Preparação de nanofibras de PLLA para uso como biomaterial III Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação PUCRS Vanusca D. Jahno1, Fernanda J. de Siqueira2, Annelise Kopp Alves3, Carlos Bergmann3, Rosane Ligabue2, Sandra Einloft2, Jefferson Braga Silva1 (orientador) 1 Programa de Pós Graduação em Medicina e Ciências da Saúde, PUCRS, 2Faculdade de Química, PUCRS, 3 Laboratório de Materiais Cerâmicos, UFRGS. Introdução Recentemente, há um crescente aumento da pesquisa na tecnologia de electrospinning para fabricação de membranas não-tecidos fibrosos. A maioria dos estudos estão relacionados com a geração de novos materiais nanoestruturados e suas aplicações. Entre eles, uma grande parte dos estudos foram destinados à aplicações biomédicas, tais como substrato para a regeneração de tecidos, enzimas catalisadoras imobilizadas, curativos artificiais e vasos sanguíneos (Zong et al., 2003). Dentre os biomateriais, o poli(lactide), PLA, destaca-se devido à sua característica de biocompatibilidade e bioreabsorção. O poli(L-lactide) tem atraído muita atenção porque pode ser produzido com custo próximo ao dos polímeros comercializados, tem baixa ou nenhuma toxicidade e alto desempenho mecânico. O mecanismo da degradação in vitro dos polímeros bioreabsorvíveis tem sido avaliado nos últimos anos e demonstra ser um processo heterogêneo na extensão do material. Resultados semelhantes são obtidos nos estudos in vivo. A bioreabsorção pelo organismo ocorre quando a biodegradação geram produtos e subprodutos com as características dos metabólitos orgânicos, especificamente os ácidos do Ciclo de Krebs. Terminada a hidrólise do material a degradação segue o processo de oxidação a ácido láctico (para o PLA) e conversão das unidades de PGA em glicina, que por sua vez são convertidos em ácido pirúvico. Na presença da acetil coenzima A, ocorre à liberação de CO2 e, conseqüentemente, a decomposição em citrato. O citrato será então incorporado no Ciclo de Krebs, resultando em CO2 e H2O, podendo sua eliminação ser feita através da urina e da respiração. O material foi reabsorvido e metabolizado (Barbanti S.H. et al.2005). III Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação – PUCRS, 2008 Metodologia A partir da análise de GPC foi obtida a massa molar numérica média (Mw) do PLLA de 266469 Da. Obtenção de nanofibras por Electrospinning Preparou-se uma solução de 2,5% de poli (ácido L-láctico) (PLLA) em diclorometano como solvente. O equipamento utilizado para electrospinning possui uma fonte de alta tensão para a polarização da solução polimérica, um capilar para a ejeção do jato e um cilindro rotatório contra eletrodo(90 rotações/min) para recolher as nanofibras. Utilizando como parâmetros, vazão de 3mL/h,tensão de 12Kv e distância de 15cm. Resultados (ou Resultados e Discussão) As nanofibras de PLLA produzidas pelo método de electrospinning foram caracterizadas morfologicamente através de microscopia eletrônica de varredura (MEV), mostrando-se fibras e esferas porosas e não agregadas (Figura 1). Figura 1: Micrografias da microesferas e nanofibras de PLLA. III Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação – PUCRS, 2008 O diâmetro dos poros variou de 99nm a 600nm e o diâmetro das fibras variou de 300 a 800 nm. As nanofibras estão interligadas com as nanoesferas. O processo ainda está em fase de testes e, por isso, o teste in vitro ainda não foi realizado até o momento. Referências ZONG X. et al. Control of structure, morphology and property in electrospun poly(glycolide-co-lactide) nonwoven membranes via post-draw treatments. Polymer 44 (2003), 4959–4967 Barbanti S.H. et al. Polímeros: Ciência e Tecnologia 15 (2005) 13. III Mostra de Pesquisa da Pós-Graduação – PUCRS, 2008