Economia de Empresas (Eco 02017) (para o curso de Relações Internacionais) Apostila2 Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI 1 2. ASPECTOS HISTÓRICOS E TEÓRICOS DA EMPRESA 2.1 A evolução da empresa moderna 2.2 Determinantes da dimensão horizontal da empresa: economias de escala e economias de escopo 2.3 Mercado e empresas como mecanismos alternativos de coordenação: a abordagem dos custos de transação Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI 2 2.1 A evolução da empresa moderna • Fundamentos da divisão de trabalho intrafirmas e interfirmas: Adam Smith, Marx, Knight, Hayek e Chandler (ver textos de apoio) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI 3 2.2 Determinantes da dimensão horizontal da empresa: economias de escala e economias de escopo • Economias de escala • Economias de escopo • A dimensão horizontal da empresa • (ver Apostila 1, seção 1.4) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI 4 2.3 Mercado e empresas como mecanismos alternativos de coordenação: a abordagem dos custos de transação 2.4 Análise comparativa institucional, custos de transação e o escopo vertical da empresa Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI 5 Quais são as questões? • Em geral: – Por que uma empresa substituiria uma transação interna (make) por uma transação de mercado (buy)? – O que determina aquilo que acontece dentro da empresa e quando haverá relação entre empresas? – O que determina a existência de empresas? – O que determina a fronteira da integração ou tamanho da empresa? Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI 6 A teoria neoclássica da empresa • Aspectos internos (estrutura interna) são desconsiderados • A empresa como uma “black box” • A empresa como função de produção • Problema da empresa é eficiência na escolha da cesta de fatores/insumos e na cesta de produtos Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI 7 A teoria neoclássica da empresa • Razões para a vigência do enfoque neoclássico da empresa (cf. Hart (1995) • qualidade da formalização matemática, geral e elegante • utilidade para analisar a reação da firma diante de mudanças exógenas no ambiente, tais como impostos, preços dos fatores, salários etc • utilidade para analisar interação estratégica entre oligopolistas, relacionando o grau de concentração na indústria e o nível de produção e preços Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI 8 A teoria neoclássica da empresa • Se a troca no mercado gera eficiência e bem-estar social (com pressupostos de racionalização e informação perfeita), por que parte das transações são internalizadas? Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI 9 A teoria neoclássica da empresa • Por que os sistemas capitalistas não são caracterizados predominantemente por um amplo conjunto de produtores independentes operando nos mercados? Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 10 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI O problema da existência da empresa: A formulação de Coase • Qual a natureza da empresa? • Quais são os limites da empresa? • O que determina o escopo horizontal da empresa? • O que determina o escopo vertical da empresa? Perguntas não respondidas pela teoria neoclássica da empresa Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 11 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI O problema da existência da empresa: a formulação de Coase • O Escopo horizontal: deseconomias de escala determinam o limite superior de produção potencial da empresa • Mas quais são as fontes das deseconomias? • Por que não replicar a planta, se houver custo médio crescente na produção? • Teoria tradicional é teoria da planta e não da empresa Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 12 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI O problema da existência da empresa: a formulação de Coase MATÉRIAS PRIMAS COMPONENTES SISTEMAS MONTAGEM DISTRIBUIÇÃO SERVIÇOS DE SUPORTE: contabilidade, assessoria jurídica, finanças, processamento, sistemas de informação, planejamento estratégico, recursos humanos TRANSPORTE E ARMAZENAMENTO Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 13 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI O problema da existência da empresa: a formulação de Coase • O escopo vertical: o que determina o número de estágios do processo de produção que serão internalizados na organização interna da empresa? Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 14 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI O problema da existência da empresa: a formulação de Coase • A teoria tradicional apenas sustenta que a especialização e divisão do trabalho gera economias de escala que justificam a internalização de atividades ou estágios produtivos. • Pergunta: por que as transações entre os estágios sucessivos não poderiam ser feitas usando a coordenação do sistema de preços (mercados)? Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 15 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI O problema da existência da empresa: a formulação de Coase • Proposição 1: empresas e mercados são modos alternativos de coordenação das transações inerentes ao sistema econômico • Mercado: coordenação por sistema de preços (incentivo) • Empresa: coordenação por autoridade (comando) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 16 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI O problema da existência da empresa: a formulação de Coase • Proposição 1: empresas e mercados são modos alternativos de coordenação das transações inerentes ao sistema econômico • Com a suposição de que as trocas no mercado levam à minimização de custos e exaustão dos ganhos de comércio (eficiência produtiva e alocativa, por que então existem empresas?) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 17 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI O problema da existência da empresa: a formulação de Coase • Proposição 2: há custos de utilizar o mecanismo de mercado que são economizados através da utilização do mecanismo de comando na empresa • Qual a natureza destes custos? • O que determina o limite de integração vertical? • Quais são os custos da organização interna? Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 18 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI A investigação sobre a natureza da firma e o desenvolvimento da teoria dos custos de transação • Williamson: transações, incerteza, comportamento oportunista, especificidade de ativos, estruturas organizacionais de governança das transações (leitura do texto original) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 19 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI A decisão de fazer ou comprar (make or buy) MATÉRIAS INSUMO B PRODUTO A CLIENTE PRIMAS Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 20 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI A decisão de fazer ou comprar (make or buy) • Modos de organização alternativos: – Mercados “spot” – Contratos de longo prazo – Integração vertical Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 21 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI A decisão de fazer ou comprar (make or buy) • Modos de organização alternativos: – Mercados “spot”: a quantidade e o preço do insumo são determinados no mercado. Os termos de troca são determinados a cada transação. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 22 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI A decisão de fazer ou comprar (make or buy) • Modos de organização alternativos: – Contratos de longo prazo: os termos de troca entre produtores de A e fornecedores de B são determinados em um contrato (preços e quantidades), que governarão as presentes e as futuras transações Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 23 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI A decisão de fazer ou comprar (make or buy) • Modos de organização alternativos: – Integração vertical: a produção de B é integrada à produção de A (in-house) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 24 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI SPOT MARKETS • Vantagens: 1) Eficiência adaptativa; 2) Minimização de custo; 3) Realização de economias de escala. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 25 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI SPOT MARKETS • Vantagens: 1) Eficiência adaptativa: Variações no preço do insumo ou na demanda pelo insumo provocarão alterações (respectivamente) na quantidade e no preço do insumo, garantindo a realização do excedente máximo Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 26 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI SPOT MARKETS • Vantagens: 2) Minimização de custos: - dado que a firma é o “residual claimant” (absorve a renda líquida da empresa), internalizando os benefícios marginais de investimento em redução de custo; Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 27 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI SPOT MARKETS • Vantagens: 2) Minimização de custos: Exemplo: Lucro (q, e) = p.q - c(q,e) - e onde e= investimento ou esforço de reduzir o custo A hipótese de maximização do lucro leva a: d c(q*,e*)/de = -1. Neste ponto o investimento para reduzir o custo é maximizado, pois dc/de<0 Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 28 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI SPOT MARKETS • Vantagens: 3) Economias escala: Se há economias de escala, é vantajoso fazer outsourcing quando a escala de utilização do insumo é menor do que a correspondente à escala ótima mínima (esta é uma razão da especialização, a la A. Smith) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 29 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Implicação das fontes das vantagens dos Spot Markets • Se a fonte está associada a adaptação e minimização de custo, quando estas não forem facilmente viabilizadas (por ser onerosa a troca de fornecedor) então haverá limites para os ganhos da troca. Se houver algo que ligue (“tranca”) o comprador ao fornecedor, então haverá incentivos à integração (em algum grau); Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 30 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Implicação das fontes das vantagens dos Spot Markets • A situação de relação “ligada” ou “trancada” ocorre quando há investimentos específicos à relação, formando especificidade de ativos; Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 31 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Especificidade de ativos • Quando a realização do potencial de ganhos de troca exige investimentos específicos, que “customizarão” o suprimento para um determinado comprador, surgem duas possibilidades: – há um custo adicional da customização; – o uso alternativo do ativo propicia um valor inferior ao valor investido; Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 32 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Especificidade de ativos • O custo do investimento específico é um custo irrecuperável (sunk costs); • A existência dos investimentos específicos representa um incentivo a uma relação de longo prazo. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 33 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Especificidade de ativos • Especificidade de ativos físicos; • Especificidade de localização; • Especificidade de recursos humanos; • Ativos dedicados. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 34 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI A integração vertical sob o enfoque dos custos de transação e custos de organização Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 35 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Custos de Transação 1) Custo de descobrir quais são os preços relevantes para se estabelecer determinadas escolhas; Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 36 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Custos de Transação 2) Custos de negociar e concluir um contrato separado para cada transação que ocorre no mercado; Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 37 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Custos de Transação 3) Dificuldades para estabelecer especificações no suprimento de bens e serviços em contratos de longo prazo; Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 38 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Determinantes “organizacionais” do tamanho da empresa 1) Quanto menor for o custo de “organização” e mais lento for o aumento de custo à medida que se aumenta a quantidade de transações organizadas; Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 39 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Determinantes “organizacionais” do tamanho da empresa 2) Quanto menor for a ocorrência de erros no processo de coordenação por parte do “entrepreneur” e menor o crescimento de erros quanto a organização aumenta; Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 40 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Determinantes “organizacionais” do tamanho da empresa 3) Quanto menor for o preço da oferta de fatores da produção para as empresas que aumentem de tamanho; Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 41 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Hipóteses comportamentais • Comportamento oportunístico • “Racionalidade limitada” Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 42 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Taxonomia dos contratos • Contrato clássico: busca facilitar a troca ou transação através da ênfase em duas características básicas: 1) Autonomia (do contrato), no sentido de que os termos do contrato não se relacionam com fatos que estão além da transação presente; Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 43 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Taxonomia dos contratos • Contrato clássico: busca facilitar a troca ou transação através da ênfase em duas características básicas: 2) As contingências futuras relevantes estão previstas no contrato; Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 44 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Taxonomia dos contratos • Contrato neoclássico: contrato que introduz flexibilidade através da presença de uma terceira parte (arbitragem), evitando o litígio e propiciando a perspectiva de continuidade ou completude do contrato. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 45 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Taxonomia dos contratos • Contrato relacional: contrato que inclui um amplo conjunto de normas que vão além daquelas centradas na transação ou nos processo imediatamente ligados a ela, implicando uma espécie de “mini-sociedade” e uma característica de maior adaptabilidade às contingências Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 46 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Dimensões críticas das transações 1) Incerteza 2) Freqüência 3) Nível de investimentos específicos à transação Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 47 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Freqüência das transações 1) Única 2) Ocasional 3) Recorrente Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 48 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Grau de investimentos específicos à transação 1) Investimentos não específicos 2) Investimentos mistos 3) Investimentos específicos Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 49 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Quadro de exemplos de transações quanto aos critérios propostos FREQÜÊNCIA INVESTIMENTO NÃOESPECÍFICO INVESTIMENTO MISTO INVESTIMENTO ESPECÍFICO OCASIONAL Aquisição de equipamento Aquisição de equipamento customizado Construção de uma fábrica Aquisição de produto intermediário Aquisição de produto intermediário customizado Suprimento localizado de produto intermediário em estágios sucessivos standard RECORRENTE standard Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 50 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Estruturas de governança das transações • Formas organizacionais e contratuais Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 51 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Tipo de Transação Tipo de estrutura de governança Ocasional com investimento não específico Regência pelo mercado; contratação clássica Recorrente com investimento não específico Regência pelo mercado; contratação clássica Ocasional com investimento misto Regência trilateral: contrato neoclássico Recorrente com investimento misto Regência trilateral: contrato neoclássico Ocasional com investimento específico Regência Bilateral: contratação relacional Recorrente com investimento específico Regência unificada: integração vertical Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 52 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Evolução das empresas – Formas de propriedade e controle: a evolução no século XX foi em direção de maior participação de empresas com responsabilidade limitada (limited liability) e/ou organizadas como sociedades anônimas (corporations) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 53 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Evolução das empresas nos EUA Em 1947: 47% das empresas manufatureiras são corporações e produziam 92% do valor adicionado Em 1992: 82% das empresas manufatureiras são corporações e produziam 98% do valor adicionado Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 54 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Curiosidade – A discriminação da responsabilidade limitada como “barreira à entrada”: o caso dos bancos na Escócia até 1879. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 55 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • As corporações e a responsabilidade limitada como condição para o desenvolvimento de empresas de maior porte: os investidores não aceitariam a responsabilidade (liability) decorrente de ações de gerentes os quais não conhecem ou cujas ações não seriam facilmente monitoráveis Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 56 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Evolução do número de empresas listadas na Bolsa de Nova York – 1900: 113 – 1920: 391 – Atualmente: cerca de 1900 Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 57 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Fontes de financiamento das corporações – Emissão de ações: tendência de maior taxa de retorno esperada, mas recebimento posterior ao pagamento dos proprietários de títulos de dívida ou créditos bancários – Emissão de títulos de dívida/empréstimos bancários: tendência de menor taxa de retorno esperada, mas recebimento anterior ao pagamento aos proprietários de ações Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 58 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • O problema da separação entre propriedade e controle • A controvérsia dos anos 1930: é a corporação a forma mais eficiente de organizar a produção? O livro de Berle e Means (A Moderna Corporação e a Propriedade Privada) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 59 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Os gerentes maximizam lucro? • O conselho de administração controla os gerentes? • Quem controla o conselho de administração? • E os conflitos entre detentores de dívida e de ações quanto aos projetos a serem escolhidos e a projeção da divisão dos resultados? E se eventualmente são tomados novos empréstimos? Aumenta o número de credores preferenciais! (Introdução de bond covenants) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 60 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • A separação entre propriedade e controle implica de fato em maior custo de monitoramento. • Mas isto não implica necessariamente menor eficiência, pois os benefícios da organização em corporações podem mais do que compensar os custos de monitoramento. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 61 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Tamanho da firma: resultado do balanço entre economias e deseconomias (técnicas, pecuniárias, financeiras, organizacionais) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 62 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Tipos de fusão/aquisição: – Fusão vertical (fornecedores e compradores); – Fusão horizontal (competidores no mesmo mercado) – Fusão de conglomerados (empresas em linhas de negócio não relacionados diretamente) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 63 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Fontes do aumento de eficiência e de efeitos sociais positivos da fusão/aquisição: – Maior eficiência resultante do desenvolvimento de maiores economias de escala; – Maior eficiência resultante da criação de sinergia; – Menor custo de gerenciamento; Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 64 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Fontes do aumento de eficiência e de efeitos sociais positivos da fusão/aquisição: – Mudanças na tecnologia e custo de fatores (transporte, telecomunicações) podem propiciar oportunidades de redução de custo com o aumento da escala (ampliar a escala ótima mínima) e estimular fusões. Além disso, a evolução do mercado de capitais também facilita a formação de grande empresas. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 65 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Fontes do aumento de eficiência e de efeitos sociais positivos da fusão/aquisição: – A redução dos custos de transação pode estimular a fusão. Por exemplo, se a legislação antitruste e de defesa da concorrência impõe muitas restrições a contratos entre competidores diretos, então isto pode representar um estímulo a fusões. O mesmo pode ser dito da tributação em cascata sobre faturamento ou transações. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 66 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Fontes do aumento de eficiência e de efeitos sociais positivos da fusão/aquisição: – A obtenção de significativas economias de escopo pode ser um motivo importante para as fusões. (Exemplo: fabricantes de carros esportivos e carros convencionais) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 67 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Fontes do aumento de eficiência e de efeitos sociais positivos da fusão/aquisição: – Numa situação em que os acionistas não conseguem monitorar e corrigir problemas de má gestão (por incompetência ou “desvios”) dos gerentes – por exemplo, quando alguns dos gestores faz parte do próprio conselho de administração (board) – então a disciplina pode vir do takeover. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 68 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Fontes do aumento de eficiência e de efeitos sociais positivos da fusão/aquisição: – Neste caso, são os investidores que realizam o takeover, ganhando o controle e melhorando a gestão da empresa. – O takeover pode ser uma ameaça capaz de disciplinar os gerentes, que temeriam a perda de seus empregos. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 69 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Fontes do aumento de eficiência e de efeitos sociais positivos da fusão/aquisição: – Takeovers hostis: gestores e acionistas da empresa-alvo tentam evitar a aquisição, para evitar mudanças de poder, status e emprego. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 70 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Fontes do aumento de eficiência e de efeitos sociais positivos da fusão/aquisição: – Quando os próprios empregados adquirem a empresa (por desejarem fazer downsizing, vender ativos ou implementarem novos projetos, e enfrentam a resistência do board); neste caso, o financiamento pode ser por leveraged buyout ou por junk bonds. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 71 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Outras razões para fusões (que não a eficiência) – Redução dos impostos (quando lucros e prejuízos se contrabalançam e na nova situação o imposto torna-se quase nulo) – Ganhos de poder de mercado e poder político (embora a legislação antitruste busque coibir esta prática) Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 72 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Ciclos de fusões e aquisições – Nos EUA: virada do século XIX para o XX, décadas de 20, 60 e 80; associadas a mudanças importantes nas escalas ótimas mínimas (transportes, comunicações) e desenvolvimento do mercado de capitais. – Na Europa há menor intensidade do processo de fusões e aquisições, embora seja crescente; no Reino Unido há mais intensidade do que no Continente. – No Japão, o processo de fusões e aquisições é muito reduzido; Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 73 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Ciclos de fusões e aquisições – Ciclo do final do século XIX = movimento para o monopólio – Ciclo de 1920 = movimento para o oligopólio – Ciclo de 1960 = movimento para o conglomerado diversificado – Ciclo de 1980-90 = ? Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 74 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Fusões e a legislação antitruste: – EUA – Sherman Act (1890) – legislação antitruste; – Em 1904, a Corte dos EUA considerou que algumas fusões horizontais infringiam a lei (Sherman Act). Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 75 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Dimensões recentes: – Número de notificações de fusão em 1992 nos EUA (junto ao Departamento de Justiça): 1.589 – Número de notificações de fusão em 1997 nos EUA (junto ao Departamento de Justiça):3.702 – Valor nominal das fusões e aquisições em 1990: US$ 200 bilhões – Valor nominal das fusões e aquisições em 1997: US$ 900 bilhões Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 76 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Entretanto: – A base econômica é muito diferente para comparar diretamente os números das fusões e aquisições; – É de se esperar que os movimentos sejam ondulatórios, não se repetindo linearmente números elevados; Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 77 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • “Interpretações” existentes para o fenômeno de fusões e aquisições: – Ganhos de eficiência – Ganhos de curto prazo para os investidores (manipulação) – Problemas de poder de mercado Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 78 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Avaliações dos processos de fusões e aquisições: – Estudos mostram um prêmio de 16% a 35% para os acionistas da empresa adquirida; – Há uma série de táticas de prevenção à aquisição: cláusula de aprovação por maioria absoluta, compras das ações do potencial adquirente individual (que já possui ações da empresa-alvo) com um prêmio (greenmail); cláusula de obrigação de oferta de venda aos acionistas originais, ao preço da proposta do potencial comprador (poison-pill); – Algumas destas táticas comprovadamente reduzem o preço das ações da empresa-alvo. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 79 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Avaliações dos processos de fusões e aquisições: – Retornos e ganhos de produtividade são mais difíceis de avaliar e os estudos são mais controversos; mas há vários casos em que o ganho de eficiência realmente ocorre, no nível da planta industrial. – As evidências não apontam para um significativo aumento de poder de mercado com as fusões. O grau de concentração na indústria de transformação não cresceu muito desde 1970. E menos de 15% das fusões foram horizontais. – O valor total das ações das empresas combinadas cresceu 7,5% em média após a consolidação. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 80 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI Fusões e aquisições • Avaliações dos processos de fusões e aquisições: – Mais estudos são necessários, pois o uso do preço das ações para medir os efeitos das fusões pode estar superestimando os seus benefícios. Prof. Hélio Henkin FCE/UFRGS – Departamento de Economia 81 Núcleo de Estudos sobre Indústria, Tecnologia e Trabalho - NETIT Núcleo de Estudos sobre Estratégia, Finanças e Internacionalização - NEFI