O ACRE DOS
CHICOS E OS
CHICOS DO ACRE
Quando se fala em
Acre e em Chico, a
referencia é sempre o
Chico das lutas pela
floresta, mas somandose a esse Chico, há
mais Chicos.
Dantas não lutou como
Mendes contra o
desmatamento da
Amazônia, mas como
ele, teve a coragem de
embrenhar-se nas
matas do ativismo no
enfrentamento da
epidemia do HIV/Aids.
O Chico de Xapuri
buscava a união dos
povos da floresta, o
Chico de Rio Branco a
resposta através de
políticas publicas que
atendessem as
pessoas vivendo com
HIV/Aids.
Um enfrentava de peito
aberto a exploração de
grileiros e coronéis da
terra, o outro, o
estigma e a
discriminação sobre as
pessoas que se
deparavam , na época,
com as limitações de
uma doença rápida e
letal.
O seringueiro se
fortalecia através da
luta no sindicato, o
ativista através da luta
em uma ONG e depois
no governo, ambos,
traçaram suas metas
na promoção ,
valorização e
manutenção da vida.
O Chico do campo era
um homem simples e
bem humorado, o da
cidade um simples
homem
simpaticamente
fanfarrão e debochado.
Ambos os Chicos eram
acreanos sérios,
comprometidos e
apaixonados pelo que
faziam,
intrinsecamente
ligados e amados pela
família e amigos.
Não eram
acomodados,
possuíam a capacidade
da indignação, a
violência atravessou
ambos os caminhos,
suas vidas foram
tomadas
precocemente, seus
algozes tinham
propósitos diferentes,
mas a ganância e a
covardia não se
diferenciavam.
O Chico do sindicato
teve seu projeto
continuado, esse Chico
, certamente também o
terá.
Chico e Chico, o Acre é
um, mas seus Chicos
são muitos...
(Um minuto de Silêncio ... Viva a Vida!!!!)
Texto em memória póstuma ao companheiro Francisco
Dantas covardemente assassinado em Agosto/2007 em
Rio Branco - AC
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