SESSÕES DO PLENÁRIO 43ª Sessão Extraordinária da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, 22 de dezembro de 2009. PRESIDENTE: DEP. MARIA LUIZA LAUDANO AD HOC À hora marcada, verificou-se na lista de presença o comparecimento dos seguintes senhores Deputados: Aderbal Caldas, Adolfo Menezes, Álvaro Gomes, Ângela Sousa, Ângelo Coronel, Antônia Pedrosa, Capitão Tadeu, Clóvis Ferraz, Edson Pimenta, Eliana Boaventura, Eliedson Ferreira, Elmar Nascimento, Emério Resedá, Euclides Fernandes, Fátima Nunes, Fernando Torres, Getúlio Ubiratan, Gilberto Brito, Gildásio Penedo Filho, Heraldo Rocha, Isaac Cunha, Ivo de Assis, J. Carlos, Javier Alfaya, João Carlos Bacelar, Joélcio Martins, José Nunes, Júnior Magalhães, Jurandy Oliveira, Luiz Argôlo, Luiz Augusto, Luiz de Deus, Marcelo Nilo, Maria Luiza Laudano, Marizete Pereira, Nelson Leal, Neusa Cadore, Paulo Azi, Paulo Câmera, Paulo Rangel, Pedro Alcântara, Prof. Valdeci, Reinaldo Braga, Roberto Carlos, Rogério Andrade, Sérgio Passos, Waldenor Pereira, Yulo Oiticica e Zé Neto. (49) A Srª PRESIDENTA (Maria Luiza Laudano):- Invocando a proteção de Deus, declaro aberta a sessão extraordinária, com o objetivo de apreciar os seguintes projetos de lei nº s 18.462/2009, 18.463/2009 e 18.461/2009. Não há expediente a ser anunciado. Não há manifestação dos oradores no Pequeno Expediente. Grande Expediente. Não há manifestação de orador inscrito no Grande Expediente. A Srª PRESIDENTA (Maria Luiza Laudano):- Horário das Representações Partidárias. Concedo a palavra ao Líder da Minoria ou representante do PSC para falar ou indicar o orador pelo tempo de 10 minutos. O Sr. Heraldo Rocha:- Srª Presidente, falará o nosso nobre deputado Júnior 1 Magalhães, uma das revelações deste Parlamento. A Srª PRESIDENTA (Maria Luiza Laudano):- Com a palavra o deputado Júnior Magalhães pelo tempo de até 10 minutos. O Sr. JÚNIOR MAGALHÃES:- Srª Presidente, Srs. Deputados, senhoras e senhores da imprensa, galerias, quero, Srª Presidente, neste tarde, mais uma vez pedir aos nobres deputados, aos nobres líderes para que possamos incluir na pauta, ainda hoje, o projeto de de lei de autoria do Tribunal de Justiça que transforma a Comarca de Entre Rios de entrância inicial para entrância intermediária, como também a cidade de Luís Eduardo Magalhães, deputado Luís Augusto, porque precisamos ter o incremento do número de juízes naquela cidade. Quero pedir ao deputado Waldenor Pereira, Líder do Governo, ao deputado Heraldo Rocha, ao deputado Pedro Alcântara, Líder do PR, para incluir na pauta, ainda hoje, esse projeto que também amplia o número de juízes na cidade de Juazeiro, o projeto nº 17.630/2008, de autoria do Tribunal de Justiça, que altera a redação dos artigos 152, caput, 156, caput, e anexo I da lei 10.845, a Lei de Organização Judiciária. Entendo, Srªs e Srs. Deputados, que estamos caminhando para um recesso, e temos que dar uma resposta à sociedade baiana, precisamos aprovar esse projeto para que possamos ter êxito nesse final de período legislativo, para que a comunidade de Juazeiro, a comunidade de Entre Rios e, principalmente, a comunidade de Luís Eduardo Magalhães possam ser beneficiadas e passem a ter o aumento de juízes no sentido de uma prestação jurisdicional mais efetiva e com mais qualidade. Quero, Srª Presidente, trazer esse apelo para que possamos ter o entendimento, como temos tido em outros projetos importantes, assim como estamos acompanhando os policiais que vivem acampados aqui na Assembleia; eles pretendem ficar e passar o Natal aqui na Assembleia Legislativa, protestando, pedindo ao governo do Estado para que sejam nomeados, porque, de fato, já foram aprovados em concurso. O governo do Estado investiu 6 milhões de reais na formação desse pessoal e não tem justificativa para que não haja essa convocação e a posse dessas pessoas que foram aprovadas. Estamos acompanhando a nossa segurança pública. Fomos às delegacias de todo o Estado e encontramos um déficit grande de pessoal. Na minha cidade, Candeias, nesse final de semana sete presos fugiram, e sempre não há delegado nem escrivão, não tem nada. E assim, Srªs e Srs. Deputados, esperamos também que os policiais civis que estão aqui, formados e não nomeados, a caminho da greve de fome, possam sensibilizar o Sr. Governador do Estado. Estamos aqui também com o Movimento dos Sem Teto, Assentamento Recanto Cajueiro. A Assembleia é a caixa de ressonância da sociedade, e é importante que a população venha ver o trabalho de cada deputado, acompanhar o mandato de cada um para ver o que dizem aqui e o que dizem nas ruas, para ver como votam os Srªs e Srs. Deputados. Então, esta é a oportunidade, deputado Waldenor, nesta tarde, de incluirmos o projeto de lei nº 17.630 para que os municípios possam ter a sua efetiva prestação 2 jurisdicional. E aqui quero, em particular, deputada Maria Luiza, V.Exª que é representante também da cidade de Entre Rios, sabe que é importante isso, a cidade de Entre Rios precisa, assim também como a cidade de Luís Eduardo Magalhães, ser uma cidade que atenda tanto Entre Rios, pela qual V.Exª fez o pedido, quanto a cidade de Luís Eduardo Magalhães, enfim, os dois municípios, deputado Álvaro Gomes, V.Exª que é o relator desse projeto, atendem aos requisitos para passar para uma entrância intermediária. Assim também como a Comarca de Juazeiro, uma das cidades mais importantes do Estado da Bahia, que tem aqui como representantes os deputados Pedro Alcântara, Misael Neto e Roberto Carlos, que representam o município, é a oportunidade, deputado Pedro Alcântara, que temos nesta tarde de incluir esse projeto, votar por acordo. É um projeto de autoria do Tribunal de Justiça e não irá oferecer de imediato nenhuma despesa para o Tribunal, e não cabe à Assembleia discutir a questão de disponibilidade financeira, o Tribunal de Justiça irá implementar essas comarcas, assim que tiver disponibilidade financeira. Quero, Srª Presidente, solicitar aos nobres deputados que, deputado Heraldo Rocha, o entendimento possa reinar e que possamos incluir o projeto de lei nº 17.630 nesta tarde, aprovando e fazendo justiça a vários municípios importantes do nosso Estado, para que possam ter assim uma melhora na sua qualidade, porque estamos acompanhando, infelizmente, como anda a nossa Justiça. Muitas vezes, o número de juízes é muito reduzido, o número de funcionários pequeno, o déficit muito grande, teremos uma discussão no ano que vem acerca da privatização dos cartórios, não dá para ficar hoje na humilhação que é esses cartórios da Bahia, principalmente na capital, em que pessoas chegam a passar uma manhã inteira para autenticar um documento, reconhecer uma firma, sendo que outros estados, começando pelo estado de Minas Gerais, onde são privatizados, são modelos os cartórios públicos. Quero pedir aos nobres Líderes, fazer este apelo para que possamos, nesta tarde ainda, votar esse projeto, porque acredito, deputado Waldenor Pereira, assim também como o deputado Álvaro Gomes, que é deputado sensível, sempre defende as suas bandeiras, sempre presente nesta Casa, temos divergências político-ideológicas, mas tenho que falar a verdade, o deputado Álvaro Gomes é um dos mais presentes aqui neste Plenário, está sempre defendendo a sua bandeira, então,deputado Álvaro Gomes, quero pedir a V.Exª, como relator desse projeto, que possa olhar com carinho esse pleito dessas comunidade e que possamos hoje votar, irmos para o Natal e, na semana que vem, estaremos aqui votando mais projetos. Essa é a essência do Parlamento, de sermos políticos. Não adianta, Srªs e Srs. Deputados, se não olharmos, não enxergarmos a política como instrumento de transformação, de beneficiar uma comunidade, um povo. Não adianta, deputado Heraldo Rocha, V.Exª, que já foi secretário de estado, há 20 anos é deputado, foi presidente da LBA, tenho certeza de que V.Exª tem esse sentimento de dever cumprido nesses anos de carreira política. É esse sentimento que 3 quero levar e quero pedir aos Srªs e Srs. Deputados para aprovarmos nesta tarde ainda o projeto 17.630. Muito obrigado, Srª Presidente. (Não foi revisto pelo orador.) A Srª PRESIDENTE (Maria Luiza Laudano):- Concedo a palavra ao Líder da Maioria ou ao representante do PRP para falar ou indicar orador pelo tempo de 10 minutos. O Sr. Waldenor Pereira:- Srª Presidente, falarão, durante 5 minutos cada, respectivamente, o deputado Adolfo Menezes e a deputada Fátima Nunes. A Srª PRESIDENTE (Maria Luiza Laudano):- Com a palavra o deputado Adolfo Menezes pelo tempo e até 5 minutos. O Sr. ADOLFO MENEZES:- Srª Presidente, Srs. Deputados, deputado Heraldo Rocha, ligado à área médica, profissional dessa área, em matéria, Srª Presidente, hoje, do jornal Tribuna da Bahia, um assunto, deputado Heraldo, que nós tratamos aqui dois anos atrás, no ano de 2007, a importância do Hospital Aristides Maltez tem para a Bahia e todo o Nordeste. Ele atende, deputada Eliana, 2.500 pacientes por dia. São mais de 60 mil pessoas atendidas por mês, mas esse hospital está em dias de parar algumas atividades por falta de recursos. Estive com o Dr. Aristides Maltez, que me falava das dificuldades que não são novidades, deputada Maria Luiza Laudano. O Hospital Aristides Maltez atende a 100% de pessoas carentes, 100% do SUS, mas o que recebe são valores defasados que não estão dando para cobrir os seus custos. Então o Dr. Aristides me dizia isso. Eu desde 2007 encampei, juntamente com outros deputados, esta luta de instituição tão grande e com tamanha relevância para a população, principalmente a mais humilde, que não tem recursos para se tratar. E hoje chegamos a um ponto em que até quem dispõe de seguro-saúde ou recursos para frequentar hospitais privados tem dificuldades. Há pouco tempo víamos o Hospital Português com uma placa dizendo que não tinha capacidade nem na emergência para atender mais ninguém. Não podemos, deputado Gilberto - V.Exª que também fez parte do movimento há dois anos para ajudar esta importante instituição da Bahia que trata duma enfermidade tão grave, das piores de todas, o câncer -, deixar de lado as dificuldades que ela vem passando. Vamos tentar ajudá-la novamente, como o senhor fez, inclusive sugerindo a doação duma parte do que nos cabe aqui mensalmente para tentarmos minorar o sofrimento daqueles mais humildes que penam tanto e nem moradia têm, mas são acometidos dessa terrível doença. Às vezes, vêm para os corredores atrás dum político, um deputado, vereador ou prefeito, mendigando uma vaga para internação naquele hospital de grande complexidade que atualmente trabalha com as maiores tecnologias e os melhores equipamentos. Não podemos, deputado Gilberto, deixar de fazer a nossa parte. Não apenas falar, não somente discursar em Plenário, mas também tentar fazer o que igualmente nos cabe. Sabemos - e tenho certeza de que V.Exª já deve ter passado por várias experiências desse tipo - que amigos nossos do interior têm de intermediar vagas em 4 hospitais de todos os tipos. Temos de ajudar, sim, mesmo sem ser essa a nossa função de deputado estadual, a quem cabe legislar. Não tendo dúvida, deputado Heraldo, de que todos os deputados ou a grande maioria deles todos os dias recebem pedidos para conseguirem exames de ressonância, tomografia e principalmente internações de emergência nos hospitais da Grande Salvador, uma cidade que está entre as principais capitais brasileiras mas onde há mais de 20 anos não é construído um hospital de grande porte! Ainda bem que o governador Wagner, sensível aos problemas da saúde, já deu início à construção do Hospital do Subúrbio, uma unidade que vai atender grande parte da população. Agora agora que inaugurou o Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus, mas mesmo assim a população, deputado Rogério, cresce em progressão geométrica. Para ficar não como a saúde, como um todo ia demandar não 5 minutos, que é o meu tempo, mas de 30 minutos a uma hora, isso para discutirmos aqui a situação de calamidade, em vias de fechar algumas unidades, desse grande hospital, que é o Aristides Maltez , e a Tribuna da Bahia de hoje mostra a dificuldade de continuar funcionando. Muito obrigado, Srª Presidenta. (Não foi revisto pelo orador.) A Srª PRESIDENTA (Maria Luiza Laudano):- Com a palavra a deputada Fátima Nunes, por 5 minutos. A Srª FÁTIMA NUNES:- Srª Presidenta, Srs. Deputados, quero aproveitar esses minutos do nosso tempo para saudar o povo do município de Jaguarari. Esse povo até 1º de janeiro deste ano de 2009 viveu uma situação de muito tumulto, era prefeito que entrava e prefeito que saía, uma confusão! Faltou o bom uso do dinheiro público, e isso causou àquele povo muito sofrimento e muita falta de assistência. Esse povo, inteligentemente, elegeu o Sr. Antônio, que é hoje um dos prefeitos de maior conceito nesse sertão pelo trabalho realizado. Lá, ele é vizinho do município de Senhor do Bonfim, onde está o Paulo Machado, que é vizinho de Itiúba, onde está a prefeita Cecília, que é vizinha de Juazeiro, onde está o prefeito Isaac, portanto é um conjunto de prefeitos e prefeita que se interessa pelo bem público daquela região. Nesse domingo, tivemos a oportunidade de, na companhia dos secretários Afonso Florence e Rui Costa - das Relações Institucionais -, como também do superintendente de Esportes Raimundo Nonato, popularmente conhecido como Bobô, participar de duas atividades de grande importância. Uma delas foi a inauguração do sistema de abastecimento de água, quando ouvimos depoimentos emocionantes de homens e mulheres que agradeciam primeiro a Deus, por ser uma comunidade religiosa, e segundo ao trabalho profícuo do prefeito Antônio e do governador Jaques Wagner . Enfim, depois de tantos anos, havia senhoras de 83 anos dando graças a Deus por poder beber uma água limpa, potável, saudável e tomar um banho de chuveiro. Vejam, são coisas pequenas a que a sociedade tem direito, mas aquelas 5 senhoras e aqueles senhores lá agradeciam a Deus por beber um copo de água limpa e poder tomar um banho de chuveiro. E assim parabenizamos toda a equipe do programa Água Para Todos. Estava conosco também o Dr. Cícero, que tem feito um brilhante trabalho, realizando muitas ações por este Nordeste afora, pelo Semiárido da Bahia. Nessa mesma tarde, tivemos a oportunidade de ir ao estádio onde se encerrou o campeonato intermunicipal. Vimos lá mais de 3 mil pessoas participando daquela festa, com um sorriso no rosto, na entrega de prêmios aos vencedores do campeonato. E a satisfação que se dá é exatamente porque agora aquele município tem realmente um prefeito que se interessa em melhorar a vida das pessoas, sobretudo das que mais precisam - costumo dizer que são aqueles e aquelas que por longos anos ficam de fora do processo de desenvolvimento. E a gente viu o estádio todo reformado, a juventude participando, e diziam para nós: “Diga ao nosso governador que a gente também quer que esse estádio tenha uma cobertura, uma piscina olímpica, que possamos desenvolver outras modalidades de esporte. E, imediatamente, ouvimos, também, o compromisso do superintendente Bobô em liberar recursos para que se possa fazer a iluminação daquele estádio, porque, também, à noite pode se desenvolver outras atividades esportivas e também o futebol. Portanto, quero parabenizar o governador Jaques Wagner por ter colocado uma equipe que se interessa em levar as políticas públicas para o interior da Bahia e parabenizar Sr. Antônio e todo o seu secretariado, Sr. Antônio que não completou um ano ainda de governo, mas que está realizando com sucesso a melhoria da vida das pessoas e, claro, com o apoio do nosso governador Jaques Wagner. Muito obrigada, Srª Presidente. (Não foi revisto pela oradora.) A Srª PRESIDENTE (Maria Luiza Laudano):- Concedo a palavra ao Líder da Minoria ou representante do PTN para falar ou indicar orador. O Sr. Heraldo Rocha:- Srª Presidente, falará por todo o tempo o nobre deputado Elmar Nascimento. A Srª PRESIDENTE (Maria Luiza Laudano):- Com a palavra o deputado Elmar Nascimento pelo tempo de até 10 minutos. Deputado Elmar Nascimento, peço licença a V.Exª, embora o Regimento da Casa, talvez, não me proteja para que eu possa fazer essa explanação, mas queria pedir a todos os deputados, principalmente a nossa Bancada da Maioria, para que se comunicasse com o governador, com o chefe de gabinete para que pudesse dar uma solução para o problema dos nossos amigos, nossos irmãos (palmas) que estão aqui expostos. Não é admissível que no Natal, uma festa de família, uma festa de confraternização, de amor, a gente possa deixar que os nossos irmãos passem aqui ao lado, nesta sala, passando necessidades, sem ter um bolo, sem ter uma cesta, sem olhar seus filhos. Então, realmente, eu peço que nos ajude para que pelo menos possam dar uma palavra de conforto, dizer em quanto tempo pode ser feito isso. Estou fazendo isso, porque também temos espiritualidade, amor que temos fora 6 da política, isso é confraternização, temos que ser humanos, é por isso que estou pedindo. (Palmas.) Desculpe, deputado, vou descontar no tempo de V.Exª. A Srª PRESIDENTE (Maria Luiza Laudano):- Com a palavra o deputado Elmar Nascimento. O Sr. ELMAR NASCIMENTO:- Minha querida presidente, Srs. Deputados, quero endossar as palavras de V.Exª, mas, infelizmente, o governador tem um coração de pedra. Nem o espírito natalino, nem essa época de fraternização comove aquele homem, para dar, pelo menos, uma satisfação aos concursados, dizer que dia, daqui a dois meses, três meses, mas nem uma satisfação dá às pessoas, aos concursados. Com a Bahia, ele não se importa mais; a segurança ele já entregou ao caos, mas, infelizmente, nem isso, só uma deputada mulher, como V.Exª, tem esse sentimento, esse espírito de Natal, de fraternidade que se comove com a situação das pessoas, pode mobilizar esta Bancada, porque nós da Oposição não adianta, a gente fala todo dia, quem sabe se também a Bancada do governo engrossando o coro, o governador se sensibilizar é difícil, porque ele não tem coração. Está lá vivendo, comendo lagosta, camarão e vinho importado no Palácio de Ondina, andando de helicóptero, está pouco se importando com a segurança ou com a situação dos funcionários da segurança, mas pode ser que pressionado por todos os deputados, já que aqui é a Casa do Povo, ele possa ceder um pouco. Mas meus amigos, o assunto que vim trazer a esta tribuna era outro. No início da administração do governador Wagner, o Secretário Jorge Solla, sob o argumento... O Sr. Heraldo Rocha:- V.Exª me permite um aparte? O Sr. ELMAR NASCIMENTO:- Está inscrito, deputado Heraldo. (…) de que o Ministério Público do Trabalho condenou a terceirização do serviço na área da saúde, rompeu o contrato que existia com a Copamed trazendo o caos aos hospitais, sendo que ficaram à beira de fechar as portas e contratando de boca médicos, naquilo que o deputado João Carlos Bacelar denunciou como a folha secreta da saúde, e pagando depois aos funcionários sem qualquer tipo de controle, sem empenho, sem autorização legislativa, sem sequer contrato de REDA, sob a modalidade de indenização, que usa-se apenas para remunerar através de precatório, de decisão transitada em julgado. Pois bem, agora, apesar de ter (...) a gente ente por que o secretário Jorge Solla fez: ele queria contratar a empresa de amigo dele. Agora o (lê): “Ministério Público do Trabalho (MPT)ajuizou no último dia 15, ação civil pública (ACP) para combater a terceirização ilícita de funcionários da área de saúde praticada pelo Estado da Bahia. O MPT comprovou, após investigação, que a Secretaria Estadual de Saúde mantém contratos com a SM Assessoria Empresarial e Gestão Hospitalar Ltda., e transfere para a empresa gestão de, pelo menos, três hospitais públicos. A SM não só administra os hospitais, mas também é responsável pela contratação de todos os trabalhadores que prestam serviços. A procuradora do MPT Janine Mibratz Fiorot, que conduz o processo, entende 7 que a contratação dos funcionários por intermédio da SM Assessoria Empresarial e Gestão Hospitalar Ltda., é uma terceirização ilegal. Trabalhadores que exercem atividades-fim,como os médicos, precisam se submeter a concurso público e devem ser admitidos diretamente pelo Estado. Na ACP, o MPT pede a nulidade da intermediação de mão-de-obra realizada pelo Estado da Bahia, através dos contratos firmados com SM Assessoria Empresarial e Gestão Hospitalar Ltda., afastando os trabalhadores terceirizados no prazo de seis meses.” Pena que aqui é apenas uma ação civil pública para impedir o funcionamento e que pede a penalidade da declaração da nulidade do contrato com uma condenação do Estado, deputado Heraldo Rocha, em 500 mil reais de indenização por dano moral coletivo, ou seja, o governador erra, o secretário da Saúde erra e quem tem que pagar é o contribuinte baiano. É por isso, deputado Heraldo Rocha, peço a V.Exª que entre em contato, como Líder da Oposição, com a procuradora do Trabalho para ajuizar, perante o Ministério Público Estadual uma ação por crime de responsabilidade, porque o governador está burlando a Constituição do Estado ao terceirizar mão-de-obra que tem que ser contratada. Uma ação para que ele seja afastado e responda por crime de responsabilidade, por improbidade, deputado Heraldo Rocha, porque o que o Ministério Público do Trabalho, no âmbito da sua competência, pede é simplesmente a nulidade do contrato e a condenação do Estado, fazendo com que o contribuinte baiano seja penalizado por uma ação danosa do secretário da Saúde, Sr. Jorge Solla. Ele é quem tem que ser penalizado, condenado criminalmente pelo crime de responsabilidade que está cometendo e pelo ato de improbidade administrativa. Ouço, com prazer, V.Exª, meu caro Líder. O Sr. Heraldo Rocha:- Deputado Elmar Nascimento, V.Exª tem conhecimento de todas aquelas modificações que nosso especialista secretario de Saúde cometeu com a saúde, agora ele está começando a receber as punições. V.Exª tem toda razão. Primeiro nós entramos, o deputado João Carlos Bacelar e também a Bancada de Oposição, a Drª Rita Tourinho, do Ministério Público Estadual anulou todos os contratos terceirizados da Saúde. Agora vem o Ministério Público do Trabalho e multa o governo do Estado. V.Exª tem toda razão, quem tem que pagar é o secretário Solla, por improbidade administrativa e além disso porque está matando o povo da Bahia, quando comete atos como esse que está aí, terceirizando a saúde. Ele disse que tinha um plano B, quando esteve aqui na Casa. Depois, foi para as Obras Sociais Irmã Dulce, depois foi para o REDA. Já fez tanta confusão, e agora vem mais essa decisão do Ministério Público do Trabalho. Ontem, precisamente ontem, depois da decisão do Ministério Público do Estado, dois contratos foram publicados no Diário Oficial, terceirizando a saúde. Parabéns pela denúncia de V.Exª. O Sr. ELMAR NASCIMENTO:- Agradeço e incorporo o aparte de V.Exª, que sempre é bem-vindo para dizer que é preciso acabar com esse tipo de ato. Mas é 8 preciso que o Ministério Público esteja atento, e temos que representar para isso, para que não seja penalizado só o contribuinte baiano. Simplesmente, se o Ministério Público entrar com ação para que seja suspenso o contrato e pedir indenização, que o Estado é que é obrigado a conceder pelo dano coletivo cometido, penaliza ainda mais o Estado da Bahia. E os agentes causadores dos ilícitos? Por que tipo de crime vão responder? E a parte criminal? O Ministério Público precisa se pronunciar sobre isso. Não é possível que faça de conta de que não está tendo conhecimento. Por isso, deputado Heraldo Rocha, pelo menos da nossa parte, temos que cumprir. Precisamos representar ao Ministério Público. Se o Ministério Público faz ou não a parte dele, é problema do Ministério Público. Mas o caso de improbidade está aqui, identificado numa investigação do Ministério Público do Trabalho. Qualquer leigo, qualquer estudante de Direito sabe que para entrar no serviço público tem que ser através de concurso público ou através, em raras exceções, do Regime Especial de Direito Administrativo, o famoso REDA. Agora, contratar via terceirização de mão-de-obra é uma forma de burlar não só a Lei de Responsabilidade Fiscal, mas de burlar a Constituição, a nossa Constituição brasileira, que impõe ao Estado a contratação através do concurso público. Mas, Srs. Deputados, esse procedimento de se contratar via empresa terceirizada, às vezes, é forma de facilitar desvios, deputado Heraldo Rocha. Estamos vendo aqui nos jornais que determinado prefeito do PT é dono de uma empresa e contrata todo o esquema da roupa suja, que custa duas vezes o que se paga aqui numa lavanderia que fica no mercado, que fica em determinado lugar, lavanderias conhecidas. Não sei o que estão lavando, mas com certeza não é roupa pagando o dobro do preço. É preciso que investiguemos, denunciemos, cumpramos com a nossa parte, com o nosso dever, para que possamos cobrar do Ministério Público e do Poder Judiciário a adoção das medidas cabíveis. Quero encerrar as minhas palavras aqui, mais uma vez, associando-me ao pronunciamento da deputada Maria Luiza, solidarizando-me com os companheiros concursados que não foram nomeados por esse governo que não tem compromisso com o nosso Estado e graças a Deus está acabando. Não tem compromisso com o nosso Estado, prometia uma coisa na campanha e faz outra diferente. Vamos ver se Deus consegue quebrar o gelo do coração desse governador, que parece que não tem coração, e nesta época de Natal dê, no mínimo, uma satisfação a essas pessoas e as suas famílias. (Não foi revisto pelo orador nem pelo aparteante.) A Srª PRESIDENTA (Maria Luiza Laudano):- Concedo a palavra ao nobre Líder do governo e da Maioria, ou ao Líder do Bloco Parlamentar PcdoB/PTdoB/PSL/PSB, para falar ou indicar orador pelo tempo de 8 minutos. O Sr. Waldenor Pereira:- Srª Presidente, falará por todo o tempo o deputado Paulo Câmera. 9 A Srª PRESIDENTA (Maria Luiza Laudano):- Com a palavra o deputado Paulo Câmera pelo tempo de 8 minutos. O Sr. PAULO CÂMERA:- Nobre presidente, caros colegas, eu ia demonstrar ao deputado Luiz de Deus que o governo Wagner já construiu ou tem em construção 99 unidades hospitalares. No momento em que eu estava lendo estes dados, nos quais o Estado investiu 98 milhões de reais, chegou-nos às mãos a pesquisa do DataFolha, que é extremamente interessante de ser analisada. Nobre presidente, ela fala em quatro cenários. Queria chamar a atenção dos Srs. Deputados de que o mesmo DataFolha fez uma outra pesquisa em março. Entre 16 e 19 de março, o DataFolha fez uma pesquisa que repetiu agora, e o governador Wagner, nobre presidente, estaria, a depender do ângulo da análise, em situação inferior. Na pesquisa publicada agora, demonstra com clareza que o governador Wagner ganhará no primeiro turno; na pesquisa de março, ele perde com menos, claro 51%, para os seus correntes. Vamos ver os concorrentes de março. Tínhamos Jaques Wagner, com 36%; Paulo Souto, com 19%, César Borges, com 10%, Raimundo Varela, com 7%, Geddel com 7%; Lídice, com 4%, e Hilton Coelho, com 2%. E aí vão variando os nomes: com Souto sem Geddel; com ACM com Geddel; com ACM sem Geddel. Em todos os cinco horizontes, o governador Wagner, naquela data, não alcança51% dos votos. No primeiro cenário, onde temos Jaques Wagner, Paulo Souto, Geddel e Hilton, o governador tem 39% e os outros todos, 36%. No outro cenário, Jaques Wagner, Paulo Souto e João Henrique sem Geddel, o governador tem 41% e os outros, 32%. No terceiro e quarto cenários, o governador faz 43% a 30%. No outro cenário, 39% a 37%, que é o pior cenário do governador Jaques Wagner. Então, pelo ângulo da pesquisa, qualquer que seja ele, o governador Wagner, diria analiticamente, encontrase numa situação mais privilegiada. Aliás, nessa pesquisa agora, quando se coloca também um número elevado de candidatos ao Governo do Estado, o governador ganha com pouquíssimos pontos à frente. Ou seja, ele não atinge o percentual de 51%. Sabemos, entretanto, que o quadro de competidores já está definido. Então, não vejo como, analisando-se aí, não podemos ainda chamar de uma série histórica, mas comparando a pesquisa de março com a pesquisa de agora, a situação do governador Wagner é mais confortável. O que me trouxe a esta tribuna, entretanto, foi descrever os dados da educação. O nobre deputado Luiz de Deus, que não tem obrigação, até porque não é a área dele, disse aqui que o governador Jaques Wagner não construiu uma escola. Ele não construiu uma escola, o deputado tem razão, ele construiu muito mais. Foram gastos 98 milhões de reais em 99 unidades escolares. É isso que está aí. Isso pode ser provado, pode ser fotografado e pode ser demonstrado, mas não é a prioridade desse governo tratar única e exclusivamente e principalmente, diria melhor ainda, não é prioridade desse governo a construção e reforma de escolas. São necessárias, estão sendo feitas, têm que ser recuperadas necessariamente para não serem destruídas, mas a prioridade do governo é ampliar a capacitação dos professores, aumentar o número de vagas. Onde? Em escolas profissionalizantes. Vamos chegar em 2010 com 43 mil 10 vagas, ou melhor, 43 mil estudantes em escolas profissionalizantes, quando não tínhamos nem 5 mil vagas há pouco mais de 3 anos. A prioridade do governo é o ser humano. E como é que se capacita um número monumental de alunos em cursos profissionalizantes? Como é que você capacita 1 milhão e 300 mil estudantes? As pessoas têm que ter a dimensão disso. Com 1 milhão e 300 mil estudantes em 1.640 escolas com 20 mil funcionários e 43 mil professores, é preciso que haja uma preocupação com a qualificação desses professores, com a melhoria do ensino, deputado Luiz de Deus, e não apenas com as 99 unidades escolares que estão sendo construídas, não com os 98 milhões que estão sendo gastos neste momento, não, é prioridade, sim, a valorização também do professor. Foi colocada, quando se falou dos 4%, a questão do piso salarial. Eles esquecem, Srs. Deputados, que 27% da gratificação dos professores universitários, nobre presidente, foram incorporado aos seus salários. Significa o mesmo para os policiais militares, quando você incorpora a gratificação ao salário, a aposentadoria da família do policial está garantida. Então a incorporação já é um ato fantástico de reconhecimento ao trabalho humano. No sistema anterior funcionava assim: você ganhava mil, aposentava-se e só levava para casa mil. E o seu padrão de vida e da sua família que foi feito ao longo dos anos com essa gratificação? Acabava, desaparecia. O governador Wagner sensível a isso, Sr. Presidente, fez esse tipo de transformação que é preciso ser reconhecida sob o ponto de vista social. Continuarei posteriormente, deputado Luiz de Deus, para que façamos aqui um bom debate. Obrigado, nobre colegas. (Não foi revisto pelo orador.) O Sr. PRESIDENTE (Getúlio Ubiratan):- Com a palavra o nobre Líder do Governo e da Maioria ou o Líder do PDT para falar ou indicar o orador pelo tempo de 8 minutos. O Sr. Waldenor Pereira:- Não há orador. O Sr. PRESIDENTE (Getúlio Ubiratan):- Concedo a palavra ao nobre Líder do Governo e da Maioria ou ao Líder do PP para falar ou indicar o orador pelo tempo de 9 minutos. O Sr. Waldenor Pereira:- Sr. Presidente, falará por todo o tempo o deputado Pedro Alcântara. O Sr. PRESIDENTE (Getúlio Ubiratan):- Com a palavra, pelo tempo de 9 minutos, o nosso querido deputado Pedro Alcântara. O Sr. PEDRO ALCÂNTARA:- Sr. Presidente, Srªs Deputadas, Srs. Deputados, imprensa, aqueles que nos honram com suas presenças, esta semana assisti na Band News à entrevista de uma pessoa que foi e ainda é um grande economista do Brasil, inclusive ministro do Estado por algumas vezes, ministro da Fazenda e da Agricultura, o paulista Delfim Neto. E o que me impressionou, Srs. Deputados, na fala do ex-ministro, salvo engano, hoje deputado federal por São 11 Paulo, é que ele quer convencer a nação brasileira de que um projeto para o Brasil, a partir de 2011, tem que necessariamente enterrar as eras Fernando Henrique e Lula, e que será presidente, com certeza um bom presidente, na convicção e na opinião dele, aquele que apresentar um projeto capaz de ganhar as eleições e governar para esse século. Acho um equívoco muito forte na fala do ministro, porque entendo que a era Fernando Henrique encerrou-se, deputado Álvaro Gomes, mas a era Lula não. Entendo isso, deputada Ângela, na visão dos paulistas que se acostumaram à exploração dos nordestinos. São Paulo sempre foi a maior potência econômica deste País, o Estado que era cantado e decantado como o motor deste País e explorava a mão de obra importada de demais estados, principalmente do Norte e Nordeste, isso foi desde a época quando era o polo do café também na indústria automobilística, enfim tinha uma mão de obra barata, importada, escrava, e acostumou-se a explorar principalmente nós, do Nordeste, e os nossos conterrâneos do Norte. Entendo que problemas cruciais ainda nos afligem, embora já tenhamos avançado muito no processo de desenvolvimento industrial, mas ainda há um déficit social muito grande desta Nação para conosco. São Paulo é hoje, sem dúvida, o segundo maior orçamento do País, porque é o Estado de São Paulo que tem o segundo maior orçamento, a cidade de São Paulo é o terceiro maior orçamento do País e o orçamento do País que é o maior está a dividir esse bolo com a Nação inteira. Daí a visão do presidente Lula, do seu governo, em fazer com que esses recursos não ficassem apenas no Centro Sul do País e continuasse a desigualdade social muito grande e nós aqui a sofrermos com desemprego, fome, gerando desnutrição, falta de faculdades, de escolas, enfim o desemprego, a necessidade generalizada. O presidente entendeu que não devia esperar o bolo crescer e vir a questão econômica, esse bolo era derretido e cheio de ilusão. Fatiou o bolo em inúmeros pedaços para atender principalmente a base da pirâmide social. E aí vem um dos programas sociais mais bem sucedidos, que é o Bolsa Família, às vezes criticado. Eu ouvia e até me levava à dúvida quando aqueles produtores rurais do Nordeste, latifúndios não tanto produtivos, diziam que não se encontrava mais uma pessoa para dar um dia de trabalho por causa do Bolsa Família. A reflexão que chegamos, Sr. Presidente, Srs. Deputados, é que encontra, sim, mas não como trabalho escravo. Encontra-se alguém para dar dia de trabalho no interior, no Nordeste, mas com salário mais digno, porque os 2 reais que se pagavam por dia, que dava em torno de 60 a 70 reais por mês, hoje tem-se o Bolsa Família garantido para que ele possa comprar o café, o açúcar, o feijão e o arroz. Isso regulamentou a força escrava, porque muitos iam trabalhar apenas por um prato de comida. O Bolsa Família foi importante nessa base quando faz com que seja reconhecido o trabalhador rural para que ele tenha um salário mais digno. Ainda não é o valor real que precisa pagar ao homem do campo. Mas há também programas sociais para que o trabalhador possa gerar o seu próprio negócio, como é a questão da agricultura familiar. Recentemente, estiveram em Juazeiro o governador da Bahia, o secretário da Agricultura, Roberto Muniz, quando abriram linhas de crédito nos 12 Bancos do Nordeste e do Brasil, para a caprinocultura. Detemos na Bahia o maior rebanho de caprinocultura do Brasil. Nós sabemos que, hoje, um prato de caprino, nos restaurantes de luxo, é o mais caro. Mas isso só favorece o atravessador e o dono do restaurante. Hoje não, com a melhoria da caprinocultura, com o acesso ao banco, ao pequeno crédito, com a assessoria do Sebrae e de técnicos da EBDA, pois temos técnicos muito importantes competentes e dedicados, com o tratamento diferenciado que tem sido dado pelo Banco do Brasil e o Banco do Nordeste, nós estamos conseguindo ampliar e melhorar o rebanho da caprinocultura trazendo os resultados imediatos ao acabar com o êxodo rural tanto para cidades maiores como o polo de Juazeiro e Petrolina como para fora do Estado em busca de melhores condições de vida dos estados do Sul, que antigamente era o “Sul Maravilha” hoje, o homem do campo, prefere ficar em nossa região. É claro e cristalino que esta política hoje adotada pelo governo Lula que ainda não se findou, Sr. Delfim Neto, ao contrário precisa ser ampliada e ter continuidade para se fazer o resgate desta dívida social que se tem para conosco aqui do Norte e Nordeste. A resposta é a agricultura irrigada. Bem recentemente na crise internacional que assolou o País neste ano, e que afetou fortemente a região onde nós temos a base econômica da agricultura irrigada, pois só no mercado produtor de Juazeiro, nós negociamos em torno de R$ 800 milhões/ano pesados na balança. Bem, fora o entorno do mercado que sai direto, se se contar com isso, é mais. Então, nós geramos hoje uma receita em torno de R$ 1,5 bilhão que é um fator significativo para a geração de emprego e renda. E se não fosse a ação imediata dos governadores da Bahia e de Pernambuco, respectivamente, por isso ganha-se a eleição hoje no primeiro turno Jaques Wagner e Eduardo Campos, a agricultura teria falido em nossa região. E, aí, 10 mil empregos se perderam à época, meu caro presidente, em nossa região. Foram 10 mil empregos com a crise. E com a chegada de recursos imediatos, dinheiro novo, é lógico, a dívida, e, aí, recuperou-se a irrigação, a agricultura e a fruticultura em nossa região. Já recuperamos os 10 mil empregos perdidos. Já não temos mais a condição de atender à demanda do mercado externo, porque caímos ainda e precisamos aumentar a produção ao que se produzia antes, uma vez que ainda não chegamos a este patamar. Mas já há a valorização das frutas produzidas no polo de Juazeiro e Petrolina através da irrigação para a distribuição nos mercados europeu, americano e japonês. Aí, é importante se ficar atento e nunca o Banco do Brasil e o Banco do Nordeste foram bancos de fomentos tanto quanto estão sendo agora. Por isso eu digo que esta política do presidente Lula tem de continuar. Não é um fim e um projeto novo. Precisa continuar sim. Nós estamos na expectativa da implantação de novo polo. Já se está com a Codevasf leiloando. Dos cinco mil hectares do Projeto Salitrão, para o pequeno, médio e grande produtor e vamos ter uma nova oxigenação da produção de frutas em nossa região. Hoje já há um estudo bastante avançado solicitado nos encontros que tivemos 13 em Juazeiro através da secretaria itinerante da Agricultura para que nós não fiquemos apenas exportando a fruta in natura, mas comecemos a industrializar. Vejam, se outras regiões que não são produtoras tanto quanto nós, eles industrializam o doce, o suco e a fruta cristalizada, então, este será o incremento que teremos na região. E, aí, sim, nós vamos ter, realmente, uma região independente. O dipolo de Juazeiro e Petrolina são irmãos, pois dividem-se apenas pelo rio São Francisco. É um quilômetro apenas. Construiu-se a ponte que eu a batizei de picolé, pois se fez a parte de Petrolina. Isso aconteceu graças à ação e à compreensão das forças políticas que militam na região. E, aí, foi um trabalho suprapartidário da Bancada federal da Bahia, dos senadores, em especial, do senador César Borges, do governador da Bahia, com o prestigio que tem com o presidente da República, que agora no dia 4 vamos fazer a duplicação da ponte Presidente Dutra, que liga o Norte ao Nordeste, particularmente a Bahia a Pernambuco e, mais particularmente ainda, Juazeiro a Petrolina. Não adiantava apenas fazer a duplicação da ponte, era preciso construir o anel viário, porque as grandes obras estavam no Sul Maravilha, eram projetos de governo anteriores. Mas o presidente Lula, quando esteve em Juazeiro, disse que, da mesma maneira que ele atravessou aquela ponte num pau-de-arara, iria atravessar a pé e não poderia entregar o governo sem a duplicação da ponte. E foi mais além, estão empenhados 30 milhões de reais para o anel viário de Juazeiro, que vai custar em torno de 100 milhões, o projeto está pronto e, com certeza, quando concluirmos a ponte, em 10 meses, os acessos viários a essa ponte Presidente Dutra estarão completos, transformando radicalmente a face da nossa querida Juazeiro, Sr. Presidente. Portanto, eu acho que a política do presidente Lula de ver o Nordeste com os olhos diferentes tem que realmente ter continuidade, não se encerrou como queria se encerrar e como na fala, na entrevista, do respeitado paulista, ex-ministro, Sr. Delfin Neto. Sr. Presidente, para concluir, entendemos que nós nordestinos temos o dever de dar sequência a isso, elegendo a pré-candidata e futura candidata a presidente da República, Dilma Roussef, para dar sequência a essa política do presidente Lula. Nós nordestinos não vamos aceitar que essa política seja interrompida abruptamente. Por isso entendo que deverá ter essa continuidade. Os programas sociais, deputado Álvaro Gomes, V.Exª que milita nessa área, é um expert, sempre defendeu dentro do seu projeto político, transformaram a nossa região. Só aqueles que não querem enxergar é que não veem isso. Entendo que cada governo contribui com a sua parcela. Eu nunca entendi que nenhum governo não queira fazer o melhor, vai depender das condições para se fazer o melhor. Eu acho que, quando se faz um comparativo de um governo com outro, tem que se ter muito cuidado nessas comparações, porque cada circunstância, cada tempo, é um tempo e uma circunstância diferentes. O governo Wagner, e aí eu vou mais particularmente ao governo de Juazeiro, teve um ano difícil, em que, segundo os números das revistas econômicas dos 14 próprios governos, salvo engano, o governo federal perdeu em arrecadação 700 bilhões de reais. O governo estadual perdeu 700 milhões de reais. Claro que isso tem repercussão nas ações do governo, na educação, na saúde e na segurança. Mas, mesmo assim, não entramos em crise, Sr. Presidente. Mesmo assim, a superamos e, hoje, não tenho dúvida nenhuma de que a arrecadação melhorou, as ações do governo melhoraram. Cobrei inúmeras vezes desta tribuna, porque é o meu dever, independentemente da questão político-partidária, de estar ou não no governo ou na Oposição, o que eu chamava de triângulo do abandono, o trecho que eu represento aqui nesta Casa há mais de 20 anos como deputado. E a demanda reprimida ainda é muito grande, principalmente na questão das estradas de Campo Alegre, Pilão Arcado e Remanso. Mas, agora, essa dívida que o Estado e a União têm para com a nossa região, e aí incluo também Uauá, estão sendo pagas, porque uma cidade histórica como Uauá, uma cidade que tem tradição, uma cidade na qual tivemos e temos um prefeito que luta e está todo dia a revindicar do poder público estadual e federal ações para que venha solucionar problemas cruciais, e neste governo, dois grandes problemas, um já resolvido, a questão da água para consumo humano. Uauá era a única cidade da região que não tinha estrada de asfalto para os grandes centros. Hoje, no valor de 112 milhões de reais, está-se fazendo a que liga o município ao Estado de Sergipe, tornando o acesso asfáltico aquele centro mais desenvolvido do que a nossa querida cidade baiana. O trecho Remanso/Casa Nova, não só eu, mas outros deputados que representam aquele região também estavam aqui a solicitar de há muito, pois não foi concluída no governo anterior a estrada da divisa de Casa Nova com Pernambuco até a minha querida cidade de Remanso, que tem à frente um grande prefeito, Zé Filho, já reeleito devido a um excelente trabalho regional. Então a licitação está em andamento com os recursos assegurados. E acredito eu, aliás, com certeza posso dizer que, depois da vinda do deputado federal hoje secretário de Estado João Leão, veio um novo ânimo em relação àquela região. Portanto, com as verbas já asseguradas, a licitação na praça e o edital já comprado por inúmeras empresas, no fim de janeiro, se não houver empecilho de contestação da licitação, poderemos começar a rodovia para pagar essa dívida social muito grande com o município de Remanso. Também a questão de Pilão Arcado, uma estrada feita ainda com a reivindicação do ex-presidente desta Casa deputado Antonio Honorato e melhorias solicitadas por nós. Mesmo assim ela se acabou, deputado Álvaro Gomes, porque era realmente uma via duma qualidade que deixava muito a desejar. Mas agora está sendo feita novamente, e a população volta a acreditar no governo. Não tenho dúvida de que essa dívida social igualmente já está sendo paga. Agora faço um apelo, se estiver me assistindo - agora deve estar em audiência -, ao vice-prefeito de Remanso, ex-secretário da Saúde e grande cirurgião daquela região, Dr. Celso Castro, pois houve uma modificação, deputado Reinaldo Braga, V.Exª que também representa aqueles municípios e tem profundas amizades ali, na 15 questão da velha AIH, a Autorização de Internamento Hospitalar, que reduziram drasticamente. Remanso é um município diferenciado porque para lá converge parte do Piauí, que o senhor conhece tão bem quanto eu, assim como conhece XiqueXique. Hoje, em Remanso, nós temos duas grandes casas de saúde: uma do Dr. Carlos Ribeiro e a outra do Dr. Pedro Almeida, todos dois colegas nossos, amigos que investiram muito em médicos de alta qualidade. Mas com essa redução o pessoal de Campo Alegre, Pilão Arcado, Casa Nova, do Piauí e de Pernambuco igualmente converge para lá. Então, apelo também ao Sr. Secretário Jorge Solla para atender a essas reivindicações que são mais do que justas, não reduzindo tanto quanto se pretende as AIHs para aquela região. Mesmo com a construção do Hospital Regional de Juazeiro, um investimento já reconhecido por todos nós, importante e benéfico para toda a região, há questões que podem ser tratadas em Remanso. Não é preciso se deslocar. E é bom que seja assim, que não tenham de se deslocar para Juazeiro. Não pode um hospital hoje... A Medicina atualmente é cara, de alta complexidade, mas todos esses hospitais já o fazem, e muito bem, no interior do Estado... Mas é cara! Então, há a necessidade premente de uma atenção diferenciada àquela região e à cidade de Remanso, para onde converge o atendimento médico, e duma solução. O Sr. PRESIDENTE (Getúlio Ubiratan):- Para concluir, deputado. O Sr. PEDRO ALCÂNTARA:- Para concluir? Acho importante, eu deveria estar acompanhando essa comissão que está agora com o secretário da Saúde. Porém infelizmente, por não poder me ausentar aqui do Plenário, faço um apelo ao Sr. Secretário para olhar com bons olhos e ver como é que pode, dentro da pactuação que há, necessária ao avanço do processo... Enfim, que olhe com olhos diferentes dos da pactuação regional a cidade de Remanso porque, além dos dois hospitais que ali atendem, dos PSFs, das ações de saúde do Estado e das propriamente do município, essas clínicas conveniadas precisam realmente ter um tratamento mínimo necessário para continuarem funcionando. Portanto, Sr. Presidente, é por isso que hoje, com essas ações de governo no interior, deputado Álvaro, nós não estranhamos na pesquisa do DataFolha, que é incontestável, esse avanço na credibilidade do governador Jaques Wagner, o qual o coloca numa posição confortável, podendo até, se a eleição fosse hoje, vencer a eleição no primeiro turno. Sem nenhum demérito para os demais concorrentes, mas essa é uma realidade em razão da política conjunta do governo federal, do governo estadual e de municípios que atinge a base da sociedade, os mais necessitados e aqueles que precisam de uma ação política e de uma política pública mais adequada e imediata. Por isso, essa a resposta da sociedade em relação a qualquer pesquisa. Entendo que a tendência do governador é crescer, cada vez mais, em razão das obras que estão chegando, aquelas que não poderiam ser feitas em 1 ano ou 2 anos de governo. Tenho certeza que ano que vem concluiremos com êxito a administração do governador Jaques Wagner, dando-lhe a condição de ser reeleito. 16 Em relação a questão do funcionalismo público, da aquisição de mais funcionários, dependeremos da própria condição financeira do Estado. Muito obrigado, Sr. Presidente Srs. Deputados, pela tolerância. O Sr. PRESIDENTE (Getúlio Ubiratan):- Muito obrigado, deputado Pedro Alcântara. Aprendemos muito com as suas palavras, deputado. (Não foi revisto pelo orador.) O Sr. PRESIDENTE (Getúlio Ubiratan):- Com a palavra o nobre Líder do PMDB para falar ou indicar o orador pelo tempo de 9 minutos. O Sr. Gildásio Penedo Filho:- Não há orador. O Sr. PRESIDENTE (Getúlio Ubiratan):- Com a palavra o nobre Líder da Minoria ou do Democratas para falar ou indicar o orador pelo tempo de 9 minutos. O Sr. Paulo Azi:- Falarei por todo o tempo, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Getúlio Ubiratan):- Com a palavra o deputado Paulo Azi, pelo tempo de até 9 minutos. O Sr. PAULO AZI:- Sr. Presidente, Srs. Parlamentares, nada como um dia após o outro. Recordo-me muito bem do início dessa legislatura, no ano de 2007, quando diversos parlamentares da Base do Governo subiram a esta tribuna para justificar, naquela época, uma ação do secretário de saúde, o Sr. Jorge Solla, que se utilizando do argumento de que estaria cumprindo uma determinação do Ministério Público do Trabalho cancelava unilateralmente um contrato efetuado pelo governo anterior através de licitação pública com a COPAMED, uma cooperativa de médicos responsável pela prestação de serviços em diversos hospitais do Estado da Bahia. Dizia o secretário e os seus líderes que o governo representado por ele, naquela época e hoje, cumpriria todas as recomendações do Ministério Público e todas as decisões do Poder Judiciário. Nada como um dia após o outro, Srs. Parlamentares, é mais uma máscara que cai desse governo, que cai. A oposição, por diversas vezes, denunciava aos órgãos competentes e à sociedade baiana os diversos contratos irregulares que estavam sendo celebrados no âmbito da Secretaria de Saúde do Estado. Tanto o governo como os seus líderes fizeram ouvidos de mercador, não responderam aos questionamentos da oposição, nos obrigando a fazer uma representação no Ministério Público. Hoje, Srs. Parlamentares, o que nós observamos? O Ministério Público estadual,recomendando ao governo, dando prazo ao governo para que cancele esses contratos irregulares. O Ministério Público do Trabalho, o mesmo, deputado Luiz de Deus, que o governo sempre se apegou para justificar aquela ruptura contratual que tantos problemas causou à população do nosso Estado, o mesmo Ministério Público do Trabalho julga completamente irregular os diversos contratos que foram denunciados pela Oposição nesta Casa. E agora? Qual a resposta do secretário Solla e do governo da Bahia? Vão cumprir a recomendação do Ministério Público? Vão respeitar? Vão atender, como diziam que atenderiam e vão anular esses contratos eivados de irregularidades, de 17 suspeitas de superfaturamento, de apadrinhamento, de benefício da companheirada, dos amigos? Vamos aguardar, mas vamos cobrar, deputado Heraldo Rocha, Líder da Oposição nesta Casa. Vamos ver se esse governo tem o mínimo de coerência, se esse governo pelo menos se preocupa em honrar aquilo que fala. Não é possível que o governo espere que o Ministério Público acione na Justiça o Estado,e o Poder Judiciário venha determinar o cancelamento desses contratos, e aí, sim, culpar civil e criminalmente, deputado Luiz de Deus, os responsáveis pelo danos que estão sendo causados ao patrimônio público e à população do nosso Estado. Lá atrás, em 2007, não se preocuparam em deixar a população desassistida, não se incomodaram em ver os hospitais superlotados e as pessoas morrendo por falta de médicos. Na época, deputado Paulo Rangel, o discurso e a palavra do governo era de que estava cumprindo uma determinação do Ministério Público do Trabalho. Aguardamos, Srs. Parlamentares, que o governo, da mesma forma como fez no passado, venha agora manter, pelo menos, a coerência daquilo que diz e daquilo que faz. Muito obrigado, Sr. Presidente. (Não foi revisto pelo orador.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Com a palavra o Líder do PT para indicar orador pelo tempo de 9 minutos. Não há orador. ORDEM DO DIA. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Em segunda discussão e votação o projeto de lei nº 18.076/2009, de procedência do Tribunal de Justiça do Estado da Bahia, que altera o quadro funcional permanente instituído pela Lei Estadual nº 11.170, de 26 de agosto de 2008, extinguindo os cargos de motorista judiciário e de agente de segurança judiciária. SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 18.076/09 Altera o quadro funcional permanente, instituído pela Lei Estadual nº 11.170, de 26 de agosto de 2008, extinguindo os cargos de Motorista Judiciário e de Agente de Segurança Judiciária. A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DECRETA: 18 Art. 1º - Ficam extintos, à medida em que se vagarem, os cargos de Motorista Judiciário e de Agente de Segurança Judiciária, da carreira de Técnico Judiciário Área Administrativa, do quadro funcional permanente do Poder Judiciário do Estado da Bahia, no quanto previsto nos itens 21 e 23 do Anexo IV da Lei nº 11.170, de 26 de agosto de 2008. Art. 2º - Aos servidores atualmente ocupantes dos cargos de que trata o art. 1º desta Lei fica assegurada a aplicação do quando disposto no art. 28 da Lei nº 11.170/2008, não se aplicando aos mesmos, pela superviniência da situação legal ora instituída, a regra do parágrafo único do art. 34 da referida Lei. Art. 3º - Ao Anexo V da Lei nº 11.170/2008, ficam acrescidos os itens 2 e 3, com as nomenclaturas de Motorista Judiciário e de Agente de Segurança Judiciária, respectivamente. Art. 4º - Os cargos de Auxiliar de Contabilidade e Assistente Administrativo, constantes do Anexo IV da Lei nº 11.170/2008, de 26 de agosto de 2008, passam a ter a denominação, respectivamente, de Técnico em Contabilidade e Técnico em Administração. Art. 5º - Aplica-se aos servidores que se encontram à disposição do Poder Judiciário há pelo menos 10 (dez) anos, na data da vigência desta Lei, independentemente da natureza jurídica da entidade de origem, o direito à incorporação, para todos os fins, inclusive de aposentadoria, da gratificação de função prevista no art. 5º da Lei nº 6.355, de 30 de dezembro de 1991, ficando-lhes ainda assegurada a irredutibilidade dos vencimentos ou salários que percebem atualmente no Tribunal de Justiça, os quais servirão de base de cálculo para a incidência da gratificação aqui mencionada. Art. 6º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições contrárias. 19 Sala das Sessões, 02 de dezembro de 2009 Deputado Álvaro Gomes Relator O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Em votação. Os Srs. Deputados que aprovam, permaneçam como se encontram. (Pausa) Aprovado por unanimidade. O próximo é o projeto de lei nº 18.462, de autoria do Poder Executivo, que altera a estrutura remuneratória dos cargos, funções comissionadas e gratificadas, reajusta os vencimentos, soldos e gratificações dos cargos efetivos, cargos em comissão, funções comissionadas e gratificadas, proventos e pensões da administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo, na forma que indica, e dá outras providências. O Sr. Heraldo Rocha:- Para discutir. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- É no âmbito das comissões ainda, deputado. Vou designar para relatar a matéria o nobre deputado Euclides Fernandes, Líder do PDT. Tendo em vista que o deputado Euclides Fernandes está com problema de óculos, eu vou designar a deputada Eliana Boaventura para relatar a matéria do aumento dos servidores públicos. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Com a palavra a deputada Eliana Boaventura. A Srª ELIANA BOAVENTURA:- Sr. Presidente, Srs. Deputados, (lê) “Parecer das Comissões de Constituição e Justiça, Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviço Público, Defesa do Consumidor e Relações de Trabalho, e Finanças, Orçamento, Fiscalização e Controle, ao Projeto de Lei nº 18.462/2010, de autoria do Poder Executivo, o qual “Altera a estrutura remuneratória dos cargos, funções comissionadas e gratificadas, reajusta os vencimentos, soldos e gratificações dos cargos efetivos, dos cargos em comissão, funções comissionadas e gratificadas, proventos e pensões da Administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo, na forma que indica, e dá outras providências.” A proposição que ora venho relatar, por designação do Sr. Presidente da Mesa dos trabalhos desta Sessão Plenária, encaminhada à Assembleia Legislativa pelo Exmº Sr. Governador do Estado, propõe o reajuste dos vencimentos, soldos, gratificações, proventos e pensões dos servidores públicos ativos e inativos, da Administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo estadual. O projeto prevê reajuste da ordem de 4% sobre os vencimentos, soldos e gratificações dos cargos do Poder Executivo, “com vistas a garantir aos servidores 20 estaduais a manutenção do poder de compra”, segundo registra o Chefe do Executivo em sua Mensagem, ressaltando ainda que a proposição também tem por objetivo “alterar a estrutura remuneratória dos cargos das carreiras de nível médio que integram os Grupos Ocupacionais Artes e Cultura, Técnico-Administrativo e Técnico-Específico; dos cargos do Quadro Especial do CEPED, criado pelo art. 3º da Lei 8.631, de 12 de junho de 2003; do cargo de provimento temporário DAI-6; de cargos em comissão do Quadro do Magistério do Ensino Fundamental e Médio e da Função Gratificada FG-1 do Magistério Público Superior, com o intuito de alinhar todos os valores dos vencimentos básicos ao novo valor do salário mínimo nacional, a partir de 01 de janeiro de 2010”. Trata-se, portanto, de mais uma proposta do Governo da Bahia destinada a provocar a melhoria da remuneração dos servidores públicos estaduais. Ressalte-se que, ainda segundo a Mensagem Governamental, o impacto da medida ora proposta na folha de pagamentos do Estado será da ordem de R$ 334.276.433,00 para o exercício de 2010 e de R$ 336.665.548,00 para o exercício de 2011. O projeto recebeu 3 emendas, todas de autoria da Bancada da Minoria, as quais passo a analisar. A emenda nº 1 propõe alteração no parágrafo único do art. 13, reduzindo de 45 para 15 dias o prazo para divulgação, pela Secretaria da Administração, das tabelas dos vencimentos resultantes da aplicação do reajuste, especificando ainda que a divulgação deverá ocorrer através do Diário Oficial e por meios eletrônicos. Argumentam os Autores que a proposta objetiva a divulgação dos salários dos servidores, afirmando que um governo pautado no princípio da transparência não pode omitir estas informações. Opino pela rejeição da emenda. No que se refere à expressão “por meios eletrônicos e no Diário Oficial”, entendo que cabe ao Poder Executivo, analisando os critérios de economicidade, escolher o meio adequado para a divulgação das tabelas referidas no dispositivo. Com efeito, o princípio da transparência é atendido com a previsão de publicação dos valores dos reajustes concedidos através da proposição, cabendo à Secretaria da Administração escolher o meio de divulgação que atenda aos princípios da transparência e da economicidade, estando este último previsto no art. 70 da Constituição Federal e traduzindo o dever de eficiência do administrador na gestão do dinheiro público. Já a redução do prazo para a divulgação das tabelas de reajuste mencionadas no parágrafo único do art. 13, também não pode ser acolhida, porquanto o prazo de 45 dias previsto na redação original foi escolhido considerando o fato de que serão divulgadas pelos meios oficiais não só as tabelas atuais – após aplicação do reajuste – como também todas as tabelas já previstas em Leis anteriores que tratavam de reestruturação da remuneração das carreiras nos anos de 2010 e 2011. Assim, por mostrar-se exíguo o prazo de 15 (quinze) dias para a publicação dos valores previstos nas legislações que tratam da reestruturação da remuneração das carreiras nos anos de 2010 e 2011 – e não atender, portanto, à transparência objetivada pelo dispositivo do Projeto de Lei ora comentado – a emenda deve ser rejeitada. 21 A emenda nº 2 propõe acréscimo de um artigo ao projeto, assegurando aos servidores estaduais o direito ao abono de férias, que consiste em receber o pagamento do valor correspondente a 10 dias de suas férias, restando para gozo apenas 20 dias, sob o argumento de que a proposta objetiva compensar, em parte, a perda salarial que os servidores supostamente sofreriam com o reajuste previsto no projeto. Ocorre que o direito à conversão de 10 (dez) dias de férias em abono pecuniário, sugerido na emenda apresentada, gera aumento de despesa em projeto de lei de iniciativa do Governador, contrariando o disposto no art. 78, I, da Constituição do Estado, segundo o qual é vedada a aprovação de emenda que contenha aumento de despesa em projeto de iniciativa do Governador, entre os quais se inclui o projeto ora sob análise, conforme disposto no art. 77, incisos II e IV da Carta Estadual. Rejeito, portanto, esta emenda. A emenda nº 3 propõe acréscimo de dispositivo estabelecendo que, na hipótese de incremento da Receita Tributária do Estado nos seis primeiros meses de 2010, comparativamente ao mesmo período de 2009, serão reajustados os vencimentos, soldos e gratificações dos servidores da Administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo. A proposta encerra, também, aumento de despesa, em face do que opino pela rejeição da emenda, pelas mesmas razões apontadas na análise da emenda anterior. Por fim, no sentido de promover algumas alterações necessárias ao projeto, apresento, na condição de Relator, as seguintes emendas: Emenda de Relator nº 1: O art. 12 do Projeto de Lei nº 18.462/2009 passa a ter a redação a seguir indicada, sendo-lhe ainda acrescido o parágrafo único, na forma seguinte: “Art. 12 - Aplicar-se-á ainda o reajuste de 4% (quatro por cento) às seguintes gratificações: Gratificação por Competência – GPC, Gratificação por Atividade Policial – GAP, Gratificação de Atividade Jurídica – GAJ, Gratificação de Atividade de Polícia Judiciária – GAPJ, Gratificação de Incentivo ao Desempenho – GID, Gratificação de Serviços Penitenciários – GSP, Gratificação pela Execução de Serviços do Programa de Edificações Públicas – GEP, Gratificação de Suporte Técnico Universitário – GSTU, Gratificação pela Execução de Serviços do Programa de Transportes – GET e Gratificação pelo Exercício de Assistência em Procuradoria – GEAP. Parágrafo único – O reajuste previsto no caput deste artigo não se aplica às gratificações cujo valor resulte da aplicação de percentuais sobre o vencimento básico.” JUSTIFICATIVA: A presente emenda propõe a alteração da redação do dispositivo que se refere à aplicação do percentual de reajuste sobre as gratificações dos diversos Grupos Ocupacionais. Com a alteração, são listadas as gratificações sobre as quais incidirá o percentual de 4% de reajuste linear, e fica ressaltado que descabe a aplicação do reajuste sobre gratificações cujo valor resulte de aplicação de percentuais do vencimento básico, pois estas já serão automaticamente reajustadas quando reajustado o vencimento básico. 22 Cumpre salientar que a proposição não acarretará aumento de despesa, pois se trata apenas de alteração técnico-jurídica no texto para evitar interpretação distorcida na aplicação de percentuais sobre as gratificações. Emenda de Relator nº 2: O § 4º do art. 16 do Projeto de Lei nº 18.462/2009 passa a ter a seguinte redação: “Art. 16 - ........................... ........................................... § 4º - Aplicado o previsto no § 3º deste artigo e restando valor excedente para o servidor enquadrado no último nível da tabela de 40 horas da Gratificação por Competência – GPC, este valor será pago a título de Vantagem Pessoal e absorvido por ocasião de qualquer reajuste”. JUSTIFICATIVA: A presente emenda altera o dispositivo que trata da hipótese de opção pela percepção da Gratificação por Competência – GPC em vez da Gratificação Especial por Produtividade – GEP, que é a gratificação atualmente percebida pelos servidores das carreiras de Analista de Registro do Comércio e de Analista Técnico, lotados na Junta Comercial do Estado da Bahia, na AGERBA e no IBAMETRO. A mudança proposta é simples e prevê que, ao optar pela percepção da GPC, quando o novo enquadramento do servidor se der no último nível da tabela desta gratificação e, ainda assim, houver valor excedente, este será pago a título de Vantagem Pessoal, que será gradualmente absorvido nos reajustes lineares futuros. Assim, a presente proposição propõe apenas acrescentar a expressão “e absorvido por ocasião de qualquer reajuste” ao final do § 4º do artigo 16, com vistas a conferir tratamento similar ao dado às demais hipóteses em que há valor excedente em função de reenquadramento de servidores em nova tabela. A proposição não acarretará aumento de despesa, já que se refere apenas à absorção gradual do valor da Vantagem Pessoal à medida que ocorram reajustes nos exercícios seguintes. Emenda de Relator nº 3: Acrescente-se ao Projeto de Lei nº 18.462/2009 um artigo, que será o 11, renumerando-se os demais, com a seguinte redação: “Art. 11 – Fica incorporado ao vencimento básico do cargo de Professor, do Ensino Fundamental e Médio, Níveis 1 e 2, o valor do abono especial previsto na Lei nº 6.942, de 19 de março de 1996.” JUSTIFICATIVA: A presente emenda tem por objetivo incluir no projeto a previsão relativa à incorporação, no vencimento básico, do abono pecuniário percebido pelos professores nele especificados. Com esta incorporação de R$20,00 (vinte reais), fica assegurado que o valor do vencimento básico dos servidores previstos no dispositivo não será inferior ao do Salário Mínimo Nacional. O abono especial já compõe a remuneração dos beneficiários, de maneira que, com a presente emenda, não haverá alteração da quantia percebida por estes servidores, pois a modificação aqui pretendida resume-se à alocação, no vencimento básico, de uma importância já pertencente à sua remuneração, que antes correspondia à parcela 23 variável. Frise-se, também, que a proposição não acarretará aumento de despesas, uma vez que esta incorporação já está inserida no valor total da despesa prevista com reajuste para o ano de 2010, restando apenas a inserção da proposição no texto do Projeto de Lei. Ante o exposto, opino pela aprovação da proposição ora relatada com as modificações decorrentes das emendas de Relator. É o parecer, s.m.j. Sala das Sessões, 22 de dezembro de 2009.” É o parecer, Sr. Presidente. (Não foi revisto pelo orador.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Em votação. O Sr. Heraldo Rocha:- Sr. Presidente, questão de ordem. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Questão de ordem do nobre Líder, deputado Heraldo Rocha. O Sr. Heraldo Rocha:- Sr. Presidente, solicito a V.Exª uma verificação de quórum de votação. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- No âmbito das comissões, não é isso, deputado? O Sr. Heraldo Rocha:- No âmbito das comissões. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Pois não. No âmbito das comissões. Portanto vamos chamar no âmbito das comissões. O Sr. Waldenor Pereira:- Sr. Presidente, questão de ordem. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Questão de ordem do deputado Waldenor Pereira. O Sr. Waldenor Pereira:- Sr. Presidente, tendo em vista a iniciativa do deputado Heraldo Rocha, na condição de Líder da Maioria nesta Casa, quero convidar, convocar os colegas deputados e deputadas, membros das comissões envolvidas nesse projeto, que são as comissões de Constituição e Justiça, Educação e Serviços Públicos e Finanças para, imediatamente, se deslocarem até o plenário desta Casa Legislativa, pois há uma solicitação de verificação de quórum de votação no âmbito das comissões. É urgente, indispensável, necessário que os colegas que se encontram em seus gabinetes, nas demais dependências desta Casa Legislativa, que possam se deslocar imediatamente para o Plenário, pois há uma solicitação de verificação de quórum de votação. Necessitamos das presenças dos colegas, deputados e deputadas, que compõem as Comissões de Constituição e Justiça, Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviço Público, Finanças, Orçamento, Fiscalização e Controle para imediatamente se deslocarem até o Plenário. Estamos apreciando o Projeto de Reajuste do Servidor Público do Estado da Bahia, e é urgente e necessário que os colegas se desloquem até Plenário desta Casa Legislativa, pois há uma solicitação de verificação de quórum de votação. Srs. Deputados, Srªs Deputadas, membros das Comissões de Constituição e 24 Justiça; Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviço Público; Finanças, Orçamento, Fiscalização e Controle... O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- E também a Comissão de Defesa do Consumidor e Relações de Trabalho. O Sr. Waldenor Pereira:- O Presidente chama a atenção, com relação aos membros da Comissão de Defesa do Consumidor e Relações de Trabalho, para que também se desloque imediatamente para o Plenário, há um pedido de verificação de quórum de votação. Estão presentes vários colegas deputados e deputadas que são membros dessas Comissões, por isso convoco os colegas, e os que estão no Plenário não devem sair, deputado Zé Neto. Portanto, Sr. Presidente, solicito de V.Exª que possa estabelecer o prazo de 15 minutos, para que nós possamos recompor, reconstituir o quórum de votação no âmbito das Comissões. Srs. Deputados e Srªs Deputadas que se encontram em seus gabinetes, está faltando aqui a presença do deputado Yulo Oiticica, é importante que ele apareça imediatamente com os demais membros das referidas comissões. Peço a V.Exª, Sr. Presidente, que estabeleça o tempo de 15 minutos de prazo e que possa fazer soar as campainhas e nos ajudar na convocação dos membros das Comissões. Muito obrigado, esta é a nossa questão de ordem. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- V.Exª será atendido. Srs. Deputados que estão nos gabinetes, no Salão Deputado Nestor Duarte, no cafezinho, na biblioteca ou acessando o o site: www.deputadoheraldorocha, como também o do deputado Waldenor Pereira e do deputado Pedro Alcântara, venham para o Plenário. Quórum de votação no âmbito das Comissões. (O Sr. Presidente faz soas as campainhas.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Marque 15 minutos. (O Sr. Presidente faz a chamada nominal no âmbito das Comissões.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Havendo quórum, em votação. Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa) Aprovado, no âmbito das Comissões, à unanimidade dos presentes. Em discussão única e votação o Projeto de Lei nº 18.462/2009. SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 18.462/09 Altera a estrutura remuneratória dos cargos, funções comissionadas e gratificadas, reajusta os vencimentos, soldos e gratificações dos cargos efetivos, cargos em comissão, funções comissionadas e gratificadas, proventos e pensões da Administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo, na forma que indica, e dá outras providências. 25 A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DECRETA: Art. 1º - A Gratificação por Competência – GPC – atribuída aos ocupantes dos cargos das carreiras de Técnico em Assuntos Culturais, Técnico Cinematográfico, Técnico de Palco, Técnico de Produção e Técnico em Restauração, do Grupo Ocupacional Artes e Cultura, passa a ter os seus valores fixados na forma do Anexo I desta Lei. Parágrafo único - A diferença entre os valores atualmente percebidos e os fixados na forma do caput deste artigo será incorporada ao vencimento básico dos cargos das carreiras mencionadas, conforme Anexo I desta Lei. Art. 2º - Ficam alterados os vencimentos básicos dos cargos das carreiras de Montador de Orquestra e Projecionista, integrantes do Quadro Especial do Grupo Ocupacional Artes e Cultura, na forma do Anexo I desta Lei. Art. 3º - Os vencimentos básicos dos cargos em comissão de Secretário Escolar, símbolos SP e SM, e de Vice Diretor, símbolos VP 1 e VP 2, integrantes do Quadro do Magistério do Ensino Fundamental e Médio, passam a ser os constantes do Anexo II. § 1º - O valor correspondente à diferença entre o vencimento básico previsto no Anexo II desta Lei e o atualmente percebido pelos ocupantes dos cargos de que trata o caput deste artigo será subtraído do valor recebido a título de Gratificação por Condições Especiais de Trabalho – CET. § 2º - O Conselho de Política de Recursos Humanos – COPE – expedirá ato declaratório dos novos percentuais da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho – CET – referentes aos cargos indicados no caput deste artigo, que resultarão da aplicação do disposto no § 1º deste artigo. Art. 4º - Os vencimentos básicos dos cargos das carreiras de Auxiliar Administrativo e Técnico Administrativo, do Grupo Ocupacional TécnicoAdministrativo, passam a ser os constantes do Anexo III desta Lei. § 1º - O valor correspondente à diferença entre o vencimento básico previsto no Anexo III desta Lei e o atualmente percebido pelos ocupantes dos cargos 26 das carreiras de que trata o caput deste artigo será subtraído do valor recebido a título de Gratificação por Condições Especiais de Trabalho – CET. § 2º - O Conselho de Política de Recursos Humanos – COPE – expedirá ato declaratório dos novos percentuais da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho – CET – referentes aos cargos do Grupo Ocupacional TécnicoAdministrativo, que resultarão da aplicação do disposto no § 1º deste artigo. Art. 5º - Os vencimentos básicos dos cargos das carreiras de Técnico em Registro de Comércio, Técnico em Infra-Estrutura de Transportes, Técnico em Radiodifusão, Técnico Auxiliar de Nutrição e Dietética, Assistente de Serviço Social e Assistente de Serviço de Saúde, do Grupo Ocupacional Técnico-Específico, passam a ser os constantes do Anexo IV desta Lei. § 1º - O valor correspondente à diferença entre o vencimento básico previsto no Anexo IV desta Lei e o atualmente percebido pelos ocupantes dos cargos das carreiras de que trata o caput deste artigo será subtraído do valor recebido a título de Gratificação pela Execução de Serviços do Programa de Edificações Públicas do Estado da Bahia – GEP – ou de Gratificação pela Execução de Serviços do Programa de Transportes – GET –, conforme o caso. § 2º - Ficam alterados os valores da Gratificação pela Execução de Serviços do Programa de Edificações Públicas do Estado da Bahia – GEP – e da Gratificação pela Execução de Serviços do Programa de Transportes – GET –, na forma do Anexo IV desta Lei. Art. 6º - Os vencimentos básicos dos cargos da carreira de Técnico Universitário, do Grupo Ocupacional Técnico-Específico, passam a ser os constantes do Anexo IV desta Lei. § 1º - O valor correspondente à diferença entre o vencimento básico previsto no Anexo IV desta Lei e o atualmente percebido pelos ocupantes dos cargos da carreira de que trata o caput deste artigo será subtraído do valor recebido a título de Gratificação de Suporte Técnico Universitário – GSTU. § 2º - Após as incorporações de que trata o caput deste artigo, os valores da Gratificação de Suporte Técnico Universitário – GSTU – correspondentes aos cargos da carreira de Técnico Universitário com jornadas de 30 e 40 horas, previstos nas tabelas referentes à 01 de janeiro de 2010, do Anexo I-A da Lei nº 11.375, de 05 de fevereiro de 2009, passam a ser os constantes do Anexo IV desta Lei. Art. 7º - Passa a ser de R$ 490,58 (quatrocentos e noventa reais e cinqüenta e oito centavos) o valor do vencimento básico dos cargos do Quadro 27 Especial criado pelo art. 3º da Lei nº 8.631, de 12 de junho de 2003, atualmente fixados em R$ 465,00 (quatrocentos e sessenta e cinco reais) e R$ 470,66 (quatrocentos e setenta reais e sessenta e seis centavos). Art. 8º - O valor do símbolo do cargo de provimento temporário de Direção e Assessoramento Intermediário – DAI-6 – passa a ser de R$ 490,58 (quatrocentos e noventa reais e cinqüenta e oito centavos). Art. 9º - O valor do vencimento básico da Função Gratificada FG-1 do Magistério Público Superior passa a ser de R$ 490,58 (quatrocentos e noventa reais e cinqüenta e oito centavos). Art. 10 - O valor do vencimento básico dos cargos das Carreiras do Nível de Apoio – NA – , do Quadro Especial das Universidades, passa a ser de R$ 490,58 (quatrocentos e noventa reais e cinqüenta e oito centavos). § 1º - O valor correspondente à diferença entre o vencimento básico previsto no caput deste artigo e o atualmente percebido pelos ocupantes dos cargos será subtraído do valor recebido a título de Gratificação por Condições Especiais de Trabalho – CET. § 2º - O Conselho de Política de Recursos Humanos – COPE – expedirá ato declaratório dos novos percentuais da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho – CET – referentes aos cargos indicados no caput deste artigo, que resultarão da aplicação do disposto no § 1º deste artigo. Art. 11 - Fica incorporado ao vencimento básico do cargo de Professor do Ensino Fundamental e Médio, níveis 1 e 2, o valor do abono especial previsto na Lei nº 6.942, de 19 de março de 1996. Art. 12 - Ficam reajustados em 4% (quatro por cento) os vencimentos e soldos dos cargos das carreiras dos Grupos Ocupacionais Artes e Cultura, Comunicação Social, Educação, Fiscalização e Regulação, Fisco, Gestão Pública, Obras Públicas, Serviços de Apoio Técnico-Administrativo da PGE, Serviços Públicos de Saúde, Segurança Pública, Serviços Penitenciários, TécnicoAdministrativo, Técnico-Específico e Técnico-Jurídico, bem como da carreira de Especialista em Produção de Informações Econômicas, Sociais e Geoambientais, das Funções Comissionadas, das Funções Gratificadas e dos Cargos em Comissão da Administração direta, autárquica e fundacional do Poder Executivo Estadual. Art. 13 - Aplicar-se-á ainda o reajuste de 4% (quatro por cento) às seguintes gratificações: Gratificações por Competência – GPC, Gratificação por 28 Atividade Policial – GAP, Gratificação de Atividade Jurídica – GAJ, Gratificação de Atividade de Polícia Judiciária - GAPJ, Gratificação de Incentivo ao Desempenho – GID, Gratificação de Serviços Peninteciários – GSP, Gratificação pela Execução de Serviços do Programa de Edificações Públicas – GEP; Gratificação de Suporte Técnico Universitário – GSTU, Gratificação pela Execução de Serviços do Programa de Transportes – GET e Gratificação pelo Exercício de Assistência em Procuradoria – GEAP. Parágrafo único – O reajuste previsto no caput deste artigo não se aplica às gratificações cujo valor resulte da aplicação de percentuais sobre o vencimento básico. Art. 14 - Os reajustes previstos nos artigos 11 e 12 desta Lei incidirão sobre os valores dos vencimentos, soldos e gratificações vigentes em 01 de janeiro de 2010, bem como sobre os já fixados em Lei para vigência futura. Parágrafo único - A Secretaria da Administração divulgará as tabelas com os valores referidos no caput deste artigo que resultarem da aplicação dos percentuais de reajuste previstos nesta Lei, com suas respectivas vigências, no prazo de 45 (quarenta e cinco) dias, a contar da sua publicação. Art. 15 - Os proventos de inatividade e as pensões que tenham sido fixados com base nos vencimentos e soldos dos cargos das carreiras mencionadas nesta Lei serão revistos na mesma proporção e condições previstas para os servidores em atividade, não podendo resultar valores superiores aos concedidos ao servidor ativo em igual situação. Art. 16 - Os proventos de aposentadoria e as pensões que tenham sido fixados na forma prescrita no art. 40, § 3º, da Constituição Federal, com as alterações decorrentes da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003, serão reajustados no exercício de 2010, na mesma época e índices estabelecidos pelo Ministério da Previdência Social aos benefícios do Regime Geral de Previdência Social. Art. 17 - Os ocupantes dos cargos de Analista de Registro do Comércio, do Grupo Ocupacional Técnico-Específico, e de Analista Técnico, do Grupo Ocupacional Técnico-administrativo, com lotação na Junta Comercial do Estado da Bahia, na AGERBA e no IBAMETRO, submetidos ao regime de 40 (quarenta) horas, que percebam a Gratificação Especial por Produtividade – GEP –, poderão optar, de forma irretratável, pela percepção da Gratificação por Competência – GPC –, cujos valores são os definidos nas tabelas do Anexo I da Lei nº 11.374, de 05 de fevereiro de 2009, após aplicação dos reajustes lineares devidos. 29 § 1º - Feita a opção pela Gratificação por Competência – GPC –, na forma do caput deste artigo, a remuneração individual resultante não poderá ser inferior à remuneração individual percebida pelo servidor em dezembro de 2009, entendida esta como o valor do vencimento do cargo efetivo acrescido do valor da referência da Gratificação Especial por Produtividade – GEP. § 2º - Para os servidores que percebam a vantagem da estabilidade econômica pela diferença do símbolo, na forma do art. 92 da Lei nº 6.677, de 26 de setembro de 1994, a remuneração individual resultante da opção de que trata este artigo não poderá ser inferior à remuneração individual percebida em dezembro de 2009, entendida esta como o valor do vencimento acrescido da Gratificação Especial por Produtividade – GEP – e do valor da diferença do símbolo. § 3º - Se do comparativo entre a remuneração resultante e a percebida em dezembro de 2009, nas hipóteses previstas nos §§ 1º e 2º deste artigo, resultar indicação de Classe superior à ocupada pelo servidor, proceder-se-á ao enquadramento na Classe cujo vencimento, acrescido da Gratificação por Competência – GPC – e, quando couber, do valor percebido a título de estabilidade econômica, seja igual ou imediatamente superior à composição da sua remuneração. § 4º - Aplicado o previsto no § 3º deste artigo e restando valor excedente para o servidor enquadrado no último nível da tabela de 40 horas da Gratificação por Competência – GPC, este valor será pago a título de vantagem pessoal e absorvido por ocasião de qualquer reajuste. § 5º - Para efeito dos afastamentos decorrentes de licença-prêmio, bem como para incorporação aos proventos de aposentadoria, somam-se indistintamente os períodos de percepção da Gratificação Especial por Produtividade – GEP – e da Gratificação por Competência – GPC. Art. 18 - O caput do art. 22 da Lei nº 11.373, de 05 de fevereiro de 2009, passa a vigorar com a seguinte redação: “ Art. 22 - Somam-se indistintamente os períodos de percepção da Gratificação de Incentivo ao Desempenho – GID – aos da Gratificação de Incentivo à Melhoria da Qualidade da Assistência Médica – GIQ –, da Gratificação pelo Exercício em Unidade Hospitalar – GEUH –, da Gratificação em Serviço de Infectologia – GSI – e da Gratificação por Competência – GPC –, para efeito de sua percepção nos afastamentos decorrentes de licença-prêmio e exercício de mandato eletivo em entidade de classe 30 devidamente reconhecida, bem como para fins de incorporação da vantagem aos proventos de aposentadoria.” Art. 19 - O art. 25 da Lei nº 11.373, de 05 de fevereiro de 2009, passa a vigorar com a seguinte redação: “ Art. 25 - Os vencimentos básicos dos cargos das carreiras integrantes do Grupo Ocupacional Serviços Públicos de Saúde serão majorados em 1º de outubro de 2009, 1º de outubro de 2010 e 1º de outubro de 2011, em 6% (seis por cento) ao ano. § 1º - Os valores correspondentes aos acréscimos feitos nos vencimentos básicos serão subtraídos da Gratificação de Incentivo ao Desempenho – GID. § 2º - Para os servidores que percebam a vantagem da estabilidade econômica pela diferença do símbolo, na forma do art. 92 da Lei nº 6.677, de 26 de setembro de 1994, a remuneração individual resultante das incorporações previstas neste artigo não poderá ser inferior à percebida em setembro de 2009, setembro de 2010 e setembro de 2011. § 3º - Na hipótese da remuneração individual resultante ser inferior à percebida nas datas previstas no § 2º deste artigo, a complementação do valor será paga a título de Diferença de Estabilidade, sendo este valor absorvido por ocasião de qualquer reajuste do símbolo em que o servidor esteja estabilizado. § 4º - Entende-se por remuneração individual a soma do vencimento com os valores da diferença do símbolo e da Gratificação de Incentivo ao Desempenho – GID.” Art. 20 - As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão à conta dos recursos orçamentários próprios, ficando o Poder Executivo autorizado a promover as alterações que se fizerem necessárias. Art. 21 - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos financeiros a partir de 1º de janeiro de 2010. Sala das Sessões, 22 de dezembro de 2009 31 Deputada Eliana Boaventura Relatora ANEXO I GRUPO OCUPACIONAL ARTES E CULTURA TABELA DE VENCIMENTOS (EM R$) Vigência a partir de 01/01/2010 CARGO TÉCNICO EM ASSUNTOS CULTURAIS TÉCNICO CINEMATOGRÁFICO TÉCNICO DE PALCO TÉCNICO DE PRODUÇÃO TÉCNICO EM RESTAURAÇÃO CLASSE VENCIMENTO I 496,15 II III IV 540,34 553,80 594,97 GPC - GRATIFICAÇÃO POR COMPETÊNCIA (EM R$) Vigência a partir de 01/01/2010 CLASSE NÍVEL 1 2 3 I 30 h 40 h 201,01 296,94 233,89 333,40 264,05 373,53 II 30 h 40 h 287,56 406,83 323,69 454,85 363,44 507,73 III 30 h 372,50 417,30 466,60 32 IV 40 h 520,35 579,95 645,51 30 h 40 h 501,24 693,47 559,48 770,95 623,56 856,15 TABELA DE VENCIMENTO DO QUADRO ESPECIAL (EM R$) Vigência a partir de 01/01/2010 CARGO VENCIMENTO MONTADOR DE ORQUESTRA PROJECIONISTA 496,15 ANEXO II GRUPO OCUPACIONAL EDUCAÇÃO TABELA DE VENCIMENTOS (EM R$) CARGOS EM COMISSÃO MAGISTÉRIO DO ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO Vigência a partir de 01/01/2010 CARGO SECRETÁRIO SÍMBOLO NÍVEL VENCIMENTO SP SM - 490,55 540,88 1 2 515,09 540,88 VICE-DIRETOR ANEXO III GRUPO OCUPACIONAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO TABELA DE VENCIMENTOS (EM R$) AUXILIAR ADMINISTRATIVO Vigência a partir de 01/01/2010 33 CLASSE VENCIMENTO I 490,58 II 515,12 TABELA DE VENCIMENTOS (EM R$) TÉCNICO ADMINISTRATIVO Vigência a partir de 01/01/2010 CLASSE VENCIMENTO I 496,15 II 540,34 III 553,80 IV 594,97 ANEXO IV GRUPO OCUPACIONAL TÉCNICO ESPECÍFICO TABELA DE VENCIMENTOS (EM R$) Vigência a partir de 01/01/2010 CARGO CLASSE VENCIMENTO TÉCNICO EM INFRA-ESTRUTURA DE TRANSPORTES TÉCNICO AUXILIAR EM NUTRIÇÃO E DIETÉTICA ASSISTENTE DE SERVIÇO SOCIAL ASSISTENTE DE SERVIÇO DE SAÚDE TÉCNICO DE RADIODIFUSÃO TÉCNICO DE REGISTRO DO COMÉRCIO I 496,15 II 540,34 III 553,80 IV 594,97 34 GRATIFICAÇÃO PELA EXECUÇÃO DE SERVIÇOS DO PROGRAMA DE EDIFICAÇÕES PÚBLICAS DO ESTADO DA BAHIA (GEP - SUCAB) Vigência a partir de 01/01/2010 GEP (EM R$) NÍVEL I II 1 373,62 462,28 2 864,01 1.050,73 III 569,78 1.275,18 GRATIFICAÇÃO PELA EXECUÇÃO DE SERVIÇOS DO PROGRAMA DE TRANSPORTES (GET – DERBA) Vigência a partir de 01/01/2010 GET (EM R$) NÍVEL I II 1 373,62 462,28 2 864,01 1.050,73 III 569,78 1.275,18 TÉCNICO UNIVERSITÁRIO TABELA DE VENCIMENTOS (em R$) Vigência a partir de 01/01/2010 GRAU VENCIMENTO I II 495,68 537,33 III 550,02 IV 588,82 TÉCNICO UNIVERSITÁRIO GRATIFICAÇÃO DE SUPORTE TÉCNICO UNIVERSITÁRIO - GSTU Vigência a partir de 01/01/2010 30 horas 35 GRAU 1 GSTU (em R$) 2 3 I 371,94 444,54 523,31 II 562,11 648,98 III 825,13 927,26 1.037,05 IV 1.108,39 1.226,26 1.352,38 742,29 TÉCNICO UNIVERSITÁRIO GRATIFICAÇÃO DE SUPORTE TÉCNICO UNIVERSITÁRIO - GSTU Vigência a partir de 01/01/2010 40 horas GRAU 1 GSTU (em R$) 2 3 I 657,41 755,42 861,76 II 930,07 1.047,46 III 1.289,93 1.427,92 1.576,27 IV 1.686,31 1.845,57 2.015,97 1.174,25 O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Para discutir, com a palavra o deputado Paulo Azi, pelo tempo de até 20 minutos. (Pausa) Por permuta, com a palavra o deputado Clóvis Ferraz, presidente da Unale. O Sr. CLÓVIS FERRAZ:- Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srªs Deputadas, Srs. e Srªs da Imprensa, Srs. e Srªs das Galerias Paulo Jackson, no momento em que se está discutindo o projeto de reajuste dos servidores do Estado da Bahia, das diversas categorias, não há nenhuma categoria que esteja satisfeita com esta proposta do governo do Estado. É uma proposta que não atende aos anseios da categoria visto que é um reajuste linear de 4% que mal repõe a inflação. E, sabemos muito bem que os dados apresentados pelo governo não refletem a realidade... A Srª Eliana Boaventura:- Pela ordem, Sr. Presidente. (Tumulto no Plenário.) O Sr. PRESIDENTE (Euclides Fernandes):- Nobre deputado Clóvis Ferraz, a palavra está com V.Exª. O Sr. CLÓVIS FERRAZ:- Sr. Presidente, serenados os ânimos... 36 O Sr. PRESIDENTE (Euclides Fernandes):- Srs. Deputados, há um orador na tribuna. O Sr. CLÓVIS FERRAZ:- Sr. Presidente, eu gostaria de continuar a discussão. Nobre presidente, queria que V.Exª assegurasse a minha palavra. (…) Sr. Presidente, Srs. Deputados, como dizia anteriormente, infelizmente, o governador não teve a sensibilidade de atender... O Sr. PRESIDENTE (Euclides Fernandes):- Deputado Fernando Torres, existe um orador na tribuna. O Sr. CLÓVIS FERRAZ:- (…) O governador não teve a sensibilidade de atender aos anseios do funcionalismo público. Mandou a Mensagem para esta Assembleia propondo um aumento de 4% - linear - para todas as categorias, e não repõe a inflação. Aliás, repõe o que se chama inflação oficial, porque, na realidade, a população, quando vai ao supermercado, às compras, quando vai pagar a escola do filho, quando vai à farmácia, sabe muito bem que a inflação está muito acima dos dados oficiais. Então, era de se esperar que na Mensagem do governador, encaminhada a esta Casa Legislativa, pelo menos constasse um aumento real para o funcionalismo. Na Mensagem justifica que a inflação já foi reposta nos diversos planos de reajustes anteriores e também nos Planos de Cargos e Salários anteriormente votados aqui. Mas isso não é verdade, porque estamos recebendo das diversas categorias de funcionários públicos mostrando que há uma defasagem salarial e precisa ser corrigida o que não acontece nesta proposta de aumento do governo do Estado. Infelizmente, não houve sensibilidade por parte da Bancada de governo para que se acatasse as emendas propostas pela Oposição para que houvesse uma reposição salarial justa com ganho real para o funcionalismo público. Esta é a realidade. O governo tem maioria na Casa, portanto, tem como votar esta Mensagem de aumento como está sendo proposta pelo governo. A nós da Oposição cabe aqui discutir, propor as emendas e apelar para a sensibilidade da Bancada de Governo para que atenda aos reclamos do funcionalismo. Esperamos e ainda há tempo para que se reverta este quadro e que haja um entendimento às nossas reivindicações, mas não parece que haverá esta sensibilidade por parte da Bancada de Governo e por parte dos Líderes de governo aqui nesta Casa. Por isto, Sr. Presidente, é que nós vamos votar contra esse reajuste que não repõe as perdas salariais do funcionalismo. A nós da Oposição cabe exatamente este papel. O governador Jaques Wagner fez sua campanha com o contracheque do servidor público dizendo que iria repor todas as perdas salariais ocorrida ao longo do tempo, que iria tratar o funcionalismo público a pão- de- ló como se diz lá no interior, mas não tem acontecido ao longo desses três anos deste governo o cumprimento da palavra dada nos comícios de campanha. E o que estamos vendo, como aqui mesmo temos a categoria de policiais militares, em que o governo tira da Gape e coloca no salário ou seja tira com uma mão e coloca com a outra. Na verdade não está havendo ganho nenhum por parte dos policiais militares, apenas está fazendo uma substituição 37 de uma remuneração uma outra só mudando de nome. Temos diversos policiais civis formados que não foram nomeados até agora, estão aqui se mantendo em vigília na Assembleia Legislativa, vigília de greve de fome e não há nenhuma sensibilidade por parte do governo para que se contrate esses policiais civis. Temos visto em todo o Estado, o aumento do índice de violência ao longo destes três anos, e não se contratam os policiais civis, não se nomeiam todos os delegados, para que todo município, toda sede municipal, tenha um delegado para o atendimento. Não se nomeiam os agentes policiais para que também possam, junto com esses delegados, estar nas sedes municipais atendendo à população. Vem o governo e não dá o aumento necessário para repor as perdas salarias, apenas dá o aumento linear de 4%, que não cobre a inflação, porque a inflação oficial é de 4,3%, e o governo está dando o aumento de 4% linear. E esses 4,3%, deputado Paulo Azi, nós sabemos que, na realidade, não é a inflação real, a inflação está muito maior, porque o pai de família sabe de quanto é a verdadeira inflação, a mãe de família sabe, como disse aqui o deputado Gilberto Brito, quando vai ao supermercado, quando vai à farmácia, quando vai pagar a escola do filho, enfim, todos sabem que a inflação não é essa, não é deputado Gilberto Brito? Mas o governo não teve a sensibilidade de dar um aumento real para repor as perdas salariais. Infelizmente essa é a realidade, por isso nós vamos votar contra esse projeto, essa mensagem de aumento do governador Jaques Wagner, que não repõe todas as perdas salariais. Com o aparte o deputado Paulo Azi. O Sr. Paulo Azi:-Deputado Clóvis, quero parabenizar V.Exª pelo pronunciamento e chamo a atenção para o fato de que o governo, com esse índice que quer aprovar, está concedendo muito menos do que o presidente Lula deu ao salário mínimo, que terá um aumento em torno de 9%. Então, o discurso do governo, de que sempre daria aumento acima das perdas salariais, se mostra fantasioso, nem sequer acompanhar o reajuste do salário mínimo o governo consegue com esse aumento. É lamentável, deputado Clóvis! Só para facilitar e dar corpo ao pronunciamento de V.Exª. O Sr. CLÓVIS FERRAZ:- Incorporo o aparte de V.Exª. Nobre deputado Paulo Azi, essa tem sido a tônica do governo nestes três anos. Ele, que fez a campanha com contracheque do funcionalismo, dizendo que iria repor todas as perdas salariais, que iria dar aumento real ao funcionalismo, e isso não aconteceu. O funcionalismo aprendeu a conhecer a realidade das chamadas mesas de negociação, que fica no plano da negociação e nunca sai do papel. O governo tem tido a oportunidade de mostrar e provar que quis e quer dar aumento real, mas nunca fez isso, e a prova está aqui com essa mensagem de aumento de apenas 4%, que não repõe as perdas salariais. Muito obrigado, Sr. Presidente, Srs. Deputados. (Não foi revisto pelo orador nem pelo aparteante.) 38 O Sr. PRESIDENTE (Euclides Fernandes):- Com a palavra o deputado Heraldo Rocha, Líder da Minoria, pelo tempo de 20 minutos. O Sr. HERALDO ROCHA:- Sr. Presidente, Srªs e Srs. Deputados, visitantes que nos honram com suas presenças, antes de mais nada, deputado Jurandy Oliveira, quero agradecer a V.Exª pela apresentação dessa emenda e também por ter assinado o destaque para apreciação da emenda nº 1 ao projeto de lei 18.463/2009, de autoria de V.Exª. Quero dizer que conto com o apoio de V.Exª para votarmos favoravelmente essa emenda. Mas, Sr. Presidente, a situação já foi dissecada por este parlamentar a respeito desse pífio aumento de 4% apresentado pelo Exmº Sr. Governador, no seu projeto de lei número 18.468. O problema é o seguinte: Como explicar, deputado Valdeci, ao seu eleitorado? Como explicar que o aumento de 4% é menor que a inflação, deputado Isaac Cunha? Eu recebi seu cartão de Natal e V.Exª está mais vermelho do que os vermelhos do PCdoB. Até a touca é vermelha. Recebi seu cartão e achei muito forte. Mas é assim mesmo, porque V.Exª é um militante partidário. Como é que V.Exª vai explicar na sua Jequié que o governo mandou um aumento de 4% e que V.Exª votou favorável? Eu achava melhor, deputado Valdeci, deputada Neusa Cadore, deputado Isaac Cunha, que V.Exªs ou se abstivessem ou votassem contra. Acho que essa tem que ser a saída, porque se é uma das coisas que mais incomoda o funcionalismo, deputado Fernando Torres, é quando vem uma proposta de aumento salarial. Deputado Javier, os “outdoors” não vão mudar a opinião do eleitor. E V.Exª deveria votar contra ou então se abster, ou não votar. Acho que essa seria a melhor estratégia de V.Exª, que é um homem militante e ligado às bases da educação, da cultura dos servidores do Estado. V.Exª não tem ido para as audiências públicas. V.Exª não vem para a Assembleia, Eu soube, com todo respeito que tenho por V.Exª, já no fim do ano, que V.Exª foi vaiado. É realmente preocupante, porque aquele parlamentar que é ligado a uma determinada categoria profissional, V.Exª, não, deputado Roberto Carlos, porque fez aquela belíssima sessão, aquela cerimônia de formatura, vamos transformar este salão para festa de 15 anos, com baile, trazendo a orquestra Los Guaranis, que é realmente uma maravilha. V.Exª não tem essas ligações com a área do servidor público. V.Exª passa navegando em mar de marinheiro e em céu de brigadeiro. Vejam Senhoras e Senhores em que situação os deputados de governo estão envolvidos. Hoje, a nobre deputada Maria Luiza Laudano, minha amiga de mais de 30 anos, fez os maiores elogios ao secretário de Saúde. Gostaria de fazer um apelo a V.Exª, deputada, que a conheci iniciando o seu trabalho, ainda como unidade de assistência ao parque, e hoje V.Exª detém na região um grande hospital que serve aquela comunidade. V.Exª é uma benfeitora daquela região e gostaria que orientasse o Jorge Solla, com a experiência que tem. V.Exª, porque não sei como ele vai sair dessa sinuca de bico. O Ministério Público estadual anulou, a Drª Rita Tourinho anulou todos os contratos terceirizados da saúde. Hoje, o deputado Elmar Nascimento colocou desta tribuna que o Ministério 39 Público do Trabalho anulou também as terceirizações da Saúde, inclusive dando uma multa por trabalhador de 10 mil reais por dia. Como disse o deputado Elmar Nascimento, o Ministério Público do Trabalho, infelizmente, penalizou o contribuinte, todos nós contribuintes do Estado. Ele deveria ter penalizado o gestor, o Solla, e quem o nomeou, o governador, e não o Estado a pagar por uma irregularidade que chamaríamos no Direito, não sou advogado, de improbidade administrativa, que é o ato do Sr. Jorge Solla. Vejam, senhoras e senhores, a Bancada da Oposição deu entrada em 1, 2, 3, 4 5 6, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28, 29 representações,tanto no Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Ministério Público do Trabalho, como no Tribunal de Contas do Estado e na Procuradoria Geral do Estado. Essas foram as representações apresentadas pela Bancada de Oposição. Foram 29 representações. Acredito que esse fato seja histórico. Todos comprovados, todos com irregularidades, com improbidade administrativa. As ações já começaram a sair. A primeira, foi o mandado de segurança contra a Secretaria de Educação para a contratação de concursado se coordenadores pedagógicos. A segunda, foi da doutora Rita Tourinho do Ministério Público,anulando as terceirizações da saúde. A terceira, hoje, foi do Ministério Público do Trabalho. Temos cobrado do Tribunal de Contas do Estado um posicionamento, que ele julgue sim ou não. O que não pode ficar é sem julgar. Denunciamos aqui a dispensa de licitação de 63 milhões da Secretaria de Saúde para firmas de limpeza e conservação. Até hoje o Tribunal não se manifestou, o Ministério Público não se manifestou. Logo que passar esse período das festas de fim de ano, vamos a uma audiência no Tribunal para cobrarmos essa situação. Também cobramos o problema do Instituto Brasil na construção de casas populares, num convênio de 17 milhões em que não se construiu uma casa. O Tribunal tem que se manifestar, o Ministério Público tem que se manifestar. Portanto, são 27 ações. Dessas, apenas 2, 3 foram julgadas. Então, temos 24 ações para serem julgadas. O Sr. Jurandy Oliveira:- V. Exª me permite um aparte? O Sr. HERALDO ROCHA:- Com o aparte o nobre deputado Jurandy Oliveira. O Sr. Jurandy Oliveira:- Deputado Heraldo Rocha, primeiro, quero parabenizálo pela sua atuação nesta Casa, pela sua história brilhante. Hoje, quando vinha de Feira de Santana, tive o prazer de ver o quanto V.Exª, realmente, tem contribuído para a Bahia. Segundo, queria chamar a atenção de V.Exª de que está havendo uma interpretação errada com referência à reunião que houve nesta Casa a pedido do deputado Roberto Carlos,com os pastores. Em verdade, a reunião tinha por destino discutir uma legislação que seria criada para regulamentar a função de juiz de Paz e juiz arbitral feito por algumas dezenas de pastores. Isso acontecendo, coincidentemente também houve na Casa, aproveitando-se isso, a formatura desse pessoal. Mas a reunião foi convocada para se discutir o projeto que visava regulamentar essa situação. 40 Eu queria pedir vênia a V.Exª para fazer outra ponderação. Entendo que é muito pouco o aumento de 4% que consta no projeto de aumento, não resta dúvida. Para o funcionalismo bom seria que fosse 20 ou 30% . Mas convenhamos, Excelência, que há 1 ou 2 anos já veio um projeto para esta Casa de 1% de aumento e o aprovamos. V.Exª, inclusive com a Oposição, não se manifestou contra. O HERALDO ROCHA:- Foi 1%? Deputado Gildásio, V.Exª era o Líder? O Sr. Jurandy Oliveira:- Foi 1% para o funcionalismo público. V.Exªs não se manifestaram. E agora, apesar do aumento de 4% também ser pouco, reconheço, é muito melhor do que 1% dado em governo passado. O Sr. HERALDO ROCHA:- Quanto foi a inflação da época? O Sr. Jurandy Oliveira:- V.Exª lembra. O Sr. HERALDO ROCHA:- Veja a que ponto chegou V.Exª. O Sr. Jurandy Oliveira:- V.Exª se lembra, sim. O Sr. HERALDO ROCHA:- V.Exª, decano desta Casa, está sendo aplaudido por um comunista. Que coisa bonita! Que quadro lindo! O Sr. Jurandy Oliveira:- Deputado Heraldo Rocha, peço vênia a V.Exª. O Sr. HERALDO ROCHA:- V.Exª está sendo aplaudido pelo comunista Javier Alfaya. O Sr. Jurandy Oliveira:- Não falei com o objetivo de ser aplaudido, não quero ser destaque. O Sr. HERALDO ROCHA:- Ele está dizendo que não quer o seu aplauso. O Sr. Jurandy Oliveira:- Quero dizer a V.Exª que houve o projeto de aumento de 1% nesta Casa. V.Exª e os demais deputados da Oposição votaram, sim, e não fizeram nenhum protesto. O Sr. HERALDO ROCHA:- Pois não, deputado. Eu quero dizer a V.Exª, deputado Jurandy, que vou acolher o seu aparte sem as palmas do deputado Javier Alfaya. O Sr. Javier Alfaya:- Por que, deputado? O Sr. HERALDO ROCHA:- Porque ele não quer suas palmas. Então, eu vou acolher o seu aparte sem as palmas do comunista Javier Alfaya a quem respeito muito. E depois que V.Exª passou a ser Vice-Líder não está causando estresse ao Líder do governo, está sempre presente em todas as sessões. Como deve ser boa a Secopa, o volume de recursos é fabuloso! O Sr. Paulo Azi:- V.Exª me permite um aparte? O Sr. HERALDO ROCHA:- Pois não, deputado Paulo Azi. Vamos debater, senão dá sono. O Sr. Paulo Azi:- Quero apenas esclarecer, deputado Heraldo Rocha, porque o deputado Jurandy Oliveira está pensando que este governo está dando 4% acima da inflação. O Sr. HERALDO ROCHA:- Não é, não. O Sr. Paulo Azi:- Ele precisa saber que a inflação foi 4.3 e o governo está dando só 4% , menos que a inflação. O nosso governo deu 1%, mas deu 1% fora a reposição salarial, acima da inflação. Isso é para que fique claro e para que o 41 deputado Jurandy tenha conhecimento e esclareça a situação. Agradeço a V.Exª. O Sr. HERALDO ROCHA:- Pois não. O Sr. Jurandy Oliveira:- V.Exª me permite um aparte? O Sr. HERALDO ROCHA:- Deputado Jurandy, darei o aparte a V.Exª e fico feliz ao ver V.Exª debatendo assim, principalmente a favor dos 4% para o servidor público. Que isso fique gravado nos Anais desta Casa. Sei que não interferirá na sua espetacular votação, que é o desejo de todos nós, nessa próxima eleição. V.Exª me disse que está sendo muito bem atendido pelo governo. Eu acho isso natural, mas eu queria dizer a V.Exª... O Sr. Jurandy Oliveira:- V.Exª me permite um aparte? O Sr. HERALDO ROCHA:- Vou dar o aparte a V.Exª. Primeiro, esse aparte é em respeito a história de V.Exª. Segundo, eu sou um democrata e todos sabem que quando eu venho à tribuna gosto de debater, principalmente um assunto como este, e eu não seria leviano para fazer o que fazia em recente tempo nesta Casa em que os deputados que hoje são governo, não são todos, há muitos que foram do nosso grupo político e por uma questão de opção foram para este governo, é natural, mas, graças a Deus, vou terminar o meu 5º mandato sendo coerente. Sempre fui do mesmo partido e vou continuar até o fim. Se o povo quiser me reeleger, tudo bem, se não, eu vou cuidar da minha vida profissional, porque não sou um profissional da política. Sou médico de formação e fazendo uma reciclagem, acredito de uns 6 meses lá no hospital de V.Exª, vou atender as crianças da Bahia e vou atendê-las de graça. Então, quero dar um aparte a V.Exª, deputado Jurandy, para eu concluir o meu pronunciamento porque alguns colegas de V.Exª já pedem que eu termine. Com o aparte V.Exª para contraditar o nobre deputado Paulo Azi. O Sr. Jurandy Oliveira:- Deputado Heraldo Rocha, quero agradecer a V.Exª o aparte e quero dizer que agora estou convencido porque entendi o aparte do nobre Paulo Azi. Ele disse: “O nosso governo”. E eu digo: “O governo de todos, o governo da Bahia, de Jaques Wagner”. O Sr. HERALDO ROCHA:- V.Exª está convicto e não tenha dúvida que receberemos V.Exª de braços abertos, porque V.Exª sempre foi coerente no seu mandato, sempre defendeu os governos inclusive os nossos. Sr. Presidente, Srs. Deputados e Srªs Deputadas, meu caro Euclides, V.Exª está com muitos outdoors. Viajei semana passada e vi que agora V.Exª além de ser um emérito educador, também agora é o patrono dos motoristas. Parabéns! V.Exª agora também é o patrono dos motoristas, vi seus outdoors e gostei muito. Quero concluir, Sr. Presidente, dizendo que a nossa Bancada não poderia, de forma nenhuma, votar a favor desse projeto, não tem a mínima condição. Quando o governo não contrata os escrivães, policiais civis e delegados, deixando esse pessoal... E a deputada Maria Luiza Laudano, hoje, fez um pronunciamento concitando a Bancada de governo a apoiar os nossos policiais civis. Quero lhe agradecer em nome deles. V.Exª vai levar sua Bancada ao governador pelo menos para recebê-los antes do 42 Natal. Olha a responsabilidade de V.Exª!. V.Exª tem uma história de serviços prestados à Bahia na área da saúde, foi deputada estadual comigo, tem várias prefeituras, tem voto. Se V.Exª tem voto e pode ajudar os policiais civis formados, não nomeados, e que com fé em Deus não precisarão entrar em greve de fome, porque fome já estão passando. A Srª Maria Luiza Laudano:- V.Exª me permite um aparte? O Sr. HERALDO ROCHA:- Com o aparte a deputada Maria Luiza Laudano. A Srª Maria Luiza Laudano:- Deputado Heraldo Rocha, agradeço o aparte, quero dizer que tenho certeza que o governador Jaques Wagner vai se sensibilizar com o problema que estamos passando com os policiais civis, com os investigadores que estão aqui há muitos dias nesta Casa. Mas é Natal, é uma festa de paz, de confraternização, já pedimos inclusive ao presidente da Casa, que nos disse há poucos momentos que o governador vai recebê-los. O Sr. HERALDO ROCHA:- Mas receber é uma coisa, eu quero é que ele dê uma posição. Eu sugiro aos policiais civis, só para desmobilizá-los, não, eles precisam continuar mobilizados. Na hora em que o governador recebê-los e para desmobilizá-los. Acho que V.Exª como deputada de governo e que tem representatividade política, poderia ir ao governador amanhã e trazer uma notícia para os policiais civis. A Srª Maria Luiza Laudano:- O presidente da Casa já assumiu isso e disse que vai atendê-los antes do Natal. Nós esperamos que isso se realize. É confraternização. Agradeço o aparte a V.Exª. O Sr. HERALDO ROCHA:- Eu incorporo o aparte fazendo um apelo a V.Exª, pela liderança que exerce, que V.Exª vá ao governador e diga: “Governador, lembre dos sinos de Natal, estamos num momento de fraternidade universal, por favor, me deixe levar um documento para os policiais”. Faça isso, a senhora já está no céu, mas, aí, vai subir mais ainda na escala hierárquica do céu. Quero desejar a todos – se não os vir amanhã – um Feliz Natal, pois, antes do Ano Novo, nós vamos estar juntos. Muito obrigado, Sr. Presidente. (Não foi revisto pelo orador nem pelos aparteantes.) O Sr. PRESIDENTE (Euclides Fernandes):- Com a palavra o deputado do PR Elmar Nascimento pelo tempo de 20 minutos. (Pausa) Com a desistência do deputado Elmar Nascimento, passo a palavra ao deputado Paulo Azi, do DEM, pelo tempo de 20 minutos. O Sr. PAULO AZI:- Sr. Presidente, Srªs e Srs. Parlamentares, estamos aqui a apreciar a proposta de reajuste salarial deste governo e, pela primeira vez, acredito, não ouviremos a palavra do deputado Javier Alfaya, ele que sempre se pronuncia sobre as questões salariais nesta Casa, por certo, preocupado com a poluição sonora, o deputado Javier não vai, nesta noite, se imiscuir neste debate, Sr. Presidente, que considero da mais alta importância e da mais alta relevância. O governo encaminha uma proposta que, sequer, cobre a reposição salarial, 43 sequer, cobre a inflação ocorrida durante todo o ano de 2009. O governo, com esta proposta de reajuste salarial, vai impor ao servidor público a diminuição de sua capacidade do seu poder de compra. É inacreditável, Srs. Parlamentares, pois o governo do Partido dos Trabalhadores teve no funcionalismo público um dos seus pilares na última eleição. No entanto, o governo não promove, sequer, a reposição salarial. Sr. Presidente, nos últimos dias, o meu e-mail tem recebido centenas, senão milhares, deputado Heraldo Rocha, de mensagens de servidores públicos, que hoje se veem sem representação, servidores públicos que veem seus representantes, seus sindicatos completamente silenciados. Eles ficam numa situação, deputado Nelson Leal, de não ter praticamente a quem apelar. Creio que V.Exª, deputado Nelson, assim como o nobre presidente, o deputado Euclides, devem ter, também recebido mensagens dos servidores públicos aflitos, apavorados e descrentes em receber uma proposta indecorosa como esta. Enquanto o governo federal do presidente Lula, Srs. Parlamentares, promove um aumento no salário mínimo em torno de 9%, este governo não concede nem a reposição salarial. Nunca, em tempo algum, nem em qualquer governo anterior se viu uma proposta como esta. Falou ali o deputado Jurandy acerca dum reajuste de 1%. Ali era reajuste. Ali era proposta de aumento real acima e já descontada a reposição salarial. A Oposição apresentou algumas emendas a este projeto. Elas visam a esclarecer e tornar mais transparente esta proposta. Infelizmente, não foram acatadas pela nobre relatora, a deputada Eliana Boaventura. A Oposição quis trazer, deputado Heraldo Rocha, o abono de 10 dias de férias que os governos anteriores, durante tanto tempo, ofereciam ao servidor público. E o governo não acolhe. A Oposição, no sentido de dar mais transparência, solicita publicar no Diário Oficial - e concede um prazo de 45 dias, deputado Gilberto Brito - a tabela com os salários dos diversos grupos de servidores, porque hoje ninguém sabe quanto ganha. O governo deixou de publicar, deixou de informar, deixou de anexar aos projetos de aumento salarial as diversas tabelas informando quanto ganha cada servidor, cada grupo ocupacional. A Oposição, através duma emenda, pede para o governo publicar num prazo de 45 dias, deputado Gilberto Brito, essas informações, seja através da Internet ou do próprio D.O.E ele se nega a fazê-lo. Infelizmente V.Exa., deputada Eliana Boaventura, a nobre relatora, não sei por que razão, deputada Eliana, uma emenda como essa não foi acatada por V.Exª, uma emenda que visava apenas dar transparência às contas relativas ao servidor público. Por isso, Srs. Parlamentares, a Oposição não tem como votar favoravelmente a esta proposta. Já dissemos na Sessão anterior que se os representantes do servidor público, se a Fetrab, se o Sindsaúde, se a APLB, se o Sindsefaz, se essa entidades que, mesmo estando silenciosas, solicitassem à Oposição a aprovação do projeto, a Oposição poderia até se colocar em posição diferente; mas não, as diversas entidades optaram pelo silêncio, não dizem se são contra ou se são a favor, deixaram os 44 funcionários públicos, os servidores públicos órfãos de pai e mãe. Não é possível, não se pode entender e admitir que numa votação como essa, de um projeto que trata do salário de milhares de servidores, os seus representantes simplesmente silenciem. Deveriam ter coragem de assumir as suas posições, de dizer “somos favoráveis por esse e aquele motivo”, ou então “não, nós estamos contrários a essas proposições”. Nada pior do que o silêncio, nada pior do que a omissão, e é isso que, infelizmente, fazem neste momento as diversas representações do funcionalismo público do nosso Estado. O governo anterior, Srs. Parlamentares, em três dos quatro anos, sempre concedeu o reajuste ao servidor compatível com o aumento do salário mínimo. O que esse governo faz nada mais é do que uma farsa, o que esse governo faz é retirar o dinheiro de um bolso e colocar no outro. Tira o recurso da gratificação e coloca nos vencimentos do servidor. Quando eles receberem o contra-cheque verão que não tiveram 9% de aumento como teve o salário mínimo do nosso Estado. Quantas vezes esse governo exibia contra-cheque de servidor, de policial militar, com aquela mentira de dizer que eles recebiam menos do que o salário mínimo, uma inverdade, uma mentira que, infelizmente, muitas pessoas do nosso Estado absorveram como se verdade fosse. A remuneração sempre foi composta pelo vencimento base e pela gratificação. Esse é o salário do servidor, e é por isso que agora o governo se utiliza desse artifício, e retira uma parte da gratificação e inclui no vencimento para com isso fazer de conta que o governo mantém o seu menor salário acima da inflação, ou melhor, mantém o vencimento base, o salário base, que não é e nunca foi a remuneração total de um servidor, no valor igual ao salário mínimo do nosso Estado. Se esse governo quisesse se manter fiel ao seu discurso, se as palavras proferidas no passado, nos palanques e nas campanhas eleitorais, fossem reais e verdadeiras, esse governo, neste momento, para cumprir com o que disse, para cumprir com o prometido,teria que reajustar os vencimentos e a remuneração dos servidores com o mesmo percentual concedido pelo governo federal, quando da proposta do aumento do salário mínimo que passará, a partir de 1º de janeiro de 2010, a R$ 510,00. Essa é a máscara que neste momento cai! Essa é a verdadeira face deste governo, deputado Javier, que criou uma mesa de negociação para que com ela passasse uma imagem de transparência, de democracia, de republicanismo, mas que,infelizmente,já tem muito tempo que se reuniu. A mesa de negociação só não é pior que o conselho político desse governo, que, se não me engano,se reuniu ao longo de 3 anos uma única vez,quando da sua criação, da sua formalização. São por esses motivos, Sr. Presidente, pelo não acatamento das nossas emendas, por um índice de reajuste proposto que não contempla nem a reposição salarial dos servidores públicos. Pela falta de uma palavra dos seus representantes, dos seus sindicatos, por tudo isso, a Oposição não tem como, deputado Zé Neto, votar favoravelmente a essa proposta. 45 Votar favoravelmente a esta proposta seria negar, seria ir de encontro a toda uma história e a um compromisso daqueles que detêm o mandato parlamentar e que sabem da importância do servidor público para o bom andamento da administração estadual. Muito obrigado, Sr. Presidente, pela tolerância de V.Exª. (Não foi revisto pelo orador.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Encerrada a discussão. Não há orador para encaminhar. Em votação. O Sr. Heraldo Rocha:- Questão de ordem, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Questão de ordem, deputado Heraldo Rocha. O Sr. Heraldo Rocha:- Sr. Presidente, com todo o tempo dos sinos de Natal, gostaria de pedir uma verificação de quórum de votação. O Sr. Paulo Rangel:- Questão de ordem, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- V.Exª será atendido. Questão de ordem, deputado Paulo Rangel. O Sr. Paulo Rangel:- Sr. Presidente, já que existe uma questão de ordem com qual a Oposição pede uma verificação de quórum de votação, gostaríamos de chamar todos os nossos colegas que se encontram na sala do cafezinho, nos corredores, no oratório desta Casa e nos gabinetes a se fazerem presentes, já que existe uma solicitação de verificação de quórum de votação. Gostaríamos de avisar a todos os companheiros que se encontram nos corredores desta Casa que existe uma questão de ordem na qual se pede verificação de quórum de votação. Pedimos que todos os nossos colegas, deputados da Oposição e da Situação, que se encontram nos corredores, nos gabinetes, na sala de cafezinho, se façam presentes a este Plenário, já que existe essa solicitação de verificação de quórum. Pedimos a todos os nossos companheiros dos partidos que hoje compõem principalmente a base de sustentação do governo que se façam presentes, já que existe uma questão de ordem para verificação de quórum de votação. Aqueles companheiros que se encontram a caminho do Plenário, que apressem o passo, pois existe neste momento uma questão de ordem para verificação de quórum de votação. Aqueles companheiros deputados que se encontram na sala do cafezinho, na biblioteca, no oratório e nos gabinetes, que se façam presentes, já que existe essa questão de ordem, com que se pede uma verificação de quórum, para que possamos votar esse tão importante projeto que trata hoje do reajuste dos funcionários do nosso Estado. Portanto, aqueles deputados que se encontram no oratório, no cafezinho, nos gabinetes, a caminho deste Plenário, por gentileza, apressem o passo, já que existe esta questão de ordem, e gostaríamos de votar esta matéria com bastante brevidade, já que existem mais cinco projetos a serem votados ainda no dia de hoje. Mais uma vez, nós continuamos pedindo àqueles deputados que, neste 46 momento, se encontram, dada a proximidade do Natal, fazendo algumas preces no oratório desta Casa, nos gabinetes, nas garagens desta Casa, companheiros que em alguns momentos se excedem um pouco, que se façam presente neste Plenário, já que existe uma questão de ordem de votação. Nós pedimos, aqui, aos companheiros, que por gentileza, se façam presentes. Quero registrar, deputado Heraldo Rocha, que hoje a nossa companheira Adélia não se faz presente nesta Casa, algo que nós lamentamos, talvez por isso nós não tenhamos ainda alcançado o quórum. Muito obrigado, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- V.Exª será atendido. Srs. Deputados, que estão no cafezinho, nos gabinetes, em outros recintos da Casa, na biblioteca, quórum de votação, projeto de lei de reajuste dos servidores públicos do Estado da Bahia. (O Sr. Presidente faz soar as campainhas) Zere o painel. Marque 25 minutos. O Sr. Zé Neto:- Questão de ordem, presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Questão de ordem do deputado Zé Neto. O Sr. Zé Neto:- Primeiro, quero convocar os deputados e as deputadas que se encontram nos espaços da Casa, no cafezinho, nos corredores, no oratório, lendo os seus milhares de e-mails nos gabinetes, há alguns deputados de Oposição que estão com milhares e milhares de e-mails para serem lidos. Estamos convocando aqueles também do governo, que por certo estarão presentes neste Plenário na hora da votação e que neste momento se encontram nos seus gabinetes. Portanto, queria, deputado Marcelo Nilo, que tocasse novamente a sirene para que nós tenhamos, aqui, esses deputados presentes para votação, pois o quórum é de votação, é necessário que se façam presentes. Hoje pela manhã, estivemos em Rafael Jambeiro e Castro Alves. Foram dois momentos importantes. Quero registrar os dois eventos. Um, com a presença do Presidente da EBAL, Reub Celestino; outro, com as presenças do governador Jaques Wagner, do presidente Marcelo Nilo e de alguns deputados, secretários, enfim, um evento muito concorrido na cidade de Castro Alves. Na cidade de Rafael Jambeiro houve um momento importante: a entrega da cesta do povo, anúncio de construção e perfuração de poços artesianos com bases tubulares e com base de concreto para que os tanques sejam instalados e possam ser abastecidas as famílias que tanto necessitam de água. Um momento emblemático foi a inauguração da Cesta do Povo de número 292 na cidade de Rafael Jambeiro. Quero parabenizar a presidência da Cesta do Povo porque são 292 lojas, e amanhã serão mais 2, somando 294, acredito que encerraremos o ano com 300 lojas da Cesta do Povo. É bom lembrar que essa empresa que esta hoje entre as 5 melhores em evolução no mercado é a mesma que ao chegarmos no governo encontramos com um rombo de 620 milhões, com todas as suas lojas fechadas, com credores cobrando mais de 120 milhões e em total quadro de falência, descrédito não só no Estado, mas 47 em nível nacional. Temos hoje uma empresa reabilitada, estruturada e que, em Rafael Jambeiro, foi possível fazer um paradigma do que era e do que somos e tratar claramente do mercado, porque só em Rafael Jambeiro uma pesquisa feita pela própria Cesta do Povo comprovou que esta empresa está vendendo a preço de 26% menor, em relação ao preço médio das outras empresas que ali estão estabelecidas. Isso serve para regular o mercado, para gerar emprego, e tem a importância do resgate de uma empresa pública que passou, há dois anos, por uma CPI. Eu tive o prazer de ser o relator dessa CPI que reuniu 53 mil documentos e com eles o Ministério Público depois de ter avaliado o relatório de 323 folhas indiciou 14 pessoas que hoje respondem pelos crimes que cometeram ou que estão sendo acusadas na 1ª Vara Crime, e esperamos que a ação jurisdicional possa responder a uma ação judicial penal na 1 Vara Crime. Então quero mais uma vez colocar a importância de hoje pela manhã termos em Rafael Jambeiro e em Castro Alves a presença forte do governo do Estado. Em Castro Alves o governo anunciou diversas obras de saneamento. Estivemos lá com a Cerb presidida pelo Dr. Cícero. Vale salientar, sem nenhuma dúvida, que a Cerb construiu em 3 anos o que não foi construído em 18 anos do governo passado. Já são mais de 1.000 novos poços perfurados, e a grande maioria em funcionamento e outros tantos a serem perfurados e caminhando para o abastecimento de água, com a nossa Cerb e Embasa podendo levar água potável de qualidade para mais de 2 milhões e 200 mil baianos. O Água Para Todos, que é uma realidade do nosso Estado, teve um momento importante em Castro Alves, com a presença do governador Jaques Wagner que estava muito satisfeito. Tivemos publicamente a confirmação do apoio do prefeito, que antes não fazia parte do nosso projeto. O prefeito Clóvis de Castro Alves apoia o projeto do governador Jaques Wagner, que foi contemplado com a leitura do momento muito importante para o nosso governo, onde com 43% no cenário contra 39% no outro, dá vitória no primeiro turno nos dois cenários da apuração da pesquisa realizada pelo DataFolha. O que vem confirmar as pesquisas que têm sido realizadas no curso do tempo dos últimos meses mostrando que o povo da Bahia já começa a dar conta de que a eleição terá o seu desfecho no primeiro turno, com reconhecimento pleno de que não só o governador Wagner, mas principalmente o projeto do presidente Lula que neste Estado se instalou, neste Estado fincou raízes e evidentemente aqui já traz os ventos de uma consolidação democrática. Uma consolidação que vai esmerando os interesses do povo, vai trazendo o alinhamento de todas as políticas, como hoje aconteceu em Castro Alves, entendendo que o caminho do governador Wagner, o caminho dos aliados aqui do governador Wagner é o caminho que traz a Bahia para um movimento importante e novo que areja a política do nosso Estado, sem perseguições, sem ódios, numa visão clara de que a política deve ser tratada, acima de tudo, com a responsabilidade de cuidar das pessoas e dos interesses públicos. É nesse compasso que o governador Wagner tem chegado ao interior, como chegou hoje em Castro Alves com uma grande presença de público, evidentemente 48 com o carinho do povo de Castro Alves, mostrando, acima de tudo, com segurança, que a Bahia, apesar dos problemas todos que encontramos, está como nunca no roteiro do desenvolvimento, no roteiro do enfrentamento das mazelas que historicamente afligiram tanto o nosso povo. Não deixemos de lembrar que, hoje em Castro Alves e em Rafael Jambeiro, ontem no Recôncavo, também presente estava o governador, fazendo com que a nossa Saúde recebesse um novo hospital, que é o de Santo Antônio de Jesus, todo equipado, com capacidade para alta complexidade, com 10 leitos de UTI, mostrando a possibilidade de não termos aqui, na capital, e em Feira de Santana o afluxo tão exagerado, tão afobado, tão sem dimensão que vem ocorrendo com as pessoas do interior por não ter a quem recorrer, praticamente havia duas ou três cidades na Bahia com possibilidade de atendimento de alta e média complexidades... O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Para concluir, deputado. O Sr. Zé Neto:- (…) O hospital de Santo Antônio de Jesus é nesse instante um ponto decisivo para concluirmos um projeto de saúde e avançarmos ainda mais na melhoria da qualidade da saúde em nosso Estado. A Srª Eliana Boaventura:- Sr. Presidente, questão de ordem. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Questão de ordem da deputada Eliana Boaventura. A Srª Eliana Boaventura:- Sr. Presidente, Srs. Deputados, eu gostaria, nesta noite, de me dirigir a V.Exª como presidente desta Casa, porque parece que aqui não tem a Comissão de Ética. Há uma Corregedoria, eu já conversei com o deputado Reinaldo Braga, e acho que a gente vai ter que fazer na Assembleia Legislativa o que já vi há muitos anos, uma Assembleia onde as pessoas se respeitam, onde as pessoas respeitam as mulheres. Parece que ultimamente... e nesta noite houve excessos por parte do deputado Fernando Torres que me ofendeu com palavras que eu nunca ouvi em toda a minha vida. Eu nunca ouvi os palavrões que o deputado Fernando Torres proferiu nesta noite. Ele me convidou para conversar, eu estava junto com o deputado Zé Neto, disse-me: venha cá, deputada, e aí já foi proferindo todos os palavrões, com o dedo em riste, se o segurança não o pegasse, ele iria me bater. Aliás, tem alguns costumes em dizer que na terra dele se bate em mulher. E eu não estou na Assembleia Legislativa do Estado da Bahia para ver em nenhum momento uma cena tão deplorável. Somos representantes do, temos que ter, no mínimo, ética no Plenário desta Casa. Eu me controlei o que pude para não revidar da mesma forma como ele estava fazendo. Graças a Deus, tenho tido um temperamento que é forte, mas tenho, acima de tudo, a compreensão de respeitar o Poder Legislativo. Por isso, nesta noite, não ocorreu um problema mais grave e mais sério, porque fora daqui deste Plenário nem ele nem nenhum outro homem jamais - jamais! - diriam o que ele falou aqui sem que eu tivesse uma reação muito mais forte para que ele realmente pudesse sentir, pelo menos, o pouquinho do que é fazer isso que fez. Parece-me que é preciso existir respeito. Aqui não vou ofender. O que eu ia perguntar é, se faltou com o respeito 49 aqui, se falta com o respeito também à família, à mulher. E não acredito em pessoas que faltam com o respeito à mulher porque, na hora em que se falta com o respeito a uma colega, falta-se também com o respeito à mulher, à filha, à família. Então, não podemos admitir que esta Assembleia Legislativa seja palco de cenas deploráveis como as que presenciei há poucos momentos aqui. E quero registrar isso para que V.Exª tome as providências cabíveis para que atos como esses não se repitam aqui, não se tornem corriqueiros. Agora não estou nem falando só por mim, mas também por minhas colegas deputadas. Vi Fátima Nunes outro dia sendo ofendida aqui de maneira brutal e defendi minha colega. E vou defender qualquer outra mulher aqui, se for preciso. Até diria que passa a impressão de que, se fosse com um deputado, esse outro deputado jamais faria isso, porque no mínimo ele teria atritos físicos nesta Casa. Portanto, quero pedir ao senhor que tome providências. Estou aqui há muitos anos, mas nunca presenciei uma cena tão deplorável, um gesto que não é dum deputado. E nós temos de ter cuidados. Por isso, estou pedindo-lhe - não vou me omitir nisto - providências. Porque amanhã se fará pior. E aí não sabemos qual a nossa reação. Muito obrigada, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Deputada, antes de conceder a palavra a outro orador, quero dizer que a sua denúncia é muito grave. Gostaria de que V.Exª botasse no papel. Vou encaminhar ao corregedor para ele adotar as providências cabíveis. Não estou aqui fazendo juízo de valor, porque eu não estava presente. Mas o que a senhora coloca... V.Exa. é uma deputada e, além disso, é uma senhora. O Sr. Fernando Torres:- Ela também me xingou, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Deputado Fernando, não estou entrando no mérito. Então o deputado Reinaldo Braga, corregedor da Casa, vai apurar e mandar um relatório para mim. Nós não podemos sob hipótese alguma, quem quer que seja aqui, agir para ofender. Não estou dizendo que o deputado Fernando Torres ofendeu nem estou fazendo juízo de valor. Mas a deputada Eliana Boaventura fez uma denúncia gravíssima. Quero que ela coloque no papel para que eu encaminhe ao corregedor. E solicito em 15 dias que ele me mande o relatório. O Sr. Heraldo Rocha:- Questão de ordem, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Questão de ordem do deputado Heraldo Rocha. O Sr. Heraldo Rocha:- Sr. Presidente, quero fazer um apelo a todos os deputados. Nós - eu, V.Exª, Pedro Alcântara, Reinaldo Braga, a própria deputada Eliana Boaventura e tantos outros - que somos parlamentares já de alguns mandatos nesta Casa sabemos que, às vezes, há por parte de um ou de outro manifestações agressivas e tal. Existem os mais exaltados. Estamos chegando ao fim deste 2009, um ano positivo e importante para esta Assembleia. Para que possamos terminá-lo em paz, num ambiente de fraternidade e solidariedade, acho que o deputado-corregedor saberá adequar esta situação. Então, peço aos deputados Fernando Torres e Eliana Boaventura que encerrem este assunto. Ele pode ter recebido também... Não 50 entraremos no mérito da questão. Vamos encerrá-la para que todos tenham um Natal de paz, amor e fraternidade universal. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Deputado Fernando Torres, V.Exª quer uma questão de ordem? Não quer, não? A Sra. Eliana Boaventura:- Questão de ordem, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Questão de ordem da deputada Eliana Boaventura. A Sra. Eliana Boaventura:- Sr. Presidente, quero dizer a V.Exª que vou encaminhar-lhe como presidente desta Casa e igualmente ao deputado Reinaldo Braga - e não vou fazer isso só por mim, mas também pelas demais colegas que estão neste Plenário e aqui fazem o seu trabalho parlamentar - para que não existam esses excessos e as pessoas possam se controlar, mesmo porque tenho e quero aferir como testemunhas o deputado Zé Neto e a deputada Fátima Nunes, que estavam aqui presentes e ouviram que em nenhum momento eu xinguei o deputado. Então, Sr. Presidente, quero agradecer a V.Exª, que toma essa decisão, e vou encaminhar esse ofício tanto ao senhor como ao deputado Reinaldo Braga. Muito obrigada. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Deputada Eliana, V.Exª sabe da admiração e respeito que tenho por V.Exª e também pelo deputado Fernando Torres. Quero fazer um apelo aos Srs. Deputados, esta é uma Casa política, estamos num ano positivo e a Bancada da Oposição fez um belíssimo trabalho, assim como a Bancada do governo. Acho que tem de haver o mínimo respeito entre os Srs Parlamentares, acho que o deputado Fernando Torres, se quiser uma questão de ordem, vai fazer a sua defesa, concedo a V.Exª, e peço que a deputada Eliana Boaventura coloque no papel, faça a sua denúncia e encaminharei ao corregedor. Faço um pedido ao deputado Reinaldo Braga, que é o corregedor desta Casa, para que me apresente um relatório no mais tardar em 15 dias, se possível, para que possamos levar para a Mesa Diretora. O Sr. Zé Neto:- Sr. Presidente, questão de ordem. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Temos 31 Srs. Deputados, falta apenas um deputado para o quórum. Questão de ordem, deputado Zé Neto. O Sr. Zé Neto:- Sr. Presidente, até me sinto um pouco culpado nessa história. Estava ali conversando com o deputado Fernando um assunto que diz respeito a uma questão da cidade, que não tem tanta relevância. De certa forma já há um acirramento de ânimos, sou amigo de todos os dois, a deputada Eliana sabe do respeito e amizade que tenho por ela, o deputado Fernando, que tem um temperamento muito parecido com o meu, já discutimos muito e já gastamos nossas brigas, hoje é um amigo pessoal. Com a deputada Eliana também já vivi muito isso, quando era vereador e havia um acirramento muito grande. Neste momento, há uma certa tensão. Qualquer que fosse o assunto, acho que poderíamos ter chegado a essa intriga, no nível a que chegou, talvez por desentendimentos que vão se acumulando. Quero pedir à deputada e ao deputado: somos lá de Feira, já vi esse filme, 51 vamos tentar resolver de tal forma que, até que se apure, mas que se passe um pouquinho longe dessa tensão maior. Me sinto um pouquinho culpado porque na verdade houve ali um ruído, o deputado Fernando não chegou a tocar no nome da deputada Eliana inicialmente, e a deputada Eliana não colocou como uma coisa complicada, eu apenas fui perguntar ao deputado Fernando sobre um determinado assunto e acabou que acho que entrei num processo que já vinha se acumulando, essa tensão agora aflorou. Mas, depois do maremoto, a calmaria. Que tenhamos ânimos mais tranquilos para resolver essas coisas de forma mais pacífica. Fica aí o meu apelo ao meu amigo Fernando e a minha amiga deputada Eliana para que consigamos contornar esse momento que acho que explodiu e agora pode serenar. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Srs. Deputados, está faltando um deputado para que possamos votar o projeto de reajuste do servidor público. Quero registrar que se não houver quórum passaremos para o próximo projeto. Caso se recupere o quórum e qualquer deputado peça para votar novamente, colocaremos em votação... O Sr. Waldenor Pereira:- Sr. Presidente, questão de ordem. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Questão de ordem do deputado Waldenor Pereira. O Sr. Waldenor Pereira:- Sr. Presidente, queria informar a V.Exª que o deputado Yulo Oiticica está quase chegando aqui. Se houver de fato um atraso e dentro do prazo estabelecido ele não conseguir registrar a sua presença, nós solicitamos que V.Exª possa passar para o projeto seguinte, restabelece-se o quórum e, em seguida, teremos os 32 deputados necessários para a aprovação. Agora, quero pedir à nossa Bancada que, por gentileza, pelo amor de Deus, não saiam do Plenário, não se afastem do Plenário para que possamos votar o projeto. A ausência no Plenário é que causa de toda essa tensão. O deputado Yulo estava aqui presente, teve que se afastar, o deputado Luiz Argôlo também estava presente, o Capitão Tadeu estava presente, mas os colegas vão saindo para cumprir alguma agenda e causam todo esse transtorno, toda essa tensão que, infelizmente, acaba atingindo a todos. Quero pedir aos colegas que permaneçam no Plenário, se não houver tempo suficiente para a chegada do deputado Yulo Oiticica, nós passaremos ao projeto seguinte, deputado Marcelo Nilo, é o pedido que faço a V.Exª e solicito dos colegas que permaneçam no Plenário para que possamos apreciar e votar os demais projetos que se encontram em pauta. Estamos com 23 segundos agora, caso não seja possível o deputado Yulo chegar, Sr. Presidente, solicito de V.Exª que coloque imediatamente em pauta o próximo projeto para que uma vez restabelecido o quórum possamos fazer a apreciação e votação do projeto em questão. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Srs. Deputados, não há quórum para votação do projeto. Falta um deputado. Vou colocar em votação o seguinte requerimento: “Exmº Sr. Presidente da Assembleia Legislativa do Estado da Bahia, 52 Requeiro, nos termos do art. 89, parágrafo único do Regimento Interno, a prorrogação da sessão pelo tempo de 600 minutos, com o objetivo de apreciar as matérias constantes da Ordem do Dia. Sala das Sessões, 22 de dezembro de 2009. Deputado Waldenor Pereira.” Vou colocar em votação o requerimento. O Sr. Elmar Nascimento:- Verificação de quórum. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- O deputado Elmar Nascimento pede uma verificação de quórum, é quórum qualificado, quórum de votação para prorrogação da sessão. O Sr. Waldenor Pereira:- Sr. Presidente... O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Deputado, vai prorrogar a sessão. Ele pediu uma questão de ordem para votação... O Sr. Waldenor Pereira:- Exatamente, colocar em votação imediatamente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- O deputado Elmar retira o pedido de verificação de quórum. Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa) Aprovada a prorrogação. Próximo projeto: projeto do Poder Executivo nº 18. 463/2009 - (Lê) “Altera a lei nº 10.431, de 20 de dezembro de 2006; a lei nº 11.356, de 06 de janeiro de 2009; a lei nº11.366, de 29 de janeiro de 2009; a lei nº 11.373, de 05 de fevereiro de 2009; a lei nº 11.374, de 05 de fevereiro de 2009; a lei nº 11.375, de 05 de fevereiro de 2009;a lei nº 11.480, de 01 de julho de 2009; a lei nº 8.268, de 04 de julho de 2002 e dá outras providências”. Para relatar o parecer o deputado Paulo Câmera. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Com a palavra para relatar o nobre deputado Paulo Câmera. O Sr. PAULO CÂMERA:- (Lê) “Parecer Das Comissões de Constituição e Justiça, Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Serviço Público, Defesa do Consumidor e Relações de Trabalho, Direitos Humanos e Segurança Pública e Finanças, Orçamento, Fiscalização e Controle, ao Projeto de Lei nº 18.463/2009, de autoria do Poder Executivo, o qual “Altera a Lei nº 10.431, de 20 de dezembro de 2006; a Lei nº 11.356, de 06 de janeiro de 2009; a Lei nº 11.366, de 29 de janeiro de 2009; a Lei nº 11.373, de 05 de fevereiro de 2009; a Lei nº 11.374, de 05 de fevereiro de 2009; a Lei nº 11.375, de 05 de fevereiro de 2009; a Lei nº 11.480, de 01 de julho de 2009; a Lei nº 8.268, de 04 de julho de 2002, e dá outras providências.” “O projeto que ora venho relatar, de autoria do Poder Executivo, vem alterar dispositivos da Lei Estadual nº 10.431/2006, das Leis nos 11.356, 11.366, 11.373, 11.374, 11.375 e 11.480, todas de 2009, e ainda da Lei nº 8.268/2002. A proposição objetiva “aprimorar o controle da Administração sobre a atuação dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental – EPPGG, mediante a adoção de providências, tais como, a vedação de jornada de trabalho diversa daquela prevista em Lei; delimitação das hipóteses de movimentação dos 53 Especialistas e condicionamento do exercício das atividades em órgãos e entidades do Poder público à observância das atribuições da carreira constantes no art. 4º da Lei nº 11.366/09”, conforme registra a Mensagem Governamental, ressaltando ainda que o projeto “também condiciona a percepção da gratificação da carreira e a participação em processos de promoção à observância destes requisitos pelos Especialistas”. A proposição estabelece ainda prazo para o servidor integrante de diversas careiras do Grupo Ocupacional Técnico-Específico virem a requerer o enquadramento e comprovarem os requisitos legais exigidos. Também especifica melhor os procedimentos para concessão de enquadramento aos ocupantes do cargo de Analista Universitário e promove a adequação da nomenclatura do Conselho e da Política Estadual de proteção e defesa dos direitos da pessoa com deficiência àquela utilizada na esfera federal. Trata-se, portanto, de simples, mas necessárias alterações nas diversas leis acima relacionadas, devendo, portanto, a proposição, receber o pleno apoio dos Parlamentares desta Casa. O projeto recebeu três emendas, sendo a primeira de autoria do Deputado Jurandy Oliveira e as demais da Bancada da Minoria. A emenda nº 1 pretende acrescentar ao projeto dois dispositivos, que alteram a Lei nº 11.051, de 06 de junho de 2008. Sugere o Autor que seja incluído um parágrafo único ao art. 10 da Lei nº 11.051/2008, e que seja alterada a redação do § 5º do art. 11 da mesma. O parágrafo único extingue os índices de gratificação previstos na Lei, estabelece indicadores e modalidades de cálculo a serem utilizados para a concessão da gratificação. Já com a alteração do § 5º ao art. 11 da citada Lei, deixaria de ser incompatível com as gratificações do Grupo Ocupacional Fiscalização e Regulação a Gratificação Especial por Produtividade – GEP. Opino pela rejeição da emenda, ante as seguintes considerações. A Lei nº 11.051/2008 reestrutura o Grupo Ocupacional Fiscalização e Regulação. Por sua vez, os artigos que se pretende alterar através desta emenda são o 10 – que prevê os percentuais de cálculo das gratificações privativas dos ocupantes dos cargos da carreira – e o 11 – que, dentre outras coisas, enumera as vantagens consideradas incompatíveis com as gratificações do Grupo Ocupacional Fiscalização e Regulação. De acordo com o Autor da emenda, como a Lei nº 11.366, de 29 de janeiro de 2009 – que reestrutura o Grupo Ocupacional Gestão Pública – não contemplou os servidores da carreira de Especialistas e Fiscais do Grupo Ocupacional Fiscalização e Regulação, faz-se necessário proceder a modificação da Lei nº 11.051/2008, para nela constar regramento das gratificações semelhante àquele previsto na Lei nº 11.366/2009. Diz-se semelhante porque, malgrado a Lei 11.366 preveja que a Gratificação Especial por Produtividade – GEP é incompatível com a Gratificação Privativa do Grupo Ocupacional Gestão Pública, a presente emenda pretende tornar a GEP compatível com as gratificações do Grupo Ocupacional Fiscalização e Regulação. 54 Pois bem. Primeiramente, descabe a afirmação de que os servidores da carreira de Especialista e Fiscais do Grupo Ocupacional Fiscalização e Regulação não foram contemplados com a reestruturação, já que a Lei nº 11.051, de 06 de junho de 2008, que trata da reestruturação do Grupo, contemplou, além das carreiras de nível médio, 05 carreiras de nível superior vinculadas à Fiscalização e Regulação (Especialista em Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Especialista em Proteção e Defesa do Consumidor, Especialista em Metrologia e Qualidade, Fiscal Estadual Agropecuário e Especialista em Regulação), que se encontravam com remunerações defasadas e processos de promoção emperrados ao longo dos anos. Inclusive, quando da elaboração das reestruturações referentes às carreiras do Poder Executivo, a Administração promoveu diversas mesas de negociação com os representantes das diversas carreiras envolvidas. Saliente-se, também, que esta Lei contemplou tanto a reestruturação remuneratória dos planos de carreiras, quanto o reenquadramento dos atuais servidores, este último para corrigir distorções ocorridas em processos de promoção/progressão anteriores e conferir aos servidores o adequado posicionamento nas novas classes. Em relação ao pleito de equiparação com a carreira de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental – EPPGG, deve-se esclarecer que descabe equiparação de remuneração de servidores com atribuições distintas. O Governo da Bahia estruturou suas carreiras, nos anos de 2008 e 2009, conforme a natureza das atividades desempenhadas, utilizando-se, para tanto, de critérios técnicos distintos para o cálculo das gratificações concedidas aos integrantes das diversas carreiras. Tais critérios foram estabelecidos após análise técnica, levando-se em conta as características próprias de cada carreira e em função do núcleo de atividades em que o Grupo Ocupacional está inserido, descabendo, assim, qualquer alteração quanto à sua formatação. Cabe ainda esclarecer que os valores de remuneração adotados na Bahia para as diversas carreiras do Poder Executivo tiveram como base pesquisa salarial realizada em vários entes da Federação. No que se refere especificamente ao valor da remuneração inicial adotada para as carreiras de nível superior do Grupo Ocupacional Fiscalização e Regulação, os valores estão dentre os maiores, comparando com os demais entes pesquisados e bem acima da média geral, considerando carreiras correlatas. Além disso, ao prever novos parâmetros para o cálculo a emenda está gerando aumento de despesa em projeto de lei de iniciativa privativa do Governador, o que é vedado pela Constituição do Estado da Bahia, no seu art. 78, inciso I, que proíbe emenda parlamentar em projetos de iniciativa privativa do Governador, entre os quais se inclui a presente proposição, na forma do que dispõe o art. 77, incisos II e IV da Carta Estadual. Emenda nº 2: Esta emenda pretende aumentar de 31 de dezembro de 2009 para 31 de janeiro de 2010 o prazo para os servidores escolherem entre a manutenção da percepção da vantagem pessoal prevista no art. 100 da Lei nº 8.889/2003 e obtenção do 55 enquadramento disposto no art. 21 da Lei nº 11.375/2009, bem como estabelecer a retroatividade dos efeitos da opção a 01 de janeiro de 2010. Opino pela rejeição, uma vez que o enquadramento a que se refere o dispositivo que se pretende modificar, a ser realizado após a entrega da documentação, estava inicialmente previsto para ocorrer até 120 dias após a publicação da Lei nº 11.375, de 05 de fevereiro de 2009. Este prazo se estendeu demasiadamente e a comissão criada para promover os enquadramentos dos atuais servidores das carreiras mencionadas no artigo informa que a quase totalidade dos servidores já apresentou a documentação e foi enquadrada na nova estrutura. Tratase, assim, apenas de estabelecer um prazo final na lei para a entrega da documentação e atender aos servidores remanescentes. Além disso, retroagir os efeitos da opção a 01 de janeiro de 2010 importaria em aumento de despesa, o que é vedado pela Constituição do Estado da Bahia, conforme citado na análise da emenda nº 1. Emenda nº 3: Através desta emenda pretende-se ampliar de 10 de janeiro de 2010 para 10 de fevereiro de 2010 o prazo para a Secretaria da Administração promover a revisão do enquadramento previsto no caput do art. 22 da Lei nº 11.375/2009. Argumentam os Autores que, ao estabelecer um prazo maior para a Secretaria da Administração promover o referido enquadramento, também se estaria concedendo um prazo maior para os servidores referidos no dispositivo fazerem a opção entre a manutenção da percepção da vantagem pessoal prevista no art. 100 da Lei nº 8.889/2003 e obtenção do enquadramento disposto no art. 21 da Lei nº 11.375/2009. Trata-se, assim, apenas de estabelecer um prazo final na lei para a entrega da documentação e atender aos servidores remanescentes, razão pela qual se mostra pertinente a ampliação do prazo para a Administração promover a revisão do enquadramento, devendo a emenda ser aceita. Por fim, apresento, na condição de Relator, as seguintes emendas: Emenda de Relator nº 1: Suprimam-se os §§ 2º, 3º e 4º do art. 21-A da Lei nº 11.375, de 05 de fevereiro de 2009, que será acrescido pelo art. 5º do Projeto de Lei nº 18.463/2009, transformando-se o §1º em parágrafo único. JUSTIFICATIVA: A presente emenda visa suprimir os §§ 2º, 3º e 4º do art. 21-A da Lei nº 11.375, de 05 de fevereiro de 2009, que será acrescido pelo art. 5º do Projeto de Lei nº 18.463/2009, pois o referido dispositivo impossibilita que os analistas universitários possam auferir a vantagem pessoal prevista no art. 100 da Lei nº 8.889/2003 e obter o enquadramento estabelecido no art. 21 da Lei nº 11.375/2009. Com relação ao enquadramento efetivado por lei, observa-se que este não se confunde com a movimentação funcional decorrente de progressão e promoção na carreira, constantes no art. 3º da Lei nº 11.375/2009, de maneira que não há qualquer óbice jurídico à percepção de vantagem pessoal por servidor reenquadrado 56 na carreira, quando atendidos os requisitos, ainda que um mesmo título conste como requisito para ambos. Ademais, cumpre observar que com a supressão sugerida na presente emenda não se está possibilitando a percepção de duas gratificações decorrentes do mesmo fato gerador, mesmo porque o incentivo funcional tratado na Lei nº 8.889/2003, que já foi extinto e incorporado como vantagem pessoal, tem natureza jurídica de adicional. Portanto, se a percepção da vantagem pessoal decorrente do extinto incentivo funcional não impede que o servidor obtenha o enquadramento, podendo ambos coexistirem, a imposição contida no Projeto de Lei nº 18.463/2009 para que os técnicos universitários escolham entre a aferição da vantagem pessoal prevista no art. 100 da Lei nº 8.889/2003 e a obtenção do enquadramento estabelecido no art. 22 da Lei nº 11.375/2009 viola um direito subjetivo desses servidores, e, portanto, deve ser retirada da proposição através da presente emenda. Emenda de Relator nº 2: Suprima-se o art. 7º do PL nº 18.463/2009, que acresce os §§6º, 7º e 8º ao art. 22 da Lei nº 11.375, de 05 de fevereiro de 2009, renumerando-se os demais dispositivos. JUSTIFICATIVA: A presente emenda visa suprimir o art. 7º do PL nº 18.463/2009, que acresce os §§6º, 7º e 8º ao art. 22 da Lei nº 11.375, de 05 de fevereiro de 2009, pois o referido dispositivo impossibilita que os técnicos universitários possam auferir a vantagem pessoal prevista no art. 100 da Lei nº 8.889/2003 e obter o enquadramento estabelecido no art. 22 da Lei nº 11.375/2009, considerando-se as mesmas razões que justificam a emenda anterior. Emenda de Relator nº 3: Acresça-se, ao Projeto de Lei nº 18.463/2009, um artigo, que será o 7º, com a seguinte redação: Art. 7º - O art. 92 da Lei nº 6.677, de 24 de setembro de 1994, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 92 – Ao servidor que tiver exercido por 10 (dez) anos, contínuos ou não, cargo de provimento temporário ou mandato eletivo estadual, é assegurada estabilidade econômica, consistente no direito de continuar a perceber, no caso de exoneração, dispensa ou término do mandato, como vantagem pessoal, retribuição equivalente a 30% (trinta por cento) do valor do símbolo ou do subsídio correspondente ao cargo de maior hierarquia ou mandato que tenha exercido por mais de 2 (dois) anos, ou a diferença entre o valor deste e o vencimento do cargo de provimento permanente.” JUSTIFICATIVA: esta emenda destina-se a adequar a Lei nº 6.677, de 24 de setembro de 1994, à Constituição Estadual, no que respeita à estabilidade econômica. Ante o exposto, opino pela aprovação da proposição ora relatada com as alterações produzidas pelas emendas de Relator. É o parecer, s.m.j. 57 Sala das Sessões, 22 de dezembro de 2009.” (Não foi revisto pelo orador.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Em votação no âmbito das Comissões. Os Srs. Deputados que aprovam,permaneçam como se encontram. (pausa). Aprovado. Em discussão única e votação o Projeto de Lei nº 18.463/2009. SUBSTITUTIVO AO PROJETO DE LEI Nº 18.463/2009 Altera a Lei no 10.431, de 20 de dezembro de 2006; a Lei nº 11.356, de 06 de janeiro de 2009; a Lei nº 11.366, de 29 de janeiro de 2009; a Lei nº 11.373, de 05 de fevereiro de 2009; a Lei nº 11.374, de 05 de fevereiro de 2009; a Lei nº 11.375, de 05 de fevereiro de 2009; a Lei nº 11.480, de 01 de julho de 2009, a Lei nº 8.268, de 04 de julho de 2002 e dá outras providências. A ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA DECRETA : Art. 1º - Ficam acrescidos dispositivos à Lei nº 11.366, de 29 de janeiro de 2009, da forma que se segue: I - o § 3º ao art. 2º: “Art.2º- .................................................................................... .................................................................................................. § 3º - É vedada a fixação de jornada reduzida ou de regime de plantão.” II - os §§ 8º, 9º e 10 ao art. 6º: “Art.6º- .................................................................................... .................................................................................................. § 8º - Os servidores que estejam lotados na Secretaria da Fazenda, quando designados ou postos à disposição de outro órgão ou entidade, serão automaticamente relotados na Secretaria da Administração. 58 § 9º - O servidor, uma vez lotado na Secretaria da Administração, não poderá ser relotado em outro órgão ou entidade da Administração Pública Estadual. § 10 - A movimentação dos servidores ocupantes do cargo de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental para órgão ou entidade diverso daquele em que esteja lotado dar-se-á por ato de designação ou de disposição, na forma prevista em regulamento.” III - o art. 6º-A: “Art. 6º-A - A designação é o ato de movimentação do Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental para o exercício das suas atribuições em órgão ou entidade da Administração Pública Direta, Autárquica ou Fundacional, no âmbito do Estado da Bahia, com vistas ao atendimento de necessidades de serviço perfeitamente identificáveis, observado o disposto no § 1º do art. 6º desta Lei e as vedações previstas em regulamento. § 1º - A designação será por prazo determinado e sujeitar-se-á à revogação antecipada pelo Secretário da Administração, de ofício ou a pedido do servidor, em caso de descumprimento de qualquer dos requisitos previstos nesta Lei ou no regulamento. § 2º - A designação dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental lotados na Secretaria do Planejamento será ato conjunto dos Secretários da Administração e do Planejamento. § 3º - Findo o prazo ou revogada a designação, o servidor passará, automaticamente, a exercer suas atividades no órgão em que for lotado. § 4º - O ônus da despesa de pessoal relativa à designação do Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental caberá ao órgão de lotação do servidor.” IV- o art. 6º-B: 59 “Art. 6º-B - Disposição é o ato de movimentação do Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental para órgão ou entidade distinto daquele de lotação, em virtude de investidura em cargo em comissão, função gratificada ou comissionada, considerados de direção ou assessoramento superior, na forma do regulamento. § 1º - A partir da vigência desta Lei, os integrantes da carreira de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental somente poderão ser postos à disposição para atendimento das hipóteses previstas no art. 7º desta Lei ou nas seguintes hipóteses: I - para o exercício de cargo em comissão, função gratificada ou comissionada, com símbolo no mínimo equivalente ao DAS-2D, nos Poderes Legislativo ou Judiciário do Estado da Bahia; II - para o exercício de cargo em comissão, função gratificada ou comissionada, com símbolo no mínimo equivalente ao DAS-2D, em órgão ou entidade de qualquer dos poderes dos demais entes federados. § 2º - Exonerado o servidor do cargo em comissão, função gratificada ou comissionada, cessará a disposição e retornará o servidor, automaticamente, ao exercício das atividades no seu órgão de lotação. § 3º - O ônus da despesa de pessoal relativa à disposição do Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental observará o que se segue: I - caso o servidor opte pela remuneração integral do cargo em comissão, função gratificada ou comissionada, a despesa caberá ao órgão ou entidade cessionária; II - caso o servidor opte pelo recebimento de 30% (trinta por cento) do valor correspondente ao símbolo do cargo em comissão, função gratificada ou comissionada, ou pela diferença entre o valor do símbolo e a remuneração do cargo de Especialista, caberá ao órgão ou entidade cessionária o ônus destas parcelas e ao órgão de lotação o ônus das despesas relativas ao vencimento, à Gratificação pela Execução de Atividades do Ciclo de Gestão – GCG e às vantagens regularmente reconhecidas.” 60 V - o § 8º, com três incisos, ao art. 13: “Art.13- .................................................................................... ................................................................................................... § 8º - O servidor dos cargos de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental não fará jus à percepção da Gratificação pela Execução de Atividades do Ciclo de Gestão – GCG quando: I - não estiver em efetivo exercício das atribuições da carreira previstas no art. 4º desta Lei; II - exercer suas atribuições em local de trabalho incompatível com o disposto nos arts. 6º, 6º-A e 6º-B desta Lei ou no regulamento; III - estiver atuando em jornada de trabalho distinta da fixada no art. 2º desta Lei.” Art. 2º - O § 4º do art. 9º da Lei nº 11.366, de 29 de janeiro de 2009, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art.9º- ..................................................................................... ................................................................................................... § 4º - O regulamento estabelecerá a forma e os critérios de avaliação, bem como os requisitos para a participação em processo seletivo de promoção, no qual será vedada a participação do servidor que não atender ao disposto nos incisos I, II e III do § 8º do art. 13 desta Lei.” Art. 3º - Fica transformado nos §§ 1º e 2º, o parágrafo único do art. 12 da Lei nº 11.374, de 05 de fevereiro de 2009, com a redação que se segue: “Art.12- .................................................................................... § 1º - Os títulos de que trata o inciso II deste artigo devem ser reconhecidos pelo Ministério da Educação – MEC, concluídos em área relacionada às atribuições do cargo e não podem ter sido computados nos processos de progressão ou promoção realizados anteriormente, comprovados com o 61 diploma ou certificado de conclusão do curso. § 2º - O servidor poderá requerer o enquadramento e comprovar os requisitos dispostos no inciso II deste artigo até o dia 31 de dezembro de 2009.” Art. 4º - O art. 21 da Lei nº 11.375, de 05 de fevereiro de 2009, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 21 - Os atuais ocupantes do cargo de Analista Universitário que estejam enquadrados na tabela da Gratificação por Competência – GPC, por carga horária, passam a perceber a Gratificação de Suporte Técnico Universitário – GSTU com base na remuneração individual praticada, entendida esta como o vencimento do cargo efetivo acrescido do valor do nível da GPC atribuída com base na jornada de trabalho e de acordo com a titulação nas Referências seguintes: I - Referência S, no Grau correspondente à classe atualmente ocupada, os atuais Analistas Universitários com escolaridade de nível superior; II - Referência E, no Grau correspondente à classe atualmente ocupada, os atuais Analistas Universitários com 01 (uma) especialização em nível de pós-graduação, com carga horária mínima de 360 (trezentos e sessenta) horas; III - Referência EE, no Grau correspondente à classe atualmente ocupada, os atuais Analistas Universitários com 02 (duas) especializações em nível de pós-graduação, com carga horária mínima de 360 (trezentos e sessenta) horas cada uma, ou 01 (uma) especialização em nível de pós-graduação com carga horária igual ou superior a 600 (seiscentas) horas; IV - Referência M, no Grau correspondente à classe atualmente ocupada, os atuais Analistas Universitários com título de mestrado; V - Referência D, no Grau correspondente à classe atualmente ocupada, os atuais Analistas Universitários com título de doutorado. 62 § 1º - Para efeito do disposto neste artigo, o valor de remuneração apurado deverá ser comparado com padrões de vencimentos para os graus dos cargos efetivos e os valores de GSTU fixados na nova estrutura de Graus, respeitada a titulação requerida em cada Referência e o regime de trabalho a que o servidor esteja submetido, atribuindo esta vantagem pelo Grau e Referência, conforme titulação, cujo valor de GSTU somado ao vencimento represente valor igual ou imediatamente superior ao da remuneração, esta entendida como vencimento acrescido de Gratificação por Competência – GPC, percebida na data de início de vigência desta Lei. § 2º - Para os servidores que percebam a vantagem da estabilidade econômica pela diferença do símbolo, na forma do art. 92 da Lei nº 6.677, de 26 de setembro de 1994, a remuneração individual praticada, entendida esta como a soma do vencimento, o valor da diferença do símbolo e a Gratificação por Competência – GPC, será comparada com os padrões de vencimento fixados na nova estrutura da carreira para os Graus do cargo efetivo e os valores da Gratificação ora instituída, observada a titulação, não podendo resultar valor inferior ao da remuneração percebida em janeiro de 2009. § 3º - Se do comparativo de remuneração previsto nos §§ 1º e 2º deste artigo resultar indicação de Grau superior à prevista nesta Lei, proceder-se-á ao enquadramento no Grau cujo vencimento somado à Gratificação de Suporte Técnico Universitário - GSTU, e quando couber, ao valor percebido pela estabilidade econômica, seja igual ou imediatamente superior à composição da sua remuneração. § 4º - Se, após o enquadramento previsto neste artigo e no art. 21-A, o somatório das parcelas remuneratórias percebidas em janeiro de 2009 resultar em valor superior ao total das parcelas remuneratórias a perceber a partir de fevereiro de 2009, a título de vencimento e Gratificação de Suporte Técnico Universitário – GSTU no último Grau da tabela de 40 horas, o valor excedente será atribuído ao servidor como Vantagem Pessoal. § 5º - Ocorrendo revisão geral da remuneração dos servidores públicos estaduais na mesma data de vigência desta Lei, as 63 regras de enquadramento previstas neste artigo e no art. 21-A, serão aplicadas considerando os valores já reajustados dos vencimentos e da gratificação privativa da carreira de Analista Universitário. § 6º - O valor correspondente à Vantagem Pessoal, a que se refere o § 4º deste artigo, será reajustado quando da revisão geral da remuneração dos servidores públicos.” Art. 5º - Fica acrescido o art. 21-A à Lei nº 11.375, de 05 de fevereiro de 2009, com a redação a seguir: “Art. 21-A - A entidade de lotação do servidor promoverá, até o dia 10 de janeiro de 2010, a revisão do enquadramento do Analista Universitário na tabela da Gratificação de Suporte Técnico Universitário – GSTU, de ofício ou a requerimento do interessado, em função de possuir titulação de Especialização em nível de Pós-Graduação, Mestrado ou Doutorado, comprovada por diploma ou certificado de conclusão do curso reconhecido pelo Ministério da Educação – MEC, concluída em área relacionada às atribuições do cargo e que não tenha sido computada em processo de progressão ou promoção realizado anteriormente. Parágrafo único - A revisão de que trata o caput deste artigo não implicará na mudança do Grau atribuído no enquadramento efetuado em 01 de fevereiro de 2009 e terá seus efeitos financeiros a partir da data de publicação do ato de concessão. Art. 6º - O § 1º do art. 22 da Lei nº 11.375, de 05 de fevereiro de 2009, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art.22- ....................................................................................... § 1º - A Secretaria da Administração promoverá a revisão do enquadramento previsto no caput deste artigo, até o dia 10 de janeiro de 2010, de ofício ou a requerimento do interessado, por integralização de cursos de aperfeiçoamento concluídos com carga horária mínima de 08 (oito) horas em área 64 relacionada às atribuições do cargo e que não tenham sido computados nos processos de progressão ou promoção realizados anteriormente, comprovados com o diploma ou certificado de conclusão dos cursos.” Art. 7º - O art. 92 da Lei nº 6.677, de 24 de setembro de 1994, passa a vigorar com a seguinte redação: “Art. 92 - Ao servidor que tiver exercido por 10 (dez) anos, contínuos ou não, cargo de provimento temporário ou mandato eletivo estadual, é assegurada estabilidade econômica, consistente no direito de continuar a perceber, no caso de exoneração, dispensa ou término de mandato, como vantagem pessoal, retribuição equivalente a 30% (trinta por cento) do valor do símbolo ou do subsídio correspondente ao cargo de maior hierarquia ou mandato que tenha exercido por mais de 2 (dois) anos, ou a diferença entre o valor deste e o vencimento do cargo de provimento permanente.”. Art. 8º - Fica acrescido o § 5º ao art. 28 da Lei nº 11.373, de 05 de fevereiro de 2009, com a seguinte redação: “Art.28- ....................................................................................... ..................................................................................................... § 5º - Em 01 de fevereiro de 2009, o valor de Gratificação de Incentivo ao Desempenho - GID para os servidores do Grupo Ocupacional Serviços Públicos de Saúde, lotados ou em exercício nas Unidades Prisionais do Estado da Bahia, será composto pelo somatório dos valores das gratificações previstas no caput deste artigo, da Gratificação por Condições Especiais de Trabalho – CET e da Gratificação pelo Exercício em Unidade do Sistema Prisional – GEUSP.” Art. 9º - Fica acrescido o art. 18-A à Lei nº 11.356, de 06 de janeiro de 2009, com a redação a seguir: “Art. 18-A - Aos candidatos que vierem a ser aprovados dentro do número de vagas nos concursos para ingresso no curso de formação de soldados 2008 e no curso de formação de oficiais 2008 serão aplicados os requisitos legais de ingressos vigentes à época da publicação dos editais respectivos.” Art. 10 - Fica alterada a nomenclatura do Conselho criado pela Lei nº 8.268, de 04 de julho de 2002, de “Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa 65 Portadora de Deficiência” para “Conselho Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência - COEDE”. Art. 11 - Fica alterada a nomenclatura da Política mencionada no inciso II, do art. 2º da Lei nº 8.268, de 04 de julho de 2002, de “Política Estadual para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência” para “Política Estadual de Inclusão da Pessoa com Deficiência”. Art. 12 - Fica revogado o § 1º do art. 192 da Lei nº 10.431, de 20 de dezembro de 2006. Art. 13 - Esta Lei entrará em vigor na data da sua publicação. Art. 14 - Revogam-se as disposições em contrário. Sala das Sessões, 22 de dezembro de 2009 Deputado Paulo Câmera Relator O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Não há orador para discutir, não há orador para encaminhar. Em votação. Os Srs. Deputados que aprovam,permaneçam como se encontram. (pausa). Aprovado por unanimidade. Vai para o governador para sanção do mesmo. Próximo projeto. Em discussão única e votação o Projeto de Lei número 18.461/2009, do Poder Executivo, que autoriza o Poder Executivo do Estado da Bahia e a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia, Conder, a doar imóveis do Fundo de Arrendamento Residencial, FAR, para fins de construção de unidades habitacionais de interesse social na forma que indica. PROJETO DE LEI Nº 18.461/2009 Autoriza o Poder Executivo do Estado da Bahia e a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia - CONDER a doarem imóveis ao Fundo de Arrendamento Residencial - FAR, para fins de construção de unidades habitacionais de interesse social, na forma que 66 indica. O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Fica o Poder Executivo do Estado da Bahia autorizado a doar ao Fundo de Arrendamento Residencial - FAR: I - área de terra medindo 24.555,92 m², a ser desmembrada da maior porção de terra intitulada Fazenda Barreiras, registrada sob o número 2.273, no livro 3 – A, folha 02, perante o 3º Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Salvador, localizada no bairro de Mata Escura, no Município de Salvador; II - área de terra medindo 31.200 m², a ser desmembrada da porção de terra registrada sob o número de matrícula R-2 2.052, perante o 2º Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Camaçari, localizada na Av. Concêntrica, no trecho entre a Rua Camaçari de Dentro e a Avenida 28 de setembro (Radial A), no Município de Camaçari; III - área de terra medindo 217.841,20 m², a ser desmembrada da porção de terra registrada sob o número de matrícula R-2 2.935, perante o 2º Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Salvador, localizada na Ponta da Sapoca, Tubarão, São Tomé de Paripe, Subdistrito de Paripe, no Município de Salvador; IV - área de terra medindo 24.073,74 m², a ser desmembrada da porção de terra registrada sob o número de matrícula R-2 52.637, perante o 2º Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Salvador, localizada na Ponta da Sapoca, Tubarão, São Tomé de Paripe, Subdistrito de Paripe, no Município de Salvador; V - área de terra medindo 20.295,05 m², a ser desmembrada da porção de terra registrada sob o número de matrícula R-2 52.638, perante o 2º Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Salvador, localizada na Ponta da Sapoca, Tubarão, São Tomé de Paripe, Subdistrito de Paripe, no Município de Salvador; VI - área de terra medindo 10.773,75 m², a ser desmembrada da porção de terra registrada sob o número de matrícula R-2 81.299, perante o 2º Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Salvador, localizada na Ponta da Sapoca, Tubarão, São Tomé de Paripe, Subdistrito de Paripe, no Município de Salvador; VII - 02 (duas) áreas de terra medindo 38.070,21 m² e 17.888,51 m², a serem desmembradas da maior porção de terra registrada sob o número de matrícula R-2 52.626, perante o 2º Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Salvador, 67 localizada na Ponta da Sapoca, Tubarão, São Tomé de Paripe, Subdistrito de Paripe, no Município de Salvador; VIII - área de terra medindo 164.403,32 m², a ser desmembrada da maior porção de terra registrada sob o número de matrícula 1.721, perante o 1º Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Santo Antonio de Jesus, localizada na Estrada do Benfica, S/N, no Município de Santo Antonio de Jesus; IX - área de terra medindo 9.730,95 m², a ser desmembrada da maior porção de terra registrada sob o número de matrícula R-1 110.334, perante o 2º Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Salvador, localizada na Rua Luciano Gomes, Bairro de Jardim Cajazeiras, no Município de Salvador. Art. 2º - Fica a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia - CONDER autorizada a doar ao Fundo de Arrendamento Residencial - FAR: I - área de terra medindo 143.497,0730 m², a ser desmembrada da maior porção de terra registrada sob o número de matrícula 94.116, perante o 2º Ofício do Registro de Imóveis da Comarca de Salvador, localizada no entorno da Lagoa da Paixão, no bairro de Valéria, Sub-distrito de Paripe, no Município de Salvador; II - área de terra medindo 121.054,5245 m², a ser desmembrada da maior porção de terra registrada sob o número de matrícula 109.652, perante o 2º Ofício do Registro de Imóveis da Comarca de Salvador, localizada no entorno da Lagoa da Paixão, no bairro de Valéria, Sub-distrito de Paripe, no Município de Salvador; III - área de terra medindo 31.583,4983 m², a ser desmembrada da maior porção de terra registrada sob o número de matrícula 95.128, perante o 2º Ofício do Registro de Imóveis da Comarca de Salvador, localizada no entorno da Lagoa da Paixão, no bairro de Valéria, Sub-distrito de Paripe, no Município de Salvador. Parágrafo único - A doação das áreas descritas nos incisos deste artigo fica condicionada ao registro do título aquisitivo da propriedade em favor da CONDER no 2º Ofício de Registro de Imóveis da Comarca de Salvador. Art. 3º - As áreas a que se referem os arts. 1º e 2º desta Lei destinam-se à construção de unidades habitacionais de interesse social, ficando o Poder Público autorizado a realizar prévia desafetação, quando for o caso. Art. 4º - O não cumprimento da finalidade prevista no art. 3º desta Lei, no prazo de 03 (três) anos contados a partir da efetivação da doação ao Fundo de Arrendamento Residencial - FAR, importará em reversão automática das áreas ao patrimônio do Estado da Bahia ou da CONDER, conforme o caso. 68 Art. 5º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, em O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Para relatar a nobre deputada Neusa Cadore, pelo tempo necessário. A Srª NEUSA CADORE:-“Parecer Das Comissões de Constituição e Justiça, Infra Estrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo e Finanças, Orçamento, Fiscalização e Controle, ao Projeto de Lei nº 18.461/2009, de autoria do Poder Executivo, o qual “Autoriza o Poder Executivo do Estado da Bahia e a Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia – CONDER – a doarem imóveis ao Fundo de Arrendamento Residencial – FAR, para fins de construção de unidades habitacionais de interesse social, na forma que indica.” Através do projeto de lei que ora venho relatar pretende, o Poder Executivo, obter da Assembléia Legislativa a necessária autorização para proceder a doação de imóveis de propriedade do Estado ao Fundo de Arrendamento Residencial - FAR, estendendo-se também a autorização à CONDER. A doação dos imóveis é um procedimento necessário para a construção de unidades habitacionais de interesse social, através do Programa Minha Casa Minha Vida, do Governo Federal. Já o FAR constitui “uma universalidade despersonalizada de bens e recursos, cuja finalidade exclusiva é a segregação patrimonial e contábil dos haveres financeiros e imobiliários, sendo a Caixa Econômica Federal sua criadora e gestora operacional, nos termos do art. 2º da Lei nº 10.188/2001”, conforme registra o Sr. Governador em sua Mensagem, ressaltando ainda que “o Programa Minha Casa Minha Vida assume uma dupla função de fundamental relevância: 1) o enfrentamento do déficit habitacional através do acesso à casa própria para famílias de baixa renda; 2) geração de emprego e renda pelo investimento direto na construção civil e consequente incremento da indústria de material de construção”. Esse setor, inclusive, foi o segundo maior gerador de empregos no Estado, em agosto deste ano, ainda segundo a Mensagem Governamental. Os terrenos doados pelo Estado ao FAR irão ser utilizados na construção de habitações destinadas à camada da população que tem renda entre 0 e 3 salários mínimos, nos termos da Lei Estadual nº 11.041, de 7 de maio de 2008, que instituiu a política e o sistema de habitação de interesse social, voltada para o enfrentamento do déficit habitacional. Trata-se, portanto, de matéria de grande alcance e relevante interesse social, porquanto vem reforçar um programa de habitação voltado exclusivamente para a população de baixa renda, que passa a ter, cada vez mais próxima, a realização do sonho da casa própria. O projeto recebeu apenas uma emenda, de autoria da Bancada da Minoria, 69 estabelecendo a obrigatoriedade de encaminhamento pelo Poder Executivo, à Assembléia Legislativa, a cada 90 dias, de relatório de gestão da utilização das áreas e quantitativo das unidades habitacionais construídas. Argumentam os Autores que a obrigatoriedade no envio do referido relatório possibilitará à Assembleia Legislativa ter as informações necessárias e suficientes para fiscalizar e acompanhar a destinação e ocupação das áreas que serão doadas ao Fundo de Arrendamento Residencial – FAR. A emenda deve ser rejeitada, pois não há no texto do projeto qualquer óbice ao exercício da atividade de fiscalização assegurada aos membros da Assembléia Legislativa da Bahia pela Constituição Estadual. Afora isso, a obrigatoriedade de envio do relatório aludido configura espécie de controle administrativo prévio das atividades do Poder Executivo pelo Poder Legislativo, consagrando, indubitavelmente, um mecanismo de subordinação hierárquica de um Poder a outro, e afrontando o princípio da Separação dos Poderes. A estipulação de envio obrigatório de informações pelo Poder Executivo ao Poder Legislativo já foi, inclusive, objeto de inúmeras Ações Diretas de Inconstitucionalidade, tendo os tribunais entendido que a criação de mecanismo de controle externo não previsto na sistemática constitucional viola a simetria que deve existir, na matéria, com relação aos modelos constitucionais de controle da Administração. Ante o exposto, opino pela aprovação do projeto ora relatado na forma originalmente apresentada pelo Poder Executivo. É o parecer, s.m.j. Sala das Sessões, 22 de dezembro de 2009.” (Não foi revisto pela oradora.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Em votação o parecer no âmbito das comissões. Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa) Aprovado. No Plenário. Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa) Aprovado à unanimidade. (Lê) “Projeto de lei nº 18.375/2009, de autoria do Poder Executivo, o qual `Altera dispositivos das Leis nº 3.956, de 11 de dezembro de 1981, e no 8.596, de 28 de abril de 2003 e dá outras providências.” Em discussão única e votação o Projeto de Lei nº 18.375/09. PROJETO DE LEI Nº 18.375/2009 Altera dispositivos das Leis nº 3.956, de 11 de dezembro de 1981 e nº 8.596, de 28 de abril de 2003 e dá outras providências. O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, faço saber que a Assembléia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 70 Art. 1º - Os dispositivos da Lei nº 3.956, de 11 de dezembro de 1981, indicados a seguir, passam a vigorar com as seguintes redações: I - os §§ 6º e 7º do art. 109: “ § 6º - Não sendo solicitada a liberação e não havendo pagamento ou impugnação do débito, as mercadorias serão consideradas abandonadas e doadas, incorporadas ao patrimônio do estado ou levadas à leilão, conforme o disposto em regulamento. § 7º - O devedor ficará desobrigado do pagamento do crédito tributário se as mercadorias apreendidas que constituam prova material da respectiva infração à legislação fiscal forem consideradas abandonadas nos termos previstos em regulamento.”. II - a alínea “d” do inciso II do art. 129: “d) quando o tributo for inferior a R$ 3.000,00 (três mil reais);”; III - o art. 139-A: “ Art. 139-A - A restauração ou reconstituição dos processos administrativos que por qualquer circunstância tenham sido extraviados ou destruídos, caberá, em qualquer fase, à Corregedoria da Fazenda, nos processos em poder da Secretaria da Fazenda, ou à Procuradoria Fiscal (PROFIS), nos processos em seu poder, observados os procedimentos e critérios estabelecidos em regulamento.”. Art. 2º - Fica acrescentado o inciso VIII ao art. 1º da Lei nº 8.596 de 28 de abril de 2003, com a seguinte redação: “VIII - restaurar ou reconstituir os processos administrativos que por qualquer circunstância tenham sido extraviados ou destruídos quando em poder da Secretaria da Fazenda;”. Art. 3º - Revogam-se as disposições em contrário e, em especial, o § 6º do art. 129 da Lei nº 3.956, de 11 de dezembro de 1981. Art. 4º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO, em 71 Faltam os pareceres das Comissões de Constituição e Justiça, Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia, Serviço Público, Finanças e Orçamento, Fiscalização e Controle. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Designo o nobre deputado Gilberto Brito para relatar a matéria. O Sr. GILBERTO BRITO:- (Lê) “PARECER das Comissões de Constituição e Justiça, Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia e Finanças, Orçamento, Fiscalização e Controle, ao Projeto de Lei nº 18.375/2009, de autoria do Poder Executivo, o qual ‘Altera dispositivos das Leis no 3.956, de 11 de dezembro de 1981, e no 8.596, de 28 de abril de 2003 e dá outras providências’. O projeto que ora passo a relatar, encaminhado a esta Casa pelo Exmº Sr. Governador do Estado, tem o objetivo de promover alterações no Código Tributário do Estado da Bahia (Lei nº 3.956/81), bem assim na Lei nº 8.596/2003. Em relação ao Código Tributário, a modificação pretende ‘estabelecer as condições em que mercadorias apreendidas serão consideradas abandonadas, bem como definir as consequências em relação a seu destino e ao respectivo crédito tributário’, conforme registra a Mensagem Governamental, a qual ressalta ainda que a proposição ‘apresenta também elevação do valor mínimo para lavratura de notificação fiscal, visando dar maior celeridade aos processos administrativos’, valor este que passa a ser de R$ 3.000,00. Já a alteração da Lei nº 8.596/2003, que cria a Corregedoria da Secretaria da Fazenda, destina-se a dar competência à corregedoria ‘para a reconstituição de processos administrativos fiscais extraviados quando em poder da Secretaria da Fazenda, bem como a adequação da norma do COTEB ao inciso XXXV do art. 2º da Lei Complementar nº 34/90 – PGE, que dispõe sobre a reconstituição dos processos administrativos fiscais que estiverem em poder da Procuradoria Geral do Estado’, ainda segundo a Mensagem do Sr. Governador. O projeto recebeu apenas uma emenda, de autoria da Bancada da Minoria, pretendendo estabelecer a obrigatoriedade do Poder Executivo encaminhar à Comissão de Finanças, Orçamento, Fiscalização e Controle da Assembléia Legislativa Relatório Técnico Gerencial Específico da execução da lei derivada deste projeto, com avaliação dos impactos sociais, econômicos e fiscais junto ao Orçamento do Estado, além dos aspectos da efetividade, da eficácia e da eficiência. Opino pela rejeição da emenda, uma vez que a obrigatoriedade de envio de tal relatório à Assembléia Legislativa constitui estipulação de espécie de controle administrativo prévio das atividades do Poder Executivo pelo Poder Legislativo, consagrando, indubitavelmente, um mecanismo de subordinação hierárquica de um Poder a outro, e afrontando o princípio da separação dos Poderes. Convém ressaltar, também, que o Estado da Bahia possui agora o Transparência Bahia, que é um instrumento de consulta pública e acompanhamento da aplicação dos recursos do Estado, e contempla a divulgação em rede mundial (Internet) dos contratos que venham a ser firmados pelo Governo do Estado, bem 72 como as informações referentes à execução destes, pelo que é desnecessária a previsão legal pretendida. Ante o exposto, opino pela aprovação do Projeto de Lei ora relatado na forma proposta pelo Poder Executivo. É o parecer, s.m.j. Sala das Sessões, 22 de dezembro de 2009.” Gilberto Brito, relator. (Não foi revisto pelo orador.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Em votação no âmbito das Comissões o projeto em foco. Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa) Aprovado. No plenário. Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa) Aprovado o projeto de lei nº 18.375/2009 do Poder Executivo por unanimidade. O projeto vai para a sanção de S.Exª o governador Jaques Wagner. Em discussão única o Projeto de lei 18.415/2009 de procedência do Poder Executivo que altera a lei 6.348 de 17 de dezembro de 1991. PROJETO DE LEI Nº 18.415/2009 Altera a Lei nº 6.348, de 17 de dezembro de 1991. O GOVERNADOR DO ESTADO DA BAHIA, faço saber que a Assembleia Legislativa decreta e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - Os dispositivos da Lei nº 6.348, de 17 de dezembro de 1991, a seguir indicados, passam a vigorar com as seguintes redações: I - o inciso II do art. 7º, mantida a redação de suas alíneas: “II - para veículo usado, o valor venal constante em tabela anualmente publicada pela Secretaria da Fazenda com base nos preços médios de mercado, observando-se:”; II - o § 5º do artigo 7º: “ § 5º - Ocorrendo perda total do veículo, por sinistro, roubo, furto ou outro motivo que descaracterize sua propriedade, seu 73 domínio ou sua posse, a base de cálculo corresponderá ao valor proporcional ao número de meses do ano em que o veículo permaneceu na sua propriedade, domínio ou posse.”; III - o caput e o § 2º do art. 11: “ Art. 11 - O Poder Executivo fixará anualmente tabela de prazos para pagamento do imposto, que poderá ser recolhido em cota única ou em parcelas mensais e sucessivas, conforme dispuser o regulamento.”; “ § 2º - Não se exigirá o pagamento do imposto relativo a veículos usados, quando o total devido de cada exercício for inferior a R$ 50,00 (cinquenta reais) e desde que a taxa referente ao licenciamento do ano anterior tenha sido pago naquele ano.”; IV - o artigo 15: “ Art. 15 - A violação dos dispositivos desta Lei sujeita o infrator às seguintes multas: I - 60% (sessenta por cento) do valor do imposto, quando a falta do pagamento não decorrer de fraude; II - 100% (cem por cento) do valor do imposto, quando a falta do pagamento decorrer de fraude.”; V - o caput e o § 1º do artigo 16: “ Art. 16 - As multas previstas no artigo anterior serão reduzidas nos seguintes percentuais: I - 70% (setenta por cento), se forem pagas dentro do prazo de 30 (trinta) dias, contados da intimação do lançamento de ofício; II - 35% (trinta e cinco por cento) se forem pagas antes da inscrição do débito na dívida ativa tributária; III - 25% (vinte e cinco por cento), se pagas antes do ajuizamento da execução do crédito tributário. 74 § 1º - Condiciona-se o benefício ao pagamento integral do débito ou, se autorizado o parcelamento, ao pagamento em até 12 (doze) parcelas mensais e consecutivas.”. Art. 2º - Fica acrescentado o inciso XII ao caput do art. 4º da Lei nº 6.348, de 17 de dezembro de 1991, com a seguinte redação: “XII - a motocicleta ou motoneta utilizada no transporte de passageiro, mercadoria ou encomenda, registrada como veículo da categoria de aluguel e de propriedade de motorista profissional autônomo, desde que: a) sejam atendidos os requisitos estabelecidos em legislação federal e municipal; b) a taxa referente ao licenciamento do ano anterior tenha sido pago naquele ano; c) sejam atendidas regulamento.” as condições estabelecidas em Art. 3º - Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação. Art. 4º - Revogam-se as disposições em contrário. PALÁCIO DO GOVERNO DO ESTADO DA BAHIA, em O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Faltam os pareceres das Comissões de Constituição e Justiça, Infra-Estrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, Finanças e Orçamento, Fiscalização e Controle. Designo o deputado Elmar Nascimento para relatar a matéria. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Com a palavra o deputado Elmar Nascimento para relatar. O Sr. ELMAR NASCIMENTO:- “Parecer Das Comissões de Constituição e Justiça, Infra-Estrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo e Finanças, Orçamento, Fiscalização e Controle, ao Projeto de Lei nº 18.415/2009, de autoria do Poder Executivo, o qual “Altera a Lei nº 6.348, de 17 de dezembro de 1991”. A proposição que ora venho relatar, de autoria do Poder Executivo, vem promover alteração na legislação tributária estadual, consistente na isenção do imposto sobre a motocicleta utilizada para transporte de passageiro ou mercadoria, “desde que registrada na categoria de aluguel e de propriedade de profissional autônomo, bem como a dispensa do pagamento do IPVA relativo a veículo usado 75 quando em valor inferior a R$ 50,00”, conforme registra o Sr. Governador em sua Mensagem, ressaltando ainda que tais desonerações “irão beneficiar cerca de 450 mil pessoas que utilizam este tipo de veículo como instrumento de trabalho e fonte de renda.” O projeto prevê ainda a possibilidade do Poder Executivo parcelar o pagamento do imposto em quantidade superior a três vezes e altera os percentuais de multa e de redução destas quando ocorrer o pagamento antes da cobrança judicial. Trata-se, portanto, de medida que trará significativos benefícios aos profissionais que têm nas motocicletas a sua fonte de renda, como transporte de passageiros e mercadorias, devendo receber o pleno apoio dos Parlamentares desta Casa. O projeto recebeu apenas uma emenda, de autoria da Bancada da Minoria, estabelecendo a obrigatoriedade do Poder Executivo, através da SEFAZ e da SEPLAN, divulgar trimestralmente em página da Internet as informações e ações decorrentes da lei originada pelo PL nº 18.415/2009, notadamente a avaliação fiscal quantitativa e qualitativa dos impactos gerados na ação governamental. A emenda não merece acolhimento, tendo em vista que a Lei de Responsabilidade Fiscal, atendendo as determinações constitucionais relativas à transparência e publicidade dos atos da Administração Pública, já prevê instrumentos que conferem transparência na gestão fiscal, os quais são observados pelo Governo da Bahia. Ante o exposto, opino pela aprovação do projeto ora relatado na forma originalmente apresentada pelo Poder Executivo. É o parecer. S.m.j. Sala das sessões, 22 de dezembro de 2009.” (Não foi revisto pelo orador.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Em votação o parecer do nobre deputado Elmar Nascimento no âmbito das Comissões. Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa) Aprovado. No plenário. Não há orador para discutir. Não há orador para encaminhar. Em votação o projeto de lei nº 18.415/2009 de procedência do Poder Executivo que altera a lei 6.348 de 17 de dezembro de 1991.Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa) Aprovado. Há um requerimento assinado por todos os Líderes partidários. (lê): “ Os Líderes dos Blocos da Maioria e Minoria Parlamentar, bem como os Líderes do Partido da República – PR e do Partido do Movimento Democrático Brasileiro – PMDB, com assento nesta Casa, vêm na forma regimental requerer a V.Exª, a dispensa de todas as formalidades regimentais, para que seja apreciado de logo o Projeto de resolução nº 2.024/2009, de autoria do Deputado Clóvis Ferraz, que institui a Frente Parlamentar Estadual de Apoio às micro e Pequenas Empresas e aos Empreendedores Individuais da Bahia”. 76 Vou designar para relatar a matéria o nobre deputado Paulo Azi no âmbito de todas as comissões, inclusive da própria Mesa Diretora, da Comissão de Constituição e Justiça, Finanças e Orçamento, Fiscalização e Controle, Comissão de Infraestrutura e Desenvolvimento Econômico e Turismo. Para relatar a matéria, deputado Paulo Azi pelo tempo necessário. O Sr. Fernando Torres:- Questão de ordem, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Questão de ordem, deputado Fernando Torres. O Sr. Fernando Torres:- Na discussão que tive com a deputada Eliana Boaventura, chamei a deputada como ela também me xingou, não sei se chamar de fofoqueira é xingamento. Chamei a deputada de fofoqueira pelo fato de que foi fazer fofoca com o deputado Zé Neto. Se isso é um xingamento, eu peço desculpas. No dicionário a palavra fofoqueira não é nada demais para a deputada convocar a lei Maria da Penha. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- É um termo pejorativo, deputado. O Sr. Fernando Torres:- Ela ficou tão nervosa por ser chamada de fofoqueira, que vou passar a acreditar que ela é. Mas se isso foi um xingamento, no dicionário acho que chamar de fofoqueira não é um xingamento. Se for um xingamento, deputada, me desculpe, V.Exª está muito nervosa, convocou até a lei Maria da Penha. Quem sou eu para bater em alguém e principalmente numa mulher. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- V.Exª tem a grandeza de pedir desculpas, deputado, eu parabenizo V.Exª. O Sr. Fernando Torres:- Eu a chamei de fofoqueira. Peço que leia o dicionário, a deputada é uma professora, se for algum xingamento lhe chamar de fofoqueira, eu peço-lhe desculpas. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Deputado, a deputada Eliana Boaventura é uma das deputadas mais queridas desta Casa, é atuante, respeitada, uma senhora que gosta de todos os parlamentares, gosta do que faz; V.Exª inclusive é o 2º vicepresidente, uma pessoa também querida nesta Casa, respeitado, então, queria que desse esse assunto por encerrado. A deputada Eliana Boaventura merece todo o nosso respeito, além de ser uma deputada muito atuante, muito querida. O Sr. Fernando Torres:- Acho que não deveria fazer aquele show que a deputada fez, até convocar a lei Maria da Penha para a minha pessoa. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- V.Exª teve a grandeza de pedir desculpas, espero que a deputada Eliana Boaventura o desculpe de coração, V.Exªs são de Feira de Santana, cidade mais importante da Bahia. O Sr. Fernando Torres:- Eu tenho provas que chamei a deputada de fofoqueira e se isso for um xingamento eu peço desculpas. Para encerrar, deputado, faço um apelo a V.Exª. A Srª Eliana Boaventura:- Questão de ordem, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Questão de ordem, deputada Eliana Boaventura. A Srª Eliana Boaventura:- Não é verdade o que o deputado Fernando Torres 77 acaba de falar. Não dá para eu dizer uma coisa e depois ele dizer outra, não foi apenas a palavra fofoqueira, ele saiu gritando com outros pejorativos. E quando me dirigi aqui, tenho testemunhas, inclusive o deputado Zé Neto sabe dos palavrões que o deputado proferiu de dedo em riste, que tenho a impressão que se o segurança não o segurasse ele iria me bater. Foi essa impressão que foi passada. Pedir desculpas apenas por essa palavra não é verdade, com inverdades não aceito essas desculpas. Vou continuar, o presidente e o corregedor que faça. Vou fazer isso por conta das mulheres da Assembleia Legislativa e da Bahia. Não posso permitir que depois de tudo que disse, ele venha dizer que foi apenas uma palavra, quando há várias testemunhas aqui que presenciaram as palavras grosseiras e pejorativas mesmo. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Pois não, deputada. Deputado Fernando, gostaria que fosse breve. O Sr. Fernando Torres:- Eu reafirmo que a chamei de fofoqueira, como várias pessoas em Feira de Santana já chamaram a deputada de fofoqueira. Mas se chamá-la de fofoqueira no dicionário for um xingamento a V.Exª, me desculpe. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Vamos encerrar. A Srª Eliana Boaventura:- Não é verdade que as pessoas em Feira de Santana me chamam de fofoqueira, ele está praticando uma inverdade, mas eu nem me incomodo, não quero é ser chamada de desonesta. A Srª Eliana Boaventura:- Eu sou de Feira de Santana e me chamam de fofoqueira. Ele está praticando uma inverdade, ... O Sr. PAULO AZI:- Presidente, eu estou na tribuna. A Srª Eliana Boaventura:- (...) mas eu nem me incomodaria,... O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Deputada, vamos... A Srª Eliana Boaventura:- (…) não quero ser chamada de desonesta. Só isso que eu não quero. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Pois não. Assunto encerrado. Com a palavra o deputado Paulo Azi para relatar a matéria. O Sr. PAULO AZI:- Sr. Presidente, V.Exª me designa para relatar o projeto de autoria do nobre deputado Clóvis Ferraz, Sr. Presidente,... (Vários Srs. Deputados falam ao mesmo tempo fora do microfone.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Prossiga, deputado Paulo. O Sr. PAULO AZI:- (...) que cria uma frente parlamentar em defesa das micros e pequenas empresas. É um projeto que vem em boa hora para a importante classe empresarial. É um projeto constitucional, legal e atende às normas regimentais desta Casa. Portanto, venho opinar pela aprovação do referido projeto, Sr. Presidente (Não foi revisto pelo orador.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Para discutir o relatório, com a palavra o deputado Paulo Azi. Não há orador para discutir. Em votação. Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. 78 Aprovado. No Plenário, não há orador para discutir. Não há orador para encaminhar. Em votação o projeto de resolução nº 2.204, do nobre presidente da Unale, deputado Clóvis Ferraz aprovado por esta Casa.(Publicado no Diário Oficial nº 20.161, no dia 23/12/2009) Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. Aprovado por unanimidade. (Vários Srs. Deputados falam ao mesmo tempo fora do microfone.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Só há agora o projeto do reajuste. Vamos votar agora o do reajuste, deputado Líder? V.Exª quer que eu o coloque em votação? Só há este projeto. O Sr. Waldenor Pereira:- Pela ordem, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Pela ordem o deputado Heraldo Rocha. O Sr. Waldenor Pereira:- Sr. Presidente, eu queria fazer um apelo ao deputado Edson Pimenta, tendo em vista tratar-se de um projeto de reajuste dos salários dos servidores. Então, espero contar com a presença de meu amigo, colega e companheiro do partido aliado, companheiro dos mais valorosos deste Parlamento e que, tenho certeza, deve estar em seu gabinete, e convidá-lo para imediatamente recompor o quórum de votação. Nesse sentido, Sr. Presidente, eu solicito de V.Exª marcar os 25 minutos, que é o tempo de espera... O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Não. Veja bem, deputado. Veja bem, espere aí, V.Exª está pedindo para votar. Eu vou colocar em votação. Se alguém na Oposição pedir uma verificação de quórum, eu coloco. (Vários Srs. Deputados falam ao mesmo tempo fora do microfone.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Eu vou colocar em votação. O Sr. Heraldo Rocha:- Questão de ordem, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Questão de ordem do deputado Heraldo Rocha. O Sr. Heraldo Rocha:- V.Exª colocou em votação? O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Coloquei em votação. (Vários Srs. Deputados falam ao mesmo tempo fora do microfone.) O Sr. Heraldo Rocha:- Um minutinho. Presidente, nós não vamos ficar aqui... Permita-me esta observação... O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Eu só vou esperar uma vez. O Sr. Heraldo Rocha:- (…) a noite toda, porque ora dá 31 deputados, ora não dá 30. Isso é a noite toda. Isso é um verdadeiro desrespeito até à sua Bancada e não à nossa. Quanto à nossa, nós vamos ficar aqui até de manhã. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Pois não, deputado. O Sr. Heraldo Rocha:- Nós queremos uma verificação de quórum eletrônica e de votação. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- V.Exª será atendido, deputado Heraldo 79 Rocha. (Os Srs. Heraldo Rocha e Marcelo Nilo falam ao mesmo tempo.) O Sr. Heraldo Rocha:- Agora, sei lá, deputado A porque saiu, deputado B porque não saiu... Nós vamos ficar aqui a noite toda ao bel-prazer da Bancada do governo? Que Bancada mais... O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Deputado, V.Exª será atendido. O Sr. Waldenor Pereira:- Questão de ordem, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Vou marcar 25 minutos. Questão de ordem do deputado Waldenor Pereira. O Sr. Waldenor Pereira:- Presidente, eu acho que os 25 minutos... Não sei se seria o caso, se haveria tempo de uma questão de ordem ou não. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Claro que é a questão de ordem de V.Exª. Ele pediu um quórum de votação. V.Exª tem direito... O Sr. Waldenor Pereira:- Eu queria apenas convidar os nossos colegas deputados e deputadas de nossa Bancada que, em sua maioria, já está presente para se deslocarem até o Plenário... (Vários Srs. Deputados falam ao mesmo tempo fora do microfone.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Ele pediu que eu colocasse o projeto em votação. (Vários Srs. Deputados falam ao mesmo tempo fora do microfone.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Pois não, pois não. (Vários Srs. Deputados falam ao mesmo tempo fora do microfone.) (Pausa) (O Sr. Heraldo Rocha se manifesta fora do microfone.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- V.Exª pediu painel eletrônico. (Vários Srs. Deputados falam ao mesmo tempo fora do microfone.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Eu vou colocar no painel eletrônico. (Vários Srs. Deputados falam ao mesmo tempo fora do microfone.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- O deputado Heraldo pediu quórum. (Vários Srs. Deputados falam ao mesmo tempo fora do microfone.) Vários deputados dizem:- Não pediu. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Esperem aí. Eu não posso botar... O deputado Heraldo pediu quórum de votação, não é isso? O Sr. Heraldo Rocha:- Eu pedi para zerar o painel eletrônico, Sr. Presidente. (Vários Srs. Deputados falam ao mesmo tempo fora do microfone.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- V.Exª pediu quórum. (Vários Srs. Deputados falam ao mesmo tempo fora do microfone.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Deputado Heraldo Rocha, V.Exª pediu quórum de votação. Eu botei em votação. V.Exª pediu quórum de votação. O Sr. Heraldo Rocha:- Eu pedi painel eletrônico, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Sim. Eu vou botar o quórum de votação no painel eletrônico. O Sr. Heraldo Rocha:- Zere o painel e vamos votar. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Espere aí, espere aí. Calma. Espere aí. O 80 deputado Waldenor Pereira... (Vários Srs. Deputados falam ao mesmo tempo fora do microfone.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Vou botar em votação. Calma, deputados! V.Exª quer que eu zere logo os 25 minutos? Eu vou zerar. Eu vou atender a V.Exª. Zerem o painel. (Vários Srs. Deputados falam ao mesmo tempo fora do microfone.) O Sr. Heraldo Rocha:- Não pediu 25 minutos não. O Sr. Elmar Nascimento:- Não, não pediu não. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Como? O Sr. Elmar Nascimento:- Ele pediu para zerar o painel só. O Sr. Heraldo Rocha:- Votação no painel. Para que 25 minutos? (Vários Srs. Deputados falam ao mesmo tempo fora do microfone.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Esperem aí! Eu não vou zerar. Tem que ter 32 votos. O deputado Heraldo Rocha será obrigado a votar. Eu conto o voto. Ele pediu quórum de votação. E vai votar. (Um deputado fala fora do microfone.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Tem que ter 32 votos. Dá no mesmo, deputado. Deputado Heraldo Rocha, V.Exa. recomenda sim, não ou abstenção? O Sr. Heraldo Rocha:- O Sr. Presidente está perguntando o quê? O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Como V.Exª recomenda à sua Bancada. O Sr. Heraldo Rocha:- Recomendo à minha Bancada votar não. É um absurdo isso aí. Nem a Bancada do governo está dando quórum para votar. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- O deputado Waldenor recomenda sim, não é isso? V.Exa. recomenda como? O Sr. Waldenor Pereira:- Permita-me, antes da votação, solicitar-lhe apenas um esclarecimento. A Bancada da Oposição não solicitou o quórum de votação... (Um deputado fala fora do microfone.) O Sr. Waldenor Pereira:- Por favor, tenha calma! Vou conduzir, modéstia à parte, com tranquilidade. Consulto V.Exª sobre o seguinte: feita a votação, se nela não houver 32 Srs. Parlamentares, será válida? O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Será nula. Tem que ter 31 votos, porque eu não voto mas conto como quórum de votação. Tem que ter, no mínimo, 31 votos. O Sr. Waldenor Pereira:- Então, nesse sentido, solicito a V.Exª que marque 25 minutos aguardando o quórum de votação. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- V.Exª será atendido. Zere-se o painel e marquem-se 25 minutos. Tem que ter 31 votos, porque o presidente não vota. O deputado Heraldo Rocha é obrigado a votar. (O deputado Heraldo Rocha fala fora do microfone.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Deputado Heraldo Rocha, V.Exª é obrigado a votar como abstenção. É obrigado a votar sim, não ou abstenção. Se ele 81 pediu uma questão de ordem solicitando a verificação de quórum e pedindo para votar no painel, é porque está na sessão. O voto dele conta. Ele pediu para votar no painel. A Presidência está atendendo ao deputado Heraldo Rocha. Está atendendo. Tem que ter 30 votos e mais o voto do deputado Heraldo Rocha, que pediu para votar no painel. Deferi a questão de ordem dele. (Alguns deputados falam fora do microfone.) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Deferi, e consequentemente ele está na sessão. Tem que ter 30 votos. Com o voto do deputado Heraldo Rocha, 31. E com o meu,32, já que o presidente não vota. Ele dá quórum, mas não vota. Zere-se o painel e marquem-se 25 minutos. O deputado Pedro Alcântara recomenda sim, não ou abstenção? O deputado Waldenor recomenda sim. O deputado Heraldo Rocha recomenda não. O Sr. Pedro Alcântara:- Queria dirimir uma dúvida, Sr. Presidente. V.Exª não me concedeu a questão de ordem naquele exato instante. Então, no momento em que o deputado Heraldo Rocha alega, e com propriedade, que não pediu verificação do quórum de votação, eu ia pedir a votação simbólica deste projeto no Plenário. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Ele pediu no painel. O Sr. Pedro Alcântara:- Então ele tem que estar presente se pediu no painel. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Ele está presente. Srs. Deputados, por favor, votem! Volte-se a zerar o painel para a presença de todos. Zere-se neste momento para os 25 minutos. A partir de agora, tem que ter 30 votos. Com o voto do deputado, 31. E com o presidente, que não vota, 32. Esse é o quórum de votação. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Em votação. Tem de ter 32 presenças. Se tiver abstenção conta. Já estamos em votação. (Vários Srs. Deputados falam ao mesmo tempo) Meu voto é como uma abstenção. Eu não voto mas conto para presença. Por favor, estamos em votação. Tem de ter 31 votos e o Presidente, que não conta, tem de estar presente. O Presidente é abstenção, não vota. (Vários Srs. Deputados falam ao mesmo tempo) O Sr. Presidente(Marcelo Nilo):-O Presidente participa da votação, apenas... Não é maioria absoluta, deputado. É maioria simples. Eu conto como voto. O Sr. Waldenor Pereira:- Questão de ordem. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Pois não, deputado. O Sr. Waldenor Pereira:- Solicito de V.Exª que siguemos a metodologia costumeira de votação. Quero solicitar de V.Exª que confirmemos, em primeiro lugar, as presenças, porque V.Exª não vota. V.Exª teria que confirmar a presença senão ficaremos prejudicados com um voto. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Vou deferir a Questão de ordem do deputado Waldenor Pereira para voltarmos à tradição e vamos verificar o quórum. O deputado Heraldo não pediu e V.Exª pede agora. 82 Vamos registrar a presença. O deputado Waldenor Pereira faz uma solicitação e eu defiro. Zera o painel, por favor. Deputado Waldenor, V.Exª pede uma verificação de quórum simbólica? O Sr. Heraldo Rocha:- Presidente, ele já pediu. (Vários Srs. Deputados falam ao mesmo tempo) O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Zerem o painel e marquem 25 minutos. E agora o deputado Heraldo Rocha não tem obrigação de votar. O Sr. Waldenor Pereira:- Questão de ordem. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Pois não, deputado. O Sr. Waldenor Pereira:- Quero ponderar com o deputado Heraldo Rocha que a tradição, o costume da Casa é, naturalmente, contar a presença do deputado da Oposição que, ou requer o quórum ou, como ele fez, requereu a votação no painel eletrônico, então ele está presente. Quero apenas que ele pondere e realize a presença para que procedamos à verificação de quórum. Se ele não fizer isso, eu retiro minha Questão de ordem. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Se V.Exª quiser retirar, eu defiro. O Sr. Waldenor Pereira:- Eu retiro a minha Questão de ordem. Minha Questão de ordem está retirada. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Em votação. O Sr. Paulo Azi:- Questão de ordem. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Pela ordem o deputado Paulo Azi. O Sr. Paulo Azi:- Gostaria que V.Exª cumprisse a prática da Casa e fizesse a votação pelo painel eletrônico. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Pelo painel? Indefiro a Questão de ordem de V.Exª, vou votar simbolicamente. Indefiro. O Sr. Paulo Azi:- Por que, Presidente? O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Porque não tem sentido... O Sr. Paulo Azi:-Toda votação, nesta Casa, é em plenário, Sr. Presidente. A votação só é simbólica quando há acordo. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- V.Exª dará a presença. O Sr. Paulo Azi- Claro, estou pedindo! O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- V.Exª será atendido e dará a presença. O Sr. Waldenor Pereira:- Questão de ordem, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Questão de ordem, deputado Waldenor Pereira. O Sr. Waldenor Pereira:- Tendo em vista a concordância do deputado Paulo Azi, Vice-Líder da Minoria, de registrar sua presença pela questão de ordem, há pouco... O Sr. Elmar Nascimento:- V.Exª retirou a sua questão de ordem. O Sr. Waldenor Pereira:- Não é verificação, ele dará a presença pela questão de ordem solicitada. O Sr. Elmar Nascimento:- V.Exª acabou de retirar a questão de ordem! 83 O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- O deputado Paulo Azi está registrando a presença no momento em que ele pede uma questão de ordem. Isso está claro. O Sr. Waldenor Pereira:- Se ele registra a presença, solicito os 25 minutos. O Sr. Heraldo Rocha:- Não! O Sr. Elmar Nascimento:- Já retirou a questão de ordem, Sr. Presidente. Não pode! O Sr. Waldenor Pereira:- Não, se ele... O Sr. Paulo Azi:- Registre no painel, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- O Deputado Paulo Azi pede para registrar no painel, e defiro a sua questão de ordem, mas ele tem que estar presente. O Sr. Waldenor Pereira:- Exato. O Sr. Pedro Alcântara:- Questão de ordem, Sr. Presidente. O Sr. Waldenor Pereira:- Nesse sentido, considerando que ele registrará a sua presença, solicito que V.Exª marque os 25 minutos. O Sr. Elmar Nascimento:- Ele já retirou a questão de ordem, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Ele tem direito de pedir outra vez, deputado. O Sr. Paulo Azi:- Não, Sr. Presidente, ele não está pedindo verificação de quórum de votação. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Srs. Deputados, deputado Paulo Azi... O Sr. Paulo Azi:- Sr. Presidente, o acordo que instituiu os 25 minutos foi para o pedido de quórum Ele não está pedindo quórum, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Ele está pedindo verificação de quórum de votação. O Sr. Paulo Azi:- Sr. Presidente, ele não está pedindo verificação de quórum de votação. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Deputado Waldenor, V.Exª está pedindo verificação de quórum de votação? O Sr. Waldenor Pereira:- Estou solicitando que V.Exª aguarde 25 minutos... O Sr. Elmar Nascimento:- Ele não pediu, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Sou obrigado a deferir, é a norma da Casa! O Sr. Elmar Nascimento:- Ele não pediu, Sr. Presidente. V.Exª que está falando isso! O Sr. Paulo Azi:- Não, presidente, ele pediu e retirou!V.Exª que está falando! O Sr. Waldenor Pereira:- Sr. Presidente! O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Srs. Deputados, por favor, vamos manter a ordem. O Sr. Paulo Azi:- Sr. Presidente, data vênia... O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Deputado Paulo Azi, um inocente não vem para esta Casa. O Sr. Paulo Azi:- Pela ordem, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Questão de ordem, deputado Paulo Azi. 84 O Sr. Paulo Azi:- Sr. Presidente, a Oposição está transcorrendo a sessão com toda a boa vontade com o governo, mas ele não pode forçar o voto da Oposição para aprovar o projeto. Tenha paciência! O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- V.Exª quer o quê, deputado Paulo Azi? O Sr. Paulo Azi:- Quero que V.Exª coloque o projeto em votação imediata no painel! O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Imediata? O Sr. Paulo Azi:-Claro, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Sem quórum? O Sr. Paulo Azi:- O painel vai dizer se há quórum ou não, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- O deputado Paulo Azi pede que o presidente coloque a votação no painel sem quórum, concordam? O Sr. Paulo Azi:- Se há quórum ou não o painel vai dizer, Sr. Presidente. Não sou eu que vou dizer isso! O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Deputado, indefiro essa questão de ordem. O Sr. Paulo Azi:- Estou pedido para V.Exª colocar o projeto em votação. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- V.Exª sabe que esta é uma Casa política, e está pedindo que eu coloque no painel, mas não posso fazer isso sem quórum. O Sr. Reinaldo Braga:- Questão de ordem, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Questão de ordem, deputado Reinaldo Braga. O Sr. Reinaldo Braga:- V.Exª está certíssimo. Toda vez que um projeto for colocado em votação, se não houve acordo, só podemos votar se existirem 32 Srs. Deputados presentes. Se V.Exª fizer diferente a votação é nula. Deve haver quórum qualificado de 32 Srs. Deputados. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Deve haver quórum qualificado de 32 Srs. Deputados. O presidente da Casa pode marcar presença, mas temos que ter 31 votos. Temos que ter 31 votos, contando com o deputado Paulo Azi que votará sim, não ou abstenção. Srs. Deputados, em votação. Zerem o painel. Como recomenda a sua Bancada, deputado Waldenor Pereira. O Sr. Waldenor Pereira:- Recomendo que a minha Bancada vote favoravelmente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Deputado Paulo Azi, como V.Exª recomenda a sua Bancada? O Sr. Waldenor Pereira:- Sr. Presidente, quero fazer um esclarecimento: V.Exª marcará os 25 minutos? O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Marcarei agora. Zerem o painel e marquem 25 minutos. O Sr. Waldenor Pereira:- Obrigado, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Temos que ter 31 votos e como o presidente não vota teremos 32 Srs. Deputados presentes. 85 O Sr. Paulo Azi:- Sr. Presidente, V.Exª computará o seu voto? O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- O cômputo é feito como quórum de votação, ou seja, temos 32 votos, mas o presidente não vota. O Sr. Paulo Azi:- V.Exª terá quórum de votação, mas para aprovar um projeto é necessário 32 votos. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Deputado, não é necessário 32 votos, e sim 32 presentes. O Sr. Paulo Azi:- Sr. Presidente, o projeto pode ser aprovado por 17 a 15, mas tem que ter 32 votos. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Tem que ter 32 presenças. Maioria simples, não é maioria absoluta. Maioria simples, um voto só ganha. Se o deputado estiver presente e não quiser votar, ele não é obrigado. O Sr. Paulo Azi:- Não, ele pode votar por abstenção, mas tem que votar. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Deputado, por favor, V.Exª é economista, maioria simples só precisa ter 32 votos. Então, nós nunca teríamos maioria absoluta, deputado. Maioria simples, um a zero, ganha. Agora, tem que ter 32 presentes. Em votação. A Srª Fátima Nunes:- Questão de ordem, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Questão de ordem, deputado Fátima Nunes. A Srª Fátima Nunes:- Sr. Presidente, estando já em votação, o sistema aceita a sua presença, já que V.Exª não vota? O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Claro que aceita, a presença está dada, temos 32 deputados presentes. O presidente não vota, tem que ter 31 votos. Não posso votar, mas estou presente. O Sr. Waldenor Pereira:- Questão de ordem, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Questão de ordem, deputado Waldenor Pereira. O Sr. Waldenor Pereira:- Sr. Presidente, solicito encarecidamente: vamos seguir o procedimento normal. Solicita-se primeiro o quórum de presença, estabelecido os 32... O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- O deputado Paulo Azi não é obrigado a dar presença, deputado. O Sr. Waldenor Pereira:- Ele é obrigado. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Aí, não, deputado. Dá no mesmo para V.Exª. Agora ele é obrigado, porque pediu no painel e eu deferi. Tem que ter 31 votos, 31 com o dele e com o meu, 32. Teve o quórum de 32, se só um votar está resolvido, não é obrigado ter 31 votos. É maioria simples. O Sr. Pedro Alcântara:- Questão de ordem, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Questão de ordem, deputado Pedro Alcântara. O Sr. Pedro Alcântara:- Sr. Presidente, acho que tumultuaram o processo sem nenhuma razão. Primeiro V.Exª nem perguntou como recomendo a minha Bancada. 86 São tantos anos que o quórum de votação é 32, e vale o resultado da metade mais um. Se for 31 a zero já definiu, já votou favoravelmente ao projeto, não há motivo para esta celeuma. Agora, uma pergunta que queria fazer a V.Exª, mas infelizmente já se estabeleceram os 25minutos, era no caso de não terem sido abertos os 25 minutos: quanto tempo levaríamos para votar? Qual seria o parâmetro de espera para votarmos? O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- V.Exª tem toda razão. O deputado Paulo Azi não votou e vou contar o voto dele. Está faltando apenas um voto. O deputado Paulo Azi, que não votou ainda... Vou considerar abstenção, ele é obrigado a votar, porque eu deferi a questão dele. Ou seja, ele está presente. Já temos quórum de votação, vou esperar os 25 minutos apenas por uma deferência. Tem que ter 32 presentes. Se tiver um voto só, para mim já está resolvido. Já tem 32 deputados. O Sr. Paulo Azi:- A oposição presidente vai dar o quórum para participar da votação, recomendando não e pedindo aos companheiros para votarem. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- O deputado Paulo Azi recomenda não e pede aos seus companheiros para votarem. O deputado Waldenor Pereira aceitou assim. Eu até agradeço ao deputado Reinaldo Braga e o deputado Pedro Alcântara. Existem três requerimento do governo para serem votados, por favor. Posso encerrar a votação? Deputado Heraldo Rocha, V.Exª já votou? Vou encerrar a votação. Está faltando alguém votar? Posso encerrar a votação? Vou encerrar. Aprovado: Sim: 30/ Não:7 Portanto, aprovado o reajuste dos servidores públicos do estado da Bahia, que será enviado ao governador para sanção. Há dois requerimentos de urgência, do deputado Waldenor Pereira que requer nos termos do Artigo 74 inciso II do Regimento Interno desta Casa, urgência para tramitação do Projeto de Lei nº 18.417/2009 de autoria do Poder Executivo que acrescenta dispositivo de lei nº 7753 de 13 de dezembro de 2009. Os Srs. Deputados que aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa) Aprovado o requerimento de urgência por unanimidade. Próximo requerimento e último. Requerimento do deputado Waldenor Pereira que leva o nº 7028/2009, que requer nos termos do Artigo 74 inciso II do Regimento Interno desta Casa, urgência para tramitação do Projeto de Lei nº 18.416/2009 de autoria do Poder Executivo que dispõe sobre as taxas estaduais no âmbito do Poder Executivo Estadual. Em votação. Os Srs. Deputados que aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa) Aprovado. O Sr. Waldenor Pereira:- Questão de ordem, presidente. 87 O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Questão de ordem do deputado Waldenor Pereira. O Sr. Waldenor Pereira:- Sr. Presidente, antes de encerrar a sessão, queria lembrar aos nosso colegas da bancada que o próximo dia de votação será 29 de dezembro, terça-feira. Portanto, queria convocar todos os colegas, deputados e deputadas, para que no dia 29 possamos estar aqui, na próxima terça-feira dia 29. Foi acertado com a oposição dia 29 de dezembro, terça-feira, antes do reiveillon. Quero aproveitar a oportunidade e desejar um feliz Natal a todos os colegas, em nome da Bancada do governo, ao tempo em que convoco todos para no dia 29 estarem aqui presentes. Muito obrigado, Sr. Presidente. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Eu lhe agradeço. Eu parabenizo todos os líderes partidários. Antes de encerrar a sessão desejo um feliz Natal com muita paz e muitas felicidades a todos os Srs. Parlamentares, aos funcionários, em especial às nossas taquígrafas que estão nos ajudando com segurança neste momento. Questão de ordem do deputado Clóvis Ferraz, presidente da UNALE. O Sr. Clóvis Ferraz:- Sr. Presidente, Srs. Deputados, também queria, em nome da Bancada de oposição, desejar um feliz Natal para todos os parlamentares desta Casa, funcionários, enfim, a todos. Estaremos aqui no dia 29 para votar o orçamento, a Lei Orçamentária de 2010. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- A votação é dia 29. Deputado Waldenor, V.Exª está recomendando a votação para o dia 29 ou 30? O Sr. Waldenor Pereira:- Dia 29. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Pois, não. Questão de ordem do deputado Javier Alfaya. O Sr. Javier Alfaya:- Sr. Presidente, quero, em nome do PC do B, desejar boas festas a todos os deputados e deputadas, aos companheiros da imprensa, aos trabalhadores da TV Assembleia, aos companheiros da taquigrafia, aos companheiros que trabalham no setor da informática e aos que estão aqui acompanhando a luta dos escrivães e outros funcionários da Polícia Civil, que estão lutando por sua nomeação. No dia 29 o PC do B estará aqui como esteve hoje com a sua representação de três deputados, para votarmos a matéria em pauta e, se necessário for, no dia 5 também para votarmos em segundo turno o orçamento do Estado para o ano de 2010. E que nós possamos apreciar toda a matéria, toda a pauta no próprio dia 29, deputado. Parabéns, deputado Marcelo Nilo. O Sr. PRESIDENTE (Marcelo Nilo):- Obrigado, deputado Javier Alfaya. Desejo um feliz Natal a todos vocês. Muita paz e muitas felicidades. 88 Informamos que as Sessões Plenárias se encontram na internet no endereço http://www.al.ba.gov.br/sessoes.cfm. Acesse ao caminho Atividades Parlamentares Sessões Plenárias e leia-as na íntegra. 89