Hospital São Paulo, HU da Universidade Federal de São Paulo SPDM – Associação Paulista Para o Desenvolvimento da Medicina IV Congresso Brasileiro de Hospitais Universitários e de Ensino – QUALIDADE NA GESTÃO A ENGENHARIA CLÍNICA E SUA ATUAÇÃO NA MANUTENÇÃO, PREVENÇÃO E NO CONTROLE DE QUALIDADE Ferraro JR, Santos MCE, Meireles CC, Piovezan V. Introdução Com a finalidade de garantir que os serviços de saúde cada vez mais agreguem qualidade, segurança e eficiência no atendimento à população, normativas de padronizações com fiscalização de órgãos auditores se tornam ferramentas aliadas na busca deste objetivo. A Resolução Anvisa RDC Nº 2, DE 25 DE JANEIRO DE 2010, estabelece os critérios mínimos a serem seguidos pelos estabelecimentos de saúde, focando no gerenciamento de tecnologias utilizadas na prestação dos serviços e assistência médica. Dentro deste cenário, o papel da Engenharia Clínica é de gerenciar a seqüência de passos e processos que determinam o ciclo de vida completo dos equipamentos médico-assistenciais, contados desde sua aquisição bem especificada, capacitação de profissionais em saúde, apoio técnico qualificado, manutenções preventivas, controle de qualidade, calibração, manutenções corretivas e desativação. Objetivos Padronizar processos e fluxos em busca de acreditações, possibilitando o pleno controle de equipamentos, desde a aquisição até o descarte, com qualidade, eficiência e segurança, respeitando todas as normativas e legislações existentes. Metodologia Desenvolver fluxos, formulários e rotinas para proporcionar a aquisição bem especificada, minimizando erros, contratempos e prevendo possíveis ações relacionadas a adequações estruturais antes mesmo que o equipamento seja adquirido, possibilitando a implantação de novas tecnologias garantindo qualidade com o melhor custo, exigindo que todas as legislações sejam fielmente respeitadas e que os registros junto aos órgãos competentes estejam em dia. Elaborar e disponibilizar treinamento operacional para os usuários e profissionais da saúde, tarefa esta considerada como manutenção preventiva em primeiro nível, onde a eficiência deste serviço possibilita que erros operacionais não danifiquem equipamentos. Promover o desenvolvimento técnico da mão de obra como principal diferencial para garantir um Ciclo de vida de um equipamento médico -assistencial melhor aaaaa controle de qualidade e menor custo de manutenção. Implantar fluxos e efetuar alterações estruturais preparatórias para a implantação da ISO/IEC 17025 no laboratório de Calibração. Criar formulários e rotinas para possibilitar a desativação organizada e documentada dos equipamentos médico-assistenciais. Resultados Através da estruturação completa do organograma da Engenharia Clínica do Hospital Universitário da UNIFESP – Hospital São Paulo, foi possível concentrar responsabilidades de forma a compor grupos especializados para a execução das diversas etapas compreendidas no processo de manutenção. Com a elaboração do fluxograma de treinamentos, é possível medir os resultados obtidos pela redução nos chamados técnicos de manutenção corretiva. Agrupar equipes focadas em equipamentos específicos possibilitou dispor mão de obra especializada em equipamentos de aplicação similar, facilitando o controle e o processo diagnóstico. Os serviços prestado pelo grupo de Calibração de equipamentos médico-assistenciais está em fase preparatória para implantação, em 2012, da Normativa ISO/IEC 17025, que proporcionará acreditação internacional para as atividades de calibração já desempenhadas. Conclusão A busca por acreditações e padronizações de processos é a única forma de conquistar a excelência em todos os serviços prestados. A utilização de mão de obra técnica qualificada é o principal diferencial em se tratando de um melhor controle de qualidade nos serviços de manutenção e calibração. O investimento na mão de obra interna possibilita que o “Know How” desenvolvido através dos profissionais seja intensificado e, desta forma, reduzindo significativamente o custo de manutenção. Um processo aquisitivo bem elaborado garante a assertividade plena na incorporação da nova tecnologia.