INTRODUÇÃO
O golfe brasileiro deu um grande passo na sua modernização, com a implantação do
Sistema USGA de Handicap com Slope System. Entretanto, o licenciamento que
conseguimos junto à USGA está condicionado a uma utilização completa do Sistema, sem
qualquer exceção.
Clubes e Comitê
de Handicap
Golfistas
Cartões
Agora, procurando dar base técnica aos seus
Comitês, a Federação Paulista de Golfe – FPG – criou
o "Tee do 1", um veículo de informações técnicas que
ajudará os Comitês a entenderem, divulgarem e
defenderem Sistema USGA de Handicap.
USGA
Slope System
Para embasar a atuação dos clubes, a FPG implantou
o Regulamento dos Comitês de Handicap, que
esclarece as responsabilidades de cada parte, na
manutenção do espírito do Sistema USGA de
Handicap e o Slope System no âmbito do clube.
Transparência
de Scores
Isso implica que não só a CBG ou a FPG tenham que seguir suas normas mas também os
clubes e jogadores. A figura ao lado mostra as estruturas em que o Sistema USGA de
Handicap se baseia. Basta que uma delas falhe e o
sistema ruirá.
O "Tee do 1" é uma coletânea de artigos técnicos,
destinados aos clubes de golfe. Será dividido em
apostilas a serem encadernadas numa pasta fornecida
pela FPG para este fim. A cada nova apostila enviada
ao clube, uma nova página de índice será fornecida.
No caso de erratas ou procedimentos alterados pela FPG, páginas de correção serão
enviadas aos Comitês para substituição.
Espero que o Tee do 1 seja de grande utilidade para todos. A Diretoria de Handicap está à
disposição de clubes e jogadores para esclarecimentos adicionais e aceita sugestões de
assuntos para os próximos números.
O contato dessa Diretoria técnica no biênio 2007-2008 é:
Luiz Carlos Palmiro
Diretor de Handicap – Federação Paulista de Golfe - FPG
[email protected]
[email protected]
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
ÍNDICE
Apostila 1 - SLOPE SYSTEM, HANDICAP E COURSE RATING
Apostila 2 - FORMATOS DE TORNEIO E ADMINISTRAÇÃO DE STROKES
Apostila 3 - A ENTREGA DOS CARTÕES E PENALIDADES
Apostila 4 – O COMPRIMENTO DOS CAMPOS
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
2
Apostila 1
SLOPE SYSTEM, HANDICAP E COURSE RATING
1234567891011121314-
Jogador Scratch
Jogador Bogey
O que é USGA Course Rating (UCR) de um Campo
O que é Bogey Course Rating (BCR) de um Campo
Como avaliar a dificuldade de um campo
Como avaliar a dificuldade de um campo para um jogador não Scratch
O que é Slope de um campo
O que é Handicap Index ? Como é formado meu Handicap ?
Por que o nosso Index não é o nosso Handicap de jogo
O que é Handicap de um jogador de golfe
Se o meu NET for igual ao PAR do campo eu joguei meu Handicap ?
Por que o Handicap fixo para todos os campos não era bom?
Conclusões e resumo
APÊNDICE – Perguntas Mais freqüentes
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
3
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
4
Apostila 1 -
SLOPE SYSTEM, HANDICAP E COURSE RATING
Os dois objetivos mais importantes deste primeiro número do "Tee do 1" são:
•
Repassar os conceitos básicos do Slope System, já detalhado no site da FPG e no
meu site www.letsgolf.com.br .
•
Enfatizar a importância do USGA Course Rating como o parâmetro mais importante
de um campo de golfe, já que todos os outros parâmetros do Slope System se
baseiam nele.
Par e Handicap:
Todos sabemos que o Handicap serve para nivelar jogos de golfistas de diferentes
habilidades, mas há ainda muita confusão nesse conceito. Muitos dizem: "Handicap é o
número de strokes que eu preciso para chegar ao PAR do campo". Isso seria verdade se em
todos os campos o Course Rating fosse igual ao PAR. Raramente são.
Meu conselho é esquecermos o PAR, pois ele não mede a dificuldade. Devemos focar no
Course Rating dos campos, que no novo sistema se chama USGA Course Rating (UCR).
Slope System - revisão:
Vamos relembrar algumas definições. Porém, ficaremos restritos às definições de jogadores
masculinos para simplificar, mas todos os detalhes para as jogadoras podem ser
encontrados no meu site, www.letsgolf.com.br .
1. Jogador Scratch:
É um jogador padrão definido pela USGA sobre
o qual todos os outros conceitos se baseiam.
Um Scratch (masculino) tem Handicap Zero, ié,
não precisa de ajuda para ajustar seus
resultados. Ele bate um drive médio de 250
jardas e um segundo tiro médio a 470 jardas.
2. Jogador Bogey:
É um jogador que tem Handicap aproximado de
20. Um Bogey (masculino) bate um drive médio
de 200 jardas e um segundo tiro médio a 370
jardas.
3. O que é USGA Course Rating (UCR) de um
campo?
É a média* de tacadas que um jogador Scratch
faz nesse campo. É um número próximo ao PAR,
mas não necessariamente igual ao PAR. Podese dizer que UCR é o índice de dificuldade do campo para o Scratch. Por ser uma
média matemática, tem 1 casa decimal e é medida em "strokes".
4. O que é Bogey Course Rating de um campo ?
É a média* de tacadas que um jogador Bogey faz nesse campo. Pode-se dizer que é o
índice de dificuldade do campo para o Bogey. Também tem 1 casa decimal.
* Entenda-se por média: jogar-se 20 vezes num campo e tirar-se a média dos 10
melhores resultados.
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
5
5. Como avaliar a dificuldade de um campo?
Para se analisar a dificuldade de um campo, temos que definir "dificuldade para o quê
?" (objetivo). Se o objetivo é fazer o PAR do campo, então o nível de dificuldade de um
campo para um jogador Scratch é facilmente obtido. Basta olharmos para o USGA
Course Rating: se for menor que o PAR o campo é fácil, se for maior, pode ser difícil.
Jogadores de Handicap baixo (1 dígito) também podem usar o UCR para avaliar a
dificuldade de um campo. Porém, esta avaliação não se presta ao jogador Bogey nem
aos jogadores de Handicap médio ou alto.
USGA Course Rating (USGA)
Dificuldade para um jogador Scratch
73
Course Rating A: 71,7
CAMPO A: PAR 72
72
CAMPO B: PAR 71
71
Course Rating B: 71,5
70
65
Se o objetivo é fazer o PAR, o campo B é mais difícil que A,
porque seu Course Rating é maior que o PAR.
6. Como avaliar a dificuldade de um campo para um jogador não Scratch ?
Essa é uma questão mais complexa e causa muita confusão. Vamos imaginar 2 campos,
ambos de PAR 72 para não complicar a análise.
Ex. 1: Tee Pansy/Lilly Azul do PL PAR 72, USGA Course Rating: 71,6
Ex. 2: Peeble Beach, PAR 72, USGA Course Rating 73,5
Jogando no PL e depois no Peeble Beach, um jogador Scratch vai sentir, em termos
médios, uma pequena diferença da ordem de 2 strokes (73,5 - 71,6 = 1,9 = 2).
Chamaremos de "dificuldade incremental" do Scratch de um campo para o outro.
Entretanto, um jogador Bogey vai sentir a diferença de maneira mais intensa: ele vai
fazer em média 94,6 (95) no PL e 99,9 (100) strokes no Peeble Beach, ié, 5 strokes a
mais no segundo (99,9-94,6=5,3). (dificuldade incremental do Bogey = 5)
Antes do Slope System, o jogador com HCP=20 jogaria com 20 tanto no PL quanto no
Peeble Beach. Mas no Peeble Beach ele precisaria de 23 para competir com um Scratch
com justiça.
(dificuldade incremental do Bogey=5 ; dificuldade incremental do Scratch =2 ; dif= 5 - 2 =
3)
Uma vez que o jogador de Handicap receberá os strokes necessários para se equiparar
ao Scratch, podemos dizer que a diferença das 2 dificuldades incrementais (3) já foi
compensada. Então, a dificuldade final para o jogador de Handicap é matematicamente
a mesma para o jogador Scratch, e isso proporciona competições justas. Essa é a
"graça" do handicap variável: compensar diferenças nas dificuldades incrementais com
strokes adicionais. Vejamos como fica a comparação gráfica:
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
6
Pansy/Lilly Azul PL
Peeble Beach
100
100
95
95
90
90
94,6
85
85
73,5
80
80
75
75
PAR 72
70
70
71,6
Scratch
65
0
2
Bogey
4
6
8
10
12
14
16
18
65
Bogey Course Rating
USGA Course Rating
99,9
Interpretação do gráfico:
À medida em que o
Handicap cresce de Scratch
para Bogey, as retas vão
ficando mais afastadas, ié,
aumenta a dificuldade do
jogador de Handicap no
Peeble Beach, comparada à
do PL. A dificuldade maior
de um campo afeta muito
mais o jogador de Handicap
mais alto (Bogey=5 strokes a
mais) do que o Scratch (2
strokes a mais).
Por isso, para cada campo,
o jogador precisa de um
Handicap diferente para
compensar.
20
Handicap
7. O que é Slope de um campo (Slope Rating) ?
Agora estamos preparados para entender o Slope:
Slope de um campo é um indicador que mede a diferença das 2 dificuldades
estudadas: a do Scratch e a do Bogey e determina qual Handicap um jogador comum
precisa para se nivelar ao Scratch e competir com ele com eqüidade.
Matematicamente:
Slope Rating = (Bogey Rating - USGA Course Rating) x 5,381 (p/ Homem)
Slope do Pansy/Lilly Azul do PL = (94,6-71,6) x 5.381 = 124
Slope do Peeble Beach Blue = (99,9 - 73,5) x 5.381 = 142
8. O que é Handicap Index ? Como é formado meu Handicap ?
O Handicap Index seria o seu Handicap se você somente tivesse jogado num campo
padrão de Slope 113. É calculado como a média das diferenças entre seus resultados
gross e USGA Course Rating dos campos onde você jogou, levando-se em conta o
Slope de cada campo.
No exemplo da figura abaixo, um jogador jogou em 4 campos diferentes e fez, numa
hipótese didática, 90 tacadas em todos eles. Vejamos como se desenvolve o seu Index.
Por este exemplo, nota-se que o sistema está sempre buscando a diferença entre o seu
resultado gross e o USGA Course Rating do Campo. O PAR não vem ao caso.
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
7
Formação do Handicap Index
Diferencial = 15,5
90
UCR=70,0
UCR=71,5
Campo 4
Slope 104
80
90
Diferencial = 20,0
Diferencial = 17,0
85
90
Campo 3
Slope 122
90
90
Diferencial = 22,5
95
SCORES JOGADOS
75
UCR=73,0
70
65
Campo 2
Slope 143
Campo 1
Slope 126
UCR=67,5
UCR – USGA Course Rating
Cada um dos campos acima tem um Slope diferente. Mas para compor o Index, esses
diferenciais devem ser adaptados a um campo de Slope padrão de valor 113. Para quem
gosta de contas:
Diferencial adaptado ao Slope 113 = Diferencial x 113 / Slope do campo jogado
Ex.:
No campo
No campo
No campo
No campo
1,
2:
3:
4:
temos: 17,0 x 113 / 126 = 15,3
22,5 x 113 / 143 = 17,8
20,0 x 113 / 122 = 18,5
15,5 x 113 / 104 = 16,8
Este cálculo é feito com os 10 melhores Diferenciais Adaptados dentre os 20 últimos jogos.
Aqui, fizemos só com 4 por simplificação didática.
Veja a seguir como ficaram os diferenciais já adaptados ao Slope:
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
8
95
70
....
SCORES JOGADOS
90
15,5 – Adapt. Slope = 16,8
75
90
20,0 – Adapt. Slope = 18,5
80
90
22,5 – Adapt. Slope = 17,8
85
90
17,0 – Adapt. Slope = 15,3
90
Formação do Handicap Index
H. Index =
MÉDIA 10 melhores: 17,1
- 4% => 16,4
H. Index = 16,4
UCR=73,0
UCR=70,0
UCR=71,5
Campo 4
Slope 104
Campo 3
Slope 122
Campo 2
Slope 143
65
Campo 1
Slope 126
UCR=67,5
UCR – USGA Course Rating
Note que a média dos diferenciais antes da adaptação ao Slope 113 era de :
(17,0 + 22,5 + 20,0 + 15,5) /4 = 18,8
Depois da adaptação ao Slope 113: (15,2 + 17,8 + 18,6 + 16,8) /4 = 17,1
E ainda, por último, o Sistema desconta 4%. Por quê ? Para que a sua ajuda seja um
pouquinho menor (4%) do que aquela que você merece, incentivando-o assim a
melhorar o seu golfe.
Index final: 17,1 - 4% = 16,4
9. Por que o nosso Index não é o nosso Handicap de jogo ?
O primeiro motivo é que, para formar seu Index, seus resultados anteriores foram
adaptados a um campo padrão de Slope 113, mas você não jogou nesse campo.
Lembre-se: seus diferenciais puros produziram uma média de 18,8 enquanto seu Index
deu 16,4.
Segundo, você vai jogar em diferentes campos, com diferentes Slopes. Então, o que
antes foi adaptado ao Slope padrão 113, agora, na hora do jogo, tem que ser
readaptado ao Slope do campo a jogar. Para isso usamos as Tabelas de Conversão de
Index em CHCP.
10. Então, o que é, afinal, o Handicap de um jogador de golfe ?
Handicap é o desconto de tacadas que ele precisa para nivelar a dificuldade que ele
sente no campo à dificuldade que um Scratch sente, e dessa forma, competir com ele
com igualdade de chance de ganhar. Também é conhecido como Course Handicap e
não tem nenhuma relação com o PAR do campo.
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
9
Se você vai jogar num campo de Slope maior que 113 (maioria no Brasil), seu Handicap de
jogo será maior que o Index. Se o Slope for menor que 113, seu Handicap de jogo será
menor que seu Index.
11. "Se o meu NET for igual ao PAR do campo eu joguei meu Handicap ?"
Nem sempre. Há muito mal entendido nessa questão. Vamos explicar com exemplos:
Suponha que meu Index seja 16,4. Vou jogar contra um Scratch em 2 campos diferentes.
O Sistema analisa separadamente as dificuldades do campo para o Scratch e para mim.
Então ele conclui que meu Course Handicap do Campo A é 18 e no Campo B, 17
(Tabelas de conversão afixadas nos clubes).
PAR
USGA Course Rating
Slope
Campo A: Glory/Lilly Azul do PL
72
72,9
126
Campo B: (Branco do Guarapiranga)
71
70,0
117
a- P: Qual o handicap que o Scratch terá em ambos os campos?
R: Zero
b- P: Se o Scratch jogar seu jogo padrão médio, quantos strokes supõe-se que ele dará
?
R: Igual ao USGA Course Rating: 73 strokes no campo A e 70 no campo B.
c- P: Se eu jogar meu jogo padrão médio, quantos strokes espera-se que eu dê ?
R: No campo A: USGA Course Rating + 18 = 72,9 + 18 = 90,9 = arredondando, 91.
No campo B: USGA Course Rating + 17 = 70,0 + 17 = 87.
d- P: Por que a competição entre um Scratch e eu agora ficou justa ?
R: Se ambos jogarem seu jogo padrão médio, o jogo deve empatar. (73 x 73 no
campo A e 70 x 70 no campo B.
Bem, se eu jogar 91 no PL e 87 no Guarapiranga, então eu terei jogado meu handicap
(jogo padrão).
Então, observe abaixo como ficaria os meus NET's:
Campo A: 91 - 18 = 73 (1 acima do PAR do campo, jogando meu Handicap)
Campo B: 87 - 17 = 70 (1 abaixo do PAR do campo, jogando meu Handicap)
Conclusão deste item:
Um jogador jogou o seu Handicap quando seu NET se igualar ao Course Rating do campo e não ao PAR.
12. Por que o sistema antigo, de Handicap fixo para todos os campos não era bom ?
Uma vez que, ao jogar num campo difícil eu recebo mais strokes, mas meus colegas
também recebem, onde está a diferença do sistema novo para o antigo ? Esta é uma
pergunta natural de se fazer.
Agora fica fácil explicar: se antes você tinha Handicap fixo de 18 e fosse competir com
outro colega de mesmo Handicap fixo 18, o sistema antigo não tinha injustiça. Porém, se
você fosse competir com um outro colega de handicap muito maior ou muito menor, aí os
problemas apareciam.
Exemplo: Se eu jogasse com 18 nos 2 campos do ítem 12, eu levaria uma vantagem
injusta sobre o Scratch de 1 stroke no Guarapiranga, pois 17 seria o justo para mim. Por
outro lado, se eu jogasse com o Scratch no Peeble Beach com os mesmos 18 eu me
prejudicaria, pois o certo seria 21. Afinal, o Scratch não tem strokes seja num campo ou
no outro.
O raciocínio vale para todos os jogadores, e não apenas o Scratch (interpolação da reta).
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 10
13. CONCLUSÕES E RESUMO:
a- O jogador não precisa se preocupar com essa Matemática toda. O sistema calcula
tudo.
b- Dificuldade de um campo para um jogador Scratch é dada pelo Course Rating:
Se Course Rating é menor que o PAR, é fácil. Se maior que o PAR, é difícil.
c- Dados 2 campos de diferentes dificuldades, o efeito que essa diferença causa sobre o
jogador Bogey é muito maior do que sobre o Scratch.
d- O Slope System surgiu para compensar esse efeito sobre o Bogey e outros
jogadores de Handicaps médios e altos, produzindo handicaps variáveis em diferentes
campos.
e- Não importa a dificuldade do campo para um jogador de Handicap, pois o Course
Handicap se encarrega de compensar essa dificuldade e tornar a competição com o
Scratch justa.
f- A essência do Index é o quanto eu joguei acima do Course Rating do campo. E na
reconversão para Handicap, quanto eu preciso para enfrentar o novo Course Rating
do campo a jogar. O PAR é irrelevante para o Handicap.
g- "Meu Net ficou igual ao PAR do campo. Portanto, joguei meu Handicap". Essa frase é
imprecisa. Você jogou seu Handicap quando seu Net se igualar ao USGA Course
Rating do campo, e independe se for acima ou abaixo do PAR.
h- O USGA Course Rating é o principal parâmetro de um campo de golfe. Jogadores e
organizadores de torneios devem prestar mais atenção a esse número.
i- O Slope Rating é apenas uma entidade matemática que nos ajuda a calcular nossos
Course Handicaps nos diferentes campos.
Muitos outros temas das próximas apostilas dependerão desse conceito de USGA Course
Rating estar bem sedimentado.
Mais detalhes sobre o Slope System podem ser encontrados no site da FPG e no meu site
www.letsgolf.com.br .
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 11
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 12
APÊNDICE – Perguntas mais freqüentes
Neste Apêndice colecionamos algumas perguntas mais freqüentes, úteis aos jogadores e
aos Comitês de Handicap dos clubes de Golfe.
1. P: Quantos cartões eu preciso para ter um Handicap Index ?
R: O jogador recém federado deve entregar seu cartões válidos normalmente, no(s)
clube(s) onde joga. Porém, seu Handicap Index somente será calculado com 5 ou
mais cartões, sempre com aproveitamento parcial.
Veja a seguir a tabela de aproveitamento crescente de cartões entregues:
Tabela de Aproveitamento de Cartões - Início da formação do Index
Cartões
entregues
Aproveitados
5 ou 6
7 ou 8
9 ou 10
1
os 2
melhores
os 3
melhores
o melhor
11 ou 12 13 ou 14 15 ou 16
os 4
melhores
os 5
melhores
os 6
melhores
17
18
19
20
os 7
melhores
os 8
melhores
os 9
melhores
os 10
melhores
2. P: Um cartão de apenas 9 buracos jogados vale para Handicap Index ?
R: SIM. Ele será armazenado pelo sistema mas não entrará no cálculo
imediatamente. Quando você entregar outro cartão também de 9 buracos apenas, o
sistema vai “combinar” o segundo com o primeiro e montar um jogo de 18 buracos, e
usará a data do segundo. (Score do tipo “Combined 9”).
3. P: Se eu “estourei” um buraco e eu entregar meu cartão o meu Index vai subir ?
R: Não necessariamente, por 2 razões:
a. De acordo com a resposta da pergunta 1, poucos jogos ruins não elevam o
Index, pois apenas os 10 melhores jogos são usados para o cálculo. Se seus
jogos ruins se tornarem mais freqüentes, os melhores vão saindo do cálculo e
então seu Index deverá crescer.
b. O Sistema limita seu score “estourado” num dado buraco, com base numa
Tabela chamada ESC – Equitable Stroke Control – evitando que o estouro
acidental eleve seu Index injustamente. O limite do “estouro” depende do
Course Handicap com que você jogou aquele jogo. Veja abaixo:
Tabela ESC
Equitable Stroke Control
Course Handicap
Máximo Score em
qualquer buraco
9 ou menos
Double Bogey
10 a 19
7
20 a 29
8
30 a 39
9
Mais de 40
10
Exemplo:
Jogador com C.HCP = 15
Buraco
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
PAR
Par
3
4
5
5
4
3
4
4
4
4
4
4
4
4
3
3
5
4
71
Score
4
5
4
3
5
3
5
4
3
9
3
9
3
4
8
5
8
6
91
Gross
ESC
4
5
4
3
5
3
5
4
3
7
3
7
3
4
7
5
7
6
85
Gross
Ajustado
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 13
4. P: Como o sistema escolhe meus cartões e calcula meu Index com base nos últimos
20 cartões?
R: Ajusta-se o Gross pela Tabela ESC. Calcula-se os diferenciais (Gross - Course
Rating) dos últimos 20 jogos. Adapta-se tais diferenciais do Slope jogado para o
Slope 113 (dif adaptado = dif x 113/Slope). Seleciona-se os 10 menores diferenciais
adaptados. Calcula-se a média, subtrai-se 4% e trunca-se o resultado com 1 casa
decimal. (veja mais detalhes em www.letsgolf.com.br)
Data
Clube
Slope
USGA
Course
Rating
14/02/2006
CLUBE D
115
71,5
12/02/2006
16/01/2006
CLUBE D
115
71,5
CLUBE B
93
64,5
14/01/2006
22/11/2005
CLUBE B
CLUBE B
20/11/2005
17/11/2005
Gross
Gross
Ajust
Dif.
Adapt.
Slope
Difer.
Adaptado
107
95
105
93
33,5
x113/115
32,9
21,5
x113/115
21,1
94
90
94
90
29,5
x113/93
35,8
25,5
x113/93
31
97
97
32,5
x113/93
39,5
93
93
64,5
64,5
CLUBE B
93
64,5
87
87
22,5
x113/93
27,3
CLUBE A
125
69,6
109
106
36,4
x113/125
32,9
15/11/2005
CLUBE B
93
64,5
97
97
32,5
x113/93
39,5
15/11/2005
CLUBE A
125
69,6
94
94
24,4
x113/125
22,1
13/11/2005
CLUBE B
93
64,5
87
87
22,5
x113/93
27,3
19/09/2005
CLUBE B
93
64,5
99
99
34,5
x113/93
41,9
17/09/2005
CLUBE B
93
64,5
89
89
24,5
x113/93
29,8
06/09/2005
CLUBE B
93
64,5
99
99
34,5
x113/93
41,9
04/09/2005
CLUBE B
93
64,5
89
89
24,5
x113/93
29,8
11/04/2005
CLUBE C
137
72,5
114
112
39,5
x113/137
32,6
09/04/2005
CLUBE C
137
72,5
95
93
20,5
x113/137
16,9
29/03/2005
CLUBE A
125
69,6
110
108
38,4
x113/125
34,7
27/03/2005
CLUBE A
125
69,6
91
90
20,4
x113/125
18,4
21/03/2005
19/03/2005
CLUBE A
CLUBE A
125
125
69,6
69,6
109
94
105
94
35,4
24,4
x113/125
x113/125
32
22,1
Média dos Menores Diferenciais
96%
INDEX
NOTAS:
1 - Fundo azul: Ajuste pela Tabela ESC
2 - Fundo amarelo: diferenciais não aproveitados
3 - Fundo verde: diferenciais aproveitados
24,580
23,597
23,5
Exemplo do cálculo de Handicap Index.
Avaliação dos últimos 20 jogos e aproveitamento dos 10 melhores.
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 14
5. P: Como é determinado o par de um buraco ?
R: O PAR dos buracos são determinados pelo seu comprimento efetivo, e não pelo
comprimento real medido. O comprimento efetivo leva em conta aclives, declives,
dureza/maciez do fairway, dog-legs, ventos, altitude, etc. Veja tabela abaixo:
Tabela do PAR de um buraco em função do seu Comprimento Efetivo
Compr.Efetivo = Comprimento medido + (-) fatores de comprimento efetivo
Qtde média no
PAR do buraco Homem (jardas)
Mulher (jardas)
campo
3
até 250 jardas
até 210
4
4
251 a 470 jardas
211 a 400
10
5
471 a 690 jardas
401 a 590
4
6
691 jardas e acima
591 e acima
?
18 buracos
6. P: Quais as distâncias médias de um(a) jogadora(a) Bogey ?
R: Segue Tabela completa de jogadores Scratch e Bogey.
Jogadores Scratch e Jogadores Bogey
HCP e Distâncias médias alcançadas (jds)
Homem
Mulher
HCP
Drive
2º. tiro
Bogey
Scratch
Bogey
Scratch
17-22
200
370
0
250
470
17-22
150
280
0
210
400
7. P: Como se calcula o Course Rating de um dado tee ?
R: Um dado tee possui Course Ratings diferentes para homens e para mulheres.
Seguem as 2 fórmulas básicas para homem e para mulher.
USGA Course RatingHomem = Compr.Efetivo / 220 + 40,9 + strokes de obstáculos
USGA Course RatingMulher = Compr. Efetivo / 180 + 40,1 + strokes de obstáculos
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 15
Apostila 2
FORMATOS DE TORNEIO:
Permissões, compensação e alocação de strokes de HCP
1.
2.
3.
4.
5.
6.
7.
8.
9.
Introdução
Ratings Masculinos e Femininos para cada tee
Compensações de strokes
Homens ou mulheres competindo entre si de tees diferentes
Homens e mulheres competindo entre si de tees diferentes
Homens e mulheres competindo entre si do mesmo tee
Administração de Strokes de Course Handicap
Modalidade Stroke Play e Match Play
Permissão, Compensação e Alocação de strokes nos diversos formatos de
competição
10. Conclusões e resumo
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
2
Apostila 2 –
Torneios e Administração de Strokes – 2ª. Edição
1. INTRODUÇÃO
A USGA determina que cada formato de competição tenha uma administração específica
de Handicap, visando maior equilíbrio entre os competidores/oponentes.
.
Competições em tees diferentes ou onde homens e mulheres competem no mesmo tee,
implicam numa compensação de Handicap para a parte que joga no tee de maior Course
Rating. Assim, esta apostila tem 3 objetivos:
a- Repassar os formatos de torneio mais comuns e conhecer como cada um deve
administrar os Handicaps
b- Conhecer a compensação de Handicaps
c- Reforçar a alocação de strokes de Course Handicap, para jogadores e equipes, nos
diferentes formatos de torneios
Vamos adotar as seguintes abreviações para facilitar a explicação:
i- USGA Course Rating para homens: UCRh
ii- USGA Course Rating para mulheres: UCRm
iii- Course Handicap: CHCP
2. RATINGS MASCULINOS E FEMININOS PARA CADA TEE
Cada tee (circuito) de um campo deve ter ratings para homens e para mulheres, não
importando se são vermelhos, brancos, azuis, etc.
Ex.: O tee vermelho deve ter Course Rating + Slope para Homens e Course Rating +
Slope para mulheres. O tee azul, Course Rating + Slope para Homens e Course Rating +
Slope para mulheres, e assim por diante. Os tees mais afastados não costumam ter
ratings para mulheres, por motivos óbvios.
3. COMPENSAÇÃO DE STROKES
A regra geral é:
O jogador ou jogadora que jogar do tee com maior USGA Course Rating tem direito a uma
compensação de strokes igual à diferença entre o Course Rating do seu tee e o do seu
competidor, arredondando-se o resultado ao próximo inteiro. Ex. 2,4 = 2 ; 1,5 = 2 .
Essa diferença deve ser adicionada ao Course Handicap obtido na Tabela de Conversão do
Tee em que vai jogar.
NOTA 1: A compensação de Course Handicap pela diferença do Course Rating não é
válida para jogadores que não estejam competindo entre si (categorias diferentes, por
exemplo).
NOTA 2: Ao invés de se somar a diferença no Course Handicap do Tee de maior UCR,
pode-se subtraí-la do Course Handicap do Tee de menor UCR.
NOTA 3: Exclusiva para o processamento de dados da CBG:
Essas compensações de CHCP se prestam apenas à apuração do torneio. Pare efeito de
Handicap e do uso da Tabela ESC (futuro assunto do "Tee do 1"), considerar o CHCP
puro de cada jogador, obtido na Tabela de Conversão.
Vejamos a seguir como as compensações são feitas:
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
3
4. CASO 1:
Homens competindo entre si de tees diferentes ou mulheres competindo entre si
de tees diferentes.
O jogador(a) que escolher o tee de maior Course Rating terá strokes adicionais no seu
CHCP. Tais strokes adicionais são calculados como:
Compensação = UCR maior – UCR menor. Ex.:
Jogador A:Tee Preto, com CHCP=14 obtido na tabela do Tee Preto, UCRh = 72,8.
Jogador B:Tee Azul, com CHCP=19, obtido na tabela do Tee Azul UCRh = 70,4.
Diferença dos 2 UCR's = 72,8 – 70,4 = 2,4. Arredondando-se, 2.
Conclusão: Jogador A terá 2 strokes a mais jogando no Tee Preto e jogará com 16
(14+2).
Alternativamente, jogador A poderá manter seu CHCP=14 e jogador B reduzir o seu em 2
strokes. (19-2=17).
NOTA: A compensação de Course Handicap pela diferença do UCR não é válida para
jogadores que não estejam competindo entre si (categorias diferentes, por exemplo).
HOMENS competem em tees diferentes:
UCR = 72,8
A
UCR = 70,4
B
Quem joga no UCR mais alto, tem strokes adicionais equivalentes à
diferença entre os UCR, arredondada ao próximo inteiro.
Exemplo:
Jogador A, CHCP =14 joga do Tee Preto: UCR = 72,8
Jogador B, CHCP =19 joga do Tee azul: UCR = 70,4
Diferença = 2,4 arred. 2
Conclusão: Jogador A tem 2 strokes a mais, (14+2=16)
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
4
5. CASO 2:
Homens e mulheres competindo entre si em tees diferentes
Analogamente ao caso anterior, o jogador ou jogadora que jogar do Tee com maior
Course Rating terá strokes adicionais, somados ao CHCP obtido na tabela
correspondente. Ex.:
Jogador A:Tee Preto, com CHCP=14 obtido na tabela do Tee Preto, UCRh= 72,8.
Jogadora C:Tee Vermelho, com CHCP=21, obtido na tabela do Tee Vermelho, UCRm=
71,2.
Diferença dos 2 UCR's = 72,8 – 71,2 = 1,6. Arredondando-se, 2.
Conclusão: Jogador A terá 2 strokes a mais jogando no Tee Preto, e jogará com 16
(14+2).
NOTA: A compensação de Course Handicap pela diferença do USGA Course Rating não
é válida para homens e mulheres que não estejam competindo entre si (categorias
diferentes, por exemplo).
HOMENS competem com Mulheres em tees diferentes:
UCRh = 72,8
A
UCRm = 71,2
C
Quem joga no UCR mais alto, tem strokes adicionais equivalentes à
diferença entre os UCR, arredondada ao próximo inteiro.
Exemplo:
Jogador A, CHCP =14 joga do Tee Preto: UCRh = 72,8
Jogadora C, CHCP =21 joga do Tee Vermelho: UCRm = 71,2
Diferença = 1,6 arred. 2
Conclusão: Jogador A tem 2 strokes a mais, (14+2=16)
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Fev/08
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5
6. CASO 3:
Homens e Mulheres competindo entre si no mesmo Tee
Ex. Ambos vão competir entre si no Tee Azul, UCRh = 70,4; UCRm = 77,5.
Jogador A: Tee Azul, com CHCP=14 obtido na tabela masculina do Tee Azul.
Jogadora C: Tee Azul, com CHCP=21, obtido na tabela feminina do Tee Azul.
Diferença dos 2 UCR's = 77,5 – 70,4 = 7,1. Arredondando-se, 7.
Conclusão: Jogadora C terá 7 strokes a mais jogando no Tee Azul, e jogará com 28
(21+7).
NOTA: A compensação de Course Handicap pela diferença do USGA Course Rating não
é válida para homens e mulheres que não estejam competindo entre si (categorias
diferentes, por exemplo).
HOMENS competem com Mulheres NO MESMO TEE:
NOTA:
Um mesmo tee
tem
UCR’s
diferentes para
Homens e
Mulheres
TEE AZUL:
UCRhomem = 70,4
UCRmulher = 77,5
A
C
A Mulher tem strokes adicionais equivalentes à diferença entre os UCR’s,
arredondada ao próximo inteiro.
Exemplo:
Jogador A, CHCP =14 joga do Tee Azul: UCRh = 70,4
Jogadora C, CHCP =21 joga do Tee azul: UCRm = 77,5
Diferença = 7,1 arred. 7
Conclusão: Jogadora C tem 7 strokes a mais, (21+7=28)
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Fev/08
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6
7. PERMISSÕES: Uso parcial dos Handicaps - Porcentagens limitadas
Em certos tipos de torneios, especialmente os disputados por equipes, é conveniente
limitar os handicaps a uma porcentagem do handicap teórico. Isso busca eliminar uma
vantagem excessiva dos jogadores de Handicaps altos contra os de Handicaps baixos.
Ex. Reduzir 20% de todos, reduzirá 5 strokes de quem tem C.HCP=25, mas reduzirá
apenas 2 de quem tem C.HCP=10.
Tais porcentagens variam dependendo do formato da competição. Por isso, nos ítens
seguintes, vamos incluir as PERMISSÕES, COMPENSAÇÕES e ALOCAÇÕES de strokes
de Handicap nos formatos de torneio mais comuns no Brasil.
8. ADMINISTRAÇÃO DOS STROKES DE COURSE HANDICAP:
Um torneio bem organizado deve considerar as PERMISSÕES de C.HCP, suas
COMPENSAÇÕES (competições em tees diferentes ou Homens e Mulheres competindo
no mesmo tee) e finalmente as ALOCAÇÕES dos strokes.
Para se evitar distorções, a ordem desses cálculos é importantíssima:
abcd-
Identificar o Course Handicap na Tabela do tee em que vai jogar.
Calcular as PERMISSÕES de Handicap (80%, 70%, 90%, etc.)
Aplicar as COMPENSAÇÕES (tees diferentes e Homem vs Mulher)
E por último, aplicar as ALOCAÇÕES dos strokes: onde receber os strokes.
NOTA 1: Em muitos campos as tabelas de Handicap Stroke são diferentes para
homens e mulheres.
NOTA 2: A comissão do torneio poderá definir suas próprias tabelas de Handicap
Stroke, diferentes daquela contida no cartão do clube.
Nos ítens seguintes, estudaremos os diversos formatos de torneio, quais as permissões
sugeridas para cada um, como são feitas as compensações estudadas nos ítens 3 a 6 e
reforçaremos a alocação os strokes resultantes.
9. NÚMEROS POSITIVOS E NEGATIVOS.
No Golfe, um Handicap normal aparece sem sinal, mas deve ser subtraído do GROSS.
Um Handicap positivo (+C.HCP) deve ser somado ao GROSS.
Portanto, para efeito das contas que são sugeridas nos ítens seguintes, é natural supor
que os Handicaps normais de fato são negativos.
Da linguagem do Golfe, dizemos que um Handicap normal de 15 (de fato, -15) é "maior"
do que um de 8 (de fato, -8). E que um Handicap positivo de +3 é "menor" do que o
Handicap positivo +1, ou mesmo "menor" que um Handicap normal de 5 (de fato, -5).
As aspas servem para justificar o deslize matemático cometido acima, visando respeitar
a linguagem usual do Golfe.
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Fev/08
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7
10. MODALIDADE STROKE PLAY e MODALIDADE MATCH PLAY
No Stroke Play jogadores ou times competem com outros jogadores ou outros times,
ganhando aquele que fizer a volta estipulada (em geral 18 buracos) com o menor score
NET total. (GROSS - C.HCP).
No Match Play 2 jogadores ou 2 times competem um contra o outro, buraco a buraco. Os
Handicaps devem ser aplicados em cada buraco e o lado que fizer o menor NET ganha
o buraco. O lado que ganhar o maior número de buracos, ganha o jogo.
Existem diversos formatos de competição, envolvendo essas 2 modalidades básicas. Nos
ítens seguintes, vamos analisar apenas os formatos mais comuns no Brasil, a saber:
a- Na
iiiiiiivvvi-
modalidade Stroke Play
Stroke Play individual
Best Ball of Four Stroke Play – times de 4 jogadores
Four Balls Stroke Play – 2 duplas em cada buraco
Foursomes Stroke Play – idem, mas com tacadas alternadas
Stableford – disputa buraco a buraco por pontos.
Scramble, Texas e Ambrose Scramble
b- Na
iiiiii-
modalidade Match Play
Match Play individual
Four Balls Match Play
Foursomes Match Play
Modalidade Stroke Play
Nos diversos formatos da modalidade Stroke Play, os Handicaps podem ser
usados no GROSS de cada buraco ou no GROSS total, dependendo do formato.
Quando usados em buracos, Handicaps normais são subtraídos do GROSS nos
buracos mais difíceis do campo e Handicaps positivos são somados ao GROSS
nos buracos mais fáceis do campo.
Modalidade Match Play
Nos diversos formatos da modalidade Match Play, os Handicaps somente podem
ser usados em cada buraco.
Um dos oponentes (jogador ou equipe) joga com zero (scratch) e o outro joga
com diferenças específicas, dependendo do formato. Em função disso,
Handicaps positivos nunca são aplicados, pois o menor deles sempre será
nivelado a zero com o correspondente deslocamento dos demais.
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Fev/08
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8
11. MODALIDADE STROKE PLAY – Permissões, Compensações e Alocação
a- STROKE PLAY Individual
Definição: Cada jogador joga sua própria bola com seu próprio C.HCP e todos os
jogadores competem entre si, individualmente, jogando toda a volta estipulada
(normalmente 18 buracos). Ganha quem fizer o melhor NET total.
i-
PERMISSÕES
A- 18 buracos: 100% do C.HCP obtido nas Tabelas de Conversão
B- 27 buracos: usar 150% do C.HCP (1,5 x C.HCP)
Ex. C.HCP=9. Joga-se com 9+50% = 9+4,5 = 13,5, arred.14.
C- 36 buracos: usar 200% do C.HCP (2 x C.HCP)
D- 45 buracos: usar 250% do C.HCP (2,5 x C.HCP)
E- 54 buracos: usar 300% do C.HCP (3 x C.HCP)
ii- COMPENSAÇÃO
Se houver jogadores competindo em tees diferentes ou Homens e Mulheres
competindo no mesmo tee, aplicar as compensações previstas nos ítens 3 a 6.
iii- ALOCAÇÃO
A- C.HCP normal:
Subtrair os strokes de C.HCP do score GROSS total, obtendo o score NET
total. (NET=GROSS - C.HCP)
B- C.HCP Positivo:
Somar o +CHCP ao GROSS total.
Ex. +CHCP= +2 ; Gross = 71 ; NET = 71+2 = 73
b- BEST BALL OF FOUR Stroke Play - equipe de 4
Definição: Cada integrante joga sua bola com seu próprio C.HCP até embocar. O
melhor score NET individual em cada buraco será o score NET da equipe naquele
buraco. Não há C.HCP da equipe.
i-
PERMISSÕES
80% para Homens e 90% para mulheres.
ii- COMPENSAÇÃO
Jogadores(as)/equipes em tees diferentes e/ou equipes mistas ou equipes
femininas competindo com masculinas no mesmo tee: calcular compensações
individuais conforme ítens 3 a 6.
iii- ALOCAÇÃO
Apesar de ser Stroke Play (menor NET total ganha), o NET da equipe será o
melhor NET individual em cada buraco. Assim:
A- C.HCP normal:
Os strokes de cada jogador são usados buraco a buraco, a começar pelos
mais difíceis do campo (HCP Stroke 1, 2, etc.), de acordo com a tabela de
HCP stroke masculina para homens e feminina para mulheres.
B- C.HCP Positivo:
Somar o +C.HCP nos buracos mais fáceis do campo (HCP Stroke 18, 17,etc.
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
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iv- Exemplo completo:
Uma equipe é formada por 4 jogadores: A(12) e B(+2) (homens jogando do tee
Azul com CR=71,1), e C(18) e D(21) (mulheres jogando do Vermelho com
CR=71,8). Diferença de CR's = 0,7, arred. 1 stroke a favor das Mulheres, pois
jogam no maior CR.
Permissões:
Jogador A =12 x 80% = 9,6 arred. 10
Jogador B =+2 x 80% = +1,6 arred. +2
Jogadora C =18 x 90% = 16,2 arred. 16
Jogadora D =21 x 90% = 18,9 arred. 19
Compensações:
Por ser equipe mista, as mulheres (neste caso) devem ganhar individualmente 1
stroke a mais, relativo à diferença dos dois Course Ratings. Assim, ficam:
A(10), B(+2), C(17) e D(20).
Alocação: A alocação dos strokes de C.HCP é feita em cada buraco. Assim, a
equipe usará seus strokes da seguinte maneira:
A: subtrair 1 stroke nos buracos de HCP 1 a 10 (HCP Stroke masculino)
B: somar 1 stroke nos buracos de HCP 18 e 17 (HCP Stroke masculino)
C: subtrair 1 stroke nos buracos de HCP 1 a 17 (HCP Stroke feminino)
D: subtrair 2 strokes nos buracos de HCP Stroke 1 e 2, e 1 stroke nos demais
buracos.
NOTA: Se a compensação fosse a favor dos homens e houver poucas mulheres, é
mais fácil subtrair a compensação das poucas mulheres do que somar em todos
os homens.O efeito será o mesmo.
c- FOUR BALL Stroke Play
Definição de Four Ball Stroke Play
Jogo de 2 Duplas por buraco, competindo com todas as outras duplas do torneio.
Cada jogador da dupla joga sua bola com seu C.HCP individual até embocar. Não há
C.HCP da dupla. O melhor score NET individual de cada buraco será o score NET da
dupla naquele buraco. Ganha o jogo a dupla que fizer o melhor score NET total da
volta estipulada.
i-
PERMISSÕES
90% para Homens e 95% para mulheres.
NOTA: Recomenda-se às Comissões de Four Ball Stroke Play que nenhuma dupla
tenha, após as permissões, uma diferença entre os C.HCP maior que 8 strokes.
Se isso não puder ser evitado, essas duplas devem sofrer uma redução adicional
de 10% dos seus C.HCP já arredondados. Exemplo:
Dupla masculina A(8)B(20) teriam as seguintes permissões:
Jogador A: 8 x 90% = 7,2 arred. 7
Jogador B: 20 x 90%= 18
A diferença dos C.HCP arredondados é (18-7=11), portanto, maior que 8.
Essa dupla deve sofrer uma redução adicional de 10%, ficando com:
Jogador A: 7 x 10% = 0,7 ; 7 - 0,7 = 6,3 arred. 6
Jogador B: 18 x 10%= 1,8 ; 18 - 1,8 = 16,2 arred. 16
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 10
ii- COMPENSAÇÕES
Se houver jogadores(as) competindo em tees diferentes ou mulheres competindo
com homens no mesmo tee ou equipes mistas, calcular as compensações
individuais descritas nos ítens 3 a 6. Exemplo:
Suponhamos que na dupla do exemplo anterior A(8)B(20), A seja homem jogando
no tee Azul (CR=72,4) e B seja uma mulher, jogando do tee vermelho com
CR=71,5. A diferença de CR’s é 0,9, arred.1, a favor dos homens.
As Permissões mudam, pois agora temos uma mulher na dupla.
Jogador A: 8 x 90% = 7,2 arred. 7
Jogadora B: 20 x 95% = 19
Portanto, as permissões para esta dupla mista ficam: A(7)B(19). Como a diferença
entre eles é maior que 8 (19-7=12), nova redução de 10% deve ser feita:
Jogador A: 7 x 10% = 0,7 ; 7 - 0,7 = 6,3 arred. 6
Jogadora B: 19 x 10%= 1,9 ; 19 - 1,9 = 17,1 arred. 17
E finalmente, com a compensação de 1 stroke a favor dos homens, a dupla ficará:
A(7)B(17).
iii- ALOCAÇÃO
Apesar de ser Stroke Play (menor NET total ganha), o NET da equipe será o
melhor NET individual em cada buraco. Assim:
A- C.HCP normal:
Os strokes de cada jogador são usados buraco a buraco, a começar pelos
mais difíceis do campo (HCP Stroke 1, 2, etc.), de acordo com a tabela de
HCP stroke masculina para homens e feminina para mulheres.
B- C.HCP Positivo:
Somar o +C.HCP nos buracos mais fáceis do campo (HCP Stroke 18, 17,etc.
d- FOURSOMES Stroke Play ou Alternate Stroke Play
Definição: Jogo de 2 duplas por buraco, competindo com todas as outras duplas do
torneio. Uma bola por equipe e cada jogador dá tacadas alternadas até embocar.
Tacadas do tee também devem ser alternadas. Uma variação de jogo permite que
ambos batam do tee e selecionem o melhor drive para continuar. Vence a equipe
com o melhor NET total (18 buracos). Usa-se o C.HCP da dupla e não os individuais.
i-
PERMISSÕES
O C.HCP da dupla é 50% da soma dos C.HCP’s individuais. Para drives
selecionados, usa-se 40% da soma dos C.HCP’s.
Ex. 1: A(8) e B(13) formam uma dupla.
C.HCP da dupla = 50% x (8 +13) = 50% x (21) = 10,5, arred. 11.
C.HCP da dupla = 11.
Ex. 2: C.HCP positivo: A(+2) e B(13) formam uma dupla.
C.HCP da dupla = 50% x ((+2) + (-13)) = 50% x (-11) = -5,5, arred. -6.
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 11
ii- COMPENSAÇÕES
Havendo duplas mistas ou duplas femininas competindo com masculinas, as
compensações devem ser feitas da seguinte maneira (ítens 3 a 6):
A- Duplas femininas competindo com masculinas
Após calculado o C.HCP da dupla, acrescenta-se a diferença dos Course
Ratings no C.HCP da dupla que joga no CR maior.
Ex.: A(8) e B(13) formam uma dupla masculina, jogando do tee Azul
(CR=72,2). C(14) e D(21) formam uma dupla feminina competindo com as
demais, no Tee Vermelho (CR=70,4). A diferença dos CR’s = 72,2 – 70,4 = 1,8
arred. 2 strokes a favor dos homens (neste caso). Temos:
Permissões:
A(8) e B(13) C.HCP (AB) = 50% x (8+13) =11
C(14) e D(21) C.HCP (CD) = 50% x (14+21)=17,5 arred. 18
Compensações:
Como neste caso a diferença dos CR’s é a favor dos homens, a equipe
masculina AB jogará com 13 (11+2), ou AB(13) vs CD(18).
NOTA: Com poucas mulheres no torneio, é mais fácil subtrair a compensação
dos C.HCP das duplas femininas do que somar nas masculinas. O efeito será
o mesmo.
Duplas mistas
O procedimento é idêntico às duplas masculinas e femininas, exceto que,
após calculado o C.HCP médio da dupla, acrescenta-se somente 50% da
diferença entre os CR’s. Ex.:
Se, após as permissões, AB(11) for mista e CD(18) for mista, ambas as duplas
receberão 1 stroke (50% de 1,8 = 1,4 arred. 1).
AB jogaria com 12 (11+1) e CD jogaria com 19 (18+1).
Se AB(11) for masculina CD(18) for mista, AB recebe o total da compensação
(2 strokes) e CD recebe 50% da compensação.
AB jogaria com 13 (11+2) e CD jogaria com 19 (18+1).
iii- ALOCAÇÕES
A- C.HCP normal: Subtrair o C.HCP da equipe do score GROSS total para obter
o NET total.
B- C.HCP positivo: Somar o +C.HCP da equipe no score GROSS total para
obter o NET total.
Autor: Luiz Carlos Palmiro
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Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 12
e- STABLEFORD - Competição por pontos
Definição: Enquadra-se na modalidade Stroke Play. Jogo onde os competidores
(indivíduos) ganham pontos em cada buraco, de acordo com seu resultado NET no
buraco, comparado a um score de referência (em geral, o PAR). A Tabela de pontos
abaixo foi elaborada com referência=PAR:
Stableford
Resultado NET no buraco (Ref = PAR)
i-
Pontos
Obtidos
2 ou mais acima do PAR (duplo bogey ou pior)
0
1 ACIMA DO PAR (Bogey)
1
PAR
2
1 ABAIXO DO PAR (Birdie)
3
2 ABAIXO DO PAR (Eagle)
4
3 ABAIXO DO PAR (Albatroz ou duplo Eagle)
5
4 ABAIXO DO PAR (duplo Albatroz)
6
PERMISSÕES
A USGA recomenda que os jogadores joguem com 100% do seu C.HCP obtido na
Tabela de Conversão de Handicap Index. Entretanto, nota-se que muitos
organizadores aplicam uma permissão de 70% ou 80% no C.HCP de todos os
participantes, contrários, portanto, à orientação da USGA.
ii- COMPENSAÇÕES
Se houver jogadores(as) competindo em tees diferentes ou homens e mulheres
competindo no mesmo tee, calcular as compensações individuais previstas nos
ítens 3 a 6.
iii- ALOCAÇÃO
A- C.HCP normais: Sendo os pontos obtidos em cada buraco, o C.HCP é
distribuído nos buracos mais difíceis de acordo com a tabela de HCP Stroke
masculina para homens e feminina para mulheres.
B- C.HCP positivo: Distribuído e somado ao score dos buracos mais fáceis do
campo, a começar pelo HCP Stroke 18, 17, 16, etc.
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 13
f- SCRAMBLE – equipe 2, 3 ou 4 jogadores
Definição: Todos batem a sua bola do tee. Escolhe-se a bola melhor posicionada e
as demais são levantadas (não confundir com Best Ball). Todos batem a segunda
tacada daquele ponto. Repete-se o procedimento até embocar. Ganha o jogo a equipe
que fizer o melhor NET da volta estipulada (em geral, 18 buracos).
Uma variação, chamada Texas Scramble, exige que, de cada jogador, sejam
aproveitadas pelo menos 4 tacadas do tee. Isso impede que um grande batedor de
driver use sua primeira tacada em todos os buracos.
Handicap: Por não ser um jogo que segue os princípios do Golfe, a USGA apenas
sugere o seguinte procedimento:
C.HCP da equipe(4) = 20% do C.HCP do melhor jogador (C.HCP mais baixo) + 15%
do segundo + 10% do terceiro + 5% do pior jogador (C.HCP individual mais alto). Ex.:
A(5)B(12)C(19)D(26) formam uma equipe de Scramble.
O C.HCP da equipe fica: 20% x 5 + 15% x 12 + 10% x 19 + 5% x 26 = 12,4 arred. 12.
Para equipes de 2, a sugestão muda um pouco:
C.HCP da equipe(2) = 35% do C.HCP do melhor jogador + 15% do pior jogador
Outra solução:
Uma variação do Scramble, chamada Ambrose Scramble, calcula o Handicap da
equipe da seguinte forma (50% da média dos C.HCP individuais):
Equipe de 4: somam-se os C.HCP dos integrantes e divide-se por 8
Equipe de 3: somam-se os C.HCP dos integrantes e divide-se por 6
Equipe de 2: somam-se os C.HCP dos integrantes e divide-se por 4.
Compensação: Esse conceito fica prejudicado nessa modalidade de torneio.
Alocação: Como normalmente a apuração é Stroke Play com NET total, o C.HCP
médio da equipe deve ser subtraído do GROSS total.
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 14
12. MODALIDADE MATCH PLAY – Permissões, Compensações e Alocações
a- MATCH PLAY Individual
Definição: Um jogador ou um time joga contra o outro jogador ou outro time,
competindo buraco a buraco. O vencedor é quem ganha o maior número de buracos.
i-
PERMISSÕES
Cada oponente usa com 100% do seu C.HCP. Quem tiver o menor C.HCP joga
com zero (scratch) e o outro joga com a diferença entre os 2 C.HCP's (“maior” –
“menor”).
Ex.: Jogador A(23) contra B(14). A jogará com 9 (23-14) e B jogará com 0.
C.HCP Positivo: Nunca haverá C.HCP positivo na modalidade Match Play.
Quando houver, o jogador com o “menor” +C.HCP jogará com zero (scratch) e os
demais somarão o +C.HCP nos seus C.HCP’s individuais, ou calculam o "maior" o "menor" que produz o mesmo efeito.
Ex. 1 :
Jogador A(+2) contra jogador B(5).
A jogará com zero e B jogará com 7, ié, a diferença: (-5) - (+2) = -7
Ex. 2 :
Jogador C(+3) contra jogador D(+1)
Diferença = "maior" – "menor" = (+1) – (+3) = -2
C jogará com zero e D jogará com 2
ii- COMPENSAÇÃO
Se houver jogadores(as) competindo em tees diferentes ou homens e mulheres
competindo no mesmo tee, aplicar ítens 3 a 6. Se ocorrer da compensação ser do
oponente com zero, subtrair a compensação do outro oponente. Ex. A(8) vs B(15).
A joga no tee com CR maior, com diferença=2,4 arred. 2 strokes a favor de A.
Após permissão: A(0) vs B(7).
Compensação: 2 strokes para A: A se mantém A(0) e B(7) reduz para B(5).
iii- ALOCAÇÃO
A alocação de strokes é feita buraco a buraco, começando-se pelos mais difíceis
(HCP Stroke 1, 2, 3, etc.), de acordo com a tabela de HCP Stroke masculina para
homens e feminina para mulheres.
C.HCP positivo: como explicado acima, não há +C.HCP em Match Play.
b- FOUR BALL Match Play
Definição: Jogo de 2 duplas competindo uma contra a outra, buraco a buraco. Cada
jogador da dupla joga sua bola com seu próprio C.HCP até embocar. Não há C.HCP
da dupla. O melhor score NET individual de cada buraco será o score NET da dupla
naquele buraco. Ganha o buraco a dupla com melhor score NET no buraco. Ganha o
jogo a dupla que vencer maior número de buracos.
i-
PERMISSÕES
Cada jogador usa 100% do seu C.HCP. Quem tiver o C.HCP mais baixo joga com
zero e os outros 3 jogam com (seus C.HCP's - C.HCP mais baixo).
Ex.: A dupla A(5)B(11) jogarão contra a dupla C(16)D(19).
A (o menor) jogará com zero (scratch); B jogará com 6 (11-5); C jogará com 11
(16-5) e D jogará com 14 (19-5).
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 15
C.HCP Positivo: Nunca haverá C.HCP positivo na modalidade Match Play.
Quando houver, o jogador com o “menor” +C.HCP jogará com zero (scratch) e os
outros 3 jogarão com a diferença entre o seu C.HCP e o “menor” C.HCP. Ex. :
Dupla A(+2)B(5) contra dupla C(+3)D(+1). C tem o “menor” +C.HCP.
C
A
B
D
jogará com zero;
jogará com 1, ié, (+2) - (+3) = -1
jogará com 8, ié, (-5) - (+3) = -8
jogará com 2, ié, (+1) - (+3) = -2, ou seja, A(1)B(8) contra C(0)D(2).
ii- COMPENSAÇÕES
Se jogadores(as) competirem de diferentes tees ou homens e mulheres
competirem do mesmo tee, aplicar as compensações individuais (ítens 3 a 6).
Se ocorrer do jogador com zero ganhar strokes de compensação, subtrair tal
compensação de todos os demais. Reaplicar as permissões se necessário.
iii- ALOCAÇÃO
Sendo Match Play, o NET individual de cada jogador deve ser obtido deduzindo
seus strokes nos buracos mais difíceis do campo, de acordo com a tabela de
HCP stroke masculina para homens e feminina para mulheres.
C.HCP positivo: como explicado acima, não há +C.HCP em Match Play.
c- FOURSOMES Match Play
Definição: Jogo de 2 duplas por buraco, competindo uma contra a outra. Uma bola
por equipe e cada jogador dá tacadas alternadas até embocar. Tacadas do tee
também devem ser alternadas. Uma variação de jogo permite que ambos batam do
tee e selecionem o melhor drive para continuar.
i-
PERMISSÕES
C.HCP temporário da dupla = soma dos C.HCP'S individuais (100%).
A dupla com menor soma de C.HCP's joga com zero e a outra joga com 50% da
diferença entre as 2 somas. Se drivers selecionados são permitidos, usa-se 40%.
Ex.
Dupla A(12)B(19): soma de C.HCP = 12 + 19 = 31
Dupla C(20)C(28): soma de C.HCP = 20 + 28 = 48
Diferença das somas = 48 - 31=17; 50% x 17 = 8,5 arred. 9
Portanto a dupla AB joga com zero (scratch) e a dupla CD joga com 9.
C.HCP positivo:
OBS: Conforme item 9, um HCP normal, matematicamente tem sinal negativo (“-“).
A(+2)B(5) contra dupla C(6)D(9)
Dupla A(+2)B(5): soma de C.HCP = +2 + (-5) = -3
Dupla C(6)D(9): soma de C.HCP = (-6) + (-9) = -15
Diferença das somas = (-15) - (-3) = -12
50% x -12 = -6.
Portanto a dupla CD joga com zero (scratch) e a dupla CD joga com 6.
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 16
ii- COMPENSAÇÕES
Havendo duplas competindo em tees diferentes, duplas mistas ou duplas
femininas e masculinas competindo no mesmo tee, aplicar as compensações.
NOTA: Se ocorrer da compensação pertencer à dupla jogando com zero, subtrair
os strokes de compensação da outra dupla.
A- Duplas Feminina competindo com masculina (ou duplas em tees diferentes).
Após calculado o C.HCP da dupla, acrescenta-se a diferença dos Course
Ratings no C.HCP da dupla que joga no CR maior.
Ex.: A(8) e B(13) formam uma dupla masculina, jogando do tee Azul
(CR=71,2). C(14) e D(16) formam uma dupla feminina competindo com a
anterior, no Tee Vermelho (CR=73,6). A diferença dos CR’s = 73,6 – 71,2 =
2,4 arred, 2 strokes a favor das mulheres (neste caso). Temos:
Permissões
A(8) e B(13); soma(AB) = (8+13) = 21
C(14) e D(16); soma(CD) = (14+16) = 30
diferença das somas = 9; 50% x 9 = 4,5, arred. 5.
AB joga com zero e CD joga com 5 antes da compensação.
Compensações
Como neste caso a diferença dos CR’s é a favor das mulheres, a equipe
feminina CD jogará com 7 (5+2).
B- Duplas mistas
O procedimento é idêntico às duplas masculinas/femininas, exceto que, após
calculado o C.HCP da dupla, a compensação é de apenas 50% da diferença
entre os Course Rating's.
Ex. Se AB for mista e CD for mista, ambas as duplas receberão 1 stroke (50%
de 2,4=1,2 arred. 1). AB jogaria com 1 e CD jogaria com 6 (5+1). Mas como no
Match Play um lado sempre joga com zero, ao invés de somar 1 a AB subtraise 1 de CD. Assim, AB joga zero e CD joga 5 (6-1).
Se apenas CD fosse uma dupla mista, somente ela receberia 50% da
diferença dos CR’s. AB jogaria zero e CD jogaria com 6 (5+1).
iii- ALOCAÇÕES
Sendo uma disputa buraco a buraco, os strokes devem ser usados por cada dupla
nos buracos mais difíceis do campo (HCP stroke 1, 2, 3 , etc.).
NOTA: Em duplas mistas de Foursomes, os strokes de C.HCP após permissões e
compensações, devem ser alocados de acordo com a tabela de HCP Stroke
masculina somente.
C.HCP positivo: como explicado acima, não há +C.HCP em Match Play.
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 17
13. CONCLUSÕES E RESUMO
a- Nesta apostila conhecemos as compensações de C.HCP sempre que houver
jogadores(as) ou equipes competindo em tees diferentes ou homens e
mulheres/equipes masculinas ou femininas ou mistas competindo do mesmo tee.
b- Conhecemos os formatos de torneio mais populares no Brasil e aprendemos sobre
permissões de Handicap (porcentagens) em cada formato, compensações de
Handicaps individuais e de equipes, bem como a alocação dos strokes no total ou
nos buracos.
c- Equipe mista ou equipes competindo em tees diferentes ou equipes masculinas e
femininas competindo no mesmo tee devem fazer compensações de strokes.
d- Em jogos onde 2 indivíduos ou equipes disputam um buraco (modalidade, Match
Play), um lado joga com C.HCP zero e o outro com diferenças específicas.
e- A tabela de Handicap Stroke para homens e mulheres nem sempre são as mesmas,
e a alocação de strokes em buracos deve seguir a tabela correspondente.
f- Numa equipe mista de “Best Ball of Four” ou de “Four Ball”, não há C.HCP da
equipe. Apenas os C.HCP individuais são compensados.
RESUMO
Stroke Play
Individual
Best ball of 4
(equipe de 4)
Four Ball
(duplas)
Foursomes
(duplas)
Stableford
(individual)
Scramble
(equipe)
100% CHCP individual
Compensação: individual
Alocação: somar no Gross tota
80% Homem, 90% Mulher, indiv.
Compensação: individual
Alocação: por buraco
+CHCP: somar nos buracos + fáceis
90% Homem, 95% Mulher, individ.
Compensação: individual
Alocação: por buraco
+CHCP: somar nos buracos + fáceis
CHCP dupla = 50% x soma
Compensação: da dupla
Alocação: somar no Gross total
100% CHCP individual
Compensação: individual
Alocação: por buraco
+CHCP: somar nos buracos + fáceis
Do menor p/ o maior CHCP:
20% + 15% + 10% + 5%
Alocação: somar no Gross total
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Fev/08
Match Play
O menor CHCP joga c/ zero
Oponente = (CHCP - menor CHCP)
Compensação: individual
Alocação: por buraco
Não é usual
Dupla x Dupla c/ CHCP individual
O menor CHCP joga c/ zero
3 demais = CHCP - o meno
Compensação: individual
Alocação: por buraco
Dupla x Dupla
Calcular soma CHCP´s da dupla
Dupla c/ menor soma joga c/ zero
A outra, c/ 50% x (soma1 - soma 2)
Compensação: da dupla
Alocação: por buraco
Não é usual
Não é usual
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 18
Apostila 3
A ENTREGA DE CARTÕES - penalidades
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Do Regulamento dos Comitês de Handicap
Definição de score válido e inválido
Jogos parciais - buracos não jogados, bolas não embocadas
Entregar o cartão, justificar ou omitir-se - penalidades aplicáveis
Defendendo o sistema: Redução, Modificação e Suspensão do Index
Conclusões e resumo
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
1
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
2
Apostila 3 -
A ENTREGA DOS CARTÕES - Penalidades
1. DO REGULAMENTO DOS COMITÊS DE HANDICAP
Com a implantação do Sistema USGA de Handicap com Slope System no Brasil, algumas
normas de entrega e processamento de cartões de jogo entraram em vigor.
Todo jogador que deu saída no campo é obrigado a entregar seus cartões de scores
válidos no clube onde jogou. O clube não apenas tem obrigação de cobrar a entrega do
cartão, como de recebê-lo e de digitá-lo no sistema central, seja o jogador sócio ou
visitante.
2. DEFINIÇÃO DE SCORE VÁLIDO E SCORE INVÁLIDO
A melhor forma de explicar é definir quais scores são considerados inválidos. Os
demais serão válidos e, portanto, de entrega obrigatória.
Um score é considerado inválido para efeito de Handicap nas seguintes situações:
a- Quando menos que 7 buracos foram jogados.
b- Quando a maioria dos buracos não foram jogados de acordo com as Regras e
Princípios do Golfe. Jogos de tacadas alternadas se encaixam aqui (Scramble,
Foursomes, etc) e seus cartões não devem ser entregues para efeito de Handicap.
c- Quando o comprimento total do campo jogado for menor que 3000 jardas para 18
buracos ou 1500 para 9 buracos.
d- Quando a regra da competição obrigou o jogador a utilizar um limite de tacos menor
que 14. Ex. competição só de ferros.
e- Quando o jogo ocorreu num campo que ainda não tem USGA Course Rating nem
Slope Rating.
NOTA: No Brasil, os clubes ainda não medidos receberam o Slope Rating padrão brasileiro de 125,
e mantém o seu Course Rating antigo, enquanto não se dá a medição oficial. Portanto, não se
enquadram nesta definição, ié, seu cartões são válidos.
f- Quando o jogador usou tacos e/ou bolas que não estejam em conformidade com as
determinações da R&A.
g- Quando o jogador usou dispositivos artificiais proibidos pela Regra 14-3. Ex. medidor
de vento, elásticos nos braços, toalhas, etc.
Tais scores ditos inválidos não precisam ser entregues, mas precisam ser
justificados, caso contrário o Comitê do clube poderá interpretar que o score não foi
entregue visando manipulação, e aplicar penalidade indevida ao jogador.
3. JOGOS PARCIAIS - Buracos não jogados, bolas não embocadas
Uma vez conhecidos os scores inválidos, podemos concluir que todos os demais scores
são válidos. Vamos agora enfatizar alguns scores que sempre criam polêmica:
a- Qualquer jogo de 7 a 9 buracos jogados numa mesma volta será válido e
considerado como um jogo de 9 buracos. Se apenas 7 ou 8 buracos foram jogados, os
buracos faltantes serão completados pelo sistema como sendo o PAR do buraco +
strokes que o jogador teria direito neles. Ex.:
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
3
Buraco
H.Stroke
Strokes (Chcp=7)
PAR
Score jogado
Score válido
1
17
4
5
5
2
5
1
5
6
6
3
9
3
4
4
4
3
1
4
3
3
5
1
1
4
3
3
6 7
11 15
4
3
3
3
6
6
8
7
1
5
9
13
6
4
4
10 11 12 13 14 15 16 17 18
18 2 16 4 14 6 12 8 10
1
1
1
4 4 3 4 4 5 3 5 4
b- Em jogos com 12 buracos jogados, os buracos 10, 11 e 12 serão desprezados e
será considerado o score de 9 buracos. Ex.:
Buraco
H.Stroke
Strokes (Chcp=7)
PAR
Score jogado
Score válido
1
17
4
5
5
2
5
1
5
6
6
3
9
3
4
4
4
3
1
4
3
3
5
1
1
4
3
3
6 7
11 15
4
3
3
3
6
6
8
7
1
5
4
4
9
13
4
3
3
10 11 12 13 14 15 16 17 18
18 2 16 4 14 6 12 8 10
1
1
1
4 4 3 4 4 5 3 5 4
4 3 7
IMPORTANTE:
Um score de 9 buracos não entra imediatamente no cálculo do Index. O Sistema o
armazena e aguarda um novo jogo de 9 buracos, podendo ser da mesma volta ou
não, do mesmo clube ou não. Quando este for digitado, o sistema combina os 2
cartões formando um jogo de 18 buracos, com a data do segundo. Tais jogos parciais
de 9 buracos são chamados de Combined 9.
c- Se menos que 13 buracos foram jogados e em nenhuma das 2 voltas foram jogados
pelo menos 7 buracos, o cartão é inválido. Ex.:
Buraco
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18
H.Stroke
17 5 9 3 1 11 15 7 13 18 2 16 4 14 6 12 8 10
Strokes (Chcp=7)
1
1 1
1
1
1
1
PAR
4 5 3 4 4 4 3 5 4
4 4 3 4 4 5 3 5 4
Score jogado
6 4
3 3 6
3
4 3
4
6 5 3
Score válido
Total < 13, cada volta < 7 => Score inválido
d- Se 13 ou mais buracos forem jogados, mesmo alternadamente, os demais serão
calculados. Ex.:
Buraco
H.Stroke
Strokes (Chcp=7)
PAR
Score jogado
Score válido
Autor: Luiz Carlos Palmiro
1
17
4
4
2
5
1
5
6
6
3
9
3
4
4
4
3
1
4
5
Ed. 11/Fev/08
5
1
1
4
3
3
6 7
11 15
4
3
3
3
6
6
8
7
1
5
6
9
13
4
3
3
10 11 12 13 14 15 16 17 18
18 2 16 4 14 6 12 8 10
1
1
1
4 4 3 4 4 5 3 5 4
4 3
4 4
6 5 3
4 3 3 4 4 6 6 5 3
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
4
e- Se o Handicap for positivo, os buracos faltantes serão completados com o PAR do
buraco menos o stroke que o jogador teria "direito" neles. (nos buracos mais fáceis
do campo - HCP stroke 18, 17, etc.). Ex.: +CHCP=+2, e buracos 1, 2 e 10 não foram
jogados:
Buraco
1
H.Stroke
17
Strokes (Chcp=+2) +1
PAR
4
Score jogado
Score válido
3
2
5
3
9
4
3
5
1
6 7
11 15
8
7
9
13
5
3
4
4
4
3
3
4
3
3
4
3
3
5
4
4
4
3
3
5
3
6
6
10 11 12 13 14 15 16 17 18
18 2 16 4 14 6 12 8 10
+1
4 4 3 4 4 5 3 5 4
3 7 4 4 3 6 5 3
3 3 7 4 4 3 6 5 3
f- Jogador desclassificado de competição.
Se o motivo da desclassificação não caracterizar o score como inválido (item 2) então
o cartão deve ser entregue para efeito de Handicap. Ex.: Se o jogador esquecer de
assinar o cartão ou se o jogador continuar jogando após Comissão interromper o jogo
por perigo de relâmpagos ele será desclassificado, mas os scores jogados, se válidos,
devem ser entregues.
g- Buracos incompletos; bola levantada e não embocada.
Algumas formas de competição permitem o levantamento da bola sem embocá-la
(Match Play, Stableford, etc.) Nesses casos, o jogador deve estimar quantas tacadas
ele precisaria para embocar do ponto onde levantou a bola. Tais scores são marcados
com um X ao lado do score. Ex. 7X. Significa que o jogador deu, digamos, 4 strokes
na bola e estimou mais 3 para embocá-la.
Portanto, são scores válidos e devem ser entregues. Ex.:
Buraco
H.Stroke
Strokes (Chcp=7)
PAR
Score jogado
Score válido
1
17
4
L
7x
2
5
1
5
6
6
3
9
3
4
4
4
3
1
4
L
8x
5
1
1
4
3
3
6 7
11 15
8
7
1
3 5
6 L
6 10x
9
13
4
3
3
4
3
3
10 11 12 13 14 15 16 17 18
18 2 16 4 14 6 12 8 10
1
1
1
4 4 3 4 4 5 3 5 4
4 3 L L 4 L 6 5 3
4 3 6x 7x 4 9x 6 5 3
L = levantou a bola 7x = Estimou 7 tacadas
4. ENTREGAR O CARTÃO, JUSTIFICAR OU OMITIR-SE - penalidades aplicáveis
Mesmo um jogador que tem um score inválido nas mãos deve se justificar perante o
clube onde jogou, pois este não tem outro modo de saber se houve omissão ou se o
score era inválido. Tal justificativa deve apontar o motivo da invalidade do score,
conforme item 2 acima.
Assim, se um jogador deu saída no jogo e não entregou seu cartão o clube deve
interpretar como omissão com potencial risco de manipulação de Handicap.
O Regulamento aprovado pela Federação Paulista de Golfe prevê a aplicação de 2 tipos
de penalidades para o jogador que não entrega seu cartão nem justifica sua falta:
a- Penalidade 1 - Repetição do Melhor score
O clube informa o Sistema e este "lança" automaticamente um novo score para o
jogador, repetindo o seu melhor resultado do histórico (menor Diferencial). Essa
Penalidade 1 deve ser lançada quando o cartão não foi entregue por ter sido um jogo
muito bom, que provavelmente reduziria o Index do jogador.
Geralmente aplicada a jogadores de Index baixo.
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
5
b- Penalidade 2 - Repetição do Pior Score
O clube informa o Sistema e este "lança" automaticamente um novo score para o
jogador, repetindo o pior resultado do seu histórico (maior Diferencial). Essa
Penalidade 2 deve ser lançada quando o cartão não foi entregue por ter sido um jogo
muito ruim, que provavelmente aumentaria o Index do jogador.
Geralmente aplicada a jogadores de Index alto, para evitar o famoso "handicap
vaidoso". O handicap vaidoso não causa injustiças em competições, senão para o
próprio autor. Porém, permite que um jogador participe de competições em categorias
que exigem habilidade maior que a sua, atrapalhando o andamento do jogo.
Para decidir qual das penalidades aplicar, além do Index do jogador, o Comitê de
Handicap poderá consultar o caddie, parceiros de jogo ou o próprio jogador.
5. DEFENDENDO O SISTEMA - Redução, Modificação e Suspensão de Handicap Index
O Sistema USGA de Handicap, como dito na Introdução do "Tee do 1" deve ser aplicado
na sua íntegra.
Dentro do clube, cabe ao Comitê de Handicap zelar pelo cumprimento das suas normas,
defendendo a todo custo o espírito do Sistema. Só assim teremos Handicaps sem
manipulação e competições com justiça.
a- Index Reduzidos pelo sistema - Tipo R
O Comitê deve acompanhar a publicação do Index dos seus associados e atuar
naqueles que foram Reduzidos pelo sistema, apresentando um R ao lado do valor.
Ex.: 17,3R. Deve ainda consultar o jogador e ouvir suas motivações para tal redução.
Então poderá decidir por uma das seguintes alternativas:
iii-
Manter a Redução imposta pelo Sistema.
Aumentar ainda mais a Redução, se entender que a Redução automática do
sistema não foi suficiente para refletir o verdadeiro nível do jogador (vide item 5-b
abaixo).
iii- Retirar a Redução, por aceitar a defesa do jogador. Em geral, esta última
alternativa ocorre com um jogador que esteve doente ou passou por alguma
cirurgia e agora vem retornando ao golfe, jogando scores mais altos do que
costumava jogar antes do problema (vide item 5-b e 5-c abaixo).
b- Modificação de Handicap Index pelo Comitê (Tipo M)
Mesmo sem ter recebido uma Redução automática pelo sistema, o Comitê de
Handicap poderá aplicar uma Modificação no Index de um jogador se entender que
ele não reflete seu verdadeiro potencial de jogo.
Para isso, o Comitê deve enviar uma carta ao jogador, informando dessa decisão, e
dando a ele a chance de se explicar ou comentar. (vide modelo da carta no
Apêndice desta apostila). Se mesmo assim o Comitê entender que o Index deve ser
Modificado, ele deve enviar tal solicitação à Federação Paulista de Golfe, que
procederá as alterações cabíveis no sistema.
O Index assim modificado aparecerá na Internet e na etiqueta com um M ao lado,
indicando essa condição. Ex.: 17,3M.
A cada revisão/processamento do Handicap Index o Comitê deve reavaliar a situação
do jogador, liberando seu Index para o cálculo automático do sistema ou mantendo a
Modificação.
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
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c- Handicap Index Local (Tipo L)
O Index Local é utilizado quando um jogador passou por uma cirurgia ou um problema
de saúde e está retornando ao golfe, sem apresentar, no entanto, a mesma
performance anterior. O Comitê poderá emitir um Index de uso apenas local (no seu
clube). Tal Index Local não é um Handicap Index oficial e jamais poderá ser usado
em outros campos ou competições externas ao clube onde é sócio.
O procedimento do Comitê é o mesmo da modificação do Index do item anterior: envio
da carta ao jogador devidamente adaptada ao caso, avaliação dos seus comentários e
instrução à FPG para proceder a modificação no sistema.
d- Manipuladores contumazes - suspensão de Index
De acordo com o Regulamento, o Comitê tem poder para suspender o Index de um
jogador que sistematicamente manipula (ou tenta manipular) seus scores, visando
Index maiores para tirar vantagens em torneios. Para isso, basta que o Comitê de
Handicap reúna evidências de manipulações, que dê ao jogador amplas
oportunidades de se defender e que solicite à Federação Paulista de Golfe a
aplicação da suspensão propriamente dita.
Um Index suspenso poderá ser liberado, por iniciativa do próprio Comitê que o
suspendeu, se este achar que os motivos da suspensão não existem mais e o jogador
agora segue as normas do Sistema.
6. CONCLUSÕES E RESUMO:
a- Os Comitês de Handicap são os "supervisores" do Sistema, no âmbito do campo, seja
com seus sócios ou com seus visitantes.
b- Todo jogador, sócio ou visitante, está obrigado a entregar cartões com scores
válidos e todo clube está obrigado a recebê-los e a digitá-los.
c- Buracos não jogados podem ser completados pelo sistema, com o PAR do buraco
mais strokes de direito.
d- Em buracos não completados (bola levantada) o jogador deve estimar as tacadas
necessárias para embocar.
e- Os Comitês podem aplicar scores de penalidades a jogadores que não entregam
cartões válidos, podem modificar um Index e aplicar suspensão temporária do Index
de jogadores que sistematicamente ferem o espírito do Sistema USGA de Handicap.
Até a próxima apostila.
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
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APÊNDICE - Modelo da carta para Modificação do Index ou Emissão de Index Local:
Meu Clube de Golfe
Comitê de Handicap
Ao Sr.(a)
Fulano(a) de Tal
Data:
Prezado Sr.(a)
Ao analisar seus registros de scores da CBG, o Comitê de Handicap do [Meu Clube de Golfe]
concluiu que seu Handicap Index não reflete com precisão seu verdadeiro potencial de jogo de
golfe, pelas seguinte(s) razão(ões): [escolher uma ou mais]
•
•
•
•
•
•
Evolução muito rápida do seu Handicap Index
Excessivos jogos fora do clube onde é sócio (Away scores)
Seus recentes problemas físicos ou de saúde *
Falha na entrega de cartões
Cartões com scores errados e diferentes do que se passou durante o jogo
Jogos propositalmente ruins para inflar seus scores
Visando promover competições justas, sejam elas de torneios ou jogos avulsos, este Comitê de
Handicap modificará seu Handicap Index artificialmente conforme prevê a Secção 8-4-c do
Manual do Sistema USGA de Handicap, sob o qual os clubes brasileiros estão sujeitos. Seu
Handicap Index passará a ser de [??,?M/L], sendo que [o M significa que foi Modificado por este
Comitê.] [o L significa que seu Handicap Index é Local e tem validade somente no seu clube.]*
O senhor(a) terá oportunidade para apresentar seus comentários, até [dd/mm/aa] seja por
escrito, endereçada a este Comitê, ou pessoalmente, em nosso clube. Se não houver qualquer
manifestação do senhor(a) nas formas acima, ou se concluirmos que as nossas razões ainda
prevaleçam após suas explicações, seu Handicap Index será modificado no dia [dd/mm/aa].
Este Comitê reavaliará sua situação a cada novo processamento feito pela CBG analisando se
seu Handicap Index já pode voltar a ser calculado pelas regras normais ou se a modificação
deve ser mantida. Enquanto isso, sugerimos que continue a entregar seus cartões de jogos e a
observar as diretrizes básicas do Sistema USGA de Handicap, evitando distorções.
Atenciosamente
Comitê de Handicap
Meu Clube de Golfe
Beltrano de Tal
Presidente
* NOTA PARA O COMITÊ:
Se o motivo for "condições físicas do jogador" (Ex.: o jogador se recupera de uma cirurgia ou
outro problema de saúde e precisa de um Index maior enquanto se recupera), a ação é de
substituir o Index normal por um Index Local, sem validade para jogos fora do clube do jogador.
Ex.: 17,5L. A carta acima deve ser adaptada conforme o caso.
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed. 11/Fev/08
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
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Apostila 4
COMPRIMENTO DOS BURACOS
1.
2.
3.
4.
5.
6.
Introdução
Comprimento Real e comprimento efetivo
Como são medidos os buracos
Rodízio das marcas de tee
USGA Course Ratings temporários durante manutenção
Conclusões
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Nov/2007
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Nov/2007
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
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Apostila 4 -
O COMPRIMENTO DOS BURACOS
1. INTRODUÇÃO
Existe muita confusão com relação ao comprimento de cada buraco. O objetivo desta
apostila é esclarecer esses conceitos e sugerir aos clubes uma maneira racional de fazer
rodízios de tees, de forma a preservar o Course Rating dos diversos circuitos.
2. COMPRIMENTOS REAIS E COMPRIMENTOS EFETIVOS
Do Slope System, sabemos que o Course Rating agora é calculado com o comprimento
"efetivo" de cada buraco, isto é, o comprimento que o jogador sente e não o medido
fisicamente.
Comprimento efetivo é basicamente o comprimento medido, afetado pelas condições do
campo, tais como altitude, aclive, declive, maciez/rigidez do fairway, dog legs, posição de
lagos, etc. O comprimento efetivo não é importante para o objetivo desta apostila. Hoje,
vamos tratar exclusivamente do comprimento real medido, que deve figurar das placas
indicadoras nos tees e dos cartões de score.
Mas de que ponto a que ponto são medidos os comprimentos dos buracos ?
Marcas Permanentes: Durante o "rating" do campo, a área de cada tee (ou teeing
ground) recebe uma marca permanente, localizada no centro do seu comprimento, mas
fixada no solo, na sua lateral.
3. COMO SÃO MEDIDOS OS BURACOS
O comprimento real dos buracos são medidos do centro de cada Área do tee (marca
permanente) até o centro do green. Além disso, se há um ou mais dog legs, o caminho
da medição é pelo centro da raia, fazendo as curvas necessárias. Porém, as medidas são
todas na horizontal. Se o campo tem subidas e/ou descidas, elas não levam em conta
esses acréscimos. Na verdade, o comprimento efetivo faz essas compensações.
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Nov/2007
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
3
Portanto, as medidas não são feitas até a entrada do green nem até a bandeira, como
muitos acreditam. Veja mais detalhes da medição na figura a seguir:
4. RODÍZIO DE TEES - Recuperação da grama
Por diversas razões, as marcas ds tees devem ser movimentadas, em geral, para
recuperação da grama. Muitos clubes combinam o avanço ou retrocesso das marcas de tee
juntamente com a posição da bandeira no green. Esta não é a prática recomendada pela
USGA.
De fato, ela recomenda que, se o clube avança as marcas de um buraco ÍMPAR então ele
deve retroceder na mesma distância, as marcas dos buracos PARES. Em rodízios
posteriores, pode-se inverter: avanço nos PARES e retrocesso nos ÍMPARES, sempre nas
mesmas distâncias. Fazendo dessa maneira, o comprimento total do campo será preservado,
bem como seu Course Rating.
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Nov/2007
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NOTAS IMPORTANTES:
a. De acordo com as Regras do Golfe, o jogador pode posicionar sua bola desde a linha
das marcas do tee até 2 tacos para trás, formando um retângulo imaginário.
b. Ao retroceder as marcas do tee, manter uma área útil de no mínimo 2 tacos entre as
marcas e o final do Área do tee.
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Nov/2007
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5. COMPRIMENTO E PAR DO BURACO
O PAR de um buraco é definido pelo seu comprimento efetivo e não o real medido.
Muitas vezes, o comprimento efetivo é menor (ou maior) que o medido e por isso alguns
buracos têm PAR incompatível com a tabela, Ex. Um buraco PAR 3 pode ter 265 jardas
reais, mas por ser em declive seu comprimento efetivo pode ter 245.
Tabela do PAR de um buraco em função do seu Comprimento Efetivo
Compr.Efetivo = Comprimento medido + (-) fatores de comprimento efetivo
Qtde média no
PAR do buraco Homem (jardas)
Mulher (jardas)
campo
3
até 250 jardas
até 210
4
4
251 a 470 jardas
211 a 400
10
5
471 a 690 jardas
401 a 590
4
6
691 jardas e acima
591 e acima
?
18 buracos
6. MANUTENÇÃO DE GREENS E ÁREA DO TEE
ALTERAÇÃO TEMPORÁRIA DE COURSE RATING
A partir de Novembro de 2007, a Federação Paulista de Golfe está apta a gerar USGA
Course Rating’s temporários para os clubes que alterarem comprimentos de um ou
mais buracos devido a greens temporários ou áreas de tee temporárias, bem como devido
a outras obras de reforma
Para isso, basta enviar para à FPG, aos cuidados da Diretoria de Handicap, uma tabela
dos buracos e tees afetados, indicando a medida oficial e a temporária, bem como a data
prevista para o retorno às medidas oficiais. Esclarecer também o motivo da alteração em
cada buraco. Exemplo:
ALTERAÇÃO TEMPORÁRIA
Buraco
Tee
Medida oficial Nova Medida
(jardas) - (CBG)
(jardas)
DE
VALIDADE
ATÉ (previsão)
Motivo da alteração
da alteração
NOTA:
A nova medida deve ser tomada do centro da área do tee ao centro do green, na horizontal,
seguindo o centro da raia
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Nov/2007
Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe
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7. CONCLUSÕES
a. Cada Tee tem uma marca permanente, fixada no solo lateralmente, e no centro do
seu comprimento.
b. Medidas são feitas do centro do Área do tee até o centro do green. A posição da
bandeira ou a entrada do green não são relevantes.
c. Medidas são feitas pelo centro da raia, sem cortar caminhos (dog legs).
d. Medidas são feitas somente na horizontal (aérea), sem "sobe e desce".
e. Rodízio alternado das marcas do tee: se ímpares avançam, os pares retrocedem a
mesma distância e vice-versa.
f.
O PAR dos buracos não depende do comprimento real medido, mas do
comprimento efetivo, que leva em conta outros fatores como aclive, declive,
altitude, ventos, dog-legs, etc.
Até a próxima apostila !
Autor: Luiz Carlos Palmiro
Ed.Nov/2007
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Tee do 1 - Federação Paulista de Golfe