IBGE – Brasil 2010 Indicadores de Desenvolvimento Sustentável Dimensão Ambiental INTRODUÇÃO/METODOLOGIA A publicação do IBGE- Indicadores de desenvolvimento sustentável: Brasil 2010 - dá continuidade à série iniciada em 2002 e mantém o objetivo geral das edições anteriores em disponibilizar um sistema de informações para o acompanhamento da sustentabilidade do padrão de desenvolvimento do País. O trabalho do IBGE de construção de Indicadores de Desenvolvimento Sustentável o Brasil é inspirado no movimento internacional liderado pela Comissão para o Desenvolvimento Sustentável - CDS, das Nações Unidas (Commission on Sustainable Development - CSD). O Instituto Jones dos Santos Neves, órgão de apoio ao planejamento territorial do Espírito Santo apresenta a edição dos indicadores de sustentabilidade disponibilizados pelo IBGE/2010, todos revistos e atualizados, possibilitando grau de comparabilidade do Espírito Santo com outros Nesta edição do IBGE, alguns indicadores relativos à dimensão ambiental foram introduzidos, tais como o indicador relativo ao desmatamento da área remanescente do Cerrado, e outros foram suprimidos por não ter havido possibilidade de atualização recente, como por exemplo, os três indicadores relativos á destinação final do lixo, coleta seletiva do lixo e tratamento de esgoto. O IBGE dispõe de numerosas informações estatísticas, que permitiriam a construção de muitos indicadores, entretanto a concepção norteadora do trabalho é a de limitar-se a um conjunto de indicadores capazes de expressar as diferentes facetas da abordagem de sustentabilidade da forma mais concisa possível. O documento do IBGE, além de caracterizar e subsidiar o processo de desenvolvimento sustentável em nível nacional, acrescese a exigência de expressar a diversidade característica do País. Fonte: INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ( IBGE ). Indicadores de Desenvolvimento Sustentável. Brasil 2010. 2010. ATMOSFERA EMISSÃO DE ORIGEM ANTRÓPICA DE GASES ASSOCIADOS AO EFEITO ESTUFA A estimativa das emissões de origem antrópica líquidas (emissões menos remoções) dos principais gases causadores do efeito estufa, por setor de atividade responsável pela emissão. ATMOSFERA O QUE SÃO GASES DE EFEITO ESTUFA? São chamados de gases de efeito estufa porque são capazes de reter na atmosfera, por algum tempo, o calor irradiado pela superfície do planeta. Com eles, parte do calor irradiado pela superfície terrestre fica “preso” na atmosfera, mantendo a temperatura em níveis ótimos para a existência da maior parte da vida no planeta. A temperatura média da Terra é de 15°C, sem o efeito estufa seria de -15°C. O efeito estufa é, portanto, um fenômeno natural, sendo fundamental à manutenção do clima e da vida na Terra. Há, entretanto, fortes sinais de que as atividades humanas estão aumentando rapidamente a concentração de alguns dos gases de efeito estufa “naturais” (CO2, H2O, CH4, etc.), além de acrescentarem à atmosfera outros gases de efeito estufa antes inexistentes (CFC, PFC, SF6, etc.). Com isto, a Terra está ficando mais quente muito rapidamente. ATMOSFERA METODOLOGIA A metodologia usada para o cálculo das estimativas do efeito estufa foi baseada na Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Intergovernmental Panel on Climate Change - IPCC), criada em New York, em 1988, e abrangeu os seguintes gases: • • • • • • • • • Dióxido de carbono (CO2), Metano (CH4), Óxido nitroso (N2O), Hidrofluorcarbonos (HFC), Perfluorcarbonos (PFC - CF4 e C2F6), Hexafluoreto de enxofre (SF6) Óxidos de nitrogênio (NOx) Monóxido de carbono (CO) Gases de efeito estufa “naturais” (CO2, H2O, CH4, etc.) ATMOSFERA A CAUSA DA ELEVAÇÃO EFEITO ESTUFA? Alguns dos gases presentes naturalmente na atmosfera, entre eles o vapor d’água, o dióxido de carbono (CO2) e o metano (CH4), são chamados de gases de efeito estufa porque são capazes de reter na atmosfera, por algum tempo, o calor irradiado pela superfície do planeta. A maior parte dos especialistas considera a elevação dos teores de CO2 na atmosfera como a grande responsável pela intensificação do efeito estufa ou, pelo menos, por disparar este processo. Esta elevação é atribuída, em termos históricos, principalmente à queima de combustíveis fósseis (carvão, petróleo e gás natural) para geração de energia, e secundariamente à destruição da vegetação natural, especialmente das florestas. ATMOSFERA Para cada um dos gases, foram estimadas, para os anos de 1990, 1994, 2000 e 2005, as emissões e remoções da atmosfera oriundas dos seguintes setores de atividade: produção de energia; processos industriais; uso de solventes e outros produtos; agropecuária; mudança no uso da terra e florestas; e tratamento de resíduos. A unidade de medida utilizada é o gigagrama (1 Gg = 1 000 toneladas). ATMOSFERA INDICADORES RELACIONADOS AO EFEITO ESTUFA: - Consumo industrial de substâncias destruidoras da camada de ozônio - Uso de fertilizantes - Terras em uso agrossilvipastoril - Queimadas e incêndios florestais - Desflorestamento na Amazônia Legal - Área remanescente e desflorestamento na Mata Atlântica e nas formações vegetais litorâneas - Área remanescente e desmatamento no Cerrado - População residente em áreas costeiras - Espécies extintas e ameaçadas de extinção ATMOSFERA INDICADORES RELACIONADOS AO EFEITO ESTUFA: - Taxa de crescimento da população - Doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado - Consumo de energia per capita - Intensidade energética - Participação de fontes renováveis na oferta de energia - Reciclagem - Rejeitos radioativos: geração e armazenamento - Ratificação de acordos globais - Gastos com Pesquisa e Desenvolvimento - P&D ATMOSFERA VARIÁVEIS DO INDICADOR: COMO FUNCIONA? As variáveis utilizadas neste indicador são as quantidades líquidas estimadas dos gases responsáveis pelo efeito estufa, produzidas por atividades humanas. ATMOSFERA SUBSTÂNCIAS DESTRUIDORAS DA CAMADA DE OZÔNIO¹ As variáveis utilizadas neste indicador são as quantidades das substâncias destruidoras da camada de ozônio (O3), descritas nos Anexos A, B, C e E do Protocolo de Montreal², discriminadas segundo os tipos de compostos químicos atuantes (clorofluorcabonos - CFCs, ácido tricloroacético - TCA, HALONs, tetracloreto de carbono - CTC, hidroclorofluorocarbonos - HCFCs, brometo de metila, entre outros). O consumo envolve a produção nacional, acrescida das importações e deduzida das exportações das substâncias em questão. ¹Fonte: As informações utilizadas para a elaboração deste indicador foram produzidas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e disponibilizadas pelo Ministério do Meio Ambiente - MMA, pela Coordenação de Proteção da Camada de Ozônio, que coordena as ações para a proteção da camada de ozônio no Brasil ²O Protocolo de Montreal propõe a redução do consumo de substâncias destruidoras da camada de O3 de origem “artificial” (criadas pelo homem), até sua eliminação ou sua substituição por compostos não danosos à referida camada. Entre as SDO as principais eram os CFCs, de amplo uso industrial. ATMOSFERA POTENCIAL DE DESTRUIÇÃO DA CAMADA DE OZÔNIO A unidade de medida utilizada é a tonelada de potencial de destruição do ozônio (PDO). Usa-se como referência o fator de conversão 1 para o CFC11 e o CFC-12 (1t PDO = 1t de CFC-11 ou de CFC-12). O potencial de destruição da camada de O3 de cada substância é calculado a partir de modelos matemáticos que levam em conta vários fatores, tais como: a estabilidade do produto; o ritmo de difusão na atmosfera; a quantidade de átomos com capacidade para destruir o ozônio por molécula; e o efeito da luz ultravioleta e de outras radiações nas moléculas. O Brasil vem reduzindo aceleradamente o consumo de substâncias destruidoras da camada de O3, superando, inclusive, as metas estabelecidas para o País no Protocolo de Montreal. Observa-se, especialmente a partir do final dos anos de 1990, uma forte redução no consumo de HALONs, CTC, CFCs e brometo de metila, compostos com maior potencial de dano à camada de O3. ATMOSFERA CONCENTRAÇÃO DE POLUENTES EM ÁREAS URBANAS³ A poluição do ar nos grandes centros urbanos é um dos grandes problemas ambientais da atualidade, com implicações graves na saúde da população, especialmente em crianças, idosos e nos portadores de doenças do aparelho respiratório, como a asma e a insuficiência respiratória. O controle da poluição do ar é realizado através do monitoramento dos poluentes mais relevantes. Entre eles, estão o NO2 e o SO2 (resultantes da queima de combustíveis fósseis), o O3 (produzido fotoquimicamente pela ação da radiação solar sobre os óxidos de nitrogênio e os compostos orgânicos voláteis liberados na combustão da gasolina, diesel e outros combustíveis), o CO, o PM10 e o PTS (poluentes que resultam da queima incompleta de combustíveis em veículos e fontes estacionárias). ³As informações utilizadas para a elaboração deste indicador foram produzidas pelos Órgãos Estaduais, Secretarias Municipais de Meio Ambiente e instituições privadas, assim discriminados: Belo Horizonte: Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM; Curitiba: Instituto Ambiental do Paraná - IAP; Distrito Federal: Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos do Distrito Federal – Brasília Ambiental – IBRAM; Porto Alegre: Ar do Sul- Rede de Monitoramento da Qualidade do Ar - FEPAM; Recife: Agência Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos – CPRH; Rio de Janeiro: Instituto Estadual do Ambiente - INEA; Salvador (Camaçari): Empresa de Proteção Ambiental - CETREL; São Paulo: Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB; e Vitória: Rede Automática de Monitoramento de Qualidade do Ar da Região da Grande Vitória RAMQAr/IEMA e SEMMAM. ATMOSFERA VARIÁVEIS DO INDICADOR COMO FUNCIONA? As variáveis utilizadas neste indicador são as concentrações médias e máximas observadas de poluentes e o número de violações dos padrões primários do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA em um determinado local, no período de um ano. Padrões primários de qualidade do ar são as concentrações de poluentes que, ultrapassadas, podem afetar direta e imediatamente a saúde da população. Os valores máximos anuais destacam eventos e momentos críticos de poluição (“poluição aguda”), as médias anuais mostram o estado comum, normal da atmosfera, evidenciando o que podemos chamar de “poluição crônica”. Por conta disto, os valores críticos do padrão CONAMA para as concentrações médias anuais são bem menores que aqueles para os valores diários. ATMOSFERA METODOLOGIA: As concentrações médias de poluentes apresentadas foram calculadas como a média aritmética dos valores médios anuais obtidos nas estações de medição presentes em cada cidade ou região metropolitana. Para o PTS, o valor médio de cada estação de medição é a média geométrica anual, enquanto para os outros poluentes (PM10, SO2 e NO2) é a média aritmética anual. Assim, a concentração média geral por cidade apresentada para o PTS é a média aritmética de médias geométricas, enquanto para o PM10, o SO2 e o NO2 é a média aritmética de médias aritméticas. A máxima concentração anual observada de cada poluente corresponde ao maior dos valores máximos para este poluente obtido entre as estações de monitoramento presentes em cada região metropolitana. Assim, para um dado poluente, a concentração máxima anual observada não necessariamente virá sempre de uma mesma estação de monitoramento. ATMOSFERA ÍNDICE DE CONCENTRAÇÃO POLUIDORA O declínio de concentrações é mais acentuado e evidente para os particulados (PTS e PM10), provavelmente reflexo do controle das emissões veiculares, das mudanças tecnológicas nos motores e da melhoria na qualidade dos combustíveis. Apesar disto, os valores de concentração anual média de PTS e PM10 são ainda muito elevados para algumas cidades e regiões metropolitanas (Curitiba, Distrito Federal e Vitória). 18 16 14 12 10 1998 2004 8 2008 6 4 2 0 Curitiba São Paulo Rio de Janeiro Vitória Recife Distrito Federal Estações de monitoramento - PTS NÚMERO DE ESTAÇÕES DE MONITORAMENTO Distrito Federal 0 0 Distrito Federal 0 0 0 Recife 0 0 Recife 0 0 Vitória 7 8 5 5 Vitória 0 2008 Rio de Janeiro 2008 2004 16 14 21 2004 3 Riode Janeiro 1998 São Paulo 4 0 22 1998 9 9 9 São Paulo 5 5 Curitiba 4 6 6 Curitiba 0 0 5 10 15 20 25 0 Estações de Monitoramento – PM10 Distrito Federal 0 0 0 Recife 0 0 Vitória 6 0 0 0 Recife 0 0 0 7 4 1998 4 São Paulo 3 6 10 5 6 0 4 6 8 10 Rio de Janeiro 10 2004 1998 6 Curitiba 14 9 4 0 16 Estações de Monitoramento – SO2 18 0 2 4 6 14 13 9 12 12 8 2008 3 8 0 2 7 São Paulo 16 0 4 4 4 Vitória 2004 0 0 Distrito Federal 2008 3 Curitiba 2 Estações de Monitoramento – NO2 5 0 Rio de Janeiro 1 8 10 12 14 Estações de Monitoramento – O3 16 NÚMERO DE ESTAÇÕES DE MONITORAMENTO 16 14 14 13 12 10 10 1998 8 2004 2008 6 5 5 4 4 4 3 2 2 0 0 0 Curitiba São Paulo 0 Rio de Janeiro 0 Vitória 0 0 0 Recife 0 0 Distrito Federal Estações de Monitoramento – NO2 MÁXIMA CONCENTRAÇÃO ANUAL 800 1400 1209 700 1200 669 600 1000 500 800 717 1998 2004 589 600 2008 452 400 418 395 313 420 2004 300 318 283 277 177 173 200 200 Curitiba 0 São Paulo Rio de Janeiro 0 157 100 0 Vitória 161 114 101 0 2008 261 231 206 0 1998 400 Recife 0 0 Dsitrito Federal Máxima Concentração (mg/m²) - PTS 0 0 Curitiba 0 São Paulo Rio de Janeiro 0 0 Vitória 0 Recife 0 0 0 0 Distrito Federal Máxima Concentração (mg/m²) – PM18 MÁXIMA CONCENTRAÇÃO ANUAL 1600 450 1395 1400 400 1200 350 1000 300 1998 800 2004 2008 600 381 280 279 250 233 205 200 2004 334 200 0 292 111 0 48 24 97 0 39 0 32 0 125 100 0 0 0 0 50 48 0 0 Curitiba São Paulo Rio de Janeiro Vitória Recife Distrito Federal 0 Curitiba Máxima Concentração (mg/m²) – SO2 São Paulo 0 Rio de Janeiro 0 Vitória 0 0 Recife 0 0 0 Distrito Federal Máxima Concentração (mg/m²) – O3 18000 800 16744 716 16000 700 14000 600 11943 12000 500 10321 413 400 399 1998 357 291 300 312 348 328 2004 10000 10578 9502 9601 1998 2004 8000 6470 5917 2008 6000 200 2008 4929 4000 129 94 100 0 2008 148 147 150 400 1998 188 2000 0 Curitiba 0 São Paulo Rio de Janeiro 0 0 Vitória Recife 0 0 0 0 Distrito Federal Máxima Concentração (mg/m²) – NO2 0 0 Curitiba 0 São Paulo Rio de Janeiro 0 0 Vitória 0 Recife 0 0 0 0 Distrito Federal Máxima Concentração (mg/m²) - CO CONCENTRAÇÃO MÉDIA ANUAL 350 328 70 300 60 60 244 250 50 200 1998 150 2004 121 81 73 100 46 48 50 85 90 40 1998 2004 30 2008 2008 66 36 44 62 54 18 20 18 11 0 0 0 0 10 7 0 Curitiba São Paulo Rio de Janeiro Vitória Recife Distrito Federal 13 11 0 0 0 Curitiba Concentração Média Anual (mg/m²) - PTS 10 11 São Paulo 9 5 0 Rio de Janeiro 0 Vitória 0 Recife 7 0 Distrito Federal Concentração Média Anual (mg/m²) – SO2 90 120 101 78 80 100 70 80 65 57 60 57 53 60 39 40 1998 50 4039 28 28 2004 33 47 50 39 2008 31 30 20 1998 43 40 2004 2008 29 22 0 0 0 0 0 0 0 0 Vitória Recife Distrito Federal 24 20 0 Curitiba São Paulo Rio de Janeiro Concentração Média Anual (mg/m²) – PM10 10 0 0 0 Curitiba São Paulo Rio de Janeiro 0 0 Vitória Recife 0 0 0 0 Distrito Federal Concentração Média Anual (mg/m²) – NO2 TERRA USO DOS FERTILIZANTES¹ Os fertilizantes são largamente utilizados para o aumento da produtividade agrícola, estando associados à: • • • • • Eutrofização dos rios e lagos; À acidificação dos solos; À contaminação de aqüíferos e reservatórios de água; À geração de gases associados ao efeito estufa e À destruição da camada de ozônio. O emprego de fertilizantes não se distribui de maneira homogênea por todo o território, variando segundo os agroecossistemas, os tipos de cultivo e as técnicas de manejo das culturas. ¹As informações utilizadas para a elaboração deste indicador foram produzidas pela Associação Nacional para Difusão de Adubos – ANDA, disponíveis no Anuário estatístico do setor de fertilizantes, e pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, oriundas do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola – LSPA. TERRA CONSTRUÇÃO DO INDICADOR O QUE É O INDICADOR? O indicador é a razão entre a quantidade de fertilizantes utilizada anualmente e a área cultivada, sendo medido em kg/ha/ano. A construção do indicador se adaptou às informações disponíveis sobre vendas de fertilizantes e área plantada. A área destinada a pastagens, que pode receber fertilizantes, não é considerada no indicador. TERRA VARIÁVEL DO INDICADOR: COMO SE CONSTRÓI O INDICADOR? As variáveis utilizadas na construção deste indicador são a área plantada das principais culturas, expressa em hectares (ha), e as quantidades de fertilizantes vendidos e entregues ao consumidor final, discriminadas segundo os nutrientes (nitrogênio, fósforo e potássio), expressas em toneladas de N, P2O5 e K2O, respectivamente. TERRA ESTATÍSTICA QUANTO AO USO DE FERTILIZANTES 2003/2007 Em relação ao período entre 2003 e 2005, a queda da quantidade de fertilizantes comercializada por área plantada pode ser explicada pela crise na agricultura, tendo como conseqüência a descapitalização do agricultor. Já o ano de 2007 registra a maior quantidade de fertilizantes comercializados por área desde 1992, tendo contribuído para isso o setor canavieiro com grande demanda, os produtores de grãos e algodão, a antecipação de compras pelos produtores, além de maior adoção de tecnologias. As lavouras de soja, milho, cana-de-açúcar, café, algodão herbáceo e arroz foram as que mais consumiram esses insumos. Quanto ao ano de 2008, houve um declínio nas vendas provocado pela crise econômica, o que refletiu na quantidade comercializada de fertilizantes por área plantada, retomando os patamares de 2006. Avaliação percentual da quantidade de agrotóxicos entregues ao consumidor final no ES por tipo de nutriente (em toneladas) - 2008 UTILIZAÇÃO DE FERTILIZANTES POR UNIDADE DE ÁREA, POR TIPO DE NUTRIENTE (Kg/ha) – ESPÍRITO SANTO/2008 Espírito Santo – Total 144,80 5.640 5.918 4.309 Distrito Federal 59 32.474 9.917 27.203 Pernambuco 61,4 Nitrogênio 24,3 Fósforo Potássio 43.294 17.820 45.059 Espirito Santo Potássio Rio de Janeiro Nitrogênio São Paulo 310.304 Paraná 355.566 0 Área Total Plantada Culturas (há) Fósforo 6.683 4.215 4.983 100.000 200.000 300.000 400.000 546.935 Distrito Federal 132.665 Pernambuco 519.531 Espírito Santo 493.123 516.141 Rio de Janeiro 1.309.192 733.297 São Paulo 500.000 600.000 Área Total Plantada Culturas (há) 222.319 7.577.086 Paraná 9.810.281 0 5.000.000 10.000.000 15.000.000 TERRA USO DE AGROTÓXICOS COMO SÃO UTILIZADOS? O aumento da produção de alimentos de maneira sustentável continua sendo o grande desafio do setor agrícola. Os agrotóxicos mais intensamente aplicados são os herbicidas (mais de 50% do total), usados no controle de ervas daninhas, seguidos pelos inseticidas, fungicidas e acaricidas. COMO REAGEM? Os agrotóxicos podem ser persistentes, móveis e tóxicos no solo, na água e no ar. Tendem a acumular-se no solo e na biota e seus resíduos podem chegar às águas superficiais por escoamento e às subterrâneas por lixiviação. TERRA CONSTRUÇÃO DO INDICADOR: O QUE É O INDICADOR? Expressa a intensidade de uso de agrotóxicos nas áreas cultivadas de um território, em determinado período. O indicador é composto pela razão entre a quantidade de agrotóxico utilizada anualmente e a área cultivada, apresentado em kg/ha/ano. TERRA VARIÁVEIS DO INDICADOR: COMO SE CONSTRÓI O INDICADOR? As variáveis utilizadas na construção deste indicador são a área plantada das principais culturas, expressa em hectares (ha), e as quantidades de agrotóxicos consumidos, discriminados segundo as principais classes de uso (herbicidas, fungicidas, inseticidas, acaricidas e outros, que reúne os bactericidas, moluscicidas, reguladores de crescimento, óleo mineral, enxofre, adjuvantes e espalhantes adesivos), expressas em toneladas por ano (t/ano). Consumo dos Principais Ingredientes Ativos dos Agrotóxicos – Brasil – 2000-2006 Distrito Federal Pernambuco 112,8 0,1 125 200,8 273,5 1,4 205,1 969,1 Espírito Santo 308,1 3,7 203,8 348,6 Outros Rio de Janeiro 48,3 0,4 70,8 196 Inseticida Acaricida Fungicida 18.801,50 1.011,90 São Paulo 38,7 7.574,10 2.749,70 118.289 Pernambuco 1.149.762 Espírito Santo 839.420 5.157,10 15.655,30 0,00 Distrito Federal Herbicida 21.251,70 Paraná Área Total Plantada Culturas (há) 5.000,00 10.000,00 15.000,00 Rio de Janeiro 20.000,00 Área Total Plantada Culturas (há) 255.200 25.000,00 Consumo de Agrotóxicos e afins (t de ingrediente ativo) São Paulo 7.208.946 Paraná 9.422.506 0 2.000.000 4.000.000 6.000.000 8.000.000 10.000.000 TERRA USO AGROSSILPASTORIL ÁREAS DE ESTUDOS UTILIZADAS As informações utilizadas neste indicador são: • As áreas de lavoura temporária e permanentes, • As áreas de pastagens naturais e plantadas, • As áreas ocupadas pelas florestas plantadas com essências florestais, bem como a classe “outros”, que inclui, entre outras, as terras degradadas (erodidas, desertificadas, salinizadas, etc.). No Brasil, em relação às terras utilizadas, observa-se que na ocupação das áreas dos estabelecimentos agropecuários, houve acentuada migração entre algumas modalidades de uso, com registros tanto de perdas quanto de aumento de áreas, considerando-se os Censos Agropecuários 19951996 e 2006¹. [1] Assim, observou-se um aumento nas lavouras de 10,4 milhões de hectares (20,9%), distribuídos por todas as regiões do País, sendo que o maior aumento ocorreu na Região Centro-Oeste (5,09 milhões de hectares, 68,4%), seguido das Regiões Sul (1,7 milhão de hectares, 12,6%) e Sudeste (1,7 milhão de hectares, 15%). Entre os estados, destacam-se Mato Grosso (2,98 milhões de hectares, 86,4%) e Goiás (1,3 milhão de hectares, 55,6%). TERRA IMPORTANTE OBSERVAÇÃO: É importante notar que a intensificação da atividade agrícola também significa a redução da variedade de cultivares em uso, o que representa séria ameaça à diversidade de espécies e variedades vegetal e animal em uso agrossilvipastoril. Assim, observou-se um aumento nas lavouras de 10,4 milhões de hectares (20,9%), distribuídos por todas as regiões do País, sendo que o maior aumento ocorreu na Região Centro-Oeste (5,09 milhões de hectares, 68,4%), seguido das Regiões Sul (1,7 milhão de hectares, 12,6%) e Sudeste (1,7 milhão de hectares, 15%). Entre os estados, destacam-se Mato Grosso (2,98 milhões de hectares, 86,4%) e Goiás (1,3 milhão de hectares, 55,6%). Participação das Terras em Uso na Superficie Territorial (%) Estabelecimentos Agropecuários 251.320 5.434.076 2.839.854 31,1 Paraná São Paulo 15.391.782 2.059.462 59,5 Paraná 37,6 São Paulo Rio de Janeiro Espírito Santo Pernambuco 16.954.949 57,8 49,5 37,9 Distrito Federal Rio de Janeiro Espírito Santo Pernambuco Distrito Federal Superficie Territorial (ha) Distrito Federal 580.193 Pernambuco 9.831.161 Espírito Santo 4.607.751 Rio de Janeiro Superficie Territorial 4.369.605 São Paulo 24.820.942 Paraná 19.931.485 0 5.000.000 10.000.000 15.000.000 20.000.000 25.000.000 30.000.000 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DO USO DAS TERRAS EM RELAÇÃO À ÁREAS DOS ESTABELECIMENTOS AGROPECUÁRIOS (%) Estabelecimentos Agropecuários Superfície Territorial (ha) 251.320 580.193 4.607.751 2.839.854 9.831.161 5.434.076 Paraná 19.931.485 4.369.605 15.391.782 São Paulo São Paulo Rio de Janeiro Rio de Janeiro Espírito Santo Espirito Santo 16.954.949 Pernambuco 24.820.942 Distrito Federal 2.059.462 35,9 100 80 31,2 6,4 77,1 13,2 6,6 19,9 3,8 80,3 80,3 60 36,4 27,3 3,9 68 10,1 2,4 71,7 Cultura Temporárias 57,8 Culturas Permanentes 40 Terras em Uso 20 0 Paraná São Paulo Rio de Janeiro Espirito Santo Pernambuco Distrito Federal 140 120 Paraná Pernambuco Distrito Federal Distribuição percentual do uso das terras em relação à área dos estabelecimentos agropecuários (%) Matas Plantadas 0,4 1,2 Culturas Temporárias 4 16,4 São Paulo 2,2 Espírito Santo 0,7 19,7 19,7 Pernambuco 70 31,9 50 4,2 43 17,1 40 24,2 30 8,6 20 22,2 13,1 30,7 18,6 0 Paraná Naturais Plantadas 24 12,2 10 Espírito Santo Pernambuco Distrito Federal Distrito Federal 60 São Paulo Rio de Janeiro 32 Rio de Janeiro 6,6 Paraná 22,9 28,3 Páraná São Paulo Rio de Janeiro Espírito Santo Pernambuco Distrito Federal TERRA QUEIMADAS FLORESTAIS COMO ACONTECE? O uso do fogo é prática tradicional na renovação de pastagens e preparo de novas áreas para as atividades agropecuárias. As queimadas são ações autorizadas pelos órgãos ambientais, implicando controle e manejo do fogo para a renovação e a abertura de pastos e áreas agrícolas. Observa-se que o fogo em TIs e UCs quase sempre se origina em propriedades rurais fora de seus limites, atingindo, principalmente, as bordas destas áreas. TERRA CONSTRUÇÃO DO INDICADOR O indicador expressa a freqüência de focos de calor em um território, em determinado ano. A freqüência de ocorrência de focos de calor em um território pode ser utilizada como indicador do avanço das atividades agropecuárias e das áreas antropizadas sobre as áreas com vegetação nativa, desde que associada a outros indicadores. Número de Focos de Calor 42 62 93 88 Distrito Federal 1171 1590 1656 Pernambuco 294 135 201 156 158 Espírito Santo 2009 2008 75 95 158 92 Rio de Janeiro 2004 1390 São Paulo 1090 Paraná 1998 1734 3256 3172 1552 2605 472 0 500 1000 1500 2000 2500 3000 3500 350 303 300 250 200 2005 150 100 50 32 10 23 51 5 19 14 6 15 Rio de Janeiro Espírito Santo 2009 11 8 0 Paraná São Paulo Pernambuco Distrito Federal Unidades de Conservação FEDERAL Proporção de Focos de Calor em Parques e Terras Indígenas e em Unidades de Conservação em Relação… 0,1 125 0 0,4 120 100 80 53 2005 41 2009 11 0 1 0 0 0 0 0 0 Paraná São Paulo 0 Rio de Janeiro Espírito Santo Pernambuco 67 40 20 São Paulo 0,1 140 60 Paraná 0,1 Rio de Janeiro Espírito Santo Pernambuco Unidades de Conservação ESTADUAL Distrito Federal TERRA ÁREAS REMANESCENTES E DESFLORESTAMENTOS NA MATA ATLÂNTICA E NAS FORMAÇÕES VEGETAIS LITORÂNEAS. A Mata Atlântica foi quase totalmente derrubada e substituída por áreas agrícola, pastoril e urbana. De sua área original (mais de 1 milhão de km²), restam hoje menos de 10% recobertos com florestas nativas, boa parte delas de formação secundária, de pequena extensão e restritas aos locais de relevo mais íngreme. Por conta disto, a Mata Atlântica é considerada um dos biomas mais ameaçados de desaparecimento no mundo. Além de abrigarem muitas espécies exclusivas, ajudam a fixar os solos das áreas costeiras e fornecem abrigo e alimentação para a fauna estuarina e a marinha (manguezais). Um grande esforço tem sido feito nos últimos anos para preservar e ampliar as áreas remanescentes de Mata Atlântica, inclusive com o estabelecimento de corredores biológicos interligando os fragmentos e áreas remanescentes deste bioma. TERRA CONSTRUÇÃO DO INDICADOR O indicador é composto por três valores distintos, que devem ser considerados de forma associada. • O primeiro valor é a área ocupada por florestas nativas, computada de tempos em tempos. • O segundo é a área total desflorestada no período considerado (2005/2008), a chamada taxa de desflorestamento, expressa em km² ou ha pelo período considerado. • O terceiro valor é a taxa de desflorestamento qüinqüenal percentual, constituída pela razão, em percentual, entre a área desflorestada no período considerado e a área florestal remanescente no início do período³. Expressa a área florestal remanescente e a perda de cobertura florestal em parte da área originalmente recoberta pela Mata Atlântica, e as relações entre o desmatamento e as áreas florestais remanescente. ³As informações utilizadas para a elaboração deste indicador foram produzidas pela SOS Mata Atlântica, organização não governamental que obtém as imagens de satélite usadas no cômputo das áreas florestadas do instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE. TERRA VARIÁVEIS DO INDICADOR: As variáveis utilizadas são a área total ocupada por florestas nativas (primárias e secundárias) em dois momentos consecutivos e a área desflorestada neste período, obtida como a diferença entre as áreas florestadas. As informações utilizadas para a elaboração deste indicador foram produzidas pela SOS Mata Atlântica, organização não governamental que obtém as imagens de satélite usadas no cômputo das áreas florestadas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais - INPE. REMANESCENTE DE MATA ATLÂNTICA4 0 0 Pernambuco 2.222 2005 23.056 23.080 24.917 São Paulo 19.377 19.476 19.626 Paraná 0 5.000 10.000 0,1 6 Rio de Janeiro 0,1 15.000 20.000 2000 São Paulo 0,1 Paraná 0,5 0 25.000 Relativo 10 Total Absoluto 24 99 20 40 60 80 100 120 30.000 Área Remanescente da Mata Atlântica (Km²) 4Fontes: Espírito Santo 2008 8.078 8.088 8.162 Rio de Janeiro 0 0 Pernambuco 4.754 4.762 4.775 Espírito Santo Área Reflorestada no Período 2005/2008 Atlas dos remanescentes florestais da Mata Atlântica período de 2000-2005. São Paulo: Fundação S.O.S. Mata Atlântica; São José dos Campos, SP: Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 2008. REMANESCENTE DA RESTINGA5 0 0 0 Alagoas 25.677 26.695 25.759 Espírito Santo 2008 42.822 43.230 43.808 Rio de Janeiro 2005 206.279 206.365 206.962 São Paulo 100.514 100.624 100.797 Paraná 0 50.000 100.000 2000 Alagoas 0,00% 0 Espírito Santo 0,07% 18 Rio de Janeiro 0,94% São Paulo 0,04% Paraná 0,11% 0 150.000 200.000 Relativo (%) 408 Total Absoluto (Km²) 86 110 100 200 300 400 500 250.000 Área Remanescente de Restinga (ha) Área Desflorestada no Período 2005/2008 5 Devido a diferenças na metodologia de quantificação das áreas remanescentes de Restinga, os resultados para o ano de 2000 não são totalmente comparáveis com aqueles para o período 2005/2008. (2) Para o ano de 2005, o valor total de área remanescente de Restinga não inclui os remanescentes dos Estados de Alagoas e Sergipe. Com a inclusão destes, a área total remanescente de Restinga sobe para 486 715 ha. REMANESCENTE DE MANGUEZAL6 0 Pernambuco 0 30 12.920 20 7.048 7.048 6.331 Espírito Santo 15 10.809 10.833 10.941 Rio de Janeiro 23.992 23.992 24.030 São Paulo 33.507 33.507 Paraná 0 24 25 2008 10 2005 5 2000 0 Total Absoluto (Km²) Relativo (%) 0 0,0% 0 0,0% Paraná São Paulo 22,0% Rio de Janeiro 0 0,0% 0 0,0% Espírito Santo Pernambuco 353.510 50.000 100.000 150.000 200.000 250.000 300.000 350.000 400.000 Área Remanescente de Manguezal (ha) Área Desflorestada no Período 2005/2008 6Devido a diferenças na metodologia de quantificação das áreas remanescentes de Restinga, os resultados para o ano de 2000 não são totalmente comparáveis com aqueles para o período 2005/2008. (2) Para o ano de 2005, o valor total de área remanescente de Restinga não inclui os remanescentes dos Estados de Alagoas e Sergipe. Com a inclusão destes, a área total remanescente de Restinga sobe para 486 715 ha. OCEANOS, MARES E ÁREAS COSTEIRAS BALNEABILIDADE O banho de mar é uma das formas mais difundidas de lazer entre a população brasileira, sustentando a atividade turística no litoral. O contato com águas contaminadas por esgoto pode disseminar doenças entre a população. Além disso, a poluição de águas costeiras atinge os ambientes estuarinos, como os manguezais, afetando também a atividade pesqueira. De forma geral, observa-se que as praias mais próximas de portos e centros urbanos, especialmente aquelas de locais mais abrigados e com menor renovação de água (estuários, interior de baías), apresentam pior qualidade da água (valores médios anuais de bactérias na água mais altos e menor percentual do tempo em condições próprias para o banho). Esta situação reflete o baixo percentual de tratamento dos esgotos coletados e lançados em corpos d’água. OCEANOS, MARES E ÁREAS COSTEIRAS COMPARANDO OS RESULTADOS As comparações entre os resultados de balneabilidade têm de ser efetuadas levando-se em conta que cada órgão ambiental adota intensidades de amostragem (espacial e temporal) diferenciadas, além de haver variações nos métodos de análise microbiológica usados. Obs.: Não houve referência informação sobre indicadores do Espírito Santo neste item Balneabilidade. OCEANOS, MARES E ÁREAS COSTEIRAS POPULAÇÃO RESIDENTE TOTAL E EM ÁREA COSTEIRA E PROPORÇÃO DA POPULAÇÃO RESIDENTE EM ÁREA COSTEIRA – BRASIL – 1991/2007 As zonas costeiras, em geral, e a brasileira, em particular, apresentam uma grande diversidade de situações, coexistindo áreas densamente povoadas, de intensa urbanização, industrialização e exploração turística de larga escala, com espaços de baixa densidade populacional e ocorrência de ecossistemas naturais de grande significado ambiental, como áreas estuarinas, manguezais, lagunas e restingas. Assim, são apresentadas a proporção de habitantes na zona costeira de cada estado e, também, as densidades populacionais na escala municipal. OCEANOS, MARES E ÁREAS COSTEIRAS IMPACTOS AO MEIO AMBIENTE O grande contingente de população na zona costeira e sua concentração em alguns pontos da costa, associados à carência de saneamento ambiental, especialmente de coleta e tratamento de esgotos doméstico e industrial, causam grandes impactos sobre o meio ambiente, com implicações sobre a qualidade da água no litoral, afetando a pesca e a atividade turística. CONSTRUÇÃO DO INDICADOR10 O indicador é a razão expressa em percentual, entre a população residente nos municípios da zona costeira e a população total de cada estado e do Brasil, e a densidade populacional nestes municípios. 10 As informações utilizadas para elaboração deste indicador foram produzidas pelo Ministério do Meio Ambiente, através do Programa Nacional de Gerenciamento Costeiro – GERCO e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, a partir de informações oriundas dos Censos Demográficos 1991 e 2000 e das Contagens da População 1996 e 2007. OCEANOS, MARES E ÁREAS COSTEIRAS VARIÁVEIS DO INDICADOR: As variáveis utilizadas neste indicador são a população residente e a superfície dos municípios da zona costeira, e a população total dos estados litorâneos e do Brasil. Pernambuco Proporção da População Residente em Área Costeira (%) 8.653.921 Sergipe 1.977.949 Alagoas 12,1 3.097.429 Bahia 45,7 14.360.332 Espirito Santo 82,7 Em Áreas Costeiras 15.726.656 São Paulo Total 40.618.629 Paraná 10.488.777 Santa Catarina 5.982.774 Rio Grande do Sul 10.793.041 0 2,4 51,8 3.418.242 Rio de Janeiro 37 10.000.000 20.000.000 30.000.000 40.000.000 50.000.000 População Residente 42,3 33,7 Rio Grande do Sul 5,3 Santa Catarina Paraná São Paulo Rio de Janeiro 68,4 Espirito Santo Bahia Alagoas OCEANOS, MARES E ÁREAS COSTEIRAS A IMPORTÂNCIA DA PRODUÇÃO DE PESCADO PRODUÇÃO DE PESCADO MARÍTIMA E CONTINENTAL No cenário nacional, a pesca está incluída entre as quatro maiores fontes de proteína animal para o consumo humano. Além da participação na nutrição humana, outros fatores apontam a necessidade do uso e manejo sustentáveis dos recursos pesqueiros, destacando-se a sua importância socioeconômica (gerador de trabalho e renda), ambiental e cultural. CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES A sustentabilidade dos recursos pesqueiros depende de vários fatores, entre eles o esforço de pesca, o tamanho da frota, o retorno econômico, a existência de políticas de subsídios e incentivos, o emprego de métodos predatórios de pesca, a degradação dos habitat, a intensidade das várias formas de poluição aquática (de origens doméstica, industrial e decorrente do uso de insumos agrícolas). Outro fator a ser considerado na análise dos estoques pesqueiros é a destruição de manguezais e lagunas e a crescente poluição de estuários. OCEANOS, MARES E ÁREAS COSTEIRAS AQÜICULTURA EXPECTATIVAS DO PESCADO A médio e longo prazos, a aqüicultura deve superar a pesca extrativa, passando a dominar a produção de pescado no País. Em relação à produção de pescado por modalidade, enquanto a pesca extrativa, após um período de estagnação, apresenta uma pequena tendência à retomada do crescimento da produção nos últimos anos, a aqüicultura está em franca expansão, sendo dominada pela aqüicultura continental (de água doce), onde as espécies mais criadas são: tilápia, carpa, tambaqui, tambacu e curimatã. OCEANOS, MARES E ÁREAS COSTEIRAS PRODUÇÃO ESTIMADA DE PESCADO VARIÁVEIS DO INDICADOR: A variável utilizada é a produção anual estimada de pescado em toneladas, caracterizada segundo as modalidades de pesca extrativa e aqüicultura, ambas subdivididas em marinha e continental. Produção Estimada de Pescado (t) 19800,5 1080,0 22414,0 27077,0 Paraná 67095,0 São Paulo Rio de Janeiro Espírito Santo 85482,5 Pernambuco Distrito Federal PRODUÇÃO ESTIMADA DE PESCADO POR MODALIDADE (t) 264 0 Distrito Federal Distrito Federal 3882,5 11777 Pernambuco Espírito Santo 735 Rio de Janeiro 1046 21759 816,0 0,0 Pernambuco 1141,0 3000,0 Espírito Santo 3912,0 671,0 Rio de Janeiro 1878,0 30,0 Continental 82528,5 10089 São Paulo 33378,5 744 1914 Paraná 0 Marinha Continental São Paulo 137,0 Paraná 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000 80000 90000 Pesca Extrativa Marinha 23490,5 64483,6 1969,0 0,0 10000,0 20000,0 30000,0 40000,0 50000,0 60000,0 70000,0 Aqüicultura BIODIVERSIDADE CONSERVAR A DIVERSIDADE BIOLÓGICA • • • A conservação da diversidade biológica compreende a proteção da variabilidade em vários níveis, como: Os ecossistemas e os habitats, As espécies e as comunidades e, Os genomas e os genes. A Convenção sobre Diversidade Biológica, ratificada pelo Brasil em 1994, determina várias responsabilidades, entre as quais a identificação e o monitoramento de ecossistemas e habitats, espécies e comunidades que estejam ameaçadas, genomas e genes de importância social e econômica. BIODIVERSIDADE AMEAÇAS ÀS ESPÉCIES A DESTRUIÇÃO DE HABITATS As principais ameaças às espécies e aos biomas brasileiros são a destruição de hábitats (desmatamento e queimadas), a fragmentação dos ecossistemas, a chegada de espécies invasoras, o tráfico e o comércio de animais e plantas silvestres, e a introdução de doenças. A nova lista oficial da flora ameaçada de extinção é bem maior que a anterior, reflexo do aumento da destruição de áreas naturais e do maior conhecimento da flora brasileira. AS MAIS AMEAÇADAS As espécies arbóreas estão entre as mais ameaçadas, pois além do desmatamento e das queimadas, sofrem também com a exploração seletiva de madeiras. A lista das espécies da fauna brasileira ameaçadas de extinção, incluindo vertebrados e invertebrados terrestres e aquáticos, conta com um total de 627 espécies. BIODIVERSIDADE CONSTRUÇÃO DO INDICADOR O indicador é constituído pelo número de espécies extintas e ameaçadas, apresentadas em conjunto com o número total de espécies de cada grupo taxonômico. VARIÁVEIS DO INDICADOR As variáveis utilizadas neste indicador são o número de espécies ameaçadas de extinção, subdivididas segundo as categorias de risco, e o número estimado de espécies nativas em alguns grupos taxonômicos. Número das Espécies da Flora e Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção Por Grupos 1200 1087 Taxonômicos 1000 753 740 800 592 600 400 Flora Fauna 399 344 228 197 200 0 Paraná São Paulo Total Rio de Janeiro Espirito Santo Número das Espécies da Flora e Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção Por Categoria de Risco 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 407 Flora Faúna 0 0 Paraná 0 São Paulo 4 37 0 Rio de Janeiro 0 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 171 101 66 42 236 222 184 200 150 111 Flora 100 50 65 44 39 36 0 Paraná São Paulo 16 São Paulo Rio de Janeiro Espírito Santo Criticamente em Perigo Extinta 250 Faúna 0 Paraná Espírito Santo 40 24 Flora Rio de Janeiro Em Perigo Espirito Santo Fáuna 500 450 400 350 300 250 200 150 100 50 0 Flora Faúna Paraná São Paulo Rio de Janeiro Vulnerável Espírito Santo Número das Espécies da Flora e Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção Por Categoria de Risco 300 300 250 242 250 250 200 200 150 Flora 100 Faúna 43 50 0 28 0 150 Flora 100 Fáuna 50 0 0 0 0 0 0 Paraná São Paulo Rio de Janeiro Espirito Santo Paraná São Paulo Presumidamente Ameaçada 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 0 0 Flora 0 Paraná Fauna 2 0 São Paulo 0 Rio de Janeiro 0 0 Espírito Santo Regionalmente Extinta Espírito Santo Rara 9 2 Rio de Janeiro 180 160 140 120 100 80 60 40 20 0 171 138 126 Flora Faúna 0 Paraná 0 São Paulo 0 Rio de Janeiro 0 0 Espirito Santo Dados Insuficientes BIODIVERSIDADE ÁREAS PROTEGIDAS O Brasil detém em seu território a maior biodiversidade do planeta. Para proteger este inestimável patrimônio, o País destina uma área de mais de 750.000 km² a UCs federais, aproximadamente 9% do Território Nacional. CRITÉRIOS DE CONSERVAÇÃO O Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza - SNUC, estabelece critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades de conservação. As UCs federais, estaduais e municipais fazem parte do Sistema Nacional de Unidades de Conservação - SNUC. O SNUC encontra-se em implantação, havendo, ainda, indefinições e sobreposições de área entre UCs federais, estaduais e municipais, além de superposições entre UCs e Terras Indígenas. BIODIVERSIDADE QUAL O OBJETIVO DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO ESTADUAIS? As Unidades de Conservação Estaduais são classificadas em Unidades de Proteção Integral cujo objetivo é preservar a natureza, sendo admitido apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos no SNUC; e o das Unidades de Uso Sustentável que tem por objetivo compatibilizar a conservação da natureza com o uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. BIODIVERSIDADE AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO INTEGRANTES DO SNUC APRESENTAM CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS: UNIDADES DE PROTEÇÃO UNTEGRAL: – – – – – – – Parque Nacional – PARNA Estação Ecológica – EE Parque Estadual – PE Refúgio de Vida Silvestre – RVS Reserva Ecológica – RE Monumento Natural – MN Reserva Biológica – REBIO BIODIVERSIDADE AS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO INTEGRANTES DO SNUC APRESENTAM CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS: UNIDADES DE USO SUSTENTÁVEL: – – – – – – Área de Proteção Ambiental – APA Área de Relevante Interesse Ecológico – ARIE Floresta Nacional – FLONA Floresta Estadual – FE Reserva de Desenvolvimento Sustentável – RDS Reserva Extrativista - RESEX BIODIVERSIDADE APAs NO ESPÍRITO SANTO Área de Proteção Ambiental da Lagoa Grande, Decreto Municipal Nº 046/2006 – Vila Velha Área de Proteção Ambiental da Lagoa de Jabaeté – Vila Velha Área de Proteção Ambiental de Setiba - Guarapari Área de Proteção Ambiental do Maciço Central – Vitória Área de Proteção Ambiental Ilha do Frade - Vitória Área de Proteção Ambiental do Goiapaba-Açu - Fundão Área de Proteção Ambiental do Vilante – Serra Área de Proteção Ambiental de Praia Mole – Serra Área de Proteção Ambiental da Lagoa Jacuném - Serra Área de Proteção Ambiental de Mestre Álvaro - Serra Área de Proteção Ambiental de Conceição da Barra – Conceição da Barra Área de Proteção Ambiental da Pedra do Elefante – Nova Venécia Área de Proteção Ambiental de Guanandy - Itapemirim Área de Proteção Ambiental Falésias - Marataizes BIODIVERSIDADE INDICADOR CONSTRUÇÃO DO INDICADOR: Expressa a dimensão e a distribuição dos espaços territoriais que estão sob estatuto especial de proteção. Estes espaços são destinados à proteção do meio ambiente, onde a exploração dos recursos naturais é proibida ou controlada por legislação específica. VARIÁVEIS DO INDICADOR: As variáveis são o número, os tipos e a superfície das Unidades de Conservação - UCs federal, estadual e municipal, e das Reservas Particulares do Patrimônio Natural - RPPNs federais. Para as UCs federais, é apresentada a distribuição por biomas brasileiros. RESERVAS PARTICULARES DO PATRIMÔNIO NATURAL FEDERAL 70 62 60 58,4 50 37,8 40 30 34,6 34 Quantidade Área 27 Participação em Relação à Área Total (%) 20 15,7 11 8 6,4 10 0,3 0,8 1,2 0,1 0,7 0 Rio Grande do Sul São Paulo Rio de Janeiro Espirito Santo Pernambuco SANEAMENTO ACESSO A SERVIÇOS DE COLETA DE LIXO Informações sobre a relação entre a quantidade de lixo produzido e a quantidade de lixo coletado são de extrema relevância, fornecendo um indicador que pode ser associado tanto à saúde da população quanto à proteção do ambiente, pois resíduos não coletados ou dispostos em locais inadequados favorecem a proliferação de vetores de doenças e podem contaminar o solo e os corpos d’água. CONSTRUÇÃO DO INDICADOR: O indicador se constitui na razão em percentual, entre as populações urbana e rural atendidas pelos serviços de coleta de lixo e os totais das populações urbana e rural. O acesso à coleta de lixo domiciliar constituise num indicador adequado de infraestrutura, principalmente para as áreas urbanas. SANEAMENTO VARIÁVEIS DO INDICADOR: As variáveis utilizadas são a população residente em domicílios particulares permanentes e a população atendida pelas distintas formas de coleta e destinação final do lixo, nas zonas urbana e rural. DIFERENÇAS DE ATENDIMENTO ENTRE REGIÕES Em termos regionais, existem diferenças entre os percentuais do Sul e Sudeste, com maior abrangência no atendimento, e o Nordeste e Norte que apresentam os menores percentuais. As Regiões Sul e Sudeste têm situação próxima da universalização do atendimento. No Norte e Nordeste, apesar do grande incremento na taxa de atendimento nos últimos anos, aproximadamente 5% dos domicílios urbanos ainda carecem desse serviço. No geral, a situação da coleta de lixo na área rural revela ineficiência no atendimento, já na área urbana o serviço atende de forma satisfatória. O estado do Espírito Santo e de Pernambuco apresentam os maiores percentuais de carência do serviço “coleta de lixo” na área rural. DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DE MORADORES EM DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES, POR TIPO DE DESTINO DO LIXO (%) 120 80 99,7 99,1 100 77,6 80 98,7 97,9 96,3 99,8 61,9 63,9 60 76,4 70,9 60 50 Urbano 35,6 40 67,7 70 Rural 29,3 Urbano 30 22,7 22 21 Rural 20 15,1 20 40 10 0,8 0,2 0,7 1,7 Rio de Janeiro Espírito Santo 1,6 0,2 0 0 Paraná São Paulo Rio de Janeiro Espírito Santo Pernambuco Paraná Distrito Federal São Paulo Pernambuco Distrito Federal Queimado ou enterrado na propriedade Coletado 25 7 20,9 6,4 6 20 5 15 4 Urbano 10 6,4 5 0,1 1,6 3 0,1 1 0,5 0,6 0,4 1,8 0 0 Rural Urbano 3 Rural 2 1 0 0 0 0 0,1 0 0 0 0,2 0,1 0 0 Paraná São Paulo Rio de Janeiro Espírito Santo Pernambuco Distrito Federal Jogado em terreno baldio ou logradouro Paraná São Paulo Rio de Janeiro Espírito Santo Pernambuco Jogado em Rio, Lago ou Mar Distrito Federal DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DE MORADORES EM DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES, POR TIPO DE DESTINO DO LIXO (%) 1,2 1 1 0,9 0,8 0,6 Urbano 0,4 0,4 Rural 0,2 0,1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Paraná São Paulo Rio de Janeiro Espírito Santo Pernambuco Outro Destino Distrito Federal SANEAMENTO ABASTECIMENTO DE ÁGUA ACESSO A SISTEMA DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA O acesso à água tratada é fundamental para a melhoria das condições de saúde e higiene. Associado a outras informações ambiental e socioeconômica, incluindo outros serviços de saneamento, saúde, educação e renda, é um indicador universal de desenvolvimento sustentável. Trata-se de um indicador importante para a caracterização básica da qualidade de vida da população, possibilitando o acompanhamento das políticas públicas de saneamentos básico e ambiental. SANEAMENTO ACESSO À ÁGUA INDICADOR: O indicador se constitui na razão, em percentual, entre a população com acesso à água por rede geral e o total da população em domicílios particulares permanentes, discriminada pela situação do domicílio, urbana ou rural. As informações utilizadas para a elaboração deste indicador foram produzidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, oriundas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - PNAD. SANEAMENTO VARIÁVEIS DO INDICADOR: COMO FUNCIONA? As variáveis utilizadas são a população residente em domicílios particulares permanentes que estão ligados à rede geral de abastecimento de água e o conjunto de moradores em domicílios particulares permanentes, segmentadas em urbana e rural. SANEAMENTO INDICADORES RELACIONADOS • • • • • • • • • • Qualidade de águas interiores População residente em áreas costeiras Acesso a esgotamento sanitário Rendimento familiar per capita Rendimento médio mensal Esperança de vida ao nascer Taxa de mortalidade infantil Doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado Adequação de moradia Existência de conselhos municipais de meio ambiente DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DE MORADORES EM DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES, POR TIPO DE ABASTECIMENTO DE ÁGUA (%) 120 100 96,4 99 98,2 91,2 88,6 97,8 80 40 52,5 52,3 60 30,6 27,6 20 Urbano Rural 23,4 8,2 0 Paraná São Paulo Rio de Janeiro Espírito Santo Pernambuco Distrito Federal 38,1 40 35 30 25 20 Urbano 15 Rural 10 3,5 0,2 1,6 0,6 0,5 0,2 0,2 Paraná São Paulo Rio de Janeiro Espírito Santo 0 1,6 0 Pernambuco Outra Forma 71,2 68,9 46,1 45,9 38,5 Distrito Federal Urbano Rural 10,8 3,5 1,6 0,8 São Paulo Rio de Janeiro Espírito Santo 5,3 Pernambuco Poço ou Nascente 45 0,1 1,2 91,6 Paraná Rede Geral 5 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 2,2 Distrito Federal SANEAMENTO ACESSO AO ESGOTAMENTO SANITÁRIO INDICADOR: O indicador é a razão, expressa em percentual, entre a população com acesso a esgotamento sanitário e o total da população, subdividida nos segmentos urbano e rural. As informações utilizadas para a elaboração deste indicador foram produzidas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE, oriundas da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD. VARIÁVEIS DO INDICADOR: As variáveis utilizadas são a população total residente em domicílios particulares permanentes e a população dos domicílios com algum tipo de esgotamento sanitário: rede coletora, fossa séptica e outros tipos. DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DE MORADORES EM DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES EM RELAÇÃO À POPULAÇÃO TOTAL (%) - 2008 100 90,7 52 50 80 70 60 88,6 90 69,8 62,1 68,2 40 60 51,4 50 40,9 Urbano 40 30 20,7 Rural 13,3 20 4,7 10 20 28,5 28,4 22,6 16,6 10 4,6 1,9 30 Paraná Urbano Rural 10,8 4,9 9,7 4,3 São Paulo Rio de Janeiro Espírito Santo Pernambuco Paraná Distrito Federal São Paulo Rede Coletora Rio de Janeiro Espírito Santo Pernambuco Distrito Federal Fossa Séptica 12 70 58,5 50 40 8 48,9 8 28,4 26,7 19,1 1,5 1,6 São Paulo Rio de Janeiro Espírito Santo Pernambuco Distrito Federal 3,8 3,2 4 2 6,8 0 Paraná Urbano Rural 4 6,6 6 32,2 30,7 30 10 9,9 10 50 20 19,1 13,7 0 0 60 19,8 0,8 2,9 0,6 Rural 1,4 0 0 0 Paraná São Paulo Rio de Janeiro Espírito Santo Vala Fossa Rudimentar Urbano 3,8 Pernambuco Distrito Federal DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DE MORADORES EM DOMICÍLIOS PARTICULARES PERMANENTES EM RELAÇÃO À POPULAÇÃO TOTAL (%) - 2008 20 18 16 14 12 10 8 6 4 2 0 0,8 17,7 0,7 0,7 15,9 0,6 0,6 0,5 0,4 Urbano 6,2 3,8 0,8 0,6 2,1 Rural 3,4 3 3 Urbano 0,3 0,2 Rural 0,2 0,2 0,1 0 0,1 0,1 0,1 0 0 0 0 0 0 Paraná São Paulo Rio de Janeiro Espírito Santo Pernambuco Distrito Federal Paraná Direto para Lago, Rio ou Mar 35 30,8 25 20 Urbano 15 Rural 10 4,4 0,6 4 0,1 0,4 0,4 0,2 0,7 São Paulo Rio de Janeiro Espírito Santo 2,1 0,1 0,6 0 Paraná Não Tinham Pernambuco Distrito Federal SãoPaulo Rio de Janeiro Espírito Santo Pernambuco Outro Tipo 30 5 0,4 Distrito Federal ÁGUA DOCE QUALIDADE DE ÁGUAS INTERIORES O Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA estabelece cinco classes de água doce, cada uma com valores de qualidade de água apropriados ao uso predominante recomendado para a mesma (abastecimento humano, recreação, irrigação, navegação, etc.). Mensurações periódicas nas águas dos rios permitem aferir se a qualidade das mesmas é apropriada aos usos que lhes são dados. Este item apresenta a qualidade da água em alguns corpos d’água interiores (trechos de rios e represas), expressa pela Demanda Bioquímica de Oxigênio DBO e pelo Índice de Qualidade da Água - IQA. A DBO e o IQA são instrumentos fundamentais para o diagnóstico da qualidade ambiental de águas interiores, sendo importantes também no controle e gerenciamento dos recursos hídricos. Quanto maior o valor do IQA, melhor a qualidade da água. A partir destas variáveis são obtidos dois indicadores de qualidade de águas interiores: a Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO e o Índice de Qualidade das Águas - IQA. ÁGUA DOCE O QUE É DBO? A DBO - Demanda Bioquímica de Oxigênio, mede a quantidade de oxigênio necessária para degradar bioquimicamente a matéria orgânica presente na água. Quanto maior a DBO, pior é a qualidade da água. O IQA é um indicador mais genérico, revelador do processo de eutrofização das águas. Associados a outras informações de cunho ambiental e socioeconômico tornam-se bons indicadores de desenvolvimento sustentável. ÁGUA DOCE CONSTRUÇÃO DO INDICADOR¹¹ O QUE É IQA? O IQA - Índice de Qualidade da Água, é um indicador de qualidade da água obtido a partir de uma fórmula matemática que usa como variáveis (parâmetros) a temperatura, o pH, o oxigênio dissolvido, a demanda bioquímica de oxigênio, a quantidade de coliformes fecais, o nitrogênio, fósforo e resíduo totais dissolvidos e a turbidez, todos medidos na água. 11As informações utilizadas para a elaboração deste indicador foram produzidas por Órgãos Estaduais e Municipais de Meio Ambiente, assim discriminados: Minas Gerais: Instituto Mineiro de Gestão das Águas - IGAM; Paraná: Superintendência de Desenvolvimento de Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental - SUDERHSA; Pernambuco: Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos - CPRH; Rio de Janeiro: Instituto Estadual do Ambiente - INEA; Rio Grande do Sul: Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler FEPAM; São Paulo: Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB. As informações são obtidas na Internet e em relatórios anuais de qualidade das águas. ÁGUA DOCE VARIÁVEIS DO INDICADOR COMO FUNCIONA AS VARIÁVEIS DO INDICADOR? As variáveis utilizadas neste indicador são a DBO - demanda bioquímica de oxigênio (mg/l), a temperatura (ºC), o pH, o oxigênio dissolvido (%), a quantidade de coliformes fecais (NMP/100 ml), o nitrogênio/nitrato total (mg/l), o fósforo/fosfato total (mg/l), o resíduo total (mg/l) e a turbidez. Todos estes parâmetros são medidos na água dos rios e represas. ÁGUA DOCE A ESCOLHA DOS RIOS APRESENTADOS NESTE INDICADOR SEGUIU OS SEGUINTES CRITÉRIOS: • Rios que atravessam grandes áreas urbanas, como o alto curso do Tietê; • Rios largamente usados no abastecimento de água, como o médio Paraíba do Sul; • E rios que banham cidades industriais, como o Ipojuca. ÁGUA DOCE ESTUDOS DOS MATERIAIS COLETADOS A seleção dos rios procurou abranger o maior número possível de estados e regiões do País. O baixo percentual de tratamento dos esgotos coletados e lançados em corpos d’água se reflete no alto valor de DBO e baixo IQA observado nos trechos dos rios que cortam grandes áreas urbanas, atravessam zonas industrializadas, ou passam por muitas cidades de médio e grande porte. A contaminação de rios por efluente doméstico e industrial e resíduos sólidos encarece o tratamento de água para abastecimento público e começa a gerar situações de escassez de disponibilidade de água de qualidade em áreas com abundantes recursos hídricos. Obs.: Não houve referência informação sobre indicadores do Espírito Santo neste item Água Doce. MÉDIA ANUAL DO ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS - IQA UNIDADES DA FEDERAÇÃO E CORPOS DE ÁGUA PARANÁ SÃO PAULO MÉDIA ANUAL DO ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS - IQA UNIDADES DA FEDERAÇÃO E CORPOS DE ÁGUA RIO DE JANEIRO MINAS GERAIS MÉDIA ANUAL DO ÍNDICE DE QUALIDADE DAS ÁGUAS - IQA UNIDADES DA FEDERAÇÃO E CORPOS DE ÁGUA PERNAMBUCO EQUIPE TÉCNICA Coordenação de Estudos Territoriais Isabella Batalha Muniz Barbosa Isabella Batalha Muniz Barbosa Elaboração Jaciana Arruda de Lima Assistente de Pesquisa Simone Souza Rodrigues Assistente de Pesquisa Sebastião Francisco Alves Colaborador