Escola Econômica Clássica
François Quesnay
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* 1694 (França) - † 1774
Médico do rei Luiz XV
1758: Tableau Économique –
marca o início da Escola
Fisiocrática.
Princípios: ordem natural e
ordem
providencial,
solidamente ligadas à terra,
que propõem serenidade ao
período
de
inquietação
econômica e política.
1. Ordem Natural

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
Os fenômenos econômicos processam-se livre e
independentemente de qualquer coação exterior, segundo
uma ordem imposta pela natureza e regida por leis
naturais (idéia de equilíbrio estacionário retomada por
Walras no séc. XIX).
A sociedade se compõe de três classes: i) produtiva,
formada pelos agricultores, ii) classe dos proprietários
imobiliários, e iii) estéril (comerciantes, industriais,
profissionais liberais).
A circulação de riquezas ocorre entre essas diferentes
classes (idéia do fluxo circular de renda retomada por
economistas modernos).
Proprietários de Terra
( & Rei, Igreja, Burocracia, Exército)
$
$
Manufat1
Artesãos
(Classe
Estéril)
Manufat2
Mat.Primas
Man.
Alimentos p/
Classe Estéril
Mat.Primas
Agr.
Alimentos
Alimentos
Prop. Terra
Agricultores(ClasseProdutiva)
O mundo dos Fisiocratas - Situação Inicial
Proprietários de Terra
( & Rei, Igreja, Burocracia, Exército)
$
$
Compra
Venda
Manufat 1
Compra
Artesãos
(Classe
Estéril)
Venda
Manufat 2
Mat. Primas
Man.
Alimentos p/
Classe Estéril
Mat. Primas
Agr.
Alimentos
Alimentos
Prop. Terra
Agricultores(ClasseProdutiva)
O mundo dos Fisiocratas - Situação 1
Proprietários de Terra
( & Rei, Igreja, Burocracia, Exército)
Alimentos
Manufat 1
$
Artesãos
(Classe
Estéril)
Compra
Venda
Manufat 2
Venda
Compra
Mat. Primas
Man.
Alimentos p/
Classe Estéril
Mat. Primas
Agr.
Alimentos
$
Agricultores(ClasseProdutiva)
O mundo dos Fisiocratas - Situação 2a
Proprietários de Terra
( & Rei, Igreja, Burocracia, Exército)
Alimentos
Manufat1
Mat.Primas
Man.
Artesãos
(Classe
Estéril)
$
Compra
Venda
$
Alimentos p/
Classe Estéril
Mat.Primas
Agr.
Alimentos
Manufat2
Agricultores(ClasseProdutiva)
O mundo dos Fisiocratas - Situação 2b
Proprietários de Terra
( & Rei, Igreja, Burocracia, Exército)
Alimentos
Manufat1
Mat.Primas
Man.
Alimentos p/
Classe Estéril
$
$
Manufat2
Mat.Primas
Agr.
Alimentos
Agricultores(ClasseProdutiva)
O mundo dos Fisiocratas - Situação 2b
Artesãos
(Classe
Estéril)
Proprietários de Terra
( & Rei, Igreja, Burocracia, Exército)
Alimentos
Manufat1
Mat. Primas
Man.
Alimentos p/
Classe Estéril
$
$
Mat. Primas
Agr.
Alimentos
Manufat 2
Agricultores(ClasseProdutiva)
O mundo dos Fisiocratas - Situação 2d ( Sistema em produção..)
Artesãos
(Classe
Estéril)
Proprietários de Terra
( & Rei, Igreja, Burocracia, Exército)
.............
.............
Renda
Renda
Manufat1
Manufat2
$
$
Mat.Primas
Man.
Alimentos p/
Classe Estéril
Mat.Primas
Agr.
Alimentos
Alimentos
Prop. Terra
Agricultores(ClasseProdutiva)
O mundo dos Fisiocratas - Situação 3 (Sistema ao final do Ciclo)
Artesãos
( Classe
Estéril)
Proprietários de Terra
( & Rei, Igreja, Burocracia, Exército)
$
$
Manufat 1
Artesãos
(Classe
Estéril)
Manufat 2
Mat. Primas
Man.
Alimentos p/
Classe Estéril
Mat. Primas
Agr.
Alimentos
Alimentos
Prop. Terra
Agricultores(ClasseProdutiva)
 O mundo dos Fisiocratas - Situação 4 = Situação Inicial
Proprietários de Terra
( & Rei, Igreja, Burocracia, Exército)
$
$
Compra
Compra
Manufat1
Compra
Artesãos
(Classe
Estéril)
Venda
Manufat2
Mat.Primas
Man.
Alimentos p/
Classe Estéril
Mat.Primas
Agr.
Alimentos
Alimentos
Prop. Terra
Agricultores(ClasseProdutiva)
O mundo dos Fisiocratas - Situação 4 - (Reinício do Ciclo)
2. Ordem Providencial
A ordem natural é uma ordem providencial, pois é
desejada por Deus.
 Por ser providencial é a melhor possível, e,
portanto, deve ser deixada livre para o alcance do
progresso econômico e social (raiz da doutrina
liberal – laissez-faire).

Avanços dos Fisiocratas
Economia como um “sistema vivo”
 Diferenciação
de
“trabalho
produtivo” e “trabalho improdutivo”
 Organicidade também das Classes
Sociais
 Excedente é gerado pela Produção
 Questões não resolvidas: (quais?)

Adam Smith
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

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* 1723 (Escócia) - † 1790
Segunda metade do século
XVIII: início da 1ª Revolução
industrial
Professor de “Filosofia moral”
da Universidade de Glasgow
1759: ATeoria dos Sentimentos
Morais
1776: A Riqueza das Nações
Princípios de “A Riqueza das Nações”(1)
A
Economia entendida como a ciência que se
ocupa da “Investigação sobre a Natureza e as
Causas da Riqueza das Nações”
 Trabalho (entendido como atividade produtiva)
é a fonte de riqueza das nações.
 A produtividade diferenciada entre países é
tida como a explicação dos diferentes níveis
de riqueza entre as nações.
Princípios de “A Riqueza das Nações”(2)

A produtividade é causada pela “eficácia do trabalho”, e esta
provém da divisão do trabalho (e não das propriedades naturais da
terra):
 Pelo aumento da destreza de cada trabalhador
 Pela economia de tempo decorrente da “racionalização do processo
de trabalho”
 Pela invenção de um grande número de máquinas... permitindo a um
só homem fazer o trabalho de muitos

São duas as condições prévias para a divisão do trabalho: extensão
do mercado (decorrente da “propensão natural à troca” e da facilidade de
transportes) e abundância de capitais (derivados dos lucros conseguidos a partir
do “produto líquido do trabalho” e utilizados como “capacidade de comandar trabalho”).
Princípios de “A Riqueza das Nações”(3)



A política mais favorável à ampliação dos mercados e
do capital é a da liberdade do comércio.
A maneira como o produto do trabalho é dividido entre
os salários, renda fundiária e lucro é o que torna uma
nação mais ou menos rica.
“O valor de qualquer mercadoria, para a pessoa que a
possui...e que tenciona trocá-la por outras, é igual à
quantidade de trabalho que lhe permite adquirir. Logo,
o trabalho é a medida do real valor de troca de todas
as mercadorias”
“Não se vêem povos pobres em terras vastíssimas,
potencialmente férteis, em climas dos mais benéficos? E,
inversamente, não se encontra, por vezes, uma população
numerosa vivendo na abundância em um território
exíguo? Ora, se essa é a realidade, é por existir uma
causa sem a qual os recursos naturais nada são, por
assim dizer; uma causa que, ao atuar, pode suprir a
ausência de recursos naturais. Em outros termos, uma
causa geral e comum de riqueza, causa que, atuando de
modo desigual entre os diferentes povos, explica as
desigualdades de riqueza de cada um deles; essa causa
dominante é o trabalho.”
“Segundo seja maior ou menor a proporção
existente entre o produto do trabalho – ou aquilo
que no estrangeiro se adquire em troca desse
produto – e o número de consumidores, encontrarse-á a nação mais ou menos abastecida de todas
as espécies de coisas necessárias ou cômodas de
que necessite.”
(“Introdução e Plano de Obra” in A Riqueza das Nações”
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Adam Smith