Conformidade de Material Biológico – ITAL maio/2005
ANÁLISES FENOTÍPICAS E
GENOTÍPICAS UTILIZADAS
NO CONTROLE DE
QUALIDADE
Lidiane Botelho
[email protected]
-ALIMENTOS FUNCIONAIS;
-CONTROLE DAS ESPÉCIES
PRESENTES;
-MÉTODOS DIFERENCIAIS DE
QUANTIFICAÇÃO E
QUALIFICAÇÃO;
-AUMENTO DE PRODUTOS NO
MERCADO BRASILEIRO;
-MUDANÇAS DA NOMENCLATURA
OFICIAL;
Outros aspectos:
-Industria de Alimentos Funcionais;
-Informações tem que ser documentadas
e disponíveis;
-Monitorar o nº de células e a sua
quantificação nestes alimentos é de
extrema importância;
- No entanto vários estudos vem
comprovando o contrário, principalmente
pela falta de padronização dos métodos.
DIAGNÓTICO BACTERIOLÓGICO
-DEMONSTRAÇÃO DIRETA DA BACTÉRIA
EXAME AO MICROSCÓPIO
COLORAÇÃO DE GRAM
COLORAÇÃO DE ZIEHL-NEELSEN
-DEMONSTRAÇÃO DE ANTÍGENOS
(MÉTODOS IMUNOLÓGICOS- ELISA)
-DEMONSTRAÇÃO DE ÁCIDOS ORGÂNICOS
(CROMATOGRAFIA)
-DEMONSTRAÇÃO DE DNA BACTERIANO
TAXONOMIA BACTERIANA
-CARACTERIZAÇÃO E DESIGNAÇÃO
MICRORGANISMOS
-E ORGANIZAÇÃO DOS MO. EM GRUPOS
DOS
-DIVIDIDO EM:
NOMENCLATURA (espécie, gênero ou família)
CLASSIFICAÇÃO (agrupamento das bactérias em Taxa)
IDENTIFICAÇÃO
TAXONOMIA POLIFÁSICA
- NÃO É MAIS SOMENTE BASEADA EM
CRITÉRIOS FISIOLÓGICOS;
- CRITÉRIOS FENOTÍPICOS E GENOTÍPICOS COMBINAÇÃO
DEFINIÇÃO:
-Os métodos fenotípicos são aqueles que
caracterizam os produtos da expressão gênica
para a diferenciação das cepas.
- Em decorrência deles envolverem a expressão
do gene, estas propriedades podem variar,
baseado em mudanças das condições de
crescimento, fase de crescimento e mutações
espontâneas.
CARACTERIZAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO
FENOTÍPICA - MÉTODOS TRADICIONAIS
DESVANTAGENS:
-Procedimentos podem ser longos
-Ambíguos;
-Afetados pelas condições do meio;
-Espécies filogeneticamente distintas;
-Problemas técnicos que dificultam a interpretação
dos resultados (crescimento não é suficiente para
degradar o substrato que se está testando, algumas
características são instáveis – meios de cultura
utilizado)
-Culturas mistas não permitem a diferenciação de
espécies
CARACTERES FENOTÍPICOS
MAIS UTILIZADOS
1-Características morfológicas das colônias;
2-Forma,
Coloração
de
Gram,
Arranjo,
Motilidade, Catalase;
3-Modo
de
fermentação
da
glicose
(carboidratos) e perfil bioquímico;
4-Fatores de crescimento;
5-Disponibilidade de oxigênio;
6-Testes de produção de gás;
7-Tolerância ao sal, pH e bile;
8-Crescimento em determinadas temperaturas
(máxima e mínima);
9-Condições do ácido láctico produzido;
10-Tipos de bacteriófagos;
11-Hidrólise da Arginina;
12-Formação de Acetoina (Acetilmetilcarbinol);
13-Fermentação butilenoglicólica;
14-Tipo de hemólise;
15-Produção de polissacarídeos extracelulares;
16-Tipagem sorológica;
17-Presença de enzimas e antígenos na
superfície celular;
18-Perfil eletroforético de proteínas;
19-Atividade antimicrobiana;
20-Lipídeos e constituintes da parede celular
Características morfológicas das colônias;
TCBS CHOLERA MEDIUM
1-V. Cholerae
2-Esch. Coli
Encubação: 24hs em 35ºC
VRB GLUCOSE AGAR
1-Esch. Coli
2-Staph. aureus
Encubação: 24hs em 35ºC
-Plaqueamento
(meios seletivos, diferenciais)
Meios seletivos (antibióticos, ingredientes e suplementos)
Meios diferenciais (características morfológicas das colônias)
-Características das colônias nestes meios
(tamanho, forma, brilho, cor, viragem de meio,
presença de halo e pontos centrais, borda,
tempo de incubação)
Figure 1: Single cell sort (
Nebe-von Caron et al., 2000) of
Salmonella culture results in
different colony morphology.
Forma, coloração de Gram, Arranjo,
Motilidade, Catalase;
Figure 2: Surface detail of
Salmonella cells obtained
by atomic force microscopy
3-Modo de fermentação da glicose
(carboidratos)
Tube 1:Culture en WW (rose)
Tube 2:Lait
Tube 3:Type respiratoire
anaerobi (WW profond)
Tube 4:Glucose
Tube 5:Saccharose
Tube 6:Lactose
Tube 7:Glycerol
Tube 8:Mannitol
Tube 9:Amidon
Tube 10Indole
Tube 11:Nitrate
Bifidobacterium
Bacterial culture showing zones of
inhibition around various antibiotic disks
Coloração de Cryptococcus neoformans com Tinta
da India. Destaca-se a cápsula de natureza
polissacarídica. Variações no polissacarídeo
majoritário da cápsula levam à classificação em
diferentes sorotipos e variedades dessa espécie, as
quais podem ser diferenciadas por métodos
bioquímicos e genéticos.
Eletroforese de proteínas
-Transaldolase
-Fosfogluconato desidrogenase
-Proteínas totais
-Lactato desidrogenase
Composição da parede celular
CARACTERES GENOTÍPICOS
MAIS UTILIZADOS
DNA/RNA
DEFINIÇÃO
-MÉTODOS GENOTÍPICOS IDENTIFICAM ATRAVÉS DO
GENOMA,
AO
CONTRÁRIO
DOS
MÉTODOS
BIOLÓGICOS E IMUNOLÓGICOS (FENOTÍPICOS) QUE
DETECTAM OS PRODUTOS CODIFICADOS PELO
GENOMA.
Ácidos nucléicos são universais em biologia celular, e a
seqüência de bases de nucleotídeos das moléculas não
são influenciadas pelas condições de cultivo. Análises
dos ácidos nucléicos deste modo, provem a base dos
métodos de identificação e possuem a vantagem da
reprodutibilidade. Métodos genéticos são mais
promissores para uma rápida e acurada identificação.
Métodos capazes - Relação FILOGENÉTICAS
- Hibridização DNA-DNA;
- Seqüenciamento do gene codificador do rRNA 16S;
- Seqüenciamento da região espaçadora ITS (Internal
Transcribed Space) entre os genes do operon que
codificam o rRNA.
- Permitem detectar diferenças
amostras
bacterianas
da
conseqüentemente, verificar se
diferentes pacientes ou locais
comum.
e similaridades entre
mesma
espécie,
e
amostras isoladas de
possuem uma origem
Sondas genéticas (PROBE)
-Segmentos específicos de DNA ou RNA (fita
simples) que reconhecem e anelam (hibridizam)
com seqüências complementares (pareamento de
bases complementares) formando moléculas
híbridas de fita dupla.
-As sondas são marcadas (radioisótopos,
enzimas ou moléculas quimioluminescentes);
-As amostras em teste são inoculadas sobre um
suporte sólido (filtro nitrocelulose) colocado na
superfície de um meio de cultura sólido.
- As colônias desenvolvidas sobre o filtro
são submetidas a um tratamento (lise),
expondo e desnaturando seu genoma;
- Para os testes de hibridização, os filtros
são incubados com uma solução contendo
a sonda marcada. Onde for homólogo ela
hibridiza e é detectada (cor ou luz);
- Praticamente todos os microrganismos
contêm alguma seqüência nucleotídica
exclusiva que pode ser usada como sonda
(sondas podem ser gênero, espécie ou
mesmo amostra específica).
PCR (REAÇÃO DE POLIMERASE EM
CADEIA)
- Permite a detecção de microrganismos isolados
ou diretamente em material clínico, mesmo se
presente em pequenas quantidades;
-Amplificação
de
seqüências
nucleotídicas
específicas (segmento alvo);
-Amplificação – processo de síntese de DNA
dirigida (desnaturação, ligação de primers seqüências pequenas presentes nas extremidades
que ladeiam o segmento-alvo e a extensão dos
primers, através da DNA polimerase, para produzir
cópias idênticas do segmento-alvo.
-Seqüência entre os dois primers é amplificada
RESTRICTION
FRAGMENTE
LENGHT
POLYMORFISM – RFLP - Polimorfismo observado no
tamanho dos fragmentos resultantes da restrição enzimática
-As bactérias apresentam em seu cromossomo
regiões que tendem a variar de amostra para
amostra, dentro de uma mesma espécie bacteriana,
embora essas regiões sejam constantes dentro de
uma mesma amostra.
-Quando o cromossomo é purificado e clivado com
endonucleases de restrição, em numerosos
fragmentos de fita dupla, essa variabilidade pode
ser observada.
-Os fragmentos devem ser separados em gel
(poliacrilamida ou agarose).
-Ao se comparar o DNA de duas amostras por esse
método, é freqüentemente possível distinguir
diferenças no padrão de bandeamento (devido as
diferenças no tamanho dos fragmentos).
-As diferenças podem ser sutis, e as vezes, para
melhor visualização podemos escolher sondas que
hibridizam especialmente com regiões altamente
variáveis. Após a hibridização, as diferenças na
localização e no tamanho dos fragmentos são
acentuadas e facilmente identificadas.
ETAPAS - RFLP
1 – Isolamento do DNA cromossômico;
2 – Digestão com enzima (s) de restrição;
3 – Eletroforese em Gel de Campo Pulsante;
– PFGE (Pulsed Fied Gel Electrophoferis)
4 – Coloração com Brometo de Etídio;
5 – Fotografia do perfil obtido.
Digestão com Eco R1
Ação - E. R.
Purificação
Digestão com Hind ll
Banda escolhida
ou probe
PULSED-FIELD GEL ELECTROPHORESIS - PFGE
-Eletroforese em gel de agarose mais utilizado;
-Entretanto este método não permite uma resolução
eficiente de fragmentos de DNA maiores do que
40Kb;
-Estes fragmentos são tão grandes que acabam
apresentando uma mesma taxa de migração no
campo elétrico;
PFGE – as moléculas são submetidas a campos
elétricos aplicados alternadamente em duas direções;
da mesma forma de RFLP, o DNA é purificado e
clivado com enzimas de restrição, só que, no caso da
PFGE, as enzimas utilizadas cortam o DNA em
número menor de fragmentos e, portanto, maiores em
tamanho.
• PCR – Polimerase Chain Reaction
- Polimerase termoestável;
- Deoxinucleotídeos (dNTP);
- Dois iniciadores (primers)
Etapas
1) Separação das hélices do DNA a ser amplificado;
2) Ligação complementar entre os primers e o DNA;
3) Síntese do DNA pela Taq polimerase.
•Multiplex-PCR
- A técnica de PCR na sua forma mais simples;
- Amplifica regiões específicas do DNA;
- Utiliza um conjunto de iniciadores diferentes;
- Mais regiões amplificadas mais confiável é a técnica;
- Conhecimento prévio das seqüências (ou seja, do gene/
região de interesse).
• RAPD –PCR (Random Amplified Polymorphic DNA)
ou AP-PCR (Arbitrary Primed Polimerase Chain Reaction)
- Não requer um conhecimento dos fragmentos do genoma;
- Usa-se um único iniciador arbitrário;
- Amplifica as seqüências com maior homologia;
- Pode-se adequar as condições da reação;
- Intervalo entre as regiões é amplificado (orientação dos
primers – síntese ocorre na região interna entre eles)
• Triplet RAPD-PCR ou TAP-PCR
- Contorna o problema de reprodutibilidade do RAPD-PCR;
- Temperaturas de hibridização (38; 40 e 42ºC);
- Bandas presentes em pelo menos dois perfis são
consideradas flexíveis;
- Discriminatória ao nível de espécie e cepas dentro de uma
mesma espécie;
- Limite de confiança é ampliado.