issn 2316-5065
Ano XIII • Nº 150 • julho/agosto de 2013
Publicação bimestral da Associação
Médica de Brasília – AMBr
w w w. a m b r. o r g . b r
Médicos se unem pela
qualidade da Saúde
Não aos vetos do Ato Médico
Não à importação de
médicos sem Revalida
Não à política de imposição
Editorial
Caros leitores,
issn 2316-5065
Ano XIII • Nº 150 • julho/agosto de 2013
Publicação bimestral da Associação
Médica de Brasília – AMBr
w w w. a m b r. o r g . b r
Médicos se unem pela
qualidade da Saúde
Não aos vetos do ato Médico
Não à iMportação de
Médicos seM revalida
Não à política de iMposição
A revista Médico em Dia de julho/agosto está vestida de vermelho para indicar a criticidade do momento da saúde pública no Brasil. Era nossa intenção, quando começamos
a produzir este número, falar, com alegria, da conquista de termos nossa categoria finalmente regulamentada, após a aprovação do Ato Médico pelo Congresso Nacional. Porém,
num curto espaço de tempo, fomos surpreendidos pelos vetos presidenciais ao Projeto de
Lei e pelas preocupantes definições do programa Mais Médicos.
O lado bom, se é que podemos falar assim, é que a classe médica também acordou e
engrossou o coro dos jovens brasileiros nas ruas repudiando os desmandos e exigindo mudanças, principalmente no tocante à saúde pública. Nunca se viu tamanha união da classe
médica! Acompanhe as matérias e artigos que tratam dos temas políticos nas editorias
Palavra do Presidente, Tribuna Especial e Artigo.
Apesar do clima tenso no ambiente político, não nos esquecemos da essência da revista
e trouxemos a você muita informação de qualidade na área médica. O infectologista
Tarquino Sanchez fala das dificuldades encontradas pelos profissionais para diagnosticar
os diferentes tipos de hepatites virais, justo quando se comemora o dia mundial de luta
contra a doença. Já o Dr. André Rolim discute em seu artigo Saúde Ocular a busca de soluções para os problemas cotidianos da oftalmologia. Na editoria Entrevista, conversamos
com o Dr. Orlando Faria, reconhecido especialista em Cirurgia Bariátrica.
O Ponto e Contraponto apresenta a polêmica do reconhecimento da Medicina Estética
como especialidade médica. Leia os pontos de vista e forme sua opinião! A primeira parte
do artigo do oncologista Anderson Silvestrini elucida as dificuldades na prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer no Brasil. Esta doença que alcançou o status de mal do
século XXI.
Arte e Ciência e História da Música Popular estão imperdíveis com os respectivos temas A
coluna da Peste e Jamelão. E, se o leitor está cansado da panela de pressão, que tal visitar
as bodegas do Chile ou, se preferir, embarcar em uma das experiências de ecoturismo que
o país oferece.
Tem muito mais, é só navegar pelas páginas. Boa leitura!
Paulo Feitosa,
Diretor de Comunicação da AMBr
Canstock
Dr. Luciano Gonçalves
de Souza Carvalho
Presidente
Bento Viana
Diretoria Executiva
Dr. Evaldo Trajano Filho
Vice-Presidente
Delegados
Diretor responsável
Dr. Carlos Jose Sabino Costa
Diretor Econômico-Financeiro
efetivos
Paulo Henrique R. Feitosa
Dra. Edna Marcia Xavier
Editora-chefe
Dr. Paulo Henrique Ramos Feitosa
Diretor de Comunicação
e Divulgação
Dr. Alexandre Morales
Castillo Olmedo
Cristiane Rodrigues Kozovits
Dr. Luiz Augusto Casulari
Roxo da Motta
Diretor de Editoração Científica
Dra. Ana Patrícia de Paula
Diretora Científica e de Ensino
Médico Continuado
Dr. Fernando Fernandes Correia
Diretor Social e
de Atividades Culturais
Dra. Olimpia Alves Teixeira Lima
Diretora de Relações
com a Comunidade
Conselho Fiscal
Titular
Dr. Márcio de Castro Morem
Dra. Alba Mirindiba
Bonfim Palmeira
Dr. Ognev Meireles Cosac
Dr. Eudes Fernandes de Andrade
Dr. Sergio Tamura
Dr. Aloísio Nalon Queiroz
suplentes
Dr. Adalberto Amorim
de M. Junior
Dr. Antonio Geraldo da Silva
Dr. Bruno Vilalva Mestrinho
Dr. Baelon Pereira Alves
Dr. Roberto Cavalcanti
Gomes de Barros
Dr. Roberto Nicolau
Cavalcanti de Souza
Marina Gomes Barbosa
(RP: 015253/2011 DF)
Revisão
Cristiane Rodrigues Kozovits
ESTAGIÁRIA
Nayane Gama
Editoração
Grifo Design
Comercialização
[email protected]
(61) 9655-9326
(61) 2195-9724
Impressão
Ideal Gráfica e Editora
Dr. Alcides de Oliveira
Dourado Filho
Tiragem
Conselho Editorial
Médico em Dia é uma
publicação da Associação
Médica de Brasília – AMBr
SCES Trecho 3 Conj. 6
Suplente
Dr. Luciano Gonçalves
de Souza Carvalho
Dra. Elza Dias Tosta da Silva
Dr. Evaldo Trajano Filho
Dr. Alexandre Barbosa
Sotero Caio
Dr. Paulo Henrique Ramos Feitosa
Dr. Bolivar Leite Coutinho
Bento Viana
Dr. Carlos Alberto
de Santa Ritta Filho
Jornalista responsável
Dr. Luiz Augusto Casulari
Roxo da Motta
Canstock
Dr. Elias Couto e Almeida Filho
Diretor de Planejamento
Dr. Jose Nava Rodrigues Neto
5.000 exemplares
(61) 2195-9797
redação
[email protected]
www.ambr.org.br
Revista cultural
de distribuição gratuita.
Os artigos assinados são
de inteira responsabilidade
de seus autores.
Canstock
Dr. Jorge Gomes de Araujo
Diretor Administrativo
Sumário
8
Dia Mundial de Luta
contra as hepatites virais
Dr. Tarquino Erastides G. Sánchez, médico infectologista
e presidente da Comissão de Controle de Infecção
Hospitalar do HRAN, fala sobre os desafios enfrentados
no diagnóstico da doença.
14
Especialidade Médica
Dr. Anderson Arantes Silvestrini, presidente da Sociedade
Brasileira de Oncologia Clínica, aborda a temática de
prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer no Brasil.
22
30
Medicina e Arte
Especial:
Médicos se unem e vão às ruas
Conheça a história do memorial em homenagem
às vítimas da Peste Bubônica na Áustria do Sec. XVII.
44
Saúde Ocular
Dr. André Gustavo de Araújo Rolim, presidente da
Sociedade Brasiliense de Oftalmologia, assina o artigo
Saúde Ocular, defendendo estratégia para mensurar os
reais riscos à visão da população.
Uma matéria especial sobre a união da classe médica
contra a entrada de médicos estrangeiros sem passar
pelo exame Revalida, e os vetos da presidente Dilma à
lei do Ato Médico.
► Radar
16
► Ponto e Contraponto
24
► Gestão da Saúde
21
► Gourmet
50
► Destinos
52
Luciano Carvalho • Presidente da AMBr
Palavra do Presidente
Sérgio Amaral
A medicina na
gangorra da
politicagem
Os vetos presidenciais mutilam e descaracterizam a essência do projeto aprovado e transparecem a atitude do governo de adotar medidas populistas que não consideram
o que é melhor para a população. A decisão da presidente
Dilma dispara um alerta sobre a pauta de reivindicações da
sociedade brasileira e das entidades médicas sobre a saúde
pública do país: a Medicina e a Saúde foram jogadas na
gangorra da politicagem!
Se uma lei consensual, discutida e elaborada por parlamentares sérios e comprometidos, como os senadores Lúcia
Vânia, Cássio Cunha Lima, Antonio Carlos Valadares, Waldemir Moka e Mozarildo Cavalcanti recebeu tal tratamento
da presidência do Executivo, estão em risco todas as medidas propostas para melhorar a assistência à Saúde no Brasil
e garantir um atendimento de qualidade à população.
É de domínio público a verdade de que o Brasil precisa investir muito mais em Saúde para que possa oferecer qualidade a todos os brasileiros, como apregoa nossa Constituição. Nações como Reino Unido, Alemanha, Canadá e
Espanha, que também oferecem saúde gratuita, investem
cerca de 6% de seu PIB no setor público de saúde, enquanto o Brasil destina apenas 3,7%, de acordo com os
dados da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Sem mudar radicalmente o patamar de investimentos na
saúde pública nada vai, de fato, melhorar. O governo ilu-
Sem mudar radicalmente o patamar
de investimentos na saúde pública
nada vai, de fato, melhorar.
de o povo dizendo que vai importar médicos para atender
às regiões carentes, mas vai lhes dar médicos suspeitamente liberados do Revalida e coloca-los para trabalhar
em locais sem infraestrutura. Uma grande falácia que terá
um preço alto!
Este cenário se desdobra num momento único de consciência e atitude social que não pode ser esmaecido por
derrotas parciais e vetos imponderáveis. A classe médica
também sofreu importante despertar. Nunca estivemos
tão unidos e atuantes como agora. E esta força, que adquirimos com união e foco, precisa continuar ativa, pois
temos ainda muitos desafios, a começar pela derrubada
dos vetos no Congresso.
Pelas novas regras definidas, os vetos ao Ato Médico terão
que ser examinados e votados em 30 dias, contados de sua
publicação, sob pena de trancamento da pauta da Casa.
Precisamos salvar o Ato Médico e continuar exigindo, nas
ruas, nas redes sociais, no receituário do cotidiano, nas instâncias do governo que a Saúde receba o devido respeito e
os investimentos necessários para superar o caos.
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
Mal comemoramos, depois de 11 anos de tramitação, a
aprovação do Ato Médico no Senado e sofremos a decepção de ter 10 vetos ao projeto que regulamenta nossa
profissão e que, diga-se de passagem, resultou de acordo
na Câmara e no Senado.
7
Hepatites Virais matam
cerca de um milhão por ano
Dia 28 de julho é a data que marca a luta contra as
hepatites virais em todo o mundo. De acordo com a
Organização Mundial da Saúde, cerca de um milhão
de mortes por ano são atribuídas à doença.
Dr. Tarquino Erastides G. Sánchez
Especialista em Infectologia e Medicina Tropical.
Médico infectologista e presidente da Comissão
de Controle de Infecção Hospitalar do Hospital
Regional da Asa Norte – Brasília/DF
A doença é uma infecção sistêmica que afeta predominantemente o fígado. Quase todos os casos de hepatite viral
aguda são causados por um dos cinco agentes virais: Vírus
da hepatite tipo A (HAV) tipo B (HBV), tipo C (HCV), tipo D
(HDV) ou tipo E (HEV).
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
O infectologista Dr. Tarquino Erastides G. Sánchez explica que
os vírus das hepatites podem ser diferenciados entre eles por
suas propriedades moleculares e antigênicas, porém todos esses agentes produzem um quadro clinico semelhante na fase
aguda, variando desde infecções assintomáticas, oligosintomáticas até infecções agudas fulminantes e fatais, embora
esta última forma represente menos de 2% dos casos.
8
DESAFIOS ENFRENTADOS
NO DIAGNOSTICO DE HEPATITE
De acordo com Dr. Tarquino, um dos maiores desafios
frente à doença é a dificuldade para realizar seu diagnóstico na forma aguda. Na maioria das vezes, as hepatites
apresentam quadros clínicos gerais caracterizados apenas
por: febre, hiporexia, cefaleia, náuseas, vômitos, sensação
de plenitude gástrica, astenia (diminuição da força física),
adinamia (diminuição da força muscular) e mialgias. A icterícia, quando presente, pode variar de intensidade, desde
uma leve coloração amarelada de escleras, até uma intensa coloração amarela de pele e mucosas, associada com
coluria (presença de pigmento biliar na urina) ou acolia
(supressão da secreção biliar).
HEPATITE A
Em relação à Hepatite A, 90% das crianças com menos de 5 anos de
idade infectadas pelo vírus são assintomáticas, enquanto que 90%
dos adultos experimentam sintomas, entre eles a icterícia.
Dados do Ministério de Saúde do Brasil relatam que a Hepatite A
acomete principalmente nas duas primeiras décadas da vida. No Brasil, o coeficiente de mortalidade para esta doença entre os anos 2000
a 2010 variou entre 0,04 e 0,03 óbitos por 100.000 habitantes.
Não existe tratamento especifico para esta forma de hepatite. Porém,
estão disponíveis para profilaxia a Imunoglobulina e a vacina com
vírus inativados.
HEPATITE B
Para fins de Vigilância epidemiológica, o Ministério de Saúde define
como caso confirmado de Hepatite B o indivíduo que preencha as
condições de caso suspeito e que apresente um ou mais marcadores
sorológicos reagentes no exame de biologia molecular para esse tipo
de hepatite (HBsAg reagente, anti-HBc IgM reagente, HBeAg reagente, DNA do HBV detetável).
Segundo dados do Ministério, a prevalência registrada entre 2005 e
2009 nas 26 capitais e no Distrito Federal foi de 7,4% em indivíduos
com faixa etária entre 10 e 69 anos.
No período de 1999 a 2011 foram notificados 120.343 casos confirmados de Hepatite B no Brasil, assim distribuídos por regiões:
36,3% Sudeste, 31,6% Sul, 13,1% Norte, 9,9% Centro-Oeste e
9,2% Nordeste.
A maioria das infecções agudas provocadas pelo VHB em adultos
resulta em recuperação completa, com o desaparecimento do HBsAg
do sangue e com a produção do Anti-HBs marcador que confere a
imunidade duradoura. Contudo, 90% dos Recém-nascidos, 30% das
crianças e cerca de 10% dos adultos com infecção aguda ficaram
Dificuldades enfrentadas pelos profissionais
de saúde com respeito as hepatites virais
» Pouco conhecimento sobre as características clínicas,
modos de transmissão e exames para diagnóstico de
hepatites virais, salvo o caso de profissionais especializados que lidam com essas doenças. (Infectologistas,
hepatologistas, gastroenterologistas);
» Existe um desconhecimento por parte de alguns profissionais em relação a quais marcadores virais solicitar
para pesquisa das diferentes formas de hepatite, assim
como, quando solicitados e realizados, existe dificuldade na interpretação dos resultados;
» As hepatites virais que crônificam são doenças silenciosas, então, a maioria dos profissionais médicos não
incluem no Check-up de seu paciente solicitações de
exames específicos para pesquisar hepatite viral;
» O excesso de pacientes nos consultórios de hospitais
públicos dificulta a realização de consultas adequadas
que visem identificar, de forma acurada, fatores de risco para essas doenças. Entre outros fatores evolvidos
podemos citar a falta de campanhas educativas direcionadas à comunidade, visando incentivar a prevenção,
e a realização de teste sorológicos para diagnóstico de
hepatite viral, especialmente em populações de risco.
» O diagnóstico de hepatite viral só é lembrado por alguns
profissionais da saúde quando o paciente tem um quadro
clássico de icterícia ou quando traz um exame anterior que
evidencia aumento de enzimas hepáticas (TGP, TGO);
persistentemente infectados, e são estes indivíduos que em um espaço
variável de tempo evoluíram para a Cirrose (insuficiência hepática e carcinoma hepatocelular).
da Hepatite B. A identificação desta infecção aguda é realizada através
do Anti-HDV classe IgM. Esta forma de hepatite viral pode cronificar e
não existe vacina nem tratamento especifico para ela, com ressalva para
a vacinação de indivíduos suscetíveis ao vírus da Hepatite B.
HEPATITE C
Segundo dados do Ministério, a prevalência registrada entre 2005 e 2010
nas 26 capitais e no Distrito Federal, foi de 1,38% em indivíduos com
faixa etária entre 10 e 69 anos.
No período de 1999 a 2011 foram 82.041 casos confirmados de Hepatite C,
assim distribuídos por regiões: 67,3% Sudeste, 22,3% Sul, 5,0% Nordeste,
3,3% Centro-Oeste e 2,0% Norte.
Com relação à prevalência do VHC segundo o genótipo, 67,7% correspondem ao genótipo 1, 25,9% ao genótipo 3, e 5,7% ao genótipo 2. Os
genótipos 4 e 5 são infrequentes no Brasil.
O clareamento viral espontâneo após a infecção aguda pelo VHC ocorre
em cerca de 20 a 25% dos casos, alguns fatores do hospedeiro têm sido
identificados como associados a este fato: idade abaixo de 40 anos, sexo
feminino, aparecimento de icterícia, ausência de uso de bebidas alcóolicas
e fatores genéticos.
HEPATITE D e HEPATITE E
Os casos de hepatite viral seja D ou E tem uma baixa prevalência em nosso
meio. O vírus da Hepatite D coinfecta e depende da função auxiliar do
vírus da Hepatite B para sua replicação e expressão.
A Hepatite D tem distribuição mundial e é transmitida predominantemente por sangue, hemoderivados e drogas injetáveis. Ele pode tanto infectar
uma pessoa simultaneamente com o virus da Hepatite B, determinando
uma coinfecção, quanto superinfectar uma pessoa já infectada pelo vírus
A Hepatite E é semelhante a Hepatite A em sua forma de transmissão
entérica (fecal –oral ). A maioria dos casos relatados é secundária à
contaminação de reservatórios de água com fezes, como acontece em
épocas de inundação, porém, diferente das outras hepatites, sua disseminação de pessoa a pessoa é reconhecida como rara. Existe disponível
uma vacina para este tipo de hepatite em áreas endêmicas, mas não um
tratamento especifico.
Em resumo, as hepatites virais precisam ser mais bem estudadas, visando
um diagnóstico mais acurado, tanto nas formas agudas dessas doenças
como nas suas formas crônicas (Hepatite B e Hepatite C).
Atualmente, um dos maiores problemas enfrentados em doenças crônicas
do fígado é a forma crônica da Hepatite C, que representa 70% das hepatites crônicas, 40% dos casos de cirroses, 60% dos hepatocarcinomas,
e é a principal causa de transplante hepático no mundo. Entretanto, em
um futuro não tão longe, este panorama poderá mudar: o lançamento
de novas drogas (Boceprevir e Telaprevir) tem aumentado a eficácia terapêutica de cerca de 40% com o uso de PEG-interferon + Ribavirina, para
70-80% com a associação de PEG-interferon + Ribavirina + boceprevir ou
telaprevir. Além do Boceprevir e Telaprevir, já em uso nos Estados Unidos,
novos fármacos poderão ser aprovados no próximo ano para o tratamento
da Hepatite C, entre eles estão: Simeprevir, sofosbuvir e ledipasvir que, em
estudos de fase II, têm mostrado excelente eficácia terapêutica.
Veja no site da AMBr a tabela completa com as
características clínicas e epidemiológicas da hepatite
viral, transmissão, profilaxia e terapias.
www.ambr.org.br
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
Para fins de Vigilância epidemiológica, o Ministério de Saúde define como
caso confirmado de Hepatite C o indivíduo que preencha as condições de
caso suspeito e que apresente anti-HCV reagente e HCV-RNA detectável.
9
Cultura
Terapêutica Cirúrgica
Editado por John L. Cameron, um dos cirurgiões mais respeitados do mundo, e por Andrew
M. Cameron, Terapêutica Cirúrgica é o livro de cirurgia mais utilizado nos Estados Unidos,
publicado originalmente em 1984. No Brasil, a tradução da 10ª edição chega como a
primeira obra de referência internacional com aprofundamento sobre o tema, além da
mais atualizada com as principais tendências e as novas técnicas de cirurgia, inclusive as
minimamente invasivas.
Terapêutica Cirúrgica – Tradução 10ª edição
Editores: John L. Cameron e Andrew M. Cameron
Editora: Elsevier
Páginas: 1.392
Preço: R$ 549,00
Informações: www.saudeweb.com.br
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
A distância
10
Dicas
da Dad
Com crase? Sem crase?
Nas locuções adverbiais
formadas por palavras
femininas, ocorre a
contração de dois aa.
Daí por que pedem o
acentinho grave em
qualquer circunstância.
É o caso de às claras,
às escuras, à toa.
À distância tem
tratamento diferente.
A duplinha só exige o
grampinho se a distância
for determinada. Se não
for, cessa tudo que a
musa antiga canta. O
azinho aparece livre e
solto, sem lenço e sem
documento. Compare: Vi
Maria a distância. Vi Maria
à distância de 200 metros.
Mantenha-se a distância.
Mantenha-se à distância
de 20 metros. O governo
oferece curso a distância
para os profissionais da
saúde. Você faz curso
presencial ou a distância?
Caprichos
Estreia não tem acento.
Fiéis tem. Mas ambas
exibem o ditongo aberto
ei. Por quê? São artes da
reforma ortográfica. A
mudança só atingiu as
paroxítonas. Obedientes,
estreia, ideia, assembleia,
prosopopeia abriram
mão do grampinho.
Fiéis, papéis, coronéis,
anéis, méis jogam em
outros times.
Os quatro primeiros –
fiéis, papéis, coronéis,
anéis – no das oxítonas.
O último (méis), no dos
monossílabos tônicos.
Por isso continuam como
sempre estiveram —
carregando o agudão
na cabeça.
O mesmo ocorre com o
ditongo aberto oi. Nas
oxítonas, o danado bateu
asas e voou (paranoico,
heroico, joia, jiboia,
paranoia). Nas oxítonas
e monossílabos tônicos,
mantém-se firme e forte:
lençóis, caracóis, dói.
Dúvidas e informações:
http://www.dzai.com.br/blogdadad
Eleições CRMs
2013-2018
Está chegando a hora das eleições
nos CRMs de todo o Brasil
Nos dias 6 e 7 de agosto os médicos escolherão seus representantes nos Conselhos Regionais de Medicina – CRMs para
o período de 2013-2018.
As eleições deste ano estão normatizadas na Resolução CFM
1.993/12 – que visa garantir a probidade e a moralidade
no exercício do mandato honorífico de conselheiro regional.
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
Em cada CRM serão eleitos 20 conselheiros titulares e 20
suplentes, membros da chapa escolhida por voto direto
e secreto dos médicos regularmente inscritos, não sendo
permitido o voto por procuração.
As eleições são conduzidas por uma comissão eleitoral formada por um presidente e dois secretários escolhidos entre
os médicos inscritos na jurisdição.
Ao CRM-DF concorrem 03 chapas:
Chapa1
Chapa2
Aliança
Médica
CHAPA DO
MÉDICO
Chapa3
PRÓ-ÉTICA
LOCAL: Sede do Conselho Federal de Medicina – CFM
DATA: 6 e 7 de agosto de 2013, das 8h às 20h
12
A votação será Presencial
Fique atento
Quem pode votar
»» Deverão votar todos os médicos brasileiros e naturalizados, portugueses (conforme o Art 6º, §5º da Resolução
1993/2012, “será assegurado o direito de votar e de ser
votado, na eleição de que trata essa resolução, desde que
não esteja privado dos direitos equivalentes em Portugal,
que apresente o documento de identidade e comprove a
aquisição de direitos políticos no Brasil”), que estejam inscritos no CRM-DF primária e secundariamente, em pleno
gozo de seus direitos políticos e profissionais, e, quites com
as anuidades.
»» Para médicos com mais de 70 anos o voto é facultativo.
Quem não pode votar
»» Não votam os médicos exclusivamente militares (nos termos do Art 4º da Lei 6.681/79), e os médicos estrangeiros
(nos termos do Art 14 da Constituição Federal/88 e dos Art
106, VII e Art 107, caput da Lei 6815/809).
Quitação de débito
»» Conforme o artigo 31 da Resolução 1.993/2012, somente os
médicos quites com a anuidade poderão votar, sendo que a
quitação poderá ocorrer até o momento da votação.
»» Haverá um local reservado em que será possível verificar os
débitos em aberto:
• Os pagamentos não serão aceitos no local de votação;
• Os médicos com débitos em aberto somente estarão
aptos a votar no dia da votação se apresentarem o comprovante de quitação;
• Os médicos que estiverem em Dívida Ativa, deverão regularizar sua situação antes do pleito.
»» Em caso de dúvida quanto aos débitos entre em contato
com o Departamento Financeiro, pelos telefones (61) 33220001 ramal-230 ou pelo e-mail: [email protected].
Justificativa de voto
»» O médico que não puder votar por causa justificada ou
impedimento poderá justificar o voto até 60 dias após o
encerramento da votação. Caso contrário, será aplicada a
multa prevista em lei, conforme o Art 6º §1º da Resolução
1993/2012.
Artigo Dr. Anderson Arantes Silvestrini
O câncer no Brasil
(Parte I)
Nunca uma doença teve tanta exposição como o câncer. O grande número de pessoas públicas acometidas
que trazem sua luta à mídia nos mostra que esta é
mais que uma doença e sim um grupo de doenças
que não escolhe classe social, fazendo-se presente em
todas as idades e níveis socioeconômicos. Podemos,
sim, chamá-la de mal do século XXI.
Neste primeiro artigo direcionado à classe médica
abordarei as principais dificuldades na prevenção,
diagnóstico e tratamento do câncer no Brasil, e no segundo traçarei os principais avanços nos últimos anos.
A OMS estima que em 2030 o câncer será a principal
causa de morte por doença no mundo com 27 milhões
de casos novos e 17 milhões de mortes. Teremos, então, 75 milhões de pessoas portadoras de câncer, localizadas, em sua maioria, em países em desenvolvimento.
O tabagismo é responsável direto por 30% das mortes
por câncer e de longe o fator de risco modificável mais
importante a ser combatido. O Brasil assumiu o compromisso no combate ao tabagismo quando assinou a
Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT)
em 27 de outubro de 2005.
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
A CQCT é o primeiro tratado internacional de saúde
pública da história da Organização Mundial da Saúde. Representa um instrumento de resposta dos 192
países membros da Assembléia Mundial da Saúde à
crescente epidemia do tabagismo em todo mundo.
Em 2011 foi aprovada a Lei 12546 para ambiente livre
de tabaco, no entanto hoje, após 18 meses, esta ainda não foi regulamentada. Apesar de termos reduzido
a proporção de fumantes no Brasil de 32% em 1990
para 15% hoje, temos também 22% de ex-fumantes
que potencialmente apresentarão algum problema
em decorrência do tabaco.
Os principais exames para diagnóstico precoce de câncer são a mamografia, que quando realizada a partir
Oncologista clinico, Diretor técnico Grupo Acreditar, Presidente
da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica 2011-2013
14
Canstock
Anderson Arantes Silvestrini
518.000
casos novos de câncer em 2012
destacam-se entre os homens
câncer de
próstata
pulmão
casos
casos
destacam-se entre as mulheres
cólon
e reto
estômago
casos
casos
60.180 17.210 14.180 12.670
mama
colo de
útero
cólon
casos
casos
tireoide
52.000 17.540 15.960 10.590
casos
casos
Estimativas do INCA
Quanto ao tratamento do câncer no Brasil, cerca de 80 a
85% dos casos são tratados pelo Sistema Único de Saúde
(SUS) e o restante através de operadoras de saúde, e um
pequeno número particular. Dos pacientes tratados pelo
SUS, 70% são tratados por instituições filantrópicas e o
restante por instituições municipais, estaduais e federais.
A autorização do tratamento é realizada por meio de solicitação de APAC-Onco (autorização de procedimento de alta
complexidade – oncologia), onde o tratamento é classificado por doença, indicação terapêutica (adjuvante, neoadjuvante e metastático) e por códigos de procedimento.
A agência responsável pelo registro de novos medicamentos e indicação terapêutica é a ANVISA. Um fato curioso
é que a mesma pode registrar um certo medicamento no
país, mas este não é incorporado imediatamente pelo SUS,
criando “duas classes“ de pacientes: uma, composta por
pacientes da saúde suplementar, que possui acesso aos
principais avanços registrados no país, e outra, que precisa aguardar que a incorporação se faça no serviço público.
Para tentar solucionar esta discrepância imoral no acesso ao
tratamento foi criada, em 2011, a CONITEQ (Comissão de
Incorporação de Tecnologia), responsável por avaliar a incorporação de novos medicamentos no SUS. O que parecia
um alento se transformou numa grande decepção, como no
caso do medicamento Trastuzumabe, utilizado para pacientes com câncer de mama HER-2 positivo, registrado
e utilizado há mais de 10 anos pelo sistema privado,
primeiramente em câncer de mama metastático. Ele foi
incorporado nas indicações adjuvante e neoadjuvante
no SUS, um avanço inequívoco apesar de tardio, mas,
surpreendentemente, foi negado para pacientes metastáticas, o que mostra falta de coerência por parte do
Ministério da Saúde.
Outro ponto importante em relação ao acesso dos pacientes ao tratamento é a obrigatoriedade de cobertura de medicamentos orais pelas operadoras de saúde
(Lei 3998/ 2012). A mesma encontra-se em trâmite na
Câmara dos Deputados após aprovação no Senado.
Antecipando-se ao inexorável, a ANS lançou consulta
pública com alterações no “roll” de procedimentos
com a sugestão da incorporação de 34 drogas orais
para obrigatoriedade de cobertura. O que se questiona é, se os medicamentos estão registrados para
determinada indicação, por que limitar as mesmas?
Na próxima edição abordaremos os principais avanços
alcançados no diagnóstico e tratamento do câncer.
REFERÊNCIAS:
1. www.inca.gov.br
2. J AM BOARD FAM PRACT 16:233-241, 2003.
3. N ENGL J MED 328:1365-71, 1993.
4. N ENGL J MED, 366: 2345-2357, 2012.
5. ANN INTERN MED 157 (2): 120-134, 2012.
6. N ENGL J MED 360:1320-8, 2009.
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
dos 50 anos, com intervalo de um a dois anos, reduz em
20% a morte por câncer de mama; a colonoscopia e pesquisa de sangue oculto nas fezes, que reduz em 20% a mortalidade por câncer coloretal; e o exame de Papanicolau, que
detecta lesões pré-malignas e precoces de colo uterino.
15
Maior congresso mundial
de Oncologia destaca avanços
para tratar câncer
Fotos: Canstock
Radar
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
Entre os dias 31 de maio e 4 de junho realizou-se em Chicago (EUA) o Congresso da American Society of Clinical
Oncology (ASCO), quando foram apresentados novos tratamentos para doenças oncológicas num fórum que reuniu
mais de 30 mil médicos. O melanoma, tipo mais agressivo
de câncer de pele, ficou em evidência devido a um estudo
com 245 pacientes em que os pesquisadores confirmaram
que, ao adicionar um estimulante imunológico chamado
GM-CSF (sigla em inglês para estimulador de colônia macrófago-granulócito) ao tratamento com a droga Ipilumimab (substância do Yervoy, droga aprovada recentemente
no Brasil), aumenta-se a efetividade do tratamento.
16
Pesquisadores também demonstraram que outro remédio, o Selumetinibe, apresentou resultados encorajadores
quando comparados aos dados históricos dos melanomas
anteriormente tratados com quimioterapia, aumentando a
sobrevida dos pacientes com melanoma ocular.
No Brasil, o melanoma corresponde a 4% de todos os tumores malignos de pele e é responsável por 75% dos óbitos decorrentes da doença. Nos últimos 20 anos, o número
de casos triplicou em mulheres e duplicou em homens.
Cientistas
‘silenciam’
cromossomo
que causa
síndrome
de Down
Em pesquisa publicada na “Nature”, no dia 17 de julho,
cientistas afirmam ter encontrado uma maneira de “silenciar” o cromossomo que provoca a síndrome de Down.
Jeanne Lawrence e seus colegas, da Escola Médica da Universidade de Massachusetts, usaram uma enzima para introduzir um gene RNA chamado XIST em células-tronco,
derivadas de pessoas portadoras da síndrome.
Fonte: SaúdeWeb
O procedimento foi feito numa cultura de células, em laboratório, e não em pessoas. O XIST “encobriu” o terceiro exemplar do cromossomo 21, cuja existência origina a síndrome
de Down, fazendo com que seus genes deixassem de atuar.
A existência de três cromossomos 21 caracteriza síndrome,
também conhecida como “trissomia do cromossomo 21”.
Ao comparar células com e sem o cromossomo “silenciado”,
os autores da pesquisa observaram que o XIST ajudou a corrigir padrões incomuns de crescimento e diferenciação observados nas células que têm Down. Esse método pode ajudar
a definir as mudanças moleculares envolvidas na síndrome.
Fonte: G1
O Conselho Federal de Medicina (CFM) firmou parceria
com o Ministério Público Federal (MPF) para fiscalizar
os serviços de saúde do país, especialmente os da rede
pública de atendimento. Os Conselhos Regionais de
Medicina e os representantes da Procuradoria-Geral da
República nos estados ficarão responsáveis pelas visitas
e pela análise dos resultados.
Philippe Lima
O presidente do CFM, Roberto D´Ávila, espera que
a parceria contribua para que os responsáveis pelas
irregularidades no setor sejam punidos e que, dessa
forma, a assistência à saúde melhore. Caso encontrem irregularidades, o CFM e o MPF poderão fazer
denúncias e também abrir processos ético-profissionais e em outras esferas por irresponsabilidade na
gestão dos serviços.
Telemedicina avança nas
unidades públicas de saúde
São 4.394 produtos na tabela unificada do SUS, mais
de 3.000 tipos de
exames, cerca de
600 procedimentos
realizados simultaneamente nos hospitais. A cada dia a
rotina das unidades
de saúde torna-se
mais complexa, exigindo um grande fluxo de informações
e uma memória de que médicos e profissionais não dispõem. Diante da nova realidade fica difícil oferecer serviços
com eficiência sem o uso da tecnologia.
O primeiro ponto a ser avaliado será o cumprimento
do prazo máximo de 60 dias para o início do tratamento do câncer no SUS, que foi determinado pela Lei
12.732/2012. Os demais serão estabelecidos em um
plano de ação que será feito pelos dois órgãos.
Segundo Chao LungWen, presidente do Conselho Brasileiro de Telemedicina e Telessaúde, o desafio é massificar
produtos e serviços tecnológicos com a ajuda de plataformas que permitam não só a comunicação, mas também
o armazenamento de informações em um único lugar e
possíveis de ser compartilhadas; que possibilitem educação a distância, além de disseminação de informações
para a população.
Fonte: EBC
Fonte: Valor Econômico
Ar puro
O movimento “Sem Tabaco, 100% Fashion”, concebido por oncologistas do Centro de Câncer de Brasília (Cettro), alcançou seu 10º aniversário. E para
destacar os riscos associados ao cigarro, conquistou
um apoio monumental: no Dia Mundial Sem Tabaco
(31.05), o Cristo Redentor ganhou iluminação escarlate. A cor vermelha foi um alerta para a população
que ainda desconhece os números relacionados ao
fumo. “A epidemia global do tabaco mata cerca de
seis milhões de pessoas a cada ano, dos quais mais
de 600 mil são fumantes passivos. Sem ações competentes, a epidemia ceifará a vida
de oito milhões de pessoas anualmente até 2030”, enfatiza o cancerologista Murilo Buso. Este ano,
a Organização Mundial de Saúde
(OMS) definiu, como um dos temas
de trabalho, o combate à exposição
da juventude ao marketing da indústria tabagista, que hoje
ocorre de maneira indireta
em países como o Brasil.
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
MPF e CFM serão parceiros
na fiscalização do prazo de início
do tratamento de câncer no SUS
17
Entrevista Dr. Orlando Faria
Cirurgia Bariátrica
Estudos avançam e trazem
mais segurança e qualidade
de vida aos pacientes
No Brasil, mais de 65 milhões de pessoas, 40% da população, apresentam excesso de peso, destas, cerca de 10
milhões são consideradas obesas. Nos últimos cinco anos,
o número de cirurgias de redução de estômago aumentou quase 90%.
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
De acordo com o médico Dr. Orlando Faria, titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, a cirurgia bariátrica só é indicada após o paciente passar por
uma vasta avaliação do seu quadro clínico. Além disso, a
pessoa, seja adulta ou adolescente, deve estar absolutamente convencida de que a cirurgia é a alternativa para sua
saúde, consciente dos riscos e possíveis conseqüências. Para
dar andamento ao processo, o paciente deve ser acompanhado por, pelo menos, cinco especialistas: um cirurgião,
um endocrinologista, um cardiologista, um psiquiatra ou
psicólogo e um nutricionista ou nutrólogo. Cada um desses profissionais precisa apresentar um laudo liberando a
cirurgia. Se liberado o procedimento, o paciente deve então
começar a fazer uma série de exames. Ainda na preparação,
a dieta também é importante. A orientação é que a pessoa
perca cerca de 10% do seu peso antes de operar.
18
Em entrevista à revista Médico em
Dia, Dr. Orlando fala sobre a importância de uma avaliação precisa antes
da cirurgia bariátrica e sobre o avanço das técnicas aprovadas pelo Conselho Federal de Medicina.
Quando a cirurgia bariátrica é indicada?
A indicação de cirurgia bariátrica (CB) baseia-se no índice de massa corporal (IMC) e na presença de comorbidades. IMC é a divisão do peso corporal em quilos
pelo quadrado da altura em metros.
Indica-se a CB. nos pacientes com IMC > 35 Kg/m²,
quando apresentam comorbidades (doenças associadas e agravadas com a obesidade e que devem melhorar com a perda de peso), ou nos pacientes com
IMC > 40 Kg/m². Esses critérios foram sugeridos em
1990 pelo NIH (National Institute of Health) dos EUA,
e foram adotados quase universalmente, inclusive pelo
nosso CFM. Entretanto, de 1990 até os dias atuais houve um extraordinário desenvolvimento da CB. Hoje os
cirurgiões estão mais bem treinados nos procedimentos
operatórios, sabemos preparar melhor o paciente para
a operação, conhecemos mais as alterações anatômicas
e fisiológicas produzidas pela cirurgia e sabemos como
acompanhar melhor o paciente no pós-operatório.
Dessa forma, a cirurgia bariátrica tornou-se mais segura e oferece melhores resultados. Isso fez com que
cada vez mais pessoas procurassem esse tipo de tratamento, principalmente porque os resultados com os
tratamentos conservadores são quase sempre desapontadores. Muitas sociedades de especialistas advogam a ampliação desses limites de indicação, visto que
uma pessoa com IMC de 31 Kg/m², por exemplo, tem
a mesma doença que uma pessoa com IMC de 37 Kg/
m² e pode até ter uma obesidade mais grave do que
uma pessoa com IMC de 42 Kg/m².
As pessoas, dependendo do grupo étnico a que pertencem, são afetadas de forma bastante diferente pela
obesidade. A população proveniente do sudeste asiático, por exemplo, passa a sofrer de diabetes tipo 2 e
outras doenças metabólicas com um nível de obesidade muito mais baixo do que a população ocidental. A
indicação de CB na Índia já acontece em pessoas com
IMC de 27 Kg/m², ou até menos.
Porque alguns pacientes que se submetem a cirurgia voltam a engordar?
Depois de 18 a 24 meses da cirurgia quase todos os
paciente ganham algum peso, mas esse aumento de
peso geralmente não significa um insucesso terapêutico, porque o paciente permanece ainda com muito
menos peso do que tinha antes de operar, e permanece
livre das suas comorbidades. Esse reganho de peso representa uma resposta fisiológica ao importante emagrecimento pós CB. Geralmente situa-se em torno de 5kg,
bastante aceitável para um paciente que havia perdido 50
Kg. De qualquer forma, com qualquer reganho de peso
o paciente deve procurar a equipe multidisciplinar que o
acompanha para uma avaliação e correção de algum mau
hábito alimentar que possa estar ocorrendo.
Bypass Gástrico em Y de Roux no tratamento do Diabetes
tipo 2 sobre qualquer outra forma de tratamento (Schauer,
NEJM 2012 e Rubino, NEJM 2012).
É possível aumentar a margem de sucesso de uma
cirurgia bariátrica?
O interessante é que a melhora do DM 2 ocorre independentemente, e antes até, da perda de peso. Isso fez com
que se propusesse a cirurgia bariátrica para indivíduos
com DM 2 com um IMC menor que 35 Kg/m². Trabalhos
diversos já mostram vantagens nesse tipo de abordagem
(Cohen, 2013).
A cirurgia bariátrica pode ser considerada uma opção de tratamento para o diabetes?
Desde os anos 50 que se conhece os efeitos da Gastrectomia em Y de Roux na melhora do Diabetes tipo 2 (Friedmann, Ann. of Surg.). Em 1995 o Dr. Walter Pories publicou, também na Annals of Surgery, um trabalho cujo
título era “Quem Pensaria que o Melhor Tratamento para
o Diabetes tipo 2 Seria o Bypass Gástrico?”.
Hoje, vários trabalhos, inclusive prospectivos e randomizados, mostram cabalmente a superioridade da operação de
OBESIDADE
Reconhecida como
doença pela OMS e
MS do Brasil – Alta
complexidade
Quais são os métodos hoje aprovados pelo Conselho
Federal de Medicina?
Os procedimentos aprovados e regulamentados pelo CFM
são: Banda Gástrica Ajustável, Gastrectomia Vertical ou
Sleeve, Bypass Gástrico em Y de Roux (a mais realizada) e
Derivação Bileo-Pancreática Scopinaro ou Duodenal Switch.
Mesmo com o avanço das técnicas e das pesquisas,
todos os pacientes que se submetem à cirurgia necessitam de polivitamínicos após o procedimento?
Com o avanço do conhecimento sobre CB. fica mais evidente ainda a necessidade de suplementação de vitaminas,
sais minerais e mesmo de proteínas depois de qualquer
procedimento bariátrico.
CLASSIFICAÇÃO DA OBESIDADE
Baseada em IMC (Peso Kg/Altura2)
ATÉ 19,9 BAIXO PESO
20-24,9 NORMAL
Doença crônica que
resulta do acúmulo
de tecido adiposo no
organismo
25-29,9 SOBREPESO
Avaliada pela OMS
como a mais importante
epidemia não infecciosa
da atualidade
35-39,9 OBESIDADE GRAU II
Incidência crescente e
origem multifatorial
30-34,9 OBESIDADE GRAU I
ACIMA DE 40 OBESIDADE GRAU III,
GRAVE OU MÓRBIDA
ACIMA DE 50 SUPER OBESIDADE
BRASIL
Sobrepeso 40%
Obesidade 20%
Obesidade mórbida 3-4%
sobrepeso e obesidade em
todas as faixas
10 x em adolescentes (1974-2010)
Obesidade mórbida 250%
(1974-2003)
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
Melhorar os resultados em longo prazo é o objetivo principal de quem estuda e trabalha com CB. O acompanhamento com a equipe multidisciplinar bem preparada
(nutricionista, psicólogo, educador físico, médicos) é importantíssimo para garantir uma melhor adesão às orientações nutricionais, prática de atividade física regular e
adoção de hábitos de vida saudáveis.
A remissão completa do DM 2 chega a mais de 85% dos
pacientes submetidos ao Bypass Gástrico (Buchwald,
2009). A redução da mortalidade por doenças cardiovasculares no DM 2 pós Bypass Gástrico chega a 92% (Ted
Adams, NEJM,2010).
Social: presente em todas as faixas
Econômico: alto custo de tratamento
19
Gestão da Saúde
Márcia Campiolo • psicóloga
Você não tem uma segunda chance para causar a primeira impressão. Esta frase, apesar de massivamente utilizada, traduz de forma bastante clara
e simples a essência do que é o impacto causado pela imagem pessoal
no outro. No ambiente de clínicas e consultórios médicos, o contato com
o cliente é a essência do trabalho, tornando os cuidados com a imagem
profissional um elemento de elevada importância. É preciso ficar claro
que a imagem profissional é composta por inúmeros fatores entre eles:
linguagem utilizada, conhecimento, inteligência emocional, postura geral
no trabalho e cuidados com a aparência.
Como o assunto “imagem profissional” é extenso, vamos neste momento
nos ater aos cuidados com a aparência, que se constitui em um aspecto
importante para o trabalho, mas que muitas vezes observa-se alguma
resistência na adoção de comportamentos neste sentido. É importante
que a equipe adote comportamentos que deem atenção especial aos
diversos aspectos que envolvem os cuidados com a aparência pessoal,
procurando imprimir uma imagem de profissionalismo, seriedade e cuidado com a imagem.
Para que seja adotada uma cultura que envolva estes cuidados, é preciso
que a ideia esteja permeada nos diversos setores do trabalho, mesmo
para aqueles que realizam apenas trabalhos administrativos. Caso seja
possível a adoção desses hábitos pela equipe em seus diversos setores,
esse fato ajudará a impulsionar um fenômeno onde o autocuidado de
um acaba por estimular os outros a ter também um melhor cuidado com
sua aparência no trabalho.
No caso da mulher, o uso de maquiagem (desde que seja possível
em função do cargo que exerce) e o cuidado com os cabelos são elementos de grande importância na composição de uma aparência com
impacto positivo no cliente atendido nas clínicas médicas. Apesar de
sabermos da inegável importância desses cuidados, é preciso ressaltar
que usá-los de forma equilibrada e apropriada para o trabalho deve
ser uma grande preocupação.
Márcia Campiolo
Psicóloga com especialização em
Administração de Recursos Humanos,
atuando há mais de 25 anos.
O mau uso da maquiagem e mesmo do preparo do cabelo para o trabalho
com certeza transforma-se em um elemento de grande negatividade na
imagem, o que “conspirará” contra o seu usuário, transformando-se num
verdadeiro “gol contra”. Mas qual é a fórmula do equilíbrio e da adequação
da maquiagem e do cabelo num ambiente do trabalho na área da Saúde,
que é o caso das clínicas médicas?
Como estes não são fatores passíveis de respostas matemáticas, mensuráveis
numericamente, o caminho é definir os adjetivos da imagem que se quer
transmitir e, a partir daí, traçar as possibilidades. Podemos dizer que a imagem deve transmitir: seriedade, discrição, bom gosto, serenidade, simpatia,
higiene e profissionalismo. Com base nestas informações, podemos tentar
traduzi-las resumidamente em ações da seguinte forma: (1) uso de maquiagem discreta e suave evitando-se cores fortes; (2) cabelos impecavelmente
arrumados sem improvisações, o que criaria aparência de falta de cuidado
com a imagem; (3) cabelos compridos devem manter-se preferencialmente
presos; (4) cabe mencionar que as unhas devem merecer uma atenção especial e constante na área da Saúde, mantendo-se curtas, limpas e optando-se
pelo uso de esmaltes claros ou transparentes.
Cada um deve usar o seu bom senso para criar, dentro de seu estilo pessoal,
uma imagem adequada ao seu ambiente de trabalho, mantendo-se afastada
de visuais que tendem para o exótico ou excessivamente moderno, inclinando-se mais para o visual comportado, discreto e cuidadoso. É importante
lembrar que esses cuidados devem ser incorporados na rotina do dia a dia
de cada profissional, e não ser uma ação ocasional. Dessa forma, será possível que eles realmente passem a fazer parte da imagem que cada um quer
imprimir no ambiente de trabalho.
Podemos finalizar lembrando que os cuidados com cabelo e maquiagem sozinhos não são suficientes. É a harmonia de todos os comportamentos ligados
ao trabalho e a presença deles dia após dia que tornarão consistente a imagem
da profissional. Em uma frase carregada de sentido real, Napoleão Bonaparte
disse: “Mulheres têm duas grandes armas: lágrimas e maquiagem”.
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
Cuidados com
a imagem pessoal
no consultório
21
Medicina & Arte
Armando J. C. Bezerra / Simônides Bacelar • Médicos
A coluna da Peste
A peste bubônica tem como
vilã a bactéria Yersinia pestis.
Alojada no tubo digestivo da
pulga Xenopsilla cheopis, ela está
sempre pronta para invadir o
sistema linfático de alguém que
venha a ser azaradamente picado
por tão indesejado inseto.
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
O rato preto (Rattus rattus), enquanto vivo, em seu pelo
aquecido, pode abrigar um número expressivo de pulgas.
Com a morte do rato as pulgas abandonam seu corpo agora frio e, em busca de calor atacam qualquer pessoa que
infortunadamente esteja em seu caminho.
22
Infectado, o doente apresenta febre, linfonodos fartamente ingurgitados, ou bubões (daí o nome peste bubônica), e
hemorragias na pele que aparecem como manchas escuras
(daí o nome peste negra).
A cidade de Viena, na Áustria, carecia no século XVII de
cuidados mínimos de higiene. O lixo amontoava-se nas
ruas e não havia saneamento básico. Seu movimentado
porto fluvial no Danúbio, rio que corta a cidade, colaborava para que os ratos tomassem conta de Viena.
Em 1679 aconteceu a tragédia. Estima-se que aproximadamente cem mil habitantes de Viena faleceram numa grande epidemia de peste bubônica.
O rei Leopoldo I escapou de morrer, pois fugiu em pânico para cidade vizinha. No exílio, fez uma promessa que
retornaria a Viena assim que a peste já não estivesse mais
dizimando seus súditos e mandaria fazer, no centro da
cidade, um memorial em homenagem aos mortos e em
agradecimento a Deus pelo fim da praga. A peste acabou,
o rei voltou e a promessa foi cumprida.
O memorial, inicialmente construído em madeira, foi substituído em 1693 por uma volumosa escultura em estilo
barroco construída no calçadão da Graben, uma movimentada rua de comércio chique.
A escultura, chamada Coluna da Peste (Pestsäule) ou Coluna da Santíssima Trindade, é resultado do trabalho de
vários artistas, como Mathias Rauchmiller, Tobias Kracker,
Johann Bendel e Paul Strudel.
No ápice da coluna está o Espirito Santo sob a forma de
pomba, ladeado por Deus, que abençoa com sua mão direita a cidade de Viena e, pelo Filho, que tem em sua mão
uma grande cruz.
A escultura, chamada Coluna da
Peste (Pestsäule) ou Coluna da
Santíssima Trindade, é resultado
do trabalho de vários artistas.”
No meio da coluna vê-se Leopoldo I – que também era imperador do Sacro Império Romano-Germânico – portando
uma espada dourada, caído de joelhos, numa prece de
agradecimento a Deus pelo fim da epidemia.
Ao seu lado, um pequeno anjo alado segura a coroa dourada do rei, que a havia tirado da cabeça em sinal de respeito e humildade perante o Criador.
Na base da Coluna da Peste chama atenção a escultura de
uma bruxa velha caída de costas, simbolizando a derrota
da epidemia, e a de uma mulher jovem, segurando uma
cruz que representa os sobreviventes da peste negra.
Ao fim da rua Graben, encontra-se a monumental catedral
de Santo Estevão, cujo subsolo guarda os ossos de muitos
vienenses que sucumbiram à peste bubônica.
Passada a catástrofe, Viena tornou-se um exemplo para a
humanidade. Graças à vida cultural, à segurança e à exce-
lência dos demais serviços públicos oferecidos a sua população, Viena é atualmente considerada uma das melhores
cidades do mundo para se viver.
Cidade que acolheu Freud, o pai da psicanálise, Viena orgulha-se de ser a capital da Áustria – um indiscutível berço
cultural na Europa.
São austríacos, dentre tantos personagens famosos, compositores como Johann Strauss (O Danúbio Azul), Franz
Schubert (Ave Maria) e Wolfgang Amadeus Mozart (As
Bodas de Fígaro).
Com a Pestsäule, os vienenses mantêm vivo o conhecimento hipocrático de que a higiene é um dos fundamentos
da medicina no sentido de possibilitar o triunfo da saúde
sobre a doença e a morte.
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
Todo esse conjunto, que repousa sobre muitas nuvens repletas
de querubins, foi revestido com material dourado reluzente.
23
Ponto
Dr. Pedro Eduardo Nader Ferreira • Coordenador da Câmara Técnica de Cirurgia Plástica do CFM
O que é a medicina estética?
Medicina
Estética
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
A medicina estética
existe no Brasil de forma
organizada desde 1987,
quando foi criada a
sociedade brasileira,
que luta até hoje para
que o CFM reconheça
a especialidade e
a regulamente.
24
Cirurgiões plásticos e
dermatologistas criticam
o aumento de cursos de
especialização para a área,
que não são reconhecidos
pelo CFM. Eles alertam
para o aumento de
propagandas de cirurgias
plásticas feitas até mesmo
por não médicos e para os
riscos gerados pela prática
sem a devida qualificação.
Para falar sobre a
polêmica, a revista
Médico em Dia ouviu
Dr. Pedro Eduardo Nader
Ferreira, coordenador
da Câmara Técnica de
Cirurgia Plástica do CFM,
e o Dr. Nelson Rosas,
presidente da
Sociedade Brasileira de
Medicina Estética.
É um termo no qual compreende-se a designação de procedimentos médicos
existentes em várias especialidades médicas já consagradas, tais quais a Dermatologia, a Endocrinologia, a Cirurgia Plástica, Otorrinolaringologia e tantas
outras que de alguma maneira tem preocupação também com a estética.
Portanto, não há que se falar em Medicina Estética como especialidade e sim
como procedimentos de várias áreas que se dedicam à estética.
O que diferencia um profissional especializado em medicina estética
do profissional especializado em cirurgia plástica?
Dr. Pedro Eduardo
Nader Ferreira,
Coordenador da Câmara
Técnica de Cirurgia
Plástica do CFM
Não há especialidade médica estética, prevista nas normas do MEC, AMB,
CFM. Portanto, entende-se como profissional médico especializado aquele capacitado para realização de
procedimentos cientificamente reconhecidos na promoção e preservação da estética. Entretanto, a cirurgia
plástica é uma especialidade médica reconhecida pelas normas estabelecidas pelo MEC, AMB e CFM, com
abrangência de procedimentos reparadores e estéticos, nos quais, de acordo com opção pessoal e base em
treinamentos específicos, dedicam-se os cirurgiões plásticos.
A medicina estética é reconhecida pelo CFM?
De acordo com as respostas às questões anteriores, a Medicina Estética não é uma especialidade médica reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira. A prática da Medicina Estética,
envolve vários procedimentos reconhecidos em várias especialidades. Se os procedimentos médicos forem
reconhecidos cientificamente e dentro da ética, não existirão sanções e nem ilegalidade de sua utilização.
Qual é a formação de um especialista em medicina estética?
Os procedimentos previstos já reconhecidamente aceitos pelas comunidades cientificas são ensinados e praticados dentro de programas de Residência Médica. Por exemplo, um Dermatologista que, além de tratar enfermidades comuns à especialidade, procura dar um tratamento melhor das rugas, das manchas, da lipodistrofia localizada, utilizando-se para isso do
manuseio de substâncias, LASER, luzes de intensidades e pulsos diferenciados, soluções de preenchimento. O Cirurgião Plástico que corrige deformidades nasais
com o uso e soluções e biomaterias de preenchimento; que melhora a aparência das rugas com peeling mecânico (dermoabrasão), fisicos(LASER),
químicos (ácidos esfoliantes); que aumenta o volume das mamas, dos
glúteos, da panturrilha com próteses de silicone; que diminui as
lipodistrofias localizadas com a lipoaspiração nas suas mais variadas formas. O Endocrinologista que trata da obesidade.
O Otorrinolaringologista quando trata deformidades nasais, auriculares, etc. E todos os outros profissionais
médicos que se utilizam dessas técnicas mesmo
não sendo especialistas nessas áreas, mas
com cursos de formação que os capacitem
a realizar tais procedimentos.
& Contraponto
Dr. nelson rosas • Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Estética
A Medicina Estética é um ramo de especialização da Medicina que torna
o profissional médico apto a tratar as alterações inestéticas do corpo realizando procedimentos não invasivos ou minimamente invasivos. Auxilia
o paciente a interromper ou reduzir seu sofrimento em relação a sua
aparência, recuperando assim a autoestima. A longevidade crescente nos
dias atuais aumenta a relevância da Medicina Estética, conferindo a ela
um papel de Medicina Psicossomática, pois a satisfação em relação à própria imagem interfere agudamente nos relacionamentos afetivo, familiar,
social e profissional, do ser humano.
A Medicina Estética é uma realidade mundial. Não é pura e simples
iniciativa de médicos brasileiros. Ela está presente na maioria dos
países europeus, asiáticos, sul-americanos e em países como Estados
Unidos, México e Canadá; e já é reconhecida como especialidade em
alguns deles.
O que diferencia um profissional especializado em medicina estética do profissional especializado em cirurgia plástica?
A Medicina Estética é uma especialidade não cirúrgica. O profissional está
habilitado a realizar exclusivamente procedimentos não cirúrgicos (procedimentos não invasivos ou minimamente invasivos, como aplicações de
determinadas substâncias injetáveis, uso de Lasers etc). O profissional de
Medicina Estética não está apto a realizar cirurgias plásticas.
A cirurgia plástica habilita seu especialista a realizar cirurgias das mais
variadas, de cunho estético e também reparador. É um profissional que
passa, inclusive, por formação em cirurgia geral no início de sua formação. Porém, ele recebe treinamento exclusivamente cirúrgico, e não
recebe em sua formação os ensinamentos referentes aos procedimentos
não invasivos da Medicina Estética. Há muitos profissionais cirurgiões
plásticos que fazem posteriormente curso de pós-graduação em Medicina Estética, tornando-se aptos a realizar seus procedimentos, aumentando, assim, seu leque de atuação.
A medicina estética é reconhecida pelo CFM?
A Medicina Estética luta por seu reconhecimento como Especialidade
Médica no Brasil. Isto já é realidade em países pelo mundo, e recentemente a especialidade foi reconhecida na Bélgica e na Colômbia. A
Sociedade Brasileira de Medicina Estética (Instituição fundada há 25
anos no Brasil e afiliada da UIME - Union Internationale de Médecine
Esthétique - entidade sediada na França, que reúne todas as Sociedades Nacionais da maioria dos países europeus, asiáticos, sul ame-
ricanos, e de países como Estados Unidos,
México e Canadá), está comprometida em
lutar por este ideal. A regulamentação da
especialidade é necessária e é uma meta
constante a ser atingida. Vimos recentemente especialidades outrora controversas,
como Homeopatia e Acupuntura, lograrem
seu êxito, alcançando o status de especialidades reconhecidas, e hoje ninguém mais
as questionam.
Dr. Nelson Rosas,
Presidente da
Sociedade Brasileira de
Medicina Estética
Sabemos que as questões envolvidas são mais de aspecto político e de
reserva de mercado do que técnico-científicas. Os ensinamentos em Medicina Estética são ímpares, e a prova disso é que os cursos ministrados
são comprovadamente freqüentados por médicos já especializados em
outras áreas, como dermatologistas e cirurgiões plásticos.
Sabemos também que este segmento tem um forte apelo, e acaba por
ser explorado de variadas formas e por várias pessoas, inclusive não
médicos, o que é muito perigoso. Somente a formação adequada do
profissional médico e a caracterização do Ato Médico, o diferenciará
dos demais que atuam neste segmento; e isto deverá ser um objetivo
constante a ser atingido. Daí a importância da regulamentação da
Medicina Estética.
Qual é a formação de um especialista em Medicina Estética?
O curso de pós-graduação em Medicina Estética deve tornar o médico
capaz de identificar as alterações estéticas que causam descontentamento ao paciente, e tratá-las quando o tratamento possível indicado seja o não cirúrgico. As indicações cirúrgicas serão identificadas
e encaminhadas ao cirurgião plástico. Este profissional estará apto
a promover o rejuvenescimento da pele, utilizando técnicas como,
aplicação de toxina botulínica, implantes injetáveis (preenchimentos),
uso de tecnologias como Lasers, Radiofrequência, Ultrassons, para
tratar flacidez, manchas, rugas, gordura localizada, celulite, etc; tudo
isto de forma não cirúrgica. Estes ensinamentos são ministrados na
especialização em Medicina Estética, e ao contrário do que se imagina, muito pouco disto é ensinado na especialização em Dermatologia
(basta observar as grades de seus cursos nos sites das Universidades,
onde constataremos que toda a carga horária é dedicada ao aprendizado das doenças da pele, e não para tratamentos estéticos). Mais
uma vez, ressalto que o curso de Medicina Estética é freqüentado por
médicos já especializados em Dermatologia e Cirurgia Plástica, que
desejam aumentar seu arsenal de habilidades médicas e promover um
tratamento mais integralizado de seus pacientes.
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
O que é a Medicina Estética?
25
Histórias da Música Popular
Renato Vivacqua • Historiador da música popular
Dr. Eudes Fernandes de Andrade • Médico Urologista
Jamelão,
sem papas na voz
Um conceituado crítico musical afirmou
certa vez que se tivesse estudado canto
teria sido um dos maiores tenores
do Brasil. Sisudo, mal-humorado,
resmungão, não fazia concessão
aos chatos nem aos fãs mais afoitos,
mesmo os já consagrados.Tereza Cristina,
a excelente cantora que revigorou o
samba carioca, levou o maior fora ao
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
tentar dialogar com ele.Toni Garrido quis
26
beijar-lhe mão e tomou um chega pra lá:
“Pra quê? Não sou Pai de Santo!”
Era implacável com os presidentes de Escolas que proibiram os sambas de terreiro: “A verdade é que baniram o
samba de terreiro. Os sambas que não podemos cantar
nas quadras os sambistas que estão fazendo sucesso podem. Se eu quisesse cantar o “ Vai Vadiar” na Portela não
deixariam, mas o Zeca Pagodinho foi lá, cantou e foi sucesso.” Uma fã quis beijar-lhe a bochecha e foi desencorajada
a sua maneira: “Moça, eu não sei onde você andou com
essa boca”. Não deixava para depois suas contundentes
respostas. Detestava ser chamado de puxador de samba:
“Eu não puxo carro nem fumo. Eu sou é intérprete!”
Reforçava tal atitude o fato, que pouca gente sabe, de
ser investigador policial. Quase desconhecido é seu nome de batismo: José Bispo, e que estaria completando
100 anos em 2013. Jamelão é uma fruta preta de origem
indiana. Como naquela época não havia a paranoia do
politicamente correto, o apelido dado por um radialista
foi aceito sem repulsa. Quando mais jovem foi chamado
de Moleque Saruê também sem estrilos.
Na juventude, antes de começar a cantar foi jornaleiro e
engraxate, cavaquinista e tocou tamborim na bateria da
Mangueira. Mas queria mesmo era ser cantor. Trabalhava
numa fábrica quando o seresteiro Onéssimo Gomes o levou para cantar pela primeira vez em público numa gafieira em Vila Isabel. Depois o mesmo Onéssimo , adoentado,
pediu que o substituísse no dancing onde se apresentava.
Passou a fazer a ronda dos dancings – o que lhe deu enorme versatilidade- e peregrinar por programas de calouros,
inclusive o do exigente Ary Barroso, onde tirou a nota máxima. Muitas depois gravaria dele, de forma extraordinária,
o samba “Folhas Mortas”.
Depois de vencer um concurso na Rádio Clube em 1947
foi contratado e deslanchou. Antes, havia participado
de um programa em outra emissora sem se firmar. Basta
dizer que em 1949 Francisco Alves, o maioral no cenário artístico, deveria defender um samba em Concurso
Carnavalesco, só que recebeu irrecusável proposta para
se apresentar em São Paulo, avisando em cima da hora. E quem foi chamado para substituí-lo? Jamelão! E
ganhou. Mas quem gravou foi Chico Alves, e a música
foi o maior estouro. Certa vez, já famoso, foi cantar Folhas Mortas, então um enorme sucesso, num festival.
O maestro Radamés Gnatalli resolveu caprichar fazendo
A verdade é que baniram
o samba de terreiro. Os sambas
que não podemos cantar nas
quadras os sambistas que estão
fazendo sucesso podem. Se eu
quisesse cantar o “Vai Vadiar”
na Portela não deixariam,
mas o Zeca Pagodinho foi lá,
cantou e foi sucesso.”
um arranjo com longa introdução. Jamelão , cansado,
dormiu segurando o microfone, e quando foi acordado,
ainda meio zonzo, soltou a voz em música diferente:
“Mangueira, teu cenário é uma beleza...”, outro êxito
seu na época. Foi então, por fim, contratado por uma
rádio e logo chegou à primeira gravação em 78 rotações, onde numa das faces , acreditam, cantou um baião
chamado “A jiboia comeu”. Mas, logo pegou seu estilo que revela influência de Ciro Monteiro. Em 1956 já
despontava com “Leviana”, de ZÉ Kéti e Amado Regis.
Em 1950 já começava a se aproximar do samba-enredo.
A consagração com Folhas Mortas ( Sei que falam de
mim/sei que zombam de mim(...) Hoje sou folha morta/
que o destino transporta...) e Exaltação à Mangueira,
de Enéias Silva e Aloisio Costa (Mangueira, teu cenário
é uma beleza/que a natureza criouôô...) veio em 1956.
Esta repercutiu muito no carnaval. Mas fez outras conquistas no reinado de Momo como: “Eu agora sou feliz”,
de sua autoria e Mestre Gato, “Quem samba fica”, com
Tião Motorista, “Fechei a porta”, de Sebastião Mota e
Ferreira dos Santos, “O samba é bom assim”, de Norival
Reis e Helio Nascimento.
Foi um dos primeiros a difundir “Partido Alto”. Intérpretemor de Lupicínio Rodrigues difundiu sambas contundentes
como “Exemplo” e “Ela disse-me assim”. “Matriz e filial”,
de Lúcio Cardim, provocou lágrimas no público feminino.
Admira Chico Buarque e gostaria de ter gravado “Olhos
nos Olhos”. Bom gosto, não? A mais bela voz para ele
é da cantora Cláudia, uma das mais injustiçadas pela
mídia nacional.
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
Usava elásticos envolvendo os dedos e indagado por um
fotógrafo a razão daquilo cuspiu fogo: “Você quer bater
meu retrato ou saber da minha vida?” Num famoso programa de TV onde recusou um selinho da apresentadora
explicou: “São para prender os maços de dinheiro no dia
em que as gravadoras me pagarem direito.” Sua implicância com as empresas se evidencia num diálogo com
Monarco quando este lhe cobrou: “Quando vai gravar um
samba meu, Jamela?” Foi irônico: “Faça um iê-iê-Iê que eu
gravo. É isso que os homens querem...”
27
Arraiá do Dotô
reúne mais de 4 mil
pessoas na AMBr
Mais de quatro mil pessoas
compareceram ao Arraiá do Dotô
2013 no dia 8 de junho. O evento,
que já é tradição na cidade, superou
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
mais uma vez as expectativas dos
organizadores e provou porque
é considerada uma das melhores
festas juninas da cidade.
PATROCÍNIO:
28
Os presentes eram
A banda Só pra Xamegar e a dupla Roni e Ricardo animaram a noite que contou ainda com a apresentação
da quadrilha Colo de Menina, do Paranoá. Comidas e
bebidas tradicionais mantiveram o alto padrão da festa:
os presentes eram surpreendidos na entrada do Arraiá
com uma bela mesa de doces típicos das festas de São
João. Nas barraquinhas arroz carreteiro, churrasquinho,
pastel, cachorro-quente, caldos, delícias de milho, entre
outros quitutes.
O presidente da AMBr, Dr. Luciano Carvalho, abriu a festa
com um agradecimento a todos os presentes e em especial
à diretoria e à equipe da AMBr, responsáveis pela organização do evento.
“O sucesso desta festa é resultado do trabalho árduo da
nossa equipe e da diretoria que foram incansáveis para
proporcionar esse momento aos nossos associados. Agradeço em especial aos parceiros que foram fundamentais
surpreendidos na
entrada do Arraiá
com uma bela mesa
de doces típicos das
festas de São João.
para a concretização deste projeto e aos médicos que, mais
uma vez, compareceram em peso para prestigiar o evento”, disse o presidente.
Para conferir, acesse as fotos do Arraiá do Dotô,
disponíveis no site da AMBr: www.ambr.org.br
e no Facebook da Associação:
www.facebook.com/ambrmedicos
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
A decoração, sempre impecável, contou com o toque especial de pequenas namoradeiras produzidas por artesãs de
Minas Gerais. As barracas das clínicas e hospitais parceiros
mais uma vez deram um toque especial, com decorações
e atrações que encantaram a todos.
29
Tribuna Especial
Médicos se unem
e vão às ruas por
uma saúde pública
de qualidade
A recente decisão do governo federal
de permitir a entrada de médicos
estrangeiros sem passar pelo Revalida,
e os vetos da presidente Dilma à lei do
Ato Médico acenderam a indignação
da categoria médica que se uniu
em todo o país em busca de mais
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
qualidade à assistência a saúde.
30
As entidades se mobilizaram e a cada dia o movimento ganha mais força. Os médicos temem pela saúde e pela segurança da população do interior do país que continuará sem
infraestrutura, e que, com a medida, correrá o risco de ser
atendida por médicos sem a devida qualificação técnica.
Para o presidente da Associação Médica de Brasília (AMBr),
Dr. Luciano Carvalho, as decisões do governo federal são
criminosas e colocam em risco a vida da população.
De acordo com Luciano, os vetos à lei do Ato Médico são
irresponsáveis e vão impactar diretamente no atendimento
médico à população. “A decisão beneficia a indústria farmacêutica e a de equipamentos, aniquilando a Lei. Mesmo
diante de um momento de reflexão e protestos na sociedade, o governo demonstra que não vai avançar no tema
‘saúde’ com esta decisão”, declara.
“Apesar das últimas notícias, os médicos devem se manter
motivados e, mais do que nunca, mobilizados e unidos
em prol de causas comuns. É preciso agir com prudência
e de forma estratégica, escolhendo os alvos e as melhores
oportunidades”, orientam as entidades médicas nacionais.
Entenda as reivindicações dos médicos:
»»
O diretor de Comunicação da AMBr, Dr. Paulo Feitosa,
acrescenta que os vetos demonstram a preocupação do
governo em priorizar decisões populistas, mas que impactam na qualidade da assistência. “A atuação responsável
do médico não merece veto. Não podemos permitir que
questões eleitorais ou comerciais promovam uma assistência inadequada ao paciente”, conclui.
Em Assembleia realizada na AMBr, com a presença da Associação Brasiliense de Médicos Residentes (Abramer), do
Conselho Regional de Medicina (CRM/DF), do Sindicato dos
Médicos do Distrito Federal (SindMédico-DF) e mais de 250
médicos, a categoria definiu os eixos dos protestos: a derrubada dos vetos da presidente Dilma Rousseff à Lei do
Ato Médico, a derrubada da MP da Morte (chamada pelo
governo de Programa Mais Médicos), a criação da carreira
médica de Estado e a destinação de 10% das receitas brutas da União para a Saúde.
De acordo com a PEC 34/2011, em tramitação no Senado, os médicos de Estado deverão ser organizados em carreiras nos âmbitos
federal, estadual, distrital e municipal, nos termos da lei orgânica que
dispuser sobre sua organização e funcionamento. Suas atividades,
consideradas essenciais ao funcionamento do Estado, serão exercidas
unicamente no âmbito do Sistema Único de Saúde.
»»
Os médicos decidiram ainda seguir o calendário de mobilizações proposto pelas entidades nacionais e manter as
mobilizações em todo o país até terem as suas reivindicações atendidas pelo governo federal.
Derrubada da MP da Morte (Medida Provisória 621)
MP estabelece a importação de médicos sem ter que passar pelo Revalida e o estágio obrigatório de dois anos no Sistema Único de Saúde
(SUS) para alunos que entrarem no curso de medicina a partir de 2015.
As entidades médicas alertam para os riscos à população da importação
de profissionais sem a devida revalidação do diploma. Os representantes não concordam também com a proposta de obrigar o estudante a
trabalhar por dois anos sem infraestrutura no interior do país.
»»
O presidente do SindMédico-DF, Dr. Gutemberg Fialho, falou sobre a importância da união da classe médica para
tentar reverter as decisões do governo. “Há tempos não
víamos a nossa classe tão unida, precisamos manter a nossa mobilização e continuar a luta contra as recentes decisões do governo. A sobrevivência da categoria depende
dessa mobilização, vamos colocar em xeque a reeleição da
presidenta Dilma até termos a garantia de um atendimento
com infraestrutura e de qualidade”, afirmou.
Criação da carreira médica de Estado
10% da renda bruta da União
A classe médica reivindica o investimento por lei de 10% do PIB na
Saúde. O dinheiro garantiria os investimentos necessários na infraestrutura da saúde em todo o país. Hoje o Brasil investe somente cerca
de 3,7% do PIB na área da Saúde.
Acompanhe o calendário nacional de mobilizações
pelo site da AMBr: www.ambr.org.br
e no Facebook da Associação:
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
“A população mais carente corre risco. Está se reservando
a ela uma medicina sem atestado de qualidade. Em nenhum outro lugar do mundo a medicina é praticada desta
forma”, completa.
www.facebook.com/ambrmedicos
31
ARTIGO Diretoria da AMBr
AMBr repudia vetos
ao Ato Médico
Depois de mais de 11 anos de luta
da classe médica para a aprovação da
regulamentação da atuação profissional
os médicos recebem mais uma pancada
inconsequente da presidente Dilma.
Os médicos estão atônitos, não era
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
esperado o apunhalamento da classe
32
neste momento.
Vivemos um momento vital para a nação, onde as pessoas
acordaram, verificaram que o transporte público é ruim,
que a saúde é ruim, que a educação é ruim, que a habitação é ruim e que não suportam mais a corrupção e a
ineficiência do Estado.
A sofrida classe médica vem agüentando as agruras de
um sistema público de saúde subfinanciado, de qualidade
ruim e que é uma verdadeira desesperança na cabeça de
cada brasileiro.
Nós médicos convivemos com essa luta contínua entre o
ter e o não ter, fazer ou não fazer, gritar ou ficar calado.
Simplesmente precisamos dar um basta!
O SUS precisa de gestão profissionalizada e não tem, o SUS
precisa comprar com transparência e não faz, o SUS precisa ter financiamento decente e não possui. Profissionais
de saúde precisam de salário e boas condições de trabalho
para que isso possa se traduzir em humanismo e a população possa receber atendimento de qualidade.
Não é incomum no serviço público nos deparamos com
ações conflitantes entre médico e paciente quando na realidade nenhum dos dois têm culpa pelo sistema existente.
Senhora presidente, onde estão os equívocos dos seus vetos? É necessário que a senhora conheça melhor a classe médica. O diálogo conosco não é proibido! A senhora
precisa chamar as entidades representativas para conhecer
melhor como é a atuação do médico. A senhora precisa
conhecer os deveres da nossa categoria, as obrigações, e
entender de forma clara e objetiva. A regulamentação da
profissão é um direito que não merece veto!
É fundamental lembrá-la que a senhora é hoje presidente
da República devido à competência médica de brasileiros
que promoveram o diagnóstico e a cura da sua doença.
Sabemos que a senhora não foi atendida pelo SUS, mas
sonhamos que um dia possamos dar a todos os brasileiros tratamento semelhante ao que foi disponibilizado
para a senhora.
Dessa forma, é necessário observar pontos vetados pela
senhora ao projeto do Ato Médico:
que o texto, da forma como foi redigido, “impediria a continuidade de inúmeros programas
do Sistema Único de Saúde que funcionam a
partir da atuação integrada dos profissionais
de saúde, contando, inclusive, com a realização
do diagnóstico nosológico por profissionais de
outras áreas que não a médica. É o caso dos
programas de prevenção e controle à malária,
tuberculose, hanseníase e doenças sexualmente transmissíveis, dentre outros. Assim, a sanção do texto poderia comprometer as políticas
públicas da área de saúde, além de introduzir
elevado risco de judicialização da matéria”.
Senhora presidente, fazer diagnóstico de tuberculose, hanseníase, DST e malária é privativo do
médico. Não é porque estes males afetam mais
os menos favorecidos economicamente que eles
devem ser “premiados” com subdiagnósticos e
tratamentos incorretos. Quem estuda para diagnosticar e tratar essas doenças é o médico. Se
por acaso em algum local do Brasil esse tipo de
diagnóstico e tratamento estiver sendo feito por
outros profissionais é por pura insuficiência do
Estado. E é por questões como esta que a população está nas ruas gritando. Não é recomendável
que a principal autoridade do país institucionalize
a insuficiência do Estado.
2 Também foi vetado o trecho que estabelecia
como privativo dos médicos a “invasão da
epiderme e derme com o uso de produtos
químicos ou abrasivos” e a “invasão da pele
atingindo o tecido subcutâneo para injeção,
sucção, punção, insuflação, drenagem, instilação ou enxertia, com ou sem o uso de agentes químicos ou físicos”. Segundo Dilma, “os
dois dispositivos atribuem privativamente aos
profissionais médicos um rol extenso de procedimentos, incluindo alguns que já estão consagrados no Sistema Único de Saúde a partir
de uma perspectiva multiprofissional”. Se não
houvesse o veto, afirmou a presidente, até a
prática da acupuntura ficaria privativa aos
médicos. Informou ainda que o Executivo vai
apresentar nova proposta sobre a questão.
Este trecho é muito sério e beneficia os profissionais da área de estética, permitindo, por exemplo,
que salões de beleza possam oferecer tratamentos com laser para tirar sinais na pele e pintas,
sem o acompanhamento de um médico dermatologista. Outro ponto: Senhora presidente,
acupuntura é uma forma de tratamento e, para
tratar alguém o profissional precisa entender a
doença, saber diagnosticá-la e saber que tipo
de tratamento pode-se realizar. Com tantos
pré-requisitos o tratamento só pode ser realizado por um médico. Não se pode permitir que
questões comerciais, falta de oportunidade de
algumas profissões ou outros fatores promovam uma assistência inadequada ao paciente.
Acupuntura só pode ser realizada por médico.
Por exemplo, se você tem asma e vai tratá-la
com acupuntura, o profissional precisa entender da fisiopatologia da doença. Quanto aos
procedimentos invasivos citados acima, com os
vetos da presidente, um cateterismo, por exemplo, poderá ser realizado por um profissional
não médico e isso é um grande risco!
3 Outro veto foi ao trecho que dava exclusi-
vidade aos médicos na indicação do uso de
órteses e próteses. “Os dispositivos impossibilitam a atuação de outros profissionais
que usualmente já prescrevem, confeccionam e acompanham o uso de órteses e próteses que, por suas especificidades, não requerem indicação médica”, diz mensagem
de veto.
Com o veto, fisioterapeutas poderão prescrever próteses e enxertos sem o acompanhamento de um médico. Estes profissionais não
possuem formação adequada para esse tipo
de prescrição. Assim como os profissionais de
Optometria, que poderão prescrever lentes de
contato em óticas, sem o acompanhamento de
um oftalmologista.
4 Outro ponto vetado é o que definia como
privativo aos médicos a direção e chefia de
serviços médicos.
Senhora presidente, como pode um profissional
que não seja médico dirigir e chefiar um serviço
médico? Por exemplo, um serviço de cardiologia deve ser chefiado por um médico cardiologista, já que a chefia é técnico-administrativa.
Não se pode entregar a chefia de um serviço
médico a uma pessoa que não entenda de todo
o processo técnico que envolve o diagnóstico e
tratamento de uma doença.
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
1 Na mensagem de veto, a presidente afirmou
33
34
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
Jovem Médico
Acesso gratuito ao UpToDate
» Informações: aplicacao.periodicos.saude.gov.br
Exame AMP 2013
Prova Seletiva para Concurso
de Residência Médica 2014
Data da
Prova Geral
e Provas
Específicas:
10 de Novembro
14h
Local:
Universidade Positivo –
R. Profº Pedro Viriato Parigot
de Souza, nº 5.300, Campo
Comprido – Curitiba/PR
Inscrições:
São mais de 20 cursos online disponíveis que
abordam variados temas, tais como: anatomia,
cuidados de enfermagem e temas gerais médicos de atenção primária. Alguns cursos são mais
rápidos, com aulas únicas de somente 15 minutos, e outros são de educação continuada, como
o UTI Compartilhada.
Para participar basta fazer o seu cadastro no site e
escolher um curso. As aulas estão disponíveis somente através do site do Einstein, de modo que
não há ainda nenhum aplicativo de smartphone,
canal no YouTube ou iTunes, como acontece nas
universidades americanas. Ao final do curso você
poderá receber um certificado de participação.
» Informações: http://www.einstein.br/Ensino/cursos-abertos/
Paginas/cursos-abertos.aspx
Com informações: MédicoNerd
02 de Setembro a 14 de Outubro
Início:
Informações:
Seguindo a tendência mundial do open learning,
o Hospital Albert Einstein lançou o projeto Cursos
Abertos Einstein, que disponibiliza cursos online
gratuitos em diversos temas de saúde.
Canstock
Período:
Cursos online gratuitos
do Albert Einstein
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
Na última edição da revista
Médico em Dia publicamos sobre o Portal Saúde
Baseada em Evidências, uma
parceria entre MEC e CAPES
para fornecer boas fontes
de estudo e pesquisa atualizados para os profissionais
de saúde. Recentemente o
portal acrescentou seis novas bases de dados, mas a
grande aquisição foi o UpToDate. O mais tradicional e
certamente um dos melhores portais médicos, o UpToDate agora está disponível
gratuitamente para qualquer profissional da área de saúde.
Como acessar? O portal Saúde Baseada em Evidências é acessível para os profissionais de saúde que tenham cadastro em
seus respectivos conselhos profissionais. O cadastro no site é
feito exatamente através do seu número do conselho, podendo, então, ser acessado de qualquer computador.
(41) 3024.1415
www.amp.org.br
35
Agende-se
Agosto
Data:
Horário:
Local:
Investimento:
Informações:
Programa de Empreendedorismo e
Gestão da AMBr
Educação Continuada AMBr
Tema
Curso de Gestão Financeira e de Custos:
prática efetiva e ferramentas de apoio
Palestrante: Eduardo Regonha
Mesa Redonda
Atualização em Tumores de Ovário.
03 de agosto (sábado)
08h às 12h
Centro de Convenções da AMBr
Setor de Clubes Sul Trecho 03 Conjunto 06
Sócio AMBr – R$100,00
Não Sócio – R$ 150,00
[email protected] – enviar nome completo
(sócio e não sócio), CPF e email.
Informações: (61) 2195.9716/2195.9756
www.ambr.org.br
Temas
1) Atualização em Tumores Não Epiteliais
de Ovário – Dra. Walquíria Quida Salles
Pereira Primo
2) Atualização em Tumores Epiteliais de
Ovário – Dra. Viviane Rezende
Data:
Horário:
Local:
Informações:
Inscrições:
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
XLIX Congresso da Sociedade
Brasileira de Medicina Tropical
Data:
Local:
Informações:
Torneio Interno de Tênis AMBr
Data:
Local:
Inscrições:
Informações:
Sarau AMBr
16 e 18 de agosto
AMBr
a partir de 29 de julho
www.ambr.org.br
Happy Hour AMBr
Data:
Local:
Informações:
Telefone:
36
07 a 10 de agosto
Centro de Convenções Arquiteto Rubens
Gil de Camilo – Campo Grande/MS
www.medtrop2013.com.br
Telefone:
13 de agosto de 2013
19h às 22h
AMBr
Setor de Clubes Sul Trecho 03 Conjunto 06
2195.9716 e 2195.9756
www.ambr.org.br
Associado AMBr – sem ônus
Não Associado – R$ 30,00
(61) 2195.9797
09 de agosto
AMBr
www.ambr.org.br
(61) 2195.9797
Data:
Horário:
Local:
Informações:
Telefone:
30 de agosto
19h às 22h
AMBr
www.ambr.org.br
(61) 2195.9797
XX Jornada Psiquiátrica do Centro-Oeste
– XII Jornada Brasiliense de Psiquiatria
Tema Central
A Psiquiatria e as Neurociências
Data:
Informações:
Inscrições:
30 e 31 de agosto
(61) 3443.1623
www.apbr.com.br
68º Congresso da Sociedade Brasileira
de Dermatologia
Data:
Local:
Inscrições:
07 a 10 de setembro
Centro de Convenções Ulysses Guimarães
– Brasília DF
www.dermatobrasilia2013.com
XI Feira de Saúde de Brasília
Setembro
Tema
Prevenção é Saúde
Exame AMP 2013
Coordenação
Dra. Olímpia Lima – Diretora de Relações
com a Comunidade da AMBr
Inscrições:
Data:
Horário:
Local:
Informações:
Inscrições:
02 de setembro a 14 de outubro
10 de novembro
– Provas geral e específicas
14h
Universidade Positivo: R. Profº Pedro
Viriato Parigot de Souza, nº 5.300,
Campo Comprido – Curitiba/PR
(41) 3024.1415
www.amp.org.br
Data:
Local:
Informações:
COGER – 7º Congresso Centro-Oeste
Geriatria e Gerontologia
Data:
Local:
Inscrições:
Canstock
20 e 21 de setembro
Metrô – Rodoviária do Plano Piloto
(61) 2195.9797 / www.ambr.org.br
26 a 28 de setembro
Centro de Convenções Ulisses Guimarães
– Brasília DF
www.coger2013.com.br
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
Prova Seletiva para Concurso
de Residência Médica 2014
37
Vitrine
Fotos: André Vilarim e Lina Borba
1
3
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
6
38
2
4
5
7
1 Luciano Carvalho e sua esposa Patrícia
com a comunicadora Mônica Nóbrega
2 Frederico Montenegro, Antonio Geraldo,
Elias Miziara, Carlos Fernandes e Luciano Carvalho
3 Agnelo Queiroz e Ilza Queiroz
4 Luciano Carvalho, Gutemberg Fialho e Paulo Feitosa
8
5 Lairson Rabelo, Paulo Feitosa, Carlos Sabino,
Olímpia Lima, Luciano Carvalho e Jorge de Araújo.
6 Jorge de Araújo, Luciano Carvalho, Marcos Piauilino,
Elias Couto e José Nava.
7 Delson Rodrigues Pereira, José Carlos Daher e José Leal
8 Pedro Rollemberg, Mariana Medeiros, Adilson Vasconcelos,
Vívian Vasconcelos, Camila Medeiros e Alessandro Charcha
10
13
16
17
19
20
9
10
11
12
13
Emanuella Mendonça e Denys Aragão
Rayane Carla e Gizele Nayara
Rogério Sambonato e Tatiana Prodt
Daniel Lucas e Julia Bundchen
Marcos Thompson, Nivea Paula,
Lucas Monteche, Camila Guimarães
e Fabrício Borges
11
12
14
15
18
21
14 Marisa Carla e Rennan Lins
15 Maria Eliza, Bonifácio Alvim, Liv Cavalcanti
e Osvaldo Cavalcanti
16 Marcela Mendes e Frederico Montenegro
17 Renata Camargo, Tobias Camargo,
Wanessa Godoy e André Matos.
18 Alexandre Sales, Ana Caroline, Antônio
César, Josiane Negretto e Daniel Negretto
19 Simônides Bacelar, Jose Nava,
Maurício e Leonardo Rodovalho
21 Evelyn Theinzen e Andrei Alkmin
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
9
39
Vitrine
Eventos AMBr
1
2
5
4
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
6
40
3
7
1 A comunicadora Mônica Nóbrega recebe os médicos
Ana Cristina e Ernane Maciel e a professora Lúcia, do SESC,
em mais uma edição do Talk Show da AMBr
2 Dr. Elias Couto, diretor de Planejamento da AMBr,
durante a palestra Influência Comportamental na Gestão
3 Dr. Luciano Carvalho dá informações ao Yoshitaka Kinoshita,
primeiro secretário da Embaixada do Japão e ao Dr. Hideta
Tsugimatsu, adido médico da Embaixada do Japão, sobre a
importação de médicos estrangeiros
8
4 Dr. Luciano Carvalho concede entrevista durante manifestação dos
médicos conta os vetos ao Ato Médico e Programa Mais Médicos
5 Estudantes de medicina de São Paulo se reúnem na AMBr antes de
ato no Congresso contra o Programa Mais Médicos
6 Turma do Gambá se reúne todas as quartas-feiras na AMBr
7Votação durante Assembleia de Mobilização dos Médicos na AMBr
8 Dr. Paulo Feitosa, Dra. Dinamara Rocha, Dr. Cristiano Melo, Dra. Renata
Reis, Dr. Eronildes Salustiano, Dra. Doris Daher, Dr. Luciano Carvalho e Dr.
Fernando Fernandes, durante a entrega dos títulos de especialista na AMBr
Notícias AMBr
Vem aí a XI Feira de Saúde de Brasília
Nos dias 20 e 21 de Setembro acontecerá a XI Feira de
Saúde de Brasília, realizada pela AMBr, com o apoio de
empresas e órgãos da área de saúde.
AMBr realiza Curso de Gestão
Financeira e de Custos
Com o tema Prevenção é Saúde, a Feira tem o objetivo de
oferecer informação e orientação à população sobre assuntos ligados a saúde com foco no planejamento familiar.
O Programa de Empreendedorismo e Gestão da AMBr convida médicos e gestores de consultórios e clínicas para o Curso
de Gestão Financeira e de Custos: prática efetiva e ferramentas de apoio, com Eduardo Regonha, professor de Custos
Hospitalares e Contabilidade Gerencial em São Paulo-SP.
O evento acontece no Espaço do Metrô da Rodoviária
do Plano Piloto, com estandes de diversas sociedades
de especialidade e faculdades de medicina do DF, que
apresentarão seus Programas de Saúde como: hipertensão, tabagismo, aleitamento materno, entre outros.
O objetivo do curso é ajudar os profissionais no gerenciamento eficaz dos custos e das estratégias financeiras. Os
gestores, por meio de uma visão inovadora e atualizada,
são instruídos a avaliar as necessidades e as tendências do
mercado e aplicar os conhecimentos e os instrumentos no
seu ambiente de trabalho.
“Visamos a melhoria da qualidade de vida, da saúde
física e psicossocial, por isso organizamos este evento
multidisciplinar e multiplicador de conhecimentos” diz
a Diretora de Relações com a Comunidade da AMBr,
Dra. Olímpia Alves Teixeira Lima.
Centro de Convenções da AMBr – Setor de Clubes Sul
Local:
Trecho 03 Conjunto 06
Sócio AMBr = R$100,00 – Não Sócio = R$ 150,00
Investimento:
Vagas limitadas!
Inscrições:
[email protected]
enviar nome completo (sócio e não sócio), CPF e email.
Informações: 2195-9716 e 2195-9756 / www.ambr.org.br
Mesa Redonda:
Atualização em Tumores de Ovário
A Associação Médica de Brasília (AMBr) convida
para a Mesa Redonda: Atualização em Tumores de
Ovário. Sob a coordenação da Dra. Ana Patrícia de
Paula, diretora Científica e de Ensino Médico Continuado da Associação, o evento contará com a presença do Dr. Rodrigo Nascimento Pinheiro, que irá
presidir a mesa.
Torneio Interno de Tênis AMBr
Entre os dias 16 e 18 de agosto a AMBr realiza o Torneio Interno de Tênis da Associação. As inscrições começam no dia 29 de julho e podem ser feitas na Secretaria da AMBr. O Torneio é aberto para todas as idades.
► Informações: www.ambr.org.br
► Temas:
Atualização em Tumores Não Epiteliais de Ovário
» Dra. Walquíria Quida Salles Pereira Primo
Atualização em Tumores Epiteliais de Ovário
» Dra. Viviane Rezende
► Serviço:
13 de agosto de 2013 – 19h às 22h
AMBr – Setor de Clubes Sul Trecho 03 Conjunto 06
» Informações: 2195.9716 e 2195.9756 / www.ambr.org.br
» Inscrições: Associado AMBr – sem ônus
Não Associado – R$ 30,00
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
Data: 03 de agosto (sábado) – Horário: 08h às 12h
41
42
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
43
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
Saúde ocular:
bons olhos são muito
mais que olhos bons
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
Na oportunidade do Dia da Saúde
Ocular as manifestações festivas
e de conscientização tornam
fértil o terreno para
argumentação e busca de
soluções para muitos problemas
cotidianos do oftalmologista
e dos profissionais envolvidos
em manter a integridade e
funcionalidade visual.
44
O entendimento da saúde ocular passeia necessariamente
pelo acesso ao médico oftalmologista, desde o clínico com
formação ampla até o subespecialista e seu armamentário
tecnológico e preciso. Defendo postura crítica e estratégia
para mensurar os reais riscos à visão da nossa população,
crendo que bons olhos são muito mais que olhos bons.
A diabetes continua como grande vilã entre as causas de
cegueira no Brasil. A hiperglicemia pode agir com mudanças de grau, miopizando o olho por causa do edema do
cristalino. De forma mais devastadora pode gerar edema
macular e neovascularizações vítreorretinianas que trazem
consigo complicações e baixa da acuidade visual. Medidas
preventivas são fundamentais para o sucesso no combate a essa importante doença ocular, com programas para
detectar os pacientes em risco de retinopatia diabética e
instituir o tratamento necessário.
Devemos lembrar que o pré-natal adequadamente realizado também é importante para a saúde ocular da população. É frequente depararmos com pacientes que contraíram doenças infecciosas ainda na fase gestacional e que
desenvolveram graves complicações oculares, tais como,
catarata, coroido-retinite por toxoplasmose, má-formações
embriológicas das túnicas oculares gerando colobomas
completos ou parciais, aniridia e catarata congênita. Muitas dessas infecções com transmissão gestacional e outras
alterações de origem metabólica poderiam ser evitadas
com a assistência pré-natal.
Considerada por muitos como um dos milagres da medicinia do século XX, a correção cirúrgica da catarata pela
facoemulsificação estabeleceu novo fôlego à longevidade visual de milhões de pessoas. Estabelecendo bioeticamente um novo conceito de normalidade em enxergar
na faixa etária da senilidade, a cura cirúrgica da catarata
presenteou os pacientes mais longevos em seus anseios
por mais qualidade visual nas décadas finais, e não menos importantes e especiais, de suas vidas. Oferece-se
conforto, rapidez e segurança em um tratamento outrora estigmatizado como de alto risco, à semelhança por
analogia da febre puerperal antes da instituição da antissepsia. Maravilha-se com as várias formas de corrigir
as opacidades do cristalino e devolver ao individuo sua
independência visual.
Tratar de saúde ocular também é falar da luta contra a
optometria não médica. A optometria, atividade idealmente realizada pelo médico oftalmologista, consiste em
utilizar os conhecimentos de refratometria, estrabologia,
materiais e índices refrativos das lentes e usar estas informações para a correção dos desvios oculares e erros
refrativos, citam-se, miopia, hipermetropia, astigmatismo
e presbiopia. Infelizmente, estes conhecimentos vêm sendo inadequadamente usurpados pelos técnicos em óptica.
Estes não têm formação para dignosticar e tratar doenças
oftálmicas e/ou sistêmicas, trazendo óbvios malefícios à
saúde da população que, desinformada, recorre aos seus
serviços. É mister que o oftalmologista, médico e especialista em sua formação, tenha para si a grande responsabi-
Dr. André Gustavo de Araújo Rolim
Presidente da Sociedade Brasiliense
de Oftalmologia
lidade do diagnóstico, aferição e prescrição dos graus que
seus pacientes necessitam.
Não menos importante, valorizamos a assistência às crianças em idade escolar. É torturante a ideia de que um estudante tenha confundida sua incapacidade de aprovação
acadêmica com eventual insuficiência visual devido às ametropias que simples óculos solucionariam. Os pais e professores têm papel primordial em suspeitar da deficiência
visual nessas crianças e o seu pronto encaminhamento ao
oftalmologista. O sucesso de uma carreira intelectual brilhante pode residir neste simples detalhe.
A abrangência do que caracteriza a saúde ocular avança a
esfera técnico-médica para fazer-se presente em questões
político-sociais, com níveis mínimos de higiene, nutrição,
informação e acesso aos tratamentos clínicos e cirúrgicos.
Comemoramos a referência à saúde ocular mundial com
lembranças de grandes conquistas, mas também lamentamos que o acesso a estes meios seja restrito.
Artigo Mestrinho
Sem “enchergar”
o futuro
Pobre o país que para enxergar tapa os olhos para não se
ver. Diz o ditado popular com sapiência: “Cego é aquele
que não quer enxergar”.
Pois bem, o Governo Federal está privilegiando a incompetência em nosso universo cultural, admitindo que sejam negligenciados o bom português, falado e escrito, e a excelência
da formação profissional nas provas e concursos públicos.
A UNB, referência do ensino superior, está “propondo” relaxar o rigor dos seus exames do vestibular para favorecer
os “excluídos”. E, o que é mais grave, as Universidades
Federais estão dispensando os requisitos de mestrado ou
doutorado em seus concursos.
Aprender e se apresentar em condições de competir não é
mais importante. Banaliza-se o ensino público, em todos
os níveis, do fundamental ao superior.
O último ENEM foi um desastre. O MEC mais uma vez se
“superou” ao aceitar como “desvios” os erros ortográficos,
de concordância verbal e os de acentuação. Chutaram o vernáculo da língua portuguesa para o lixo da nossa gramática.
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
É nesta toada, em favor dos despreparados, que a medicina
brasileira desce ladeira perdendo espaços outrora conquistados com muito estudo e abnegação. Normalmente, as melhores notas do vestibular são alcançadas pelos estudantes
de medicina, que costumam estar mais bem preparados.
46
Assistimos a OAB obstinada em barrar a abertura de cursos
de direito. E “impiedosamente” reprovar os menos preparados nos Exames de Ordem, e o MEC os atende, suspendendo a abertura de novos cursos.
Para a Medicina a lógica é outra. O governo “estuda” mudanças para qualificar médicos sem a devida validação dos
diplomas para “compensar” a própria incompetência em
distribuir profissionais de saúde no país. O erro dos nossos
governantes – os presentes e os passados – é de origem.
Não atacam a essência.
DR. Mestrinho
Diretor de Assuntos
Parlamentares da AMB
O Ministro da Saúde declara que: “o principal problema de
saúde no Brasil é a falta de médicos”. E completa: “não se
faz saúde sem médicos perto da população e formado com
qualidade”. Tremenda falácia.
O Ministério da Saúde sabe que não faltam médicos no
Brasil. Há uma notória má distribuição dos profissionais,
por inexistência de estímulo para fixá-los nos mais longínquos rincões. Querem impingir ao país médicos, brasileiros
ou não, formados na Bolívia e em Cuba, primordialmente.
Médicos que não conseguem obter a necessária validação
dos cursos para atuar aqui, sem a “devida capacitação profissional”, no atendimento a população brasileira.
Para qualificar médicos formados fora do país, o MEC e o
MS, criaram o Revalida, devidamente apoiados pelas entidades médicas. E o que se viu? Conforme dados do Inep (Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais), em 2010, dos
510 inscritos só dois conseguiram validar o diploma emitido
no exterior. Dos 536 candidatos, em 2011, sessenta e cinco
passaram, 12.1%. E dos 782 médicos que fizeram o exame,
em 2012, setenta e sete, 9,8%, foram aprovados.
É óbvio que estão despreparados para o exercício profissional. Mas, o governo está dando um jeitinho, com sabor
tropical: desmistificam o exame por considerá-lo difícil. Liberam a abertura de novas faculdades pouco se importando aonde, e aumentam a oferta de vagas nas Universidades Federais para “atender a demanda”. Prometem trazer
médicos formados na Europa (Portugal e Espanha) para
atuarem no interior do Brasil. Os argumentos são infindáveis em quantidade, todavia um equívoco em qualidade.
O governo esquece-se de dizer ao povo brasileiro o
motivo pelo qual os médicos de qualquer nacionalidade não se fixam no interior. É pela falta de condições
para exercer uma medicina estruturada no atendimento aos cidadãos onde quer que se encontrem. Criar
uma Carreira de Estado para os médicos está fora dos
propósitos do governo.
Nesta argumentação poderíamos construir uma pirâmide de artimanhas patrocinadas pelo Executivo
e a sua base política na tentativa de impor ações
coercitivas, falsamente modernizantes, maquiando
a realidade, abrindo as comportas para atender os
caprichos dos acordos políticos com os países do
Mercosul e da América Latina.
E quem são as vítimas? Os alunos de medicina que
aqui estudam, a população brasileira ludibriada com
falácias e a medicina brasileira, desestimulada e descrente das políticas públicas de saúde, que desvirtuam
os princípios universais do SUS.
Ora, num país que tem, segundo o IBGE, 30,5 milhões de analfabetos funcionais, 20,4 da nossa população, são providenciais os versos do Luiz Gonzaga,
na letra do Assum Preto: “Tudo em vorta é só beleza/
Sol de abril e a mata em frô/ Mas assum preto, cego
dos óio/ Num vendo a luz, ai, canta de dor/ Talvez
por ignorança, ou mardade da pió/ Furaro os óio do
assum preto/ Pra ele assim canta mió/ Assum Preto
veve sorto/ Mas não pode avuá. Triste sina do Assum
Preto. Rogamos que a Educação e a medicina brasileira “veva mió” e com futuro.
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
Que médicos o governo pretende formar para atuar no
país? Os desqualificados para atender os cidadãos pobres? Os excluídos sociais aspiram educação, saúde e emprego. Não esmolas.
47
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
A arte de
cozinhar
50
O médico nefrologista Marcelo Almeida é um apaixonado
pela gastronomia e pela pesca. Apesar de ter sido vegetariano por quase 30 anos e atualmente só comer carne de
peixe, não abre mão de testar e fazer pratos com carnes.
“Tenho sempre ao meu lado minha família e amigos que
me auxiliam na preparação dos pratos, experimentando os
temperos e me ajudando a chegar ao ponto certo”, diz o
médico gourmet.
Nascido em Juiz de Fora, veio para a capital federal aos
quatro anos de idade. Formou-se em medicina na UnB e
fez mestrado em São Paulo. Foi na capital paulista que se
encantou pela arte de cozinhar, especialmente pela culinária francesa.
O segredo da boa comida
é ser paciente e utilizar
bons ingredientes”
Bisteca Suína com Chutney de Maçã
Chutney
Modo de Preparo:
•03 maçãs descascadas e picadas
•02 colheres de sopa de manteiga
•01 cebola picada
•03 dentes de alho amassados
•15 ameixas secas picadas
•10 damascos secos picados
•01 colher de café de tempero chimichurri
•01 pitada de curry defumado
•01 pitada de páprica picante
•01 colher de café de canela
•02 colheres de sopa de mel
•01 pitada de pimenta calabresa moída
•02 colheres de sopa de vinagre balsâmico
•01 dose de conhaque
Espaguete ao molho de Gorgonzola
acompanhado de Filé Grelhado
Ingredientes:
•180 gramas de queijo gorgonzola picado
•01 colher de sopa de manteiga
•350 gramas de creme de leite fresco
•01 colher de chá de alho amassado
•01 pitada de noz moscada moída na hora
Colocar em uma penal bem quente a manteiga, o alho, a cebola e
deixar refogar. Acrescentar as maçãs picadas, as frutas secas, mexer
bem e acrescentar o conhaque. Esperar o álcool evaporar e acrescentar o vinagre balsâmico. Acrescentar o chimichurri, a páprica, o
curry, a canela, a pimenta calabresa e o mel. Acrescentar 1 copo de
água e deixar cozinhar lentamente. Caso seja necessário, acrescentar
água aos poucos até finalizar o cozimento, cerca de 20 minutos.
O chutney pode ser adaptado com frutas da estação, fica muito
bom com manga, abacaxi ou pêra. Pode ser guardado na geladeira por até dois meses e utilizado como aperitivo e acompanhamento para carnes.
Bistecas
Temperar cerca de 5 bistecas com sal e pimenta do reino dos
dois lados. Colocar uma colher de manteiga em uma frigideira
bem quente, acrescentar as bistecas e deixar fritar dos dois lados.
Servir em seguida acompanhada pelo chutney.
Molho
Modo de Preparo:
Colocar em uma panela bem quente a manteiga e o alho. Após
fritar acrescentar o creme de leite fresco, o gorgonzola e mexer
até o queijo desmanchar. Acrescentar a noz moscada.
Cozinhar 250 gramas de espaguete Grano Duro com sal. Após
o cozimento, escorrer a água e misturar o molho à massa. Servir
bem quente.
Filé
500 gramas de filé limpo e cortado alto. Temperar com sal e pimenta do Reino dos dois lados. Colocar uma colher de manteiga
em uma frigideira bem quente, acrescentar os filés e deixar fritar
dos dois lados. Servir em seguida acompanhados pelo espaguete.
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
INGREDIENTES
51
Destinos
chile
Chile: destino gastronômico
e cultural para todos os gostos
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
Pode-se dizer que o Chile é o país
com a maior diversidade climática
do mundo. Localizado entre o
Oceano Pacífico e a Cordilheira
dos Andes, possibilita que seus
visitantes conheçam desde o
extremo deserto no norte ao clima
alpino com neve ao sul.
52
Em sua capital, Santiago, os turistas têm opções de compras e passeios em boutiques de luxo a feiras artesanais,
onde encontrarão produtos em cobre, madeira, pedra e lã,
além de especiarias como licores e geleias. A vida noturna
também é agitada, vale apostar um passeio aos cassinos
da cidade que são uma tradição no país.
Chile é o lugar ideal para se praticar o ecoturismo, sua
geografia variada oferece passeios em rios, vulcões, lagos,
montanhas nevadas, desertos, praias e vales, permitindo
a prática dos mais variados esportes como esqui, snowboard, surf, caiaque, entre outros.
O país teve grande influência europeia em sua culinária. Os
peixes e mariscos são os ingredientes dos principais pratos
chilenos, com destaque ao Curanto, que é um cozimento
de mariscos, carne e batatas, feito em um buraco na terra,
coberto com pedras quentes e folhas de nalca. Outro pedido frequente dos turistas é o Pastel de Choclo, não deixe
de experimentar!
O vinho tem fama internacional, as vides são cultivadas nos
vales interiores, onde também são produzidas geleias, porém a bebida mais tradicional é “Pisco” ou “Pisco Sour”, um
licor preparado com suco de limão, açúcar e clara de ovo.
No interior de Arica, Iquique e Antofagasta é possível conhecer igrejas, museus e sítios arqueológicos que revelam
os traços da cultura pré-colombiana e aymara. Na cidade
de Valparaíso encontra-se o Centro Histórico do país, Patrimônio Mundial da UNESCO.
Sugerimos conhecer o maior telescópio do mundo, o Alma, que foi inaugurado este ano e custou cerca um bilhão
Bodegas e vinhos
► As visitas de um dia a bodegas próximas de
Santiago são um dos passeios preditos dos brasileiros
que vão ao Chile.
O país oferece um roteiro de vinho admirável.
O visitante encontra variadas opções de muito boa
qualidade como Cabernet Franc, Merlot, Cabernet
Sauvignon, Chardonnay, Carignan e Cinsault.
►
O que faz do Chile uma
experiência única de turismo é
que em cada viña ou hotel de
bodega o turista encontra algo
surpreendente e único. Embora
tudo gire em volta do vinho e da
gastronomia, com degustações e
harmonizações, cada uma das viñas
oferecem algo novo.
►
► O turista pode sair das pistas nevadas
de Valle Nevado ou passar um final de semana
em Santiago e ir a Santa Rita Casa Real, a 45
minutos da capital. Tem também a opção de
ir mais além e conhecer Pirque e os vales de
Maipo ou Colchagua.
SERVIÇOS
de euros e conta com 66 antenas de alta tecnologia, localizado no norte do Chile, especificamente no deserto do
Atacama. Lá o visitante pode ver a olho nu comprimentos
de onda milimétricos e submilimétricos. O passeio é guiado
por astrônomos que também oferecem palestras educativas sobre o universo e as galáxias.
A principal porta de entrada para o Chile é a capital Santiago,
servida pelo Aeroporto Internacional Comodoro Arturo Merino Benítez (www.aeropuertosantiago.cl), também conhecido
como Pudahuel, a 20 quilômetros do centro de Santiago. Mas
Punta Arenas, na Patagônia, recebe voos de Ushuaia, na Terra do Fogo argentina, em seu Aeroporto Internacional Carlos
Ibañez del Campo. Em Antofagasta, no norte, também pousam voos vindos da Argentina, no Aeroporto Internacional Cerro Moreno. Existem voos diretos de São Paulo pela Gol, TAM e
LAN. Essa última também tem conexões com o Rio de Janeiro.
REFERÊNCIAS
http://pt.wikipedia.org/wiki/Chile
http://viajeaqui.abril.com.br/paises/chile
http://www.chile.travel/
http://www.dw.de/not%C3%ADcias/s-7111
www.vinhoegastronomia.com.br
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
DDI: 56
Fuso: -1h (de Brasília)
Moeda: Peso Chileno
Idioma: Espanhol
Site da Embaixada:
http://chileabroad.gov.cl/brasil/en
53
Perfil
Dr. LAÉRCIO VALENÇA
Dedicação
à medicina
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
Médico há 51 anos, Dr. Laércio
Valença nasceu no Recife, mas
passou grande parte de sua
juventude em Campina Grande.
Retornou à sua cidade natal para
cursar Medicina na Universidade
Federal de Pernambuco.
54
Após o término do curso de medicina em 1961, o jovem médico seguiu para o Rio de Janeiro para fazer Residência no
Hospital dos Servidores do Estado no Rio de Janeiro.
“Era um grande centro médico e de ensino, pioneiro em
Residência Médica no Brasil e tinha um programa muito
bem estruturado”, comenta Dr. Laércio.
Após concluir a residência em Clínica Médica, Dr. Laércio
especializou-se em Pneumologia. Em 1967 foi ao Estados
Unidos fazer um Fellowship em Boston. Lá passou dois
anos no Massachusetts General Hospital, que é ligado à
Universidade de Harvard, onde fez treinamento clínico e
participou de pesquisas.
Em 1969 retornou ao Rio de Janeiro, quando surgiu a oportunidade de vir para Brasília. “O Hospital das Forças Armadas
estava começando a funcionar e estavam recrutando médicos. Me interessei pela oportunidade e pelas boas condições
do Hospital das Forças Armadas”, acrescenta o médico.
Os novos conhecimentos que
estão sendo incorporados
permanentemente são
maravilhosos e um grande avanço.
O médico precisa fazer um esforço
grande para acompanhar todo
esse progresso e se manter em dia
com os conceitos médicos”
Casado com a Dra. Áurea, médica pediatra e colega de
faculdade, tem duas filhas, formadas em Direito. Aposentado há cinco anos, hoje Dr. Laércio continua atendendo
em sua clínica particular.
Para o médico, o maior desafio da profissão é acompanhar o progresso vertiginoso da medicina. “Os novos conhecimentos que estão sendo incorporados permanentemente são maravilhosos e um grande avanço. O médico
precisa fazer um esforço grande para acompanhar todo
esse progresso e se manter em dia com os conceitos médicos”, afirma.
Dr. Laércio teve também uma pequena experiência na política, quando em 1986 foi secretário de Saúde do DF. Foi
convidado pelo então governador José Aparecido e vivenciou os desafios da administração pública em um momento conturbado da história do país.
Dr. Laércio e sua esposa, Drª Áurea
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
“A morte de Tancredo Neves deixou tudo bem tumultuado,
foi uma época de muitas greves. Não existiam as Assembleias Legislativas, nem o SUS. A gestão pública é muito
desafiadora, especialmente a área de saúde”, acrescenta.
Dr. Laércio em sua residência
55
Clube de Afinidades
O Clube de Afinidades da Associação Médica
de Brasília oferece desconto para seus
associados em diversos estabelecimentos
comerciais conveniados. Confira nossos
parceiros e aproveite os descontos exclusivos
para associados da AMBr:
Academia Dom Bosco
(61) 3321-1214
15% no valor da matrícula
10% para atividades aquáticas
ABS Brasília Sommeliers
(61) 3323-5321
Descontos diferenciados para associados AMBr
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
Adriana Sócrates – Psicóloga
(61) 3443-3522
709/909 Sul, Ed. Biocenter, sala 11
50% de desconto na consulta
56
Audrey Brants – Óptica
(61) 3443-9817
Desconto de até 25%.
BELÍSSIMA BIJOUTERIAS FINAS
CLN 216 Bl. B Loja 08
(61) 3347-6216
Desconto de 10% nas compras à vista.
Clínica Odontológica Daniele Castro
(61) 3328-2118
Desconto de até 50%
Clivac – Clínica de Vacinas
(61) 3346-7071
Desconto de até 12%
Colégio Sagrado
Coração de Maria
(61) 3031-5000
Desconto de até 15%
Expressão – Moda Feminina
Brasília Shopping – (61) 3328-1624
Desconto de 30% para associados em qualquer
peça da loja. Nas compras acima de R$ 1.000,00
ganhe uma blusa social.
HC PNEUS
(61) 3262-2100
Pneus: desconto de 37%; Peças: desconto de 30%;
Serviços: desconto de 30%. Gratuito: Regulagem de
faróis, rodízio de pneus, consertos de furos de pneu
(sem câmara)
Hotel Nacional
(61) 3321-7575
Desconto de 45% na hospedagem
sobre tarifa de balcão
Hotel Fazenda Mestre D’Armas
(61) 3248-4000
Desconto de 20% em baixa temporada e
10% em alta temporada.
IBO – Instituto Brasileiro
de Odontologia
(61) 3244-5099
Desconto de 15% em consultas e tratamentos
Imunolife – Clínica de vacinas
(61) 3347-5957
Desconto de 12%
Associado em Destaque
FIQUE SABENDO
OTICA “EXÓTICA”
(61) 3346-3357
914 Sul
15% de desconto em lentes e óculos
(Podendo ser parcelado em até 05 vezes)
PNEUAC – PIRELLI
(61) 3214-7100
514 Sul
Pneus: 15% de desconto; Peças: 20% de desconto;
Serviços: 10 % de desconto. Parcelamento em até 06 vezes
Restaurante Le Jardin Du Golf
(61) 3321-2040
5% no valor total da conta.
Por que o Plano de Saúde AMBr é diferente dos
demais oferecidos pelas operadoras?
► Porque possui um posto de atendimento
personalizado aos associados para prestar
informações sobre a rede credenciada, auxiliar na
liberação de exames e na marcação de consultas.
► Porque está ampliando ainda mais a rede
credenciada de hospitais, clínicas e especialistas
que atendem exclusivamente à carteira da AMBr,
proporcionando mais opções de atendimento nas
diversas especialidades.
► Porque irá auxiliar na relação financeira entre as
clínicas e especialistas e o convênio, buscando maior
segurança e rapidez nos pagamentos dos serviços
prestados.
► Porque no Plano Executivo dá direito ao
atendimento no Hospital Albert Einstein, em São
Paulo.
INFORMAÇÕES
Canstock
► Posto da Unimed na AMBr:
(61) 2195.9713
► Secretaria de Atendimento ao Associado:
(61) 2195.9733
► Gerência de Benefícios e Convênios de Saúde:
(61) 2195.9731 / 2195.9732
Revista Médico em Dia • JULHO/AGOSTO de 2013
KI GRAÇA – MODA FEMININA
210 Sul
(61) 3443-8898
Desconto de 15% em qualquer peça da loja.
Compras acima de R$ 1.000,00 – brinde da loja
A Gerência de Benefícios e Convênios de Saúde
informa que está em andamento a inclusão de
novos credenciados ao Plano de Saúde Unimed –
AMBr, entre eles Hospital Santa Luzia e a Clínica
Villas Boas. O site da AMBr mantém o associado
informado sobre todos os novos credenciados e
parceiros.
57
Download

Médicos se unem pela qualidade da Saúde