Perfil de Saúde Ambiental Infantil no Brasil Dr. Guilherme Franco Netto Coordenador Geral de Vigilância Ambiental em Saúde - Ministério da Saúde - Brasil [email protected] Brasil: Conformando um perfil ambiental Saneamento Ambiental - Brasil % População atendida 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 abastecimento de água esgoto e fossa coleta de lixo urbano rural total Fonte : IBGE - PNAD -1999 Dia Mundial da Saúde no Brasil “A cada 1.000 crianças brasileiras que moram em lugares adequados, 24 morrem. Mas a cada 1.000 que vivem em ambientes precários, morrem o dobro de crianças", Presidente Lula, usando dados do IBGE, durante Cerimônia de Comemoração do Dia Mundial da Saúde. LEIS E NORMAS A Constituição de 1988 A Lei Orgânica da Saúde (Lei 8.080/90 ) e a Lei 8.142/90 Lei nº 6.938 de 31 de agosto de 1981, SISNAMA. Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069/1990) Determinantes chaves de morbidade e mortalidade de crianças menores de cinco anos Entre as crianças de 1 a 4 anos de idade as causas externas passam a representar 19% do total de óbitos, seguida pelas infecções respiratórias agudas (12,2%), mal-formações congênitas (6,6%) e diarréias (5,3%). As causas externas passam a ser responsáveis por 38,3% das mortes de crianças de 5 a 9 anos de idade; 47,9% dos óbitos de adolescentes entre 10 e 14 anos; e 70% dos óbitos de adolescentes entre 15 e 19 anos. Taxa e tendência da morbidade e da mortalidade por doenças infecciosas no Brasil, no período de 1980 a 1999. 70,00 900,00 taxa de morbidade por 100.000 hab 700,00 50,00 600,00 40,00 500,00 30,00 400,00 300,00 20,00 200,00 10,00 100,00 0,00 0,00 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 Ano t axa mo r t al i d ad e p o r D I P t axa mo r b i d ad e p o r D I P Li near ( t axa mo r t al i d ad e p o r D I P) Li near ( t axa mo r b i d ad e p o r D I P) taxa de mortalidade por 100.000 hab 800,00 60,00 140,00 700,00 120,00 600,00 100,00 500,00 80,00 400,00 60,00 300,00 40,00 200,00 20,00 100,00 0,00 1900 1900 1900 1900 1900 1900 1900 1900 -20,00 1900 0,00 doenças im unopreveníveis/100.000 hab. 800,00 1900 doenças não im unopreveníveis/100.000 hab Taxa e tendência da incidência das doenças infecciosas imunopreveníveis e não-imunopreveníveis no Brasil, no período de 1980 a 1999. Ano doenças não im unopreveníveis doenças im unopreveníveis Linear (doenças im unopreveníveis ) Linear (doenças não im unopreveníveis) Cargas de enfermidade infantil relacionada com o ambiente No Brasil, 26% dos Anos Perdidos por Morte Prematura (APMP) relacionam-se ao grupo de doenças infecto-parasitárias, condições maternas, condições peri-natais e deficiências nutricionais; 59% relacionam-se ao grupo das doenças não transmissíveis 15% ao grupo das causas externas. DADOS E INFORMAÇÃO IBGE (CENSO, PNAD, PNSB) DATASUS (SIM, SINASC) Outras bases do SUS (SIAB, SINITOX, Bases do CENEPI, RIPSA e outros Ministérios) Perspectivas de implantação dos Sistemas de Informação em Vigilância Ambiental Desafios: Problema da subnotificação POLÍTICAS Setor Saúde Programa Nacional de Assistência Integral de Saúde da Criança - PAISC (1984) Atenção Básica da Saúde Programa PACS/PSF Sistema Nacional de Vigilância Ambiental em Saúde Atenção Primária Ambiental POLÍTICAS Setor Ambiental Política Nacional de Recursos Hídricos Política Nacional de Educação Ambiental Gestão ambiental urbana Programa Nacional de Controle da Qualidade do Ar. Programa de Segurança Química Agenda 21 POLÍTICAS Setor Educação Parâmetros em Ação - Meio Ambiente na Escola Programa Nacional de Saúde Escolar Programa Nacional de Alimentação Escolar Programa Bolsa Escola POLÍTICAS Outros setores Ministério do Trabalho e Emprego (ambiente de trabalho, erradicação do trabalho infantil) Ministério da Agricultura (agrotóxicos) Ministério da Ciência e Tecnologia (pesquisas aplicadas ao tema) O Ministério do Desenvolvimento Agrário (Políticas de Reforma Agrária) POLÍTICAS E AÇÕES ARTICULADAS Termo de cooperação técnica entre o Ministério da Saúde e o Ministério do Meio Ambiente Criação da Comissão Permanente de Saúde Ambiental do Ministério da Saúde Participação na Comissão Coordenadora do Plano de Ação para a Segurança Química A regulação do uso de agrotóxicos Criação do Ministério das Cidades Programa “FOME ZERO” Papel da sociedade Comunidades, Organizações não governamentais, movimentos sociais e movimentos populares Conselhos de Saúde, Ambiente e Recursos Hídricos, dos Direitos da Criança e do Adolescente Exemplos de movimentos sociais importantes: Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua, Movimento dos Sem Terra, Movimento Lixo Cidadania, Organização Infantil Guardiões das Águas do Universo; Amigos do Futuro; Patrulha Ecológica. CIÊNCIA Principais executores: Universidades, Centros de Pesquisa e Institutos (setor público). Financiadores: FIOCRUZ, FUNASA, FNMA, CNPq, FINEP, FUNDACENTRO, CAPES, OPAS Necessidades de pesquisa: Mapa de Risco Ambiental para a saúde infantil Carga ambiental de doença COMUNICAÇÃO Necessidade de fortalecimento de iniciativas populares de comunicação: rádios e TVs comunitárias, jornais populares, manifestações artísticas e culturais populares. Comunicação de histórias exitosas Campanha Nacional de Vacinação Campanha: “Criança no Lixo Nunca Mais” Fórum Lixo/Cidadania CONCLUSÕES Aspectos positivos O arcabouço jurídico-institucional do país é abrangente e está bem constituído no sentido conceitual e estrutural. Desafios integração intersetorial de políticas reverter o atual perfil de vulnerabilidade e os danos sofridos pelas crianças e adolescentes frente aos riscos ambientais gerados pelas más condições de vida impostas pelas desigualdades sociais existentes no país