INTRODUÇÃO O golfe brasileiro deu um grande passo na sua modernização, com a implantação do Sistema USGA de Handicap com Slope System. Entretanto, o licenciamento que conseguimos junto à USGA está condicionado a uma utilização completa do Sistema, sem qualquer exceção. Clubes e Comitê de Handicap Golfistas Cartões Agora, procurando dar base técnica aos seus Comitês, a Federação Paulista de Golfe – FPG – criou o "Tee do 1", um veículo de informações técnicas que ajudará os Comitês a entenderem, divulgarem e defenderem Sistema USGA de Handicap. USGA Slope System Para embasar a atuação dos clubes, a FPG implantou o Regulamento dos Comitês de Handicap, que esclarece as responsabilidades de cada parte, na manutenção do espírito do Sistema USGA de Handicap e o Slope System no âmbito do clube. Transparência de Scores Isso implica que não só a CBG ou a FPG tenham que seguir suas normas mas também os clubes e jogadores. A figura ao lado mostra as estruturas em que o Sistema USGA de Handicap se baseia. Basta que uma delas falhe e o sistema ruirá. O "Tee do 1" é uma coletânea de artigos técnicos, destinados aos clubes de golfe. Será dividido em apostilas a serem encadernadas numa pasta fornecida pela FPG para este fim. A cada nova apostila enviada ao clube, uma nova página de índice será fornecida. No caso de erratas ou procedimentos alterados pela FPG, páginas de correção serão enviadas aos Comitês para substituição. Espero que o Tee do 1 seja de grande utilidade para todos. A Diretoria de Handicap está à disposição de clubes e jogadores para esclarecimentos adicionais e aceita sugestões de assuntos para os próximos números. O contato dessa Diretoria técnica no biênio 2007-2008 é: Luiz Carlos Palmiro Diretor de Handicap – Federação Paulista de Golfe - FPG [email protected] [email protected] Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe ÍNDICE Apostila 1 - SLOPE SYSTEM, HANDICAP E COURSE RATING Apostila 2 - FORMATOS DE TORNEIO E ADMINISTRAÇÃO DE STROKES Apostila 3 - A ENTREGA DOS CARTÕES E PENALIDADES Apostila 4 – O COMPRIMENTO DOS CAMPOS Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 2 Apostila 1 SLOPE SYSTEM, HANDICAP E COURSE RATING 1234567891011121314- Jogador Scratch Jogador Bogey O que é USGA Course Rating (UCR) de um Campo O que é Bogey Course Rating (BCR) de um Campo Como avaliar a dificuldade de um campo Como avaliar a dificuldade de um campo para um jogador não Scratch O que é Slope de um campo O que é Handicap Index ? Como é formado meu Handicap ? Por que o nosso Index não é o nosso Handicap de jogo O que é Handicap de um jogador de golfe Se o meu NET for igual ao PAR do campo eu joguei meu Handicap ? Por que o Handicap fixo para todos os campos não era bom? Conclusões e resumo APÊNDICE – Perguntas Mais freqüentes Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 3 Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 4 Apostila 1 - SLOPE SYSTEM, HANDICAP E COURSE RATING Os dois objetivos mais importantes deste primeiro número do "Tee do 1" são: • Repassar os conceitos básicos do Slope System, já detalhado no site da FPG e no meu site www.letsgolf.com.br . • Enfatizar a importância do USGA Course Rating como o parâmetro mais importante de um campo de golfe, já que todos os outros parâmetros do Slope System se baseiam nele. Par e Handicap: Todos sabemos que o Handicap serve para nivelar jogos de golfistas de diferentes habilidades, mas há ainda muita confusão nesse conceito. Muitos dizem: "Handicap é o número de strokes que eu preciso para chegar ao PAR do campo". Isso seria verdade se em todos os campos o Course Rating fosse igual ao PAR. Raramente são. Meu conselho é esquecermos o PAR, pois ele não mede a dificuldade. Devemos focar no Course Rating dos campos, que no novo sistema se chama USGA Course Rating (UCR). Slope System - revisão: Vamos relembrar algumas definições. Porém, ficaremos restritos às definições de jogadores masculinos para simplificar, mas todos os detalhes para as jogadoras podem ser encontrados no meu site, www.letsgolf.com.br . 1. Jogador Scratch: É um jogador padrão definido pela USGA sobre o qual todos os outros conceitos se baseiam. Um Scratch (masculino) tem Handicap Zero, ié, não precisa de ajuda para ajustar seus resultados. Ele bate um drive médio de 250 jardas e um segundo tiro médio a 470 jardas. 2. Jogador Bogey: É um jogador que tem Handicap aproximado de 20. Um Bogey (masculino) bate um drive médio de 200 jardas e um segundo tiro médio a 370 jardas. 3. O que é USGA Course Rating (UCR) de um campo? É a média* de tacadas que um jogador Scratch faz nesse campo. É um número próximo ao PAR, mas não necessariamente igual ao PAR. Podese dizer que UCR é o índice de dificuldade do campo para o Scratch. Por ser uma média matemática, tem 1 casa decimal e é medida em "strokes". 4. O que é Bogey Course Rating de um campo ? É a média* de tacadas que um jogador Bogey faz nesse campo. Pode-se dizer que é o índice de dificuldade do campo para o Bogey. Também tem 1 casa decimal. * Entenda-se por média: jogar-se 20 vezes num campo e tirar-se a média dos 10 melhores resultados. Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 5 5. Como avaliar a dificuldade de um campo? Para se analisar a dificuldade de um campo, temos que definir "dificuldade para o quê ?" (objetivo). Se o objetivo é fazer o PAR do campo, então o nível de dificuldade de um campo para um jogador Scratch é facilmente obtido. Basta olharmos para o USGA Course Rating: se for menor que o PAR o campo é fácil, se for maior, pode ser difícil. Jogadores de Handicap baixo (1 dígito) também podem usar o UCR para avaliar a dificuldade de um campo. Porém, esta avaliação não se presta ao jogador Bogey nem aos jogadores de Handicap médio ou alto. USGA Course Rating (USGA) Dificuldade para um jogador Scratch 73 Course Rating A: 71,7 CAMPO A: PAR 72 72 CAMPO B: PAR 71 71 Course Rating B: 71,5 70 65 Se o objetivo é fazer o PAR, o campo B é mais difícil que A, porque seu Course Rating é maior que o PAR. 6. Como avaliar a dificuldade de um campo para um jogador não Scratch ? Essa é uma questão mais complexa e causa muita confusão. Vamos imaginar 2 campos, ambos de PAR 72 para não complicar a análise. Ex. 1: Tee Pansy/Lilly Azul do PL PAR 72, USGA Course Rating: 71,6 Ex. 2: Peeble Beach, PAR 72, USGA Course Rating 73,5 Jogando no PL e depois no Peeble Beach, um jogador Scratch vai sentir, em termos médios, uma pequena diferença da ordem de 2 strokes (73,5 - 71,6 = 1,9 = 2). Chamaremos de "dificuldade incremental" do Scratch de um campo para o outro. Entretanto, um jogador Bogey vai sentir a diferença de maneira mais intensa: ele vai fazer em média 94,6 (95) no PL e 99,9 (100) strokes no Peeble Beach, ié, 5 strokes a mais no segundo (99,9-94,6=5,3). (dificuldade incremental do Bogey = 5) Antes do Slope System, o jogador com HCP=20 jogaria com 20 tanto no PL quanto no Peeble Beach. Mas no Peeble Beach ele precisaria de 23 para competir com um Scratch com justiça. (dificuldade incremental do Bogey=5 ; dificuldade incremental do Scratch =2 ; dif= 5 - 2 = 3) Uma vez que o jogador de Handicap receberá os strokes necessários para se equiparar ao Scratch, podemos dizer que a diferença das 2 dificuldades incrementais (3) já foi compensada. Então, a dificuldade final para o jogador de Handicap é matematicamente a mesma para o jogador Scratch, e isso proporciona competições justas. Essa é a "graça" do handicap variável: compensar diferenças nas dificuldades incrementais com strokes adicionais. Vejamos como fica a comparação gráfica: Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 6 Pansy/Lilly Azul PL Peeble Beach 100 100 95 95 90 90 94,6 85 85 73,5 80 80 75 75 PAR 72 70 70 71,6 Scratch 65 0 2 Bogey 4 6 8 10 12 14 16 18 65 Bogey Course Rating USGA Course Rating 99,9 Interpretação do gráfico: À medida em que o Handicap cresce de Scratch para Bogey, as retas vão ficando mais afastadas, ié, aumenta a dificuldade do jogador de Handicap no Peeble Beach, comparada à do PL. A dificuldade maior de um campo afeta muito mais o jogador de Handicap mais alto (Bogey=5 strokes a mais) do que o Scratch (2 strokes a mais). Por isso, para cada campo, o jogador precisa de um Handicap diferente para compensar. 20 Handicap 7. O que é Slope de um campo (Slope Rating) ? Agora estamos preparados para entender o Slope: Slope de um campo é um indicador que mede a diferença das 2 dificuldades estudadas: a do Scratch e a do Bogey e determina qual Handicap um jogador comum precisa para se nivelar ao Scratch e competir com ele com eqüidade. Matematicamente: Slope Rating = (Bogey Rating - USGA Course Rating) x 5,381 (p/ Homem) Slope do Pansy/Lilly Azul do PL = (94,6-71,6) x 5.381 = 124 Slope do Peeble Beach Blue = (99,9 - 73,5) x 5.381 = 142 8. O que é Handicap Index ? Como é formado meu Handicap ? O Handicap Index seria o seu Handicap se você somente tivesse jogado num campo padrão de Slope 113. É calculado como a média das diferenças entre seus resultados gross e USGA Course Rating dos campos onde você jogou, levando-se em conta o Slope de cada campo. No exemplo da figura abaixo, um jogador jogou em 4 campos diferentes e fez, numa hipótese didática, 90 tacadas em todos eles. Vejamos como se desenvolve o seu Index. Por este exemplo, nota-se que o sistema está sempre buscando a diferença entre o seu resultado gross e o USGA Course Rating do Campo. O PAR não vem ao caso. Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 7 Formação do Handicap Index Diferencial = 15,5 90 UCR=70,0 UCR=71,5 Campo 4 Slope 104 80 90 Diferencial = 20,0 Diferencial = 17,0 85 90 Campo 3 Slope 122 90 90 Diferencial = 22,5 95 SCORES JOGADOS 75 UCR=73,0 70 65 Campo 2 Slope 143 Campo 1 Slope 126 UCR=67,5 UCR – USGA Course Rating Cada um dos campos acima tem um Slope diferente. Mas para compor o Index, esses diferenciais devem ser adaptados a um campo de Slope padrão de valor 113. Para quem gosta de contas: Diferencial adaptado ao Slope 113 = Diferencial x 113 / Slope do campo jogado Ex.: No campo No campo No campo No campo 1, 2: 3: 4: temos: 17,0 x 113 / 126 = 15,3 22,5 x 113 / 143 = 17,8 20,0 x 113 / 122 = 18,5 15,5 x 113 / 104 = 16,8 Este cálculo é feito com os 10 melhores Diferenciais Adaptados dentre os 20 últimos jogos. Aqui, fizemos só com 4 por simplificação didática. Veja a seguir como ficaram os diferenciais já adaptados ao Slope: Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 8 95 70 .... SCORES JOGADOS 90 15,5 – Adapt. Slope = 16,8 75 90 20,0 – Adapt. Slope = 18,5 80 90 22,5 – Adapt. Slope = 17,8 85 90 17,0 – Adapt. Slope = 15,3 90 Formação do Handicap Index H. Index = MÉDIA 10 melhores: 17,1 - 4% => 16,4 H. Index = 16,4 UCR=73,0 UCR=70,0 UCR=71,5 Campo 4 Slope 104 Campo 3 Slope 122 Campo 2 Slope 143 65 Campo 1 Slope 126 UCR=67,5 UCR – USGA Course Rating Note que a média dos diferenciais antes da adaptação ao Slope 113 era de : (17,0 + 22,5 + 20,0 + 15,5) /4 = 18,8 Depois da adaptação ao Slope 113: (15,2 + 17,8 + 18,6 + 16,8) /4 = 17,1 E ainda, por último, o Sistema desconta 4%. Por quê ? Para que a sua ajuda seja um pouquinho menor (4%) do que aquela que você merece, incentivando-o assim a melhorar o seu golfe. Index final: 17,1 - 4% = 16,4 9. Por que o nosso Index não é o nosso Handicap de jogo ? O primeiro motivo é que, para formar seu Index, seus resultados anteriores foram adaptados a um campo padrão de Slope 113, mas você não jogou nesse campo. Lembre-se: seus diferenciais puros produziram uma média de 18,8 enquanto seu Index deu 16,4. Segundo, você vai jogar em diferentes campos, com diferentes Slopes. Então, o que antes foi adaptado ao Slope padrão 113, agora, na hora do jogo, tem que ser readaptado ao Slope do campo a jogar. Para isso usamos as Tabelas de Conversão de Index em CHCP. 10. Então, o que é, afinal, o Handicap de um jogador de golfe ? Handicap é o desconto de tacadas que ele precisa para nivelar a dificuldade que ele sente no campo à dificuldade que um Scratch sente, e dessa forma, competir com ele com igualdade de chance de ganhar. Também é conhecido como Course Handicap e não tem nenhuma relação com o PAR do campo. Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 9 Se você vai jogar num campo de Slope maior que 113 (maioria no Brasil), seu Handicap de jogo será maior que o Index. Se o Slope for menor que 113, seu Handicap de jogo será menor que seu Index. 11. "Se o meu NET for igual ao PAR do campo eu joguei meu Handicap ?" Nem sempre. Há muito mal entendido nessa questão. Vamos explicar com exemplos: Suponha que meu Index seja 16,4. Vou jogar contra um Scratch em 2 campos diferentes. O Sistema analisa separadamente as dificuldades do campo para o Scratch e para mim. Então ele conclui que meu Course Handicap do Campo A é 18 e no Campo B, 17 (Tabelas de conversão afixadas nos clubes). PAR USGA Course Rating Slope Campo A: Glory/Lilly Azul do PL 72 72,9 126 Campo B: (Branco do Guarapiranga) 71 70,0 117 a- P: Qual o handicap que o Scratch terá em ambos os campos? R: Zero b- P: Se o Scratch jogar seu jogo padrão médio, quantos strokes supõe-se que ele dará ? R: Igual ao USGA Course Rating: 73 strokes no campo A e 70 no campo B. c- P: Se eu jogar meu jogo padrão médio, quantos strokes espera-se que eu dê ? R: No campo A: USGA Course Rating + 18 = 72,9 + 18 = 90,9 = arredondando, 91. No campo B: USGA Course Rating + 17 = 70,0 + 17 = 87. d- P: Por que a competição entre um Scratch e eu agora ficou justa ? R: Se ambos jogarem seu jogo padrão médio, o jogo deve empatar. (73 x 73 no campo A e 70 x 70 no campo B. Bem, se eu jogar 91 no PL e 87 no Guarapiranga, então eu terei jogado meu handicap (jogo padrão). Então, observe abaixo como ficaria os meus NET's: Campo A: 91 - 18 = 73 (1 acima do PAR do campo, jogando meu Handicap) Campo B: 87 - 17 = 70 (1 abaixo do PAR do campo, jogando meu Handicap) Conclusão deste item: Um jogador jogou o seu Handicap quando seu NET se igualar ao Course Rating do campo e não ao PAR. 12. Por que o sistema antigo, de Handicap fixo para todos os campos não era bom ? Uma vez que, ao jogar num campo difícil eu recebo mais strokes, mas meus colegas também recebem, onde está a diferença do sistema novo para o antigo ? Esta é uma pergunta natural de se fazer. Agora fica fácil explicar: se antes você tinha Handicap fixo de 18 e fosse competir com outro colega de mesmo Handicap fixo 18, o sistema antigo não tinha injustiça. Porém, se você fosse competir com um outro colega de handicap muito maior ou muito menor, aí os problemas apareciam. Exemplo: Se eu jogasse com 18 nos 2 campos do ítem 12, eu levaria uma vantagem injusta sobre o Scratch de 1 stroke no Guarapiranga, pois 17 seria o justo para mim. Por outro lado, se eu jogasse com o Scratch no Peeble Beach com os mesmos 18 eu me prejudicaria, pois o certo seria 21. Afinal, o Scratch não tem strokes seja num campo ou no outro. O raciocínio vale para todos os jogadores, e não apenas o Scratch (interpolação da reta). Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 10 13. CONCLUSÕES E RESUMO: a- O jogador não precisa se preocupar com essa Matemática toda. O sistema calcula tudo. b- Dificuldade de um campo para um jogador Scratch é dada pelo Course Rating: Se Course Rating é menor que o PAR, é fácil. Se maior que o PAR, é difícil. c- Dados 2 campos de diferentes dificuldades, o efeito que essa diferença causa sobre o jogador Bogey é muito maior do que sobre o Scratch. d- O Slope System surgiu para compensar esse efeito sobre o Bogey e outros jogadores de Handicaps médios e altos, produzindo handicaps variáveis em diferentes campos. e- Não importa a dificuldade do campo para um jogador de Handicap, pois o Course Handicap se encarrega de compensar essa dificuldade e tornar a competição com o Scratch justa. f- A essência do Index é o quanto eu joguei acima do Course Rating do campo. E na reconversão para Handicap, quanto eu preciso para enfrentar o novo Course Rating do campo a jogar. O PAR é irrelevante para o Handicap. g- "Meu Net ficou igual ao PAR do campo. Portanto, joguei meu Handicap". Essa frase é imprecisa. Você jogou seu Handicap quando seu Net se igualar ao USGA Course Rating do campo, e independe se for acima ou abaixo do PAR. h- O USGA Course Rating é o principal parâmetro de um campo de golfe. Jogadores e organizadores de torneios devem prestar mais atenção a esse número. i- O Slope Rating é apenas uma entidade matemática que nos ajuda a calcular nossos Course Handicaps nos diferentes campos. Muitos outros temas das próximas apostilas dependerão desse conceito de USGA Course Rating estar bem sedimentado. Mais detalhes sobre o Slope System podem ser encontrados no site da FPG e no meu site www.letsgolf.com.br . Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 11 Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 12 APÊNDICE – Perguntas mais freqüentes Neste Apêndice colecionamos algumas perguntas mais freqüentes, úteis aos jogadores e aos Comitês de Handicap dos clubes de Golfe. 1. P: Quantos cartões eu preciso para ter um Handicap Index ? R: O jogador recém federado deve entregar seu cartões válidos normalmente, no(s) clube(s) onde joga. Porém, seu Handicap Index somente será calculado com 5 ou mais cartões, sempre com aproveitamento parcial. Veja a seguir a tabela de aproveitamento crescente de cartões entregues: Tabela de Aproveitamento de Cartões - Início da formação do Index Cartões entregues Aproveitados 5 ou 6 7 ou 8 9 ou 10 1 os 2 melhores os 3 melhores o melhor 11 ou 12 13 ou 14 15 ou 16 os 4 melhores os 5 melhores os 6 melhores 17 18 19 20 os 7 melhores os 8 melhores os 9 melhores os 10 melhores 2. P: Um cartão de apenas 9 buracos jogados vale para Handicap Index ? R: SIM. Ele será armazenado pelo sistema mas não entrará no cálculo imediatamente. Quando você entregar outro cartão também de 9 buracos apenas, o sistema vai “combinar” o segundo com o primeiro e montar um jogo de 18 buracos, e usará a data do segundo. (Score do tipo “Combined 9”). 3. P: Se eu “estourei” um buraco e eu entregar meu cartão o meu Index vai subir ? R: Não necessariamente, por 2 razões: a. De acordo com a resposta da pergunta 1, poucos jogos ruins não elevam o Index, pois apenas os 10 melhores jogos são usados para o cálculo. Se seus jogos ruins se tornarem mais freqüentes, os melhores vão saindo do cálculo e então seu Index deverá crescer. b. O Sistema limita seu score “estourado” num dado buraco, com base numa Tabela chamada ESC – Equitable Stroke Control – evitando que o estouro acidental eleve seu Index injustamente. O limite do “estouro” depende do Course Handicap com que você jogou aquele jogo. Veja abaixo: Tabela ESC Equitable Stroke Control Course Handicap Máximo Score em qualquer buraco 9 ou menos Double Bogey 10 a 19 7 20 a 29 8 30 a 39 9 Mais de 40 10 Exemplo: Jogador com C.HCP = 15 Buraco 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 PAR Par 3 4 5 5 4 3 4 4 4 4 4 4 4 4 3 3 5 4 71 Score 4 5 4 3 5 3 5 4 3 9 3 9 3 4 8 5 8 6 91 Gross ESC 4 5 4 3 5 3 5 4 3 7 3 7 3 4 7 5 7 6 85 Gross Ajustado Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 13 4. P: Como o sistema escolhe meus cartões e calcula meu Index com base nos últimos 20 cartões? R: Ajusta-se o Gross pela Tabela ESC. Calcula-se os diferenciais (Gross - Course Rating) dos últimos 20 jogos. Adapta-se tais diferenciais do Slope jogado para o Slope 113 (dif adaptado = dif x 113/Slope). Seleciona-se os 10 menores diferenciais adaptados. Calcula-se a média, subtrai-se 4% e trunca-se o resultado com 1 casa decimal. (veja mais detalhes em www.letsgolf.com.br) Data Clube Slope USGA Course Rating 14/02/2006 CLUBE D 115 71,5 12/02/2006 16/01/2006 CLUBE D 115 71,5 CLUBE B 93 64,5 14/01/2006 22/11/2005 CLUBE B CLUBE B 20/11/2005 17/11/2005 Gross Gross Ajust Dif. Adapt. Slope Difer. Adaptado 107 95 105 93 33,5 x113/115 32,9 21,5 x113/115 21,1 94 90 94 90 29,5 x113/93 35,8 25,5 x113/93 31 97 97 32,5 x113/93 39,5 93 93 64,5 64,5 CLUBE B 93 64,5 87 87 22,5 x113/93 27,3 CLUBE A 125 69,6 109 106 36,4 x113/125 32,9 15/11/2005 CLUBE B 93 64,5 97 97 32,5 x113/93 39,5 15/11/2005 CLUBE A 125 69,6 94 94 24,4 x113/125 22,1 13/11/2005 CLUBE B 93 64,5 87 87 22,5 x113/93 27,3 19/09/2005 CLUBE B 93 64,5 99 99 34,5 x113/93 41,9 17/09/2005 CLUBE B 93 64,5 89 89 24,5 x113/93 29,8 06/09/2005 CLUBE B 93 64,5 99 99 34,5 x113/93 41,9 04/09/2005 CLUBE B 93 64,5 89 89 24,5 x113/93 29,8 11/04/2005 CLUBE C 137 72,5 114 112 39,5 x113/137 32,6 09/04/2005 CLUBE C 137 72,5 95 93 20,5 x113/137 16,9 29/03/2005 CLUBE A 125 69,6 110 108 38,4 x113/125 34,7 27/03/2005 CLUBE A 125 69,6 91 90 20,4 x113/125 18,4 21/03/2005 19/03/2005 CLUBE A CLUBE A 125 125 69,6 69,6 109 94 105 94 35,4 24,4 x113/125 x113/125 32 22,1 Média dos Menores Diferenciais 96% INDEX NOTAS: 1 - Fundo azul: Ajuste pela Tabela ESC 2 - Fundo amarelo: diferenciais não aproveitados 3 - Fundo verde: diferenciais aproveitados 24,580 23,597 23,5 Exemplo do cálculo de Handicap Index. Avaliação dos últimos 20 jogos e aproveitamento dos 10 melhores. Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 14 5. P: Como é determinado o par de um buraco ? R: O PAR dos buracos são determinados pelo seu comprimento efetivo, e não pelo comprimento real medido. O comprimento efetivo leva em conta aclives, declives, dureza/maciez do fairway, dog-legs, ventos, altitude, etc. Veja tabela abaixo: Tabela do PAR de um buraco em função do seu Comprimento Efetivo Compr.Efetivo = Comprimento medido + (-) fatores de comprimento efetivo Qtde média no PAR do buraco Homem (jardas) Mulher (jardas) campo 3 até 250 jardas até 210 4 4 251 a 470 jardas 211 a 400 10 5 471 a 690 jardas 401 a 590 4 6 691 jardas e acima 591 e acima ? 18 buracos 6. P: Quais as distâncias médias de um(a) jogadora(a) Bogey ? R: Segue Tabela completa de jogadores Scratch e Bogey. Jogadores Scratch e Jogadores Bogey HCP e Distâncias médias alcançadas (jds) Homem Mulher HCP Drive 2º. tiro Bogey Scratch Bogey Scratch 17-22 200 370 0 250 470 17-22 150 280 0 210 400 7. P: Como se calcula o Course Rating de um dado tee ? R: Um dado tee possui Course Ratings diferentes para homens e para mulheres. Seguem as 2 fórmulas básicas para homem e para mulher. USGA Course RatingHomem = Compr.Efetivo / 220 + 40,9 + strokes de obstáculos USGA Course RatingMulher = Compr. Efetivo / 180 + 40,1 + strokes de obstáculos Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 15 Apostila 2 FORMATOS DE TORNEIO: Permissões, compensação e alocação de strokes de HCP 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. Introdução Ratings Masculinos e Femininos para cada tee Compensações de strokes Homens ou mulheres competindo entre si de tees diferentes Homens e mulheres competindo entre si de tees diferentes Homens e mulheres competindo entre si do mesmo tee Administração de Strokes de Course Handicap Modalidade Stroke Play e Match Play Permissão, Compensação e Alocação de strokes nos diversos formatos de competição 10. Conclusões e resumo Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 2 Apostila 2 – Torneios e Administração de Strokes – 2ª. Edição 1. INTRODUÇÃO A USGA determina que cada formato de competição tenha uma administração específica de Handicap, visando maior equilíbrio entre os competidores/oponentes. . Competições em tees diferentes ou onde homens e mulheres competem no mesmo tee, implicam numa compensação de Handicap para a parte que joga no tee de maior Course Rating. Assim, esta apostila tem 3 objetivos: a- Repassar os formatos de torneio mais comuns e conhecer como cada um deve administrar os Handicaps b- Conhecer a compensação de Handicaps c- Reforçar a alocação de strokes de Course Handicap, para jogadores e equipes, nos diferentes formatos de torneios Vamos adotar as seguintes abreviações para facilitar a explicação: i- USGA Course Rating para homens: UCRh ii- USGA Course Rating para mulheres: UCRm iii- Course Handicap: CHCP 2. RATINGS MASCULINOS E FEMININOS PARA CADA TEE Cada tee (circuito) de um campo deve ter ratings para homens e para mulheres, não importando se são vermelhos, brancos, azuis, etc. Ex.: O tee vermelho deve ter Course Rating + Slope para Homens e Course Rating + Slope para mulheres. O tee azul, Course Rating + Slope para Homens e Course Rating + Slope para mulheres, e assim por diante. Os tees mais afastados não costumam ter ratings para mulheres, por motivos óbvios. 3. COMPENSAÇÃO DE STROKES A regra geral é: O jogador ou jogadora que jogar do tee com maior USGA Course Rating tem direito a uma compensação de strokes igual à diferença entre o Course Rating do seu tee e o do seu competidor, arredondando-se o resultado ao próximo inteiro. Ex. 2,4 = 2 ; 1,5 = 2 . Essa diferença deve ser adicionada ao Course Handicap obtido na Tabela de Conversão do Tee em que vai jogar. NOTA 1: A compensação de Course Handicap pela diferença do Course Rating não é válida para jogadores que não estejam competindo entre si (categorias diferentes, por exemplo). NOTA 2: Ao invés de se somar a diferença no Course Handicap do Tee de maior UCR, pode-se subtraí-la do Course Handicap do Tee de menor UCR. NOTA 3: Exclusiva para o processamento de dados da CBG: Essas compensações de CHCP se prestam apenas à apuração do torneio. Pare efeito de Handicap e do uso da Tabela ESC (futuro assunto do "Tee do 1"), considerar o CHCP puro de cada jogador, obtido na Tabela de Conversão. Vejamos a seguir como as compensações são feitas: Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 3 4. CASO 1: Homens competindo entre si de tees diferentes ou mulheres competindo entre si de tees diferentes. O jogador(a) que escolher o tee de maior Course Rating terá strokes adicionais no seu CHCP. Tais strokes adicionais são calculados como: Compensação = UCR maior – UCR menor. Ex.: Jogador A:Tee Preto, com CHCP=14 obtido na tabela do Tee Preto, UCRh = 72,8. Jogador B:Tee Azul, com CHCP=19, obtido na tabela do Tee Azul UCRh = 70,4. Diferença dos 2 UCR's = 72,8 – 70,4 = 2,4. Arredondando-se, 2. Conclusão: Jogador A terá 2 strokes a mais jogando no Tee Preto e jogará com 16 (14+2). Alternativamente, jogador A poderá manter seu CHCP=14 e jogador B reduzir o seu em 2 strokes. (19-2=17). NOTA: A compensação de Course Handicap pela diferença do UCR não é válida para jogadores que não estejam competindo entre si (categorias diferentes, por exemplo). HOMENS competem em tees diferentes: UCR = 72,8 A UCR = 70,4 B Quem joga no UCR mais alto, tem strokes adicionais equivalentes à diferença entre os UCR, arredondada ao próximo inteiro. Exemplo: Jogador A, CHCP =14 joga do Tee Preto: UCR = 72,8 Jogador B, CHCP =19 joga do Tee azul: UCR = 70,4 Diferença = 2,4 arred. 2 Conclusão: Jogador A tem 2 strokes a mais, (14+2=16) Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 4 5. CASO 2: Homens e mulheres competindo entre si em tees diferentes Analogamente ao caso anterior, o jogador ou jogadora que jogar do Tee com maior Course Rating terá strokes adicionais, somados ao CHCP obtido na tabela correspondente. Ex.: Jogador A:Tee Preto, com CHCP=14 obtido na tabela do Tee Preto, UCRh= 72,8. Jogadora C:Tee Vermelho, com CHCP=21, obtido na tabela do Tee Vermelho, UCRm= 71,2. Diferença dos 2 UCR's = 72,8 – 71,2 = 1,6. Arredondando-se, 2. Conclusão: Jogador A terá 2 strokes a mais jogando no Tee Preto, e jogará com 16 (14+2). NOTA: A compensação de Course Handicap pela diferença do USGA Course Rating não é válida para homens e mulheres que não estejam competindo entre si (categorias diferentes, por exemplo). HOMENS competem com Mulheres em tees diferentes: UCRh = 72,8 A UCRm = 71,2 C Quem joga no UCR mais alto, tem strokes adicionais equivalentes à diferença entre os UCR, arredondada ao próximo inteiro. Exemplo: Jogador A, CHCP =14 joga do Tee Preto: UCRh = 72,8 Jogadora C, CHCP =21 joga do Tee Vermelho: UCRm = 71,2 Diferença = 1,6 arred. 2 Conclusão: Jogador A tem 2 strokes a mais, (14+2=16) Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 5 6. CASO 3: Homens e Mulheres competindo entre si no mesmo Tee Ex. Ambos vão competir entre si no Tee Azul, UCRh = 70,4; UCRm = 77,5. Jogador A: Tee Azul, com CHCP=14 obtido na tabela masculina do Tee Azul. Jogadora C: Tee Azul, com CHCP=21, obtido na tabela feminina do Tee Azul. Diferença dos 2 UCR's = 77,5 – 70,4 = 7,1. Arredondando-se, 7. Conclusão: Jogadora C terá 7 strokes a mais jogando no Tee Azul, e jogará com 28 (21+7). NOTA: A compensação de Course Handicap pela diferença do USGA Course Rating não é válida para homens e mulheres que não estejam competindo entre si (categorias diferentes, por exemplo). HOMENS competem com Mulheres NO MESMO TEE: NOTA: Um mesmo tee tem UCR’s diferentes para Homens e Mulheres TEE AZUL: UCRhomem = 70,4 UCRmulher = 77,5 A C A Mulher tem strokes adicionais equivalentes à diferença entre os UCR’s, arredondada ao próximo inteiro. Exemplo: Jogador A, CHCP =14 joga do Tee Azul: UCRh = 70,4 Jogadora C, CHCP =21 joga do Tee azul: UCRm = 77,5 Diferença = 7,1 arred. 7 Conclusão: Jogadora C tem 7 strokes a mais, (21+7=28) Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 6 7. PERMISSÕES: Uso parcial dos Handicaps - Porcentagens limitadas Em certos tipos de torneios, especialmente os disputados por equipes, é conveniente limitar os handicaps a uma porcentagem do handicap teórico. Isso busca eliminar uma vantagem excessiva dos jogadores de Handicaps altos contra os de Handicaps baixos. Ex. Reduzir 20% de todos, reduzirá 5 strokes de quem tem C.HCP=25, mas reduzirá apenas 2 de quem tem C.HCP=10. Tais porcentagens variam dependendo do formato da competição. Por isso, nos ítens seguintes, vamos incluir as PERMISSÕES, COMPENSAÇÕES e ALOCAÇÕES de strokes de Handicap nos formatos de torneio mais comuns no Brasil. 8. ADMINISTRAÇÃO DOS STROKES DE COURSE HANDICAP: Um torneio bem organizado deve considerar as PERMISSÕES de C.HCP, suas COMPENSAÇÕES (competições em tees diferentes ou Homens e Mulheres competindo no mesmo tee) e finalmente as ALOCAÇÕES dos strokes. Para se evitar distorções, a ordem desses cálculos é importantíssima: abcd- Identificar o Course Handicap na Tabela do tee em que vai jogar. Calcular as PERMISSÕES de Handicap (80%, 70%, 90%, etc.) Aplicar as COMPENSAÇÕES (tees diferentes e Homem vs Mulher) E por último, aplicar as ALOCAÇÕES dos strokes: onde receber os strokes. NOTA 1: Em muitos campos as tabelas de Handicap Stroke são diferentes para homens e mulheres. NOTA 2: A comissão do torneio poderá definir suas próprias tabelas de Handicap Stroke, diferentes daquela contida no cartão do clube. Nos ítens seguintes, estudaremos os diversos formatos de torneio, quais as permissões sugeridas para cada um, como são feitas as compensações estudadas nos ítens 3 a 6 e reforçaremos a alocação os strokes resultantes. 9. NÚMEROS POSITIVOS E NEGATIVOS. No Golfe, um Handicap normal aparece sem sinal, mas deve ser subtraído do GROSS. Um Handicap positivo (+C.HCP) deve ser somado ao GROSS. Portanto, para efeito das contas que são sugeridas nos ítens seguintes, é natural supor que os Handicaps normais de fato são negativos. Da linguagem do Golfe, dizemos que um Handicap normal de 15 (de fato, -15) é "maior" do que um de 8 (de fato, -8). E que um Handicap positivo de +3 é "menor" do que o Handicap positivo +1, ou mesmo "menor" que um Handicap normal de 5 (de fato, -5). As aspas servem para justificar o deslize matemático cometido acima, visando respeitar a linguagem usual do Golfe. Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 7 10. MODALIDADE STROKE PLAY e MODALIDADE MATCH PLAY No Stroke Play jogadores ou times competem com outros jogadores ou outros times, ganhando aquele que fizer a volta estipulada (em geral 18 buracos) com o menor score NET total. (GROSS - C.HCP). No Match Play 2 jogadores ou 2 times competem um contra o outro, buraco a buraco. Os Handicaps devem ser aplicados em cada buraco e o lado que fizer o menor NET ganha o buraco. O lado que ganhar o maior número de buracos, ganha o jogo. Existem diversos formatos de competição, envolvendo essas 2 modalidades básicas. Nos ítens seguintes, vamos analisar apenas os formatos mais comuns no Brasil, a saber: a- Na iiiiiiivvvi- modalidade Stroke Play Stroke Play individual Best Ball of Four Stroke Play – times de 4 jogadores Four Balls Stroke Play – 2 duplas em cada buraco Foursomes Stroke Play – idem, mas com tacadas alternadas Stableford – disputa buraco a buraco por pontos. Scramble, Texas e Ambrose Scramble b- Na iiiiii- modalidade Match Play Match Play individual Four Balls Match Play Foursomes Match Play Modalidade Stroke Play Nos diversos formatos da modalidade Stroke Play, os Handicaps podem ser usados no GROSS de cada buraco ou no GROSS total, dependendo do formato. Quando usados em buracos, Handicaps normais são subtraídos do GROSS nos buracos mais difíceis do campo e Handicaps positivos são somados ao GROSS nos buracos mais fáceis do campo. Modalidade Match Play Nos diversos formatos da modalidade Match Play, os Handicaps somente podem ser usados em cada buraco. Um dos oponentes (jogador ou equipe) joga com zero (scratch) e o outro joga com diferenças específicas, dependendo do formato. Em função disso, Handicaps positivos nunca são aplicados, pois o menor deles sempre será nivelado a zero com o correspondente deslocamento dos demais. Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 8 11. MODALIDADE STROKE PLAY – Permissões, Compensações e Alocação a- STROKE PLAY Individual Definição: Cada jogador joga sua própria bola com seu próprio C.HCP e todos os jogadores competem entre si, individualmente, jogando toda a volta estipulada (normalmente 18 buracos). Ganha quem fizer o melhor NET total. i- PERMISSÕES A- 18 buracos: 100% do C.HCP obtido nas Tabelas de Conversão B- 27 buracos: usar 150% do C.HCP (1,5 x C.HCP) Ex. C.HCP=9. Joga-se com 9+50% = 9+4,5 = 13,5, arred.14. C- 36 buracos: usar 200% do C.HCP (2 x C.HCP) D- 45 buracos: usar 250% do C.HCP (2,5 x C.HCP) E- 54 buracos: usar 300% do C.HCP (3 x C.HCP) ii- COMPENSAÇÃO Se houver jogadores competindo em tees diferentes ou Homens e Mulheres competindo no mesmo tee, aplicar as compensações previstas nos ítens 3 a 6. iii- ALOCAÇÃO A- C.HCP normal: Subtrair os strokes de C.HCP do score GROSS total, obtendo o score NET total. (NET=GROSS - C.HCP) B- C.HCP Positivo: Somar o +CHCP ao GROSS total. Ex. +CHCP= +2 ; Gross = 71 ; NET = 71+2 = 73 b- BEST BALL OF FOUR Stroke Play - equipe de 4 Definição: Cada integrante joga sua bola com seu próprio C.HCP até embocar. O melhor score NET individual em cada buraco será o score NET da equipe naquele buraco. Não há C.HCP da equipe. i- PERMISSÕES 80% para Homens e 90% para mulheres. ii- COMPENSAÇÃO Jogadores(as)/equipes em tees diferentes e/ou equipes mistas ou equipes femininas competindo com masculinas no mesmo tee: calcular compensações individuais conforme ítens 3 a 6. iii- ALOCAÇÃO Apesar de ser Stroke Play (menor NET total ganha), o NET da equipe será o melhor NET individual em cada buraco. Assim: A- C.HCP normal: Os strokes de cada jogador são usados buraco a buraco, a começar pelos mais difíceis do campo (HCP Stroke 1, 2, etc.), de acordo com a tabela de HCP stroke masculina para homens e feminina para mulheres. B- C.HCP Positivo: Somar o +C.HCP nos buracos mais fáceis do campo (HCP Stroke 18, 17,etc. Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 9 iv- Exemplo completo: Uma equipe é formada por 4 jogadores: A(12) e B(+2) (homens jogando do tee Azul com CR=71,1), e C(18) e D(21) (mulheres jogando do Vermelho com CR=71,8). Diferença de CR's = 0,7, arred. 1 stroke a favor das Mulheres, pois jogam no maior CR. Permissões: Jogador A =12 x 80% = 9,6 arred. 10 Jogador B =+2 x 80% = +1,6 arred. +2 Jogadora C =18 x 90% = 16,2 arred. 16 Jogadora D =21 x 90% = 18,9 arred. 19 Compensações: Por ser equipe mista, as mulheres (neste caso) devem ganhar individualmente 1 stroke a mais, relativo à diferença dos dois Course Ratings. Assim, ficam: A(10), B(+2), C(17) e D(20). Alocação: A alocação dos strokes de C.HCP é feita em cada buraco. Assim, a equipe usará seus strokes da seguinte maneira: A: subtrair 1 stroke nos buracos de HCP 1 a 10 (HCP Stroke masculino) B: somar 1 stroke nos buracos de HCP 18 e 17 (HCP Stroke masculino) C: subtrair 1 stroke nos buracos de HCP 1 a 17 (HCP Stroke feminino) D: subtrair 2 strokes nos buracos de HCP Stroke 1 e 2, e 1 stroke nos demais buracos. NOTA: Se a compensação fosse a favor dos homens e houver poucas mulheres, é mais fácil subtrair a compensação das poucas mulheres do que somar em todos os homens.O efeito será o mesmo. c- FOUR BALL Stroke Play Definição de Four Ball Stroke Play Jogo de 2 Duplas por buraco, competindo com todas as outras duplas do torneio. Cada jogador da dupla joga sua bola com seu C.HCP individual até embocar. Não há C.HCP da dupla. O melhor score NET individual de cada buraco será o score NET da dupla naquele buraco. Ganha o jogo a dupla que fizer o melhor score NET total da volta estipulada. i- PERMISSÕES 90% para Homens e 95% para mulheres. NOTA: Recomenda-se às Comissões de Four Ball Stroke Play que nenhuma dupla tenha, após as permissões, uma diferença entre os C.HCP maior que 8 strokes. Se isso não puder ser evitado, essas duplas devem sofrer uma redução adicional de 10% dos seus C.HCP já arredondados. Exemplo: Dupla masculina A(8)B(20) teriam as seguintes permissões: Jogador A: 8 x 90% = 7,2 arred. 7 Jogador B: 20 x 90%= 18 A diferença dos C.HCP arredondados é (18-7=11), portanto, maior que 8. Essa dupla deve sofrer uma redução adicional de 10%, ficando com: Jogador A: 7 x 10% = 0,7 ; 7 - 0,7 = 6,3 arred. 6 Jogador B: 18 x 10%= 1,8 ; 18 - 1,8 = 16,2 arred. 16 Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 10 ii- COMPENSAÇÕES Se houver jogadores(as) competindo em tees diferentes ou mulheres competindo com homens no mesmo tee ou equipes mistas, calcular as compensações individuais descritas nos ítens 3 a 6. Exemplo: Suponhamos que na dupla do exemplo anterior A(8)B(20), A seja homem jogando no tee Azul (CR=72,4) e B seja uma mulher, jogando do tee vermelho com CR=71,5. A diferença de CR’s é 0,9, arred.1, a favor dos homens. As Permissões mudam, pois agora temos uma mulher na dupla. Jogador A: 8 x 90% = 7,2 arred. 7 Jogadora B: 20 x 95% = 19 Portanto, as permissões para esta dupla mista ficam: A(7)B(19). Como a diferença entre eles é maior que 8 (19-7=12), nova redução de 10% deve ser feita: Jogador A: 7 x 10% = 0,7 ; 7 - 0,7 = 6,3 arred. 6 Jogadora B: 19 x 10%= 1,9 ; 19 - 1,9 = 17,1 arred. 17 E finalmente, com a compensação de 1 stroke a favor dos homens, a dupla ficará: A(7)B(17). iii- ALOCAÇÃO Apesar de ser Stroke Play (menor NET total ganha), o NET da equipe será o melhor NET individual em cada buraco. Assim: A- C.HCP normal: Os strokes de cada jogador são usados buraco a buraco, a começar pelos mais difíceis do campo (HCP Stroke 1, 2, etc.), de acordo com a tabela de HCP stroke masculina para homens e feminina para mulheres. B- C.HCP Positivo: Somar o +C.HCP nos buracos mais fáceis do campo (HCP Stroke 18, 17,etc. d- FOURSOMES Stroke Play ou Alternate Stroke Play Definição: Jogo de 2 duplas por buraco, competindo com todas as outras duplas do torneio. Uma bola por equipe e cada jogador dá tacadas alternadas até embocar. Tacadas do tee também devem ser alternadas. Uma variação de jogo permite que ambos batam do tee e selecionem o melhor drive para continuar. Vence a equipe com o melhor NET total (18 buracos). Usa-se o C.HCP da dupla e não os individuais. i- PERMISSÕES O C.HCP da dupla é 50% da soma dos C.HCP’s individuais. Para drives selecionados, usa-se 40% da soma dos C.HCP’s. Ex. 1: A(8) e B(13) formam uma dupla. C.HCP da dupla = 50% x (8 +13) = 50% x (21) = 10,5, arred. 11. C.HCP da dupla = 11. Ex. 2: C.HCP positivo: A(+2) e B(13) formam uma dupla. C.HCP da dupla = 50% x ((+2) + (-13)) = 50% x (-11) = -5,5, arred. -6. Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 11 ii- COMPENSAÇÕES Havendo duplas mistas ou duplas femininas competindo com masculinas, as compensações devem ser feitas da seguinte maneira (ítens 3 a 6): A- Duplas femininas competindo com masculinas Após calculado o C.HCP da dupla, acrescenta-se a diferença dos Course Ratings no C.HCP da dupla que joga no CR maior. Ex.: A(8) e B(13) formam uma dupla masculina, jogando do tee Azul (CR=72,2). C(14) e D(21) formam uma dupla feminina competindo com as demais, no Tee Vermelho (CR=70,4). A diferença dos CR’s = 72,2 – 70,4 = 1,8 arred. 2 strokes a favor dos homens (neste caso). Temos: Permissões: A(8) e B(13) C.HCP (AB) = 50% x (8+13) =11 C(14) e D(21) C.HCP (CD) = 50% x (14+21)=17,5 arred. 18 Compensações: Como neste caso a diferença dos CR’s é a favor dos homens, a equipe masculina AB jogará com 13 (11+2), ou AB(13) vs CD(18). NOTA: Com poucas mulheres no torneio, é mais fácil subtrair a compensação dos C.HCP das duplas femininas do que somar nas masculinas. O efeito será o mesmo. Duplas mistas O procedimento é idêntico às duplas masculinas e femininas, exceto que, após calculado o C.HCP médio da dupla, acrescenta-se somente 50% da diferença entre os CR’s. Ex.: Se, após as permissões, AB(11) for mista e CD(18) for mista, ambas as duplas receberão 1 stroke (50% de 1,8 = 1,4 arred. 1). AB jogaria com 12 (11+1) e CD jogaria com 19 (18+1). Se AB(11) for masculina CD(18) for mista, AB recebe o total da compensação (2 strokes) e CD recebe 50% da compensação. AB jogaria com 13 (11+2) e CD jogaria com 19 (18+1). iii- ALOCAÇÕES A- C.HCP normal: Subtrair o C.HCP da equipe do score GROSS total para obter o NET total. B- C.HCP positivo: Somar o +C.HCP da equipe no score GROSS total para obter o NET total. Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 12 e- STABLEFORD - Competição por pontos Definição: Enquadra-se na modalidade Stroke Play. Jogo onde os competidores (indivíduos) ganham pontos em cada buraco, de acordo com seu resultado NET no buraco, comparado a um score de referência (em geral, o PAR). A Tabela de pontos abaixo foi elaborada com referência=PAR: Stableford Resultado NET no buraco (Ref = PAR) i- Pontos Obtidos 2 ou mais acima do PAR (duplo bogey ou pior) 0 1 ACIMA DO PAR (Bogey) 1 PAR 2 1 ABAIXO DO PAR (Birdie) 3 2 ABAIXO DO PAR (Eagle) 4 3 ABAIXO DO PAR (Albatroz ou duplo Eagle) 5 4 ABAIXO DO PAR (duplo Albatroz) 6 PERMISSÕES A USGA recomenda que os jogadores joguem com 100% do seu C.HCP obtido na Tabela de Conversão de Handicap Index. Entretanto, nota-se que muitos organizadores aplicam uma permissão de 70% ou 80% no C.HCP de todos os participantes, contrários, portanto, à orientação da USGA. ii- COMPENSAÇÕES Se houver jogadores(as) competindo em tees diferentes ou homens e mulheres competindo no mesmo tee, calcular as compensações individuais previstas nos ítens 3 a 6. iii- ALOCAÇÃO A- C.HCP normais: Sendo os pontos obtidos em cada buraco, o C.HCP é distribuído nos buracos mais difíceis de acordo com a tabela de HCP Stroke masculina para homens e feminina para mulheres. B- C.HCP positivo: Distribuído e somado ao score dos buracos mais fáceis do campo, a começar pelo HCP Stroke 18, 17, 16, etc. Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 13 f- SCRAMBLE – equipe 2, 3 ou 4 jogadores Definição: Todos batem a sua bola do tee. Escolhe-se a bola melhor posicionada e as demais são levantadas (não confundir com Best Ball). Todos batem a segunda tacada daquele ponto. Repete-se o procedimento até embocar. Ganha o jogo a equipe que fizer o melhor NET da volta estipulada (em geral, 18 buracos). Uma variação, chamada Texas Scramble, exige que, de cada jogador, sejam aproveitadas pelo menos 4 tacadas do tee. Isso impede que um grande batedor de driver use sua primeira tacada em todos os buracos. Handicap: Por não ser um jogo que segue os princípios do Golfe, a USGA apenas sugere o seguinte procedimento: C.HCP da equipe(4) = 20% do C.HCP do melhor jogador (C.HCP mais baixo) + 15% do segundo + 10% do terceiro + 5% do pior jogador (C.HCP individual mais alto). Ex.: A(5)B(12)C(19)D(26) formam uma equipe de Scramble. O C.HCP da equipe fica: 20% x 5 + 15% x 12 + 10% x 19 + 5% x 26 = 12,4 arred. 12. Para equipes de 2, a sugestão muda um pouco: C.HCP da equipe(2) = 35% do C.HCP do melhor jogador + 15% do pior jogador Outra solução: Uma variação do Scramble, chamada Ambrose Scramble, calcula o Handicap da equipe da seguinte forma (50% da média dos C.HCP individuais): Equipe de 4: somam-se os C.HCP dos integrantes e divide-se por 8 Equipe de 3: somam-se os C.HCP dos integrantes e divide-se por 6 Equipe de 2: somam-se os C.HCP dos integrantes e divide-se por 4. Compensação: Esse conceito fica prejudicado nessa modalidade de torneio. Alocação: Como normalmente a apuração é Stroke Play com NET total, o C.HCP médio da equipe deve ser subtraído do GROSS total. Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 14 12. MODALIDADE MATCH PLAY – Permissões, Compensações e Alocações a- MATCH PLAY Individual Definição: Um jogador ou um time joga contra o outro jogador ou outro time, competindo buraco a buraco. O vencedor é quem ganha o maior número de buracos. i- PERMISSÕES Cada oponente usa com 100% do seu C.HCP. Quem tiver o menor C.HCP joga com zero (scratch) e o outro joga com a diferença entre os 2 C.HCP's (“maior” – “menor”). Ex.: Jogador A(23) contra B(14). A jogará com 9 (23-14) e B jogará com 0. C.HCP Positivo: Nunca haverá C.HCP positivo na modalidade Match Play. Quando houver, o jogador com o “menor” +C.HCP jogará com zero (scratch) e os demais somarão o +C.HCP nos seus C.HCP’s individuais, ou calculam o "maior" o "menor" que produz o mesmo efeito. Ex. 1 : Jogador A(+2) contra jogador B(5). A jogará com zero e B jogará com 7, ié, a diferença: (-5) - (+2) = -7 Ex. 2 : Jogador C(+3) contra jogador D(+1) Diferença = "maior" – "menor" = (+1) – (+3) = -2 C jogará com zero e D jogará com 2 ii- COMPENSAÇÃO Se houver jogadores(as) competindo em tees diferentes ou homens e mulheres competindo no mesmo tee, aplicar ítens 3 a 6. Se ocorrer da compensação ser do oponente com zero, subtrair a compensação do outro oponente. Ex. A(8) vs B(15). A joga no tee com CR maior, com diferença=2,4 arred. 2 strokes a favor de A. Após permissão: A(0) vs B(7). Compensação: 2 strokes para A: A se mantém A(0) e B(7) reduz para B(5). iii- ALOCAÇÃO A alocação de strokes é feita buraco a buraco, começando-se pelos mais difíceis (HCP Stroke 1, 2, 3, etc.), de acordo com a tabela de HCP Stroke masculina para homens e feminina para mulheres. C.HCP positivo: como explicado acima, não há +C.HCP em Match Play. b- FOUR BALL Match Play Definição: Jogo de 2 duplas competindo uma contra a outra, buraco a buraco. Cada jogador da dupla joga sua bola com seu próprio C.HCP até embocar. Não há C.HCP da dupla. O melhor score NET individual de cada buraco será o score NET da dupla naquele buraco. Ganha o buraco a dupla com melhor score NET no buraco. Ganha o jogo a dupla que vencer maior número de buracos. i- PERMISSÕES Cada jogador usa 100% do seu C.HCP. Quem tiver o C.HCP mais baixo joga com zero e os outros 3 jogam com (seus C.HCP's - C.HCP mais baixo). Ex.: A dupla A(5)B(11) jogarão contra a dupla C(16)D(19). A (o menor) jogará com zero (scratch); B jogará com 6 (11-5); C jogará com 11 (16-5) e D jogará com 14 (19-5). Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 15 C.HCP Positivo: Nunca haverá C.HCP positivo na modalidade Match Play. Quando houver, o jogador com o “menor” +C.HCP jogará com zero (scratch) e os outros 3 jogarão com a diferença entre o seu C.HCP e o “menor” C.HCP. Ex. : Dupla A(+2)B(5) contra dupla C(+3)D(+1). C tem o “menor” +C.HCP. C A B D jogará com zero; jogará com 1, ié, (+2) - (+3) = -1 jogará com 8, ié, (-5) - (+3) = -8 jogará com 2, ié, (+1) - (+3) = -2, ou seja, A(1)B(8) contra C(0)D(2). ii- COMPENSAÇÕES Se jogadores(as) competirem de diferentes tees ou homens e mulheres competirem do mesmo tee, aplicar as compensações individuais (ítens 3 a 6). Se ocorrer do jogador com zero ganhar strokes de compensação, subtrair tal compensação de todos os demais. Reaplicar as permissões se necessário. iii- ALOCAÇÃO Sendo Match Play, o NET individual de cada jogador deve ser obtido deduzindo seus strokes nos buracos mais difíceis do campo, de acordo com a tabela de HCP stroke masculina para homens e feminina para mulheres. C.HCP positivo: como explicado acima, não há +C.HCP em Match Play. c- FOURSOMES Match Play Definição: Jogo de 2 duplas por buraco, competindo uma contra a outra. Uma bola por equipe e cada jogador dá tacadas alternadas até embocar. Tacadas do tee também devem ser alternadas. Uma variação de jogo permite que ambos batam do tee e selecionem o melhor drive para continuar. i- PERMISSÕES C.HCP temporário da dupla = soma dos C.HCP'S individuais (100%). A dupla com menor soma de C.HCP's joga com zero e a outra joga com 50% da diferença entre as 2 somas. Se drivers selecionados são permitidos, usa-se 40%. Ex. Dupla A(12)B(19): soma de C.HCP = 12 + 19 = 31 Dupla C(20)C(28): soma de C.HCP = 20 + 28 = 48 Diferença das somas = 48 - 31=17; 50% x 17 = 8,5 arred. 9 Portanto a dupla AB joga com zero (scratch) e a dupla CD joga com 9. C.HCP positivo: OBS: Conforme item 9, um HCP normal, matematicamente tem sinal negativo (“-“). A(+2)B(5) contra dupla C(6)D(9) Dupla A(+2)B(5): soma de C.HCP = +2 + (-5) = -3 Dupla C(6)D(9): soma de C.HCP = (-6) + (-9) = -15 Diferença das somas = (-15) - (-3) = -12 50% x -12 = -6. Portanto a dupla CD joga com zero (scratch) e a dupla CD joga com 6. Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 16 ii- COMPENSAÇÕES Havendo duplas competindo em tees diferentes, duplas mistas ou duplas femininas e masculinas competindo no mesmo tee, aplicar as compensações. NOTA: Se ocorrer da compensação pertencer à dupla jogando com zero, subtrair os strokes de compensação da outra dupla. A- Duplas Feminina competindo com masculina (ou duplas em tees diferentes). Após calculado o C.HCP da dupla, acrescenta-se a diferença dos Course Ratings no C.HCP da dupla que joga no CR maior. Ex.: A(8) e B(13) formam uma dupla masculina, jogando do tee Azul (CR=71,2). C(14) e D(16) formam uma dupla feminina competindo com a anterior, no Tee Vermelho (CR=73,6). A diferença dos CR’s = 73,6 – 71,2 = 2,4 arred, 2 strokes a favor das mulheres (neste caso). Temos: Permissões A(8) e B(13); soma(AB) = (8+13) = 21 C(14) e D(16); soma(CD) = (14+16) = 30 diferença das somas = 9; 50% x 9 = 4,5, arred. 5. AB joga com zero e CD joga com 5 antes da compensação. Compensações Como neste caso a diferença dos CR’s é a favor das mulheres, a equipe feminina CD jogará com 7 (5+2). B- Duplas mistas O procedimento é idêntico às duplas masculinas/femininas, exceto que, após calculado o C.HCP da dupla, a compensação é de apenas 50% da diferença entre os Course Rating's. Ex. Se AB for mista e CD for mista, ambas as duplas receberão 1 stroke (50% de 2,4=1,2 arred. 1). AB jogaria com 1 e CD jogaria com 6 (5+1). Mas como no Match Play um lado sempre joga com zero, ao invés de somar 1 a AB subtraise 1 de CD. Assim, AB joga zero e CD joga 5 (6-1). Se apenas CD fosse uma dupla mista, somente ela receberia 50% da diferença dos CR’s. AB jogaria zero e CD jogaria com 6 (5+1). iii- ALOCAÇÕES Sendo uma disputa buraco a buraco, os strokes devem ser usados por cada dupla nos buracos mais difíceis do campo (HCP stroke 1, 2, 3 , etc.). NOTA: Em duplas mistas de Foursomes, os strokes de C.HCP após permissões e compensações, devem ser alocados de acordo com a tabela de HCP Stroke masculina somente. C.HCP positivo: como explicado acima, não há +C.HCP em Match Play. Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 17 13. CONCLUSÕES E RESUMO a- Nesta apostila conhecemos as compensações de C.HCP sempre que houver jogadores(as) ou equipes competindo em tees diferentes ou homens e mulheres/equipes masculinas ou femininas ou mistas competindo do mesmo tee. b- Conhecemos os formatos de torneio mais populares no Brasil e aprendemos sobre permissões de Handicap (porcentagens) em cada formato, compensações de Handicaps individuais e de equipes, bem como a alocação dos strokes no total ou nos buracos. c- Equipe mista ou equipes competindo em tees diferentes ou equipes masculinas e femininas competindo no mesmo tee devem fazer compensações de strokes. d- Em jogos onde 2 indivíduos ou equipes disputam um buraco (modalidade, Match Play), um lado joga com C.HCP zero e o outro com diferenças específicas. e- A tabela de Handicap Stroke para homens e mulheres nem sempre são as mesmas, e a alocação de strokes em buracos deve seguir a tabela correspondente. f- Numa equipe mista de “Best Ball of Four” ou de “Four Ball”, não há C.HCP da equipe. Apenas os C.HCP individuais são compensados. RESUMO Stroke Play Individual Best ball of 4 (equipe de 4) Four Ball (duplas) Foursomes (duplas) Stableford (individual) Scramble (equipe) 100% CHCP individual Compensação: individual Alocação: somar no Gross tota 80% Homem, 90% Mulher, indiv. Compensação: individual Alocação: por buraco +CHCP: somar nos buracos + fáceis 90% Homem, 95% Mulher, individ. Compensação: individual Alocação: por buraco +CHCP: somar nos buracos + fáceis CHCP dupla = 50% x soma Compensação: da dupla Alocação: somar no Gross total 100% CHCP individual Compensação: individual Alocação: por buraco +CHCP: somar nos buracos + fáceis Do menor p/ o maior CHCP: 20% + 15% + 10% + 5% Alocação: somar no Gross total Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Fev/08 Match Play O menor CHCP joga c/ zero Oponente = (CHCP - menor CHCP) Compensação: individual Alocação: por buraco Não é usual Dupla x Dupla c/ CHCP individual O menor CHCP joga c/ zero 3 demais = CHCP - o meno Compensação: individual Alocação: por buraco Dupla x Dupla Calcular soma CHCP´s da dupla Dupla c/ menor soma joga c/ zero A outra, c/ 50% x (soma1 - soma 2) Compensação: da dupla Alocação: por buraco Não é usual Não é usual Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 18 Apostila 3 A ENTREGA DE CARTÕES - penalidades 1. 2. 3. 4. 5. 6. Do Regulamento dos Comitês de Handicap Definição de score válido e inválido Jogos parciais - buracos não jogados, bolas não embocadas Entregar o cartão, justificar ou omitir-se - penalidades aplicáveis Defendendo o sistema: Redução, Modificação e Suspensão do Index Conclusões e resumo Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 1 Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 2 Apostila 3 - A ENTREGA DOS CARTÕES - Penalidades 1. DO REGULAMENTO DOS COMITÊS DE HANDICAP Com a implantação do Sistema USGA de Handicap com Slope System no Brasil, algumas normas de entrega e processamento de cartões de jogo entraram em vigor. Todo jogador que deu saída no campo é obrigado a entregar seus cartões de scores válidos no clube onde jogou. O clube não apenas tem obrigação de cobrar a entrega do cartão, como de recebê-lo e de digitá-lo no sistema central, seja o jogador sócio ou visitante. 2. DEFINIÇÃO DE SCORE VÁLIDO E SCORE INVÁLIDO A melhor forma de explicar é definir quais scores são considerados inválidos. Os demais serão válidos e, portanto, de entrega obrigatória. Um score é considerado inválido para efeito de Handicap nas seguintes situações: a- Quando menos que 7 buracos foram jogados. b- Quando a maioria dos buracos não foram jogados de acordo com as Regras e Princípios do Golfe. Jogos de tacadas alternadas se encaixam aqui (Scramble, Foursomes, etc) e seus cartões não devem ser entregues para efeito de Handicap. c- Quando o comprimento total do campo jogado for menor que 3000 jardas para 18 buracos ou 1500 para 9 buracos. d- Quando a regra da competição obrigou o jogador a utilizar um limite de tacos menor que 14. Ex. competição só de ferros. e- Quando o jogo ocorreu num campo que ainda não tem USGA Course Rating nem Slope Rating. NOTA: No Brasil, os clubes ainda não medidos receberam o Slope Rating padrão brasileiro de 125, e mantém o seu Course Rating antigo, enquanto não se dá a medição oficial. Portanto, não se enquadram nesta definição, ié, seu cartões são válidos. f- Quando o jogador usou tacos e/ou bolas que não estejam em conformidade com as determinações da R&A. g- Quando o jogador usou dispositivos artificiais proibidos pela Regra 14-3. Ex. medidor de vento, elásticos nos braços, toalhas, etc. Tais scores ditos inválidos não precisam ser entregues, mas precisam ser justificados, caso contrário o Comitê do clube poderá interpretar que o score não foi entregue visando manipulação, e aplicar penalidade indevida ao jogador. 3. JOGOS PARCIAIS - Buracos não jogados, bolas não embocadas Uma vez conhecidos os scores inválidos, podemos concluir que todos os demais scores são válidos. Vamos agora enfatizar alguns scores que sempre criam polêmica: a- Qualquer jogo de 7 a 9 buracos jogados numa mesma volta será válido e considerado como um jogo de 9 buracos. Se apenas 7 ou 8 buracos foram jogados, os buracos faltantes serão completados pelo sistema como sendo o PAR do buraco + strokes que o jogador teria direito neles. Ex.: Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 3 Buraco H.Stroke Strokes (Chcp=7) PAR Score jogado Score válido 1 17 4 5 5 2 5 1 5 6 6 3 9 3 4 4 4 3 1 4 3 3 5 1 1 4 3 3 6 7 11 15 4 3 3 3 6 6 8 7 1 5 9 13 6 4 4 10 11 12 13 14 15 16 17 18 18 2 16 4 14 6 12 8 10 1 1 1 4 4 3 4 4 5 3 5 4 b- Em jogos com 12 buracos jogados, os buracos 10, 11 e 12 serão desprezados e será considerado o score de 9 buracos. Ex.: Buraco H.Stroke Strokes (Chcp=7) PAR Score jogado Score válido 1 17 4 5 5 2 5 1 5 6 6 3 9 3 4 4 4 3 1 4 3 3 5 1 1 4 3 3 6 7 11 15 4 3 3 3 6 6 8 7 1 5 4 4 9 13 4 3 3 10 11 12 13 14 15 16 17 18 18 2 16 4 14 6 12 8 10 1 1 1 4 4 3 4 4 5 3 5 4 4 3 7 IMPORTANTE: Um score de 9 buracos não entra imediatamente no cálculo do Index. O Sistema o armazena e aguarda um novo jogo de 9 buracos, podendo ser da mesma volta ou não, do mesmo clube ou não. Quando este for digitado, o sistema combina os 2 cartões formando um jogo de 18 buracos, com a data do segundo. Tais jogos parciais de 9 buracos são chamados de Combined 9. c- Se menos que 13 buracos foram jogados e em nenhuma das 2 voltas foram jogados pelo menos 7 buracos, o cartão é inválido. Ex.: Buraco 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 H.Stroke 17 5 9 3 1 11 15 7 13 18 2 16 4 14 6 12 8 10 Strokes (Chcp=7) 1 1 1 1 1 1 1 PAR 4 5 3 4 4 4 3 5 4 4 4 3 4 4 5 3 5 4 Score jogado 6 4 3 3 6 3 4 3 4 6 5 3 Score válido Total < 13, cada volta < 7 => Score inválido d- Se 13 ou mais buracos forem jogados, mesmo alternadamente, os demais serão calculados. Ex.: Buraco H.Stroke Strokes (Chcp=7) PAR Score jogado Score válido Autor: Luiz Carlos Palmiro 1 17 4 4 2 5 1 5 6 6 3 9 3 4 4 4 3 1 4 5 Ed. 11/Fev/08 5 1 1 4 3 3 6 7 11 15 4 3 3 3 6 6 8 7 1 5 6 9 13 4 3 3 10 11 12 13 14 15 16 17 18 18 2 16 4 14 6 12 8 10 1 1 1 4 4 3 4 4 5 3 5 4 4 3 4 4 6 5 3 4 3 3 4 4 6 6 5 3 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 4 e- Se o Handicap for positivo, os buracos faltantes serão completados com o PAR do buraco menos o stroke que o jogador teria "direito" neles. (nos buracos mais fáceis do campo - HCP stroke 18, 17, etc.). Ex.: +CHCP=+2, e buracos 1, 2 e 10 não foram jogados: Buraco 1 H.Stroke 17 Strokes (Chcp=+2) +1 PAR 4 Score jogado Score válido 3 2 5 3 9 4 3 5 1 6 7 11 15 8 7 9 13 5 3 4 4 4 3 3 4 3 3 4 3 3 5 4 4 4 3 3 5 3 6 6 10 11 12 13 14 15 16 17 18 18 2 16 4 14 6 12 8 10 +1 4 4 3 4 4 5 3 5 4 3 7 4 4 3 6 5 3 3 3 7 4 4 3 6 5 3 f- Jogador desclassificado de competição. Se o motivo da desclassificação não caracterizar o score como inválido (item 2) então o cartão deve ser entregue para efeito de Handicap. Ex.: Se o jogador esquecer de assinar o cartão ou se o jogador continuar jogando após Comissão interromper o jogo por perigo de relâmpagos ele será desclassificado, mas os scores jogados, se válidos, devem ser entregues. g- Buracos incompletos; bola levantada e não embocada. Algumas formas de competição permitem o levantamento da bola sem embocá-la (Match Play, Stableford, etc.) Nesses casos, o jogador deve estimar quantas tacadas ele precisaria para embocar do ponto onde levantou a bola. Tais scores são marcados com um X ao lado do score. Ex. 7X. Significa que o jogador deu, digamos, 4 strokes na bola e estimou mais 3 para embocá-la. Portanto, são scores válidos e devem ser entregues. Ex.: Buraco H.Stroke Strokes (Chcp=7) PAR Score jogado Score válido 1 17 4 L 7x 2 5 1 5 6 6 3 9 3 4 4 4 3 1 4 L 8x 5 1 1 4 3 3 6 7 11 15 8 7 1 3 5 6 L 6 10x 9 13 4 3 3 4 3 3 10 11 12 13 14 15 16 17 18 18 2 16 4 14 6 12 8 10 1 1 1 4 4 3 4 4 5 3 5 4 4 3 L L 4 L 6 5 3 4 3 6x 7x 4 9x 6 5 3 L = levantou a bola 7x = Estimou 7 tacadas 4. ENTREGAR O CARTÃO, JUSTIFICAR OU OMITIR-SE - penalidades aplicáveis Mesmo um jogador que tem um score inválido nas mãos deve se justificar perante o clube onde jogou, pois este não tem outro modo de saber se houve omissão ou se o score era inválido. Tal justificativa deve apontar o motivo da invalidade do score, conforme item 2 acima. Assim, se um jogador deu saída no jogo e não entregou seu cartão o clube deve interpretar como omissão com potencial risco de manipulação de Handicap. O Regulamento aprovado pela Federação Paulista de Golfe prevê a aplicação de 2 tipos de penalidades para o jogador que não entrega seu cartão nem justifica sua falta: a- Penalidade 1 - Repetição do Melhor score O clube informa o Sistema e este "lança" automaticamente um novo score para o jogador, repetindo o seu melhor resultado do histórico (menor Diferencial). Essa Penalidade 1 deve ser lançada quando o cartão não foi entregue por ter sido um jogo muito bom, que provavelmente reduziria o Index do jogador. Geralmente aplicada a jogadores de Index baixo. Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 5 b- Penalidade 2 - Repetição do Pior Score O clube informa o Sistema e este "lança" automaticamente um novo score para o jogador, repetindo o pior resultado do seu histórico (maior Diferencial). Essa Penalidade 2 deve ser lançada quando o cartão não foi entregue por ter sido um jogo muito ruim, que provavelmente aumentaria o Index do jogador. Geralmente aplicada a jogadores de Index alto, para evitar o famoso "handicap vaidoso". O handicap vaidoso não causa injustiças em competições, senão para o próprio autor. Porém, permite que um jogador participe de competições em categorias que exigem habilidade maior que a sua, atrapalhando o andamento do jogo. Para decidir qual das penalidades aplicar, além do Index do jogador, o Comitê de Handicap poderá consultar o caddie, parceiros de jogo ou o próprio jogador. 5. DEFENDENDO O SISTEMA - Redução, Modificação e Suspensão de Handicap Index O Sistema USGA de Handicap, como dito na Introdução do "Tee do 1" deve ser aplicado na sua íntegra. Dentro do clube, cabe ao Comitê de Handicap zelar pelo cumprimento das suas normas, defendendo a todo custo o espírito do Sistema. Só assim teremos Handicaps sem manipulação e competições com justiça. a- Index Reduzidos pelo sistema - Tipo R O Comitê deve acompanhar a publicação do Index dos seus associados e atuar naqueles que foram Reduzidos pelo sistema, apresentando um R ao lado do valor. Ex.: 17,3R. Deve ainda consultar o jogador e ouvir suas motivações para tal redução. Então poderá decidir por uma das seguintes alternativas: iii- Manter a Redução imposta pelo Sistema. Aumentar ainda mais a Redução, se entender que a Redução automática do sistema não foi suficiente para refletir o verdadeiro nível do jogador (vide item 5-b abaixo). iii- Retirar a Redução, por aceitar a defesa do jogador. Em geral, esta última alternativa ocorre com um jogador que esteve doente ou passou por alguma cirurgia e agora vem retornando ao golfe, jogando scores mais altos do que costumava jogar antes do problema (vide item 5-b e 5-c abaixo). b- Modificação de Handicap Index pelo Comitê (Tipo M) Mesmo sem ter recebido uma Redução automática pelo sistema, o Comitê de Handicap poderá aplicar uma Modificação no Index de um jogador se entender que ele não reflete seu verdadeiro potencial de jogo. Para isso, o Comitê deve enviar uma carta ao jogador, informando dessa decisão, e dando a ele a chance de se explicar ou comentar. (vide modelo da carta no Apêndice desta apostila). Se mesmo assim o Comitê entender que o Index deve ser Modificado, ele deve enviar tal solicitação à Federação Paulista de Golfe, que procederá as alterações cabíveis no sistema. O Index assim modificado aparecerá na Internet e na etiqueta com um M ao lado, indicando essa condição. Ex.: 17,3M. A cada revisão/processamento do Handicap Index o Comitê deve reavaliar a situação do jogador, liberando seu Index para o cálculo automático do sistema ou mantendo a Modificação. Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 6 c- Handicap Index Local (Tipo L) O Index Local é utilizado quando um jogador passou por uma cirurgia ou um problema de saúde e está retornando ao golfe, sem apresentar, no entanto, a mesma performance anterior. O Comitê poderá emitir um Index de uso apenas local (no seu clube). Tal Index Local não é um Handicap Index oficial e jamais poderá ser usado em outros campos ou competições externas ao clube onde é sócio. O procedimento do Comitê é o mesmo da modificação do Index do item anterior: envio da carta ao jogador devidamente adaptada ao caso, avaliação dos seus comentários e instrução à FPG para proceder a modificação no sistema. d- Manipuladores contumazes - suspensão de Index De acordo com o Regulamento, o Comitê tem poder para suspender o Index de um jogador que sistematicamente manipula (ou tenta manipular) seus scores, visando Index maiores para tirar vantagens em torneios. Para isso, basta que o Comitê de Handicap reúna evidências de manipulações, que dê ao jogador amplas oportunidades de se defender e que solicite à Federação Paulista de Golfe a aplicação da suspensão propriamente dita. Um Index suspenso poderá ser liberado, por iniciativa do próprio Comitê que o suspendeu, se este achar que os motivos da suspensão não existem mais e o jogador agora segue as normas do Sistema. 6. CONCLUSÕES E RESUMO: a- Os Comitês de Handicap são os "supervisores" do Sistema, no âmbito do campo, seja com seus sócios ou com seus visitantes. b- Todo jogador, sócio ou visitante, está obrigado a entregar cartões com scores válidos e todo clube está obrigado a recebê-los e a digitá-los. c- Buracos não jogados podem ser completados pelo sistema, com o PAR do buraco mais strokes de direito. d- Em buracos não completados (bola levantada) o jogador deve estimar as tacadas necessárias para embocar. e- Os Comitês podem aplicar scores de penalidades a jogadores que não entregam cartões válidos, podem modificar um Index e aplicar suspensão temporária do Index de jogadores que sistematicamente ferem o espírito do Sistema USGA de Handicap. Até a próxima apostila. Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 7 APÊNDICE - Modelo da carta para Modificação do Index ou Emissão de Index Local: Meu Clube de Golfe Comitê de Handicap Ao Sr.(a) Fulano(a) de Tal Data: Prezado Sr.(a) Ao analisar seus registros de scores da CBG, o Comitê de Handicap do [Meu Clube de Golfe] concluiu que seu Handicap Index não reflete com precisão seu verdadeiro potencial de jogo de golfe, pelas seguinte(s) razão(ões): [escolher uma ou mais] • • • • • • Evolução muito rápida do seu Handicap Index Excessivos jogos fora do clube onde é sócio (Away scores) Seus recentes problemas físicos ou de saúde * Falha na entrega de cartões Cartões com scores errados e diferentes do que se passou durante o jogo Jogos propositalmente ruins para inflar seus scores Visando promover competições justas, sejam elas de torneios ou jogos avulsos, este Comitê de Handicap modificará seu Handicap Index artificialmente conforme prevê a Secção 8-4-c do Manual do Sistema USGA de Handicap, sob o qual os clubes brasileiros estão sujeitos. Seu Handicap Index passará a ser de [??,?M/L], sendo que [o M significa que foi Modificado por este Comitê.] [o L significa que seu Handicap Index é Local e tem validade somente no seu clube.]* O senhor(a) terá oportunidade para apresentar seus comentários, até [dd/mm/aa] seja por escrito, endereçada a este Comitê, ou pessoalmente, em nosso clube. Se não houver qualquer manifestação do senhor(a) nas formas acima, ou se concluirmos que as nossas razões ainda prevaleçam após suas explicações, seu Handicap Index será modificado no dia [dd/mm/aa]. Este Comitê reavaliará sua situação a cada novo processamento feito pela CBG analisando se seu Handicap Index já pode voltar a ser calculado pelas regras normais ou se a modificação deve ser mantida. Enquanto isso, sugerimos que continue a entregar seus cartões de jogos e a observar as diretrizes básicas do Sistema USGA de Handicap, evitando distorções. Atenciosamente Comitê de Handicap Meu Clube de Golfe Beltrano de Tal Presidente * NOTA PARA O COMITÊ: Se o motivo for "condições físicas do jogador" (Ex.: o jogador se recupera de uma cirurgia ou outro problema de saúde e precisa de um Index maior enquanto se recupera), a ação é de substituir o Index normal por um Index Local, sem validade para jogos fora do clube do jogador. Ex.: 17,5L. A carta acima deve ser adaptada conforme o caso. Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed. 11/Fev/08 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 8 Apostila 4 COMPRIMENTO DOS BURACOS 1. 2. 3. 4. 5. 6. Introdução Comprimento Real e comprimento efetivo Como são medidos os buracos Rodízio das marcas de tee USGA Course Ratings temporários durante manutenção Conclusões Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Nov/2007 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Nov/2007 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 2 Apostila 4 - O COMPRIMENTO DOS BURACOS 1. INTRODUÇÃO Existe muita confusão com relação ao comprimento de cada buraco. O objetivo desta apostila é esclarecer esses conceitos e sugerir aos clubes uma maneira racional de fazer rodízios de tees, de forma a preservar o Course Rating dos diversos circuitos. 2. COMPRIMENTOS REAIS E COMPRIMENTOS EFETIVOS Do Slope System, sabemos que o Course Rating agora é calculado com o comprimento "efetivo" de cada buraco, isto é, o comprimento que o jogador sente e não o medido fisicamente. Comprimento efetivo é basicamente o comprimento medido, afetado pelas condições do campo, tais como altitude, aclive, declive, maciez/rigidez do fairway, dog legs, posição de lagos, etc. O comprimento efetivo não é importante para o objetivo desta apostila. Hoje, vamos tratar exclusivamente do comprimento real medido, que deve figurar das placas indicadoras nos tees e dos cartões de score. Mas de que ponto a que ponto são medidos os comprimentos dos buracos ? Marcas Permanentes: Durante o "rating" do campo, a área de cada tee (ou teeing ground) recebe uma marca permanente, localizada no centro do seu comprimento, mas fixada no solo, na sua lateral. 3. COMO SÃO MEDIDOS OS BURACOS O comprimento real dos buracos são medidos do centro de cada Área do tee (marca permanente) até o centro do green. Além disso, se há um ou mais dog legs, o caminho da medição é pelo centro da raia, fazendo as curvas necessárias. Porém, as medidas são todas na horizontal. Se o campo tem subidas e/ou descidas, elas não levam em conta esses acréscimos. Na verdade, o comprimento efetivo faz essas compensações. Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Nov/2007 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 3 Portanto, as medidas não são feitas até a entrada do green nem até a bandeira, como muitos acreditam. Veja mais detalhes da medição na figura a seguir: 4. RODÍZIO DE TEES - Recuperação da grama Por diversas razões, as marcas ds tees devem ser movimentadas, em geral, para recuperação da grama. Muitos clubes combinam o avanço ou retrocesso das marcas de tee juntamente com a posição da bandeira no green. Esta não é a prática recomendada pela USGA. De fato, ela recomenda que, se o clube avança as marcas de um buraco ÍMPAR então ele deve retroceder na mesma distância, as marcas dos buracos PARES. Em rodízios posteriores, pode-se inverter: avanço nos PARES e retrocesso nos ÍMPARES, sempre nas mesmas distâncias. Fazendo dessa maneira, o comprimento total do campo será preservado, bem como seu Course Rating. Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Nov/2007 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 4 NOTAS IMPORTANTES: a. De acordo com as Regras do Golfe, o jogador pode posicionar sua bola desde a linha das marcas do tee até 2 tacos para trás, formando um retângulo imaginário. b. Ao retroceder as marcas do tee, manter uma área útil de no mínimo 2 tacos entre as marcas e o final do Área do tee. Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Nov/2007 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 5 5. COMPRIMENTO E PAR DO BURACO O PAR de um buraco é definido pelo seu comprimento efetivo e não o real medido. Muitas vezes, o comprimento efetivo é menor (ou maior) que o medido e por isso alguns buracos têm PAR incompatível com a tabela, Ex. Um buraco PAR 3 pode ter 265 jardas reais, mas por ser em declive seu comprimento efetivo pode ter 245. Tabela do PAR de um buraco em função do seu Comprimento Efetivo Compr.Efetivo = Comprimento medido + (-) fatores de comprimento efetivo Qtde média no PAR do buraco Homem (jardas) Mulher (jardas) campo 3 até 250 jardas até 210 4 4 251 a 470 jardas 211 a 400 10 5 471 a 690 jardas 401 a 590 4 6 691 jardas e acima 591 e acima ? 18 buracos 6. MANUTENÇÃO DE GREENS E ÁREA DO TEE ALTERAÇÃO TEMPORÁRIA DE COURSE RATING A partir de Novembro de 2007, a Federação Paulista de Golfe está apta a gerar USGA Course Rating’s temporários para os clubes que alterarem comprimentos de um ou mais buracos devido a greens temporários ou áreas de tee temporárias, bem como devido a outras obras de reforma Para isso, basta enviar para à FPG, aos cuidados da Diretoria de Handicap, uma tabela dos buracos e tees afetados, indicando a medida oficial e a temporária, bem como a data prevista para o retorno às medidas oficiais. Esclarecer também o motivo da alteração em cada buraco. Exemplo: ALTERAÇÃO TEMPORÁRIA Buraco Tee Medida oficial Nova Medida (jardas) - (CBG) (jardas) DE VALIDADE ATÉ (previsão) Motivo da alteração da alteração NOTA: A nova medida deve ser tomada do centro da área do tee ao centro do green, na horizontal, seguindo o centro da raia Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Nov/2007 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 6 7. CONCLUSÕES a. Cada Tee tem uma marca permanente, fixada no solo lateralmente, e no centro do seu comprimento. b. Medidas são feitas do centro do Área do tee até o centro do green. A posição da bandeira ou a entrada do green não são relevantes. c. Medidas são feitas pelo centro da raia, sem cortar caminhos (dog legs). d. Medidas são feitas somente na horizontal (aérea), sem "sobe e desce". e. Rodízio alternado das marcas do tee: se ímpares avançam, os pares retrocedem a mesma distância e vice-versa. f. O PAR dos buracos não depende do comprimento real medido, mas do comprimento efetivo, que leva em conta outros fatores como aclive, declive, altitude, ventos, dog-legs, etc. Até a próxima apostila ! Autor: Luiz Carlos Palmiro Ed.Nov/2007 Diretoria de Handicap – Federação Paulista de Golfe 7