X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 OFICINAS PARA DISCUSSÃO E AVALIAÇÃO DE ATIVIDADES E MATERIAIS PEDAGÓGICOS PARA A SALA DE AULA DE MATEMÁTICA EM AMBIENTE ESCOLAR Katiéle de Souza Carvalho Universidade Federal de Santa Maria [email protected] Leonel Giacomini Delatorre Universidade Federal de Santa Maria [email protected] Thanise Azzolin dos Santos Universidade Federal de Santa Maria [email protected] Regina Ehlers Bathelt Universidade Federal de Santa Maria [email protected] Resumo: Como integrantes do grupo PET Matemática, apresentamos aqui o relato de uma atividade de elaboração de oficinas com vistas a sua posterior dinamização junto a professores de Ensino Fundamental para fins de discussão e avaliação de materiais e práticas pedagógicas produtivas para o ensino e a aprendizagem da Matemática em ambiente escolar. Essas oficinas estão em fase de elaboração, e vêm se constituído na medida em que temos nos dedicado a atualizar o acervo de materiais pedagógicos alternativos disponíveis no LEME – Laboratório em Educação Matemática Escolar. Neste estudo relatamos a primeira parte dessa nossa experiência e exemplificamos alguns materiais e atividades que organizamos para a sala de aula de matemática envolvendo Mosaicos. Palavras-chave: Mosaicos; Geometria; Materiais Alternativos. Sobre Mosaicos Em muitas situações do cotidiano, urbano ou rural, podemos identificar algumas composições constituídas por padrões que se manifestam repetidas vezes com certa regularidade. Por exemplo, nas escamas que formam a pinha do pinheiro, ou na casca da fruta do conde, ou mesmo nas escamas que recobrem a pele de cobras, como a das corais, em todos esses casos, os padrões que se repetem assemelham-se a losangos. Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Relato de Experiência 1 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 Já no caso da banana-do-mato e nos favos de mel os padrões assemelham-se a hexágonos. Na estrela do mar podem-se identificar composições que surgem da repetição de formas aproximadamente triangulares, e no casco do tatu bola o que se pode observar são padrões semelhantes a quadriláteros, pentágonos e também hexágonos. Em síntese, descobrimos na beleza de formas presentes e recorrentes nos reinos animal e vegetal, mosaicos naturais, entendidos aqui como composições Foto 1 – Banana-do-mato. originadas pela repetição de um determinado padrão. Assim, observando a natureza, abstraindo dela esses padrões que se repetem com certa regularidade, identificando neles características e significando suas propriedades, vamos aos poucos percebendo – e ao longo da nossa história definindo – noções geométricas de forma, simetria, ângulo, etc. Examinando esses padrões na regularidade de suas formas alcançamos o entendimento do que sejam mosaicos geométricos. Mosaicos Geométricos Mosaicos Geométricos são composições geométricas, isto é, imagens que se constituem pela repetição de uma ou mais Losango Composição Geométrica formas geométricas (triângulos, quadriláteros, (módulo) pentágonos, etc.) que, uma vez perfeitamente encaixadas, recobrem toda uma superfície. Trata-se de um arranjo que se forma a partir de Figura 1 – Mosaico com losangos. um módulo, um padrão, a menor parte da composição, que se repete e a compõe. Sobre mosaicos, Imenes nos diz que: “Há algumas características que precisam ser ressaltadas: - Todos são construídos com figuras geométricas. - Em todos eles as figuras encaixam-se sem deixar vãos e sem se sobreporem umas as outras. - Na maioria dos mosaicos há repetição de formas – sempre algum padrão é reproduzido." (IMENES, 1992, p.26) Há mosaicos formados por polígonos regulares idênticos; nesse caso, os chamaremos mosaicos geométricos regulares. Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Relato de Experiência 2 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 Um mosaico formado pela repetição de hexágonos regulares, do tipo que lembra uma composição como a de favos de mel, ou a Hexágono Regular Composição Geométrica que se vê também em calçamentos, são (módulo) exemplos disso. Porém há também aqueles que podem ser formados por mais de Figura 2 – Mosaico com hexágonos regulares um tipo de polígonos regulares. Um mosaico formado pela repetição de octógonos regulares e quadrados, ambos com lados de mesma medida, formam um módulo que repetido lembra uma composição entre dois tipos de lajotas Foto 2 – Calçamento com lajotas hexagonais utilizadas para ladrilhar pisos de cozinhas. Octógono Regular e Quadrado (módulo) Figura 3 – Mosaico com octógonos regulares e quadrados. Podemos também compor mosaicos utilizando como padrão para a repetição pelo menos um tipo de polígono não regular. Nesse caso os chamaremos de mosaicos geométricos não regulares. Por exemplo: poderíamos compor uma malha semelhante a que se vê na trama de uma cerca de arame utilizando losangos; poderíamos também formar um mosaico Foto 3 – Cerca de arame compondo retângulos e quadrados, de maneira semelhante ao que se faz ao pavimentar pisos internos de residências Figura 4 – Mosaico com retângulos e quadrados. com parquet. Atividades com Mosaicos Para elaborar atividades envolvendo a composição de mosaicos em sala de aula de matemática, partimos para a análise de dois materiais pedagógicos que existiam no LEME. Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Relato de Experiência 3 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 Tratava-se de dois tabuleiros de madeira, um de forma hexagonal e outro de forma quadrada, cada um dos quais acompanhados de um conjunto de peças coloridas de madeira, de formas geométricas variadas, e que podiam ser utilizadas para recobrir os tabuleiros de modo a compor sobre eles diferentes mosaicos. Figura 5 – Modelo de Tabuleiros. Esse material, conforme a necessidade, pode ser confeccionado em várias escalas de medida. Versões de tamanho pequeno, individuais, podem ser recortadas em material emborrachado, colorido, para ser utilizado com os alunos. Outra ideia é utilizar material de sucata (papelão de caixa de sapato, por exemplo). Vejamos a seguir as matemáticas da confecção desses tabuleiros que, se problematizados, calculados e construídos pelos próprios alunos, poderão revelar para o professor valor pedagógico útil tanto para invocar certas noções geométricas já conhecidas em alguns níveis de ensino, quanto para constituir seus significados. Atividade n° 01 – Explorando Mosaicos Geométricos Tópicos curriculares: Figuras geométricas planas: noção de lado, altura, ângulo, perímetro e área. Série: Anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano). Objetivo Geral: - Proporcionar situações-problema que favoreçam o aluno a desenvolver habilidades de raciocínio geométrico. Objetivos Específicos: - Investigar diferentes modos de arranjar formas geométricas encaixadas perfeitamente entre si sobre uma superfície hexagonal; - Identificar lados, alturas e ângulos internos em figuras geométricas planas; Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Relato de Experiência 4 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 - Reconhecer medidas de lados, alturas e ângulos internos em figuras geométricas planas; - Calcular medidas de área de figuras geométricas planas; - Calcular perímetro. - Comparar áreas de figuras geométricas planas. Material: Uma folha do tipo TAREFA 1 (modelo abaixo) para cada grupo de quatro alunos; Uma folha de papel milimetrado para cada aluno. Desenvolvimento: A sugestão é pedir aos alunos da turma para que se organizem em grupos de quatro membros. Em seguida, distribuir uma folha como a do modelo (Tarefa 1) para cada grupo e uma folha de papel milimetrado para cada membro do grupo. Dizer-lhes que vamos estudar sobre o modo pelo qual uma certa superfície plana, a qual tem uma forma geométrica definida, pode ser recoberta por outras superfícies planas menores e que tem outras formas geométricas. Para tanto cada grupo está convidado a realizar a Tarefa 1 solicitada na folha, ou seja, seus membros irão discutir no grupo para responder as formulações propostas na folha de tarefa e depois apresentá-las a avaliação da turma em grande grupo. Nesse processo, caso sintam necessidade, cada aluno pode fazer desenhos, simulações e cálculos sobre sua folha de papel milimetrado de modo a auxiliar na visualização e discussão de suas ideias para o grupo. Dado um tempo suficiente para que a turma possa realizar a tarefa, ao final, um aluno de cada grupo, eleito por seus membros como relator, explicará sobre os caminhos de raciocínio e as descobertas de seu grupo e declarará a turma como eles responderam as duas questões da folha tarefa. Disciplina: Matemática Professor(a):__________Data:___/___/___ Membros do Grupo: _____________________________________ TAREFA 1 - Discutir e responder às questões abaixo: 1. Considere um hexágono regular cujo lado mede 15 cm e triângulos eqüiláteros cujos lados medem 5 cm. Verifique se é possível recobrir toda a superfície do hexágono utilizando repetidas vezes esses triângulos sem sobrepô-los e sem deixar vãos; 2. Se o grupo entender que não é possível recobrir toda a superfície do hexágono com os referidos triângulos equiláteros explique o porquê. Se entender que é possível, então determine o número de triângulos eqüiláteros necessários para recobrir toda a superfície do hexágono considerado. Comentários Pedagógicos: Nesta tarefa espera-se que as decisões dos grupos passem por: Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Relato de Experiência 5 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 I – Construções geométricas: a) Desenhar sobre a folha de papel milimetrado um hexágono regular, lado 15 cm. - Espera-se que os alunos usem recursos de construção C geométrica tais como: com o auxílio de régua e compasso desenhar uma circunferência de raio A B centro em B e raio . Com traçar um arco que corta a O 15 cm circunferência em C. Determinar o lado do hexágono regular inscrito dado pelo segmento de reta Figura 6 – Construção geométrica de um hexágono 12 cm regular inscrito numa circunferência. A B . Repetir o processo até que estejam marcados sobre a circunferência seis pontos distintos, ligados por seis segmentos de reta consecutivos Oe não colineares que delimitam uma superfície hexagonal inscrita na circunferência. E - Outra possibilidade de construção é: dada a medida do D lado F um de seus ângulos internos mede 120 o, então, com o C auxílio de uma régua, traçar esse lado e com um 15 cm.. 120° A do hexágono regular, 15 cm, e sabendo que cada transferidor centrado, digamos, na extremidade , marcar 60° B o ângulo 12 cm Figura 7 – Construção geométrica de um hexágono regular através dos ângulos internos. o 120 60 , e nessa direção, , . Repetir o processo para a extremidade C, obtendo , . E assim seguir até obter os lados restantes. o - Justificativas formais que garantem que a construção com régua e compasso é, de fato, um hexágono regular ficam a cargo do professor (exemplo: demonstrar que a figura é composta por eqüiláteros). A 12 cm6 triângulos B P b) Desenhar sobre a folha de papel milimetrado um triângulo eqüilátero, lado . A - Espera-se que para isso, os alunos também utilizem recursos de construção geométrica, tais como: tendo a medida do lado triângulo eqüilátero, do B 5 cm Figura 8 – Construção geométrica de um triângulo eqüilátero. , desenhar esse lado com auxílio de régua. Com um compasso de abertura 5 cm centrado em A, traçar uma circunferência de raio . Proceder da mesma forma com a ponta seca do compasso centrado em B: traçar Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Relato de Experiência 6 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 uma circunferência de raio . Finalmente, unir as extremidades A e B do lado ao ponto P, que é um ponto de encontro dos arcos traçados. III – Cálculos e estimativas: - Espera-se dos grupos experimentações de raciocínio com cálculos e estimativas para realizar a tarefa. Por exemplo, que verifiquem quantas vezes o lado do triângulo equilátero ( 5 cm ) cabe dentro do lado do hexágono regular ( ), ou de outro 15 cm Figura 9 – Relação entre as medidas dos lados do hexágono regular e dos triângulos eqiláteros dados. modo, determinem o número máximo de triângulos eqüiláteros que se pode acomodar sob o lado do hexágono. Isso inicia a responder “Quantos triângulos eqüiláteros de lado são necessários para recobrir toda a superfície do hexágono dado?”. a) Espera-se que os alunos constatem que os vãos formados entre os triângulos equiláteros (fig.9) quando acomodados em suas bases sobre os lados do hexágono, podem ser preenchidos por 60° mais triângulos equiláteros justapostos, invertidos e idênticos aos 60° 60° demais. Espera-se que os alunos relacionem as medidas dos ângulos internos dos triângulos eqüiláteros , (fig.10) com as medidas dos ângulos internos do hexágono regular Figura 10 – Medidas dos ângulos internos de um Triângulo eqüilátero. e que concluam que dois triângulos equiláteros, quando encaixados justapostos, de modo a terem um lado adjacente em comum, compõem um losango cujos ângulos obtusos medem (fig.11). 60° Figura 11 - Losango 60° 60° 60° 60° 120° 60° b) Dessa forma é possível recobrir toda a superfície hexagonal, pois os triângulos eqüiláteros encaixam-se Figura 12- Hexágono recoberto pelos triângulos equiláteros Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Relato de Experiência 7 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 perfeitamente sem sobras ou excessos. Isso ocorre porque se verifica a propriedade de que todos os ângulos internos e externos ao redor de um mesmo ponto de encaixe somam (fig.12). Isso responde ao primeiro item da tarefa. c) Outra possibilidade de responder a tarefa é a de calcular as áreas do hexágono e do triângulo eqüilátero. Nesse caso, a solução numérica vem por caminhos algébricos. - Espera-se que os alunos estabeleçam relação entre a área do triângulo equilátero de lado e a área do hexágono regular de lado triângulo equilátero de lado e, . Assim, sabendo que as áreas , de um hexágono regular de lado , de um , são dadas respectivamente, pelas fórmulas, então, sendo é possível verificar que donde vem que são necessários 54 triângulos eqüiláteros de lado superfície hexagonal de lado para recobrir a , respondendo-se o segundo item da tarefa. Nossa intenção aqui é a de oferecer uma tarefa que dê aos alunos a oportunidade de pensar sobre os modos pelos quais uma superfície poligonal fechada e regular pode se compor (ou decompor) em outras superfícies poligonais menores, bem como pensar sobre as condições geométricas para as quais isso é possível. Trata-se de uma atividade produtiva para convocar os alunos a produzir significado para “mosaico geométrico”. Observa-se que nessa atividade a turma não tem em mãos os tabuleiros anteriormente mencionados. Acreditamos que introduzindo o assunto assim exige-se mais da imaginação e criatividade dos alunos porque precisarão representar graficamente a situação sem tê-la visto concretamente, apenas intuitivamente. Caberá a Atividade nº 02 preencher essa lacuna. Atividade n° 02 – Construindo um mosaico sobre uma superfície hexagonal Tópicos Curriculares: - Percepção visual (cores, simetrias, formas); - Composição de formas geométricas; Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Relato de Experiência 8 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 - Propriedades Geométricas; - Frações. Série: Anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º ano). Objetivo Geral: - Desenvolver a percepção geométrica dos alunos, bem como noções de frações. Objetivos específicos: - Compor formas geométricas a partir de um padrão; - Identificar, nomear e diferenciar as formas geométricas (trapézio, hexágono e triângulo); - Reconhecer e manipular propriedades como área e perímetro; - Desenvolver e associar ideias de frações; - Identificar os ângulos como condicionantes dos encaixes das peças; - Calcular perímetros e áreas simples e compostas por mais de uma figura. Material: 01 tabuleiro hexagonal com equiláteros com de lado; 54 peças na forma de triângulos de lado: 18 peças de uma cor, 18 peças de outra cor e 18 peças de uma terceira cor; Folhas de papel milimetrado; Folhas de material emborrachado de quatro cores diferentes. Desenvolvimento: A ideia é de organizar a turma em grupos com 3 ou 4 alunos. Distribuir para cada grupo quatro folhas de material emborrachado (uma de cada cor). Solicitar aos grupos que desenhem e recortem a partir de uma das folhas um hexágono regular com de lado que será o tabuleiro hexagonal. Quando tiverem acabado, fornecer a malha de triângulos para que recortem 18 triângulos equiláteros para cada cor, compondo um conjunto com 54 peças e mais o tabuleiro hexagonal. A partir disso, essa atividade se desenvolve em três momentos: Primeiro Momento (exploração livre): Proporcionar aos alunos um tempo para manipular livremente as peças do conjunto. Segundo Momento (composição de mosaicos): Organizar as peças obedecendo algum comportamento padrão: formas, simetria, cores. Terceiro Momento (observação de propriedades geométricas): Transpor para a folha de papel milimetrado as figuras encontradas observando e anotando as características e propriedades de cada uma em relação a forma, ângulos internos, medida dos lados, perímetro e área. Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Relato de Experiência 9 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 Comentários Pedagógicos: Ao longo do desenvolvimento da atividade podem-se propor questionamentos cujas respostas traduzem-se em tarefas aos alunos. Por exemplo: a) Quantos e quais tipos de figuras é possível formar combinando as peças triangulares de duas em duas, três em três, etc? b) Por que não é possível formar figuras como quadrados pentágonos e círculos? c) Quantos triângulos consegue-se formar cobrindo toda a superfície hexagonal com triângulos equiláteros constituídos de nove peças da mesma cor? d) A que fração da área total do hexágono regular representa a área do triângulo equilátero constituído no item anterior? e) Deduza a área dos triângulos, trapézios, hexágonos e losangos encontrados a partir da área total do tabuleiro hexagonal. f) Deduza a área dos triângulos, trapézios, hexágonos e losangos encontrados a partir da área de um triângulo equilátero (uma peça). g) Calcule o perímetro das figuras. Conclusão Através das atividades com os mosaicos propomos um trabalho pedagógico para explorar e significar noções geométricas de ângulo, simetria, perímetro, área, composição e decomposição de figuras planas, além de frações. É importante que o aluno formalize a ideia de que as peças dos mosaicos se encaixarão perfeitamente somente quando a soma dos ângulos internos das figuras encaixadas em torno de cada vértice seja de . Acreditamos que o trabalho em torno dos mosaicos oferece oportunidade aos alunos para produzirem significados (Lins, 1999) geométricos e, daí, mais gosto pela Geometria. Além disso, o processo de configuração da imagem do mosaico que passa pela escolha das figuras geométricas, simples ou compostas, as quais formam o módulo a ser reproduzido regularmente, além de livre é provocativa à capacidade de imaginação e criação dos alunos. Bibliografia BARROSO, J. M.; Projeto Araribá: matemática/obra coletiva, concebida, desenvolvida e produzida pela Editora Moderna. 1. ed., São Paulo: Moderna, 2006. Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Relato de Experiência 10 X Encontro Nacional de Educação Matemática Educação Matemática, Cultura e Diversidade Salvador – BA, 7 a 9 de Julho de 2010 FERRARI, M.; A arte das formas. Revista Nova Escola, São Paulo, jun. 2006. Disponível em: <http://revistaescola.abril.uol.com.br /edicoes/0193/aberto/mt_136481.shtml.>. Acesso em: 24 jun. 2008. IMENES, L.M. P.; Geometria dos mosaicos. 9. ed. São Paulo: Scipione, 1996. LEGADO LÚDICO; Jogos e Quebra-Cabeças Mosaicos. Santa Catarina. Disponível em: <http://www.legadoludico.com/ CatalPreco.html#voltar_Mosaico>. Acesso em: 29. abr. 2008 . OLIVEIRA, S.R.; Geometria dos Mosaicos. Disponível em: <http://austin.ime.unicamp.br/~samuel/Extensao/TeiaSaber/PDF/GeometriadosMosaicosA gosto2006.pdf.>. Acesso em: 29 abr. 2008. LINS, R. C. Por que discutir teoria do conhecimento é relevante para a Educação Matemática. In: Pesquisa em Educação Matemática:concepções e perspectivas. [org.] Maria Aparecida Viggiani Bicudo. São Paulo:Editora UNESP, 1999. p.75-94. Anais do X Encontro Nacional de Educação Matemática Relato de Experiência 11