O Julgamento por Pilatos Pergunta 875 do Livros dos Espíritos: Como se pode definir justiça? R.: “A justiça consiste em cada um respeitar os direitos dos demais”. a) Que é o que determina esses direitos? R.: “Duas coisas: a lei humana e a lei natural. Tendo os homens formulado leis apropriadas a seus costumes e caracteres, elas estabeleceram direitos mutáveis com o progresso das luzes. Vede se hoje as vossas leis, aliás imperfeitas, consagram os mesmos direitos que as da Idade Média. Entretanto, esses direitos antiquados, que agora se vos afiguram monstruosos, pareciam justos e naturais naquela época. Nem sempre, pois, é acorde com a justiça o direito que os homens prescrevem. Demais, este direito regula apenas algumas relações sociais, quando é certo que, na vida particular, há uma imensidade de atos unicamente da alçada do tribunal da consciência:. A acusação •“Jesus de Nazaré, rabino galileu, sedutor, inimigo da Lei, falso rei de Israel, herético Filho de Deus, Messias impostor, explorador de viúvas e órfãos, fascinador de donzelas, agitador e depredador do Templo, profanador de oblatas e inimigo das devoções. •Assim julgado unanimemente culpado por esta corte em juízo de emergência. •Mas Jesus de Nazaré não feriu apenas o poder divino, porém, comprometeu a ordem publica. Já foi julgado pelo direito sagrado, que está acima das competições humanas, mas agora encontra-se perante o juízo representativo do Imperador Tibério, que o julgará como crime civil de lesapátria e subversão. A reação de Pilatos (in.”O Sublime Peregrino – Ramatis) “Pôncio Pilatos recuou no espaldar da poltrona, os lábios entreabertos e pasmados de tanta audácia. Estava habituado ao cinismo e a petulância dos hebreus, porem, jamais tolerava que se imiscuíssem em seus negócios e nas suas obrigações públicas. O Sumo Sacerdote não lhe exigia a morte de Jesus, o rebelde inimigo do Clero Judeu; mas parecia desafiá-lo sob a ameaça de um rosário de conseqüências graves, se assim não o fizesse. Com isso demonstrava que possuía todos os trunfos na mão e jamais abdicaria de tal favor. Sentiu-se sumamente ofendido no seu amor-próprio, ante a atitude descarada do esbirro de Caifás, tentando a dar uma lição ao seu capataz do Templo, pois um romano jamais se curvava tão facilmente a decisão acintosa de povos escravos. Mas isso também dependeria de conhecer melhor o sedioço Jesus, pois, se o soltasse por um capricho e ele promovesse qualquer nova insurreição, ser-lhe-ia difícil explicar a Tibério os motivos que o fizeram decidir de modo tão discutível. O Interrogatório -Que fizeste, Galileu, para ateares a ira dos juizes do Sinédrio e atraíres tantos testemunhos de sedição, que me obrigas a crucificarte? -Nada tenho a defender-me das acusações dos homens, pois eu cumpro a vontade de meu Pai que esta nos céus! A morte será para mim a coroa de glorias e a salvação de minha obra para a redenção dos homens! -Mas eu posso salvar-te a vida, se isso me aprouver ! Que pretendes, enfim? -Recusar a vida que me ofereces, pois isso seria deserção e covardia. Só a minha morte não desmentira aquilo que o Senhor transmitiu por mim aos homens! -Como te atreves a recusar meu indulto? -Não intentes salvar-me ! Jamais seriéis perdoado pela ira dos que me condenaram. -Julgas que eu temo esses sacripantas do Templo? -Sou grato pela vossa clemência e sei que não temeis os vossos cativos, mas eu preciso morrer por força de minha obra, só assim ela viverá! Jesus X Barrabás Pilatos estava entre dois caminhos, de um lado obcecado pelo seu bem-estar e pelos seus interesses ambiciosos e de outro tentando frustrar os objetivos de Caifás sem se candidatar a futuros problemas, resolveu induzir o próprio povo judeu a absolver ou condenar o rabino Galileu. Ergueu a mão, num gesto de silencio e, apontando o rabi da Galileia, indagou de modo arrogante: -Que desejais a este homem? A liberdade ou a morte? -Morte ao Rei de Israel! Morte ao falso Filho de Deus! À cruz com o Messias! Crucifica-o! Crucifica-o! Não era o povo que gritava o “crucifica-o”, mas provinha da “claque” infame recrutada a peso de ouro pelo Sumo Sacerdote, com a finalidade de pedir a morte de um justo, assim como também lhe pediria a absolvição, caso fosse bem paga para isso. • Sumo Sacerdote: – Poder – Mando – Orgulho – Superioridade – Desorganização Mental • Pilatos – Poder – Mando – Orgulho – Omissão perante as injustiças. – Conveniências Humanas • Jesus – Mansidão – Serenidade – Compromisso com sua missão. O CALVARIO -“Ele foi oprimido, porem não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro e como a ovelha muda perante seus tosquiadores, assim não abriu a sua boca”. (Isaias) -Após a entrega de Jesus aos Romanos e da sentença de Pilatos, muitos sacerdotes foram até o Sinédrio protestar: - “Irrita e nula foi a sentença do Sinédrio. Desprezada foram as leis da Thora, O Sumo-Sacerdote praticou um homicídio, entregando a Edon uma alma de Israel. A memória deste feito será recordada como um crime execrável até o fim dos tempos. Maldição sobre a casa de Hanan! Maldição sobre os filhos de Beitus!” Quais foram as últimas palavras de Jesus ? “Pai, faça-se a sua vontade e não a minha.” Amar a Deus sobre todas as coisas “Perdoalhes, Pai; não sabem o que fazem.” Amar ao próximo como a si mesmo “Pai, nas tuas mãos encomendo o meu espírito.” Será que Jesus sofreu fisicamente em sua morte ? A RESSURREIÇÃO •José de Arimatéia dado o seu prestigio junto a Pilatos reclama o corpo de Jesus leva-o para ser sepultado em seu túmulo particular. •Como era véspera da Páscoa Judaica as 18:00 horas soariam as trombetas do templo e até o por do sol do dia seguinte nenhum Judeu poderia ter atividades. Assim o processo de embalsamento do corpo de Jesus foi feito as pressas, ficando combinado que no Domingo pela manha as mulheres deviam retornar para fazer o serviço de forma completa. •Kaifa temendo que os discípulos roubassem o corpo pediu a Pilatos uma guarda romana para vigiar o sepulcro. Enviando, também, uma tropa de esbirros do sinédrio. •Na manhã de Domingo, bem cedo, as mulheres voltaram ao sepulcro, porem não havia mais guarda e a pedra que lacrava o túmulo havia sido removida. O sepulcro estava vazio, somente os lençóis que cobriam a Jesus estava no local. •Maria de Magdala, desorientada, afastou-se do grupo e deu com o Rabi que caminhava para ela; e querendo atirar-se a seus pés, ouviu que lhe dizia: “não me toques, ainda não subi para meu Pai. Diz a todos que vão para Galileia e que lá estarei com eles.” AS APARIÇÕES •Após Maria de Magdala, muitas vezes Jesus apareceu a diferentes pessoas. •Não somente aos Discípulos mais chegados, bem como a pastores, um grupo de Gregos que seguiam a Jesus, as irmãs de Lazaro, e muitos outros. • Jesus esteve junto aos seus, comendo, bebendo, conversando. •Aproveitou a oportunidade para fortalecer seus ensinos, agora de forma muito mais profunda. Pois a sua ressurreição estava confirmada. “Isto (que vos estais vendo) são as coisas que eu vos dizia, quando ainda estava convosco, que era necessário que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés e nos profetas e nos salmos. Então abriu-lhes o entendimento para compreenderem as Escrituras; e disse-lhes: Assim está escrito, e assim era necessário que o Cristo padecesse e ressuscitasse dos mortos ao terceiro dia; e que em seu nome se pregasse a penitencia e a remissão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. E vos sois as testemunhas destas coisas. E eu vou mandar sobre vos o (Espírito Santo) prometido por meu Pai; entretanto, permanecei na cidade, ate que sejais revestidos da virtude do alto”. AS CONTROVERSIAS A morte na cruz só se dava três a quatro dias após a crucificação, quando Jesus ali permaneceu somente três horas. Após o seu sepultamento, seu corpo desapareceu, mas foi visto depois por vários discípulos, tomando até refeições com eles. Segundo alguns, Jesus foi retirado do sepulcro pelos essênios, que sempre o apoiaram, para que o povo pensasse que de fato ressuscitou e, desta forma, a doutrina que pregava vencesse no mundo, como era necessário. Eu afirmo para vocês que Jesus NÃO morreu na cruz Bibliografia: O Redentor - Cap. 42, 43 e 45 - Edgard Armond - Ed. Aliança O Sublime Peregrino - Cap. 30 e 31 - Ramatis / Hercílio Maes - Ed. Freitas Bastos Ave Luz - Gabriel Delanne - FEB O Livro dos Espíritos - Perg. 873 a 875a - Allan Kardec - FEB Há 2000 Anos - Cap. 8 e 9 - Emmanuel / Chico Xavier - FEB Boa Nova - Humberto de Campos / Chico Xavier - FEB O Sermão da Montanha - Huberto Rohden - Ed. Alvorada O Sermão da Montanha - Rodolfo Calligaris – FEB A Gênese - Cap. 15 : 54 a 67 - Allan Kardec - FEB Boa Nova - Cap. 28 a 30 - Humberto de Campos / C. Xavier - FEB O Nazareno - Scholem Asch - Ed. Nacional Arpas Eternas - Hilarion de Monte Nebo - Ed. Kier ( Buenos Aires ) Primícias do Reino - Amélia Rodrigues / Divaldo P. Franco