JORNAL Nº 72 | DEZ 2009 Nº 72 | dezembro 2009 FOTO: FLYING PHOTOS TAP ganha prémio “Planeta Terra” da UNESCO. Pág. 14 Novo Centro de processamento de Dados A Megasis foi criada há 20 anos. A empresa cresceu e é hoje responsável pela gestão e desenvolvimento de todos os projectos de tecnologias de informação do Grupo TAP. No final deste ano, entrou em produção um segundo Centro de Processamento de Dados, mais um passo importante na protecção dos sistemas de informação do Grupo. Pág. 6 e 7 A história e o percurso de três entidades – TAP, Força Aérea e ANA – têm muito em comum. E também a responsabilidade por um importante espólio. O novo Museu do Ar vai reuni-lo em Sintra. Na foto, o transporte do nariz do Super Constellation para o novo museu. Pág. 15 A TAP continua a reforçar a sua participação em importantes organizações da indústria. Recentemente, dois quadros da Manutenção e Engenharia assumiram funções de coordenação neste âmbito. Ana Paula Matos na International Airlines Technical Pool (IATP) e Joana Costa na Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA). Pág. 4 e 5 INQUÉRITO Nº 72 | DEZ 2009 2 BREVES Prémio SAPO campanha “Embarque na Liberdade de Escolha” deu à A TAP o Grande Prémio Utilizadores 1 – Como vê a TAP no futuro? 2 – Qual é o seu papel nesse cenário e que contributo pode dar à TAP? SAPO, votado pelo público, sendo, como tal, o mais importante galardão desta iniciativa, que distingue anualmente as melhores campanhas, anunciantes e agências do mercado publicitário online. A companhia recebeu ainda o “bronze” na categoria Turismo e Lazer. Rotas de Itália em alta A s rotas operadas pela TAP em Itália apresentaram em Outubro os primeiros sinais de recuperação de tráfego. Neste mês, foram transportados mais de 61 mil passageiros, enquanto, no mesmo período de 2008, este número foi de 59 mil. A taxa de ocupação dos voos também subiu de 63 para 76%. Campanha no Brasil TAP e o Turismo de Portugal têm em curso uma campaA nha de promoção do destino Por- tugal no mercado brasileiro, com o investimento de um milhão de euros em publicidade em alguns dos principais meios da Imprensa, Internet, TV e Rádio. A campanha teve início em 19 de Novembro e prolonga-se até ao final de 2009, prevendo-se que impacte cerca de 22 milhões de brasileiros. LFP lidera comércio Lojas Francas de Portugal (LFP) lidera o ranking das A 500 Maiores & Melhores Empre- sas a operar em Portugal no sector do comércio. Este trabalho da revista Exame destaca os bons resultados da empresa, devido à “introdução de várias medidas de dinamização comercial, de optimização e de aumento da eficiência”. Os resultados da LFP cresceram 20% em 2008, apesar da conjuntura económica não ter sido favorável ao consumo. DOAÇÃO DE MILHAS programa Victoria da TAP associou-se mais uma vez, O neste Natal, a instituições huma- nitárias e de solidariedade social, convidando os membros a doarem milhas à Cruz Vermelha Portuguesa, AMI, Terra dos Sonhos, Helpin e, no Brasil, à Copa do Mundo de Crianças de Rua. É possível fazê-lo até 28 de Fevereiro no site www.tapvictoria.com. Em 2008, foram doadas mais de 6,5 milhões de milhas. Sérgio Escarameia Maria Cardoso Pedro Tavares Ver televisão, jogos de computador Praticar desporto, ler, viajar Praia 33 ANOS M&E - TMA NA TAP DESDE 1999 29 ANOS ASSISTENTE DE BORDO NA TAP DESDE 2007 32 ANOS GROUNDFORCE – TÉC. TRÁFEGO NA TAP DESDE 2003 1 - Tenho confiança no futuro da TAP. Entre outras razões, porque acredito muito na competência dos seus recursos humanos. 1 - Conjectura-se muito sobre o futuro da empresa. Sinceramente não tenho certezas, mas acho que as coisas correm bem em termos de passageiros. 2 - Continuar a trabalhar como sempre tenho feito desde que entrei na empresa já há 10 anos. ¢ 2 – Continuar a fazer um bom trabalho, desempenhando as funções de forma a garantir que os clientes estejam satisfeitos e que voem com a TAP. Tento ser simpática e prestar um serviço de qualidade. ¢ 1 - Não sei muito bem. Há muitas dúvidas, muitas incógnitas. Ouve-se dizer tantas coisas, com frequência contraditórias… 2 – Fazer diariamente o melhor trabalho possível, cumprindo as minhas obrigações, com competência e pontualidade. ¢ Que destino é dado aos resíduos da TAP? Nesta edição, o espaço Agir Eco é dedicado aos resíduos de tinteiros e toners de impressora. Sempre que substituo um tinteiro/toner de impressora onde devo colocar o vazio? Os resíduos de tinteiros/toners de impressora deverão ser colocados nos caixotes disponibilizados para o efeito (ver imagem). Tenho um caixote junto da minha secretária onde coloco vários resíduos. Posso colocar lá também os tinteiros/toners já utilizados e vazios? Não. Os resíduos que são colocados nos caixotes existentes junto das secretárias são enviados para incineração ou aterro sanitário, e não são reciclados. Além disso, os tinteiros e toners vazios podem conter pigmentos e pó microfino, que são prejudiciais para o ambiente, logo, têm de ser encaminhados de forma separada. Que cuidados devo ter antes de colocar o tinteiro/toner no contentor? Ao substituir o tinteiro ou toner deverá colocar o usado dentro do invólucro (metalizado ou de plástico) de onde retira o novo. As embalagens de cartão devem ser colocadas no ecoponto do papel (azul). O que acontece aos resíduos de tinteiros e toners que coloco no contentor? Sempre que o contentor está cheio, um operador de resíduos licenciado pelo Ministério do Ambiente procede à recolha gratuita do resíduo. Nas suas instalações, separa os tinteiros e toners e verifica quais podem ser reutilizados (através do reenchimento) e quais serão enviados para reciclagem. Os tinteiros e toners que podem ser reutilizados são valorizáveis? O que faz a TAP com essa verba? Sim. Alguns dos tinteiros e toners são valorizáveis, mas a TAP, numa incitativa no âmbito da responsabilidade social, doa anualmente esse montante a uma instituição de solidariedade social. A última associação escolhida pela TAP foi a Associação Acreditar (Associação de Pais e Amigos de crianças com Cancro). EDITORIAL Nº 72 | DEZ 2009 3 Bom ambiente e esperança renovada A TAP acaba de ser distinguida pela UNESCO e pela União Internacional de Ciências Geológicas com o prémio “Planeta Terra 2010”, que reconhece o Programa de Compensação de Emissões de dióxido de carbono (CO2) da companhia como “Produto Sustentável Mais Inovador”. Paralelamente, a companhia lidera destacadamente o “ranking de Sustentabilidade” das empresas tuteladas pelo Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, numa classificação instituída no âmbito do “Compromisso com a Excelência” assumido pela TAP. Estes reconhecimentos enchem-nos de orgulho, porque permitem reforçar e sublinhar o forte envolvimento da TAP nas questões de responsabilidade ambiental e social. Com a atribuição do prémio “Planeta Terra” da UNESCO, que se junta ao prémio World Travel Awards que, num outro âmbito para nós fundamental, nos distinguiu como “Companhia Aérea Líder Mundial para a América do Sul”, posso afirmar que o ano de 2009 encerra com sinais positivos. Afirmo isto porque 2009 passa também a constituir o nosso segundo melhor ano de sempre em número de passageiros transportados e volume de receitas de passagens, apesar da profunda crise económica em que o mundo mergulhou. Fernando Pinto Continuamos a ter de nos superar diariamente para ultrapassar todos os obstáculos, mas estamos a reentrar, lentamente e com muito esforço, no caminho certo de recuperação da empresa. A TAP, em parceria com a IATA, foi pioneira a nível mundial ao lançar, no dia 5 de Junho de 2009 (Dia Mundial do Ambiente), o Programa de Compensação de Emissões de CO2, através do qual os nossos passageiros podem compensar, de forma voluntária, as emissões de CO2 resultantes dos seus voos. Creio que estas notícias vão contribuir para vivermos com uma esperança renovada, podendo olhar para 2010 de frente, com optimismo e com a convicção de que os objectivos que têm norteado a TAP nos últimos anos continuam a ser realizáveis. Mas todos nós, no nosso dia-a-dia de trabalho na empresa, podemos e devemos contribuir para um mundo melhor. Procurando contribuir para que isso aconteça, temos em execução o projecto Agir Eco, cujo conceito se baseia na renovação do compromisso de protecção do ambiente, mobilizando e envolvendo todos os trabalhadores da TAP em acções concretas. Neste final de ano, apresento a todos os trabalhadores e suas famílias votos de um novo ano repleto de sucessos pessoais e profissionais. Muito obrigado a todos pelo vosso esforço empenhado no ano que agora termina. ¢ CONGRESSO APAVT Turismo deve recuperar a partir de 2010 A A indústria de turismo deverá registar uma quebra de sete por cento, no final deste ano, a nível internacional, mas a partir de meados de 2010 espera-se alguma recuperação, podendo mesmo crescer na ordem de dois por cento. Esta é a convicção de Taleb Rifai, secretáriogeral da Organização Mundial do Turismo (OMT), expressa no 35º congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), que decorreu em Vilamoura, nos finais de Novembro. O secretário de Estado do Turismo, Bernardo Trindade, anunciou algumas medidas de combate à crise no sector, entre as quais o alargamento da campanha de turismo interno – “Descubra um Portugal Maior” – a Espanha e países com forte presença de emigrantes portugueses, como França, Venezuela e África do Sul, contando com um investimento na ordem dos dois milhões de euros. O novo ministro da Economia, Vieira da Silva, na sua primeira intervenção pública sobre o sector do turismo, prometeu reavaliar o Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) e atribuir apoios específicos ao sector, que se insere – a par das energias renováveis e da fileira da floresta – “neste triângulo de prioridades maiores” definido pelo Governo. O presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, que participou no painel “Turismo: Vencer em Concorrência”, considera que a companhia “tem tido um bom desempenho em comparação com outras empresas” e que, apesar da crise, 2009 será ““o segundo melhor ano no transporte de passageiros”. “Será também o segundo melhor ano em termos de receitas de passagens. Temos conseguido fazer algo que não é normal numa época de crise profunda como esta”¢ FERNANDO PINTO: “APESAR DA CRISE, A TAP TEM TIDO UM BOM DESEMPENHO” João Passos foi reeleito, em 17 de Dezembro, presidente da APAVT para o biénio 2010-2011 4 MANUTENÇÃO E ENGENHARIA Nº 72 | DEZ 2009 TAP M&E reforça presença na IATP A participação da TAP na International Airlines Technical Pool (IATP) reveste-se de extrema importância para a operação dos aviões da companhia. A participação neste organismo incide nas vertentes de manutenção de linha, recovery kits e logística de materiais. IATP A IATP foi criada em 1959. A adesão da TAP ocorreu em 1963. O primeiro delegado da empresa na organização foi Viana Baptista que, mais tarde, assumiu a Direcção da M&E e desempenhou as funções de ministro dos Transportes. A TAP já organizou três conferências do IATP. A primeira realizou-se em Março de 1975 (Londres) e as outras no Estoril, em Setembro de 1982 e 1992. Actualmente, estão representadas na IATP 110 companhias aéreas e 30 empresas da área de manutenção de aviões, incluindo os fabricantes Airbus e Boeing. No seu conjunto, são abrangidas 11 mil aeronaves e mais de 800 estações de manutenção. O valor dos componentes partilhados ronda, anualmente, os 300 milhões de dólares (cerca de 208 milhões de euros). JOANA COSTA E CARLOS MENDES J oana Costa, da TAP M&E (Logística – Planeamento de Material), que já desempenhava funções como delegada do grupo Q e G – Unidades Airbus e Aviónicos comuns a todas as frotas, foi eleita co-chair do grupo Q da International Airlines Technical Pool (IATP), no seu último meeting, realizado em Outubro, na Suíça. Do grupo de representantes da empresa na organização, fazem também parte: Dias Lopes (director da Logística) como senior delegate desde 2000 e Carlos Mendes (chefe da Manutenção de Linha) como delegado de manutenção desde 2002. Antes da criação da IATP, em 1959, o relacionamento comercial entre as companhias aéreas e os prestadores de serviços associados à manutenção de aviões, a nível mundial, não seguia regras comuns, sendo os acordos bilaterais efectuados de modo não regulamentado. Surgiu, assim, a necessidade de criar uma organização que proporcionasse um maior entendimento, a obtenção de sinergias, adequação e agilização de procedimentos e o controlo dos custos. No fundo – explica Carlos Mendes, “o principal objectivo da criação da IATP consistiu na reunião de sinergias que possibilitem ganhos para todas as entidades intervenientes, não só numa vertente mais institucional, definindo regras, mas também numa óptica comercial, traduzindo-se em benefícios comuns numa lógica win-win.” A TAP aderiu à IATP, a única organização do género em todo o mundo, em 1963, estando presente em três vertentes: manutenção de linha, recovery kits e logística de materiais. MANUTENÇÃO DE LINHA No âmbito da manutenção de linha, a TAP M&E presta assistência a companhias aéreas em estações onde dispõe de técnicos próprios. Está em condições de assegurar esse serviço em Portugal, na sua base principal (Lisboa) e em três outras estações (Porto, Faro e Funchal). E ainda em estações exteriores, no Brasil (Rio de Janeiro, São Paulo, Salvador, Fortaleza, Brasília, Belo Horizonte e Natal) e em Luanda. Em contrapartida, a TAP M&E recorre a prestadores de serviços IATP para intervenções no âmbito da manutenção de linha nos destinos em que não tem essa capacidade. É claro que estes prestadores de serviços são obrigados a respeitar determinadas condições. “Estas empresas têm de estar devidamente certificadas e reconhecidas, pelas autoridades do país onde exercem a actividade, bem como por entidades internacionais, para o binómio avião-reactor. Devem dispor nessa estação dos recursos necessários para determinadas reparações, como equipamen- tos, ferramentas e mão-de-obra, igualmente certificada, além de garantirem tempos de intervenção compatíveis com os horários dos voos das companhias que assistem”, diz Carlos Mendes. Estas condições aplicam-se também nas outras vertentes referidas, isto é, recovery kits e logística de materiais. RECOVERY KITS Quando um avião sofre um acidente, ou incidente, na pista de um aeroporto, tem de ser removido com a maior rapidez possível. Daí a importância das companhias de aviação estarem protegidas nos seus vários destinos com os recovery kits. Trata-se de conjuntos de ferramentas e equipamentos que permitem movimentar a aeronave em segurança, constituídos, no essencial, por macacos hidráulicos e almofadas de ar. A TAP tem esta protecção em quatro zonas do Globo: Europa, África, América do Sul e América do Norte. Como refere Carlos Mendes, “temos de ter a garantia de que, no mais curto espaço de tempo possível, conseguimos aceder a este equipamento. Isso só é possível no âmbito da IATP, além de beneficiarmos de preços mais baixos do que as companhias que não são membros da organização e sem investir em equipamento”, comenta Carlos Mendes. LOGÍSTICA DE MATERIAIS A terceira vertente do envolvimento da TAP na IATP é a logística de materiais, isto é, unidades de avião (spares), que tem uma enorme importância na operação das companhias aéreas. Qualquer companhia tem de garantir, nos seus destinos, a existência de componentes fundamentais do avião – desde o pneu a unidades mais complexas – com vista ao despacho da aeronave em caso de avaria e seu regresso à base. Como nos conta Joana Costa, só há duas opções para resolver a situação: a própria companhia faz o stock desses componentes nos vários destinos, ou contrata um fornecedor local para disponibilizar as peças. “A stockagem de componentes tem custos elevados, devido ao valor das unidades e à variabilidade da operação, mas também porque é preciso controlar o seu tempo de vida e transportá-los regularmente para a base para realização de inspecções, colocando peças de substituição durante essas verificações” aponta Joana Costa. A segunda opção, adoptada pela TAP no âmbito da IATP, apresenta vantagens acrescidas – indica. “O prestador de serviços local disponibiliza essas unidades, distribuindo os custos pela pool de companhias IATP que usam essa estação, minimizando os encargos.” ¢ MANUTENÇÃO E ENGENHARIA Nº 72 | DEZ 2009 IATA cria grupo para a qualidade da água potável a bordo A Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA) criou um grupo de trabalho para realizar inspecções à qualidade da água potável fornecida aos aviões em todos os destinos das companhias aéreas que integram o grupo. O objectivo é conseguir harmonizar, a nível mundial, os requisitos de qualidade e procedimentos de fornecimento de água potável. Ana Paula Matos, responsável da área de Ambiente da TAP M&E, foi recentemente eleita para a coordenação deste projecto. No início de 2010, cada companhia aérea vai conhecer (de entre os seus destinos) os aeroportos onde deverá efectuar essas inspecções. Mas, afinal, que importância assume o controlo de qualidade da água potável com que os aviões são abastecidos? Quando, durante um voo, pede um copo de água, ela é engarrafada. Mas se for um café ou um chá, neste caso a água é da rede pública. Falamos, claro, de água potável. No entanto, há uma imensa cadeia desde a torneira até ao momento em que ela entra nos tanques do avião… Os passageiros da TAP podem, contudo, ficar tranquilos, porque há muitos anos que a companhia realiza, periodicamente, auditorias de qualidade aos seus fornecedores de água no hub de Lisboa. GARANTIR A SAÚDE PÚBLICA “É fundamental evitar contaminações indesejáveis, que podem resultar dos equipamentos de transporte, da intervenção humana, ou mesmo do processo de desinfecção. É que a água da rede pública já está tratada, mas é preciso garantir que a desinfecção se mantém durante todo o período de duração do voo”, explica Ana Paula Matos. Para acautelar a segurança dos passageiros, a TAP não abastece os seus aviões com água potável em alguns destinos. África é um exemplo. Isto implica que os aviões têm de transportar a quantidade necessária, não só para o voo de ida, mas também a contar com o regresso a Lisboa, aumentando o peso, logo, o consumo de combustível e, logicamente, os custos. Mas, acima de tudo, está em causa a saúde pública. Este é um problema global, que exige uma resposta global. Por esse motivo, foi formado o “IATA Drinking-Water Quality Pool” (grupo para a qualidade da água potável). As inspecções vão permitir conhecer todos os aeroportos em que o abastecimento de água se pode realizar com total segurança e, quando tal não acontece, as medidas a tomar para corrigir a situação. Estas inspecções serão asseguradas pelos representantes dos operadores nos destinos atribuídos a cada um. Para o efeito, eles vão receber a formação adequada e uma check-list para apoio a essas inspecções.¢ Conferências da UBM Aviation incluíram visitas à TAP M&E A UBM Aviation promoveu recentemente duas importantes conferências anuais em Portugal e no Brasil. O programa incluiu visitas à TAP M&E em Lisboa e no Rio de Janeiro. A 10ª Conferência sobre Gestão dos Custos de Manutenção de Aviões realizou-se em Lisboa, em 25 e 26 de Novembro, tendo como presidente Carlos Ruivo, responsável pelo Marketing e Vendas da TAP M&E. No outro lado do Atlântico, no Rio de Janeiro, em 1 e 2 de Dezembro, teve lugar a 13ª Conferência sobre a Cadeia de Fornecimento na Manutenção e Engenharia de Aviões na América Latina e Caraíbas, presidida por Nestor Koch, CEO da TAP M&E Brasil. Mário Araújo, director de Engenharia da TAP M&E, participou como orador neste evento, abordando o tema “Avaliação de Custos de Manutenção ao Longo do Ciclo de Vida dos Aviões”. Estas conferências reuniram profissionais de manutenção e engenharia, fabricantes, fornecedores, autoridades reguladoras e consultores, para a discussão dos novos desenvolvimentos e outros aspectos relevantes para a indústria da aviação. ¢ VISITA À TAP M&E RIO DE JANEIRO VISITA À TAP M&E LISBOA ana paula matos 5 6 MEGASIS Nº 72 | DEZ 2009 Viagem ao novo Centro de Processamento de Dados A TAP decidiu, no final de 2006, construir dois centros de processamento de dados (CPD), em substituição do então existente, que não reunia as condições hoje necessárias para acolher o sistema de informação da empresa. Dois anos depois, começava a funcionar o CPD1 (ver Jornal TAP 62, Dezembro 2008) e, no final de 2009, entrou em produção o CPD2, que vamos agora conhecer, numa visita guiada por Nelson Cardoso, director da Gestão e Produção de Serviços Técnicos da Megasis. NELSON CARDOSO (2º DA ESQUERDA) COM A EQUIPA ENVOLVIDA NA IMPLEMENTAÇÃO DOS CPD’S E difício 34, no extremo norte do reduto TAP. Uma construção aparentemente banal, de paredes frágeis. É essa a visão com que se depara, do exterior, o visitante do novo Centro de Processamento de Dados da empresa, o CPD2. Pura ilusão. Apenas desfeita no momento em que se penetra no edifício. É que ele “esconde” uma estrutura em aço duplo de elevada resistência e estanquicidade, equipado com avançadas infra-estruturas de climatização, de protecção electromagnética, de anti-vibração, de detecção e extinção de incêndios e de alimentação eléctrica. Um verdadeiro bunker com 170 metros quadrados. Tecto, chão e paredes revestidos com um componente especial: placas de aço galvanizado lacado e lã de rocha totalmente estanque. - Resiste mesmo a impactos de balas de metralhadora e a 90 minutos de fogo contínuo – diz-nos Nelson Cardoso. Mas, para entrar no CPD2, é preciso ultrapassar um difícil obstáculo, porque ele está dotado de um sistema de controlo de acessos de última geração. Nelson Cardoso pressiona o mecanismo de leitura biométrica com o seu polegar. Poucos segundos depois, vê o acesso autorizado. Em toda a empresa, apenas uma dúzia de polegares conseguem abrir a porta do bunker… ARGONITE CONTRA O FOGO Entramos, finalmente, no CPD2. Deparamonos com um corredor onde funciona a área técnica. Nestes 45 metros quadrados estão instalados todos os sistemas de apoio. Por exemplo, as Unit Power Supply (UPS) com 120 KVA de potência, quadros eléctricos, quatro unidades de refrigeração (1.000 W/m2) e sistema de extinção de incêndios. A refrigeração do Data Center é uniforme. A temperatura e a humidade são controladas automaticamente, garantindo que os sistemas informáticos trabalham de modo optimizado, com o menor consumo possível de energia. Estamos, pois, num ambiente estabilizado, com a temperatura a variar entre os 22,5 e os 23,5 graus centígrados e a humidade entre 35 e 45 por cento. Um grupo gerador de 410KVA instalado nas imediações do edifício 34 permite que, em caso de falha da energia da rede pública, todos os sistemas continuem a operar normalmente. E se aqui, neste momento, ocorresse um incêndio? - Poderíamos continuar a visita por mais algum tempo! – afirma Nelson Cardoso. Isto porque o sistema de extinção de incêndios utilizado no CPD2 usa argonite, um gás inerte que extingue rapidamente o fogo pela redução da concentração de oxigénio, mas mantendo este num nível aceitável para a sobrevivência do ser humano. DATA CENTER Vamos agora entrar no Data Center propriamente dito, uma área com 125 metros quadrados, no centro do bunker, separada do corredor técnico por grades de grande resistência ao choque. Para tal, é preciso passar uma nova barreira. Um segundo leitor biométrico exige de novo o uso do polegar de Nelson Cardoso… Aqui encontram-se mais servidores, unidades de discos, de comunicações e de backup. A maioria constitui a redundância aos existentes no CPD1. “Apesar dos sistemas serem, na sua maioria, redundantes, garantimos cópias, para que a informação possa ser recuperada, a partir de tapes (cada uma com 40 a 80 Gb de capacidade), no caso de ocorrer algum desastre”, explica Nelson Cardoso. Foi igualmente por esta razão que o CPD2 foi implantado a grande distância do CPD1, localizado no edifício 19. Neste Data Center está também uma parte do equipamento da plataforma SOA (Service Oriented Architecture), recentemente adquirido para suportar a interligação do Ama- deus aos sistemas da TAP (Compass, Aramis, Flytap, etc.). Tem 40 CPU’s e quase 512 Gb de memória RAM. O chão falso deste bunker oculta uma estrutura de caleiras, pelas quais se estendem várias centenas de cabos, de fibra óptica e de cobre, que alimentam todos os sistemas. A construção do CPD2 é, assim, mais um importante passo na protecção da informação. Tudo foi pensado para assegurar as condições ideais de funcionamento, segurança e utilização dos sistemas do Grupo TAP. ¢ INFRA-ESTRUTURAS REDUTO TAP O Reduto TAP está servido por uma impressionante infra-estrutura de informação e comunicação, nomeadamente (números aproximados): • 50 áreas/pólos técnicos implementados nos edifícios. • 10.000 tomadas de rede estruturada para dados/voz certificadas. • 500 km de cabo UTP. • 12 km de cabo de fibra óptica, que ligam os CPD’s aos pólos técnicos dos edifícios. • 300 equipamentos activos de rede, com pelo menos 24 portas por equipamento, cada uma com velocidade mínima de 100 Mb. megasis Nº 72 | DEZ 2009 7 Pressão na eficiência trava custos da Megasis A TAP está hoje muito mais dependente das tecnologias de informação do que há 20 anos, quando a Megasis foi criada, para suporte do Sistema de Reservas. Esta empresa cresceu e é actualmente responsável pela gestão e desenvolvimento das TI das Unidades do Grupo. Entrevista com Eduardo Rodrigues, administrador delegado da Megasis. EDUARDO RODRIGUES: “ALGUNS INDICADORES DEMONSTRAM QUE A TAP TRIPLICOU A UTILIZAÇÃO DE TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO NESTES ÚLTIMOS OITO ANOS” Q ual a importância das tecnologias de informação (TI) na actividade da TAP? Cada vez mais, o negócio da TAP é suportado por TI. Todos os indicadores mostram que a TAP aumentou imenso a sua utilização (ver caixa), não apenas pela duplicação da sua actividade de negócio, registada nos últimos oito anos, mas também pela necessidade do seu desenvolvimento, através da automatização e da simplificação permitidas pelas TI, como ilustram a utilização dos novos canais na Internet ou do bilhete electrónico. Alguns indicadores demonstram que a TAP triplicou a utilização de TI nestes últimos oito anos. Apesar do grande crescimento das TI na TAP, a Megasis mantém os custos de exploração ao nível de 2001. Como explica isso? Explica-se, sobretudo, pela pressão colocada na eficiência da Megasis. O grande crescimento do volume de negócios da TAP provocou, de facto, um aumento quantitativo e qualitativo da utilização de TI. No entanto, conseguimos adoptar processos de trabalho e tecnologias mais eficientes, o que nos permitiu manter os custos controlados. Só assim foi possível manter os custos de exploração em 2008, que ascenderam a 31,5 milhões de euros, praticamente ao nível de 2001, ano em que, por exemplo, não tínhamos, ainda, reintegrado o Sistema de Reservas ou iniciado a utilização em massa da Internet. Também aplicámos melhores práticas negociais com os fornecedores externos. Reduzimos o seu número e introduzimos nos contratos mais e melhores contrapartidas para a TAP. Como evoluiu o número de trabalhadores ao longo dos últimos anos? Em 2003, a Megasis tinha 223 trabalhadores e terminou o ano de 2008 com 204, apesar do grande aumento de actividade da empresa. Para além do contributo dos colaboradores da Megasis, em termos de desempenho e compromisso, muito contribuíram, também, para esta redução, a automatização de procedimentos operacionais e a adopção, como referido, de processos de trabalho mais eficientes. Houve, naturalmente, que aumentar o número de parcerias com empresas externas de prestação de serviços, como forma de adequação da nossa oferta à procura de serviços de TI por parte das Unidades da TAP. Esta estratégia, além de nos permitir responder à volatilidade que caracteriza a procura destes serviços, tem-nos ainda permitido concentrar os nossos recursos humanos nas áreas que necessitam de um maior conhecimento do negócio e das especificidades da TAP. Em que projectos concretos vão concentrar-se no curto prazo? Em todos os que a TAP necessitar. Em todo o caso, não posso deixar de referir, pela sua dimensão, dois projectos actualmente em curso: O desenvolvimento de uma nova arquitectura para integração e suporte dos sistemas informáticos da TAP, como consequência da migração do Sistema de Reservas para o Amadeus, projecto integrado no programa vulgarmente designado por CITP (Common IT Platform). E ainda a parceria com a Manutenção e Engenharia, para a expansão do sistema COSMOS à sua unidade no Brasil e para a renovação da infra-estrutura tecnológica actualmente existente nas instalações de Porto Alegre e Rio de Janeiro. Quais os desenvolvimentos previstos a curto e médio prazo? Vamos manter a nossa atenção nas iniciativas que permitam à TAP simplificar o negócio, aumentar as eficiências operacionais, obter mais e melhor informação para a tomada de decisão e melhorar a qualidade do serviço prestado aos clientes. Neste contexto, destaco a esperada continuação do au- mento do número de serviços electrónicos fornecidos aos clientes. Em termos internos, na Megasis, prosseguiremos com projectos que visem disponibilizar permanentemente à TAP as mais inovadoras, adequadas e eficientes arquitecturas e plataformas tecnológicas, bem como continuar os projectos de desenvolvimento e melhoria de processos, para consolidarmos a Megasis como parceiro de excelência das unidades TAP na área de TI. Porque foi necessário criar um novo Centro de Processamento de Dados? Por dois motivos fundamentais. O primeiro prende-se com a necessidade de implementar uma infra-estrutura de suporte aos computadores e sistemas da TAP mais funcional, mais segura e mais adequada às exigências actualmente colocadas pelas tecnologias e pelo negócio que estas suportam. O segundo motivo está relacionado com a necessidade de implementar mecanismos de business continuity, para garantir o funcionamento das infra-estruturas tecnológicas mais críticas para a operação da TAP, em caso de desastre parcial ou total de um dos centros. ¢ AS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO NA TAP Entre 2004 e 2008, o volume de mensagens tipo B (relativas à actividade do transporte aéreo) processadas aumentou de 289 para 728 milhões. O incremento do número de e-mails é também expressivo. Passou de 14 para 40 milhões. Como curiosidade, refira-se que, só em 2008, o sistema rejeitou mais de 500 milhões de e-mails por suspeita de spam ou vírus. O número de utilizadores registados da infra-estrutura TAPNet, que, em 2001, se situava nos 2.750, cresceu para 10.100 em 2008. No mesmo período, a quantidade de computadores pessoais duplicou, passando de 2.507 para 5.010. Em apenas cinco anos, o número de transacções do Sistema de Reservas aumentou 300%. Passou de 151 (2004) para 464 por segundo (2008). Quanto à evolução dos bilhetes electrónicos, no mesmo período, estes progrediram de cerca de 1,6 milhões para 4,4 milhões. As reservas on-line também registaram um impressionante desenvolvimento. Em 2003, apenas foram realizadas 11.547. Em 2008, este número aumentou para 301.888. Actualmente, são registadas mensalmente mais de 5 milhões de visualizações de páginas nos vários websites da TAP. A largura de banda (capacidade) da rede de comunicações nacional passou, entre 2001 e 2008, de 2,8 para 20,3 Megabytes por segundo. Relativamente ao acesso Internet, a largura de banda evoluiu de 8 (2002) para 75 Megabytes por segundo (2008). 8 RECONHECER Nº 72 | DEZ 2009 “Sabemos porque estamos de pé…” Mais de 300 trabalhadores já foram distinguidos no âmbito do programa Reconhecer, desde o seu lançamento em 2005. A última cerimónia de entrega dos diplomas constituiu mais uma oportunidade para destacar a “elevada capacidade técnica” dos recursos humanos da empresa. FERNANDO PINTO, CLARA LEITÃO E MÁRIO CHAVES (EM REPRESENTAÇÃO DO PROPONENTE, SILVA COELHO) DULCE AZEVEDO “ RECONHECIDOS PELO LANÇAMENTO DO PROGRAMA DE COMPENSAÇÃO DE EMISSÕES COM FERNANDO PINTO (PROPONENTE) ANA ISABEL DA CRUZ CABRITA ROCHA E ANA LUÍSA HENRIQUES DE PAIVA (PROPONENTE) Sabemos porque estamos de pé no meio da crise... Porque a empresa tem conseguido mobilizar-se para atingir os objectivos”, disse o presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, no encerramento de oitava cerimónia do programa Reconhecer. “Também sabemos como é que esta empresa sobrevive sozinha na actual conjuntura… Porque, durante uma irregularidade, ela consegue colocar 95 por cento dos passageiros nos seus destinos.” Foi precisamente por este motivo que 41 trabalhadores – cerca de 50% do total – foram reconhecidos nesta edição do programa, com destaque para as lojas de vendas de Lisboa e Porto. Paula Canada, directora JOSÉ JOAQUIM LOPES DIAS E JOSÉ JOÃO DOS SANTOS (PROPONENTE) de Vendas Portugal, trabalhadores que destacou o “profisestiveram na frente “Vivemos numa cultura com sionalismo com que de batalha, dando a vergonha de dar feedback, desempenharam cara aos passageiros mesmo quando há comportafunções durante o afectados por essa mentos de excelência” período de greve do greve.” PNT, em 24 e 25 de FEEDBACK POSITIVO PRECISA-SE… Setembro, num ambiente tenso e difícil, enMas a sobrevivência da empresa passa tamfrentando longas filas de passageiros.” bém pela sua “capacidade para desenvolver “Tivemos uma disrupção nos voos, com dois internamente projectos e sistemas pelos dias de greve. É um direito, faz parte da soquais outras companhias estão a pagar forciedade, mas a TAP tem um compromisso tunas”. com os passageiros e tem de o respeitar”, O presidente executivo da TAP sublinhou, considerou Fernando Pinto. “Mas há comentre outros, o programa de compensação pensações, porque isso nos deu a oportude emissões, projecto em que a empresa nidade de nos encontrarmos, hoje, com os DENIZ MARQUES DA COSTA E MARIA JOÃO CARDOSO (PROPONENTE) “demonstrou uma elevada capacidade técnica” e que foi premiado pela IATA. Onze trabalhadores foram reconhecidos por este motivo. Recorda-se que a TAP foi a primeira companhia aérea a nível mundial a lançar este programa, no Dia Mundial do Ambiente (5 de Junho). O segundo maior grupo de reconhecidos nesta edição (25 trabalhadores) contribuiu para a implementação do novo motor de reservas – Flytap – que proporcionou um incremento de vendas online de 57 por cento em 2008, prevendo-se que cresça 43 por cento em 2009. No total das oito edições do programa, RECONHECER Nº 72 | DEZ 2009 9 HELENA LEVY, BRUNO MOREIRA E MÁRIO CHAVES (PROPONENTE) ALGUNS RECONHECIDOS DAS LOJAS DE VENDAS DE LISBOA E PORTO, ISABEL MONTEIRO (AO CENTRO) E PAULA CANADA (PROPONENTE, À DIREITA) RECONHECIDOS NA 8ª EDIÇÃO: MANUTENÇÃO E ENGENHARIA Francisco Cruz (Manutenção Motores), João Mendonça (Manutenção Motores), José Joaquim Lopes Dias (Manutenção Motores), Paulo Paiva (Manutenção Motores) MEGASIS Alexandre Castro, Ana Paula Silva, Cristina Garcia Araújo, João Castro, João Damas, Jorge Franco da Costa, Nelson Cardoso, Rita Barata Silva, Vasco Águas Silva TAP SERVIÇOS Deniz Marques da Costa (Recursos Humanos), Graça Correia (Finanças), João Paulo Damásio Geada (Finanças), Maria João Calha (ARF/Ambiente), Micaela Franco (Finanças), Sara Isabel Fragoso da Silva Maia (Finanças) LUÍS MONTEIRO (PROPONENTE, À ESQUERDA), FERNANDO PINTO E ALGUNS RECONHECIDOS PELA CONTRIBUIÇÃO PARA O NOVO MOTOR DE RESERVAS lançado em 2005, foram distinguidos 304 trabalhadores pelos mais diversos motivos. Mas isso só foi possível porque – nas palavras de Fernando Pinto – “há coragem para reconhecer o trabalho dos outros”, numa referência aos proponentes. Foram estes que Luís Rodrigues, administrador executivo, quis igualmente homenagear na cerimónia que decorreu em 25 de Novembro. “Vivemos numa cultura com vergonha de dar feedback, mesmo quando há comportamentos de excelência. Presto homenagem aos proponentes, que tiveram a humildade e a coragem de dizer: - Vocês fizeram um bom trabalho!” ¢ TRANSPORTE AÉREO Ana Cláudia Jesus Rodrigues (Marketing), Ana Isabel da Cruz Cabrita Rocha (Gab. Plan. Operações), Ana Isabel Rocha Machado (Marketing), Ana Maria Sousa (OV/ Suporte Técnico), Ana Mónica Freire (Rede e Planeamento), Antónia Mendes Lopes (SI), Bruno Miguel Moreira (SI/Plan. Gestão Projectos), Clara Leitão (SI/Plan. Gestão Projectos), Cláudia Sofia Madeira da Silva (Alianças e R. Externas), Dulce Azevedo (SI/Plan. Gestão Projectos), Filomena Serra Borges (Rede e Planeamento), Helena Levy (OV/Planeamento e Gestão), Isabel Monteiro (Vendas Portugal), Isabel Palma (Comunicação e R. Públicas), Isidro José Gomes de Carvalho (Vendas Portugal), João Manuel Frias (VD), Katia Faradiba dos Santos Vidal (OV/ /Suporte Técnico), Marco Domingos Monteiro de Matos Zorreta (SI), Maria de Fátima Reis do Amaral Ribeiro (Rede e Planeamento), Maria João Costa (VD), Mónica Quartin Alves da Silva (Marketing), Nuno Carolino Viegas (SI), Paula Gonçalves Marques (Marketing), Rita Carvalho (Marketing), Rosa Gens (Rede e Planeamento), Vanessa Richter (Marketing) TA/VENDAS PORTUGAL/LOJA LISBOA Adriana Azevedo, Alda Pereira, Ana Margarida Henriques, Ana Rosa Martins, Carla Cardoso, Carla Honrado, Carla Pereira, Célia Duarte, Eduarda Maria Villa-Garcia da Rocha, Elisabete Rodrigues, Helena Bento, Isabel Ferreira, Isabel Maria Gaia, Laura Santos, Maria da Conceição Branco, Maria João Gato, Marta Carvalho, Nuno Lemos, Preciosa Matias, Rita Susana de Morais Dias, Sara Coelho, Susana Barata, Susana Santos, Tiago Pereira, Valerie Fernandes PAULO PAIVA, JOSÉ JOAQUIM LOPES DIAS (PROPONENTE), JOÃO MENDONÇA E FRANCISCO CRUZ TA/VENDAS PORTUGAL/LOJA PORTO Alexandra Gomes Moreira da Silva, Anabela Reis, Bruno Silva, Cristina Bohm, Fernanda Cunha, Júlio Costa, Maria Isabel Ferreira, Maria João Silva, Marina Rebelo, Mónica Neves, Paula Lyra, Pedro Figueiredo, Rosalina Sá, Rui Gonçalves 10 actualidade Nº 72 | DEZ 2009 UP fez sucesso no Museu do Design e da Moda M ilhares de pessoas visitaram a exposição das peças utilizadas na produção de várias capas da revista UP, que esteve patente no Museu do Design e da Moda (MUDE), em Lisboa, de 14 a 30 de Novembro. A inauguração da mostra “What’s Up” realizou-se em 14 de Novembro e contou com a presença de 280 convidados, entre os quais alguns estilistas expostos, como Valentim Quaresma (capa Nova Iorque), Lidja Kolovrat (capa Barcelona) e os Storytaylors – João Branco e Luis Sanchez (que fizeram o deslumbrante vestido da capa Madrid). Luiz Mór, administrador executivo da TAP, analisou os dois anos de publicação da UP e o seu contributo para a imagem da companhia, enquanto Paula Ribeiro, directora da revista, sublinhou que as suas capas têm servido de vitrina para a criatividade portuguesa. A directora do MUDE, Bárbara Coutinho, comentou o entusiasmo com que o museu acolheu a proposta de realização da exposição. As peças que estiveram expostas foram doadas ao MUDE, onde serão devidamente conservadas e futuramente exibidas em ocasiões especiais. O cocktail esteve a cargo da Cateringpor, do Grupo TAP, e o espumante foi oferecido por Luís Pato. “Temos a certeza de que, com esta iniciativa, mostrámos a um grande número de pessoas a face contemporânea e dinâmica, não só da TAP, mas também de Portugal”, disse Paula Ribeiro. ¢ LFP com novas fardas O s trabalhadores da LFP – Lojas Francas de Portugal – dispõem, desde 1 de Novembro, de novas fardas, numa criação da designer de moda Sofia Vilarinho, vencedora do concurso “Jovens Criadores 2006” do Clube Português de Artes e Ideias. Os tons de azul estão alinhados com a imagem das lojas LFP – “Just for Travellers” e “Just Luxury”, lançadas em 2008. Uma vasta equipa da empresa esteve envolvida, ao longo de muitos meses, no processo de criação. Muitos trabalhadores contribuíram com sugestões, com vista a garantir o máximo de conforto e adequação das fardas às funções. Os materiais foram criteriosamente escolhidos, beneficiando do know-how da Torfal, uma empresa portuguesa especializada em vestuário corporativo desde 1982, que produziu o novo fardamento.¢ UCS muda imagem A UCS – Cuidados de Saúde mudou o logótipo, em Novembro, apostando na simplificação visual e consonância com a marca TAP, através do uso de uma palete de cores semelhante e sobreposição tipográfica, evidenciando de forma visual a referência ao Grupo TAP. O novo logótipo apresenta mais movimento, num fluxo unitário e contínuo. O ícone vermelho, em detalhe, faz a ligação com a actividade no âmbito dos cuidados de saúde (cruz médica). As formas arredondadas, menos agressivas, tornam a marca mais amigável e próxima do receptor. A materialização da nova imagem vai concretizar-se de forma progressiva nos vários suportes gráficos utilizados na UCS e no reduto TAP. ¢ ACTUALIDADE Nº 72 | DEZ 2009 Melhor companhia de carga aérea A o conquistar os três principais galardões – melhor companhia aérea para a Europa, Américas e África – a TAP foi a grande vencedora dos Prémios de Carga Transportes & Negócios 2009. A entrega destes prémios, em cerimónia realizada no Porto, coincide com o momento em que a TAP Cargo revela finalmente sinais positivos, ao crescer, em Novembro, pela primeira vez em 2009, atingindo um total de 5.141 toneladas transportadas (+1,3% face ao mês homólogo do ano passado). “Desde Setembro, todos os mercados da Europa evidenciam si- nais de franca recuperação, nomeadamente no volume de carga. Em termos de receita, as melhorias são sensíveis, mas ainda estamos muito abaixo dos resultados obtidos em 2008, devido às baixas tarifas praticadas no mercado”, comentou José Anjos, responsável pela TAP Cargo. Entre os mercados com performances equivalentes às do ano passado estão Portugal, Espanha e Itália, enquanto a Alemanha e a França mostram notórias melhorias. Fora da Europa, o Brasil está em retoma e o destino Angola continua em expansão. ¢ 11 “Autoridades de Controlo” Care Team TAP dá formação à SATA P erto de quatro dezenas de trabalhadores e voluntários da SATA participaram em acções de formação ministradas pelo CareTeam da TAP, em Ponta Delgada, entre 27 e 30 de Outubro. Esta formação dividiu-se num curso inicial, de dois dias, com 18 participantes, que permite aos voluntários ficarem aptos a integrar o Care Team, e no curso EPIC (call center de emergência, para apoio aos familiares e amigos das vítimas). “Curso muito bem estruturado, com objectivos bem definidos, levando os formandos a uma grande participação e envolvimento pessoal. A equipa de formadores tem uma excelente interacção entre si e os formandos. De salientar o cuidado na preparação da acção, visível pelo resultado e efeito provocado nos participantes no final da formação. É uma formação de excelente qualidade”. Foi assim que Antonieta Menezes, a responsável pelo Planeamento de Emergência da SATA, avaliou o curso inicial. O curso EPIC teve duas turmas, num total de 20 participantes e também mereceu comentários positivos de Antonieta Menezes: “curso muito prático e cujos objectivos são testados no imediato. Sublinho a importância da observação do atendimento telefónico e do debriefing, como forma de corrigir situações e melhorar a per- A formance dos colaboradores.” Estiveram envolvidos nestas acções três elementos da TAP: José Anjos (director do Planeamento de Emergência), Marta Almeida (responsável pelo Care Team) e Sandra Fanha (coordenadora da Formação Profissional na Área de Emergência). ¢ PAULO BAPTISTA REPRESENTOU A TAP NA 46ª CONFERÊNCIA IATA/CAWG A CURSO DE ATENDIMENTO DE EMERGÊNCIA 25º aniversário da ASASTAP Associação de Solidariedade e Apoio Social do Pessoal da TAP (ASASTAP) comemorou, em 7 de Novembro, o 25º aniversário e os seis anos da abertura do seu complexo social, na Várzea de Sintra. Realizou-se um almoço com alguns sócios fundadores, representantes da Câmara Municipal de Sintra (Marco Almeida, vicepresidente, e a vereadora Paula Simões), o presidente da Junta de Freguesia de São Martinho de Sintra e o presidente da União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social (UDIPSS), entre outros. Durante a tarde, alguns utentes do complexo social protagonizaram momentos musicais, com destaque para o fado e a interpretação do hino ASASTAP (letra de José Mancebo, música criada por residentes e Escola de Música de Rio de Mouro). Assistiram ao evento muitos familiares de utentes e todos os convidados receberam arranjos florais elaborados por residentes. Um mês depois destas comemorações, a ASASTAP passou a integrar, pela primeira vez, os corpos sociais da UDIPSS. A vicepresidente, Rosa Barroso, tomou posse como membro da Mesa da Assembleia Geral, em 3 de Dezembro. ¢ 46ª conferência do Grupo de Trabalho “Autoridades de Controlo” (CAWG) da Associação Internacional do Transporte Aéreo (IATA) realizou-se em Lisboa, em 4 e 5 de Novembro, numa organização da TAP e do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). “O CAWG, criado pela IATA em 1987, funciona como fórum de diálogo entre as principais companhias aéreas IATA e as autoridades de fronteira de vários países, com o objectivo de desenvolver procedimentos e boas práticas no que respeita à migração ilegal. Integra actualmente 21 autoridades e 18 companhias”, diznos o responsável pelo Gabinete de Segurança Operacional da TAP, Paulo Baptista. Os 60 participantes na conferência de Lisboa aprovaram o código de boas práticas para o reencaminhamento de passageiros inadmissíveis, isto é, cidadãos que vêem recusada a entrada num país, por não reunirem as condições exigidas. Segundo Paulo Baptista, os participantes elogiaram a organização e os locais escolhidos para o encontro. Este responsável fez questão de sublinhar o “excelente apoio” dado por Zélia Carmesim (Comunicação e Relações Públicas). A próxima conferência IATA/CAWG (47ª) está marcada para 4 e 5 de Maio de 2010, em Viena, Áustria, devendo ser discutidas as boas práticas para reencaminhamento de deportados. ¢ vendas Nº 72 | DEZ 2009 12 Vendas Portugal encaram 2010 com optimismo A s vendas da TAP no mercado nacional deverão mostrar alguma recuperação em 2010, admitindo-se mesmo que possam regressar aos níveis de 2008, que foi um ano excepcionalmente positivo para o mercado e, sobretudo, para a companhia. Esta é a convicção de Paula Canada, directora de Vendas Portugal da TAP, manifestada no encontro anual deste sector, que se realizou em 6 de Novembro, em Lisboa. “Os objectivos para 2010 ainda não estão totalmente definidos, na medida em que a Administração ainda não os fechou, mas apontam para níveis idênticos aos do ano passado, o que significa uma recuperação de, aproximadamente, dez por cento, relativamente a 2009”, defende Paula Canada. De uma forma geral – afirma esta responsável – a minha equipa acredita que vai ser possível atingir os objectivos traçados para o próximo ano, apesar de a aviação atravessar momentos muito complicados. Paula Canada sublinha, contudo, que a crise está a afectar todos os mercados e que a TAP não está fora deste contexto. “Não é uma situação particular da nossa companhia, mas sim de âmbito internacional.” “A equipa das Vendas Portugal sente que, depois de termos alcançado bons resultados em 2008, este ano foi, de facto, muito duro, mas que a TAP tem capacidade para “A EQUIPA DAS VENDAS PORTUGAL SENTE QUE ESTE ANO FOI, DE FACTO, MUITO DURO, MAS QUE A TAP TEM CAPACIDADE PARA REAGIR” reagir” – diz. Este sentimento está sustentado nos primeiros sinais de retoma económica, que começam a observar-se nos mercados mundiais. “Vai ser uma recuperação muito lenta, mas como já tocámos no fundo é natural que exista algum optimismo quanto ao crescimento em 2010”, afirma Paula Canada. MERCADO NEGATIVO EM 2009 A directora das Vendas Portugal reconhece que a situação em 2009 foi muito difícil. “Apesar da TAP ter mantido o seu share, o mercado teve um comportamento muito “Se procura novas emoções, conhecer ambientes realmente diferentes daqueles que já alguma vez viu, visite a Argélia” Allaoua Karim Bouabdellah ARGÉLIA Em termos turísticos, a Argélia é reconhecida pelo seu deserto (o Saara cobre 90% do país), mas também encontra um forte apelo nos 1.300 kms do litoral, com 487 praias acessíveis. No entanto, entre a aridez do deserto e os magníficos areais da sua costa, há outros locais paradisíacos. Como afirma Allaoua Karim Bouabdellah, “é difícil encontrar em qualquer outro ponto do mundo paisagens tão diversificadas como na Argélia.” Tem, por exemplo, a maior exposição de pintura rupestre a céu aberto a nível mundial e é o país do Norte de África com mais ruínas romanas. Estão actualmente a ser desenvolvidas 22 zonas de turismo em todo o país, o que vai permitir aumentar a oferta hoteleira em mais de 150 mil camas. Mas a Argélia não está apenas a apostar no turismo. Nos últimos cinco anos realizou investimentos de 150 mil milhões de euros. O plano para os próximos cinco anos (2010-2014) envolve investimentos da mesma ordem. Este país é um dos principais fornecedores mundiais de gás natural. As suas actuais reservas são equivalentes ao total do consumo europeu durante 50 anos. negativo, com fortes quebras na procura, quer no segmento business quer no de lazer.” Com efeito, o mundo empresarial impôs uma grande contracção nas viagens de negócios e a procura também se reduziu bastante no turismo de lazer. “Não foi por acaso – sublinha Paula Canada – que, no último Verão, quase não se realizaram voos charter do mercado português para os destinos TAP. Fizemos, aliás, um acordo com os operadores para transportarmos nos voos regulares para o Brasil o tráfego que, tradicionalmente, viajava nos voos charter.” Para enfrentar esta retracção do mercado, a TAP teve a necessidade de realizar inúmeras campanhas para estimular a procura, que tiveram um grande peso do branding discount, o qual, frisa Paula Canada, “registou um forte aumento no mercado português.” Esta reunião de 6 de Novembro, a exemplo dos anos anteriores, teve como objectivos “Valência é uma cidade bonita, muito acolhedora e cosmopolita” Ana Pedroso analisar o comportamento do mercado, quer em termos de vendas dos agentes de viagens quer no segmento corporate, e discutir as metas e o orçamento para 2010. No final dos trabalhos da manhã, o secretário-geral da Câmara de Comércio e Indústria Árabe-Portuguesa, Allaoua Karim Bouabdellah, e uma representante da Delegação Oficial do Turismo Espanhol, Ana Pedroso, fizeram uma apresentação dos novos destinos TAP, respectivamente, Argel e Valência. Contudo, por dificuldades logísticas, não foi ainda possível iniciar os voos para Argel, ao contrário do que estava previsto. ¢ VALÊNCIA Este destino é ainda desconhecido em Portugal. Tem um grande impacto no turismo de negócios, devido ao grandioso Palácio de Congressos e à importante Feira de Valência (230 mil m2 de área coberta), mas ainda não foi descoberto pelo turismo de lazer português. Segundo Ana Pedroso, apenas 75 mil portugueses visitaram Valência em 2008. Com 211 hotéis (32 mil camas), a Comunidade Valenciana oferece 1,2 milhões de hectares de espaços naturais, divididos por mais de 15 parques naturais e três reservas marinhas. Em Valência dominam os estilos gótico e barroco, mas o seu ex-libris é a moderna Cidade das Artes e das Ciências (construída entre 1998 e 2006), com vários edifícios emblemáticos, e que continua a desenvolver-se. É uma cidade pequena e plana, que aposta no turismo cultural (50 museus e salas de exposições), excelente para compras, mas também para o turismo de sol e praia, dispondo de quatro magníficas praias. É um paraíso para os amantes dos desportos náuticos e de aventura e do golfe (20 campos). escalas Nº 72 | DEZ 2009 13 Tecnologia ao serviço do cliente O cliente continua a ser o foco dos encontros anuais dos chefes de escalas da TAP. Após a recuperação dos indicadores de pontualidade e das irregularidades com bagagens, a empresa aposta cada vez mais nos recursos tecnológicos, visando a melhoria do serviço. O ADMINISTRADOR EXECUTIVO LUÍS RODRIGUES COM OS PARTICIPANTES NO 9º ENCONTRO DOS CHEFES DE ESCALAS DA TAP O s fracos indicadores de pontualidade questões operacionais de extrema ime de irregularidades com bagagens portância para quem está diariamente no da TAP motivaram a criação, há dois anos, terreno. Também fizemos a retrospectiva da Direcção de Serviço ao Cliente. Razão deste ano e debatemos os objectivos para pela qual, no encon2010.” tro do ano passado Isabel Fernandes dos chefes de escasalienta também a “Este encontro é, acima de las da empresa, a apresentação reatudo, motivador. Serve para “agenda” se centrou lizada pelo director reforçar todo o nosso empenho na melhoria destes do Aeroporto de Lisna prestação de um cada vez índices como factoboa, Francisco Semelhor serviço ao cliente, atrares decisivos para o verino, que “aponvés da experiência recolhida de aumento da qualitou as melhorias e o outros colegas e dos inputs da dade do serviço ao plano de expansão Administração” cliente. até 2017 desta infraMaria Antónia Assunção (Rio de Na edição de 2009, estrutura, medidas Janeiro) o cliente continuou a que vão ao enconser a prioridade. Mas tro, de facto, das neo progresso registacessidades da TAP.” do naqueles indicadores, que agora se aproENCONTRO “EXCITANTE” ximam da média europeia, levou a empresa “Numa palavra? Excitante”. Foi assim que a ampliar o foco, como explica Américo Coso administrador executivo Luís Rodrigues ta, director do Serviço ao Cliente. caracterizou este encontro, “que excedeu “Continuamos sempre focados no passageias suas expectativas. O contacto com estas ro, mas a melhoria contínua do serviço exige pessoas, que vivem o dia-a-dia em vários um afinar do rumo, apostando no desenvolcantos do mundo, é absolutamente crítico. vimento de processos mais automatizados, Todos aprendemos com as suas experiênexplorando novos recursos tecnológicos, cias.” que permitem ainda reduzir custos.” Foi igualmente por este motivo que o O megaprojecto CITP, que suporta a mudança, em curso, do sistema de reservas e de check-in da TAP, é um exemplo deste “afinar “Os encontros são importantes de rumo” e foi um dos temas discutidos pepara termos a oportunidade de los 60 participantes no 9º encontro, realizapartilhar experiências com os do em Lisboa, entre 10 e 12 de Novembro. colegas e chefias, mantendoMas não se falou apenas de projectos tecnos também ao corrente dos nológicos nesta reunião, como nos conta projectos e desenvolvimentos Isabel Fernandes, coordenadora de Escalas ao nível do Grupo TAP” da TAP. João Mantas (Copenhaga) “Vários departamentos fizeram apresentações muito úteis, abordando temas e presidente executivo da TAP, Fernando Pinque é preciso é termos a devida percepção to, optou por fazer a sua apresentação no da realidade. formato de pergunta E esta realidade e resposta. “Vocês encerra um “duplo estão no terreno e desafio”, que é au“O encontro tem a sua imporconhecem os promentar as receitas tância, visto que permite fazer blemas e as soluções e diminuir os cusuma avaliação de todo o trabamelhor do que nós”, tos numa “pequena lho realizado, bem como as cordisse. companhia, de perecções necessárias, e discutir E as questões foram quena escala, num medidas a implementar” muitas, abrangendo, país que demora 15 Ismet Mogne (Maputo) por exemplo, a situminutos a atravesação da TAP e das sar de avião” – refeoutras empresas do riu Luís Rodrigues. Grupo, o impacto das greves, a necessidade Por isso, enfrentamos igualmente um “dude capitalização, a perspectiva de privatizaplo problema”: “Temos de ser duplamente ção e a previsão de resultados. melhores do que os outros”. ¢ Fernando Pinto destacou os desafios que se apresentam à TAP. Depois de recordar que “estamos no canto da Europa, num pequeno mercado, praticando tarifas inferiores No 9º encontro dos chefes de escalas à média europeia”, lançou o repto: “para a foram entregues os seguintes prémios TAP continuar a ser uma óptima empresa (indica-se entre parêntesis quem os recebeu): para trabalhar, tem de continuar a existir e, para isso, é obrigada a ser eficiente.” TAP BEST STATION O presidente executivo aproveitou esta - Europa: Funchal (Paulo Nóbrega) oportunidade para, igualmente, agradecer - Américas e África: Sal (Hugo aos chefes de escalas “pela capacidade que Rodrigues) demonstraram para ultrapassar todos os BEST HANDLING AGENT imensos problemas que aconteceram du- Europa: Groundforce - Funchal rante este ano.” - Américas e África: TACV – Sal “DUPLAMENTE MELHORES” “Os chefes de escalas estão confiantes no futuro da empresa?” – perguntámos a Luís Rodrigues, que teve a seu cargo o encerramento do encontro. - Não estão muito, mas ficaria preocupado se isso acontecesse. Significaria que não entendiam a gravidade da situação. A condição básica para conseguirmos actuar e corrigir o MAIOR EVOLUÇÃO NA REDUÇÃO DE IRREGULARIDADES DE BAGAGENS 1º - Escala de Zurique (Hugo Horta) 2º - Escala de Newark (Leonor Dias) 3º - Escala de Barcelona (Josep Carbonell) MAIOR EVOLUÇÃO NA PONTUALIDADE - Escala de Copenhaga (João Mantas) 14 ACTUALIDADE Nº 72 | DEZ 2009 Causas Nobres Muitos trabalhadores da TAP participam activamente em organizações humanitárias e de solidariedade, dando o seu melhor contributo para melhorar as condições dos cidadãos mais desprotegidos. Regularmente, o Jornal TAP dá conta destas práticas. Nesta edição, vamos conhecer a Associação Terra dos Sonhos e o trabalho desenvolvido por Ana Bidarra e Pedro Pedroso. PEDRO PEDROSO E ANA BIDARRA TORNARAM-SE VOLUNTÁRIOS DA ASSOCIAÇÃO TERRA DOS SONHOS O swaldo (8 anos) quer conhecer o Rui causas como a Terra de Sonhos. Têm amCosta, Maria (12) gostava de saltar bos 38 anos e trabalham na TAP M&E. Ela de pára-quedas, Tiago (9) queria mesmo ané responsável pela área de Planeamento dar de avião, Luís (9) preferia ir à neve, Cátia da Manutenção de Motores. Ele dirige as (15) quer ter um quarto de princesa, Marta Vendas de Motores do Marketing e Ven(6) deseja um cão chiuhauhua para compadas. nhia, Inês (7) ambiPara Ana, o voluntaciona uma cadeira de riado não é novidarodas adaptada. de. “Fiz acção social Para realizar os sonhos das Todas estas crianças no passado, portancrianças, os voluntários da Astêm muito em coto, já tinha o ‘bichisociação Terra dos Sonhos têm mum. São doentes nho’, apenas estava de contactar com as crianças, crónicos ou em fase adormecido e este as famílias, o pessoal dos hosavançada de doença, projecto entusiaspitais, assistentes sociais e orbatalham diariamenmou-me.” ganizações de solidariedade te pela vida. Não por Pelo contrário, Pesocial. uma vida melhor, dro é um “iniciado” mas apenas por isso, nestas andanças. pela vida… E soMas há muito tempo nham! Sonham que os seus desejos podem que equacionava envolver-se neste tipo de ser realizados. projectos. “É daquelas coisas que as pessoFoi para os realizar que Frederico Fezas Vias estão sempre a adiar, porque têm outras tal e Laura Olalla reuniram mais três dezeresponsabilidades. E, de repente, decidimos nas de “solidários” e fundaram a associação quebrar a inércia.” Terra dos Sonhos, em 2007. “Um sorriso vale - Afinal, o que são algumas horas dedicadas tudo” é o seu lema, porque acreditam que a uma causa solidária, no meio de tudo o é possível ajudar aquelas crianças, criando resto? – interroga-se Pedro Pedroso. momentos únicos de alegria. Estes dois trabalhadores da TAP querem Um voluntário pode participar na actividade contribuir para realizar um sonho “do princída associação de diversas formas. Uma das pio ao fim”, com tudo o que isso implica. principais é integrar as “Equipas de Sonhos”, Com efeito, os voluntários das “Equipas de responsáveis pela realização dos desejos das Sonhos” têm de contactar com as crianças, crianças e adolescentes. Tarefa de grande as famílias, o pessoal dos hospitais, assisenvergadura, já que, neste momento, estão tentes sociais e organizações de solidarieidentificados 72 sonhos por concretizar. dade social. Inicialmente, pensaram em contribuir para ACORDAR O ‘BICHINHO’ a realização do sonho de uma viagem de Ana Bidarra e Pedro Pedroso vão juntar-se avião. Quando contactaram a TAP, ficaram a aos certamente muitos trabalhadores TAP saber que a empresa já tem um acordo com que contribuem de alguma forma para a associação, que prevê a doação de milhas pelos membros do programa Victoria. Em Dezembro vão iniciar sua participação. Veremos, então, que sonho irão Ana Bidarra e Pedro Pedroso ajudar a concretizar. Motivação não lhes falta! A associação já realizou 103 sonhos, desde ir à Disney até visitar uma fábrica de material escolar, passando por conhecer inúmeros ídolos ou ser modelo por um dia, proporcionando momentos únicos de magia. ¢ ASSOCIAÇÃO TERRA DOS SONHOS Lx Factory, Rua Rodrigues Faria, 103 (Edif. Normajean) 1300-501 LISBOA Telefone: 21 340 62 34 E-mail: [email protected] Website: www.terradossonhos.org Prémio “Planeta Terra” da UNESCO O programa de compensação de emissões de dióxido de carbono (CO2) lançado pela TAP, em 5 de Junho, foi distinguido pela UNESCO com o prémio “Planeta Terra 2010”, atribuído na categoria “Produto Sustentável Mais Inovador”. Desde o início do programa até Novembro, os passageiros já compensaram 2.194 toneladas de CO2, ultrapassando já largamente o objectivo estabelecido até ao final de 2009, que era de 1.500 toneladas. Tema a desenvolver na próxima edição. ¢ MUSEU Nº 72 | DEZ 2009 15 Museu TAP “voa” para Sintra A história e o percurso de três entidades – TAP, Força Aérea e ANA – têm muito em comum. E também a responsabilidade por um rico espólio. O novo Museu do Ar vai reuni-lo em Sintra. TRANSPORTE DO NARIZ DO SUPER CONSTELLATION PARA O NOVO MUSEU DO AR I nstalamo-nos confortavelmente em frente ao computador, carregamos a enésima versão de um qualquer programa de simulação de voo. Já com a mão no joystick, tornamo-nos pilotos virtuais e viajamos pelo mundo, aos comandos do nosso avião preferido. Com certeza já ouviu falar, por exemplo, do Flight Simulator da Microsoft? É que ele anda, há 25 anos, a matar o “vício” a milhões de amantes da aviação. No entanto, os simuladores de voo “a sério”, usados para o treino de pilotos “a sério”, que estão aos comandos de aviões “a sério”, são uma “novidade”… com mais de 50 anos! O primeiro “aterrou” na TAP em 1962, para a instrução dos pilotos do famoso Caravelle, que fez a aviação comercial – e a companhia – entrar na era do jacto. Se recuarmos à década de 1930, vamos encontrar o percursor dos modernos simuladores de voo. É o Link Trainer, equipamento de aspecto tosco, mas com um currículo invejável. Ficou famoso por treinar os pilotos que combateram na II Guerra Mundial. O Link Trainer é a mais antiga peça de grande porte apresentada no espaço dedicado à TAP no futuro Museu do Ar, que abre ao público brevemente. Ele chegou à companhia em 1945 e esteve no activo até 1967. 30 MIL PEÇAS Este não será o único motivo de atracção para os muitos milhares de visitantes esperados anualmente no novo museu. Na área reservada à TAP, poderão ser vistas, por exemplo, maquetas de aviões, uniformes, instrumentos e objectos pessoais, como brevets de pilotos (o mais antigo é de 1936). Vão ainda ser expostos, pela primeira vez, materiais de catering da companhia, começando pelos usados no DC3-Dakota (1945). O grande hangar do museu acolhe outros equipamentos de grande porte da TAP: o nariz e o motor do Super Constellation (1955), o simulador do Caravelle (1962) e uma viatura de abastecimento de água aos aviões (década de 1960). Com a abertura ao público do Museu do Ar, o imenso espólio da companhia vai ganhar maior visibilidade. O antigo espaço do Museu TAP apenas recebia cerca de 2.000 visitantes anuais, devido a constrangimentos vários. Deles nos fala Adelina Arezes, a sua coordenadora. “Depois de todo o empenho do comandante Pereira – o impulsionador do museu – e de tantos outros colegas, era lamentável e frustrante não haver condições. Tornavase impraticável corresponder a todas as solicitações, por falta de meios materiais e humanos. Quando os visitantes se dirigiam ao museu, deparavam-se com um armazém inapropriado, onde não era possível ter em exposição grande parte do acervo.” Um acervo impressionante, se tivermos em conta que ronda as 30 mil peças, das quais apenas estão tratadas cerca de 10 mil. Já para não referir o espólio fotográfico – que vai manter-se nas instalações da TAP – que ascende a mais de 40 mil exemplares (só 3.000 estão classificados). MAIS ESPAÇO Com o novo Museu do Ar, que contempla também um espaço de armazém e outro para reservas, “vamos poder aceitar peças que antes não tínhamos condições para re- ceber”, diz Adelina Arezes. “Muita coisa se perdeu por falta de espaço. Estou a lembrar-me de um banco de ensaio de motores e de uma asa de B747, que a Manutenção e Engenharia da TAP quis oferecer ao museu… Hoje seriam duas grandes atracções no Museu do Ar.” E são múltiplas as tarefas inerentes à manutenção de um museu: “fazer pesquisa, recolher peças, inventariá-las, organizar exposições, receber visitantes…”, afirma Adelina Arezes, rodeada de caixas e caixotes, de onde vai retirando as peças que ficarão em exposição. ¢ O SIMULADOR DO CARAVELLE PREPARA-SE PARA “RESPIRAR” NOVOS ARES EM SINTRA últimas Nº 72 | DEZ 2009 16 Lisboa instala mangas para aviões de longo curso O aeroporto de Lisboa vai contar, até ao final de 2010, com mais sete mangas. Todas dedicadas a aviões widebody, que fazem o longo curso. Os procedimentos de embarque e desembarque tornam-se mais rápidos. E também aumenta o conforto do passageiro e a pontualidade dos voos. Mais um passo na melhoria do serviço ao cliente. ALÉM DAS MANGAS JÁ EXISTENTES PARA AVIÕES NARROW-BODY, LISBOA JÁ DISPÕE DESTES EQUIPAMENTOS DEDICADOS AOS VOOS DE LONGO CURSO O FICHA TÉCNICA aeroporto de Lisboa dispõe, desservidos em mangas. Mas, com os horários de 16 de Dezembro, de três manactuais da TAP, admito que seja possível gas para aviões widebody. São as primeiras abranger 70 a 80 por cento dos passageide um total de sete a instalar até 2010 e vão ros”, diz Américo Costa, director do Serviço permitir à TAP melhorar a operação com os ao Cliente. seus equipamentos A330 e A340, que, até Claro que estes patamares vão baixar, em Juagora, não podiam ser assistidos neste sisnho, quando a TAP voltar aos níveis de opetema. ração que teve no O processo de embarpassado e que se viu que e desembarque obrigada a reduzir “Este investimento da ANA de passageiros dos devido à diminuição constitui um salto qualitativo voos de longo curso da procura. “Como muito interessante para a TAP. da TAP em Lisboa a onda da manhã é Aumenta a qualidade de servivai, assim, tornar-se muito vincada, será ço ao cliente e é possível fazer mais confortável e impossível manter uma gestão mais aprimorada rápido. tais níveis”, explica dos fluxos de passageiros. EsSegundo estimativas este responsável. tacionar os aviões em manga da companhia, a uti“De qualquer manão é o mesmo que tê-los em lização das mangas neira – diz – este inparques remotos” pode reduzir em, pelo vestimento da ANA menos, 50 por cento constitui um salto a duração destes procedimentos. Também qualitativo muito interessante para a TAP. é expectável que melhorem, em cerca de 30 Aumenta a qualidade de serviço ao cliente e por cento, os tempos de entrega de bagaé possível fazer uma gestão mais aprimoragens aos passageiros com destino a Lisboa. da dos fluxos de passageiros. Estacionar os “Continuará a haver recurso ao autocaraviões em manga não é o mesmo que tê-los ro, pois nem todos os clientes poderão ser em parques remotos.” [email protected] Os artigos expostos são da responsabilidade da Direcção Editorial do Jornal da TAP, ou dos seus autores, quando assinados, não reflectindo necessariamente os pontos de vista da Administração. “Gerir os passageiros dentro do terminal tem mais vantagens do que deslocá-los em autocarro, cenário que exige uma coordenação mais complexa”, afirma Américo Costa. REDUZIR O EMBARQUE REMOTO Sendo o boarding um dos aspectos mais valorizados pelos passageiros, ele é também um dos pontos fracos da TAP. “Na avaliação feita pelos nossos clientes, temos um gap de 30 a 40 pontos percentuais em relação à média da Star Alliance. Se formos analisar os hubs das outras companhias, constatamos que eles estão equipados com mais mangas.” O embarque remoto – que é a situação normal no aeroporto de Lisboa – tem afectado bastante a operação e a imagem da TAP, sobretudo no tráfego de transferência, que é uma forte aposta da companhia e representa 35 por cento da sua actividade. Não se estranha, assim, que Américo Costa manifeste “uma enorme satisfação por ver a ANA responder positivamente às necessidades da TAP, no âmbito do programa de expansão do aeroporto de Lisboa.” Propriedade: TAP Portugal Morada: Aeroporto de Lisboa, 1704-801 LISBOA Director: António Monteiro | [email protected] Edição: DEEP STEP Comunicação | [email protected] Fotografia: Audiovisuais O director do Serviço ao Cliente reconhece que a ANA “está a fazer um grande esforço para ir ao encontro dos anseios e do modelo operativo/comercial da TAP” e admite, igualmente, que o grande reforço da frota da companhia, concretizado nos últimos anos, obrigou a empresa aeroportuária a acelerar investimentos. As várias limitações operacionais do aeroporto de Lisboa são de difícil resolução, mas de explicação simples, como expressa Américo Costa. “Ele nunca teve um plano director. A sua expansão, seja nos terminais de passageiros, de bagagens ou de carga, é realizada de acordo com o espaço disponível no seu perímetro, com todos os inconvenientes em termos de sinergias e de optimização de fluxos.” Porém, apesar destes constrangimentos, tem sido possível incrementar as condições do aeroporto. A instalação de mangas para os aviões de longo curso são disso um exemplo. Além das três já em funcionamento, serão colocadas mais três em Janeiro de 2010 e, ainda neste ano, um stand com duas mangas. ¢