Economia de Empresas (Eco 02017) (para o curso de Relações Internacionais) Apostila 3 Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI 3. Empresa e ambiente competitivo: fundamentos da competitividade empresarial 3.1 Competitividade: conceitos básicos 3.2 Estrutura de mercado: aspectos introdutórios e taxonomia básica Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI 3.1 Competitividade Empresarial: conceitos básicos Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI ABORDAGEM DINÂMICA DA COMPETITIVIDADE • Visão básica da concorrência INOVAÇÃO VANTAGEM COMPETITIVA TEMPORÁRIA LUCROS EXTRAORDINÁRIOS Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI INOVAÇÃO • • • • • • Diferenciação de produto Modificações no Design Promoção e Imagem Associada Novos produtos Novos processos internos Novos serviços complementares Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI • Dupla dimensão da concorrência – Concorrência ativa: produz assimetria através da inovação – Concorrência passiva: reduz assimetria através da imitação Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI CONCORRÊNCIA ATIVA INOVAÇÃO VANTAGEM TEMPORÁRIA LUCROS EXTRAORDINÁRIOS CONCORRÊNCIA PASSIVA ENTRADA OU IMITAÇÃO REDUÇÃO DA TAXA DE LUCRO Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fatores determinantes da intensidade do ciclo amplo de inovação em cada indústria Vocação para a diferenciação da indústria Barreiras à entrada já existentes Existência de acordos tácitos ou de rotinas já estabelecidas (exemplo: lançamento de inovações na indústria automobilística) Ritmo das inovações tecnológicas introduzidas por fornecedores Rentabilidade esperada das inovações Maturidade da indústria Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI CLASSIFICAÇÃO DAS INDÚSTRIAS QUANTO À ESTABILIDADE/INSTABILIDADE INSTABILIDADE BAIXA MÉDIA ALTA Ritmo elevado de inovações tecnológicas Baixa maturidade da indústria Baixo grau de barreiras à entrada Alta rentabilidade esperada das inovações Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Grau de estabilidade/instabilidade da indústria (setor) • A freqüência e a amplitude dos ciclos de inovação podem caracterizar as indústrias ou as fases da sua evolução: » INSTABILIDADE Baixa Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Média Alta Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI A inovação é imperiosa: numa economia de mercado, uma empresa que esteja bem estabelecida está sempre sujeita ao ataque “competitivo” dos seus concorrentes efetivos e potenciais! Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Se ficar, o bicho come....Isto é, se uma empresa não inovar, e as competidoras inovarem, a empresa tende à decadência. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Se correr o bicho pega... Isto é, se uma empresa inovar, e as competidoras também inovarem, os gastos serão maiores e sempre haverá o risco de alguém não ser bem sucedido na inovação. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI O jogo da inovação (na competição empresarial) Empresa 2 Inova Empresa 2 Não Inova Empresa 1 Inova Lucro 1 Baixo Lucro 2 Baixo Lucro 1 Muito Alto Prejuízo 2 Empresa 1 Não inova Prejuízo 1 Lucro 2 Muito Alto Lucro 1 Alto Lucro 2 Alto Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI ABORDAGEM DINÂMICA DA COMPETITIVIDADE Estratégia Interação no Ambiente Condicionantes do Ambiente formulação da estratégia processo de planejamento estratégico sistema de avaliadores de desempenho planejamento financeiro Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI ABORDAGEM DINÂMICA DA COMPETITIVIDADE Estratégia = interação com o ambiente competitivo Teoria Evolucionária = mercado como ambiente de seleção Estratégia = adaptação e modificação do ambiente Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI ABORDAGEM DINÂMICA DA COMPETITIVIDADE A estratégia para adaptação e/ou modificação do ambiente é condicionada e limitada por fatores sistêmicos e (principalmente) estruturais/setoriais Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Análise de Ambiente (sistêmico e estrutural/setorial) Formulação e Implementação de Estratégia Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI CONCEITOS DE COMPETITIVIDADE • PRIMEIRO GRUPO: A COMPETITIVIDADE COMO RESULTADO (CONCEITOS “EX-POST) a competitividade como desempenho (competitividade revelada) neste grupo, a competitividade é medida por indicadores de market-share, seja no mercado nacional ou internacional, e tanto nos casos de uma firma quanto de um setor ou país. Independentemente da eficiência na utilização dos recursos produtivos, que definiria algumas das fontes de competitividade, a competitividade em si depende de uma série de fatores (alguns subjetivos e não mensuráveis) que em última análise estão na órbita da demanda ou mercado, que seleciona os produtos “mais competitivos”. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI CONCEITOS DE COMPETITIVIDADE • SEGUNDO GRUPO: A COMPETITIVIDADE COMO EFICIÊNCIA (CONCEITOS “EX-ANTE”) • a competitividade como eficiência (competitividade potencial). • Neste grupo, a competitividade é resultado da eficiência na utilização dos recursos produtivos, medindo-se através de indicadores de preço e/ou custo e de relações insumoproduto ou produtividade dos fatores. Portanto, a competitividade é definida na órbita da firma/produtor, em função do domínio de técnicas mais produtivas, cujos padrões de referência são as best-practices internacionais.. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI CONCEITOS DE COMPETITIVIDADE • ANÁLISE CRÍTICA: • PRIMEIRO GRUPO: CARÁTER ESTÁTICO (O QUE LEVA UMA EMPRESA OU PAÍS A TER UMA MAIOR PARTICIPAÇÃO DE MERCADO?); ESSÊNCIA E COMPLEXIDADE DO TEMA ESTÃO “OCULTAS”. • SEGUNDO GRUPO: CARÁTER ESTÁTICO; DISTORÇÃO DO ENFOQUE EM CUSTO PRODUTIVO; AJUSTAMENTO E RESPOSTA A MUDANÇA ESTÃO DESCONSIDERADOS; Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI CONCEITOS DE COMPETITIVIDADE • A COMPETITIVADE NA ABORDAGEM DINÂMICA: • Proposição alternativa: a competitividade determinada pela dinâmica do processo de concorrência. Neste sentido, competitividade é a capacidade da empresa formular e implementar estratégias concorrenciais, que lhe permitam ampliar ou conservar, de forma duradoura, uma posição sustentável no mercado. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI CONCEITOS DE COMPETITIVIDADE • PALAVRAS-CHAVE: • ESTRATÉGIA - dinamismo, rivalidade • CONCORRÊNCIA - rivalidade, interação • POSIÇÃO NO MERCADO - seletividade Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI DIMENSÕES DA COMPETITIVIDADE • DIMENSÃO SISTÊMICA • DIMENSÃO ESTRUTURAL • DIMENSÃO EMPRESARIAL Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI DIMENSÃO SISTÊMICA • A competitividade de cada empresa, e de todas as empresas do sistema produtivo de um país, é condicionada por um conjunto “horizontal “de determinantes, independentemente dos setores. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI DIMENSÃO SISTÊMICA • Aspectos sobre os quais as empresas não têm capacidade de intervenção Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI DIMENSÃO SISTÊMICA • “Popularização” da Dimensão Sistêmica: O “Custo” Brasil Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI A DIMENSÃO SISTÊMICA – Oferta de serviços de infra-estrutura (energia, telecomunicações, transporte, saneamento) – Condições macroeconômicas – Condições político-institucionais – Condições sociais (educação, saúde pública) – Aparato legal-regulatório Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI DIMENSÃO ESTRUTURAL • Aspectos sobre os quais a capacidade de intervenção da empresa é limitada; São relativos a especificidades setoriais. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI DIMENSÃO ESTRUTURAL • Configuração da indústria: – – – – – – Tendências do progresso técnico Ciclos de produtos e processos Intensidade do esforço de pesquisa e desenvolvimento Escalas de produção Grau de verticalização Articulações na cadeia produtiva Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI DIMENSÃO ESTRUTURAL • Características do mercado: • • • • Taxas de crescimento da demanda Distribuição geográfica e em faixas de renda Sistemas de comercialização Acesso a mercados internacionais Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI DIMENSÃO ESTRUTURAL • Regime de incentivos e regulação da concorrência • • • • Política comercial Política de defesa da concorrência Estrutura de incentivos Políticas de financiamento Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI DIMENSÃO EMPRESARIAL • Fatores sobre os quais as empresas têm capacidade de intervenção direta Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI DIMENSÃO EMPRESARIAL • Fatores sobre os quais as empresas têm capacidade de intervenção direta – GESTÃO: marketing, vendas, planejamento, finanças, administração geral; – INOVAÇÂO: pesquisa e desenvolvimento, transferência de tecnologia; – PRODUÇÃO: métodos de organização da produção, controle da qualidade, definição de máquinas e equipamentos; – RECURSOS HUMANOS: relações de trabalho, desenvolvimento e capacitação. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI 3.2 Estrutura de mercado: aspectos introdutórios e taxonomia básica Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI • O paradigma estrutura-condutadesempenho – Proposição básica: cada indústria (setor) possui características (organizacionais) específicas que condicionam as decisões de cada firma relativas ao processo de concorrência. O ambiente setorial importa porque (i) é determinante e (ii) é específico. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI • ESTRUTURA: • Características organizacionais de um mercado que determinam as relações entre vendedores, entre compradores, entre compradores e vendedores e entre os vendedores estabelecidos no mercado e novas firmas potencialmente capazes de entrar no mercado. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI • CONDUTA: • Processo de escolha entre diferentes alternativas de decisão quanto a variáveis que estão sob controle da firma, tais como métodos e escala de produção, publicidade, P & D, preços. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI • DESEMPENHO: • Realização de determinadas metas de eficiência ou rentabilidade. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI • ESTRUTURA • grau de concentração empresarial • diferenciação (marca, produto) • economias de escala (escala ótima mínima) • barreiras à entrada Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI • TIPOS DE ESTRUTURA – Monopólio – Oligopólio homogêneo – Oligopólio diferenciado – Concorrência monopolística – Concorrência perfeita Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI • Conduta: • política de preço • política de diferenciação • política de produção • política de promoção e publicidade • acordos/cartéis Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI • Desempenho: • Lucratividade • Eficiência operacional • Eficiência alocativa • Eficiência distributiva • Eficiência técnica Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI ESTRUTURA CONDUTA DESEMPENHO Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI estrutura estratégia Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Crítica: estrutura estratégia Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Classificação das Estruturas de Mercado • Critérios: 1) intervalo de entrada 2) substitutibilidade entre os produtos 3) interdependência entre as empresas Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI • Expressões do grau de monopólio ou poder de mercado: • Intervalo de entrada » E = (Pa - Pc) / Pc » Pa = preço estabelecido pela empresa » Pc = preço hipotético vigente em concorrência perfeita Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI • Substitutibilidade: medida pela elasticidade-preço cruzada dos produtos de duas firmas • e (p, ij) = (dqj / dpi)/(qj / pi) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI • Interdependência: medida pela elasticidade-cruzada da quantidade entre duas firmas ou entre dois conjuntos de firmas • e (q, ij) = (dpj/dqi) / (pj/qi) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI • CLASSIFICAÇÃO DAS ESTRUTURAS DE MERCADO TIPOS SUBSTITUTI BILIDADE INTERDEPENDÊNCIA ENTRADA CONCORRÊNCIA PURA TENDE A INFINITO TENDE A ZERO TENDE A ZERO CONCORRÊNCIA MONOPOLÍSTICA FINITA POSITIVA TENDE A ZERO TENDE A ZERO OLIGOPÓLIO HOMOGÊNEO TENDE A INFINITA FINITA POSITIVA E>0 OLIGOPÓLIO HETEROGÊNEO FINITA POSITIVA FINITA POSITIVA E>0 MONOPÓLIO TENDE A ZERO TENDE A ZERO ENTRADA BLOQUEADA Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI 4. Análise de concorrência e dinâmica competitiva 4.1 Análise Setorial de Competitividade Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI 4. O ambiente setorial ampliado: as forças competitivas Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Análise de Estratégia em Setores e Empresas A análise das tendências de lucratividade no nível de setores (ramos de negócios): a análise das forças competitivas Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Análise das Forças Competitivas Objetivos: – Avaliação dos fatores que afetam o lucro em um setor; – Avaliação da performance do setor e da empresa; – Identificação dos principais fatores que afetam a performance das empresas; – Avaliação das alterações do ambiente de negócios sobre a performance; Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Potencial de Entrada de Novos Competidores Poder dos Fornecedores Rivalidade Interna Poder dos Clientes Produtos Substitutos e Complementares Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Potencial de Entrada de Novos Competidores: novos fabricantes de solados Poder dos Fornecedores: fornecedores de borracha sintética ou natural Rivalidade Interna: empresas produtoras de solados de borracha para calçados Poder dos Clientes: empresas produtoras de calçados Produtos Substitutos/ Complementares: solados de poliuretano, PVC, termoplásticos Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Análise das Forças Competitivas Como as forças competitivas afetam o lucro e o valor das empresas? Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Análise das Forças Competitivas 1. A rivalidade interna: refere-se à disputa entre as empresas do mesmo segmento por uma maior participação nas vendas e nos lucros propiciados pelo mercado Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Análise das Forças Competitivas 1. A rivalidade interna: Competição via preço Competição por outros fatores (qualidade, diferenciação, inovação, publicidade, controle de pontos de venda) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Análise das Forças Competitivas 1 A rivalidade interna: Nos setores em que a competição é mais forte e ocorre via preços, a tendência é de que maior queda na lucratividade e valor das empresas. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Análise das Forças Competitivas 1. A rivalidade interna - fatores que intensificam a competição via preço: - número de competidores no mercado; Estagnação ou declínio da demanda no setor; Diferença de custos entre as empresas; Produtos não diferenciados ou inexistência de custos de mudança; Barreiras de saída; Dificuldades de coordenação tácita ou liderança de preço; Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Análise das Forças Competitivas Rivalidade Interna Fatores: Crescimento da indústria Concentração e equilíbrio Custos fixos/valor agregado Excesso de capacidade Diferenças entre produtos Complexidade informacional Diversidade de concorrentes Barreiras à saída Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Análise das Forças Competitivas 2 Potencial de Entrada de Novos Competidores: uma maior facilidade de entrada implica que há uma maior ameaça potencial sobre a participação de mercado e sobre a rentabilidade das empresas já estabelecidas. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Análise das Forças Competitivas 2 Potencial de Entrada de Novos Competidores: quando ocorre a entrada, há uma redução do mercado para as empresas estabelecidas e intensifica-se a competição entre as empresas já estabelecidas, o que tende a reduzir as margens de lucro. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Análise das Forças Competitivas Potencial de Entrada de Novos Competidores • • • • • • • • • • • • Economias de escala; Identidade de marca; Requisitos de capital; Diferenças entre produtos exclusivos; Externalidades de Rede Custos de mudança; Acesso à distribuição; Curva de aprendizado exclusiva; Acesso aos insumos necessários; Projeto de produto de baixo custo; Política governamental; Retaliação esperada. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Análise das Forças Competitivas 3 Efeitos de Produtos Substitutos ou Complementares: a demanda pelos produtos das empresas de um setor pode ser reduzida ou ampliada pelo efeitos da demanda sobre os produtos substitutos ou complementares, respectivamente. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Análise das Forças Competitivas Produtos Substitutos e Complementares • Disponibilidade de produtos substitutos • Desempenho relativo de preço dos concorrentes; • Custos de mudança; • Propensão do comprador para mudar; • Sensibilidade ao preço (dos consumidores) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Análise das Forças Competitivas 4 Poder dos Fornecedores: refere-se ao grau em que os fornecedores podem elevar sua margem de lucro na venda de seus produtos (insumos, peças, componentes e serviços ou mesmo produtos finais) às empresas do setor. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Análise das Forças Competitivas Poder dos Fornecedores • Concentração de fornecedores, • Custos de mudança, • Diferenciação de insumos, • Presença de insumos substitutos, • Importância do volume para os fornecedores, • Impacto sobre custos ou diferenciação, • Ameaça de integração para frente/para trás, • Custo em relação às compras totais no setor Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Análise das Forças Competitivas 5 Poder dos Compradores: refere-se ao grau em que os compradores podem pressionar por redução de preços dos produtos vendidos pelas empresas do setor, reduzindo a sua lucratividade. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Análise das Forças Competitivas Poder dos Compradores • Concentração de clientes • Volume de clientes • Custos de mudança • Informação dos clientes • Produtos Substitutos • Sensibilidade a preços • Diferenças entre produtos • Identidade da marca • Impacto sobre qualidade e desempenho • Viabilidade de verticalização Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Potencial de Entrada de Novos Competidores Barreiras à entrada: Economias de escala, identidade de marca, requisitos de capital, diferenças entre produtos exclusivos, custos de mudança, acesso à distribuição, curva de aprendizado exclusiva, acesso aos insumos necessários, projeto de produto de baixo custo, política governamental, retaliação esperada. Poder dos Fornecedores Rivalidade Interna Poder dos Compradores Fontes do Poder de Barganha: Custos de mudança, Fatores: Fontes do Poder de Barganha: Crescimento da indústria Concentração e equilíbrio Custos fixos/valor agregado Excesso de capacidade Diferenças entre produtos Complexidade informacional Diversidade de concorrentes Barreiras à saída Concentração de clientes Volume de clientes Custos de mudança Informação dos clientes Produtos Substitutos Sensibilidade a preços Diferenças entre produtos Identidade da marca Impacto sobre qualidade e desempenho Viabilidade de verticalização Diferenciação de insumos, Concentração de fornecedores, Presença de insumos substitutos, Importância do volume para os fornecedores, Impacto dos custos sobre custos ou diferenciação, Ameaça de integração para frente/para trás, Custo em relação às compras totais no setor Produtos Substitutos e Complementares Fatores: Desempenho relativo de preço dos concorrentes, custos de mudança, propensão do comprador para mudar Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI A cadeia de valor e os efeitos da cooperação interempresarial • A análise das cinco forças competitivas enfatiza as ameaças à lucratividade e ao valor das empresas de um determinado setor. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI A cadeia de valor e os efeitos da cooperação interempresarial • Entretanto, uma empresa pode também ter sua rentabilidade e seu valor ampliado se aproveitar as oportunidade de estabelecer interações positivas com seus (i) competidores, (ii) fornecedores e (iii) compradores. • Trata-se de uma visão de cadeia de valor, onde competição e cooperação podem ocorrer simultaneamente. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI A cadeia de valor e os efeitos da cooperação interempresarial • Exemplos: • Desenvolvimento conjunto de tecnologia e produtos; • Esforço de cooperação entre os competidores no sentido de estabelecer padrões tecnológicos para facilitar o crescimento setorial (informática, telefonia, aparelhos de áudio, DVD’s...) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI A cadeia de valor e os efeitos da cooperação interempresarial • Exemplos: - Acordos entre empresas e seus fornecedores para ampliar a qualidade dos seus produtos e estimular a demanda; - Cooperação técnica/mercadológica entre empresas distribuidoras ou varejistas e seus fornecedores para desenvolver produtos adequados às necessidades específicas da venda final dos produtos. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI A cadeia de valor e os efeitos da cooperação interempresarial • As empresas fabricantes de DVD-players na metade da década de 90 poderiam se guiar apenas pela análise das forças competitivas e identificar somente as ameaças ou dificuldades provenientes de: (1) padrões substitutos – o formato DIVX; (2) produtos substitutos, como TV por satélite e TV de alta definição; (3) exigências de estúdios e produtores cinematográficos para lançar os títulos no formato DVD; (4) exigências de alta margem de lucro dos varejistas/distribuidores. (5) Intensa rivalidade interna em função da relativa homogeneidade do produto DVD-player. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI A cadeia de valor e os efeitos da cooperação interempresarial • Entretanto, o DVD foi bem sucedido porque todas as empresas da cadeia de valor fizeram a sua parte, reduzindo seus ganhos no curto prazo para estimular a consolidação e expansão do formato. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI A cadeia de valor e os efeitos da cooperação interempresarial • Exemplos: • Desenvolvimento conjunto de tecnologia e produtos; • Esforço de cooperação entre os competidores no sentido de estabelecer padrões tecnológicos para facilitar o crescimento setorial (informática, telefonia, aparelhos de áudio, DVD’s...) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI A cadeia de valor e os efeitos da cooperação interempresarial • Exemplos: - Acordos entre empresas e seus fornecedores para ampliar a qualidade dos seus produtos e estimular a demanda; - Cooperação técnica/mercadológica entre empresas distribuidoras ou varejistas e seus fornecedores para desenvolver produtos adequados às necessidades específicas da venda final dos produtos. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI A cadeia de valor e os efeitos da cooperação interempresarial • As empresas fabricantes de DVD-players na metade da década de 90 poderiam se guiar apenas pela análise das forças competitivas e identificar somente as ameaças ou dificuldades provenientes de: (1) padrões substitutos – o formato DIVX; (2) produtos substitutos, como TV por satélite e TV de alta definição; (3) exigências de estúdios e produtores cinematográficos para lançar os títulos no formato DVD; (4) exigências de alta margem de lucro dos varejistas/distribuidores. (5) Intensa rivalidade interna em função da relativa homogeneidade do produto DVD-player. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI A cadeia de valor e os efeitos da cooperação interempresarial • Entretanto, o DVD foi bem sucedido porque todas as empresas da cadeia de valor fizeram a sua parte, reduzindo seus ganhos no curto prazo para estimular a consolidação e expansão do formato. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Posicionamento Competitivo • O posicionamento diante das forças competitivas envolve a premissa de poder de mercado e margem de monopólio Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI • Posicionamento competitivo envolve estratégias e táticas que melhoram a situação da empresa diante das forças competitivas: • estratégia de suprimento • estratégia de vendas • estratégia concorrencial • estratégia de redução da vulnerabilidade diante de produtos substitutos e novos entrantes Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI • Posicionamento competitivo implica ampliar a capacidade de estabelecer um preço superior ao preço vigente em condições de concorrência perfeita e de formar um padrão de custos menor do que o vigente em condições de monopólio no mercado de suprimentos de fatores produtivos. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI • Posicionamento Competitivo é apenas poder de mercado? • Poder de mercado é um resultado das estratégias; • A estratégia concorrencial envolve um conjunto de políticas que, se bem sucedidas, envolvem um maior “poder de mercado”; Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Posicionamento Competitivo e Padrão de competição • A ênfase setorial do posicionamento competitivo envolve também a idéia de que existem limitantes estruturais que restringem o leque de formas de competição que estão à disposição de uma empresa. Este conjunto de possibilidades pode ser definido como o padrão de competição setorial. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI • Padrão de Competição Setorial: – O conjunto de formas possíveis de competição envolve preço, qualidade, habilidade de servir ao mercado, esforço de venda, diferenciação de produto, entre outros. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI • Padrão de Competição Setorial: – Em cada setor ou mercado predomina uma ou um subconjunto dessas formas como fatores críticos do sucesso competitivo. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI • Padrão de Competição Setorial: – As regularidades nas formas dominantes de competição constituem o padrão de competição setorial. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI FORMAS POSSÍVEIS DE COMPETIÇÃO PADRÃO DE COMPETIÇÃO SETORIAL ESTRATÉGIA EMPRESARIAL Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Padrões de concorrência nos grupos industriais: Fatores Críticos da Competitividade Commodities Duráveis Padrão de Concorrência Custo Fontes das Vantagens Competitivas Fatores Internos à Empresa Relação Capital/ Produto Atualização de Processos FCE/UFRGS – Departamento de Economia Difusores Diferenciação Qualidade Tecnologia Projeto de Gestão Produto e Componentes Controle da Qualidade Organização da Produção Produtividade P&D+ design Flexibilidade Prof. Hélio Henkin Tradicionais Capacitação em P & D Qualificação dos Recursos Humanos Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Padrões de concorrência nos grupos industriais: Fatores Críticos da Competitividade Padrão de Concorrência Commodities Duráveis Tradicionais Difusores Fontes das Vantagens Competitivas Custo Diferenciação Qualidade Tecnologia Padronização Diferenciação Segmentação por renda e tipo de produto Segmentação por necessidades técnicas Fatores Estruturais: Mercado Preço Conformidade Comércio Internacional Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Preço, marca, conteúdo tecnológico, assistência técnica Regional/local Preço, marca, rapidez de entrega, adequação ao uso Local/ internacional Atendimento a especificações dos clientes Global/local Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Padrões de concorrência nos grupos industriais: Fatores Críticos da Competitividade Padrão de Concorrência Commodities Duráveis Tradicionais Difusores Fontes das Vantagens Competitivas Custo Diferenciação Qualidade Tecnologia Economias de Escala na planta Economias de Economias de escala e escopo aglomeração Fatores Estruturais: Configuração da Indústria Controle de matéria-prima e logística de movimentação Serviços técnicos especializados Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Articulação montadorfornecedor Metrologia e normalização Formação de redes horizontais e verticais Economias de especialização Interação com usuários Sistema de Tecnologia ciência e industrial básica tecnologia Inf. Tecnológica Treinamento Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Padrões de concorrência nos grupos industriais: Fatores Críticos da Competitividade Padrão de Concorrência Commodities Duráveis Tradicionais Difusores Fontes das Vantagens Competitivas Custo Diferenciação Qualidade Tecnologia Exposição ao comércio internacional Anti-dumping Câmbio Crédito ao consumo Defesa da concorrência Apoio ao risco tecnológico Defesa do consumidor Defesa do consumidor Propriedade intelectual Proteção ambiental Incentivos fiscais Tributação Poder de Compra do Estado Fatores Estruturais: Regimes de Incentivo e Regulação Anti-dumping Custo de Capital (inclui sistêmicos) Infra-Estrutura Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Crédito ao usuário e financiamento ás exportações Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Vantagem Competitiva e Estratégia Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Os elementos centrais da vantagem competitiva 1) Posicionando a linha de produto mais efetivamente que os competidores; 2) Protegendo as fontes do posicionamento de mercado diante dos rivais; Cada um deste elementos, isoladamente, não é suficiente para obter uma performance superior; ambos são necessários. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI O que significa “posicionamento efetivo no mercado”? • Significa oferecer um produto cujas características atendam as preferências do comprador; • O valor do produto pode ser entendido como o maior preço que um comprador está disposto a pagar por um produto na ausência de produtos concorrentes, considerando outras possibilidades de formação da sua cesta de consumo. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Posicionamento de Mercado • O valor do produto, portanto, é determinado pelo comprador. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Posicionamento de Mercado • Mas o posicionamento efetivo é mais do que simplesmente satisfazer às preferências dos compradores. • As preferências deve ser satisfeitas eficientemente: o valor oferecido por custo unitário deve ser superior ao que os concorrentes oferecem. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Posicionamento de Mercado • A diferença entre o valor do produto (avaliado pelo comprador) e o custo de produção é a contribuição econômica gerada pela empresa; • Quanto maior for a contribuição econômica da empresa, mais forte é sua posição de mercado e – sendo esta posição passível de proteção/defesa – maior será a vantagem competitiva da empresa. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Posicionamento de Mercado • Entregar valor (ao cliente) a um custo que gere rentabilidade acima de média do setor depende de recursos e capacitação; Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Posicionamento de Mercado • Recursos são ativos relativamente estáveis e observáveis, que contribuem para a performance da empresa. (Exemplo: marca, ativos imobiliários, etc.) • Recursos normalmente têm um valor de mercado e podem ser comercializados pelos seus detentores; Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Posicionamento de Mercado • A capacitação reside na habilidade da empresa de organizar e alocar sua equipe de trabalho, aprimorando continuamente a realização de determinados processos (exemplos: redução do tempo de desenvolvimento e produção de novos produtos) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI