Métodos de Calibração de Modelos hidrológicos Carlos Ruberto Fragoso Júnior 1:05 Sumário 3:50 Conceito básicos O que é calibração? Problemas comuns na calibração de modelos hidrológicos Ciclo da calibração Métodos de calibração Função objetivo Técnicas numéricas Busca aleatória Técnicas iterativas; Busca direta; Técnicas de otimização global; Algoritmos genéticos Critérios de parada O que é calibração 3:50 Procura de valores dos parâmetros de um modelo matemático que resultem em uma boa concordância entre dados observados e calculados; O erro é minimizado!! Calibração - Otimização Encontrar o mínimo ou o máximo de uma função 160 140 120 100 80 60 40 20 0 0 3:50 10 20 30 Problemas comuns em modelos hidrológicos 3:50 Encontrar um conjunto ótimo de parâmetros que ajusta um evento de cheia ou uma série de vazões; Encontrar o coeficiente do reservatório linear simples que ajusta adequadamente uma recessão de vazão. Problema: 3:50 Encontrar o coeficiente do reservatório linear simples que ajusta adequadamente uma recessão de vazão. Q=V/k Q(t+dt) = Q(t) . exp(-dt/k) 3:50 3:50 Q(t+dt) = Q(t) . exp(-dt/k) Primeiro teste: k = 20 3:50 Problemas na calibração de modelos hidrológicos 3:50 Modelos hidrológicos geralmente tem muitos parâmetros Não lineares Técnicas de otimização automáticas Usar Funções Objetivo Ciclo da calibração Critérios para mudança dos parâmetros Critérios para um “bom ajuste” (Função objetivo) Rodar o modelo Ajustar os parâmetros Critérios de parada 3:50 Verificar o erro Métodos de calibração Métodos de calibração Tentativa e erro (Manual) Técnicas numéricas Ajusta os parâmetros manualmente baseado nos resultados Usa algoritmos numéricos para encontrar um conjunto de parâmetros ótimo Aleatório Assume faixa de probabilidade para cada parâmetro 3:50 Funções Objetivo (FO) Medida do erro – objetivo é minimizar a FO Diferentes funções objetivo Somatório dos erros: compensação de erros Somatório do módulo dos erros Somatório dos erros ao quadrado Somatório de erros relativos Somatório dos desvios dos inversos da vazão Erro de volume (bias) Coeficiente de eficiência de Nash-Sutcliffe 70 Observada 60 simulada vazões 50 40 30 20 10 0 3:50 0 20 40 60 80 tempo 100 120 140 Funções objetivo Raiz do Erro Médio Quadrado (RSME) RMSE 3:50 n i 1 ( X obs,i X mo del ,i ) 2 n Funções objetivo Raiz do Erro Médio Quadrado Normalizado (NRSME) RMSE NRMSE X obs,max X obs,min RMSE NRMSE X obs 3:50 Funções objetivo Coeficiente de correlação de Pearson r 3:50 n i 1 n i 1 ( xi x) ( yi y ) ( xi x) 2 n i 1 ( yi y ) 2 Funções objetivo Coeficiente de eficiência de Nash-Sutcliffe E 1 n i 1 n ( X obs ,i X mo del ) 2 i 1 3:50 ( X obs ,i X obs ) 2 Funções Objetivo N F1 (QOi QCi ) 2 Função quadrática i 1 N F2 QO i QC i i 1 N F3 ( i 1 N 1 1 2 ) QOi QCi F4 ( i 1 3:50 QOi QCi 2 ) QOi Função módulo Função para mínimos Função relativa Exemplo 3:50 Técnicas de otimização Cálculo analítico Técnicas numéricas 3:50 Busca aleatória Busca direta Algoritmos genéticos Cálculo analítico Encontrar pontos da função em que a derivada é zero. vantagens (pode ser rápido, é mais elegante) desvantagens (funções de picos múltiplos, funções descontínuas, ausência da forma analítica da função - por exemplo no problema de calibração de um modelo chuvavazão) 160 140 F(x) a b.x c.x 2 120 100 80 60 40 dF 0 dx 20 3:50 0 0 10 20 30 Cálculo analítico - Conceitos Haverá sempre um ponto de máximo ou mínimo, seja no interior da região delimitada pelas restrições ou nos limites, desde que a função objetivo seja contínua. A condição necessária para que exista um ponto de máximo ou mínimo é a seguinte: pontos estacionários F 0 para i = 1,2,...n x i A condição suficiente para que um ponto estacionário seja um mínimo é a seguinte R i 0 para i = 1,2,...n onde Ri são os menores principais da matriz Hessiana H. 3:50 2F x12 2F H x x 2 1 ... 2F x n x1 3:50 2F x1x 2 2F ... x1x n 2F 2F ... x 2 x n ... ... 2F ... x 2n x 22 ... 2F x n x 2 Exemplo Determine o mínimo da função y 2x1 x 2 14 0 x1 y x12 14x1 2x 22 x1x 2 y 4x 2 x1 0 x 2 2y x12 2; 2y x 22 = 4; 2y 2y = = -1 x1x 2 x 2 x1 x1= 8 x2 = 2 H= 3:50 2 1 1 4 y = -56 Matriz positiva definida Técnicas numéricas - Busca Aleatória 3:50 Vantagens: funções descontínuas; picos múltiplos Desvantagens: demorado; não existe garantia de atingir o ponto ótimo global 160 140 “Ótimo” 120 100 80 60 40 20 0 0 10 20 30 Características das Técnicas Numéricas Definição do ponto de partida: o critério para inicializar o processo de tentativa em geral depende mais do problema em questão do que do método. Direção de pesquisa: a direção de pesquisa identifica o vetor no qual serão realizadas as alterações das variáveis. Espaçamento de cada tentativa: identifica a variação que ocorrerá na direção de pesquisa a cada tentativa. Critérios de parada: envolve a definição dos critérios para aceitar uma determinada solução como o ótimo de uma função. 3:50 Técnicas numéricas - Busca direta 5 4.5 4 3.5 3 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 3:50 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 Estratégia de caminhar “morro acima” 5 Função objetivo: F(x1,x2) 5 4.5 4 3.5 3 x2 2.5 2 1.5 Máximo local 1 Máximo global 0.5 0 0 0.5 1 1.5 2 x1 3:50 2.5 3 3.5 4 4.5 5 Início: ponto coordenadas (parâmetros) aleatórias 5 4.5 X2=valor aleatório entre ced 4 3.5 3 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 X1=valor aleatório entre a e b 3:50 Determina direção de busca: exemplo x2=x2+0,3; x1=x1 5 4.5 4 3.5 3 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 Função objetivo melhorou? Não, então tenta no outro sentido. 3:50 5 4.5 4 3.5 3 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 F.O melhorou? Sim, então continua no mesmo sentido 3:50 5 4.5 4 3.5 3 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 F.O melhorou? Sim, então continua no mesmo sentido 3:50 5 4.5 4 3.5 3 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 F.O melhorou? Sim, então continua no mesmo sentido 3:50 5 4.5 4 3.5 3 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 F.O melhorou? Não, então volta para o ponto anterior... 3:50 ...e muda a direção de busca. 5 4.5 4 3.5 3 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 F.O melhorou? Sim, então continua no mesmo sentido 3:50 E assim segue até encontrar um ponto em que não existe direção de busca que melhore o valor da FO 5 4.5 4 3.5 3 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 3:50 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 Método unidirecional 1. Direção de pesquisa paralela aos eixos; 2. Pesquisa em cada direção: espaçamento constante ou variável 3. Critério de parada desvantagens: (ao lado) 3:50 Método da rotação das coordenadas (Rosenbrook) Primeiro ciclo igual ao univariacional segundo ciclo com rotação duas alternativas para pesquisa em cada direção: método original que alterna a pesquisa de cada direção em cada tentativa; 3:50 Primeiro ciclo direção x1 x12 x10 S1 14; y2 = 88 x13 x11 S1 14 1,5x1 12,5; y3 = 63,25 x14 12,5 1,5x1,5 10,25 ; y4 = 34,56 x15 x16 3:50 Primeiro ciclo direção x2 x12 4 1 3; y8 = -12,01 x 22 3 1,5.1,0 1,5; y9 = -33,02 10,25 1,5x 2,25 6,88; y5 = 10,52 x 32 1,5 1,5.1,5 0,75; y10 = -47,67 6,88 1,5x3,375 1,82; y6 = 17,16 x 42 0,75 1,5.2,25 4,13; y11= -31,67 Rosenbrock: Método um pouco mais eficiente 5 4.5 4 3.5 3 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 Direção de busca é a que potencialmente dará maior incremento da FO 3:50 Limitação da busca direta: Ótimos locais 5 4.5 4 3.5 Região que atrai solução para o ótimo local 3 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 3:50 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 Tentativa de contornar problema: Busca direta com inicialização múltipla 5 4.5 Várias tentativas; espera se que o ótimo global seja a melhor solução testada. 4 3.5 3 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 Problema: Ineficiente e ineficaz quando a FO tem muitos ótimos locais 3:50 Técnicas numéricas – Busca direta Busca direta (Rosenbrock e cia.) 3:50 vantagens: funções descontínuas; otimização por simulação (funções que não podem ser expressas analiticamente - calibração de modelos) desvantagens: funções com picos múltiplos Técnicas numéricas – Algoritmos genéticos Início Inicialização da população Cálculo da aptidão Solução encontrada? Nova população Seleção Reprodução Mutação 3:50 Fim Algumas regras gerais dos algoritmos genéticos •Conceitos de população, reprodução e gerações •Filhos são semelhantes aos pais •Os pais mais “adaptados” tem maior probabilidade de gerar filhos •Os filhos não são completamente iguais aos pais 3:50 Pais mais adaptados têm maior probabilidade de gerar filhos (sobrevivência do mais apto = seleção natural) Darwin 3:50 Algoritmos genéticos 3:50 Na natureza: indivíduos mais adaptados têm maior probabilidade de sobreviver até chegar à fase reprodutiva e de participar do processo de reprodução. No algoritmo: pontos com maior FO têm maior probabilidade de serem escolhidos para participar dos complexos. Algoritmo genético “puro” 1 - gera população (pontos aleatórios) 160 140 120 100 80 60 40 20 0 0 3:50 10 20 30 2 - escolhe pontos para participar do processo de “reprodução” (pontos com melhor FO tem maior probabilidade de escolha 160 140 120 100 80 60 40 20 0 0 3:50 10 20 30 2 - Exemplo de reprodução: escolhidos dois pontos 160 140 120 100 80 60 40 20 0 0 10 Xa=8 binário 3:50 Xa=01000 20 Xb=19 Xb=10011 30 Genética: filhos “recebem” cromossomos dos pais 01000 10011 É determinado um (ou mais) ponto de “corte” (aleatório) 01011 10000 Filho 1: parte dos “cromossomos” do pai e parte da mãe Filhos: 3:50 Filho 2: outra parte dos “cromossomos” do pai e parte da mãe Xa=01011 = 11 Xb=10000 = 16 160 140 120 pais 100 80 60 40 filhos 20 0 0 3:50 10 20 30 Mutação: evento de baixa probabilidade Genética: filhos “recebem” cromossomos dos pais 01000 10011 É determinado um (ou mais) ponto de “corte” (aleatório) 01011 10100 Filho 1: sem mutação Filhos: 3:50 Filho 2: mutação Xa=01011 = 11 Xb=10100 = 20 Reprodução de todos os pontos escolhidos resulta na nova geração 160 140 120 100 80 60 40 20 0 0 3:50 10 20 30 Depois de algumas gerações 160 140 120 100 80 60 40 20 0 0 3:50 10 20 30 Algumas desvantagens do algoritmo genético puro •Números binários •Transformação de variáveis de base decimal para binária -0,05 +180,3 Variável Y 0000000000 1111111111 Usando 10 bits; Resolução = 0,176 3:50 decimal Algumas vantagens do algoritmo genético puro Otimização com números inteiros Diâmetros comerciais 3:50 Evolução de complexos misturados (Shuffled complex evolution) SCE - UA Usa técnicas de 3:50 busca aleatória algoritmos genéticos simplex (Nelder e Mead) Proposto por Duan, Gupta e Sorooshian (U. Arizona) Descrito no livro Sistemas Inteligentes da ABRH 5 4.5 4 3.5 3 Passo 1 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 3:50 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5 4.5 4 3.5 3 Passo 2 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 3:50 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5 4.5 4 3.5 3 Passo 3 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 3:50 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5 4.5 4 3.5 3 Passo 4 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 3:50 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5 4.5 4 3.5 3 Passo 5 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 3:50 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5 4.5 4 3.5 3 Passo 6 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 3:50 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5 4.5 4 3.5 3 Passo 7 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 3:50 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5 4.5 4 3.5 3 Passo 8 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 3:50 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5 4.5 4 3.5 3 Passo 9 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 3:50 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5 4.5 4 3.5 3 Passo 10 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 3:50 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 5 4.5 4 3.5 3 Passo 20 2.5 2 1.5 1 0.5 0 0 3:50 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 1 - Geração aleatória de pontos 5 4.5 4 3.5 Complexos = “casais” 3 2.5 Obs.: Casais podem ser de mais de dois pontos. 2 1.5 1 0.5 0 3:500 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 2 - Formar complexos 5 4.5 4 3.5 Complexos = “casais” 3 2.5 Obs.: Casais podem ser de mais de dois pontos. 2 1.5 Exemplo: complexos de 4 pontos 1 0.5 0 3:500 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 3 - Formar sub-complexo (exemplo) 5 Obs.: Nem todos os pontos de um complexo fazem parte do sub-complexo. 4.5 4 3.5 3 Exemplo: subcomplexo de 3 pontos extraído de um complexo de 4 pontos. 2.5 2 1.5 A probabilidade de um ponto do complexo participar do sub-complexo é proporcional à FO. 1 0.5 0 3:500 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 Define pior ponto do sub-complexo 5 4.5 4 3.5 3 2.5 2 1.5 Exemplo: sub-complexo de 3 pontos 1 0.5 0 3:500 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 Define centróide dos melhores pontos 5 4.5 4 3.5 3 2.5 2 1.5 1 0.5 0 3:500 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 Passo de reflexão 5 4.5 Passo de reflexão: distância a = distância b 4 3.5 a 3 Verifica valor da FO no novo ponto, se é melhor do que pior ponto, novo ponto é aceito, se não, vai para o passo de contração. 2.5 b 2 1.5 1 0.5 0 3:500 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 Passo de contração 5 4.5 Passo de contração: distância a = distância b 4 a 3.5 b 3 Verifica valor da FO no novo ponto, se é melhor do que pior ponto, novo ponto é aceito, se não, cria ponto aleatório. 2.5 2 1.5 1 0.5 0 3:500 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 Ponto aleatório 5 4.5 4 3.5 3 2.5 2 1.5 1 0.5 0 3:500 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 Um novo ponto é gerado no espaço definido pelos limites mínimo e máximo de cada um dos parâmetros no complexo. Ponto aleatório 5 4.5 4 3.5 3 2.5 2 1.5 1 0.5 0 3:500 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 Um novo ponto é gerado no espaço definido pelos limites mínimo e máximo de cada um dos parâmetros no complexo. Nova geração 5 4.5 4 3.5 3 2.5 2 1.5 1 0.5 3:50 0 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 Cada complexo gera um novo ponto (filhote), seja por um passo de reflexão, de contração ou aleatório. O novo ponto substitui o pior ponto do complexo. Ao final de uma rodada de evolução existe uma nova geração, com o mesmo tamanho de população (número de pontos). Pais mais adaptados têm maior probabilidade de gerar filhos (sobrevivência do mais apto = seleção natural) Probabilidade de escolha 1 0 Valor da FO Posição no ranking 3:50 1) Classificar os pontos do complexo em ordem de FO (ranking) 2) Atribuir probabilidade de escolha para participar do subcomplexo segundo a função do desenho: Exemplo Sub-Complexo Complexo 5 5 4.5 4.5 4 4 3.5 3.5 3 3 2.5 2.5 2 2 1.5 1.5 1 1 0.5 0.5 0 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 0 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 Dois pontos do complexo ficaram fora do sub-complexo. Não necessariamente os piores pontos ficam fora. 3:50 4.5 5 Filhos são semelhantes aos pais Genética: filhos “recebem” cromossomos dos pais 5 Algoritmo SCE-UA: No lugar dos “casais” estão os “complexos”, que são “casais” de n pontos 4.5 4 3.5 a 3 2.5 b 2 1.5 1 0.5 0 3:50 0 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 Aplicações 3:50 Calibração do modelo IPH-2 Calibração multi-objetivo do modelo IPH-2 Calibração multi-objetivo do modelo de grandes bacias Ajuste de parâmetros de curva de infiltração de trincheira (Vladimir) Calibração automática com SCE-UA Função objetivo: Coeficiente de Nash Sutcliffe 3:50 Cada ponto representa os valores dos parâmetros escolhidos. A FO é o coeficiente de Nash Sutcliffe. Para ser avaliada, deve ser realizada uma simulação completa (por exemplo, 10 anos de dados diários). 5 4.5 4 3.5 3 700 2.5 600 calculada observada 2 Vazão (m3 /s) 500 400 1.5 300 1 200 0.5 100 0 0 0 01/jun/72 3:50 01/jul/72 31/jul/72 30/ago/72 29/set/72 29/out/72 28/nov/72 0.5 1 1.5 2 2.5 3 3.5 4 4.5 5 Teste 1: Calibração com série sintética de vazões Vazão observada é substituída pela vazão gerada pelo modelo Teoricamente o método de calibração deve encontrar os parâmetros utilizados na geração da série. Valores dos parâmetros utilizados no teste 3:50 I0 Ib h Ks Kbas Rmax Alf 50,0 1,0 0,8 5,0 100,0 4,0 2,0 Resultados teste 1 Em 10 aplicações sucessivas o algoritmo de calibração atingiu sempre o ótimo global (conjunto de parâmetros que gerou a série sintética), em menos do que 10.000 avaliações da função objetivo 140 Valor do parâmetro ao longo do processo Literatura mostra testes semelhantes com métodos Rosenbrock e outros, que não conseguem superar este teste. Valor do parâmetro I0 120 100 I0 = 50 80 60 40 20 0 0 3:50 2000 4000 6000 8000 Número de avaliações da função 10000 12000 Teste 2: calibração dados observados Calibração I0 Ib h Ks Kbas Rmax Alf R2 1 36,04 0,46 0,93 7,52 11,11 2,80 19,99 0,85915 2 36,04 0,46 0,93 7,52 11,16 2,80 19,99 0,85915 3 36.03 0.46 0.93 7,52 11,05 2,80 19,99 0,85915 4 35.91 0.46 0,93 7.56 11.95 2.81 19.69 0,85915 5 36.02 0.46 0,93 7.52 11.09 2.80 19.98 0,85915 6 36.04 0.46 0.93 7.52 11.14 2.80 19.99 0,85915 7 36.04 0.46 0,93 7.52 11.12 2.80 19.99 0,85915 8 36.05 0.46 0,93 7.52 11.13 2.80 19.99 0,85915 9 36.03 0.46 0.93 7.52 11.11 2.79 19.99 0,85915 10 36.04 0.46 0.93 7.52 11.16 2.80 19.99 0,85915 Calibração do modelo IPH-2 (10 vezes) 3:50 SCE-UA aplicado ao IPH-2 3:50 Fortes evidências de que o algoritmo encontra o ótimo global. Melhor que Rosenbrock. Pior que calibração manual porque só leva em conta uma função objetivo. Otimização multi-objetivo 3:50 Considerar mais de uma FO. Calibração de modelos hidrológicos distribuídos Otimização de sistemas de reservatórios de usos múltiplos (controle de cheias x regularização de vazão) Vazão e evapotranspiração Otimização multi-objetivo 12 11 Função 1 10 9 F1 F2 Região de Pareto 8 7 Função 2 F(x) 6 5 4 3 2 1 0 -1 -2 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 x Em geral o ótimo de uma função não corresponde ao ótimo da outra. 3:50 Otimização multi-objetivo Um problema de otimização multi-objetivo tem um conjunto de soluções igualmente válidas. 12 11 10 9 F1 F2 Região de Pareto 8 7 F(x) 6 5 4 3 2 1 0 -1 -2 0 3:50 1 2 3 4 5 x 6 7 8 9 10 Região de Pareto ou Curva de Pareto Conjunto de pontos em que a solução não pode ser considerada pior do que qualquer outra solução. 12 11 10 9 F1 F2 Região de Pareto 8 7 F(x) 6 5 4 3 2 1 0 -1 -2 0 1 2 3 4 5 x 3:50 6 7 8 9 10 Exemplo IPH 2 Faixa válida dos parâmetros. Parâmetr Unidade o Io mm.t-1 Ib mm.t-1 H Ks t Ksub t Rmáx mm Alf - Valor mínimo 10 0,1 0,0 0,01 30,0 0,0 0,01 2 FO: Erro volume e RMSE 3:50 Valor máximo 300 10 1,0 10,0 40,0 9,0 20,0 Geração 1 8 7 Erro no volume 6 5 4 3 2 1 0 15000 17000 19000 21000 Soma desvios quadrados 3:50 23000 25000 Geração 10 8 7 Erro no volume 6 5 4 3 2 1 0 15000 17000 19000 21000 Soma desvios quadrados 3:50 23000 25000 Geração 20 8 7 Erro no volume 6 5 4 3 2 1 0 15000 17000 19000 21000 Soma desvios quadrados 3:50 23000 25000 Geração 50 8 7 Erro no volume 6 5 4 3 2 1 0 15000 17000 19000 21000 Soma desvios quadrados 3:50 23000 25000 Geração 138 8 7 Erro no volume 6 5 4 3 2 1 0 15000 17000 19000 21000 Soma desvios quadrados 3:50 23000 25000 Avaliação da incerteza: usar todos os conjuntos e gerar vários hidrogramas 3:50 Propagação da incerteza: Q90 calculada, por exemplo, vai de 8,9 a 10,5 m3.s-1, sendo que a Q90 observada é de 9,1 m3.s-1 3:50 Problemas de recursos hídricos esperando por uma abordagem com algoritmos genéticos no CTEC 3:50 Dimensionamento de sistema de reservatórios de abastecimento ou controle de cheias Dimensionamento de canais e redes de abastecimento Otimização de operação de reservatórios Substituir Rosenbrock Substituir programação linear Substituir programação dinâmica Problemas de recursos hídricos esperando por uma abordagem com algoritmos genéticos no CTEC Problemas de otimização com inteiros 3:50 diâmetros comerciais de condutos parâmetros comerciais de bombas Sugestões de leitura 3:50 Yapo, P. O.; Gupta, H. V.; Sorooshian, S. 1998 Multi-objective global optimization for hydrologic models. Journal of Hydrology, Vol. 204 pp. 83-97. Sorooshian, S.; Gupta, V. K. 1995 Model calibration In: Singh, V. J. (editor) Computer models of watershed hydrology. Water Resources Publications, Highlands Ranch. 1130 p. Duan, Q.; Sorooshian, S.; Gupta, V. 1992 Effective and efficient global optimization for conceptual rainfall-runoff models. Water Resources Research Vol. 28 No. 4. pp. 1015-1031. Duan, Q.; Sorooshian, S.; Gupta, V. 1994 Optimal use of the SCE – UA global optimization method for calibrating watershed models. Journal of Hydrology, Vol 158 pp. 265-284. Bonabeau, E.; Dorigo, M.; Theraulaz, G. 2000 Inspiration for optimization from social insect behaviour. Nature Vol. 406 July pp.39-42. Goldberg, D. 1989 Genetic Algorithms in Search, Optimization and Machine Learning AddisonWesley, 412 pp. Sugestões de leitura 3:50 Klemes, V. 1986 Operational testing of hydrological simulation models. Hydrological Sciences Journal V. 31 No. 1 pp. 13-24. Nash e Sutcliffe, 1970 (Journal of Hydrology) Particle Swarm Optimization