serão priorizadas ações como: Utilização de alimentos, peles, saliva, para observações e anotações referentes às células; Possível construção de um herbário; Observação de fungos e bactérias através do microscópio; Verificar a qualidade da água; Pilhas, fio de cobre; Misturas de produtos que formam outro composto. Os materiais de laboratório serão etiquetados de acordo com a nomenclatura popular, científica, e validade quando se trata de produtos perecíveis. 24 Portanto, a sua existência é para que os professores tenham mais disponibilidade e facilidade para desenvolver as atividades no laboratório, já que os equipamentos serão organizados e preparados para uso, quando necessário. 6.5 VIDEOTECA (MULTIMÍDIA) O objetivo da existência da mesma é para que o professor tenha acesso a mais um recurso para preparar as suas aulas diversificadas. Deverá haver uma videotecário (a) responsável pela organização e manutenção do espaço, como também pela divulgação dos filmes e do roteiro TV escola, ou seja, propaganda do material de Videoteca, gravações dos programas de TV Escola, Globo Repórter no Cronograma, TV Paulo Freire e TV Pen Drive de acordo com a necessidade de cada professor. Torna-se também de responsabilidade da Videoteca de fornecer a fita, TV, CD,DVD, vídeo, quando solicitado pelo professor; para isso ela registra saída e entrada do material, observando os estados de conservação do mesmo, como também a devolução de tudo que fora enviado para sala de aula, Ressalva-se que antes de etiquetar as fitas, ela assiste aos filmes com o objetivo de observar a qualidade do material, do enredo da informação, a fim de se ter condições de elaborar um registro que aborda a temática de cada filme. Logo, a sua existência contribui para a elaboração de uma aula que visa o conhecimento sistematizado e, concomitante a ela uma aula de lazer. 6.6 CALENDÁRIO ESCOLAR O calendário escolar segue as orientações do Núcleo Regional de Educação em consonância com a LDB art. 24 onde a carga mínima é de oitocentas horas distribuídas, no mínimo em duzentos dias letivos de trabalho escolar. O tempo gasto com exames finais não será incluída na carga horária, o Calendário Escolar ainda prevê: Início/fim do ano escolar; Reuniões pedagógicas; 25 Conselho de classe; Atividades culturais e esportivas; Férias escolares, feriados; Promoções e atividades extraclasses; Total de dias letivos. O colégio dentro de sua distribuição de turno e turma atenderá: matutino, vespertino e noturno. Matutino: Ensino Fundamental, Médio Educação Geral e Educação Técnica Integrada. Vespertino: Ensino Fundamental. Noturno: Ensino Fundamental, Médio, Educação Técnica Integrada e subsequente. Preencher o relatório destinado à escola, informando a motivação dos alunos nas salas de apoio e atividades realizadas pelo professor para subsidiar o NRE na elaboração do relatório a ser enviado ao DEF, até o último dia útil de cada semestre. Acompanhar o desenvolvimento das atividades realizadas na sala de apoio. Manter contato frequente com o professor apoio, a fim de discutir e acompanhar os avanços do aluno. 7 ORGANIZAÇÃO CURRICULAR A organização curricular para os cursos de Ensino Fundamental Médio e Profissionalizante está estruturada em séries anuais e por blocos e os conteúdos são distribuídos por disciplinas. Os currículos a que se refere o caput devem abranger, obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática, o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e política, especialmente do Brasil. O ensino da arte constituirá componente curricular obrigatório, nos diversos níveis da educação básica, de forma a promover o desenvolvimento cultural dos alunos. A disciplina de Educação física, obrigatória da Educação Básica, no Sistema Estadual de Ensino, é componente curricular da Base Nacional 26 Comum, em todas as séries, em todos os turnos de atuação. (Artigo I da Instrução nº 03/04). O ensino da História do Brasil levará em conta as contribuições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e européia. No ensino profissional os cursos Técnicos em Logística, Transporte e Distribuição e Técnico em Comércio Exterior na sua forma integrada e subsequente possuem sua organização curricular contendo as informações relativas á estrutura do curso. Os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda, as seguintes diretrizes: I. A difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à ordem democrática; II. Consideração das condições da escolaridade dos alunos em cada estabelecimento; III. Orientação para o trabalho; IV. Promoção do desporto educacional e apoio às práticas desportivas não formais. 8 CULTURA AFRO BRASILEIRA E INDÍGENA (Equipe Multidisciplinar) Combater o racismo, o preconceito e outras posturas xenofóbicas são responsabilidade da sociedade como um todo e não deve ser compreendida em quanto tarefa exclusiva da escola. Trabalhar pelo fim da desigualdade racial e social, as quais permeiam todos os setores da sociedade, permitindo o nascer de uma realidade social humanizada, compete a todos inclusive a escola. Por ela passaram os equívocos sobre as civilizações africanas o silêncio a respeito das produções e elaborações teóricas filosóficas e científicas, artísticas, políticas realizadas pelo povo negro. A complexidade existente na formatação da identidade negra no Brasil não pode desconsiderar o processo de desvalorização da cultura de matriz africana, da imposição dos padrões estéticos europeus, da ideologia do branqueamento ditando as normas de superioridade do branco sobre o negro. 27 A reversão desse processo está vinculada ao reconhecimento da diversidade, a valorização das pessoas negras e sua visão de mundo, a crença na importância de uma educação que não negue sua participação histórica para o renascer de uma outra sociedade. Baseado na lei nº 10.639, de 09 de janeiro de 2003, que torna obrigatório nos estabelecimentos de ensino Fundamental e Médio, o ensino sobre história e cultura Afro-brasileira, o currículo deve abranger os conteúdos como um todo, em especial nas áreas de educação artística, literatura e história brasileira. E a lei 11.645/2008 que altera a anterior. Sabendo que o dia 20 de novembro como ―Dia Nacional da Consciência Negra‖, buscando valorizar a história e cultura do povo negro. ―Os professores estudaram visando a compreensão de que devemos ampliar o foco dos currículos para a diversidade cultural, racial, social e econômica brasileira‖. Baseado nas Diretrizes Curriculares e na Lei, os professores abordarão: - ações que propiciem o contato com a cultura africana e afro descendentes e indígenas; - debates sobre criança e o jovem negro, sua família em diferentes contextos – objetivando a diversidade étnico-brasileira; - pesquisas sobre alimentação, música, religião, racismo, preconceito, políticas, etc. A preocupação com a transformação social, isso é fundamental durante as aulas. Visto que o objetivo de contribuir com a transformação da realidade, sempre levando em conta os limites da escola. Fornecendo instrumentos aos educandos para que o mesmo possa refletir sobre a realidade, compreendê-la, interpretá-la e perceber as contribuições e mecanismos de que possa interferir. Portanto fazer com que o educando, através de atividades desenvolva raciocínio, argumentos e linguagem, espírito de indignação face aos problemas sociais e dilemas humanos, reflexão sobre as diversas formas de preconceitos, buscando entender os motivos de seus surgimentos, fazendo intervenções em ocasiões que possa se apresentar. As políticas educacionais atuais para realidade indígena partem dos fundamentos legais e conceituais presentes na constituição de 1988 que colocou sobre novas bases os direitos indígenas. É 28 direitos constitucionais dos povos indígenas o reconhecimento e garantia de seus territórios, de suas formas de organização social e de sua produção sócio cultural, o ensino ministrado nas línguas indígenas e o reconhecimento dos processos próprios de aprendizagem. Dentro deste contexto temos então a interculturalidade que significa abranger a diversidade cultural do processo de ensino e aprendizagem da cultura indígena. Isto significa dizer que a escola deve dar um tratamento aos valores, saberes e conhecimentos tradicionais, às práticas sociais de cada cultura indígena e garantir assim o acesso de conhecimentos e tecnologias da sociedade nacional relevantes para o processo de interação e participação cidadã na sociedade nacional. Com isso, as atividades curriculares indígenas devem ser significativas e contextualizadas às experiências dos educandos de suas comunidades. A nova escola indígena propõe ser espaço intercultural, onde se debatem e se constroem conhecimentos e estratégias sociais sobre a situação de contato interétnico. Podem ser conceituadas ainda nesta concepção as Escolas de Fronteira, ou seja, espaços públicos em que situações de ensino e aprendizagem estão relacionadas às políticas identitárias e culturais de cada povo indígena. Deste modo ações de práticas pedagógicas que têm como objetivo o fortalecimento das identidades étnicas por meio da valorização e recuperação da memória indígena, com relação aos processos históricos vividos, às lutas empreendidas pela garantia do território e pela resistência às situações de dominação. Também é importante desenvolver processos de revitalização linguística, criando itens lexicais que de em conta de novas realidades, pesquisando com seus alunos junto às pessoas mais velhas seus conhecimentos sobre sua língua materna, exercitando assim uma política linguística que fortaleça o uso e a interpretação da língua materna indígena. Outra característica dentro da cultura indígena se relaciona aos hábitos alimentares dos mesmos, oportunizando dessa forma com que todos os alunos sendo indígenas ou não, fossem incentivados a consumir alimentos próprios da cultura indígena, além de pesquisarem seus hábitos alimentares, a forma 29 como produzem esse alimento e todo ritual religioso de agradecimento de seus alimentos. Ainda dentro dessa interculturalidade está presente a ação dos professores junto com os professores indígenas de expressarem suas perspectivas e anseios em relação ao ensino fundamental e médio em suas escolas que atenda às demandas de formação profissional com foco na sustentabilidade ambiental e cultural em seus territórios. Abrem-se assim perspectivas de novas conexões entre saberes diferentes, formuladas a partir deste contexto de diversidade sociocultural, e de um diálogo intercultural. Esta organização pedagógica curricular vai se delineando e também se tornara um importante exercício de autonomia das escolas em conduzir seus processos educativos. 9 INCLUSÃO EDUCACIONAL A inclusão deve ser estudada, analisada, conhecida e praticada por todos, de modo que antes de qualquer iniciativa, haja compromisso dos profissionais e da comunidade de uma maneira geral, pois precisa-se oferecer oportunidades de capacitação para todos, condições para as escolas, como recursos material de apoio para alunos e professores. Segundo a Constituição Federal no seu artigo 208 e a LDB 9394/96, no art. 4º, III, ―o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino‖, deve ser feita de modo que nenhuma das pessoas envolvidas sinta-se excluídas ou discriminadas, e mesmo que haja um comprometimento pelos profissionais da educação em cumprir as leis e artigos estabelecidos pela LDB, ECA, Parecer 17/2001 CNE, deliberações etc., no que se refere a alunos portadores de necessidades especiais, como também a todos os alunos que apresentam dificuldades em seu processo de ensino-aprendizagem, sejam elas detectadas ou não (no início do ano letivo). Esses profissionais devem se embasar teoricamente em autores que discutem sobre essas dificuldades sejam elas de caráter: psicológico, fisiológicos, afetivos ou emocionais. Pois há dentre as crianças vistas como ―normais‖ e que apresentam grandes dificuldades em sua aprendizagem, pois possui algum distúrbio de comportamento e que irá segui- 30 lo pela vida a fora se não for trabalhado adequadamente, pois a criança também possui distúrbios na escrita e no raciocínio lógico como: disgrafia, dislexia, disortográfica, erros de formulação e sintaxe e discalculia. Cabe ao professor, após a observação dessas dificuldades, mudar sua didática em Sala de aula, fazendo com que haja interação desses alunos em grupos, jamais os excluindo de suas aulas, pois cada criança possui seu próprio ritmo de aprendizagem e que segundo Vygotsky (1998) é na interação de sujeitos que aprendizagem ocorre. Pois todos têm direito a educação de qualidade na escola de seu bairro e, é partindo desse pressuposto que esta escola faz e fará um trabalho de inclusão que garanta aos alunos portadores de qualquer deficiência (seja ela qual for) a permanência na escola e o aprendizado que ele necessita. Segundo o Parecer 17/01, ―a inclusão escolar constitui uma proposta que representa valores simbólicos importantes, condizentes com a igualdade de direitos e de oportunidades escolares para todos; só que não é o que vem acontecendo, encontra-se ainda séries resistências. E isso exige ações práticas e viáveis, pois é no convívio escolar que se permite a efetivação das relações de respeito, identidade e dignidade. Por isso, incentiva-se regras de convivência social, justa, respeitosa e solidária para que o ensino-aprendizagem aconteça de maneira prazerosa. Para tanto, trabalhamos culturas inclusivas, onde o ambiente torna-se acolhedor; desenvolveremos atividades, projetos visando à integração fazendo com que se o aluno ―especial‖ sinta parte da escola; lutaremos para que tenhamos cursos de formação continuada onde todos os professores possam esclarecer dúvidas referente às dificuldades existentes. Nesta escola todos os profissionais da educação devem conhecer todas as leis, pareceres, enfim todos os documentos que falam sobre a inclusão, para que juntos insiramos nossos alunos no seio da sociedade e que nela possam se sobressaírem . 9.1 DIVERSIDADE SEXUAL Conforme os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) – Pluralidade Cultural e Orientação Sexual: p. 144, a discussão sobre as relações de gênero 31 tem como objetivo combater relações autoritárias, questionar a rigidez dos padrões de conduta estabelecidos para homens e mulheres e apontar para sua transformação – na Família, na Escola e na Sociedade. Na Arte, a flexibilização dos padrões visa permitir a expressão de potencialidades existentes em cada ser humano que é dificultado pelos estereótipos de gênero, por exemplo, a repressão das expressões de sensibilidade, intuição e meiguice nos meninos ou de objetividade e agressividade nas meninas. Portanto, as diferenças não devem ficar aprisionadas em padrões pré estabelecidos, mas podem e devem ser vividas a partir da singularidade de cada um, apontando a equidade entre os sexos. Pretende-se desenvolver essa análise crítica sobre as Relações de Gênero através da Música, da Dança e do Teatro (Programa Viva Escola) e também mediante a textura, as Relações Étnico-Raciais, ao conhecimento da História e Cultura Afro-brasileira e africana, a pintura, a gravura, a colagem, a fotografia e a escultura. 10 HORA ATIVIDADE Em relação à hora atividade e segundo os critérios contidos na Res. 14/06 ela será obrigatoriamente por turno e no estabelecimento e por sugestão do NRE deverá ser por disciplina. No entanto, percebemos que é impossível fazer por disciplina devido a particularidades da escola e do professor, visto que não se consegue fechar horário de aula. Dessa forma optamos em fazer a hora atividade conforme a necessidade da escola. Esta escola reservará 50% da hora atividade para o professor fazer seus trabalhos pedagógicos e 50% para reuniões e convocações feitas pela escola realizando na escola. 11 FILOSOFIA E OS PRINCÍPIOS DIDÁTICOS – PEDAGÓGICOS DA INSTITUIÇÃO Para se formar o cidadão com êxito, optamos por uma Escola democrática, alicerçada nos Princípios e Fins da Educação Nacional, LDB 32 9394/96, que regimenta que ―A educação, dever da família e do Estado inspirada nos princípios da liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho‖ e, que, ―O ensino será ministrado com base nos princípios de igualdade de condições para o acesso e permanência na escola, liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas, respeito à liberdade e apreço à tolerância, garantia de padrão de qualidade e vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais ( artigo 3º - I, II, III, IV, X, XI); pois só, assim estamos solidificados, ao longo do processo, para a construção de uma Instituição Educacional que ensine, lute e desperte a consciência crítica construtiva no educando, em parceria com os educadores e, demais pessoas relacionadas aos mais variados segmentos da sociedade, com uma visão democrática e de igualdade social‖, porque temos a consciência que a Escola é um bem comum e que os objetivos da comunidade sempre devem suplantar os interesses pessoais, já que o modelo democrático desenvolvido, nesta, tem o ser humano como essência e sujeito fundamental na construção do todo e, portanto, deve ser ouvido, compreendido e considerado. Ao elaborar o Projeto Político Pedagógico enquanto esfera de cidade e bairro registrou-se que a ação e a prática pedagógica caracteriza todos os elementos e sujeitos inseridos no espaço Escola, no âmbito situacional, em que toda realidade a ser registrada é alicerçada em respostas adquiridas de pais, alunos, professores, demais profissionais da Educação, via reuniões, encontros, palestras e questionários dirigidos. Com base nos resultados colhidos através de uma pesquisa, onde a comunidade respondeu a um questionário, obteve-se o perfil de nossa comunidade escolar. Constatou-se que a comunidade é composta de famílias que têm aproximadamente quatro a seis pessoas, onde pai e mãe trabalham fora do bairro para manter o sustento da mesma. Os filhos estudam em um período e no outro ajudam nos afazeres de casa. Podemos observar também que as famílias estão alicerçadas em sua maioria, na religião católica; em relação à classe social pertencem a baixa, 33 onde todos trabalham para poderem se sobressair de situações em que possam vir a se encontrar; constatamos também que a comunidade é muito ativa pois todos participam de palestras, debates, gostam de cinematografia, teatro, música, etc. mostrando um comportamento muito bom entre crianças, jovens e adultos, de muito bom respeito e cordialidade. Portanto é um lugar onde se colherá bons frutos. Alguns dados que possibilita um maior conhecimento da comunidade escolar, favorecendo o desenvolvimento da prática pedagógica da escola, para auxiliar nossos alunos no seu desenvolvimento cultural: Resultados: 80% dos alunos moram com os pais; 2,5% dos alunos que mora com o pai; 15% dos alunos que mora com a mãe; 62,5% das famílias tem de quatro ou mais pessoas; 55% das famílias são mantidas apenas pelo pai e pela mãe; 70% das famílias ganham até um salário mínimo; 30% das famílias ganham entre dois e três salários mínimos; 2,5% pai não sabe ler e escrever 30% dos pais cursaram o Ensino Fundamental de 1ª à 4ª séries; 27,5% dos pais cursaram o Ensino Fundamental completo; 20% dos pais cursaram o Ensino Médio Completo; 2,1% dos pais cursaram o Ensino Superior; 6% dos estão cursando Ensino Superior; 52% acham difícil a sua vinda ao colégio por motivo de trabalho; 80% dos pais têm casa própria; 95% possuem energia elétrica e água tratada; 65% de esgoto interligado; 20% possuem computador sem acesso a internet; 45% possuem computador com acesso a internet; 25% recebem auxilio do governo (bolsa família); 10% recebem auxilio do governo (leite das crianças). A escola hoje procura envolver todos os segmentos na construção do Projeto Político Pedagógico, o qual está em constante aperfeiçoamento para consolidar a Escola como o lugar central da educação numa visão 34 descentralizada, considerando-se a necessidade do fortalecimento das relações entre a escola e o sistema de ensino, para a consolidação de uma escola cidadã. As ações da escola estão seguindo a formação que é dada aos trabalhadores que nela atuam. Sua ação pedagógica está girando numa velocidade onde o tempo não é percebido. A impressão que se tem é que fugiu-se de tudo que alicerçava a Escola Pública, ―o Aprender‖.Precisamos parar um pouco e olhar a educação que sustenta o País. A diversidade cultural brasileira sempre foi um desafio para a formação unificada dos educando e educadores. 11.1 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE Para justificarmos o contexto do bairro, onde está localizado a escola resgatamos alguns atos conceituais como a concepção de sociedade, homem, educação, escola, matriz curricular e construção do conhecimento, ensinoaprendizagem, cultura e tecnologia. Em relação a concepção de sociedade, que explicitamente envolve os demais atos conceituais registramos que a era do capitalismo tem contribuído para uma política social e predominância do Estado Moderno, graças aos avanços da produção e organização social que acompanham questões voltadas à proletarização, à concentração da população em centros urbanos, à ruptura do vínculo com a natureza e com os meios de subsistência, ao desaparecimento das formas tradicionais de proteção social, onde tudo,é consequência no surgimento da insegurança social e da pobreza. Porém este avanço, também fomenta as lutas pela garantia da satisfação das necessidades sociais básicas (alimentação, habitação, educação, saúde), em que tudo se transforma em fato político e em questões que vão desde a concepção libertária; humanista - religiosa; até à legitimação. Portanto, em meio a todos os fatos; as políticas sociais visam o processo de constituição, os fundamentos subjacentes, à orientação do conteúdo, às implicações na relação entre as forças políticas, as quais registram os processos democráticos, enfrentando restrições, em consequência dos obstáculos à constituição de uma real representação política 35 das classes sociais, através de partidos e organizações reivindicativas, as quais tem um líder que representa os anseios do povo via projetos sociais que, na maioria, são objetos de confrontos nas disputas eleitorais, entre os políticos, e isso, por outro lado, tem ajudado a propagar outras formas de luta popular, com amplos programas sociais que obrigam os governos a procurar legitimidade para com os mesmos, criando assim uma estrutura de classe distintas dos países desenvolvidos; pois o desenvolvimento capitalista latino – americano tem gerado um proletariado industrial e setores médios assalariados, vinculados ao setor público, embora o próprio processo tem originado, também um acentuado empobrecimento urbano, com grandes contingentes de mão de obra à margem de relações trabalhistas estáveis; enquanto na zona rural tem se presenciado a sobrevivência das oligarquias rurais, à realização ou não da reforma agrária e as formas que o trabalho assalariado rural assume. Diante dos fatos registrados acima, observamos a chegada de uma política social neo liberalista, em função dos fatos mostrarem políticas ortodoxas, na América Latina, que instrumentalizem os postulados da política econômica, e também os da política social, em que a retração do Estado e a cessão de espaços ao capital privado ocorre tanto na esfera econômica como na do bem-estar social, afim de ―gerar confiança‖ nos investidores e reconstruir a taxa de lucro, fazendo com que o neoliberalismo políticas uma acelerada redistribuição promova com suas regressiva da riqueza, consequenciando, assim, resultados diretos de desemprego, subemprego, arrocho salarial, medidas fiscais regressivas, enfim, provocando um processo maciço de empobrecimento e uma crescente polarização da sociedade entre ricos e pobres e, tudo, graças a implantação da política social neoliberal que se centra no ―corte‖ com os gastos sociais; privatizações, centralizações de gastos sociais públicos em programas seletivos contra a pobreza e a descentralização, já que se transfere parte das responsabilidades sociais do Estado aos investimentos privados, e a expansão da produção dos serviços sociais, como âmbito direto de acumulação, ficando na dependência de ações estatais específicos dirigidos à geração de um mercado estável e garantido, e à resolução das contradições políticas geradas pela imposição dos postulados neoliberais; ressalvando que, no âmbito da América Latina, inclusive no 36 Brasil, a necessidade de se privatizar as Estatais que não estão vinculadas ao trabalho produtivo de má qualidade e gastos sociais excessivos, e sim à questão da dívida pública, provocada por mudanças nas relações econômicas nacionais e internacionais; dinâmicas, estas, que contribuem para com a transferência de recursos públicos para o capital especulativo, através do pagamento de juro ―às custas‖ das precárias condições de vida da maioria da população e a adaptação ao processo seletivo de privatização, em todos os segmentos da sociedade (saúde, plano de saúde, educação, colégios particulares, segurança – empresas ―do ramo‖ particular, seguro, previdência social/aposentadorias, etc.), porém, ―restando‖ ao público com pouco recurso e/ou limitado, os pobres, os velhos e os extremamente doentes e a sociedade que queremos. 11.2 CONCEPÇÃO DE HOMEM O homem está em evolução e nada pode ser tão certo que não possa estar errado. Conceito matemático e físico que se mantém imutável durante séculos e observamos seus processos repetitivos acontecerem. A segmentação e sistematização do conhecimento humano permitiram sua disseminação e contribuíram para o avanço das ciências e da tecnologia, mas, de certa forma, não levaram à melhoria da qualidade de vida da humanidade. Em contrapartida, surgiu uma nova forma ou ferramenta de dominação dos povos, tão comum nos tempos medievais que se utilizava da força e das armas. Essa nova forma de dominação é o conhecimento e o saber privilegiado. A ciência se posicionou para o interesse econômico, pois ela se origina no seio do capitalismo, nas grandes corporações e no grande investimento, mesmo nas nações de correntes ideológicas divergentes do mundo ocidental. O conhecimento passou a pertencer a poucos, ficando disperso e restrito a áreas específicas de interesse muitas vezes imperialistas e cooperativistas como a eletroeletrônica, a medicina, a indústria petroquímica, a petroquímica, a aeroespacial, informática e comunicações. A Educação no seleto grupo de países considerados desenvolvidos, por outro lado, é dever e interesse de toda a sociedade e do Estado. É encarada 37 como prioridade e recebe investimentos verdadeiros em todos os campos do saber. Os índices de analfabetismo são praticamente inexistentes, como demonstra-se nos dados que se seguem e fazem parte do Projeto de Reforma da Universidade Pública do Ministério da Educação. No entanto, a todos os impasses, continuamos a construir a História Social vinculada a maior parceria, cuja Educação Dinâmica do homem, no âmbito da ordem, da construção, e acima de tudo, do progresso, sendo que, é neste meio, que nós do Colégio Estadual Sol de Maio, estaremos contribuindo e orientando o nosso aluno a criar um estereótipo de homem, que mesmo diante das tantas teorias e práticas econômicas que movem o mundo e definem a concepção e o dinamismo dos demais segmentos sociais, não percam de vista os valores morais, éticos para com o semelhante, já que o nosso ―objetivo maior‖, enquanto concepção de mundo é aproveitarmos ainda a luz que existe no fim do túnel, e darmos novos rumos à história da humanidade, visando a intervenção energética nos ―pontos‖ da sociedade que dão sinalização à organização, no âmbito de se fazer a Reforma Agrária acontecer; de se eliminar a condição desemprego e sem teto, de se reconquistar a soberania nacional, via produção de bens de consumo, de se garantir saúde a educação públicas, de se recuperar o salário digno, de se garantir o emprego, de se democratizar os meios de comunicação sociais e de se fazer valer um Estado que esteja a serviço do povo, e não apenas do capital, mas sim, de proporcionar condições reais para que o ―Ensino de Qualidade e Excelência‖ esteja ao alcance de todos, enfim de medidas técnicas e políticas que proporcionam a transformação de uma plataforma anticrise, para que, realmente, no século XXI, não sejamos uma colônia dos países ricos. Logo, ao introduzirmos a discussão sobre o Projeto Político Pedagógico, devemos interrogar à comunidade escolar sobre o tipo de homem que queremos formar, e para que tipo de sociedade. Visa-se assim, um compromisso coletivo, e também uma perspectiva transformadora. Para isso, nos propomos à formação de cidadãos participativos, críticos, criativos e conscientes das responsabilidades e direitos, a fim de termos uma sociedade justa, solidária, feliz, anti ascensionista (elas de credo, raça ou qualquer outra natureza) e que respeite todas as diversidades culturais da nossa comunidade, 38 já que são nossas centrais nos processos de construção e apreensão do conhecimento, e também interferem nos processos de socialização, de construção dos valores e das identidades diversas, e na vida profissional de cada um de nós. Portanto, a reflexão acerca de que homens queremos formar, e para que sociedade, conduzem ao implícito da nossa concepção histórica como possibilidade, já que a nossa História é reconhecer a educação, também como possibilidade. No entanto, necessitamos registrar que o homem, enquanto humanização resulta-se da passagem à vida, numa sociedade organizada na base do trabalho, e esta modifica a natureza do homem e marca o início de um desenvolvimento que está submetido às leis biológicas e sócio-históricas, e também às lutas pela existência a qual nos detemos no limiar da história cultural e da atividade racional, que nada mais é, que a luta contra a luta pela existência. Em se tratando da ―História Cultural‖ registramos que desde o princípio, os próprios homens e as suas condições de vida são dinâmicas e evolutivas, resultando assim, a construção contínua do progresso histórico, ou seja, dos fenômenos externos da cultura material e intelectual até, porque os homens têm uma atividade criadora, produtiva que, fundamentalmente, é o trabalho, adaptando-se realizados na assim à natureza e, concomitantemente ao progresso produção de bens materiais acompanhados pelo desenvolvimento da cultura dos homens. O conhecimento do mundo circundante, que deles mesmos enriquecem-se e desenvolvem-se na ciência e na arte ressalvando que, para isso, o pensamento e o saber de uma geração formam-se a partir da apropriação dos resultados da atividade cognitiva das gerações precedentes, ou seja, o processo de apropriação da cultura é criada pelas gerações precedentes; razão do porquê todos os homens contemporâneos possuem as disposições elaboradas no período de formação do homem, que permitam a realização deste processo desconhecido no mundo dos animais. Segundo Marx (1976), a natureza social do homem e do seu desenvolvimento sócio-histórico, todas as relações humanas com o mundo, a visão, a audição, o olfato, o gosto, o pensamento, a contemplação, o 39 sentimento, a vontade, a atividade, o amor, enfim, todos os órgãos da individualidade humana que, na sua forma são imediatamente órgãos sociais, são no seu comportamento objetivo, à apropriação da realidade humana, vinculada à diversidade cultural O desenvolvimento humano, ligado ao desenvolvimento cultural e da sociedade, graças ao acúmulo das experiências sócio-histórica da humanidade, sob forma de fenômeno do mundo exterior objetivo (mundo da indústria / das ciências / das artes) cuja expressão da verdadeira história da natureza humana, através dos fenômenos da cultura intelectual, como aquisição da linguagem no processo de apropriação das operações de palavras que são fixadas historicamente nas suas significações; na aquisição da fonética da língua que se efetua no decurso da apropriação das operações que realizam a constância do sistema fonológico, formando, assim, no homem as funções de articulação e de audição da palavra, assim como a atividade cerebral, segundo sistema de sinalização, compreendida psico-fisiológica. Portanto, todas as características psico-fisiológicas são formadas pela língua que o homem fala e não inatas, ao ponto do conhecimento das características de uma língua dada, permitir descrever outras com maior verossimilhança sem qualquer estudo específico, porque a língua materna de um dado grupo humano faz parte das línguas de tom.Logo,a principal característica do processo de apropriação é a de criar no homem aptidões novas e funções psíquicas novas, pois a assimilação, no homem, é um processo de reprodução nas propriedades do indivíduo das propriedades e aptidões historicamente formadas da espécie humana, proporcionando ao homem construir a sua natureza, já que as partes do cérebro funcionam no decurso do desenvolvimento individual, constituindo, portanto, o substrato material das aptidões e funções específicas que se formam no decorrer da apropriação pelo homem do mundo dos objetos e fenômenos criados pela humanidade; ações estas que se tornam posse da cultura. A comunicação, outro fator preponderante no âmbito da cultura como atividade em comum, ou de forma verbal, ou mental é a condição necessária e específica do desenvolvimento do homem na sociedade, e também, graças a ela, as aquisições do desenvolvimento histórico das aptidões humanas, não são simplesmente dadas aos homens nos fenômenos da cultura material e 40 espiritual que os encarnam, mas são apenas postas e, portanto, para se apropriar dos resultados e fazer deles aptidões, os órgãos da individualidade do ser humano devem entrar em relação com os fenômenos do mundo circundante, através de outros homens, via processo de comunicação, que leva o ser humano a aprender a atividade adequada, ―que nada mais é‖ que o processo de educação, que oportuniza o homem a adquirir a mais rica prática, cuja sócio-histórica acumulada por ela (educação). Também graças a isso, observamos o crescimento do papel específico da educação, seguido de uma tarefa complexa, porque o desenvolvimento humano apela, forçosamente, para uma nova etapa no desenvolvimento da educação, a ponto da sociedade consagrar o aumento do tempo à educação das gerações; criar estabelecimento de ensino; instrução de forma especializada; diferenciar o trabalho do Educador e do Professor, enriquecer programas; e outros, proporcionando assim uma relação entre o progresso histórico e o progresso da educação, justificado nas enormes diferenças das condições e modo de vida; da riqueza da atividade material e mental, do nível de desenvolvimento das formas e aptidões intelectuais. A cultura voltada para a divisão social do trabalho visa a transformação do produto do trabalho num objeto destinado à troca, modificando assim, o lucro do produtor no produto que ele fabrica e, consequentemente a separação e a posse das atividades materiais e intelectuais; o prazer e o trabalho; a produção e o consumo aos homens diferentes, onde podemos observar que a concentração das riquezas materiais nas mãos de uma classe dominante, é também acompanhada de uma concentração de cultura intelectual.Portanto, para que o nosso aluno não conquiste apenas a cultura necessária à produção de riquezas materiais nos limites das funções que lhe são destinadas, nós educadores, propomo-nos em desenvolver uma cultura de luta ideológica, para que esse tenha acesso à cultura intelectual com uma visão progressista, democrática, a fim de servir ao desenvolvimento da humanidade de se ter um futuro grandioso e uma próxima etapa da história humana. Com a perspectiva de construirmos a história humana vindoura, nós nos alicerçamos na educação porque ela é o processo pelo qual a sociedade forma seus membros à sua imagem e em função de seus interesses. Portanto, educação é formação do homem pela sociedade, ou seja, o processo pelo qual 41 a sociedade atua constantemente sobre o desenvolvimento do ser humano no intuito de integrá-lo, no modo de ser social vigente, e de conduzi-lo a aceitar, e buscar os fins coletivos. Logo, a educação é um processo. É um fato histórico em duplo sentido (sentido que representa a própria história individual à fase vivida pela comunidade em sua contínua evolução ); é um fato existencial; é um fato social; é um fenômeno cultural, já que é a transmissão integrada da cultura em todos os seus aspectos, segundo os moldes e pelos meios que a própria cultura existente, possibilita, e também é o método pedagógico e o saber, e que a sociedade é capaz de se expressar pela linguagem; é uma atividade teológica; é um fato de ordem consciente; é um processo exponencial; é concreta por essência; é contraditória por natureza e, portanto, o exercício de educar conduz à sua própria modificação ao desenvolvimento de abertura para o futuro, ao adiantamento do processo como um todo e, sendo assim, o programa de educação é por natureza inconcusso, porque a sua própria execução altera a qualidade dos elementos que o compõem ( aluno, professor, métodos, finalidades, etc.) e determina a necessidade de um segundo programa, mais perfeito, mais adiantado. Portanto, a educação é história por ser um processo de formação do homem para o novo da cultura, do trabalho, de sua autoconsciência e pelo processo de sua educação, ser compreendida como o desenvolvimento de sua educação, ser compreendida como o desenvolvimento de sua existência. O caráter social da vida dos seres humanos é um processo, uma construção, da qual participa cada indivíduo na relação com os outros, e categorias a que pertencem, e pelos interesses e poderes que nelas circulam. Portanto, vale referir-se à condição humana, forma concreta de existência dos seres humanos na cultura e na história. As vivências particulares cruzam-se na construção coletiva das sociedades e culturas, e umas e outras ganham sua configuração específica em função das condições particulares dos seres humanos e dos ambientes – físico -biológico e histórico– econômico - políticos nos quais estes vivem. 42 11.3 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO A educação vincula-se à dependência do conceito de homem, por ser necessariamente intencional, já que não se pode formar um homem sem um prévio conceito ideal de homem. Logo, este modelo, contudo, é um dado de consciência (consciência que comanda o processo educacional; formas superiores de consciência), atribuindo à educação uma forma particular de responsabilidade entre os homens. E, neste âmbito, a educação pertence a uma cultura em que o conceito é norteado por um dos produtos ideológicos da cultura, e pertencente ao campo cultural, por ser o processo produtor da cultura, e por consequência a educação é a cultura simultânea como feita no educador que a transmite, e como fazendo-se no educando, que a recebe, por conseguinte, capacitando, afim de se tornar o agente da ampliação dela. A questão educação, segundo o ponto de vista do indivíduo como possibilidade humana visa às probabilidades de receber educação diferenciada e de recebê-la em determinado grau, segundo a posição no contexto social, da natureza de seu trabalho e do valor atribuídos a este, pelos interesses da consciência social dominante. No entanto, para aumentar as possibilidades individuais de educação, e para que se tornem universais, é necessário que ela (educação) seja um direito concretamente igual para todos, adquirindo assim, a sua função social permanentemente, por ser um aspecto prático, ativo da convivência social; por proporcionar à sociedade, o contínuo conhecimento e atitudes que permitem a sobrevivência do grupo humano; por ser um processo histórico de criação do homem para a sociedade e, simultaneamente, de modificação da sociedade para benefício do homem, já que ele é por essência um ser inacabado, livre e criador de uma cultura que produz as inovações técnicas e artísticas, e de ideias originais que são incorporadas à cultura geral do grupo, e, logo transmitidas a outros indivíduos que não as descobrem e, consequentemente, o homem, educado pela sociedade, modifica esta mesma sociedade como resultado da própria educação que tem recebido dela e, concomitantemente, consistindo no progresso social e no processo de auto-geração da cultura, observando-se, assim, a sociedade desempenhando o papel de mediadora entre os homens no processo de criação e transmissão da cultura, no qual se interpõe a 43 sociedade, que, de uma parte constitui o educador para educar, e de outra, pressiona o educando para educar-se. Portanto, o educar, enquanto forma e conteúdo tem caráter eminentemente social, e, enfim, histórico; logo o conteúdo é um instrumento de realização do homem, dentro do seu ambiente social; a forma é a maneira de transmitir o conhecimento, e, no entanto, conteúdo e forma da educação significam mais que a simples coexistência e justaposição dos fatores e, por isso, representam uma unidade real; uma dependência recíproca de um ao outro, em que o conteúdo determina a forma da educação na qual é ministrada, porém, esta por sua vez determina a possibilidade da variação do conteúdo, aumentando-o em um processo sem fim, a partir de pressupostos vinculados ao educando; ao educador; aos fins, aos meios e assim, proporcionando à educação o fenômeno social total, já que ela é parte de um conjunto de interações e de interconexões recíprocas, não podendo ser dissociada dele (conjunto) e tratada isoladamente, por ser parte de um todo. Os seres humanos convivem em sociedade, e a aventura da convivência desafia-os a enfrentarem e procurarem responder as ações nas relações com os outros. Neste âmbito é que se insere a questão da Moral e da Ética. Moral e ética, tendo como significado o conjunto de princípios ou padrões de conduta, remetem-nos a ideia de costumes, já que estes são maneiras de viver inventadas pelos seres humanos, para que os mesmos possam atender suas necessidades, de acordo com o tempo e lugares, e também construam respostas diversificadas às necessidades inscritas na natureza, reformulando constantemente as respostas e inventando novas. Assim, suas ações são medidas tanto pela percepção do real, como pela capacidade de formular diferentes respostas a um estímulo, uma necessidade. Portanto, nos costumes manifesta-se a criação de valores, porque os diversos grupos e sociedades criam formas peculiares de viver, e elaboram princípios e regras que regulam seu comportamento; logo há propriedades atribuídas à realidade pelos seres humanos, a partir das relações que estabelecem entre si e com a realidade, transformando-a e se transformando continuamente. Assim, podemos observar que o valorizar significa relacionarse com a natureza, atribuindo-lhe significados que variam de acordo com as 44 necessidades, desejos, condições e circunstâncias onde se vive, e que pela criação cultural, instala-se a referência não apenas ao que é, mas ao que deve ser; ao que se deve fazer e traduzir numa série de prescrições que as sociedades criam para orientar a conduta dos indivíduos. Ressalvamos que os conceitos de ética e moral incorporam em seu percurso histórico, significações diferenciadas, inclusive, no âmbito filosófico, que define moral como o conjunto de princípios, crenças, regras que orientam o comportamento dos indivíduos nas diversas sociedades; e a ética como a reflexão crítica sobre a moral. No entanto, ao se estabelecer a distinção, procuramos apontar de modo preciso a estreita articulação que mantém e que diz respeito exatamente ao terreno dos presentes na prática e na reflexão teórica de homens e mulheres nas sociedades. Os registros da presença da moralidade na cultura norteiam, através das crenças, princípios, regras, o comportamento humano, onde a moral é o campo que domina os valores relacionados ao bem e ao mal. Portanto, o conteúdo dessas noções (bem/mal) ganham concretude no interior de cada contexto social específico, e variam enormemente de sociedade para sociedade, de cultura para cultura, onde cada situação concreta intervém interesses, estabelecem poderes e emergem conflitos e, isso faz com que a moralidade seja o componente de todas as culturas, e a dimensão presente no comportamento de cada pessoa em relação com as culturas dos povos entre si e da estreita relação que ela guarda com a política, entendida como instância de relações de poder e definição de compromissos. Ao longo da história, a sociedade constrói e modifica seus sistemas morais, focalizando a cada momento diferentes questões, e interpretando os princípios de forma, às vezes, surpreendente para o que se coloca hoje é frequentemente paradoxal, como se verifica na contemporaneidade. Na Grécia antiga, as pessoas viviam em conformidade com a natureza; na cultura judaico-cristã, registramos a crença de que ser bom e alcançar a felicidade dependem da obediência aos decretos e mandamentos divinos, superiores aos humanos; na modernidade, o mundo é regido por leis naturais; e na contemporaneidade, as diferenças aparecem como forças libertadoras da cultura e busca-se uma reflexão que permita a ampliação de um espaço público de diálogo e de ação coletiva. 45 A dimensão moral das ações implica em um posicionamento em relação aos valores e aos deveres, sendo que, para isso, os seres humanos têm possibilidades de escolha, onde escolher implica comparar, valorizar e configurar como uma resposta diante das prescrições da sociedade; assim a responsabilidade é, portanto, o núcleo da ação moral, constituído por vários elementos que nele se cruzam, onde o primeiro é a liberdade associada à consciência e à vontade; e a responsabilidade implica o conhecimento das razões e a consideração daqueles a quem se dirige ou com que se partilha a resposta. O ser humano posiciona-se diante de um conjunto de valores que não são criados por ele isoladamente, mas no contexto das relações com os outros seres humanos; e dentro do contexto social, dos grupos de que faz parte, o indivíduo desenvolve suas potencialidades, inclusive sua moralidade; logo todas as instâncias de vida social têm uma dimensão moral, onde é preciso possuir critérios, valores e, mais ainda, estabelecer relações e hierarquias entre esses valores para viver em sociedade. Diante de tais observações registradas, a ética é a reflexão crítica sobre a moralidade, porque ao fazer uma reflexão ética, pergunta-se sobre a consistência e a coerência dos valores que norteiam as ações; busca-se esclarecer e questionar os princípios que orientam essas ações, para que elas tenham significado autêntico nas relações. Há uma multiplicidade de doutrinas morais que, pelo fato de serem históricas, refletem as circunstâncias em que são criadas ou em que ganham prestígio e, assim, são encontradas doutrinas morais, cujos princípios procuram fundamentar-se na natureza, na religião, na ciência e na utilidade prática. Assim, a pergunta crítica colocada pela ética é de natureza diferente, porque sua intenção é problematizar exatamente os fundamentos, e ela serve para verificar a coerência entre práticas e princípios, questionar, reformular ou fundamentar os valores e as normas componentes de uma moral, sem ser em si mesma normativa. Portanto, entre a moral e a ética há um constante movimento que vai da ação para a reflexão sobre seu sentido e seus fundamentos, e da reflexão retorna à ação, revigorada e transformada. A ética trata de princípios e não de mandamentos. Ela é de caráter teórico e só tem possibilidades de se realizar exatamente porque se encontra estreitamente articulada as ações, nos diversos contextos sociais, 46 podendo-se assim, afirmar que a prática cotidiana transita continuamente no terreno da moral, tendo o seu caminho iluminado pelo recurso da ética. Alicerçado na ética e na moral, o Colégio Estadual Sol de Maio, insere na sua prática educativa, o papel de socialização, conservação e transformação da cultura, do conhecimento e dos valores, tendo portanto, em todas as instâncias da vida social, uma dimensão moral, ou seja a realização de uma educação moral, na perspectiva do desenvolvimento da capacidade de autonomia das crianças e jovens com quem trabalhamos, já que a Escola está cercado de valores que se traduzem em princípios, regras, ordens e proibições. No entanto, o que queremos, é que os alunos, professores , enfim toda a comunidade escolar, insira, no seu próprio espaço, a ética, a fim de refletir sobre os determinados princípios, regras, ordens e proibições, para que se instalem ações/relações efetivamente democráticas, e toda a comunidade escolar possa pensar, refletir, construir, ser livre, autônoma e uma constante problematizadora do viver pessoal e coletivo, fazendo o exercício da cidadania. A educação norteada à cidadania tem o objetivo de fazer com que a Escola tenha o papel de erradicar alguns males como: a incivilidade e a desintegração na sociedade brasileira. No entanto, a cidadania através da consciência humana, tem o intuito de organizar uma sociedade mais justa e educada, a fim de que se economize na segurança. Hoje, observamos que o país nas últimas décadas, conquista avanços, que, inclusive chamamos de Associativismo, o qual cuida de uma variedade extraordinária de assuntos. E, perante tal, acreditamos que a moral vem dos imperativos categóricos, que não se derivam da observação do mundo real; e Weber (1995) descreve a influência da moral protestante sobre o desenvolvimento do Capitalismo que se fundamenta no comportamento moral como facilitador da aquisição de riquezas, porque quando a palavra vale, quando os valores éticos internalizados fazem com que não seja necessária a vigia, as ações ficam mais práticas e produtivas, porque ser honesto é uma ideia esplêndida, produtiva, de grande investimento que aumenta as riquezas e a qualidade de vida de todos, é se ter um nível de confiança ligado a um cidadão ao outro e determinar o estilo de operação da sociedade. Diante das concepções sobre cidadania, a Escola tem o seu papel vital, quanto ao desenvolvimento da mesma. 47 A escola é uma agência de socialização, intermediando o processo entre a família e a sociedade. É uma etapa de transição para entrar na sociedade, já que ela cobre um intervalo de idade decisivo no desenvolvimento de um ser humano. Ela deve capturar a imaginação das crianças, pois há uma esperança de que possa socializá-la com valores sadios e coerentes com uma sociedade harmoniosa até porque a família de certo nível social e educacional é ferramenta preparatória para a escola e para a socialização quem vem com ela. É uma pré-educação para a cidadania, e o papel da escola na formação de valores e na cidadania é vital e/ou fatal para qualquer sociedade. No entanto, para se fazer uma Escola para a cidadania tem-se que evidenciar os valores, através da prática no seu funcionamento cotidiano, pois civismo e comportamento ético são assuntos como um todo dentro da escola, já que é a escola, em todas as suas atividades, é que recebe a tarefa da educação para valores, e hoje, há uma experiência em se focalizar mais os esforços da escola no seu intento de tornar-se uma agência mais competente de desenvolvimento de valores. A Escola ensina pelo exemplo de escola digna, íntegra e ética, ou seja, ela deve ser boa, ensinar e educar para valores que ensinam as implicações éticas e morais, inseridas a cada momento da história. A cidadania é uma condição construída historicamente. Ela aponta para a possibilidade de participação efetiva na produção e usufruto de valores e bens de um determinado contexto, na configuração que se dá ao contexto, e para o reconhecimento do direito de falar e ser ouvido pelos outros, ou seja, elaborar uma política formada pela existência humana, de caráter privado, tanto quanto, de poder de participação na esfera pública. Assim, ser cidadão é participar de uma sociedade, tendo direito a ter direitos, bem como construir novos direitos e rever os já existentes, enquanto participar é ser parte e fazer, com seu fazer, sua interferência criativa na construção da sociedade com os indivíduos configurando o seu ser, sua especificidade, sua marca humana. Admitir e defender direitos humanos significa reconhecer não apenas esta ou aquela propriedade de alguns sujeitos, mas que o direito do ser humano é um estatuto que todas as pessoas têm o dever moral de consciente e voluntariamente conceder-se uma às outras. 48 Diante de tais propostas cidadãs, as políticas educacionais devem ser diversificadas e concebidas de modo que a educação não seja um fator suplementar de exclusão social, que os tempos e os campos dela (educação) sejam repensados ao longo da vida do indivíduo. Portanto, a Declaração Mundial sobre a Educação para todos destaca em um dos artigos, que toda pessoa (criança, adolescente ou adulto) deve poder beneficiar-se de uma formação concebida para responder às suas necessidades educativas que compreendem os instrumentos de aprendizagem essenciais (leitura, escrita, cálculos, etc.), como conteúdos educativos (conceitos, atitudes, valores, etc.), dos quais o ser humano tem necessidade para viver e trabalhar com dignidade, participar plenamente do desenvolvimento, melhorar a qualidade de sua existência, tomar decisões de forma esclarecida e continuar a aprender. No Brasil, educação e cidadania está em pauta nas mais diversas Instituições e Entidades, e em termos legais, ressaltamos que a Lei Federal LDB Nº 9394, de 10/12/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional conhecida como Lei Darcy Ribeiro estabelece que a educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tendo como finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. Assim é papel do Estado democrático facilitar o acesso à educação e investir na escola, para que esta instrumentalize e prepare crianças e jovens para as possibilidades de participação política e social. Ressaltamos que a sociedade brasileira vive um momento de rápidas transformações econômicas e tecnológicas, e os avanços na cultura e na educação transcorrem de forma bastante lenta em função de uma economia dependente da construção de uma consciência em torno de um desenvolvimento autosustentável, já que a modernização no Brasil acontece graças à importação de bens tecnológicos e recursos naturais de exportação. A sociedade brasileira prega uma educação que se posicione na linha de frente contra as exclusões, contribuindo para a promoção e integração de todos os brasileiros, voltando-se à construção da cidadania, não como meta a ser atingida num futuro distante, mas como prática efetiva; portanto, nós demandamos uma educação de qualidade, que garanta as aprendizagens essenciais para a formação de cidadãos autônomos, críticos e participativos, 49 capazes de atuar com competência, dignidade e responsabilidade na sociedade em que vivemos, e na qual esperamos ver atendido nossas necessidades individuais sociais, políticas e econômicas. Queremos ressalvar que cidadania é liberdade em companhia; liberdade que se experimenta socialmente, empreendendo uma ação, um gesto na relação com outros em sociedade, com um caráter político, e, para isso, nós devemos ser capazes de formularmos opções que nos levem em consideração e satisfação, com a consciência da importância de contemplar simultaneamente necessidades e desejos dos que estão à nossa volta; assim a liberdade torna-se compartilhada de responsabilidade e co-responsabilidade, que pressupomos à criação de um espaço de superação do individualismo e de possibilidade de definição de regras e normas de comportamento com participação de todos nós, levando-se em conta a felicidade de todos, em que podemos compreender a estreita relação entre ética e política, e como cidadãos, façamos escolhas e tomamos partido de opções apresentadas socialmente e assim nos afirmamos enquanto dignidade humana. No centro de todas às responsabilidades voltadas à educação junto a moralidade, ética e cidadania, o currículo deve estar no centro da relação, porque ele corporifica os nexos entre saber, poder e identidade. A natureza desse nexo tem sido teorizada de forma diferente nas diversas correntes da tradição crítica; desde a ênfase no conhecimento verdadeiramente ―útil‖ dos primeiros socialistas britânicos até a crítica ao cânone europeu, feita pelos atuais movimentos sociais, passando pela análise do caráter socialmente construído do currículo feita pela nova Sociologia da Educação ou pela crítica de Freire (1988) ao caráter bancário da educação, que é sempre a preocupação com as questões de conhecimento e de currículo que ocupa, de forma preferencial a imaginação e os esforços das pessoas dedicadas à teorização e à prática críticas em educação. Para fundamentarmos o nosso Projeto Político Pedagógico dentro de uma proposta de Gestão democrática progressista para Escola pública de qualidade é necessário explicitarmos a linha (concepção) pedagógica, pressupostos teórico-metodológico e avaliação, que o Colégio Estadual Sol de Maio busca consolidar, sendo assim, é fundamental compreender a Escola a partir de sua função social de propiciar ao aluno a compreensão da realidade 50 humana. Realidade esta entendida como produto das relações que o homem produz a partir da necessidade da produção de sua própria existência. Esse processo, base de toda organização da matriz curricular, é demanda de uma permanente reflexão sobre questões essenciais como: Por que a Escola tem relação social? O que é especificidade da Escola? Como o aluno aprende? Como ocorre o processo ensino-aprendizagem e o processo educativo? Avaliação para quê? Estas questões inerentes a educação escolar tem sido objeto de estudo, pesquisa e aprofundamentos por parte de todos os envolvidos no processo educativo de nossa Instituição. E nesse processo de reflexão nos remete a uma direção teórica epistemológica que dá sustentação ao nosso trabalho pedagógico. Isso implica em assumirmos uma concepção pedagógica que parte da compreensão humana na sua totalidade, dentro de uma abordagem Pedagógica Progressista Histórica Crítica, que parte da prática social compromissada em solucionar os problemas da educação, do currículo, do processo ensino-aprendizagem e avaliação, partindo dos pressupostos norteadores filosóficos sociológicos, epistemológico e didático-metodológicos. Veiga (1998) faz as suas considerações em torno destes pressupostos no qual a Educação é um compromisso político do Poder Público para com a população com vista a formação do cidadão participativo, sendo que a educação tem que estar alicerçada nas múltiplas necessidades humanas, num processo articulador das relações sociais, culturais e educacionais. O conhecimento é construído e transformado coletivamente, pautado na socialização e democratização do saber, garantindo à unidade teórica-prática conhecimento geral e específico, conteúdo – forma, dimensão técnica e política. Nesse sentido o conhecimento deixa de ser algo estático e passa a ser enfocado como processo. Processo este que busca construir o conhecimento de forma interdisciplinar, globalizado, contextualizado, contribuindo assim para a formação do aluno autônomo, intelectual, social e político, favorecendo para o seu exercício pleno de cidadania. Sendo assim, a sistematização do processo ensino-aprendizagem precisa fornecer aos alunos a elaboração crítica dos conteúdos, por meio de 51 métodos e técnicas de ensino e pesquisa que valorizam as relações solidárias e democráticas através de pesquisa de campo, oficinas pedagógicas, trabalhos em grupos, estudo dirigidos, estudo de texto, debates, discussões, cursos e outras práticas, ampliando a pesquisa como princípio educativo do processo ensino-aprendizagem. Para consolidar todos os pressupostos acima levantados, a nossa Escola através de suas práticas pedagógicas está buscando uma reorganização do seu trabalho educativo, cuja especificidade é levar o aluno ao direito de aprender, na aquisição de conhecimento e habilidades ao significado da ciência, das letras e da arte, na formação de atitudes e na compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamentam a sociedade. Assim o significado de educação, torna-se de fato um compromisso permanente por parte de todos os educadores que assumem a prática docente como mediação pedagógica, analisando e refletindo o conteúdo, não com o fim em si mesmo, mas como um meio para desenvolver competências, promover aprendizagem, conhecimento e cultura. Sendo assim, este processo visa: Educar para questionar de forma contínua a realidade de cada dia, sem ensinar nem incluir respostas prontas; Educar para localizar, reconhecer, processar e utilizar as informações oferecendo métodos e metodologias para trabalhar em unidade–conteúdo – forma- unidade - teórico – prática; Educar para resolver problemas, os enfrentamentos das incertezas de cada dia no saber sistematizado e nos saberes cotidiano – comportamento ativo diante de uma situação nova que pede criatividade e capacidade de relacionar os conhecimentos novos com conhecimentos já adquiridos; Educar para criar, recriar e utilizar recursos tecnológicos dos mais simples aos mais sofisticados; Educar para a vida, gerando entusiasmo, impregnando de sentido as diversas práticas cotidianas, dando significação ao que fazemos, incorporando o meu sentido ao sentido da cultura do mundo; Educar para a expressão, comunicação, para relacionar, manifestar e contextualizar experiências. Educar a aprender a ser no desenvolvimento da 52 sensibilidade, na construção da sua própria identidade e para a sua autonomia. Somos sabedores que para que todos estes compromissos assumidos se efetivem de fato o Colégio como um todo precisa se reorganizar continuamente. Planejando todas as suas ações, com intencionalidade e envolvimento e participação de todos. O planejamento é político, é hora de tomada de decisões, de resgate dos princípios que embasam a prática pedagógica. Planejar implica acreditar na possibilidade de mudança e na necessidade da mediação teóricometodológico. Segundo Vasconcelos (1995), novas ideias abrem a possibilidade de mudanças, mas não mudam. O que o muda a realidade é a prática. Neste processo de transformação, todos têm um papel a desempenhar: professores, equipe pedagógica, direção, alunos, pais, funcionários, autoridades, comunidade local. Não existe o mais importante, todos têm que estar compromissados com a transformação e consequentemente com a organização e ação de intervenção da realidade. As mudanças acontecem a partir da interação. Planejar para quê? Para transformarmos o nosso trabalho, a relação com os alunos, a escola, a comunidade e a sociedade. Dentro da educação escolar temos diferentes níveis de planejamento: Planejamento do Sistema de Educação - feito a nível nacional, estadual e municipal – grandes políticas educacionais; Planejamento da Escola – que é o próprio Projeto Político Pedagógico, aqui almejado; Planejamento Curricular – espinha dorsal da Escola, desde séries iniciais até os terminais finais; Planejamento de Ensino – aprendizagem – prática do professor da Sala de Aula. Todo processo de educação escolar sistematizado e intencional, implica a elaboração e a realização de um programa de experiências pedagógicas a serem vivificadas em sala de aula e na escola, sendo o Currículo este conjunto de atividades. 53 11.4 CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO ―Se ignorância é o problema social mais devastador, seu enfrentamento não se dará, sobretudo pelo acesso a benefícios, mas pela capacidade individual e, sobretudo coletiva de fazer e fazer-se oportunidade, ou de se emancipar‖ (Demo, 2000, p.23). Entretanto, para se adquirir a emancipação é indispensável dominar determinados mecanismos que estão presentes no processo de transmissão e assimilação da aprendizagem que diz respeito ao conhecimento elaborado e não ao conhecimento espontâneo., ou seja, a aprendizagem escolar trabalha com a aquisição das bases do conhecimento científico. Assim, o conhecimento pode ser definido como ―o resultado do trabalho humano no processo histórico de transformação do mundo e da sociedade, através da reflexão sobre esse processo‖ Gasparim, (2003). Isso remete à escola uma nova proposta pedagógica de construção-reconstrução do conhecimento a partir de uma nova forma do professor estudar, e preparar os conteúdos, fazendo a seguinte sequência didática: partir da prática, teorizar sobre ela e voltar à prática para transformá-la. Isso possibilitará passar do senso comum como única explicação da realidade, para os conceitos científicos que possibilitarão uma compreensão mais contextualizada da totalidade social. Diante deste fato podemos definir então, o conhecimento como sendo a apropriação do manejo crítico e inventivo da cultura produzida historicamente pelos homens. 11.5 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA A cidadania é o conjunto dos direitos políticos de que goza um indivíduo e que lhe permitem intervir na direção dos negócios públicos do Estado, participando de modo direto ou indireto na formação do governo e na sua administração, seja ao votar (direto), seja ao concorrer a cargo público (indireto). Cidadania é a participação econômica e social do cidadão. (Wikipedia). ―Segundo Dallari (1998, p.14) a cidadania expressa um conjunto de direitos 54 que da à pessoa a possibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de inferioridade dentro do grupo social‖. A cidadania não surge do nada como um toque de mágica, nem tão pouco a simples conquista legal de alguns direitos significa a realização destes direitos. Construir a cidadania é também construir novas relações e consciências. A cidadania deve ser perpassada por temáticas como a solidariedade, a democracia, os direitos humanos, a ecologia, a ética. Pode-se dizer que cidadania é essencialmente consciência de direitos e deveres e exercício da democracia. Não há cidadania sem democracia. Cabe a escola como instituição, estimular e cultivar os valores éticos, morais e cívicos para que o educando possa vir a ser um cidadão consciente e atuante dentro da sociedade. 11.6 CONCEPÇÃO DE MUNDO O mundo é o local onde se encontra inserida a sociedade, como um conjunto de ações e reações importantes e complexas. Sendo assim, o homem em sua subjetividade social estabelece relação com o mundo, visto como uma totalidade concreta. Entretanto, o mundo se transforma constantemente, e o homem está sujeito a estas transformações, cuja condição exige a educação para sua adequada adaptação. Dessa forma, através da reflexão sobre o ambiente e sociedade ele poderá intervir de e contribuir na realidade a qual está inserido. No mundo tecnológico buscará alcançar o benefício na qualidade de vida que a tecnologia poderá proporcionar a si próprio e aos demais. 11.7 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO A avaliação é hoje compreendida pelos educadores como elemento integrador entre a aprendizagem, envolvendo múltiplos aspectos: 55 Ajuste e a orientação da intervenção pedagógica para que o aluno aprenda da melhor forma; Obtenção de informações sobre o que foi aprendido e como; Reflexão contínua para o professor sobre sua prática educativa; Tomada de consciência de seus avanços, dificuldades e possibilidades. Segundo Vasconcelos (1995), seguem–se algumas considerações referentes a uma avaliação realmente diagnóstica e emancipatória: A avaliação faz parte do processo educacional, deve estar em harmonia com o trabalho cotidiano em sala de aula. É necessário definir claramente as ―regras do jogo‖ com os alunos, para evitar criar ansiedade e desconfiança na relação pedagógica – o aluno deve saber o que vai ser exigido dele; A avaliação deve ser contínua, verificando os vários momentos dos alunos e não julgando-os num determinado momento; avaliar o processo e não apenas o produto; Avaliação deve procurar abranger todos os aspectos da educação e não apenas o cognitivo. No entanto, a ―nota‖/conceito uma vez que ainda existe, deverá ter como base o cognitivo, para evitar distorção no processo; A nota não deve ser instrumento de manutenção da disciplina da classe. Problemas de indisciplina devem ser enfrentados como tal, e não aparentemente resolvidos pela nota. O professor precisa colocar a sua autoridade como coordenador do processo a serviço da construção da coletividade e não como repressão; A avaliação deverá produzir uma mudança de atitude do aluno em relação a matéria, e do professor em relação aos alunos; A avaliação não deve ser usada para comparar alunos entre si, comparações criam competições – cada aluno deve ser comparado a si próprio; A auto-avaliação do professor e do aluno; ―A avaliação deve ser entendida como aspecto do ensino, pelo qual o professor estuda e interpreta os dados de aprendizagem e do seu próprio trabalho, com a finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de 56 aprendizagem dos alunos, bem como diagnosticar os resultados e atribui-lhes valor.‖ C.C.E. Del. 033/87. A primeira questão que se coloca quando pensamos em avaliação escolar é relacionada aos princípios filosóficos que norteiam a nossa proposta pedagógica, pois a partir deles que estabelecemos a função da escola, os conteúdos, a metodologia e a avaliação. Entendemos que a Avaliação Escolar vai muito além da constatação, da mensuração de conhecimentos estanques, da investigação sobre a memorização de conteúdos sem relevância social. Na verdade o que estamos propondo é uma avaliação que de fato acompanhe e oriente todo processo pedagógico, a fim de que as ações educativas não se afastem do projeto social a que o currículo se propõe. Não podemos admitir que o processo de avaliação seja classificatória para medir, quantitativamente a memorização de conteúdos pelos alunos, nem seu comportamento como forma de puni-los e reprimi-los. A avaliação que o nosso colégio busca consolidar é a avaliação diagnóstica, entendida como uma forma dinâmica, qualitativa, democrática, construtiva, autônoma e legítima. Segundo Vygotsky (2001), pensar avaliação é considerar o nível de desenvolvimento real do aluno (o que ele faz sozinho), o nível de desenvolvimento potencial do aluno (o que ele fará com ajuda dos domínios anteriores e com a ajuda do professor), mediado pelo ensino que se dará o nível de desenvolvimento proximal que se efetua na prática pedagógica escolar. Não se pode admitir que a avaliação se confunda com juízo final, com repressão, acertos de contas que se funde no medo. A avaliação diagnóstica é processual, permanente, contínua, cumulativa e principalmente para rever o processo de ensino – aprendizagem e partir para reorganização do planejamento escolar. Entendida assim, a avaliação dá subsídios ao professor, oferecendo elementos para uma reflexão contínua sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados e adequados para o processo de aprendizagem individual e coletiva. 57 Para o aluno é a tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades, possibilidades para reorganização do direito de aprender. Para escola significa definir prioridades e aspectos das ações educacionais que requerem maior apoio. Em entrevista a Revista Nova Escola (setembro 2000), Perrenoud (2000), coloca alguns princípios de avaliação autêntica, para avaliar seriamente competências: Não incluir nada além das tarefas contextualizadas; Deve contribuir para que os estudantes desenvolvam ainda mais as suas competências; Exigir a utilização funcional dos conhecimentos disciplinares; A tarefa e suas exigências são conhecidas antes da situação da avaliação; Exigir certa forma de colaboração entre os pares; Levar em consideração as estratégias cognitivas e metas cognitivas utilizadas pelos estudantes; A correção não deve levar em conta o que não sejam erros importantes na ótica da construção de competências. De acordo com o exposto, o nosso colégio vem buscando através da Avaliação Bimestral e da Recuperação Paralela, oportunizar à todos a real apropriação do conhecimento. A verificação do rendimento escolar observará os seguintes critérios: a) Avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo período; b) Obrigatoriedade de estudos de Recuperação Paralela do ano letivo, para os casos de baixo rendimento escolar; c) A promoção dos alunos do Ensino Fundamental e dos cursos profissionalizantes em sua forma Integrada, resultará da combinação do resultado do aproveitamento escolar e a apuração da assiduidade - serão considerados aprovados os alunos que apresentarem freqüência de 75%, no computo da somatória da carga horária de todas as disciplinas e rendimento igual ou superior a 6,0, conforme: 58 MA = Média do 1ºB + 2ºB + 3ºB + 4ºB = 6,0 4 d) A promoção dos alunos do Ensino Médio por Blocos e do Curso Técnico Subsequente resultará da combinação do resultado do aproveitamento escolar e a apuração da assiduidade - serão considerados aprovados os alunos que apresentarem freqüência de 75%, no computo da somatória da carga horária de todas as disciplinas e rendimento igual ou superior a 6,0, conforme: MA = Média do 1ºB + 2ºB = 6,0 2 11.7.1 Recuperação paralela Em relação à recuperação paralela, está acontecerá segundo a necessidade da turma, enquanto aprendizagem. No entanto, deve seguir critérios em que o professor aplica uma avaliação, caso a turma e/ou alguns alunos não conseguem atingir o objetivo proposto, este professor deve retomar a explicação do conteúdo; dar exercícios de verificação, fazer correção explicativa e aplicar a avaliação de recuperação; caso ainda, não há assimilação pela minoria, dar atendimento individual, aplicar outra avaliação de recuperação e, caso seja a maioria, repetir o primeiro processo atribuído à primeira avaliação de recuperação. 11.8 CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO O currículo é um dos elementos centrais das reestruturações e reformas educacionais, que em nome da eficiência econômica estão sendo colocadas propostas voltadas a um espaço onde se concentram e se descobrem as lutas, em torno dos diferentes significados sobre o social e o político. É através do currículo concebido como elemento discursivo da política educacional, que os 59 diferentes grupos sociais, especialmente os dominantes, expressam sua visão de mundo, seu projeto social, sua verdade. As políticas curriculares, como textos, discursos, etc., são importantes como elementos simbólicos do projeto social dos grupos no poder. Ela, política curricular, representa, segundo Barthes (2000), um mito, e estão como um signo e um significante. Também as políticas curriculares autorizam e desautorizam os grupos de especialistas, fabricam objetos epistemológicos de que falam através de um léxico próprio, como um mecanismo altamente eficiente de instituição e constituição ―real‖; interpelam indivíduos nos diferentes níveis institucionais aos quais se dirigem atribuindo-lhes ações e papéis específicos como os de diretores, supervisores, etc.; movimentam uma indústria cultural montada em torno da escola e da educação, como por exemplo, as multimídias, define os papéis dos professores e alunos e suas relações, redistribuindo funções de autoridade e iniciativa; metamorfose em currículo, efetua um processo de inclusão de certos saberes e de certos indivíduos. No entanto, o currículo, segundo Walkerdine (2000) fabrica objetos de que fala: saberes, competências, sucesso, fracasso e produz os sujeitos aos quais, ele, currículo, fala aos indivíduos, e interpela; ele estabelece diferenças, constrói hierarquias e produz identidades. O currículo, enquanto conhecimento e cultura é o impacto das teorizações pós-modernistas e pós-estruturalistas, tais como representadas pelos estudos culturais e sintetizadas na chamada virada linguística, porque nesta, ganha centralidade o papel da linguagem e do discurso na constituição do social de forma consequente, à cultura como prática de significações, assumindo assim um papel constituído. A perspectiva pós-estruturalista amplia as abordagens sociológicas centradas numa visão da cultura como campo de conflito e luta, mas modificálas, ao deslocar a ênfase de uma avaliação epistemológica, baseada na posição estrutural do ator social, para os efeitos de verdade inerentes às práticas discursivas; logo, a cultura é um campo de luta em torno da construção e imposição de significados sobre o mundo social. Portanto a cultura, tal como o currículo, é compreendido como prática de significação, prática produtiva, uma relação social, uma relação de poder e uma prática que produz identidades sociais. 60 A cultura e o currículo como prática de significação visam a compreensão do mundo social, tornando-o inteligível e, sendo assim, a cultura diz respeito à produção de sentidos, enquanto currículo uma trama de significados que podem ser analisados como um discurso e pode ser visto como uma prática discursiva. Portanto o currículo, tal como cultura, é, sobretudo, uma prática produtiva e, assim, a cultura é uma atividade de ação e experiência, em que ao vê-la como produtora significa dizer que os materiais existentes estão submetidos sempre a um novo trabalho, a uma nova atividade de significação e a um processo de transformação. No currículo se produz sentido e significado sobre vários campos e atividades sociais; nele se trabalha sobre sentidos e significados recebidos, sobre materiais culturais existentes; ele, tal como a cultura, é uma zona de produtividade vinculada ao caráter social dos processos e das práticas de significação e, sendo assim, ambos (currículo e cultura) são relações sociais. O currículo como outros conjuntos de matéria significante é submetido a um novo trabalho de significação, realizado no contexto de relações sociais, que necessariamente são também, de poder, e implica em fazer valer significados particulares, próprios de um grupo social, sobre os significados de outros grupos, o que pressupõe um diferencial entre eles, onde a relação de poder é, ao mesmo tempo, resultado e fonte do processo de significação, já que poder e significação são o conceber das práticas culturais como relações de poder que implica a visão do campo da produção de significado e de sentido como contestado, disputado e conflitivo. Currículo e educação estão vinculados particularmente, o currículo a relação de poder que tem sido central ao projeto educacional crítico, e o currículo como ato político consiste precisamente em destacar seu desenvolvimento em relações de poder, tal como nas práticas culturais, em que as relações de poder são inseparáveis das práticas de significação que formam o currículo. Um dos efeitos mais importantes das práticas culturais é o de produção de identidades sociais, que em geral, tende-se naturalizar as identidades sociais, as formas pelas quais os diferentes grupos sociais se definem a si próprio e pelas quais eles são definidos por outros grupos. No entanto, a 61 diferença é produzida no interior de práticas de significação em que os significados são contestados, negociados e transformados. A identidade, tal como a cultura, é o objetivo de uma incessante construção, e conforme diz Hall (1998), a identidade como uma produção que está sempre em processo e, além disso, um processo de formação da identidade que está sempre referindo a outro, tornando assim, identidade e alteridade inseparáveis e, fundamentalmente, relações de poder. Logo, as identidades são categorias inerentes sociais, políticas, uma relação e um posicionamento, consequenciando assim, uma identidade histórica. A política da identidade está no centro das disputas por representações e por distribuição de recursos materiais e simbólicos. Com isso, a educação institucionalizada e o currículo estão no centro do processo de formação de identidade, onde ele (currículo), como espaço de significação está estreitamente vinculado ao processo de formação de identidades sociais. O currículo está centralmente envolvido naquilo que somos;,naquilo que nos tornamos e naquilo que nos tornaremos; portanto, o currículo produz e nos produz. E, como política curricular, macro discurso, o currículo expressa as visões e os significados do projeto dominante e ajuda reforçá-las, a dar-lhes legitimidade e autoridade. Como microtexto, como prática de significação em sala de aula, o currículo tanto expressa essas visões e significados quanto contribui para formar as identidades sociais que lhes sejam convenientes e, que para isso, o currículo deve ter como resposta uma decisão moral, ética e política. Por currículo se entende a síntese de elementos culturais ( conhecimentos, valores, costumes, crenças, hábitos), refletindo só a natureza do conhecimento em si mesmo, também a natureza do conhecedor e do processo de aquisição do conhecimento, ensinamos não para produzirmos minúsculas bibliotecas vivas ambulantes, mas para fazermos o estudante pensar, matematicamente por si mesmo, para considerar os assuntos como paz, considerar-se um historiador, e tomar parte no processo de aquisição de conhecimento. Conhecer é um processo, não um produto. (J.S. Bruner, Uma Nova Teoria da Aprendizagem, 1997, p.89). Neste sentido, o currículo não pode ser pensado apenas como um rol de conteúdos a serem transmitidos para um sujeito passivo, mas, para aquele 62 educando que tem oportunidade de entrar em dinamizar o conhecimento trabalhado em sala de aula com a realidade, integrar-se em rede, proporcionando a oportunidade, fazer, relacionar – aplicar- e transformar, em conhecimento. A matriz curricular da nossa Escola no Ensino Fundamental está organizada por disciplina conforme Parecer 004/98, alicerçada em pressupostos teóricos apresentados no referencial bibliográficos. Língua Portuguesa, Língua Estrangeira Moderna, Educação Física e Artes; Química, Física, Biologia, Matemática; História, Geografia, Filosofia e Sociologia. Compreender a cidadania como participação social e política, assim como os direitos e deveres políticos , civis e sociais, utilizando o diálogo como forma de mediar conflitos e tomar decisões coletivas; Conhecer características fundamentais do Brasil nas dimensões sociais, materiais e culturais com meio para construir progressivamente a noção de identidade nacional e pessoal e o sentimento de pertinência ao país; Conhecer, valorizar e posicionar-se contra qualquer discriminação baseada em diferenças culturais, de classe social, de crenças, de sexo, de etnias ou características individuais e sociais; Saber utilizar diferentes fontes de informação e recursos tecnológicos para adquirir e construir conhecimentos; Questionar a realidade, formulando-se problemas e tratando de resolvêlos, utilizando o pensamento lógico, a criatividade, a intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos e verificando sua adequação. A proposta de Organização do conhecimento está em consonância com o artigo 26 de Lei de Diretrizes e Bases da Educação. Os currículos do Ensino Fundamental devem ter Base Nacional Comum, a ser contemplada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas características regionais e locais da Sociedade, da cultura, da economia e dos alunos. A Base Comum ou Núcleo Comum deve ocupar 75% da carga horária cuja 800 horas, e Parte Diversificada, 25%. Na parte diversificada do currículo será incluído, obrigatoriamente, a partir da 5ª série, o ensino de pelos menos uma língua estrangeira moderna, cuja escolha ficará a cargo da comunidade 63 escolar, pois é oferecido Inglês e Espanhol, dentro das possibilidades da instituição. (art. 26 parág. 5º) e 200 dias letivos. A LDB expressa ainda à necessidade de trabalhar diferentes áreas do conhecimento para formação plena dos alunos; dentre eles: conhecimentos clássicos; realidade social e política, História do Brasil, nossas Matrizes e Desafios Educacionais Contemporâneos. 11.9 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA O conceito de tecnologia só adquiriu importância a partir do começo do século XVIII. Neste período teve inicio a primeira revolução industrial, na qual se deram relevantes transformações a todos níveis no trabalho industrial . No entanto a discussão sobre tecnologia veio a publico somente após a 1ª Guerra Mundial. A primeira utilização do termo tecnologia data de 1777 como titulo de um livro escrito pelo filosofo alemão Beckmann (1999). Este filósofo defendia que a tecnologia envolve a razão, ou seja, uma forma particular de conhecimento. Na língua Portuguesa a palavra tecnologia é definida como o estudo especializado sobre os procedimentos, instrumentos e objetos próprios de qualquer arte, ofício ou técnica. Aristóteles (1232), na sua obra Retórica, define técnica como um tratamento sistemático da gramática ou fala. Já o sociólogo contemporâneo, Merton (1944), define técnica como um conjunto qualquer de meios padrões para atingir um resultado predeterminado. Heidegger (2002), filósofo existencialista, considerou a existência de uma relação entre a tecnologia e a arte, na qual ambos eram eventos verdadeiros que permitiam aos entes existirem. O mesmo argumentava que a palavra grega techne tinha um significado ambivalente. A palavra techne pode ser interpretada através do termo melete, que expressa cuidado necessário para preservar alguma ―coisa‖. Por outro lado, techne pode ser analisada de acordo com a palavra poiesis que significa a produção ou a apresentação de alguma ―coisa‖. Estas características da palavra ―tchne” compreendem um conhecimento íntimo do que são, como Heidegger refere, as ―coisas‖. Este conclui que a especialização na execução de uma determinada ―coisa‖ só é possível, porque o artesão é dotado da 64 techne de forma a poder desvendar ou proteger a criação dessa mesma ―coisa‖. Para concluir este assunto, convém denotar as diferenças existentes entre os conceitos técnica e tecnologia. Enquanto para o escritor Mayer (1998) a técnica é o resultado da atividade humana, na obra ―Confronto de Heidegger(1996) com a Modernidade‖, as ferramentas, as fábricas e todos os novos sistemas sociais pertencem à Tecnologia. 11.10 CONCEPÇÃO DE CULTURA Definir o que é cultura não é uma tarefa simples. A cultura evoca interesses multidisciplinares, sendo estudada em áreas como sociologia, antropologia, história, comunicação, administração, economia, entre outras. Em cada uma dessas áreas, é trabalhada a partir de distintos enfoques e usos. Tal realidade concerne ao próprio caráter transversal da cultura, que perpassa diferentes campos da vida cotidiana. Além disso, a palavra ―cultura‖ também tem sido utilizada em diferentes campos semântico sem substituição a outros termos como ―mentalidade‖, ―espírito‖, ―tradição‖ e ―ideologia‖ (Cuche, 2002, p.203). Comumente, ouvimos falar em ―cultura política‖, ―cultura empresarial‖, ―cultura agrícola‖, ―cultura de células‖. Ao que se conclui que, ao nos referirmos ao termo, cabe ponderar que existem distintos conceitos de cultura, no plural, em voga na contemporaneidade. Parte desta complexa distinção semântica se deve ao próprio desenvolvimento histórico do termo. A palavra cultura vem da raiz semântica colore, que originou o termo em latim cultura, de significados diversos como habitar, cultivar, proteger, honrar. A Noção de Cultura nas Ciências Sociais (2002), quanto Raymond Williams, em Palavras Chaves: um vocabulário de cultura e sociedade (2007) aponta os séculos XVIII e XIX como o período de consolidação do uso figurado de cultura nos meios intelectuais e artísticos. Expressões como ―cultura das artes‖, ―cultura das letras‖ e ―cultura das ciências‖ demonstram que o termo era, então, utilizado seguido de um complemento no sentido de explicitar o assunto que estava sendo cultivado. A partir deste período, a cultura passa a conformar sentidos distintos em países como a França e a Alemanha, de modo que Cuche alerta que ―sob as 65 divergências semânticas sobre a justa definição a ser dada à palavra, dissimulam-se desacordos sociais e nacionais‖ (2002, p.12). A partir desses estudos iniciais, outras abordagens do conceito de cultura se desenvolveram nas ciências sociais e em diversas áreas do pensamento humano como consequência do fenômeno que Albino Rubim chama de ―atomização da cultura como campo singular‖, que mobiliza mercados consumidores e permite atuações profissionais, acadêmicas e políticas. Para o autor, ―cabe propor mesmo uma centralidade para a cultura‖ no mundo contemporâneo (2006, p.2). Diante da multiplicidade de interpretações e usos do termo cultura, adotamos como referência neste trabalho três concepções fundamentais de entendimento da cultura, como: 1) modos de vida que caracterizam uma coletividade; 2) obras e práticas da arte, da atividade intelectual e do entretenimento; e 3) fator de desenvolvimento humano. Na primeira concepção, a cultura é definida como um sistema de signos e significados criados pelos grupos sociais. Ela se produz ―através da interação social dos indivíduos que elaboram seus modos de pensar e sentir, constroem seus valores, manejam suas identidades e diferenças e estabelecem suas rotinas‖, como ressalta Isaura Botelho (2001, p.2). Marilena Chauí também chama a atenção para a necessidade de alargar o conceito de cultura, tomando-o no sentido de invenção coletiva de símbolos, valores, ideias e comportamentos, ―de modo a afirmar que todos os indivíduos e grupos são seres e sujeitos culturais‖ (1995, p.81). Valoriza-se o patrimônio cultural imaterial os modos de fazer, a tradição oral, a organização social de cada comunidade, os costumes, as crenças e as manifestações da cultura popular que remontam ao mito formador de cada grupo. Como salienta Botelho: Vale nesta linha de continuidade a incorporação da dimensão antropológica da cultura, aquela que levada às últimas consequências temo em vista a formação global do indivíduo, a valorização dos seus modos de viver, pensar e o fruir, de suas manifestações simbólicas e materiais. É ela que busca, ao mesmo tempo, ampliar seu repertório de informação cultural, enriquecendo e alargando sua capacidade de agir sobre o mundo. O essencial é a qualidade de vida e a cidadania, tendo a população como foco (2007, p.110). 66 A segunda concepção é dotada de uma visão mais restrita da cultura, referindo-se às obras e práticas da arte, da atividade intelectual e do entretenimento, vistas sobretudo como atividade econômica. Esta dimensão não se dá no plano da vida cotidiana do indivíduo, mas sim em âmbito especializado, no circuito organizado. ―É uma produção elaborada com a intenção explícita de construir determinados sentidos e de alcançar algum tipo de público, através de meios específicos de expressão‖ (Botelho, 2001, p.2). A produção, distribuição e consumo de bens e serviços que conformam o sistema de produção cultural se tornou estratégica para o desenvolvimento das nações, na medida em que estas atividades movimentam uma cadeia produtiva em expansão, contribuindo para a geração de emprego e renda. Conforme salientado por Rubim (2007). A Economia da Cultura estuda a influência dos valores, das crenças e dos hábitos culturais de uma sociedade em suas relações econômicas. ―Vista sob esse ângulo, a cultura é tida como fator de propulsão ou de resistência ao desenvolvimento econômico‖ (Reis, 2007, p.1). Além das tradicionais atividades culturais, como literatura, artes visuais, teatro, música, dança, audiovisual, arquitetura e artesanato, as indústrias criativas também abarcam outros setores como moda, designer, marketing e propaganda, decoração, esportes, turismo, aparelhos eletrônicos, tecnologia, telefonia, internet, brinquedos e jogos eletrônicos. Na relação entre cultura e mercado, acontecem dois processos distintos: a mercantilização da cultura, quando as atividades culturais passam a ser concebidas visando à distribuição em massa e, consequentemente, a geração de lucro comercial; e a culturalização da mercadoria, que ocorre através da atribuição de valor simbólico a objetos do uso cotidiano. Até mesmo as características culturais de um determinado local ou povo podem ser transformados em bens vendáveis para o turismo ou como lócus para a produção audiovisual. A terceira concepção da cultura ressalta o papel que ela pode assumir como um fator de desenvolvimento social. Sob esta ótica, as atividades culturais são realizadas com intuitos sócio-educativos diversos para estimular atitudes críticas e o desejo de atuar politicamente no apoio ao desenvolvimento cognitivo de portadores de necessidades especiais ou em atividades terapeutas para pessoas com problemas de saúde, como 67 ferramenta do sistema educacional a fim de incitar o interesse dos alunos no auxílio ao enfrentamento de problemas sociais, como os altos índices de violência, a depredação urbana, a ressocialização de presos ou de jovens infratores. Embora muitos pesquisadores e artistas critiquem esta visão como sendo utilitária, pois acreditam no valor da arte em si mesma, é fato que a cultura pode e deve exercer um papel na formação política e social dos indivíduos. Segundo Nestor Garcia Canclini, é possível ver a cultura ―como parte de la socialización de las clases y los grupos en la formación de las concepciones políticas y en el estilo que la sociedad adopta en diferentes líneas de desarrollo‖ (1987, p.25). Portanto, afirmamos que na atualidade é possível compreender a cultura através de três concepções fundamentais. Primeiro, em um conceito mais alargado onde todos os indivíduos são produtores de cultura, que nada mais é do que o conjunto de significados e valores dos grupos humanos. Segundo, como as atividades artísticas e intelectuais com foco na produção, distribuição e consumo de bens e serviços que conformam o sistema da indústria cultural. Terceiro como instrumento para o desenvolvimento político e social, onde o campo da cultura se confunde com o campo social. 12 ENSINO – APRENDIZAGEM O processo de ensino-aprendizagem tem sido historicamente caracterizado de formas diferentes que vão desde a ênfase no papel do professor como transmissor de conhecimento, até as concepções atuais que concebem o professor como transmissor de conhecimento, até as concepções atuais que concebem o processo de ensino-aprendizagem com um todo integrado que destaca o papel do educando. As reflexões sobre o estado atual do processo ensino-aprendizagem nos permitem identificar um movimento de ideias de diferentes correntes teóricas sobre a profundidade do binômio ensino e aprendizagem. Entre os fatores que estão provocando esse movimento podemos apontar as contribuições da Psicologia atual em relação à aprendizagem, que leva todos a repensar a prática educativa, buscando uma conceptualização do processo ensino-aprendizagem. 68 Apesar de tantas reflexões, a situação atual da prática educativa das escolas ainda demonstra a massificação dos alunos com pouca ou nenhuma capacidade de resolução de problemas e poder crítico-reflexivo, a padronização dos mesmos em decorar conteúdos, além da dicotomia ensinoaprendizagem e do estabelecimento de uma hierarquia entre educador e educando. A solução para tais problemas está no aprofundamento de como os educandos aprendem e como o processo de ensinar pode conduzir à aprendizagem. Acrescenta-se ainda que a solução esteja a partir da teoria e colocar em prática os conhecimentos adquiridos ao longo do tempo de forma crítica reflexiva laborativa: crítica e reflexiva para pensar os conceitos atuais e passados e identificar o que há de melhor; laborativa não só para mudar como também para criar novos conhecimentos. Para que se repensem as ciências humanas e a possibilidade de um conhecimento científico humanizado há que se romper com a relação hierárquica entre teoria, prática e metodologia. Concluímos, então, que a sociedade e cada meio social particular determinam o ideal que a educação realiza. Contudo, é preciso termos definido também, nossa concepção de homem e, que homem se quer formar para esta nova sociedade. 13 DIREITOS HUMANOS A demanda de Direitos Humanos no âmbito da Coordenação dos Desafios Educacionais Contemporâneos, da Diretoria de Políticas e Programas Educacionais – CDEC/DPPE/SEED, nasce com o desafio de implementar o Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos nas escolas de nossa rede. Tem na sua essência a busca dos princípios da dignidade humana, respeitando os diferentes sujeitos de direito e fomentando maior justiça social. No intuito de valorizar ações de cidadania, esta demanda responde ainda pelas ações interinstitucionais de acompanhamento e fomento de programas federais e estaduais como: Atitude, Saúde na Escola, Segurança Social, entre outros. 69 14 PLANEJAMENTO DE AÇÕES DA ESCOLA 14.1 APRESENTAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO O presente plano de ação tem como tema norteador os projetos e as ações a serem desenvolvidas pela equipe de ensino no âmbito escolar e tem por objetivo subsidiar a organização coletiva da prática pedagógica a partir do qual os educadores se sintam desafiados à assumir uma prática refletiva, crítica e criativa capaz de, através de uma ação coletiva unir forças em direção a posturas compromissadas, permanência com sucesso do aluno na escola. Segundo Freire (1993) ―As crianças precisam crescer no exercício da capacidade de pensar, indagar-se, duvidar e de experimentar hipóteses de ação...‖, portanto o professor assume a função de facilitador e encorajador da aprendizagem e a escola assume as exigências postas pela sociedade para com os seus profissionais e consequentemente para a formação do educando. Partimos de resultados já obtidos e analisados no ano de 2010 conforme resultados obtidos e descritos na página 30 (trinta) neste P.P.P, para chegarmos ao norte deste plano de ação. Vimos que quando se trabalha com projetos consegue-se atingir os objetivos propostos, bem como melhorar a qualidade de ensino, e com isso chegar-se a aprendizagem, ao conhecimento e ao saber sistematizado. Tem como objetivo de: Formar cidadãos criativos, independentes e capazes de tomar suas decisões; Confrontar opiniões e pontos de vistas sobre as diferentes manifestações culturais existentes na comunidade escolar e no mundo; Fazer com que o aluno valorize o seu trabalho, para assim aprender a respeitar o dos outros; Proporcionar ao aluno e auto-avaliação para que o mesmo possa perceber o seu próprio desenvolvimento intelectual e humano; Desenvolver no aluno o senso crítico; Compreender a produção e o papel histórico da escola em sua vida e na de seus familiares. 70 A seguir temos os principais apontamentos feitos na semana pedagógica de 2010 que subsidiará nosso trabalho durante este ano letivo. 14.2 GESTÃO DEMOCRÁTICA E PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO: Alguns apontamentos para a organização da escola pública em sua função social. A função social da Escola Pública é oportunizar ao aluno o exercício da cidadania através de orientação pedagógica. Quanto às relações internas e externas à escola compreende-se a interação coletiva nas tomadas de decisões entre a comunidade escolar e a busca em outras organizações de ensino, de novas realidades sociais e culturais que contribuirão para o crescimento intelectual do educando. Para que a escola possa praticar sua função social, deve embasar-se em autonomias praticadas e respeitadas pelo conjunto de indivíduos que fazem parte dela, sempre tendo em observância e hierarquia da própria. Cada escola deve possuir e fazer valer seu regimento interno respaldado pelas Leis que a regem. Medidas pedagógicas devem ser tomadas sempre que houver necessidade no que se refere a não observância das regras impressas entregues a cada responsável pelo aluno no ato da matrícula. Sempre que desrespeitado o regimento interno ocorrerão medidas como: advertência verbal, convocação dos responsáveis (os quais deverão assinar um termo de compromisso de que estão conscientes da situação pelo qual foram convocados), acionar a patrulha escolar. Quanto ao desrespeito ao uso do uniforme escolar nas dependências do colégio, não trazer o material mínimo e o uso de roupas em desconformidade com o local (minissaias, decotes avantajados e outros) será feito um trabalho de conscientização com os pais e alunos sobre a forma adequada de se vestir e quais os materiais indispensáveis para estudar. No que se refere ao planejamento de uma escola, este deve ser adequado a realidade da mesma, visto que cada comunidade possui sua própria identidade A importância da participação democrática e a 71 representação nos órgãos colegiados representa o compromisso de todos aqueles que fazem parte da escola. A avaliação do trabalho pedagógico da escola só pode acontecer quando a mesma possuir um quadro de profissionais efetivos comprometidos em realizar um trabalho relevante em conjunto com os demais membros da comunidade escolar. Sem isto não é possível ter-se uma identidade em relação a questão de supervisão. O trabalho coletivo à fundamental para quase a totalidade de ações praticadas pela humanidade. Na escola não é diferente, talvez com o diferencial de que na escola tudo o que se aplica é em função do bem estar do indivíduo, para que o mesmo exerça a cidadania da forma mais digna possível. Todos os tópicos estudados e discutidos serviram de reflexão sobre a prática de cada participante, independente da área de trabalho, onde com certeza contribuirão para o avanço no que diz respeito ao ensino e aprendizagem dos alunos. 15 INSTÂNCIAS COLEGIADAS Em se tratando do gerenciamento dos recursos financeiras, e sua forma de aplicação, serão sugeridas e discutidas as prioridades, junto a APMF, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil, professores e funcionários em geral. Mensalmente, após aprovação da APMF, será feito um relatório mensal das receitas e despesas e afixado nos murais da Escola para que os Professores, alunos, funcionários e a comunidade de forma geral, possam tomar ciência. Serão realizadas reuniões administrativas periódicas com a comunidade de forma geral, onde se relatará as atividades desenvolvidas e prestações de contas e trocas de ideias, para a viabilização de novos projetos. 15.1 EQUIPE MULTIDISCIPLINAR A Equipe Multidisciplinar é instância de organização do trabalho escolar, preferencialmente coordenadas pela equipe pedagógica, e instituídas por Instrução da SUED/SEED, de acordo com o disposto no art. 8º da Deliberação 72 nº 04/06–CEE/PR. Assim tem por finalidade orientar e auxiliar o desenvolvimento das ações relativas à Educação das relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena ao longo do período letivo. A Equipe Multidisciplinar se constitui por meio da articulação das disciplinas da Base nacional Comum, em consonância com as Diretrizes Curriculares estaduais e nacionais da educação Básica para a Educação das relações Étnico-Raciais e ao Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, com vistas a tratar da História e Cultura da África, dos Africanos, Afro descendentes e Indígenas do Brasil, na perspectiva de contribuir para que os alunos negros e indígenas mirem-se positivamente, pela valorização da história de seu povo, da cultura, da contribuição para o país e para a humanidade. Compete à Equipe Multidisciplinar deste estabelecimento de Ensino: Elaborar e aplicar um Plano de Ação em conformidade com o Conselho Escolar e as orientações do DEDI/SUED, com conteúdos e metodologias, sobre a ERER e o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena, que deverá ser incorporado no Projeto Político-Pedagógico e legitimado pelo Regimento Escolar; Subsidiar as ações da equipe pedagógica na mediação com os professores na elaboração do Plano de Trabalho docente; Realizar formação permanente com os/as demais profissionais de educação e comunidade escolar, referente a ERER e o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena, conforme orientações expedidas pelo DEDI/SUED; Subsidiar os/as professores/as, equipe pedagógica, gestores/as, funcionários/as e alunos/as na execução de ações que efetivem a ERER e o Ensino de História e Cultura Afro-brasileira, Africana e Indígena. Subsidiar o Conselho Escolar na realização de ações de enfrentamento ao preconceito, discriminação e racismo no ambiente escolar, apoiando professores/as, equipe pedagógica, direção, direção auxiliar, funcionários/as, pais, mães e alunos/as; 73 Registrar e encaminhar ao Conselho Escolar e outras instâncias , quando for o caso, as situações de discriminação, preconceito racial e racismo, denunciadas nos estabelecimentos de ensino; Subsidiar as ações atribuídas aos estabelecimentos de ensino pelo Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a ERER e para o Ensino da História e Cultura Afrobrasileira, Africana e Indígena; Enviar relatório semestral às Equipes Multidisciplinares dos NREs de conteúdos e propostas de ações desenvolvidas nos estabelecimentos de ensino; Manter registro permanente em ATA das ações e reuniões da equipe multidisciplinar. 15.1.1 COMPOSIÇÃO DA EQUIPE MULTIDISCIPLINAR 2010 Representante da Equipe Titular: Creuza de Fatima da Suplente: Elisete Beatriz Pedagógica Silva Bernardi Representante Agente Titular: Maria de Fatima Suplente: Rosemeire Educacional Ricobelo Marques dos Santos Representante das Titular: Maria Marlene Menger Suplente: Juciara P. Instâncias Colegiadas Soares Ferreira Representante dos Titular: Vanessa Pereira da Suplente: Ilenice Maria Professores da Área de Lomba Zanela Representante dos Titular: Tatiane Aparecida Suplente: Flavio Marcelo Professores na Área de Vitor de Graauw Representante dos Titular: Cilene Francisco Suplente: Patricia Justen Professores na Área de Aragão Humanas Exatas Biológicas 15.2 APMF – (Associação de Pais, Mestre e Funcionários) 74 Associação de Pais, Mestres e Funcionários, órgão de representação de pais e professores do estabelecimento. Tem como objetivo colaborar na assistência ao educando, na integração família-escola através de eventos (atividades esportivas, recreativas, educativas e culturais) e promoções (festa junina, desfile de modas, bailes, jantares. almoços), visando sempre com os fundos arrecadados melhorias nas condições de trabalho tanto na parte pedagógica como administrativa, podendo-se citar a utilização destes recursos com promoções, envolvendo a comunidade desde 1998 até o momento atual. Pintura no Colégio; Ventiladores e ar condicionado (Foz do Iguaçu é uma região muito quente); Construção de quadras esportivas, sendo que uma delas é coberta; Ajardinamento; Iluminação; Melhorias nos banheiros e ampliação da Cantina; Ampliação no acervo da biblioteca; Aparelhos de laboratório; Aparelhos de vídeo e televisão; Formação continuada dos professores e funcionários. Para tal formação promoveremos no estabelecimento, palestras com temas educativos, autoestima e qualidade de vida, grupos de estudos por áreas de conhecimentos, passeios culturais; Investir nos materiais didáticos, fitas pedagógicas, nas visitas educativas, assim o professor poderá proporcionar maior interação do aluno com a comunidade; Dar condições para que os professores desenvolvam seus projetos de pesquisa junto aos alunos de forma a garantir um trabalho de qualidade; Levar os alunos a frequentarem o cinema local, quando estiverem em cartaz filmes culturais e significativos à prática pedagógica, bem como, exposições e peças teatrais. 15.3 GRÊMIO ESTUDANTIL 75 O Grêmio é a organização dos estudantes na Escola. Ele é formado apenas por alunos de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e esportivas, organizando debates sobre assuntos de interesse dos estudantes, motivando os alunos em campanha de ―ajuda‖ a pessoas carentes, organizando reivindicações, tais como compra de livros, conscientização dos alunos para o cuidado e preservação do colégio entre outros. O Grêmio Estudantil não terá caráter político, partidário, religioso, racial e também não deverá ter fins lucrativos. 15.4 CONSELHO ESCOLAR O Colégio conta com o Conselho Escolar que é um órgão colegiado de natureza consultiva, deliberativa e fiscal, com o objetivo de estabelecer o Projeto Pedagógico da escola, critérios relativos à sua ação, organização, funcionamento e relacionamento com a comunidade nos limites de legislação em vigor e compatíveis com as diretrizes e políticas educacionais traçadas pela Secretaria de Estado da Educação. Ele tem por finalidade promover a articulação entre vários segmentos organizados da sociedade e os setores da Escola, a fim de garantir a eficiência e a qualidade de sue funcionamento. 16 DIREÇÃO ESCOLAR A gestão da direção escolar se respalda em uma filosofia de trabalho com a concepção de educação progressista, priorizando uma administração democrática, a qual abre espaços à participação de professores, alunos, famílias, funcionários e comunidade, na discussão dos problemas do sistema e da unidade escolar, integrando-os efetivamente na ação educativa. A atuação desta Instituição visa a integração à comunidade e que, cumprindo diretrizes superiores e amplas, promove a devida aplicação das mesmas, levando em conta a peculiaridade da realidade à qual está inserida, 76 além de realizar e planejar as atividades da escola de acordo com o perfil desta, e dentro do que estabelecem as diretrizes do sistema de ensino. As reuniões serão bimestrais para que possamos ter um bom acompanhamento. Fundamentado nisto, elaboramos o nosso projeto de trabalho para gestão 2010 /2011 onde, periodicamente organizamos um diagnóstico das atividades planejadas e realizadas com êxito e as atividades que tiverem de ser modificadas no transcorrer do processo. Na parte pedagógica a direção terá um plano de acompanhamento sobre a mesma, e através de reuniões pedagógicas com a comunidade, será relatado tudo o que for proposto e o que irá ser implementado, além da troca de ideias, e sugestões para implantações futuras. 17 SECRETARIA ESCOLAR O secretário da escola é responsável pela documentação da escola e dos alunos, serviços de escrituração escolar e correspondências do estabelecimento. A secretaria precisa estar atualizada quanto às leis, portarias e circulares, a fim de prestar assessoria ao diretor. O secretário geral junto com sua equipe de escrituraria, atendentes e estagiárias mantém as principais atividades como: Manter a documentação e os arquivos organizados segundo a legislação e o regimento escolar; Solicitar e orientar o pessoal docente quanto às exigências legais; Expedir documentos escolares; Expedir instruções e avisos referentes a inscrições matrículas, exames, etc.; Redigir ofícios ou outras comunicações externas e internos; Atendimento ao público. A secretaria da escola é um setor de vital importância. Para que seja prestado um atendimento de qualidade, prevê-se treinamento específico e especializado aos funcionários, alicerçado na linha e segmento de trabalho adotado pelo Sistema e Escola, interagindo assim dia a dia. 18 EQUIPE PEDAGÓGICA 77 A equipe pedagógica se deu conta que o mestre não é quem sempre ensina, mas quem, de repente, aprende e percebe que a sua tarefa não se centra na transmissão de uma mensagem pronta e acabada mas sim, no conjunto dos educadores que elaboram a sua própria mensagem e com ela tentam mudar, para melhor, a vida de todas as pessoas a quem a mensagem pode ser apresentada. Com isso, cabe à equipe pedagógica auxiliar na construção da consciência histórico-política necessária à luta contra a dominação e alienação. Isso implica em uma posição de profunda atenção aos fatos do cotidiano escolar e do cotidiano da sociedade que lhe assegure condições de análise adequada do significado das ocorrências que se vão acumulando. Ela deve ter interesses em estabelecer necessidades e atendêlas. Portanto, cabe solidarismo perante uma sociedade competitiva, afirmando pela convicção sua individualidade; e reconhecendo o indivíduo como síntese de múltiplas determinações ajudando a construir a vontade coletiva que transforma a necessidade. A estruturação teórica da equipe pedagógica deve ser mesclada com a prática, para assegurar a articulação e a reflexão do trabalho coletivo que se quer desenvolver. No entanto, supervisionar uma escola é orientar sua administração para a realização do ensino e de seu objetivo recíproco, contribuindo decisivamente para o reconhecimento de seu papel como articulador do projeto pedagógico de uma coletividade. Logo, a equipe pedagógica deve agir como o cimento possível da passagem para a coletividade dos educadores daquelas iniciativas e realizações que os pequenos grupos das escolas conseguirão produzir por seu apoio e orientação Silva Jr.(1984); O pedagogo emerge uma práxis essencialmente pedagógica na qual o ponto obrigatório de referência constitui no encaminhamento das soluções possíveis para as grandes questões do cotidiano do ensino, em que estas são construídas em conjunto pelos educadores e assim o pedagogo contribui para com a organização reflexiva educativa, participação em igualdade de condições com os demais educadores, colocando-se a serviço do serviço que os professores devem prestar a seus alunos, constituindo-se na melhor maneira de superar o atual desencontro, transformando-o em um encontro 78 necessariamente educativo, porque é realizado entre educadores Silva Jr, (1984); O pedagogo tem como uma das principais funções, organizar o processo educacional permanente, desenvolvido pela utilização de métodos e técnicas que possibilitam um conhecimento científico do educando, e que visa à formulação integral do mesmo, logo, ele tem objetivos como: Orientação do educando no sentido de obtenção de bons resultados nos estudos; Promoção da integração familiar, escolar e social do educando; Auxiliar o educando a se autoconhecer; Selecionar aptidões, interesses e traços de personalidade, a fim de levar o educando a sua plena realização; Orientar o educando para apreensão de bons princípios éticos, morais e religioso; para o lazer e práticas de higiene física e mental; Sensibilizar o educando para o respeito com o todo; Favorecer um bom relacionamento professor – aluno; Promover a integração escola-comunidade. 19 PROJETOS Os projetos são atividades desenvolvidas em equipe com objetivo de compreender uma situação ou fato. O ponto de partida é uma situação problemática, trazidas pelos alunos ou proposta pelo professor, dentro de uma organização de atividade de aprendizagem que os alunos ajudam a planejar. O conhecimento é construído e existe num intercâmbio entre as pessoas, isto é, o conhecimento está distribuído entre todos os membros do grupo. Do mesmo modo que os materiais como os livros, os computadores, Internet, profissionais, especialistas, num processo de pesquisa, de investigação, depois se examina e discutem-se as informações coletadas, estabelecendo critérios de ordenação e interpretação das informações, sistematizando os conhecimentos adquiridos. Há sempre uma retomada para avaliar o que se aprendeu, o que não se conseguiu alcançar e como foi o percurso tomado, podendo levantar outras questões ou relacionar com outros temas que podem se construir com novos projetos. 79 Neste sentido o trabalho deve proporcionar aos envolvidos uma nova postura diante da aprendizagem. a) Quanto ao aluno: Assumir novas responsabilidades para com outros; Inserir-se no tecido da solidariedade que estimula sua cooperação e limita a liberdade individual; Entender que sua falta acarreta problemas para o grupo; Aprender a trabalhar com prazos sem perder de vista os objetivos do projeto; Empregar novas habilidades no âmbito da divisão do trabalho e de coordenação de tarefas; Fortalecer a credibilidade na cooperação; Evidenciar os ritmos e os modos de pensar e agir no trabalho coletivo; Assumir o papel do parceiro ativo, criativo e crítico que coopera com o professor para criar novas situações – problemas ou conceber novos projetos. B – Quanto ao professor: Propor situações – problemas significativos e mobilizadoras para os alunos; Assumir a negociação como forma de respeito para com os alunos; Escutar as sugestões e críticas construtivas por parte dos alunos, lidando corretamente com a situação; Mediar os problemas encontrados organizando o trabalho coletivo; Avaliar de forma diversificada trabalhos, pesquisa, participação oral e escrita, ilustrativo; Controle emocional para compreender o aluno, saber ouvir, dialogar e dispor para ajudá-lo; Entender o aluno propiciando ao mesmo integrar-se aos demais; Estabelecer prazos, mas conscientizar o aluno a estar ciente do seu compromisso; Trabalhar coletivamente, visando à união, ajudando os outros. Ter embasamento teórico, ação reflexiva; 80 Professores comprometidos com a educação e adeptos da formação continuada. 19.1 PROJETOS INTERDISCIPLINARES - RELAÇÃO COM A AGENDA 21 Entende-se que o desenvolvimento de Projetos é de suma relevância. Esta escola sempre trabalhou com projetos e é por isso que trabalharemos os temas relacionados a atualidade (meio ambiente, cultura, esporte, etc.). Enfim temas relacionados a agenda 21, educação fiscal, cidadania. Pois, dentre as metodologias e posturas pedagógicas utilizadas no nosso trabalho podemos destacar com êxito a pedagogia de projetos surgida no século XX. Por definição, qualquer trabalho por projeto pressupõe a existência de um problema que, depois de devidamente identificado, constituirá o tema do estudo ou objeto de intervenção. Portanto, este tipo de trabalho deve: Ser centrado em um problema concreto; Ter ligação direta com uma realidade, de preferência com a realidade próxima; Ser atual e de interesse da comunidade escolar e ter significado para a comunidade extraescolar; Promover a interdisciplinaridade. Assim, a aplicação de projetos, tem um princípio ativo, integrador e objetiva minimizar a artificialidade da escola e aproximá-la o máximo da realidade e da vida do aluno, um trabalho capaz de fazer a escola ir além de seus muros e criar pontos entre os conteúdos estudados e o meio físico e social. Pode ainda, tornar a aprendizagem ativa, significativa, atraente e democrática. Em uma educação por meio de projetos, alunos, professores e comunidades se tornam parceiros e corresponsáveis pela educação a partir do momento que novas relações são estabelecidas entre alunos, professores, escolas, comunidade e conhecimento. Dá um novo significado ao espaço escolar, transformando-o em um espaço vivo de interações, aberto ao real e ás suas múltiplas dimensões. 81 Traz uma nova perspectiva para entender o processo ensino/aprendizagem. Aprender deixa de ser um simples ato de memorização e ensinar não significa mais repassar conteúdos prontos. Aprende-se participando, vivenciando sentimentos, tomando atitudes diante dos fatos, escolhendo procedimentos para atingir determinados objetivos. Ensina-se não só pelas respostas dadas, mas principalmente pelas experiências proporcionadas, pelos problemas criados, pela ação desencadeada. É importante privilegiar, durante os diferentes projetos, as saídas a campo e as excursões ecológicas, como visita pelo bairro onde a escola está inserida, visita a uma unidade de conservação, reservas ou parques. Diante de tantos desafios, a tarefa da Educação não é nada menos que monumental. E mais que tudo, para corresponder a essa tarefa é necessário uma profunda reflexão sobre a função social da Escola, assumindo a responsabilidade com empenho e rigor. Mas antes de qualquer coisa devemos perceber esta como uma grande oportunidade de construção de novas formas de (re) humanizar a humanidade e (re) naturalizar a natureza. Para tanto, não existem fórmulas nem modelos. Nós estamos, sem dúvidas, inaugurando um novo jeito de ser, sentir e estar no mundo. Na Interdisciplinaridade, estabeleceremos uma relação de interação entre as disciplinas do currículo. Pois o ensino baseado na interdisciplinaridade proporciona uma aprendizagem muito mais estruturada e rica. Assim estaremos fazendo com que alunos, professores e pais conheçam o conteúdo e o porquê da Agenda 21. Para tanto desenvolveremos projetos que visam a qualidade de vida, a preservação do meio ambiente e outros, começando por práticas na escola e em casa. Os temas de nossos projetos contemplarão as questões relacionadas ao dia a dia dos alunos (esgoto nas ruas falta de árvores nas ruas e praças, poluição, destruição das florestas tropicais, lixo, água e outros). Fazendo isso, estaremos proporcionando a nossa comunidade um maior entrosamento e participação nos problemas ambientais e educacionais da nossa escola/comunidade. 82 Mostra de Ciências – objetiva os alunos a exporem as pesquisas científicas. Semana Cultural e Desportiva – tem como objetivo de oportunizar os alunos a exporem suas habilidades e competências adquiridas via o conhecimento sistematizado e científico. Olimpíada Estudantil – tem como objetivo viabilizar a competição entre séries, turmas e pais e a interação da escola com a comunidade. Formatura – tem o objetivo de oportunizar os alunos a participarem da solenidade que os homenageiam, quando concluem uma etapa da carreira estudantil. A jardinagem e a horta – tem o objetivo de embelezar o Colégio, conscientização, valorização do meio ambiente (elementos naturais). Preservação do Meio Ambiente – objetiva a coleta do lixo reciclável. Projetos e Treinamento de Xadrez, Voleibol, Futsal e Basquetebol. Exposição de trabalhos pedagógicos no decorrer do ano letivo. Festa Junina. Têm o objetivo de integração entre a comunidade escolar e local, como também angariar verbas para serem aplicadas em benfeitorias para o Colégio. Incentivo a passeios culturais, cinema. Estes são projetos que estão sendo colocados em prática e proporcionando resultados positivos, tendo como objetivo promover à competição ―saudável‖, o exercício crítico da cidadania, a melhoria da qualidade de vida e o aprimoramento como seres humanos. Nós professores junto com os alunos participamos de outros projetos desenvolvidos pela prefeitura através do centro de convivência, e sempre nos propomos a aceitabilidade dos mesmos, com o objetivo de integrar os nossos alunos ao contexto do ― mundo maior.‖ Desta forma, ensinar não é simplesmente ir para a sala de aula transmitir conhecimentos, mas é também um meio de organizar as atividades para que o próprio aluno aprenda e produza conhecimentos. Segundo Veiga (1993), o ensino é caracterizado com um processo que envolve a organização e a direcionamento do professor. É um processo de 83 caráter sistematizado, intencional e flexível, visando a obtenção de determinados resultados (conhecimentos, habilidades intelectuais e psicomotoras, atitudes). Ao professor compete preparar, dirigir, acompanhar e avaliar o processo de ensino, tendo em vista estimular e suscitar atividades próprias dos alunos para aprendizagem. Ao aluno compete a atividade de estudar, a fim de atingir os objetivos propostos. Sendo que o estudo é mais efetivo quando o aluno interpreta os objetivos do ensino, como objetivos pessoais empenhando-se em atingi-los. A tarefa principal e mais complexa do professor, é garantir a unidade entre as relações ensino–aprendizagem, ensino e pesquisa, conteúdo e forma, professor – aluno, teoria e prática, escola e sociedade, finalidades e objetivos. Essas relações devem convergir para uma mesma preocupação, uma vez que cada uma delas, separadamente não pode explicar e compreender a totalidade do processo de ensino. O processo de ensino–aprendizagem precisa partir da análise e compreensão dos das condições, interesses e necessidades da sociedade e da educação. Ensino e aprendizagem são dois componentes de um mesmo processo. Somente um ensino suficientemente organizado com objetivo de aprender e produzir determinados conhecimentos pode desenvolver habilidades intelectuais – psicomotoras e formar atitudes para orientar a aprendizagem significativa. A aprendizagem só é significativa quando é real e de importância para o desenvolvimento social e individual do aluno, quando provoca modificações na atividade interna e externa nas suas relações com o contexto social. O princípio que organiza a prática pedagógica – ato de ensinar e aprender-- é a interação entre professor – aluno, conteúdo e contexto histórico social. O que faz o professor no processo de ensino – aprendizagem? Apresenta um leque de significados para os conteúdos, fazendo o aluno assimilar o saber e transformar em realidade; Chama a atenção para os aspectos essenciais; 84 Organiza e orienta as atividades educativas; Aponta ao aluno saídas e analisa as condições sociais; Realiza um processo de interlocução – de diálogo; Confronta significados – desenvolvendo o pensamento crítico; Seleciona e organiza os conteúdos, a metodologia e a avaliação com a finalidade de ajudar seus alunos no processo de aprendizagem; Faz intervenção no processo de aprendizagem do aluno: corrige re retoma as orientações quantas vezes forem necessárias; Exige atividade do aluno, enquanto trabalho: ações, tarefas escolares que atuam no sentido de exigir do aluno atenção, concentração, percepção, observação, memória, linguagem, consciência. Que por sua vez requer do aluno: dedicação, esforço, compromisso, responsabilidade, vontade de querer fazer, decisão pessoal, desejo de acertar, de vencer; Porque a aprendizagem é um ato social de dois sujeitos diferentes, professor e aluno. Ensinar e aprender são ações compartilhadas com parceria onde se manifesta o compromisso ético – político em busca da qualidade de ensino. É preciso definir algumas regras de trabalho, de convivência social que implicam na formação de alguns valores como a estima, a colaboração, a participação e a responsabilidade. O ensino–aprendizagem é um processo planejado e intencional, onde o aluno realiza muitos comportamentos ligados à aprendizagem: escuta, gesticula, fala, olha, ouve, observa, lê, reflete, movimenta-se na sala, manipula objetos, pergunta, questiona, executa várias tarefas, solicita informações e ajuda, elabora seu pensamento, e sua produção escrita. Portanto realiza muitos processos mentais como: associa, avalia, compara, interpreta, classifica, recorda, memoriza, julga, estabelece relações, imagina, compreende, faz a críticas e reconhece. Assim a aprendizagem é um processo interno e pessoal que exige determinadas condições externas. Para que esta aprendizagem significativa possa acontecer o aluno precisa tomar para si a necessidade de aprender. No entanto, essa disponibilidade não depende só dele, mas demanda que a prática didática garanta condições para essa atitude manifeste e prevaleça. 85 O professor mediador do ensino – aprendizagem precisa propor atividade para desenvolver atitudes de curiosidades, investigação e estratégias criativas e originais buscadas para cada um. Em geral, os alunos buscam corresponder as expectativas da aprendizagem, quando encontram um clima favorável de trabalho, no qual é fundamental que exista uma relação de confiança e respeito mútuo entre professor e aluno. Para que de fato a aprendizagem se efetive em nosso colégio, busca-se uma organização dos conteúdos de questionamentos, quando se planeja as atividades escolares e seus encaminhamentos metodológicos, tais como: Para que o aluno possa se apropriar e interagir com o conhecimento, devo me perguntar: 1) Que materiais (textos, documentos, objetos, experiências) devo fornecer? 2) Que instrução ou instruções devo dar? Devo conceber os materiais e as instruções de forma que sua interação permita construir o conhecimento visado, onde o aluno possa aplicar com experiência e competência as capacidades de que dispõe. 3) O que vou ensinar? Como vou ensinar? O que quero que meus alunos aprendam? Como os alunos aprendem? 4) Como planejo as minhas aulas? 5) Domino os conteúdos? 6) Faço pesquisa para atualizar meus conhecimentos? 7) Utilizo métodos de ensino diferentes para que todos os meus alunos aprendam? 8) Conheço a realidade do meu aluno? 9) Proponho atividades que ajudam meus alunos a conhecerem a atuarem de forma crítica? 10) Providencio materiais necessários para apoiar meus alunos em suas atividades escolares? 11) Ajudo meu aluno a construir a sua autonomia? 12) Conto para os pais como estou trabalhando com meus alunos, e o que espero deles? 86 13) Oriento os pais quanto as formas de apoiar e estimular seus filhos no estudo? 14) Peço e ofereço ajuda aos meus colegas, quando encontro dificuldades em sala de aula? Estes questionamentos levam a nós professores a efetivas mudanças em nossas práticas educativas. A organização do planejamento das aulas reduz a improvisação. O aproveitamento do tempo em que o aluno permanece na escola e do seu próprio tempo de trabalho possibilita ao professor redimensionar o seu próprio trabalho. Vasconcelos (1995) em suas considerações sobre aproveitamento do tempo e do espaço escolar nos propõe algumas práticas, que já fazem parte de nossa reorganização escolar: Planejamento das aulas: saber onde está, o que se quer, o que vai fazer; Priorizar elementos fundamentais do programa; Fazer a interdisciplinaridade, a troca; Providenciar convivências maiores do professor com alunos, para acelerar a interação; Aulas geminadas de forma a poder desenvolver um trabalho mais profundo; Lições de casa mais significativas e produtivas; Avaliação contínua, não demandando dias especiais para provas; Fazer recuperação paralela durante o processo; Aproveitamento dos diversos ambientes (Biblioteca, Laboratório, Quadras, informática, quiosque); Acesso por parte dos alunos aos materiais de uso freqüente, para desenvolver a autonomia do aluno e a preservação do bem coletivo; Organizar com auxilio dos alunos os murais, para exposição de trabalho, jornais, programação cultural; Exploração de espaços da comunidade, o que implica em visitas a museus, teatro, cinema, estabelecimentos comerciais, postos de saúde, pontos turísticos, etc. 87 A seleção dos recursos didáticos também desempenha um importante papel no processo ensino – aprendizagem, desde que se tenha clareza das possibilidades e dos limites que cada um deles apresenta e de como eles podem ser inseridos numa proposta global de trabalho. Os recursos didáticos são aliados dos professores como apoio e inovação ao trabalho pedagógico e quantas mais diversificadas e bem preparadas suas aulas, mais eficiente é o processo ensino – aprendizagem. Atualmente, a tecnologia coloca à disposição da escola uma série de recursos potentes como o computador, TV Multimídia, DVD, videocassete, filmadoras, gravadoras, máquina digital fotográfica, dos quais o professor deve fazer o melhor uso possível, igualmente é importante fazer um bom uso de recursos didáticos como: o quadro de giz, ilustrações, mapas, globo terrestre, jogos lúdicos, este por sua vez, merece atenção especial por parte dos professores, tanto na hora da seleção – escolha do livro didático a ser trabalhado em relação a qualidade, coerência, eventuais restrições aos objetivos propostos, na hora de sua utilização: ―O livro didático deve ser assumido como um processo que o professor utiliza como complemento de seu trabalho [...] não se limitando a ele. Ao contrário, deverá procurar fazer o percurso de significação do conteúdo a ser trabalhado, e não simplesmente reproduzir o que está no livro didático, procurar recuperar as relações, o histórico, o vínculo com a realidade‖. (Vasconcelos, 1995 p. 123). 19.2 SALA DE APOIO À APRENDIZAGEM: Planejar com a equipe pedagógica e os professores regentes de Língua Portuguesa e Matemática os encaminhamentos metodológicos necessários para atender às necessidades de aprendizagem do aluno. Manter diálogo frequente com os professores regentes da turma para redirecionar ou adequar os encaminhamentos metodológicos, assim como diagnosticar os avanços ou dificuldades no processo ensino aprendizagem. Organizar e disponibilizar para o coletivo dos professores regentes da turma e equipe pedagógica pastas individuais dos alunos da sala de apoio, com todas as atividades e encaminhamentos realizados nas aulas. 88 Registrar em livro de chamada próprio as frequências dos alunos e as atividades desenvolvidas durante as aulas. Comunicar a equipe pedagógica por escrito as faltas dos alunos. Registrar os avanços obtidos pelos alunos no desenvolvimento das atividades propostas para posteriormente, decidir com a equipe pedagógica e os professores regentes, a permanência ou dispensa dos mesmos. Participar da formação continuada, promovida pela SEED/NRE/Escola. Realizar na primeira semana letiva, período que antecede o funcionamento das salas de apoio na escola, as atividades enviadas pela SEED. Analisar, antes do início das salas de apoio, as produções de todos os alunos de 5ª série, identificar as principais dificuldades de aprendizagem em leitura, escrita e/ou cálculo matemático, com vistas a elaboração de diagnóstico. Planejar atividades e metodologias diferenciadas, assim como elaborar materiais didáticos – pedagógicos, considerando as necessidades de aprendizagem dos alunos da sala de apoio à aprendizagem, durante o período antecedente ao funcionamento das mesmas. 19.3 EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO O projeto desenvolvido na Escola tem por objetivo analisar alguns aspectos importantes com relação ao trânsito e a importância da educação para o transito nas escolas, informações repassadas para os alunos em sala de aulas e através da visualização nos corredor e sala de aulas para uma melhor compreensão e entendimento. Qualquer acidente de trânsito, por menos grave que seja, representa uma experiência traumática para quem nele se envolve. Uma visão mais simplificada de acidente de trânsito o define como sendo um ―evento não intencional, envolvendo pelo menos um veículo, motorizado ou não, que circula por uma via para trânsito de veículos, que resulte em vítimas ou danos‖. Diante de tal situação, programas de conscientização e de educação para o trânsito precisam ser implantados nas escolas, promovendo assim em longo prazo uma mudança na concepção das pessoas do que vem a ser o trânsito e para isso, se faz necessário a 89 manutenção do projeto e só por intermédio dos nossos alunos que se tornarão os motoristas do futuro que poderá ter redução significativa nos acidente. Para inclusão de conteúdos nos planos escolares apresenta-se indispensável à manifestação dos dois órgãos. Somente depois o Ministério da educação e Desporto promoverá à implantação, encaminhando o plano geral as secretarias de educação dos estados, que por sua vez, traçaram as diretrizes específicas para sua adoção nas escolas públicas e particulares, inclusive municipais. Nesse contexto, a educação para o trânsito deverá ser promovida na pré-escola e nas escolas de ensino fundamental de todo o país. Para isso o Ministério da educação e do desporto mediante proposta do CONTRAN e do Conselho de Reitores das Universidades brasileiras promoverá a elaboração dos currículos adotados nos estabelecimentos de ensino, pois as crianças de hoje serão os motoristas de amanhã e por isso a conscientização deve partir desde já, criando responsabilidades nas ―cabecinhas‖ que poderão mudar esta dura realidade. Segundo DIAS (2001) o Programa de educação para a cidadania no trânsito tem como objetivo geral a incorporação da temática da cidadania no trânsito no programa curricular das escolas, promoverem a conscientização da população, por meio de entidades da sociedade civil organizada e a formação e capacitação de agentes de trânsito para a aplicação e desenvolvimento dos princípios da cidadania no trânsito em nível local. Especificamente buscará: a) Universalizar o acesso a educação para a cidadania no trânsito; b) Garantia da sustentabilidade de um comportamento positivo em relação à convivência no trânsito; c) Garantir a capilaridade das ações atingindo em todo o Brasil os órgãos e entidades componentes do Sistema Nacional de Trânsito, escolas dos municípios e instituições de educação superior. É nessa visão que nosso projeto se justifica, pois salta aos olhos de quem quer que percorra as cidades ou as estradas brasileiras que o principal fator de violência no trânsito não é nenhuma deficiência técnica. A verdade é que a frequência dos acidentes em nosso país se deve principalmente ao fato de que nem sequer as mais elementares regras de segurança no trânsito são 90 obedecidas. Os motoristas simplesmente desprezam a sinalização, cometendo corriqueiramente infrações que em outros países são consideradas gravíssimas. 20 – PROGRAMAS Todas essas medidas educacionais citadas abaixo vêm contribuindo para a melhoria da educação na escola muito há ainda a se fazer e, muitas dessas medidas só poderão obter resultados a longo prazo, mas sabe-se que estão sendo tomadas as providencias pedagógicas nas escolas para que se tenha êxito nos programas em benefícios de nossos jovens, mesmo sabendo que eles tem início e fim previamente programado, todo envolvimentos de pessoas que possam colaborar com pesquisas, elaborar projetos, reivindicar seus direitos, enfim a participação do cidadão na efetivação das políticas públicas. Padilha (2001), citando Bierrenbach, explica que um programa é "constituído de um ou mais projetos de determinados órgãos ou setores, num período de tempo definido" (p. 42). Gandin (1995) complementa dizendo que o programa, dentro de um plano, é o espaço onde são registradas as propostas de ação do planejador, visando a aproximar a realidade existente da realidade desejada. Desse modo, na elaboração de um programa é necessário considerar quatro dimensões: "a das ações concretas a realizar, a das orientações para toda a ação (atitudes, comportamentos), a das determinações gerais e a das atividades permanentes" (GANDIN, 1993, p. 36 e 1995, p. 104). 20.1 CELEM – CENTRO DE LINGUA ESTRANGEIRA MODERNA No mundo multilíngue e multicultural em que vivemos a compreensão global (escrita e oral) e principalmente pela proximidade dos países vizinhos, a própria cidade em que estamos inseridos com várias etnias e consequentemente várias línguas, esta escola adere às línguas estrangeiras Inglês e Espanhol para identificar no universo que o cerca as línguas que cooperam nos sistemas de comunicação, percebendo-se como parte integrante de um mundo plurilíngue e compreendendo o papel hegemônico 91 que algumas línguas desempenham em determinado momento histórico, vivenciamos uma experiência de comunicação humana pelo uso de uma língua estrangeira, no que as novas maneiras de se expressar e de ver o mundo, refletindo sobre os costumes ou maneiras de agir e interagir e as visões de seu próprio mundo, possibilitando maior entendimento de um mundo plural e de seu próprio papel como cidadão de seu país e de mundo reconhecendo que o aprendizado de uma ou mais línguas lhe possibilita o acesso a bens culturais da humanidade construídos em outras partes do mundo construindo consciência linguística e consciência crítica dos usos que se fazem da língua estrangeira que está aprendendo a construir conhecimento sistêmico, sobre a organização textual e sobre como e quando utilizar a linguagem nas situações de comunicação, tendo como base os conhecimentos da língua materna e valorizar a leitura como fonte de informação e prazer, utilizando-a como meio de acesso ao mundo do trabalho e dos estudos avançados utilizando outras habilidades comunicativas de modo a poder atuar em situações diversas. A inclusão de uma área no currículo, neste caso o CELEM deve ser determinada, entre outros fatores, pela função que desempenha na sociedade. Em relação a uma língua estrangeira, isso requer uma reflexão sobre o seu uso efetivo pela população. No Brasil, tomando-se como exceção a caso do espanhol, principalmente nos contextos das fronteiras nacionais, e o de algumas línguas nos espaços das comunidades de imigrantes (polonês, alemão, italiano, etc.) e de grupos nativos, somente uma pequena parcela da população tem a oportunidade de usar línguas estrangeiras como instrumento de comunicação oral, dentro ou fora do país. Mesmo nos grandes centros, o número de pessoas que utilizam o conhecimento das habilidades orais de uma língua estrangeira em situação de trabalho é relativamente pequeno. Deste modo, considerar o desenvolvimento de habilidades orais como central no ensino de língua Estrangeira no Brasil e em especial na nossa escola leva-se em conta o critério de relevância social para a sua aprendizagem. Com exceção da situação específica de algumas regiões turísticas ou de algumas comunidades plurilíngues, o uso de uma língua estrangeira parece estar em geral, mais vinculado à leitura de literatura técnica ou de lazer. Note-se também que os únicos exames formais de língua 92 estrangeira (vestibular e admissão a cursos de pós- graduação) requerem o domínio da habilidade da leitura. Portanto, a leitura atende, por um lado, às necessidades da educação formal, e, por outro lado, é a habilidade que o aluno pode usar em seu contexto social imediato. Além disso, a aprendizagem de leitura em LEM (língua estrangeira moderna) pode ajudar o desenvolvimento integral do letramento do aluno. A leitura tem função primordial na escola e aprender a ler em outra língua pode colaborar no desempenho do aluno como leitor em sua língua materna. 20.2 MAIS EDUCAÇÃO Aderir este programa foi de extrema importância, pois podemos estar desenvolvendo aptidões em nossos alunos que muitas vezes nem eles mesmos sabiam ou estava guardada para si próprio, e por outro lado estamos amenizando problemas sociais na nossa comunidade, hoje com 100 (cem) alunos no contra turno fazendo com que o IDEB da nossa escola possa também melhorar. Assim através de pesquisa interna por votação as disciplinas a ser ministrada foram: FANFARRA, TEATRO, NATAÇÃO, MATEMÁTICA E XADREZ. 20.2.1 FANFARRA A sociedade atual vive a cultura do descartável, do individualismo, corremos contra o tempo, não conhecemos nossa história e não valorizamos nossa cultura. Estes fatores interferem na construção de valores, sendo assim, optamos por resgatar a história da música a compreensão e a sua influência em nossa cultura. Além disso, todo o preparo de uma apresentação vai exigir discussão e aprofundamento de um tema, organização, disciplina, responsabilidade, uso dos instrumentos, conhecimento de técnicas e convivência em grupo. Com isso, pretendemos resgatar e promover ao educando espírito de liderança e autoestima, melhorando o desenvolvimento geral dos alunos. Discutindo assuntos pertinentes à nossa realidade escolar, ampliando o vocabulário, melhorar o relacionamento e autoestima dos alunos. 93 20.2.2 TEATRO O que sustenta esta atividade é uma abordagem que valoriza a escola como um espaço social, responsável pela apropriação crítica e histórica do conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade social e da atuação crítica e democrática para a transformação da realidade. Assim, a proposta metodológica a ser trabalhada, possibilita a análise e reflexão sobre a história do teatro e todos os elementos que envolvem a arte de representar desde a produção de uma peça a sua montagem, as personagens, o espaço, o diretor, o sonoplasta entre outros através de jogos teatrais e as diversas formas de representar, as quais se revelam pela história dos sujeitos que fazem parte deste processo. O trabalho nas aulas de teatro será feito através da interação com o texto e produções dos alunos, bem como, textos literários, adaptações, traduções, textos folclóricos, literários, clássicos entre outros. Os elementos fundamentais que compõem o espetáculo: iluminação; cenografia; sonoplastia; representação dos atores; música; o texto dramático ou poético; contra-regras; direção do espetáculo, entre outros. Aula expositiva conceituando o teatro; Caracterização do grupo; técnicas de interpretação; Dramatização e preparação corporal e vocal. Compreendendo os elementos que estruturam e organizam o teatro e suas relações com os movimentos artísticos nos quais se originaram, com certeza terão uma percepção dos modos de como poderá fazer teatro através de diferentes espaços disponíveis, tendo também uma ideia da dimensão ideológica presente no teatro e o teatro enquanto fator de transformação social. A avaliação é uma constante pertencente, de modo geral a toda nossa vida, de modo particular aos processos de aprendizagem. 20.2.3 NATAÇÃO A prática de esportes pode reduzir consideravelmente os riscos de doenças, além de contribuir para uma melhor formação do corpo. Para muitos, serve como busca de um corpo perfeito, já outros acreditam que as atividades físicas são as melhores armas para a manutenção de uma vida relativamente 94 saudável. É importante praticar atividade física regular desde a infância, mas o bem-estar do organismo ficou em segundo plano para muitas pessoas que vivem a constante busca de uma aparência ideal. A natação é uma excelente forma de exercício para pessoas de todas as idades, sendo de fundamental importância na adolescência. Exercite peritos dizem que uma milha de natação é o equivalente a correr quatro. Natação treina o seu corpo no controle da respiração, que é ótimo para pessoas que querem construir a sua resistência. Além disso, este exercício de baixo impacto pode salvar seus joelhos e tornozelos porque você não está martelando em asfalto ou concreto como um corredor. 20.2.4 MATEMÁTICA A matemática tem sido até hoje o pavor de uma boa parte dos alunos do ensino básico e até mesmo, nas faculdades, isto porque, os professores não explicam a realidade matemática aos alunos. A matemática deve ser vista como uma matéria simples e objetiva e não aterrorizante, como faz a maioria dos professores de matemática, pois, este instrumento é de valia incomensurável em todo momento da ciência humana, quer seja de saúde, de tecnologia, ou de ciências sociais. Tem-se notado que, quem rejeita a matemática, em sua maioria, o faz por ignorância do assunto e inabilidade em manuseá-la. Na matemática não existe bicho papão, existe, sim, desconhecimento de como a utilizar eficientemente, pois, onde quer que se esteja a matemática é o instrumental básico de suma importância. A matemática dentro do programa mais educação entra de forma obrigatória e de forma incisiva para que possa desenvolver no aluno a capacidade de concentração e de síntese, promovendo um socialismo entre os mesmos, assim motivando o trabalho em grupo e interesses nas pesquisas envolvendo a leitura pertinente ao estudo proposto, construindo materiais que possibilitem ao aluno desenvolver e criar seus próprios métodos e assim uma melhor interação com os temas proposto. Visando alcançar os objetivos propostos na atividade, os conteúdos matemáticos são trabalhados de forma lúdica visando desenvolver o gosto pela disciplina, melhorar o desempenho e complementar as aprendizagens de sala de aula. As aulas são teóricas - práticas. Analisando 95 as principais dificuldades encontradas, sempre em contato com seus professores, para que se possam a partir daí direcionar os conteúdos e sanar as dúvidas mais frequentes. A utilização do lúdico é de grande valia, pois estará dando ao aluno o poder de estudar com maior liberdade, que trará uma evolução na percepção de determinados conteúdos matemáticos. Com este programa espera-se que o aluno desenvolva seu poder de raciocínio, o qual será importante para o seguimento de seus estudos, desenvolvendo uma melhora significativa em sua forma de interpretar e verificar situações matemáticas, mostrando para o aluno que a matemática é se torna divertida quando se aprende realmente. 20.2.5 XADREZ Buscou-se no xadrez uma forma mais prática para uma integração entre alunos e comunidade para ações reflexivas e práticas. Com este estudo delinear um paralelo interdisciplinar relativo ao processo de ensinoaprendizagem das táticas desportivas coletivas entre este e aquele, propondoo como um possível modelo a se seguir. Constata-se que a pratica pedagógica do xadrez emana de características que aludem uma contribuição no processo de ensino-aprendizagem das táticas desportivas coletivas, uma vez que, as alterações que a prática do xadrez promove estão diretamente ligadas às necessárias ao processo de assimilação dos aspectos táticos desportivos. Para Libâneo (1998) a educação nunca pode ser a mesma em todas as épocas e lugares devido ao seu caráter socialmente determinado, compreendendo, assim, todo fato, influência, ação e processo que contribua para a formação humana, individual ou grupal. Aceitando esta afirmação como verídica subentende-se que o currículo, visto como uma das estruturas da educação, também não pode ser o mesmo em todas as épocas e lugares, alterando-o quando necessário. 20.3 PEP - PRONTIDAO ESCOLAR PREVENTIVA O Programa Prontidão Escolar Preventiva (PEP), da Secretaria de Estado da Educação (SEED), foi implantado nas escolas no primeiro semestre 96 de 2010, em toda rede estadual de ensino. No período de 15 a 17, deu-se início a primeira fase do curso de introdução ao PEP em foz do Iguaçu. O objetivo do programa é implantar uma nova cultura escolar, por intermédio do conhecimento teórico e prático de temas como primeiros socorros, desastres climáticos, sinistros causados pelo fogo, prejuízos causados por bombas e artefatos explosivos. Com o auxílio de metodologias apropriadas, estes conhecimentos, na vida em sociedade, o aluno terá oportunidades de desenvolver habilidades e utilizar de forma apropriada rotinas e procedimentos corretos em situação de risco. O programa esta sendo importante. As palestras da primeira etapa do PEP foram esclarecedoras, aprendemos muito com os conhecimentos sobre segurança passados e já adotamos algumas práticas para ajudar em nosso dia-a-dia, como organizar da maneira correta os alunos em saídas das salas de aula. Neste momento o colégio já passou por todas as fases do programa e já está mobilizado para a aplicação do PEP, caso seja necessário. No dia dezesseis de junho de 2010, após reunião com a comunidade escolar foi constituída a Brigada de Emergência. Com as seguintes funções e suas atribuições. Equipe de direção e direção auxiliar que serão responsáveis pela coordenação do PEP da escola e procedimento de abandono organizado. Também com treino de plano de emergência local (PBE), sobre a orientação da defesa civil, pedagogos responsáveis por blocos devem receber informações e repassar para a direção situações de riscos. Secretários acionam órgãos de socorro e emite sinais sonoros para alertar, repassa informações precisas para o corpo de bombeiros sobre a situação, ficara a recepção e condução até o local do sinistro. Professores será o serra fita serão responsáveis para retirar os alunos da sala, verificando se não ficou ninguém para trás. Líder de turma será responsável para conduzir a fila, organiza junto com o professor. Agente I e II são responsáveis para indicar saídas, manobra, também possíveis emergências para avisar o coordenador do bloco, os coordenadores de cursos irão ajudar os pedagogos na coordenação, organização da fila e acomodação na área de emergência, ajudar a verificar se não ficaram alunos dentro das salas, sendo responsável também nos primeiros socorros em caso de necessidade. 97 21 DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS As desigualdades sociais são identificadas na sala de aula com a observação da realidade comportamental e situacional de cada aluno, onde o modo de comportar-se moralmente não pode ter um caráter individual e sim social. A vida em sociedade exige do ser humano que este cumpra com regras morais, sociais, políticas, religiosas fazendo uso do bom senso e da ética. As principais dificuldades encontradas em nossa escola são relativas ao campo socioeconômico e cultural (várias etnias). É necessário utilizar maior diversidade de exemplos em sala de aula a fim de inserir as realidades individuais ao grupo, valorizando a bagagem que cada aluno traz para escola, como sua cultura e linguagem. Evitar e interagir no caso de discriminação entre o grupo buscando trabalhar conteúdos que valorizem o cidadão, respeitando suas ideias e entendendo as suas diferenças. Através de observação, conversação, debate, o professor deve obter alternativas pedagógicas como: leituras em grupo, oficinas, palestras, dramatização, debates, dinâmicas orientando os educandos a trabalhar com temas da vida cidadã como drogas, sexualidade, cidadania, meio ambiente, diversidade social, assim podemos valorizar conhecimentos e valores morais e sociais. 21.1 EDUCAÇÃO AMBIENTAL A Secretaria de Estado de Educação do Estado do Paraná visa implementar a Lei 9.795/99 e promover o desenvolvimento da Educação Ambiental em um processo permanente de formação e de busca de informação voltada para a preservação do equilíbrio ambiental, para a qualidade de vida e para a compreensão das relações entre o homem e o meio biofísico, bem como para os problemas relacionados a estes fatores. Assim como, subsidiar os educadores para que, a partir de uma compreensão crítica e histórica das questões relacionadas ao meio ambiente, possam por meio do tratamento pedagógico e orientados pelas Diretrizes 98 Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná, construir a identidade da Educação Ambiental na escola pública. 21.2 EDUCAÇÃO FISCAL A proposta da Educação Fiscal é estimular o cidadão a refletir sobre a função socioeconômica dos tributos, possibilitar aos cidadãos o conhecimento sobre administração pública, incentivar o acompanhamento, pela sociedade, da aplicação dos recursos públicos e criar condições para uma relação harmoniosa entre o Estado e o cidadão. Todas as atividades são realizadas com base na concepção de educação da SEED, preconizada nas Diretrizes Curriculares para a Educação Básica. Dessa forma, por meio da formação continuada são oferecidos subsídios teórico-metodológicos aos Profissionais da Educação para que estes realizem, na medida do possível, a abordagem pedagógica dos assuntos da Educação Fiscal, relacionando-os aos conteúdos historicamente acumulados. A Educação Fiscal faz parte de um Programa Nacional (PNEF – Programa Nacional de Educação Fiscal), representado, no Estado do Paraná por meio do Grupo de Educação Fiscal Estadual – GEFE/PR. Este é constituído pela parceria entre a Secretaria de Estado da Educação (SEED) a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI), Secretaria de Estado da Fazenda (SEFA), Centro de Treinamento da Escola de Administração Fazendária (Centro ESAF), Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e outras instituições, como a Controladoria Geral da União (CGU). 21.3 ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA NA ESCOLA É necessário considerar o fenômeno da Violência a partir de uma perspectiva histórica, social e política. Compreende-se a violência na escola como um processo que se constitui historicamente no espaço e no tempo escolar. A violência na escola torna-se preocupante enquanto espaço institucionalizado de desenvolvimento do indivíduo pela educação. Sendo a educação um processo de sociabilização, de desenvolvimento intelectual, científico e filosófico do indivíduo, a demanda de Enfrentamento à 99 Violência na Escola visa ampliar a compreensão e formar uma consciência crítica sobre a violência e, assim, transformar a escola num espaço onde o conhecimento toma o lugar da força. O Enfrentamento à Violência na Escola requer formação continuada dos profissionais da educação, reflexões e discussões em grupos de estudos, seminários e oficinas sobre as causas da violência e suas manifestações, bem como a produção de material de apoio didático - pedagógico. Para fins de articular e promover a construção de mecanismos e ações que viabilizem o Enfrentamento à Violência nas Escolas, a SEED através da CDEC, integra e articula a Rede de Proteção na construção do Plano Estadual de Enfrentamento à Violência. A violência, no âmbito das Escolas Públicas Estaduais, pode ser entendida como um processo complexo e desafiador que requer um tratamento adequado, cuidadoso e fundamentado teoricamente, por meio de conhecimentos científicos, desprovidos de preconceitos e discriminações. 21.4 PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS A Prevenção ao Uso Indevido de Drogas é um trabalho desafiador, que requer tratamento adequado e cuidadoso, fundamentado em resultados de pesquisa, desprovido de valores e crenças pessoais. Por meio da busca do conhecimento, educadores e educandos são instigados a conhecer a legislação que reporta direta ou indiretamente a esse desafio educacional contemporâneo, bem como a debater assuntos presentes em nosso cotidiano como: drogadição, vulnerabilidade, preconceito e discriminação ao usuário de drogas, narcotráfico, violência, influência da mídia, entre outros. 22 COMUNIDADE ESCOLAR “FORMAÇÃO CONTINUADA ―O compromisso que assume com a transformação é a consequência da organização e ação de intervenção da realidade.‖ Vasquez, (2002). É essencial que haja uma ação por inteiro, envolver dimensões individuais e sociais em um processo de desenvolvimento pessoal e de formação. Para isso é necessário organização pedagógica, logicamente 100 envolvendo todos os departamentos da escola. É pela educação que se prepara para exercer sua cidadania, é importante levar em consideração a escola, ação e os elementos que compõe o ambiente escolar, buscar os objetivos, as mediações necessárias para concretizá-la. A participação dos pais dar-se-á por meio da solicitação da escola, na entrega dos boletins, na aferição das notas e desempenho do aluno, convocações, espontaneamente participação dos eventos realizados na escola. Compreende-se que a participação dos pais na escola, contribui para melhoria da qualidade do ensino-aprendizagem num processo de gestão democrática, pois convidados para participarem de encontros para reflexões a partir das dificuldades encontradas com as turmas e alunos. O trabalho com os professores vem sendo realizado, através de cursos de capacitação, auxilio na elaboração do planejamento anual, reuniões para classe, recuperação paralela, indisciplina, direitos e deveres do aluno e professor, reflexões da ação pedagógica, reuniões por área, grupos de estudo; estudos e elaboração do Projeto Político Pedagógico. São estabelecidas metas a serem cumpridas no decorrer do ano letivo, e reflexões onde será dado encaminhamento para os próximos trabalhos a serem realizados valorizando a participação, o diálogo e o coletivo. O trabalho com os alunos vem sendo desempenhado de acordo com suas necessidades contando com a participação dos professores, da família e com auxílio da Patrulha Escolar e Conselho Tutelar. Nosso objetivo é acompanhar o ensino-aprendizagem, desempenho, notas, buscando conscientizar o aluno sobre a importância dos estudos com qualidade, visando a formação para uma vida cidadã, em uma sociedade mais justa e democrática. A equipe pedagógica utiliza-se de várias formas para o acompanhamento dos alunos: através de reuniões e encontros de reflexão, orientando e trabalhando ideias para melhorar os estudos. Reuniões com líderes de turmas para mostrar como agir com liderança amigável, atuante e responsável, comprometidos com o processo educacional da escola. Conscientizar os alunos quanto ao cumprimento das normas dos direitos e deveres, das proibições, que estão no regimento interno da escola, orientação 101 quanto a avaliação, Projeto Fica, Grêmio Estudantil, jogos escolares, eventos e festividades. Participação dos alunos no Centro de Convivência escola BairroLeonel Brizola onde os mesmos irão desenvolver várias modalidades esportivas (vôlei, futsal, natação, cinema, artes marciais) e curso de informática, o que os auxilia no desenvolvimento pessoal e social, motivandoos a adquirir novas habilidades comportamentais levando em conta a disciplina e assiduidade na escola. 23 ESTÁGIO NÃO-OBRIGATÓRIO Estágio é o ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades devem estar adequadas às exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento cognitivo, pessoal e social do educando, de modo a prevalecer sobre o aspecto produtivo. Poderão ser estagiários os estudantes que frequentam o ensino nesta instituição que oferta a Educação Profissional, anos finais do Ensino Fundamental e ensino Médio. Quando se tratar de estágio não-obrigatório é exigido à idade mínima de 16 anos. A educação básica e Profissional esta obrigada a montar plano de estágio não–obrigatório, conforme amparo na LEI Nº 11.788, DE 25 DE SETEMBRO DE 2008, e orientada pela instrução Nº 028/2010- SUED/SEED. 24 AVALIAÇÃO INTERNA E EXTERNA DO TRABALHO NA ESCOLA O plano de avaliação da proposta enquanto praticidade do projeto, sempre será submetida a uma avaliação pela Equipe Pedagógica, Professores, Alunos, Pais, Comunidade, APMF, Conselho Escolar, Grêmio Estudantil e por todos os trabalhadores deste Estabelecimento de Ensino. Portanto, a Equipe Pedagógica (Professores Pedagogos ) fará, perante esta proposta de mudança, um acompanhamento do encaminhamento metodológico dado pelo professor neste período integral, e sempre que necessário, sugerir mudanças que abordam às áreas de conhecimento. E a 102 cada consideração e/ou avaliação será divulgado para a Comunidade Escolar, via bilhetes convocação e/ou convites com prazo limitado. Ressalvamos que a cada início de ano letivo, apresentaremos à Comunidade Escolar o Trabalho a ser desenvolvido no Colégio tais como: Linha Pedagógica que adotamos, o processo de avaliação, o encaminhamento metodológico, normas internas, festas e outros; tudo com seu respectivo objetivo e justificativa do porquê das tomadas de decisões e/ou atitudes a fim dos pais e/ou responsáveis pelos nossos alunos poderem, junto com seus filhos se comprometerem com o processo ensino-aprendizagem, e em específico a aprendizagem dos filhos. A avaliação interna e externa da instituição será feita através de questionários de sondagem, onde todos os componentes da comunidade escolar (alunos, professores, pais, funcionários, pedagogos, direção), terão a oportunidade de avaliar e de serem avaliados. 25 AVALIAÇÃO DO PPP A construção do Projeto Político-Pedagógico requer uma avaliação no decorrer de seu percurso e execução, em função dos objetivos propostos para serem alcançados e deverá envolver a participação do Conselho Escolar, da APMF e representantes de turmas, bem como levar em consideração os seguintes pontos: Acompanhamento do desenvolvimento do trabalho docente em sua práxis; - Análise dos resultados obtidos na realização dos projetos referentes à melhoria da qualidade de ensino apresentados nas reuniões pedagógicas e Conselho de Classe de acordo com o previsto no calendário escolar e cronograma de ações da escola; Realização de grupos de estudo para a leitura e análise de textos que levem a reflexão dos resultados e que impliquem numa autoavaliação; Reuniões pedagógicas para apresentação e estudo de gráficos que apresentem os resultados obtidos no processo ensino aprendizagem (Conselho de Classe), bem como para avaliação do trabalho dos 103 setores pedagógico e administrativo e sua importância na integração e relação coerente com o projeto político-pedagógico; Reunião com os pais de alunos e representantes de turmas, para discussão e apresentação dos rumos da escola para que também possam dispor suas alternativas e soluções para a construção de uma escola de qualidade. Assim sendo, devemos considerar que o Projeto Político-Pedagógico não pode ser pronto e acabado. A ação de planejar, buscar um rumo, uma direção de forma intencional deve contar com o comprometimento do coletivo, e acima de tudo, levar em consideração a realidade social. ―A participação aumenta o grau de consciência política, reforça o controle sobre a autoridade e também revigora o grau de legitimidade do poder serviço‖ (VASCONCELOS, 2004, p. 26). Diante dos expostos relacionados a participação do colegiado, percebe-se quão valia este exerce na elaboração, desenvolvimento e aprimoramento que anualmente esta escola, no início do ano letivo desenvolve. Portanto através do colegiado faz a avaliação do Projeto Político Pedagógico obedecendo ao calendário anual da Secretaria do Estado da Educação do Paraná, (2011) tivemos a oportunidade de nos reunir nos dias 03/04 e 05 de fevereiro. Portanto, esta ação colegiada deve priorizar um tipo de organização que sustente e dê forma aos objetivos deste projeto e sua intencionalidade. Assim sendo, as somas desses pontos servirão para a realização de mudanças reais, valorizando os interesses de todos os envolvidos neste processo de construção, para uma educação emancipatória e de qualidade para todos. 104 ANEXOS 105 106 26 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALMEIDA, M.E.B. de. Como se trabalha com projetos (Entrevista) Revista TV Escola. S.E.D – Brasília: Ministério da Educação, SEED, nº 22 Março/Abril 2002. ANTUNES, C, Um método para o Ensino Fundamental: O projeto. 3ª ed. Fascículo 07: Vozes 2002. BARTHES, R. Fragmentos do discurso amoroso. 15 ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 2000. BOCHNIAK, R, Questionar o conhecimento: Interdisciplinaridade na escola e fora dela. São Paulo: Loyola, 1992. BOFF, Leonardo. Saber cuidar – Ética do humano – Compaixão pela terra. Petrópolis, R.J: Vozes, 1999. 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