CAPA
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ÍNDICE
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO NO ANO DE 2009
02 a 14
DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
BALANÇOS PATRIMONIAIS
15 e 16
DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO
17
DEMONSTRAÇÕES DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LIQUIDO
18
DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA
19
DEMONSTRAÇÕES DO VALOR ADICIONADO
20
BALANÇO SOCIAL (INFORMAÇÃO ADICIONAL)
21
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE
DEZEMBRO DE 2008 E 2009
22 a 51
PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES
52 e 53
PARECER DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO
54
1
Relatório da Administração - Ano de 2009
A Diretoria da ALUNORTE – Alumina do Norte do Brasil S.A., em cumprimento às
disposições legais e estatutárias, submete à apreciação do Conselho de Administração o
presente Relatório e as Demonstrações Contábeis referentes ao exercício de 2009,
acompanhadas do parecer dos Auditores Independentes.
Desempenho Industrial
A ALUNORTE produziu 5,9 milhões de toneladas de alumina calcinada em 2009, versus
5,0 milhões de toneladas em 2008.
O custo de conversão manteve a referência de ser um dos mais baixos do mundo, com
média de US$ 117.86/t no ano.
A qualidade da alumina e a produtividade da refinaria foram pontos de destaque,
garantindo a satisfação dos clientes e mantendo a ALUNORTE como uma das maiores e
mais competitivas no mercado mundial.
Atividades Comerciais
As vendas totalizaram 6,0 milhões de toneladas de alumina calcinada em 2009,
representando um crescimento de 20% em relação ao ano de 2008, quando foram
comercializadas 5,0 milhões de toneladas.
Desempenho Econômico/Financeiro
A geração de caixa operacional, medida através do EBITDA, atingiu o valor de R$ 189,0
milhões em 2009 (R$ 745,3 milhões em 2008). Este resultado foi fortemente afetado pela
redução no preço de venda do alumínio no mercado internacional - LME (London Metals
Exchange).
Abaixo, demonstramos a evolução do LME (3 meses), que é à base do preço do
alumínio:
LME 3 MESES (US$/t)
3.000,00
2.662,42
2.620,12
2.500,00
2.000,00
1.700,24
1.500,00
1.000,00
500,00
0,00
2007
2008
2009
O lucro líquido apurado no encerramento do exercício de 2009 foi de R$ 232,6 milhões,
influenciado diretamente pela valorização de 25,49% do real perante o dólar americano,
com o impacto favorável, principalmente, da variação cambial das obrigações com
empréstimos e financiamentos.
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Premiações
A ALUNORTE recebeu as seguintes premiações em 2009:
•
Prêmio ABS – (Agência Brasil de Segurança) - TOP OURO em Gestão de
Segurança e Saúde do Trabalho;
•
Prêmio ABS – (Agência Brasil de Segurança) - TOP PRATA em Gestão Ambiental;
•
Troféu Transparência ANEFAC-FIPECAFI-SERASA 2009, demonstrações
contábeis, classificada entre as cinco primeiras empresas na categoria capital
fechado;
•
A maior Empresa do Pará – Revista Exame – Maiores e Melhores;
•
Prêmio TOP OF BUSINESS – 2009;
•
Prêmio Destaque de Barcarena – TOP de MARKETING;
•
Prêmio Destaque Programa Sala VIP - Empresas que se destacaram em
empreendedorismo e sustentabilidade.
Gestão de Recursos Humanos
Em 2009 a ALUNORTE consolidou o processo de Carreira & Sucessão nos mesmos
moldes da Vale para o grupo de L3 e acima. Nos meses de outubro e dezembro de
2009, todos os L3 e L4 foram avaliados nas novas competências e no conceito de
potencial Vale. Com a implantação desse modelo e de um sistema global de C&S,
nossos executivos passam a fazer parte do Programa de Carreira & Sucessão da Vale
Mundo.
As funcionalidades vão facilitar a avaliação anual dos empregados, a seleção de
liderança e o processo de planejamento de desenvolvimento já existente na ALUNORTE.
Em novembro foi realizado o processo de avaliação dos Engenheiros em formato de
comitê. Cinquenta e sete engenheiros foram avaliados nas competências
organizacionais e performance. Com base nos resultados, foram sugeridas ações de
desenvolvimento para capacitar cada vez mais os engenheiros, para que possam
alcançar outro patamar de resultados para a ALUNORTE, perseguindo a busca pela
melhoria contínua dos processos e a garantia da excelência operacional.
Neste ano, o RH da ALUNORTE teve como uma de suas prioridades o foco na
preparação das equipes para trabalharem com as mudanças implementadas na
estrutura da empresa. O trabalho da consultoria interna de RH foi fundamental para dar
suporte às equipes. Foram realizadas 487 reuniões com as equipes, onde foram
trabalhadas questões que afetam o clima, o ambiente de trabalho e alinhamento dos
papéis na nova estrutura.
Em 2009, com objetivo de reforçar o papel do líder na nova estrutura, foram realizadas
4.200 horas de treinamento gerencial (Coordenadores de Área), distribuídas em 20
atividades que abordam principalmente: desenvolvimento/formação de times e
desenvolvimento de equipes de alta performance.
Em 2009 foi criado o Programa Trainee ALUNORTE, que tem como objetivo desenvolver
jovens potenciais para compor o quadro de futuros profissionais da empresa. O
programa desenvolve o jovem profissional (trainee) nas competências técnicas e
comportamentais da ALUNORTE de forma a potencializar seu desenvolvimento
profissional e consequentemente atingir melhores resultados para a organização. Para
esse primeiro ano, a empresa conta com 11 engenheiros potenciais que fazem parte do
programa.
Em dezembro de 2009, concluiu-se a segunda turma do Programa Trainee do Futuro,
uma parceira da ALUNORTE com a Universidade Federal do Pará. Este programa visa à
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formação de mão-de-obra especializada e capacitada para as demandas futuras da
cadeia de alumínio e do mercado de trabalho local.
Fizeram parte do programa 22 alunos dos cursos de Engenharia Mecânica, Engenharia
Elétrica, Engenharia Civil, Engenharia Química, Engenharia Ambiental e Engenharia da
Computação. Os alunos que apresentaram melhor desempenho durante o programa
conquistaram uma vaga no Programa Trainee da ALUNORTE.
No ano de 2009, como parte ao plano de economia para superação da crise e em
consonância com as diretrizes Vale, foram realizadas 48.933 horas de treinamento,
distribuídas em 741 atividades.
Destacam-se treinamentos em segurança (21.614 horas distribuídas em 183 atividades,
especificamente voltadas para as ferramentas e práticas de segurança do trabalho) e
eventos de atualização técnica, que complementam as atividades específicas dos
empregados.
Em consonância com seus valores e observância aos requisitos legais, a ALUNORTE
perseguiu a meta de ter em seu quadro efetivo 5% de Pessoas com Deficiência (PCD’s).
Desta forma, em 2009, a empresa proporcionou à comunidade de Barcarena três turmas
de qualificação (Básico em Administração, Mecânica e Elétrica), com 20 participantes em
cada uma, com o objetivo de formar potenciais candidatos à ALUNORTE. Em dezembro
de 2009 completou sua cota com 76 PCD´s.
Em 2009, o RH da ALUNORTE focou no desenvolvimento de ações para suportar o
momento de crise. Em decorrência da mudança do cenário do alumínio, deu suporte
para as equipes envolvidas diretamente no processo de mudança de estrutura da
ALUNORTE, apoio na implantação do CSC e implementou/intensificou os processos de
RH nos mesmos moldes da Vale, dando foco para Treinamento & Desenvolvimento,
Carreira & Sucessão, Planejamento do Efetivo e Relatórios Gerenciais.
Meio Ambiente
A ALUNORTE atendeu a todos os requisitos legais de meio ambiente aplicáveis às suas
atividades, previstos no seu Sistema de Gestão Integrado.
Com relação às licenças ambientais junto à Secretaria Estadual de Meio Ambiente
(SEMA) citamos abaixo:
• Relatório de Informação Ambiental Anual relativo à licença de operação para
movimentação de carga no Porto de Vila de Conde (para operação do Terminal de
Granéis Líquidos e Sólidos);
• Renovação da autorização para captação de águas subterrâneas;
• Renovação da licença de operação da fábrica para uma produção total de alumina
calcinada de 6,3 milhões de toneladas/ano;
• Renovação da licença de instalação da Expansão 3 para a produção total de alumina
calcinada de 6,3 milhões de toneladas/ano;
• Concessão da Autorização de Supressão de Vegetação - ASV para a nova área do
Depósito de Rejeitos Sólidos - DRS.
Além do atendimento à legislação aplicável, foram realizados outros projetos e melhorias,
com destaque para:
• Acompanhamento do projeto para a nova área do Depósito de Rejeitos Sólidos –
DRS junto à área de engenharia da ALUNORTE;
• Monitoramento ambiental das emissões e qualidades: Hídricas e Atmosféricas;
• Realização da Semana Socioambiental, envolvendo empregados, terceiros e
comunidades;
4
• Simulados de emergência ambiental;
• Participação na manutenção do SGI – Sistema de Gestão Integrado;
Ressalta-se que a ALUNORTE recebeu a Premiação categoria TOP Prata em Gestão
Ambiental pela Agência Brasil de Segurança – ABS.
Incidente Ambiental
No dia 27 de Abril de 2009, após a ocorrência de uma chuva de intensidade nunca antes
registrada na região (105 milímetros em apenas uma hora e meia), houve um incidente
ambiental no Depósito de Rejeitos Sólidos (DRS) da ALUNORTE. Apesar de possuir um
depósito super dimensionado, a água da chuva contendo resíduos do processo produtivo
transbordou em uma parte do canal de drenagem do DRS, atingindo parte da nascente
nas proximidades da ALUNORTE, do Rio Murucupi, conforme descrição a seguir:
Atividade: O DRS destina-se ao estoque da lama vermelha, resíduo do processo de
produção de alumina, de modo contínuo e seguro, com alta concentração de sólidos
(aproximadamente 65% em peso base) e baixa concentração de soda cáustica (em torno
de 7 gpL), utilizando a tecnologia Dry-Stacking desenvolvida pela empresa alemã Giulini
Chemie GmbH e revisada pela Alcan, quando da transferência de tecnologia para a
ALUNORTE. Esta tecnologia consiste no armazenamento da lama vermelha, após a
lavagem e filtragem, em depósitos selados, a fim de reduzir o teor cáustico. A fase
líquida evapora e a água da chuva lixivia a lama vermelha. O líquido, contendo teor
cáustico muito baixo, é coletado do depósito por meio de canais de drenagem em torno
de todo o DRS e enviado para as bacias de controle, sendo depois direcionado para a
Estação de Tratamento de Efluentes líquidos, antes de ser descartado no rio Pará.
A primeira célula do DRS foi iniciada em 1995, em uma área de aproximadamente 15 ha.
Atualmente, a área possui cerca de 130 ha. O aumento da capacidade do depósito é
feito, na atualidade, por meio do aumento da altura dos diques do DRS por uma das
melhores empresas brasileiras de design de barragem, a Consultoria Pimenta de Ávila,
que foi contratada pela ALUNORTE para projetar, calcular e apresentar estudos para
esse aumento da capacidade.
Quando comparado com o tradicional sistema de tanque para armazenar a lama
vermelha, a tecnologia utilizada no DRS da ALUNORTE apresenta as seguintes
vantagens:
• Baixo volume de efluente gerado;
• Baixa concentração da soda cáustica;
• O resíduo gerado tem boas características de impermeabilização do solo, eliminando
a possibilidade de infiltração;
• A estabilidade do resíduo seco é muito elevada quando comparado a um
reservatório;
• O risco de quaisquer tipos de falhas estruturais nos diques do depósito é quase zero;
• Favorece o reflorestamento da área utilizada, após o esgotamento do depósito;
• Baixa demanda por áreas para armazenar resíduos.
Reforçando seu compromisso com a preservação ambiental, a ALUNORTE vai além do
exigido pela legislação. A tecnologia utilizada no DRS é revestida com uma membrana
impermeável de polietileno de alta densidade (HDPE), garantindo o completo isolamento
do RMDA, evitando qualquer tipo de vazamento líquido para a água subterrânea.
Este sistema de tratamento de rejeitos é reconhecido internacionalmente como um dos
mais eficientes em termos de riscos ou impacto ambiental.
5
Descrição da ocorrência: Na região da floresta tropical, o tempo chuvoso é
predominante no período que vai de janeiro a junho. O problema teve início em 24 de
abril de 2009, com um índice de precipitação de aproximadamente 32 milímetros,
seguido por índices de 16 milímetros, 30 milímetros e culminando com um espantoso
índice de precipitação de 105 milímetros no dia 27 abril de 2009, seguido por outros 75
milímetros no dia 28 abril de 2009, totalizando, em cinco dias, 257 milímetros.
Em função da chuva histórica, o líquido contido no DRS transbordou na direção do canal
de drenagem, que por sua vez não suportou fluxo de água e transbordou, enviando uma
parte do material para o meio ambiente.
A barragem de rejeitos da ALUNORTE é super dimensionada. Foi construída em nível
quatro vezes superior ao que regulamenta a legislação para casos de depósitos como
este. A ALUNORTE fez um estudo balizado por empresas de renome internacional no
dimensionamento do depósito pra região pluviométrica de Vila do Conde. A legislação
recomenda que seja construído um depósito que suporte chuvas recorrentes em 25
anos. O depósito da ALUNORTE é construído para suportar chuvas recorrentes de 100
anos, quatro vezes superior ao que recomenda a norma. O que ocorreu, no entanto, foi
uma chuva de 1000 anos.
Ações de curto, médio e longo prazos foram tomadas para evitar a recorrência do
problema, visando à garantia da integridade do sistema de forma a suportar
precipitações torrenciais.
Ações de curto prazo:
•
•
•
•
•
•
Alteamento temporário do talude do dique, do lado Leste, em 1,0 m;
Alteamento temporário do talude do canal de drenagem, do lado Norte, em 1,0 m;
Designação de um gerente específico para a Gestão da Operação, Manutenção e
Expansão do DRS e operação do transporte de lama, objetivando implantar um plano
de melhorias para garantir expansão e operação sem riscos ambientais;
22 de Junho de 2009: Foi dado início ao planejamento do lançamento de lama no
DRS de forma a ocupar os volumes vazios e otimizar os espaços perdidos em função
de lançamentos anteriores. No mesmo dia, iniciou-se o planejamento de platôs e
rampas de lançamentos conforme curvas de níveis topográficas;
03 de Julho de 2009: Foi entregue ao Escritório de Advocacia GAVL o documento
relativo ao Projeto Cerâmica, conforme solicitação do Núcleo de Meio Ambiente –
NUMA, do Ministério Público Estadual. O projeto consiste na elaboração de uma
proposta de estudos e desenvolvimentos para o aproveitamento do resíduo de lama
vermelha, para avaliação e assinatura de TAC (Termos Ajustamento de Conduta);
09 de Julho de 2009: Apresentação de propostas de um plano de automação e
instrumentação do DRS, objetivando desenvolver um sistema de monitoração de
dados on-line das principais variáveis de controle do DRS.
6
PLANO DE AÇÃO:
Segue, na tabela abaixo, o Plano de Ação para evitar qualquer tipo de novo evento no
DRS e no sistema de tratamento de efluentes líquidos:
2009
AÇÕES
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
6
2010
7 8 9 10 11 12 1 2
Construção Célula Leste e BC4
Limpeza da BC1
Aumento de 2,0m na Profundidade da BC1
Limpeza Canal Norte
Alteamento do Canal Norte em 1,0m
Instalação de Bombas Estacionárias na BC2
Dique de Contenção para Rio Murucupi
Construção da BC3
Construção Rede de Drenagem da A54 para A82
Recapeamento da Estrada de Acesso ao DRS
Construção de Estrada para Plataforma de Lançamento
Melhorias de Performance na A82
Autorização Supressão Vegetal 1ª e 2ª Fase
Construção 2ª Fase Célula Leste
Iluminação do DRS
Automação do DRS
\ \
\ \
3 4 5
6 7
8 9 10 11 12
\ \ \ \ \
\ \
\ \
STATUS
1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
Obras concluída, em andamento concretagem dos rápidos
Obra concluída
Obra concluída
Obra concluída
Obra concluída
Obra concluída
Obra concluída
Obra concluída
Obra concluída
Obra concluída
Obra concluída
Obra concluída
1ª Fase Concluída e 2ª Fase em Andamento
Projeto Detalhado Concluído, Aguardando Liberação Supressão Vegetal para Início Obras
Obras em Andamento, Conforme Cronograma
Desenvolvimento Sistema Controle em Andamento
Segurança e Saúde no Trabalho
Em 2009, a ALUNORTE manteve sua atuação em Segurança e Saúde no Trabalho SST pautada em ações alinhadas com seu valor “Obsessão por Segurança”. Um dos
7
principais destaques do ano foi a conquista do Prêmio categoria TOP OURO em Gestão
de Segurança, concedido pela Agência Brasil de Segurança – ABS
Na busca de padrões de excelência, deu continuidade aos trabalhos de adequação e
aprimoramento do sistema de gestão de segurança e saúde, utilizando-se o suporte de
especialistas da DuPont, que aportaram metodologia e know-how de gestão e as ações
em SST como:
• Manutenção dos Programas de auditorias STOP e Observação Comportamental;
• Realização de treinamento de multiplicadores do Programa STOP e Observação
Comportamental;
• Implantação do Índice de Percepção de Segurança (IPS);
• Realização de Auditoria Gerencial de Segurança da Alta Liderança;
• Realização de melhorias ergonômicas identificadas pelo Comitê de Ergonomia;
• Implantação do SD2000 - sistema de saúde, segurança e higiene;
• Realização da XIV Semana Interna de Prevenção de Acidente – SIPAT;
• Realização de treinamentos em conformidade com a NR-33 – Trabalhos em Espaços
Confinados, capacitando supervisores, vigias e trabalhadores autorizados da
ALUNORTE e contratadas;
• Realização de treinamento em gerenciamento de risco em atividades portuárias e
abordagem em queda de homem ao mar - NR 29;
• Realização de treinamentos de AECT (Action Employee Can Take Safety) para
empregados ALUNORTE e Contratadas;
• Realização de campanhas de saúde: doação de sangue, blitz da postura, DST/AIDS,
H1N1, primeiros socorros, proteção auditiva e proteção respiratória;
• Auditoria de requisitos legais de saúde e segurança no trabalho em 30 empresas
contratadas;
• Participação, como palestrante, em 15 campanhas de segurança em empresas
contratadas;
• Campanha contra a gripe e vacinação dos empregados;
• Realização dos exames periódicos no Ambulatório Médico da ALUNORTE;
• Revisão dos procedimentos de segurança do trabalho;
• Realização de monitoramento dos agentes ambientais na área do Porto;
• Treinamentos e Simulados em combate a incêndio.
Gestão Empresarial
•
•
•
•
Durante o ano de 2009 foram realizadas quatro auditorias internas corporativas,
sendo uma relativa ao Sistema de Gestão Integrada - SGI (para as normas ISO
9001; ISO 14001 e OHSAS 18001), duas referentes à SA8000 e uma sobre 5s;
Com relação às auditorias externas, foram realizadas três ao longo do ano, uma com
o escopo do SGI e duas da SA8000, sendo confirmadas as certificações em todas as
normas;
A ALUNORTE envolveu seus fornecedores por meio de entrevistas com mais de 250
contratados, cerca de 30 empresas auditadas e mais de 200 planos de melhorias
internos, que visaram o aperfeiçoamento constante dos processos da organização;
O nível de conhecimento, com relação às práticas internas de gestão, foi consolidado
por meio da realização de treinamentos específicos fornecidos pela Gerência de
8
•
•
•
•
•
Área de Qualidade e Gestão, com a participação de 762 empregados, totalizando
mais de 2.000 homens/hora treinados;
Consolidação do Programa SIOM – Seminário Integrado de Oportunidades de
Melhorias, no qual foram apresentados mais de 80 trabalhos relativos às categorias:
Segurança e Meio Ambiente, Ergonomia e Processos Produtivos. Desses, 18
trabalhos chegaram às etapas eliminatórias e três foram os vencedores;
A ALUNORTE contribuiu com o envio de mais de 60 trabalhos ao programa “(i) Nova
Vale”;
Também foi o ano de implantação do Programa de Gestão à Vista, no qual os
indicadores passaram a fazer parte da rotina de todos os empregados, promovendo
o compromisso coletivo em prol dos resultados descritos no Mapa Estratégico;
Em resposta à crise financeira internacional de 2009, que reduziu drasticamente a
receita da empresa em função da queda do preço de venda da alumina, a
ALUNORTE elaborou e cumpriu um agressivo plano de redução de custos fixos.
Estabeleceu como meta o alcance de 12% (R$ 37,1 milhões) para essa redução e
conseguiu ainda mais, chegando a 19% (R$ 57,8 milhões). Muitas medidas adotadas
representaram ganhos capturados definitivamente, o que significará melhoria na
produtividade também nos anos seguintes. Dentre essas medidas, cabe destacar:
renegociação de contratos; revisão do modelo de gestão da infraestrutura de apoio à
empresa, envolvendo o hospital e o clube que atendem os empregados em
Barcarena; racionalização de recursos de tecnologia da informação; dentre outras;
Como suporte à nova estrutura implantada na operação da ALUNORTE,
implementou-se capacitações que envolveram a construção de times e o
fortalecimento dos novos papéis assumidos. Participaram os coordenadores de
turno, os operadores líderes e os especialistas de processo. O cronograma foi
concluído com um Diálogo Aberto realizado pelo Diretor Industrial com os gestores
da ALUNORTE, no qual foram reafirmados os compromissos assumidos pela
liderança na Cartilha do Líder, com a realização de uma retrospectiva dos principais
eventos do ano e desafios para 2010.
Investimentos
•
•
•
•
•
•
O projeto da Área 41X - Resfriamento a Vácuo, foi concluído, sendo desembolsados
US$ 9.9 milhões.
No projeto da Área 03E - Firm up do Desaguamento de Bauxita, foram
desembolsados US$ 19.9 milhões, atingindo avanço físico de 90%.
No projeto da Área 54 - Novo DRS - foram desembolsados US$ 13.2 milhões,
atingindo avanço físico de 95%.
O projeto da área 54 - DRS Ações de Melhoria - foi concluído, sendo desembolsados
US$ 2.7 milhões.
Em projeto da Área Administrativa - Aquisição de Catamarã - foram desembolsados
US$ 3.6 milhões.
Caldeira a Carvão HPB - Desembolsados US$ 49,844 milhões (US$ 59,641 milhões
com variação cambial) de um orçamento de US$ 50,203 milhões. Montagem
executada 100% e em operação assistida desde julho de 2009, entrando em plena
carga no final de dezembro/2009. Ainda pendente o teste de performance estimada
em US$ 500 mil, mais US$ 300 mil para plataformas de acesso e US$ 50 mil para
finalizar montagem do elevador de pessoas e cargas.
9
•
Ampliação do Porto - Desembolsados US$ 34.5 milhões de US$ 20.5 milhões,
atingindo avanço físico de 86% em dezembro de 2009. Serão ressarcidos R$ 21
milhões em abatimento de tarifas pela CDP - Companhia Docas do Pará, referentes
às obras civis.
Observações:
Foram listados projetos de 2009 com realização econômica acima de US$ 2 milhões e
que não incluem valores e percentuais referentes a projetos da Expansão.
Valores do projeto Desaguamento representam 63,1% da realização, face participação
da VALE no projeto.
Apoio Comunitário e Desenvolvimento Social
Em 2009, dentro do Programa “ALUNORTE de Braços Abertos”, foram intensificadas as
ações de Relações com as Comunidades, conforme abaixo:
Programa Plasticultura
Em 2009, foi dada continuidade ao fornecimento de tubos reciclados de trocadores de
calor para a construção de estufas, que custam até 90% menos do que o valor de
mercado. O Programa Plasticultura capacita agricultores em técnicas de plantio, plano
de negócios, vendas e educação ambiental escolar.
Cooperativa de Costura e Moda de Barcarena (Coopermodas)
A Cooperativa criada pela ALUNORTE gera renda às famílias de 25 costureiras da
região, que são capacitadas em programas de qualificação profissional e realizam,
ainda, trabalhos artesanais. Em 2009 foram realizadas as seguintes ações:
• Desenvolvida e implantada a fabricação de protetores de flanges para diversas áreas
da ALUNORTE com custo na ordem de 300% menor do que o adquirido no mercado;
• Início da produção de capuzes para ALBRAS e ALUNORTE;
• Contínua produção de ecobags (sacolas usadas para substituir sacos plásticos),
distribuídas aos empregados na Semana Socioambiental, nas reuniões com as
comunidades e nas visitas à ALUNORTE;
Programa Educar para Preservar
•
O Programa Educar Para Preservar, em convênio com a Escola CODESEI e
Secretaria de Educação de Barcarena, ministrou oficinas sobre: educação
socioambiental, agenda 21 Escolar e elaboração de projetos ambientais para 35
coordenadores pedagógicos, diretores das escolas e professores com o objetivo de
capacitá-los como monitores dos alunos inscritos no Projeto Bola pra Frente,
Educação pra Gente, como executores das atividades de pesquisa e implantação
das ações nas escolas e comunidades.
10
Programa Bola pra Frente, Educação pra Gente
Parceria entre a ALUNORTE e a Secretaria Municipal de Educação que alia o esporte à
educação e conta com a participação de 2500 estudantes de 23 escolas da região em
ações educacionais e esportivas.
Em 2009, o programa contou com as seguintes ações:
• Realização da Copa ALUNORTE de Futebol, pela qual foram selecionados os 18
alunos e as 18 alunas que formaram os times ALUNORTE Rain Forest (masculino e
feminino);
• Em razão da crise mundial, os 36 atletas selecionados para os times ALUNORTE
Rain Forest (ARF) Masculino e Feminino não participaram da Norway Cup 2009. Os
atletas masculinos competirão em 2010. Já o time feminino seguirá com preparação
técnica.
• O programa Bola pra Frente promove ainda o “Prêmio Educacional”, disputa que
elege os melhores estudantes da região. Os cinco vencedores acompanham o ARF
na Noruega, com a responsabilidade de desenvolver um estudo traçando um
paralelo sobre a realidade do país e do Brasil. Em razão da crise, em 2009 os
vencedores não viajaram a Oslo. Porém, três dos cinco estudantes do prêmio
viajarão em 2010 e os outros dois, em 2011.
• Socialização das atividades pedagógicas e ambientais desenvolvidas pelas
escolas/alunos inscritos, numa ação de incentivo para a melhoria do rendimento
escolar;
• Realização de Gincana ambiental pelos alunos participantes do programa através de
projeto pedagógico de cada escola nas atividades de conservação e melhorias do
Patrimônio Escolar e mostra dos projetos ambientais em desenvolvimento por cada
escola em praça pública no Dia Mundial do Meio Ambiente, com oficinas de
reciclagem e apresentações culturais;
• Palestras pedagógicas inerentes à realidade do adolescente envolvendo os
alunos/as das escolas públicas de Barcarena;
• Excursões das equipes selecionadas para conhecimento histórico das comunidades
de Barcarena, incluindo a Ilha de Trambioca, para troca de experiências e avaliação
de realidade do Município;
• Realização do TORNEIO BARCARENA CUP – Integração das Comunidades: ARF
conquistou o 1º lugar nas Categorias masculina e feminina.
• ARF conquista o título no Torneio de Futsal feminino de Itupanema.
Torneio das Indústrias (SESI)
•
Patrocínio e apoio material à participação dos empregados da ALUNORTE no
Torneio das Indústrias, promovido pelo Serviço Social da Indústria (SESI),
objetivando a integração e socialização.
Projeto de Voluntariado Corporativo
A ALUNORTE desenvolve o maior Programa de Voluntariado de Barcarena –
ALUNORTE CIDADANIA - em parceria com o SESI e apoio de seus parceiros. Em 2009,
foram realizados 7.100 atendimentos à Comunidade em serviços de confecção de
documentos, atividades físicas, lazer, saúde, cortes de cabelo e odontologia, entre
outros. A ALUNORTE contou com a participação de 300 voluntários;
11
•
Realização da 4ª Campanha da Olimpíada Solidária, com arrecadação de mais de 20
mil itens, entre gêneros alimentícios, roupas, livros, materiais de higiene e limpeza
para a Pastoral do Menor de Barcarena.
Relacionamento com Stakeholders:
•
A ALUNORTE recebeu cerca de 1.500 visitantes ao longo do ano de 2009. Estiveram
na fábrica públicos de diversos segmentos, como representantes de comunidades
locais, estudantes, acionistas e familiares de empregados. As visitas são realizadas
dentro do programa ALUNORTE de Braços Abertos, que visa a reforçar o
relacionamento e a transparência entre a empresa e seus stakeholders.
Outras ações de Responsabilidade Social:
•
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•
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•
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•
Apoio aos empregados voluntários no desenvolvimento de atividades da capacitação
e sustentabilidade da comunidade de Barcarena;
Programa permanente de doação dos recursos obtidos com a venda dos cartuchos
vazios utilizados pelas impressoras da ALUNORTE para a Associação Voluntária de
Apoio a Oncologia – AVAO;
Participação na Associação das Empresas de Mineração de Barcarena (ASSEMB);
Instalação de EIC, Escola de Informática e Cidadania, na Pastoral do Menor de
Barcarena;
Convênio com o CDI, (Comitê para Democratização da Informática) para
acompanhamento das Escolas de Informática e Cidadania, já instaladas nas vilas de
Itupanema, Vila do Conde, Laranjal e São Francisco;
Apoio a diversos centros comunitários por meio de: doações de materiais e serviços,
apresentações culturais em eventos da fábrica e patrocínios;
Apoio a ONGs, iniciativas e projetos sociais da região;
Confecção de estufas para escolas e Universidade da Amazônia;
Participação nas reuniões do Conselho Tutelar;
Visitas periódicas aos Líderes Comunitários da região;
Visitas periódicas às Secretarias de Agricultura e Educação de Barcarena;
Participação no Projeto de Desenvolvimento de Abaetetuba, com o PNUD, ligado à
ONU.
Outras observações:
•
•
A ALUNORTE é a única empresa do seu segmento que possui uma estação própria
para tratar toda a água que entra em contato com a planta industrial - inclusive água
da chuva - liberando para o Rio Pará;
A revista ANEFAC, n° 137, de outubro de 2009, publicou que a ALUNORTE iniciou,
em caráter experimental, a pavimentação de ruas da fábrica com blocos cerâmicos
produzidos a partir da lama vermelha, principal resíduo do processo produtivo da
alumina.
12
Metas para o ano de 2010
Atuando em total sintonia com seus valores e alinhado à Visão de “Estar entre as Três
Melhores Refinarias de Alumina do Mundo nos Direcionadores de Sustentabilidade do
Negócio” e à Missão de “Produzir e fornecer alumina por meio do uso sustentável dos
recursos naturais, gerando consistentemente valor às partes interessadas”, as principais
metas da ALUNORTE para 2010 são:
• Consolidar a implantação do Sistema de Gestão de Segurança, Saúde e Meio
Ambiente, baseado na metodologia Dupont, a fim de reduzir ainda mais os acidentes
com empregados próprios;
• Reduzir o número de acidentes com empregados de empresas contratadas, através
de metodologia de empresa especializada em gerenciamento de terceiros;
• Aprimorar a sistemática de qualificação de segurança de fornecedores e prestadores
de serviço;
• Dar continuidade ao programa de Ergonomia;
• Dar continuidade ao programa de redução de ruído dos equipamentos e atividades;
• Garantir a manutenção dos índices do Sistema de Gestão Ambiental;
• Intensificar o reaproveitamento de resíduos;
• Garantir a produção e os índices técnicos previstos no orçamento 2010;
• Garantir a conformidade e a manutenção do Sistema de Gestão Integrado (SGI),
através do aprimoramento do Programa de formação de facilitadores e auditores
internos, e da capacitação de lideranças e staff;
• Consolidar o Sistema de Gestão alinhado às estratégias, visando à maximização da
geração de valor às partes interessadas;
• Aprimorar os programas de melhoria contínua e solução de problemas, como o
Seminário Interno de Oportunidades de Melhoria, Workshop de Engenharia e
Tecnologia e Six Sigma, objetivando redução de custo, aumento de produtividade e
melhorias operacionais;
• Implantar as ações mapeadas no Planejamento Estratégico, no que diz respeito às
ações para atrair e reter pessoas, promover um clima organizacional favorável,
aprimorar competências, habilidades e atitudes da base operacional e desenvolver
os líderes para uma organização de alta performance;
• Revisar o Planejamento Estratégico, aperfeiçoando os planos de ação e
desdobrando as metas até a base operacional;
• Consolidar a reestruturação da organização do turno, continuando com a
implantação das Equipes de Alta Performance;
• Reforçar e ampliar as ações de Comunicação Interna através da ampla divulgação
dos programas existentes e implementação de outros;
• Consolidar estratégias de Comunicação Empresarial através do relacionamento com
todos os stakeholders por meio do programa "ALUNORTE de Braços Abertos", do
relacionamento com a imprensa e também através da utilização intensa das mídias
internas existentes: TV corporativa, DIA, Alunews e Revista ALUNORTE;
• Intensificar os projetos de responsabilidade sociais já existentes, com ênfase em
ações de educação, capacitação e suporte para geração autossustentável de renda.
13
Barcarena, 09 de fevereiro de 2010.
Diretoria
Ricardo Rodrigues de Carvalho
Diretor Presidente
Daryush Albuquerque Khoshneviss
Diretor Industrial
Conselho de Administração
Tito Botelho Martins Junior
Presidente
Tor Ove Horstad
Conselheiro
João Carlos Ronchel Soares
Conselheiro
Yoshiaki Kurihara
Conselheiro
Seiichi Sato
Conselheiro
Kenichi Kibe
Conselheiro
14
Balanços Patrimoniais
Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais
Ativo
Notas
Circulante
Caixa e equivalentes de caixa
Provisão para hedge
Clientes
Partes relacionadas
Outros
Depósitos em garantia
Estoques
Impostos e contribuições a recuperar
Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos
Adiantamentos a fornecedores
Despesas antecipadas
Outros ativos
Não circulante
Realizável a longo prazo
Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos
Impostos e contribuições a recuperar
Depósitos judiciais
Outros ativos
Investimentos
Imobilizado
Intangível
Diferido
3
4
7
5
6
8
9
9
8
14
10
11
12
Total do ativo
2009
2008
33.213
188.885
34.783
225.455
361
13.848
315.578
48.507
994
1.402
2.533
3.939
274.077
645.830
1.126.193
187
352.584
13.921
682
476
243.815
12.256
405
367.374
256.952
107
5.209.894
5.598
64.913
98
5.300.280
4.515
76.085
5.647.886
5.637.930
6.293.716
6.764.123
14.581
491.571
113.903
1.361
557
1.089
5.386
__________________________________________________________________________
As notas explicativas da administração são partes integrantes das demonstrações contábeis.
15
Balanços Patrimoniais
Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais
Passivo e patrimônio líquido
Notas
Circulante
Fornecedores e empreiteiros
Partes relacionadas
Outros
Empréstimos e financiamentos
Partes relacionadas
Outros
Salários e encargos sociais
Impostos e contribuições
Dividendos propostos
Provisão para hedge
Outros passivos
2009
2008
7
69.819
103.343
142.577
182.137
7 e 13
13
37.365
3.974
7.485
16.499
55.395
27.640
733
52.342
20.394
8.366
4.033
14.829
322.253
424.798
914.822
539.772
29
480.014
1.519.050
629
1.454.623
1.999.693
1.799.621
1.167.544
1.799.621
1.167.544
2.967.165
2.967.165
38.046
1.511.629
38.651
1.333.816
4.516.840
4.339.632
6.293.716
6.764.123
15 (e)
16 (c)
Não circulante
Empréstimos e financiamentos
Partes relacionadas
Outros
Provisão para contingências
7 e 13
13
14 (a)
Patrimônio líquido
Capital social
Residentes no país
Residentes no exterior
Reservas de capital
Reservas de lucros
15 (b), (c)
Total do passivo e patrimônio líquido
120
____________________________________________________________________________________
As notas explicativas da administração são partes integrantes das demonstrações contábeis
16
Demonstrações do resultado
Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais, exceto lucro por ações
Trimestres (não auditados)
Notas
Exercício findo em
31 de dezembro
4T09
3T09
4T08
2009
2008
Receita bruta de vendas
Venda de produtos
Outras vendas de produtos e serviços
748.266
529
713.045
1.976
1.052.897
1.503
2.792.332
7.788
3.129.486
6.918
Impostos sobre vendas e outras deduções
748.795
(10.301 )
715.021
(14.108 )
1.054.400
(20.604 )
2.800.120
(48.562 )
3.136.404
(78.682 )
Receita líquida das vendas
738.494
700.913
1.033.796
2.751.558
3.057.722
(618.566 )
(659.268 )
119.928
41.645
Custo dos produtos vendidos e serviços
Resultado bruto
Receitas (despesas) operacionais
Com vendas e comerciais
Gerais e administrativas
Honorários dos administradores
Operação de hedge accounting - líquidas
Outras
17
17
17
17
17
Lucro (prejuízo)operacional antes do
resultado financeiro
Resultado financeiro
Despesas financeiras
Receitas financeiras
Operação de derivativos de alumínio - líquidas
Variações monetárias e cambiais - líquidas
18
18
18
18
Outras receitas e despesas
(7.441 )
(16.476 )
(192 )
Lucro líquido do período/exercício
Lucro líquido por ação
34.379
761.678
(2.352 )
(27.374 )
(70.139 )
(1.046 )
2.874
(3.004 )
(33.210 )
(72.423 )
(1.070 )
(34.296 )
(17.481 )
(30.971 )
(26.461 )
(3.719 )
(98.689 )
(158.480 )
88.957
15.184
276.004
(64.310 )
603.198
(46.649 )
6.989
(34.131 )
506.449
(58.954 )
16.749
71.955
(354.813 )
(325.063 )
(6.670 )
736
(34.131 )
34.226
143.716
(26.379 )
6.562
68.442
(321.554 )
(5.839 )
135.850
(272.929 )
432.658
(12 )
7
6
3.063
368.355
278.141
83.125
9 (c)
279.723
(2.296.044 )
(16.530 )
(19.555 )
(179 )
45.745
(13.200 )
(8.806 )
940
7
Lucro antes do Imposto de Renda e
da Contribuição Social
Imposto de Renda e Contribuição Social
Do exercício
Diferido
(7.071 )
(20.248 )
(190 )
2.874
(6.336 )
(754.073 ) (2.717.179 )
151.034
(39.580 )
718
(51.127 )
(195 )
11.519
1.248
(135.095 )
(657 )
(38.302 )
1.337
(38.862 )
(51.322 )
12.767
(135.752 )
(36.965 )
44.263
99.712
15.830
232.603
241.176
0,02
0,04
0,01
0,10
0,10
____________________________________________________________________________________
As notas explicativas da administração são partes integrantes das demonstrações contábeis.
17
Demonstrações das mutações do patrimônio líquido
Em milhares de reais
Reservas de capital
Saldos em 31 de dezembro de 2007
Capital
social
realizado
Ágio na
emissão
de ações
Subvenção
AFRMM
Ajustes de
avaliação
patrimonial
Incentivos
fiscais
Legal
Expansão/
investimentos
2.967.165
28.020
11.236
53.161
153.135
72.279
1.007.401
Realização de reserva:
Utilização do AFRMM na amortização de
financiamento de embarcações
Hedge accounting
Lucro líquido do exercício
Destinação dos lucros:
Reservas de incentivo fiscal
Reserva legal
Dividendos propostos
Reserva de lucros para
expansão/investimento
Saldos em 31 de dezembro de 2008
(605 )
44.453
12.059
44.489
2.967.165
28.020
10.631
197.588
84.338
11.630
166.183
28.020
(125.951 )
Total
4.166.446
10.026
197.588
95.968
241.176
(53.161 )
241.176
(44.453 )
(12.059 )
(14.829 )
(14.829 )
(44.489 )
1.051.890
(605 )
2.967.165
Lucros
(prejuízos)
acumulados
605
(53.161 )
Realização de reserva:
Utilização do AFRMM na amortização de
financiamento de embarcações
Lucro líquido do exercício
Destinação dos lucros:
Reserva legal
Dividendos propostos
Reserva de lucros para
expansão/investimento
Saldos em 31 de dezembro de 2009
Reservas de lucros
1.218.073
4.339.632
605
232.603
232.603
(11.630 )
(55.395 )
(55.395 )
(166.183 )
4.516.840
_________________________________________________________________________________________________
As notas explicativas da administração são partes integrantes das demonstrações contábeis..
18
Demonstrações dos fluxos de caixa
Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais
Trimestres (não auditado)
Fluxo de caixa proveniente das (aplicado nas) operações:
Lucro líquido do exercício
Ajustes para reconciliar o resultado do exercício com
os recursos provenientes (aplicado nas) atividades operacionais
Depreciação e amortização
Imposto de Renda e Contribuição Social diferidos
Reversão de operação de derivativo de alumínio não realizada, líquida
Operação com derivativos, líquidos
Reversão para hedge realizado
Provisão( reversão) para contingências
Variações monetárias e cambiais líquidas dos ativos e passivos
Despesas com juros de empréstimos
Valor residual do ativo imobilizado baixado por alienação
4T09
3T09
4T08
2009
2008
44.263
99.712
15.830
232.603
241.176
61.725
(718 )
61.622
195
38.798
(1.248 )
(74.390 )
253.305
657
142.104
(1.337 )
(125.951 )
27.640
2
(35.793 )
4.831
101.950
Redução (aumento) nos ativos
Clientes
Estoques
Depósitos em garantia
Impostos e contribuições a recuperar
Operações com hedge de alumínio
Adiantamento a fornecedores
Outros ativos
Exercício findo em
31 de dezembro
23.103
55.053
(2.834 )
17.065
(898 )
867
27.640
(600 )
(147.026 )
8.057
(34.783 )
(55 )
388.134
24.769
12
(600)
(523.784)
43.076
(34.783 )
(92 )
437.954
65.537
13
21.960
357.067
32.897
724.621
(20.710 )
38.460
(2.277 )
(20.361 )
13.921
(138.681 )
(8.527 )
(63.294 )
53.352
172.491
733
(40.593)
34.783
(845)
(388)
8.306
(255.883 )
13.932
(129.529 )
398
2.203
(35 )
6.363
1.470
(1.625 )
92.356
(2.287 )
(190.253 )
219.533
(363.329 )
(17.637 )
(22.604 )
(10.346 )
(29.519 )
(3.838 )
32.638
(8.158 )
(5.581 )
99.139
(2.267 )
(15.908 )
(3.516 )
(115.297)
11.585
(63.130)
(34.430)
47.123
1.052
(61.264 )
(7.922 )
(80.106 )
15.061
77.448
(201.272)
(21.011 )
114.200
34.734
244.262
51.158
340.281
(44.021 )
(2.082 )
(25.946 )
370
(78.516 )
(150.419)
(766)
(484.516 )
Recursos líquidos aplicado nas atividades de investimento
(46.103 )
(25.576 )
(78.516 )
(151.185)
(484.516 )
Fluxo de caixa proveniente das (aplicado nas)
atividades de financiamento:
Empréstimos captados a curto prazo – líquido
Pagamentos de empréstimos e financiamentos - LP
Dividendos pagos a acionistas
(55.068 )
29.624
(17.985 )
(139.625 )
(40.816)
(14.829)
443.697
(139.625 )
Recursos líquidos das atividades de financiamento
(69.897 )
11.639
(139.625 )
(55.645)
304.072
Aumento (redução) no caixa e equivalentes
(1.800 )
20.797
26.121
(155.672)
159.837
Disponibilidade no início do exercício
35.013
14.216
162.764
188.885
29.048
Disponibilidade no final do exercício
33.213
35.013
188.885
33.213
188.885
Transações que não envolvem caixa
Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido
Compensados com créditos fiscais
(60.226 )
(15.581 )
Aumento (redução) nos passivos
Contas a pagar a fornecedores e empreiteiros
Salários e encargos sociais a recolher
Juros pagos com empréstimos
Outros passivos
Recursos líquidos provenientes das atividades operacionais
Adições no imobilizado investimento
Depósitos judiciais
(14.829 )
(6.556 )
(121.487)
(74.332 )
____________________________________________________________________________________
As notas explicativas da administração são partes integrantes das demonstrações contábeis.
19
Demonstrações do valor adicionado
Exercícios findos em 31 de dezembro
Em milhares de reais
2009
Receitas
Vendas brutas de produtos e serviços
Receitas relativas à construção de ativos próprios
Outras despesas
Insumos adquiridos
Partes relacionadas
Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados
Materiais, energia e outros operacionais
Terceiros
Custo dos produtos vendidos e dos serviços prestados
Materiais, energia, serviços de terceiros e outros operacionais
(Perda)/recuperação de valores ativos
Valor adicionado bruto
Depreciação e amortização
Valor adicionado líquido produzido pela entidade
Valor adicionado recebido em transferência
Receitas financeiras e variações cambiais - líquidas
IR e CSLL diferidos
Valor adicionado total a distribuir
Distribuição do valor adicionado
Salário e encargos
Honorários de diretoria
Participação dos empregados nos resultados
Plano de aposentadoria e pensão
Pessoal e encargos
Federais
Estaduais
Municipais
Menos: incentivos fiscais
Impostos, taxas e contribuições
Juros e variações cambiais, líquidas
Operações com hedge realizada, líquida
Provisão (reversão) de operação de derivativo de alumínio não realizada, líquida
2008
2.800.120
165.752
(912 )
3.136.404
564.371
(10.641 )
2.964.960
3.690.134
(758.539 )
(36.428 )
(696.488 )
(88.313 )
(794.967 )
(784.801 )
(1.254.539 )
(788.993 )
1.079
(809.684 )
(1.383.374 )
(4.002 )
(2.042.453 )
(2.197.060 )
(2.837.420 )
(2.981.861 )
127.540
708.273
(253.305 )
(142.104 )
(125.765 )
566.169
(45.188 )
(657 )
96.059
1.337
(171.610 )
663.565
69.103
1.046
7.344
628
64.837
1.070
7.641
395
78.121
73.943
(10.005 )
9.736
1.402
(68.057 )
18.283
1.489
(44.453 )
1.133
(92.738 )
(514.724 )
3.617
27.640
478.843
88.292
(125.951 )
Financiadores
(483.467 )
441.184
Lucros retidos
232.603
241.176
(171.610 )
663.565
Valor adicionado distribuído
____________________________________________________________________________________
As notas explicativas da administração são partes integrantes das demonstrações contábeis.
20
Balanço Social
Exercícios findos em 31 de dezembro (informação adicional)
Em milhares de reais
2009
Base de cálculo
Receita bruta
Lucro (prejuízo) operacional antes do resultado financeiro
Remuneração bruta
Empregados
Terceiros
2.800.120
(64.310 )
2008
3.136.404
603.198
45.521
82.822
45.050
105.816
Indicadores laborais
Encargos sociais compulsórios
Alimentação
Transporte
Previdência privada
Saúde
Segurança e saúde no trabalho
Educação
Capacitação e desenvolvimento profissional
Participação dos trabalhadores nos resultados
Outros benefícios
18.769
8.183
4.787
628
5.364
2.497
4.045
231
7.344
1.297
16.714
7.305
3.915
395
4.549
4.385
4.587
760
8.361
2.329
Total - indicadores laborais
53.145
53.300
1.133
(92.738 )
Indicadores sociais
Tributos
Investimentos em cidadania
Projetos e ações sociais
Investimentos em meio ambiente
Operacionais
Outros projetos ambientais
Indicadores do corpo funcional
Número de empregados no final do exercício
Número de admissões durante o exercício
570
1.178
17.074
511
14.526
17.585
14.526
1.493
116
1.580
155
As notas explicativas da administração são partes integrantes das demonstrações contábeis.
21
Notas explicativas da administração às demonstrações
contábeis em 31 de dezembro de 2009 e de 2008
Em milhares de reais, exceto quando indicado
1
Contexto operacional
A ALUNORTE - Alumina do Norte do Brasil S.A. (ou a "Companhia") foi constituída em
junho de 1978, tendo por objetivo principal a industrialização de alumina, matéria-prima
na produção de alumínio. A Companhia entrou em operação em 1995, com a
capacidade de produção de 1.100 mil toneladas de alumina por ano.Em 1999, devido às
melhorias operacionais implantadas, a capacidade nominal plena foi redefinida,
passando para 1.500 mil toneladas/ano. Em abril de 2003 a Companhia concluiu o
Projeto de Expansão 1 de seu Parque Industrial, elevando a sua capacidade de
produção para 2.325 mil toneladas/ano e durante o ano de 2004 a produção atingiu
2.549 mil toneladas/ano. No 1º trimestre de 2006 entraram em operação as linhas 4 e 5
do Projeto de Expansão 2, tendo atingido a plena capacidade de produção, elevando
para 4.4 milhões de toneladas/ano a capacidade da planta. No 4º trimestre de 2008
entraram em produção as linhas 6 e 7 do Projeto de Expansão 3, tendo atingido a plena
capacidade de produção, elevando para 6,3 milhões de toneladas/ano a capacidade da
planta.
Em 2009 foram produzidas 5.910 mil toneladas e comercializadas 4.999 mil toneladas
no mercado externo e 957 mil toneladas no mercado interno, totalizando 5.956 mil
toneladas.
2
Apresentação das demonstrações financeiras e principais práticas contábeis
2.1
Apresentação das demonstrações financeiras
As demonstrações financeiras foram aprovadas pela Diretoria da Companhia em 9 de
fevereiro de 2010.
As demonstrações financeiras foram elaboradas e estão sendo apresentadas de acordo
com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com base nas disposições contidas na Lei
das Sociedades por Ações.
As principais práticas contábeis adotadas na elaboração destas demonstrações
correspondem as normas e orientações que estão vigentes para as demonstrações
financeiras encerradas em 31 de dezembro de 2009, que serão diferentes daquelas que
serão utilizadas para elaboração das demonstrações financeiras de 31 de dezembro de
2010, conforme descrito no item 2.3 a seguir.
Na elaboração das demonstrações financeiras, é necessário utilizar estimativas para
contabilizar certos ativos, passivos e outras transações.As demonstrações financeiras da
Companhia incluem, portanto, estimativas referentes à seleção das vidas úteis do ativo
imobilizado, provisões necessárias para passivos contingentes, determinações de
22
provisões para imposto de renda e outras similares. Os resultados reais podem
apresentar variações em relação às estimativas.
Conforme descrito na nota 2.2(b) (ii), a Companhia com o objetivo de aprimorar a
apresentação de suas demonstrações financeiras, alterou em 2009 a classificação no
resultado dos ganhos e perdas com valores justos referentes a instrumentos derivativos
utilizados para atividades de hedge.
2.2
Descrição das principais práticas contábeis adotadas
As principais práticas contábeis adotadas na elaboração dessas demonstrações
financeiras estão descritas a seguir:
(a)
Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros
investimentos de curto prazo de alta liquidez com vencimentos originais de três meses
ou menos, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e
que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor (Nota 3).
(b)
Instrumentos financeiros
(i) Classificação e mensuração
A Companhia classifica seus ativos financeiros sob as seguintes categorias: mensurados
ao valor justo por meio do resultado, empréstimos e recebíveis, mantidos até o
vencimento e disponíveis para venda. A classificação depende da finalidade para a qual
os ativos financeiros foram adquiridos. A administração determina a classificação de
seus ativos financeiros no reconhecimento inicial.
Valor justo
Os valores justos dos investimentos com cotação pública são baseados nos preços
atuais de compra. Para os ativos financeiros sem mercado ativo ou cotação pública, a
Companhia estabelece o valor justo através de técnicas de avaliação. Essas técnicas
incluem o uso de operações recentes contratadas com terceiros, a referência a outros
instrumentos que são substancialmente similares, a análise de fluxos de caixa
descontados e os modelos de precificação de opções que fazem o maior uso possível
de informações geradas pelo mercado e contam o mínimo possível com informações
geradas pela administração da própria entidade.
A Companhia avalia, na data do balanço, se há evidência objetiva de que um ativo
financeiro ou um grupo de ativos financeiros está registrado por valor acima de seu valor
recuperável (impairment). Se houver alguma evidência para os ativos financeiros
disponíveis para venda, a perda cumulativa - mensurada como a diferença entre o custo
de aquisição e o valor justo atual, menos qualquer perda por impairment desse ativo
23
financeiro previamente reconhecida no resultado - é retirada do patrimônio e
reconhecida na demonstração do resultado.
(ii) Instrumentos derivativos e atividades de hedge
Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um
contrato de derivativos é celebrado e são, subsequentemente, remensurados ao seu
valor justo, com as variações do valor justo lançadas contra o resultado, exceto quando
o derivativo for designado como um instrumento de hedge de fluxo de caixa.
A Companhia faz uso de derivativos com o objetivo de proteção, aplicando a chamada
contabilização de hedge (hedge accounting).
A Companhia com o objetivo de aprimorar a apresentação de suas demonstrações
financeiras, alterou em 2009 a classificação no resultado dos ganhos e perdas com
valores justos referentes a instrumentos derivativos utilizados para atividades de hedge.
Como resultado dessa alteração, os ganhos e perdas efetivos, quando realizados e
reclassificado de reserva específica no patrimônio líquido para o resultado do exercício,
passaram a ser apresentados como parte dos ganhos e perdas operacionais (vide nota
2.2 (p)). Os ganhos e perdas com valores justos determinados inefetivos, não são
reconhecidos no patrimônio líquido, mas diretamente no resultado. Variações de valores
justos com derivativos em atividades de hedge determinados inefetivos continuam a ser
apresentados como parte de ganhos e perdas não operacionais, sem alteração de
prática.
O valor justo dos instrumentos derivativos está divulgado na Nota 16.
(c)
Contas a receber de clientes
As contas a receber de clientes são avaliadas no momento inicial pelo valor presente e
deduzidas da provisão para créditos de liquidação duvidosa. A provisão para créditos de
liquidação duvidosa é estabelecida quando existe uma evidência objetiva de que a
Companhia não será capaz de cobrar todos os valores devidos de acordo com os prazos
originais das contas a receber. O valor da provisão é a diferença entre o valor contábil e
o valor recuperável (Nota 4).
(d)
Estoques
Os estoques são apresentados pelo menor valor entre o custo e o valor líquido
realizável. O custo é determinado usando-se o método da média ponderada móvel. O
custo dos produtos acabados e dos produtos em elaboração compreende matériasprimas, mão de obra direta, outros custos diretos e despesas gerais de produção
relacionadas (com base na capacidade operacional normal), exceto os custos dos
empréstimos tomados. O valor realizável líquido é o preço de venda estimado para o
curso normal dos negócios, deduzidos os custos de execução e as despesas de venda.
As importações em andamento são demonstradas ao custo acumulado de cada
importação (Nota 6).
24
(e)
Imposto de renda e contribuição social diferidos
O imposto de renda e a contribuição social diferidos são calculados sobre as
correspondentes diferenças temporárias entre as bases de cálculo do imposto sobre
ativos e passivos e os valores contábeis das demonstrações financeiras. As alíquotas
desses impostos, definidas atualmente para determinação desses créditos diferidos, são
de 25% para o imposto de renda e de 9% para a contribuição social (Nota 9).
Impostos diferidos ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o
lucro futuro tributável esteja disponível para ser utilizado na compensação das
diferenças temporárias e/ou prejuízos fiscais, com base em projeções de resultados
futuros elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em cenários econômicos
futuros que podem, portanto, sofrer alterações.
(f)
Depósitos judiciais
Os depósitos são atualizados monetariamente e apresentados como dedução do valor
de um correspondente passivo constituído quando não houver possibilidade de resgate
dos depósitos, a menos que ocorra desfecho favorável da questão para a entidade (Nota
14(a)).
(g)
Conversão em moeda estrangeira
As transações em moeda estrangeira são convertidas para reais usando-se as taxas de
câmbio em vigor nas datas das transações. Os saldos das contas de balanço são
convertidos pela taxa cambial da data do balanço. Ganhos e perdas cambiais
resultantes da liquidação dessas transações e da conversão de ativos e passivos
monetários denominados em moeda estrangeira são reconhecidos na demonstração do
resultado.
(h)
Imobilizado
Imóveis e bens em operação, instalações e sistemas operacionais, equipamentos
autônomos, veículos, encargos capitalizados e outros, compreendem principalmente
fábricas e escritórios e são demonstrados pelo custo histórico de aquisição, corrigidos
monetariamente até 31 de dezembro de 1995.
A depreciação é calculada pelo método linear, de acordo com as taxas divulgadas na
Nota 10. Terrenos não são depreciados.
Ganhos e perdas em alienações são determinados pela comparação dos valores de
alienação com o valor contábil e são incluídos no resultado. Quando os ativos
reavaliados são vendidos, os valores incluídos na reserva de reavaliação são
transferidos para lucros acumulados.
25
Os custos dos encargos sobre empréstimos tomados para financiar a construção do
imobilizado são capitalizados durante o período necessário para executar e preparar o
ativo para o uso pretendido.
Reparos e manutenção são apropriados ao resultado durante o período em que são
incorridos. O custo das principais renovações é incluído no valor contábil do ativo no
momento em que for provável que os benefícios econômicos futuros que ultrapassarem
o padrão de desempenho inicialmente avaliado para o ativo existente fluirão para a
Companhia. As principais renovações são depreciadas ao longo da vida útil restante do
ativo relacionado.
(i)
Intangíveis
Programas de computador (softwares)
Licenças adquiridas de programas de computador (softwares) são capitalizadas e
amortizadas ao longo de sua vida útil estimada, pelas taxas descritas na Nota 11.
Os gastos associados ao desenvolvimento ou à manutenção de softwares são
reconhecidos como despesas na medida em que são incorridos. Os gastos diretamente
associados a softwares identificáveis e únicos, controlados pela Companhia e que,
provavelmente, gerarão benefícios econômicos maiores que os custos por mais de um
ano, são reconhecidos como ativos intangíveis.
(j)
Diferido
O diferido, formado até 31 de dezembro de 2008, principalmente por despesas préoperacionais, é amortizado no período de até dez anos (Nota 12).
(k)
Redução ao valor recuperável de ativos
O imobilizado e outros ativos não circulantes, inclusive os ativos intangíveis, são revistos
anualmente para se identificar evidências de perdas não recuperáveis, ou ainda, sempre
que eventos ou alterações nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não
ser recuperável. Quando este for o caso, o valor recuperável é calculado para verificar
se há perda. Quando houver perda, ela é reconhecida pelo montante em que o valor
contábil do ativo ultrapassa seu valor recuperável, que é o maior entre o preço líquido de
venda e o valor em uso de um ativo.Para fins de avaliação, os ativos são agrupados no
menor grupo de ativos para o qual existem fluxos de caixa identificáveis separadamente.
(l)
Provisões para contingências
As provisões são reconhecidas quando a Companhia tem uma obrigação presente, legal
ou não formalizada, como resultado de eventos passados e é provável que uma saída
de recursos seja necessária para liquidar a obrigação e uma estimativa confiável do
valor possa ser feita.
26
Provisões para contingências relacionadas a processos trabalhistas, tributários e cíveis
nas instâncias administrativas e judiciais, são reconhecidas com base nas opiniões dos
assessores legais e melhores estimativas da Administração sobre o provável resultado
dos processos pendentes na data do balanço (Nota 14).
(m)
Benefícios a funcionários
Participação nos resultados e bônus
O reconhecimento desta participação é usualmente efetuado quando do encerramento
do exercício, momento em que o valor pode ser mensurado de maneira confiável pela
Companhia.
(n)
Empréstimos
Os empréstimos tomados são reconhecidos, inicialmente, pelo valor justo, no
recebimento dos recursos, líquidos dos custos de transação. Em seguida, os
empréstimos tomados são apresentados pelo custo amortizado, isto é, acrescidos de
encargos e juros proporcionais ao período incorrido ("pro rata temporis").
(o)
Reconhecimento de receita
A receita compreende o valor presente pela venda de produtos e serviços. A receita pela
venda de produtos é reconhecida quando os riscos significativos e os benefícios de
propriedade dos produtos são transferidos para o comprador. A Companhia adota como
política de reconhecimento de receita, portanto, a data em que o produto é entregue ao
comprador. A receita pela prestação de serviços é reconhecida tendo como base a
etapa de execução dos serviços realizados até a data-base do balanço, de acordo com
porcentagem do total de serviços a serem realizados, na medida em que todos os custos
relacionados aos serviços possam ser mensurados confiavelmente.
A receita decorrente de incentivos fiscais de Adicional de Frete para renovação da
Marinha Mercante - AFRMM, recebida na forma de ativo monetário, é reconhecida no
resultado do exercício, de maneira sistemática, ao longo do período correspondente às
despesas incorridas de R$ 605, objeto de compensação desse incentivo. Não há
condições estabelecidas a serem cumpridas pela Companhia que pudessem afetar o
reconhecimento da receita no resultado do exercício.
(p)
Reclassificação de informação comparativa de 2008
Em conexão com a alteração de prática contábil efetuada pela Companhia em 2009,
conforme descrito na nota 2.2 (b) (ii), e de forma a proporcionar comparabilidade das
demonstrações contábeis apresentadas, foram efetuadas certas reclassificações entre
linhas nos saldos das demonstrações do resultado do exercício de 2008.
Para melhor comparabilidade das demonstrações contábeis foram efetuadas
reclassificações nos saldos da demonstração do resultado do exercício de 2008. Como a
27
Companhia faz uso de derivativos com o objetivo de proteção, aplicando a chamada
contabilização de hedge (hedge accounting), as operações realizadas e efetivas com
hedge de alumínio foram reclassificados do resultado financeiro em "Operações de
derivativos - líquidas" para despesa operacional, com a seguinte descrição "Operações
de hedge accounting - líquidas".
O quadro a seguir apresenta os valores originalmente publicados e as alterações
efetuadas:
Valor
publicado
Despesas operacionais
Operações de hedge accounting - líquidas
2.3
Resultado financeiro
Operações de derivativos - líquidas
37.659
Derivativos - líquidas
37.659
Valor
reclassificado
Saldo
ajustado
(34.296 )
(34.296 )
34.296
71.955
37.659
Normas e interpretações de normas que ainda não estão em vigor
As normas e interpretações de normas relacionadas a seguir, foram publicadas e são
obrigatórias para os exercícios sociais iniciados em ou após 1º de janeiro de 2010. Além
dessas, também foram publicadas outras normas e interpretações que alteram as
práticas contábeis adotadas no Brasil, dentro do processo de convergência com as
normas internacionais. As normas a seguir são apenas aquelas que poderão (ou
deverão) impactar as demonstrações financeiras da Companhia de forma mais
relevante. Nos termos dessas novas normas, as cifras do exercício de 2009, aqui
apresentadas, deverão ser reapresentadas para fins de comparação, quando da
apresentação das demonstrações financeiras do exercício findo em 31 de dezembro de
2010. A Companhia não adotou antecipadamente essas normas no exercício findo em
31 de dezembro de 2009.
(a)
Pronunciamentos
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
CPC 16 - Estoques
CPC 20 - Custos de empréstimos
CPC 23 - Políticas contábeis, mudança de estimativa e retificação de erros
CPC 24 - Eventos subsequentes
CPC 25 - Provisões, passivos e ativos contingentes
CPC 26 - Apresentação das demonstrações financeiras
CPC 27 - Ativo imobilizado
CPC 30 - Receitas
CPC 32 - Tributos sobre o lucro
CPC 33 - Benefícios a empregados
CPC 38 - Instrumentos financeiros: reconhecimento e mensuração
CPC 39 - Instrumentos financeiros: apresentação
28
CPC 40 - Instrumentos financeiros: evidenciação
Interpretações
•
(b)
•
•
•
•
3
ICPC 07 - Distribuição de dividendos in natura
ICPC 08 - Contabilização da proposta de pagamento de dividendos
ICPC 09 - Demonstrações financeiras individuais, separadas, consolidadas e
aplicação
ICPC 10 - Esclarecimentos sobre os CPC 27 e CPC 28
Caixa e equivalentes de caixa
Caixa e bancos
Aplicações financeiras vinculadas ao CDI
4
2008
17.613
15.600
27.173
161.712
33.213
188.885
2009
2008
45.925
179.891
42.893
231.184
225.816
274.077
Contas a receber de clientes
Clientes no País
Clientes no exterior
5
2009
Depósitos em garantias
Empréstimo ING Bank Capital LLC
Refere-se a garantia de pagamento do principal e juros do empréstimo junto ao ING
Bank Capital LLC. O valor é retido mensalmente dos faturamentos dos clientes Vale
International S.A. e Hydro Aluminium ASA, com rendimentos mensais. Os valores são
resgatados nos meses de julho e janeiro de cada ano com a finalidade de pagamento de
principal e juros até a data final de liquidação do empréstimo em julho de 2013.
Atualmente somente os juros estão sendo liquidados. O principal será pago a partir de
janeiro de 2011.
Mercado de Energia
Conta vinculada a movimentações financeiras, no mercado atacadista de energia.
Mercado de energia - Bradesco
Empréstimos - ING capital LLC
29
2009
2008
9.085
4.763
14.581
13.848
14.581
6
Estoques
2009
Produtos acabados
Produtos em processo
Matéria-prima
Materiais auxiliares
Importação em andamento
Materiais em trânsito no país
Provisão para ajuste ao valor de mercado
Provisão para obsolescências
2008
8.361
93.591
109.391
47.060
31.980
28.118
32.750
116.049
210.205
53.206
38.500
44.863
(2.974 )
(1.028 )
(2.923 )
315.578
7
491.571
Partes relacionadas
Os saldos destas contas estão representados por valores a receber e/ou a pagar
relativos a transações comerciais, que têm como base o valor de mercado das
commodities correspondentes, bem como por financiamentos remunerados pelas taxas
mencionadas na Nota 13, com prazos de resgate variáveis.
2009
Vale S.A.
Albras - Alumínio Brasileiro S.A.
Vale International S.A.
Nippon Amazon Aluminium Co. Ltd. - NAAC
Mineração Rio Norte S.A. - MRN
Valesul Alumínio S.A.
Companhia Brasileira de Alumínio - CBA
Norsk Hydro Aluminium
Brasil Investment B.V.
Votorantim GMBH
Norsk Hydro N.V.
Mitsui & Co. Ltd.
Japan ALUNORTE Investment Co.
Mitsubishi Corporation
CBA Overseas Trading Co. Ltd.
Hydro Aluminium ASA
Norsk Hydro Produksjon A. S.
Companhia de Alumina do Pará - CAP
2008
Ativo
Passivo
Ativo
Passivo
16.228
21.733
46.675
116.351
61
592.243
1.402
38.640
12.953
29.940
90.925
186.383
373
119
358
81.575
9
7.717
2.026
9
2
19.339
306.214
1.190
291
133.265
7
17
38
225.651
1.077.795
555
5.451
16.290
10.788
113.521
10
2
274.440
414.204
215
74
89
317
49
689.762
Esses saldos com partes relacionadas estão incluídos nas seguintes contas do balanço
patrimonial:
30
2009
Ativo
Ativo circulante
Clientes
Outros
Passivo circulante
Empréstimos e financiamentos
Fornecedores e empreiteiros
Dividendos propostos
Exigível a longo prazo
Empréstimos e financiamentos
Outros
Passivo
225.455
196
2008
Ativo
Passivo
274.077
363
225.651
37.365
69.819
55.395
52.342
142.577
14.829
914.822
394
480.014
1.077.795
274.440
689.762
Os resultados obtidos com as transações comerciais e financeiras com partes
relacionadas são os seguintes:
Trimestre (não auditado)
4T09
Venda de alumina:
Albras - Aluminio Brasileiro S.A.
Vale International S.A.
Vale S.A
Hydro Aluminium ASA
Glencore International A.G.
CBA - Companhia Brasileira de Alumínio
CBA - Overseas Trading Co. Ltd.
Mitsui and Co.Metals Ltd.
Mitsui and Co. Ltd.
Mitsubishi Corporation
Mitsui Bussan Metals Sales Ltd.
Votorantim GMBH
Compra de matéria-prima e energia
Vale S.A. (Mineradora Bauxita
Paragominas)
Mineração Rio Norte S.A. - MRN
Vale do Rio Doce Energia S.A.
Serviços
Albras - Aluminio Brasileiro S.A.
Outras
Albras - Aluminio Brasileiro S.A.
Vale International S.A.
Hydro Aluminium ASA
Mitsui and Co. Ltd.
Mitsubishi Corporation
Vale S.A.
Financeiras e variações monetárias e
cambiais:
Vale S.A.
Nork Hydro N.V.
Hydro Aluminium ASA
Vale International S.A.
CBA - Overseas Trading Co. Ltd.
Mitsui and Co. Ltd.
Mitsubishi Corporation
Votorantim GMBH
3T09
Despesa
4T08
Receita
Despesaa Receita
62.547
293.704
45.315
310.686
61.690
326.812
43.410
232.787
140.650
396.608
16.810
422.813
16.839
12.619
10.435
25.245
21.564
17.613
Receita
Despesa
16.668
12.539
5.545
17.171
(87.797 )
(87.219)
(6.473)
258
(78.002 )
(75.658 )
(7.318 )
85
(353)
(465)
(1.070 )
(365 )
(465 )
6
3
2
10
935
6.372
4.762
9.796
22.907
579
(135.612 )
(146.734 )
(6.132 )
(320 )
27
(3.850 )
3
(510 )
(158)
304
161
(22.351 )
(79.393 )
(10.154 )
(909 )
30.739
26.863
2.172
(378 )
301
(171)
763.377
31
(182.636) 739.976
(172.871 )
1.112.114
(395.462 )
Exercício findo em 31 de dezembro
2009
Receita
Venda de alumina:
Albras - Aluminio Brasileiro S.A.
Vale International S.A.
Vale S.A.
Hydro Aluminium ASA
Glencore International A.G.
CBA - Companhia Brasileira de Alumínio
CBA - Overseas Trading Co. Ltd.
Mitsui and Co.Metals Ltd.
Mitsui and Co. Ltd.
Mitsubishi Corporation
Votorantim GMBH
Compra de matéria-prima e energia
Vale S.A. (Mineradora Bauxita Paragominas)
Mineração Rio Norte S.A. - MRN
Vale do Rio Doce Energia S.A.
Serviços
Albras - Aluminio Brasileiro S.A.
Outras
Albras - Aluminio Brasileiro S.A.
Vale International S.A.
CBA - Companhia Brasileira de Alumínio
Hydro Aluminium ASA
Mitsui and Co. Ltd.
Mitsubishi Corporation
Vale S.A.
Financeiras e variações monetárias e cambiais:
Vale S.A.
Glencore International A.G.
Nork Hydro N.V.
Hydro Aluminium ASA
Vale International S.A.
CBA - Overseas Trading Co. Ltd.
Mitsui and Co. Ltd.
Mitsubishi Corporation
Votorantim GMBH
2008
Despesa
Receita
257.699
1.259.595
143.452
963.541
Despesa
536.294
1.252.512
59.537
1.076.891
6.374
80.228
40.808
44.638
39.857
21.075
28.602
12.289
17.171
46.591
21.819
(344.833 )
(413.707 )
(36.428 )
(311.926 )
(422.121 )
(40.128 )
406
(4.949 )
(1.559 )
(1.208 )
27
2
5
11
13
7
(6.339 )
3
3
1.835
(1.792 )
21.724
(33.062 )
(167 )
74.715
(16.457 )
(2.724 )
(736 )
(17 )
(171 )
2.884.800
(818.424 )
(79.393 )
41.447
40.795
3.525
(438 )
(134 )
3.207.952
(899.126 )
Os valores referentes a estas transações estão incluídos nas seguintes contas da
demonstração do resultado:
Trimestre (não auditado)
4T09
Venda de produtos
Custo dos produtos vendidos
Resultado financeiro líquido
Variações monetárias e cambiais líquidas
Outras
3T09
4T08
Exercício findo em
31 de dezembro
2009
2008
747.036
(181.489 )
(1.389 )
17.132
(549 )
710.137
(160.978)
(2.037)
20.718
(735)
1.052.897
(289.548 )
(6.468 )
(35.579 )
(4.650 )
2.787.919
(794.968 )
(11.812 )
88.146
(2.909 )
3.121.054
(779.124 )
(9.901 )
(17.526 )
(5.677 )
580.741
567.105
716.652
2.066.376
2.308.826
32
(ii)
Remuneração do pessoal-chave da administração
O pessoal-chave da administração inclui os diretores:
Honorários de diretoria
8
2009
2008
(1.046)
(1.070)
(1.046)
(1.070)
2009
2008
1.650
4.984
297.531
68.339
9.766
18.821
1.711
3.267
272.972
53.706
8.919
17.143
401.091
357.718
48.507
352.584
113.903
243.815
401.091
357.718
Impostos e contribuições a recuperar
Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI
Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF
Contribuição para Financiamento da Seguridade Social - COFINS
Programa de Integração Social - PIS
Imposto de Renda Pessoa Jurídica - IRPJ
Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL
Circulante
Realizável a longo prazo
Em conexão com a previsão orçamentária, estimamos que os créditos de impostos a
recuperar no circulante, serão realizados no ano de 2010.
Os créditos de PIS e COFINS são oriundos principalmente de compras de matériasprimas, serviços, energia elétrica e imobilizado.
9
Imposto de renda e contribuição social
(a)
Composição do imposto de renda e contribuição social diferidos
Os saldos de ativos e passivos diferidos apresentam-se como segue:
Diferido ativo
Diferenças temporárias
Provisão para contingências
Provisão para perdas em ativos
Circulante
Não circulante
33
2009
2008
10
1.171
214
1.623
1.181
1.837
994
187
1.361
476
1.181
1.837
(b)
Período estimado de realização
Os valores dos ativos, líquidos dos passivos fiscais diferidos, apresentam as seguintes
expectativas de realização:
Valor líquido dos créditos
Ano
2009
2008
2009
2010 em diante
1.181
1.361
476
1.181
1.837
Como a base tributável do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro
líquido decorre não apenas do lucro que pode ser gerado, mas também da existência de
receitas não tributáveis, despesas não dedutíveis, incentivos fiscais e outras variáveis,
não existe uma correlação imediata entre o lucro líquido da Companhia e o resultado de
imposto de renda e contribuição social. Portanto, a expectativa da utilização dos créditos
fiscais não deve ser tomada como único indicativo de resultados futuros da Companhia.
(c)
Reconciliação da despesa de imposto de renda e contribuição social
A reconciliação entre a despesa de imposto de renda e de contribuição social pela
alíquota nominal e pela efetiva está demonstrada a seguir:
Trimestre (não auditado)
Lucro antes do imposto de renda e da
contribuição social
Alíquota combinada do imposto de renda e
da contribuição social
Imposto de renda e contribuição social
às alíquotas da legislação
Exercício findo em
31 de dezembro
4T09
3T09
4T08
2009
2008
83.125
151.034
3.063
368.355
278.141
34%
34%
34%
34%
34%
(28.263 )
Ajustes que afetaram o cálculo dos tributos:
Incentivo fiscal
Adições - itens permanentes
Operações de hedge realizado
Operações de hedge não realizado
Outros
(51.352 )
(1.041 )
(125.241 )
(13.531 )
(1.230 )
(9.398 )
29
30
(94.568 )
44.453
1.705
25.293
341
(1.230 )
(9.398 )
117
(30.019 )
42.823
346
Imposto de renda e contribuição social
no resultado do período/exercício
(38.862 )
(51.322 )
12.767
(135.752 )
(36.965 )
Do exercício
(39.580 )
(51.127 )
11.519
(135.095 )
(38.302 )
(195 )
1.248
(657 )
Diferido
718
34
1.337
(d)
Incentivos fiscais - subvenção para investimentos
A Companhia obteve da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia - SUDAM
isenção de 100% do imposto de renda para uma produção limitada a 800 mil
toneladas/ano de alumina, pelo período de dez anos a partir do primeiro ano de geração
de resultados tributáveis, que ocorreu em 2000 com término previsto para 2009. A
Companhia obteve também da SUDAM uma redução de 75% sobre uma produção
maior que 800 mil toneladas/ano limitada até 3.200 mil toneladas/ano para o período do
ano de 2000 a 2009 e outra redução 75% da produção maior que 3.200 mil
toneladas/ano limitada até 4.800 mil toneladas/ano para o período de 2007 a 2016. Em
31 de dezembro de 2009, a Companhia não usou esta subvenção.
Quando aplicável as subvenções e assistências governamentais são registradas
contabilmente em conta destacada da demonstração do resultado e submetidas à
Assembléia dos acionistas para aprovação de sua destinação.
(e)
Regime tributário de transição
O Regime Tributário de Transição (RTT) terá vigência até a entrada em vigor de lei que
discipline os efeitos fiscais dos novos métodos contábeis, buscando a neutralidade
tributária.
O regime é optativo nos anos-calendário de 2008 e de 2009, respeitando-se: (i) aplicar
ao biênio 2008-2009, não a um único ano-calendário; e (ii) manifestar a opção na
Declaração de Informações Econômico-Financeiras da Pessoa Jurídica (DIPJ).
A Empresa optou pela adoção do RTT em 2008. Consequentemente, para fins de
apuração do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido dos
exercícios findos em 2009 e 2008, a Companhia utilizou das prerrogativas definidas no
RTT.
35
10
Imobilizado
(a)
Composição do saldo
Imóveis e
bens em
operação
Instalações
e sistemas
operacionais
Equipamentos
autônomos
Veículos
Encargos
capitalizados
Outros
Total em
operação
1.717
339.584
41.220
2.906.162
86.919
(12.947 )
11.645
(1 )
(7.823 )
2.398.642
(13 )
(141.827 )
Obras em
andamento
Saldos em 31 de dezembro de 2007
Aquisição
Transferência
Alienação
Depreciação
302.396
2.137.821
83.424
467.437
1.054.298
777.657
Saldos em 31 de dezembro de 2008
756.559
3.115.297
830.774
1.737
413.556
45.041
5.162.964
137.316
5.300.280
Custo total
Depreciação acumulada
785.345
(28.786 )
3.548.739
(433.442 )
894.282
(63.508 )
4.305
(2.568 )
583.079
(169.523 )
105.384
(60.343 )
5.921.134
(758.170 )
137.316
6.058.450
(758.170)
Valor residual
756.559
3.115.297
830.774
1.737
413.556
45.041
5.162.964
137.316
5.300.280
Saldos em 31 de dezembro de 2008
Aquisição
Transferência
Depreciação
756.559
3.115.297
830.774
1.737
413.556
45.041
5.162.964
5.300.280
146.729
(14.577 )
6.973
(5.604 )
137.316
146.729
(170.804 )
Saldos em 31 de dezembro de 2009
745.004
2.903.262
1.001.627
1.371
398.979
46.410
5.096.653
113.241
5.209.894
Custo total
Depreciação acumulada
789.643
(44.639 )
3.424.934
(521.672 )
1.177.413
(175.786 )
4.512
(3.141 )
583.079
(184.100 )
112.356
(65.946 )
6.091.937
(995.284 )
113.241
6.205.178
(995.284)
Valor residual
745.004
2.903.262
1.001.627
1.371
398.979
46.410
5.096.653
113.241
5.209.894
2.5
2.6
10
20
2.5
12.88
Taxas médias anuais de depreciação - %
(13.274 )
4.298
(15.853 )
(76.822 )
(123.805 )
(88.230 )
(30.307 )
283.131
(112.278 )
686
(12 )
(654 )
207
(573 )
170.804
(237.115 )
1.971.587
564.371
(2.398.642 )
Imobilizado
total
4.877.749
564.371
(13)
(141.827)
(237.115)
O ativo imobilizado da Companhia está integralmente localizado no Brasil e é empregado exclusivamente nas operações relacionadas à alumina. A
administração da Companhia entende que tal ativo imobilizado é plenamente recuperável através do fluxo de caixa das operações futuras.A formação do
imobilizado em curso representa o custo do investimento com a expansão da ALUNORTE, conforme Nota 1.
36
(b)
Outras informações
A depreciação do período, alocada ao custo de produção e às despesas, monta a
R$ 236.077 (2008 R$ 41.103) e R$ 1.038 (2008 R$ 724), respectivamente.
11
Intangível
Softwares
adquiridos
Saldos em 31 de dezembro de 2007
Amortização
6.051
(1.536 )
Saldos em 31 de dezembro de 2008
4.515
Custo total
Amortização acumulada
8.664
(4.149 )
Valor residual
4.515
Saldos em 31 de dezembro de 2008
Aquisição
Amortização
4.515
3.689
(2.606 )
Saldos em 31 de dezembro de 2009
5.598
Custo total
Amorização acumulada
12.353
(6.755 )
Valor residual
5.598
Taxa anual de amortização - %
20
37
12
Diferido
Despesas
pré-operacionais
Saldos em 31 de dezembro de 2007
Amortização
87.257
(11.172 )
Saldo em 31 de dezembro de 2008
76.085
Custo total
Amortização acumulada
289.296
(213.211 )
Valor residual
76.085
Saldos em 31 de dezembro de 2008
Amortização
76.085
(11.172 )
Saldo em 31 de dezembro de 2009
64.913
Custo total
Amortização acumulada
289.296
(224.383 )
Valor residual
64.913
Taxas anuais de amortização - %
20
Conforme permitido pela Medida Provisória nº 449/08 (convertida na Lei nº 11.941/09) e
pelo CPC 13, o saldo remanescente do ativo diferido em 31 de dezembro de 2008, que
não pôde ser alocado ao ativo imobilizado e intangível, permanecerá no ativo sob essa
classificação até sua completa amortização, porém sujeito à análise periódica de sua
recuperação.
38
13
Empréstimos e financiamentos
2009
2008
Curto
prazo
Longo
prazo
Curto
prazo
Longo
prazo
34.824
1.494
17.412
46.740
1.302
70.110
36.318
17.412
48.042
70.110
No País
Vale S.A.
Principal - Vencível entre março de 2010
e março de 2011(equivalentes a US$ 30
milhões em 2009 e US$ 50 milhões em 2008)
Encargos
No exterior
Japan Bank for International Corporation - JBIC
Principal - U$ 340 milhões assumidos pela Vale S.A.
em dezembro de 2009 (equivalentes a
US$ 340 milhões em 2008)
Encargos
794.580
8.336
Norsk Hydro N.V.
Principal - Vencíveis entre abril de 2011 e outubro de 2020
(equivalentes a US$ 175 milhões em 2009 e
US$ 173 milhões em 2008)
Encargos
812
Ing Capital LLC
Principal - Vencíveis entre janeiro de 2011 e julho de 2013
(equivalentes a US$ 310 milhões em 2009 e
US$ 310 milhões em 2008)
Encargos
3.974
Vale Internacional
Principal - Vencíveis entre abril de 2011 e outubro de 2020
(equivalentes a US$ 340 milhões em 2009)
Encargos
235
305.402
409.904
4.300
539.772
724.470
12.058
592.008
5.021
1.437.182
24.694
1.928.954
41.339
1.454.594
72.736
1.999.064
Os empréstimos e financiamentos estão sujeitos a variação monetária e cambial,
acrescida de juros. Os vencimentos anuais classificados a longo prazo em 31 de
dezembro são os seguintes:
Vencimentos
2010
2011
2012
2013
2014
2015 em diante
39
2009
2008
287.075
269.663
269.663
89.740
538.453
46.740
385.308
361.938
361.938
120.448
722.692
1.454.594
1.999.064
Os empréstimos e financiamentos em aberto em 31 de dezembro de 2009 estavam
sujeitos a juros anuais, entre 1,75% a 2,90%.
(a)
Garantias
Em dezembro de 2006, a Companhia celebrou um contrato de financiamento com Japan
Bank for International Corporation - JBIC e Norsk Hydro N.V. no valor total de
US$ 340,000 e US$ 175,398, respectivamente, com o objetivo de financiar parte de seus
investimentos para o novo projeto de expansão - Projeto de Expansão 3. O total desses
empréstimos somavam US$ 515,398.
Em 31 de dezembro de 2009 os saldos de empréstimos com a Norsk Hydro N.V.
totalizavam de US$ 175,398.
De acordo com as cláusulas contratuais dos empréstimos junto ao JBIC, os pagamentos
de principal e juros ocorreriam semestralmente. A primeira parcela do principal teria
vencimento em Abril de 2011 e a última em Outubro de 2020. A primeira parcela dos
juros teve início em Abril de 2007 e encerraria em Outubro de 2020. Em 2009, face a
reestruturação financeira da Companhia, a administração decidiu pela extinção do
contrato mantido junto ao JBIC e a Vale S.A. assumiu a dívida e as garantias mantidas
com essa instituição financeira. Em contrapartida, a Companhia assumiu uma dívida de
pré-pagamento de exportação junto a Vale International S.A. com as mesmas
características mantidas com a anterior instituição financeira, JBIC.
A garantia atrelada ao contrato de empréstimo junto ao JBIC foi extindo com a assunção
da dívida pela Vale S.A. Uma nova garantia foi dada a Vale S.A. pelos acionistas da
ALUNORTE, de acordo com o percentual de participação acionária: Companhia
Brasileira de Alumínio - CBA (3,62%), Nippon Amazon Aluminium Co. Ltd. - NAAC
(2,59%), Mitsui & Co. Ltd. (2,19%) e Japan ALUNORTE Investment Co. - JAIC (0,54%).
Os contratos de financiamento com a Vale International, Norsk Hydro e ING Capital LLC
impõem certas limitações de eventos de penhora, fusão ou inadimplência.
Os pagamentos de juros dos empréstimos mantidos pela companhia junto ao ING são
mantidos em conta garantida (Vide Nota 5).
(b)
Acordo de financiamento
A Companhia firmou acordo com a Vale S.A. em dezembro de 1996, no qual a Vale
repassaria à Companhia o financiamento obtido da Nippon Amazon Aluminium Co. Ltd. NAAC, através de fundos do Export Import Bank of Japan, a quantia em reais
equivalentes a US$ 200 milhões, com prazos idênticos àqueles negociados entre Vale e
NAAC. Tal acordo estipula amortização da dívida em vinte parcelas semestrais, iguais e
consecutivas, vencíveis em 20 de março e 20 de setembro de cada ano, com início em
40
2001 e término em 2011. O saldo desse financiamento em 31 de dezembro de 2009 era
o equivalente a US$ 30 milhões.
(c)
Financiamento para Projeto de Expansão 2
Em 29 de julho de 2004, foram assinados contratos com os Bancos GKA Facility, GIEK
Facility e NIB Facility, no valor de US$ 200 milhões, US$ 80 milhões e US$ 30 milhões
respectivamente, totalizando US$ 310 milhões, liberados até 31 de janeiro de 2007.
Em 30 de junho de 2006, houve o refinanciamento desses contratos com o ING
CAPITAL LLC no mesmo total. O pagamento dos juros será semestral de janeiro de
2007 até julho de 2013. A parte relativa ao principal será amortizada em 6 parcelas
semestrais de janeiro de 2011 a julho de 2013.
(d)
Financiamento para Projeto de Expansão 3
Em 21 de dezembro de 2006 foi contratada uma nova linha de crédito junto ao Japan
Bank for International Corporation - JBIC e Norsk Hydro N.V. no valor de US$ 340,0
milhões, e US$ 175.4 milhões, respectivamente, totalizando US$ 515.4 milhões, com a
finalidade de financiar parte da expansão 3 da ALUNORTE, que elevará a sua
capacidade para 6,3 milhões de toneladas anuais. Esse contrato terá carência de 4
anos, o principal será amortizado em 20 parcelas semestrais de abril de 2011 a outubro
de 2020 e o pagamento dos juros será semestral a partir de abril de 2007 a outubro de
2020. Até 31 de dezembro de 2008, foram liberados US$ 340.0 milhões pelo Japan
Bank for International Corporation - JBIC e US$ 175,4 milhões pela Norsk Hydro N.V.
totalizando US$ 515.4 milhões.Em função da reestruturação que a Companhia passou
em 2009, o contrato com o JBIC foi assumido pela Vale S.A.
14
Obrigações contratuais e contingências
(a)
Nas datas das demonstrações financeiras, a Companhia apresentava os seguintes
passivos, e correspondentes depósitos judiciais, relacionados a contingências:
Depósitos judiciais
Contingências tributárias
Contingências trabalhistas e previdenciárias
Reclamações cíveis
(b)
Provisões para
contingências
2009
2008
2009
2008
11.665
2.256
10.908
1.348
29
73
556
13.921
12.256
29
629
Natureza das contingências
A Companhia é parte envolvida em processos trabalhistas, cíveis, tributários e outros em
41
andamento, e está discutindo essas questões tanto na esfera administrativa como na
judicial, as quais, quando aplicáveis, são amparadas por depósitos judiciais. As
provisões para as eventuais perdas decorrentes desses processos são estimadas e
atualizadas pela administração, amparada pela opinião de seus consultores legais
externos.
(c)
Perdas possíveis, não provisionadas no balanço
A Companhia tem ações de naturezas tributária, cível e trabalhista, envolvendo riscos de
perda classificados pela administração como possíveis, com base na avaliação de seus
consultores jurídicos, para as quais não há provisão constituída, conforme composição e
estimativa a seguir:
Tributárias
Cíveis
Trabalhistas
15
Patrimônio líquido
(a)
Capital
2009
2008
4.307
1.000
16.418
1.285
1.696
11.963
21.725
14.944
O capital social subscrito é composto por 2.209.966 mil ações ordinárias e 115.434 mil
ações preferenciais Classe “C”, sem valor nominal.
A Companhia possui capital estrangeiro registrado no Banco Central do Brasil no
montante de US$ 451,943 mil e ¥ 2,500,000 mil.
Na AGE realizada em 7 de dezembro de 2005, foi aprovada uma subscrição de capital
mediante a emissão de 693.726 mil ações ordinárias no valor total de R$ 884.473, a
serem integralizadas em 6 parcelas de janeiro 2006 a setembro de 2007, sendo que as
5ª e 6ª parcelas deverão ser corrigidas pelo IPCA divulgado pelo IBGE, até a data das
efetivas integralizações. No ano de 2007, o total de aporte de capital foi de R$ 294.313,
já incluída a referida correção no valor de R$ 15.133 mil, que foi contabilizada na rubrica
Capital Social, sem alteração do número de ações.
Em AGE realizada em 24 de setembro de 2007, foi aprovado a capitalização de
R$ 155.145, utilizando a Reserva de Incentivos Fiscais - ADA do exercício de 2006, sem
emissão de novas ações, consoante ao artigo 545 do regulamento do Imposto de Renda
(RIR), e artigo 58 da resolução nº 11 de 14 de junho de 2005 da Agência de
Desenvolvimento da Amazônia - ADA.
42
A movimentação da quantidade de ações (em milhares):
Ordinárias Preferenciais
Total
Ações subscritas até 31 de dezembro de 2006
Ações a integralizar
2.209.966
(218.971 )
115.434
2.325.400
(218.971)
Ações integralizadas até 31 de dezembro de 2006
1.990.995
115.434
2.106.429
Ações integralizadas no ano de 2007
218.971
Ações integralizadas até 31 de dezembro de 2009
2.209.966
218.971
115.434
2.325.400
As ações preferenciais Classe “C” são asseguradas: (1) o direito de prioridade na
distribuição de ativos residuais no caso de liquidação da Companhia; (2) prioridade na
distribuição de dividendos, com direito de receber dividendos 10% maiores do que os
atribuídos às ações ordinárias; (3) dividendo mínimo anual de 1%, não cumulativo,
calculado sobre a parcela do capital constituído por essa classe de ações; (4) direito a
voto caso o dividendo mínimo anual de 1% não tiver sido pago durante um período de 3
anos consecutivos, iniciando-se a partir da data em que a fábrica tiver alcançado uma
produção acumulada de 2.325 mil toneladas métricas de alumina ao longo do ano, a
qual ocorreu em 2004.
Em AGE realizada em 2 de setembro de 2009, nos termos da alínea "b", do artigo 5.3 do
Acordo dos Acionistas da ALUNORTE, firmado em 19 de agosto de 1993, e artigo 118
da Lei nº 6.404/76, a participação acionária da Mitsubishi Corporation no capital social
da ALUNORTE, representada por 14.974.590 ações ordinárias, foi transferida para a
acionista Mitsui & Co. Ltd., que passou a deter 51.022.449 ações ordinárias.
(b)
Reserva legal e de retenção de lucros
A reserva legal é constituída anualmente como destinação de 5% do lucro líquido do
exercício, e não poderá exceder a 20% do capital social. A reserva legal tem por fim
assegurar a integridade do capital social e somente poderá ser utilizada para compensar
prejuízo e aumentar o capital.
A reserva de retenção de lucros refere-se à retenção do saldo remanescente de lucros
acumulados, a fim de atender ao projeto de crescimento dos negócios estabelecido em
seu plano de investimentos, conforme orçamento de capital proposto pelos
administradores da Companhia, a ser deliberado na Assembléia Geral em observância
ao artigo 196 da Lei das Sociedades por Ações.
(c)
Reserva para incentivos fiscais
Constituída de acordo com o estabelecido no artigo 195-A da Lei das Sociedades por
Ações (emendado pela Lei nº 11.638, de 2007). Essa reserva recebe a parcela dos
incentivos fiscais, descritos na Nota 8, reconhecidos no resultado do exercício e a ela
43
destinados a partir da conta de Lucros Acumulados. Esses incentivos não entram na
base de cálculo do dividendo mínimo obrigatório.
(d)
Destinação do resultado do exercício
A administração propôs aos acionistas, com base na Lei das Sociedades por Ações e no
artigo 35 do Estatuto Social da Companhia, a seguinte destinação do resultado apurado
em 31 de dezembro de 2009:
Origens
Lucro líquido do exercício findo em 31 de dezembro de 2009
( - ) Reserva legal 5% (lucro líquido do exercício)
( +) Realização da reserva do Adicional de Frete
para Renovação M.Mercante
232.603
(11.630 )
605
221.578
(e)
Dividendos propostos
A proposta de dividendos consignada nas demonstrações financeiras da Companhia,
sujeita à aprovação dos acionistas na Assembléia Geral, calculada nos termos da
referida lei, em especial no que tange ao disposto nos artigos 196 e 197, é assim
demonstrada:
2009
2008
Lucro líquido do exercício
Constituição de reservas
Legal
Incentivos fiscais
Prejuízo acumulado ano 2007
Realização da reserva do Adicional de Frete para
Renovação M. Mercantil
232.603
241.176
605
605
Base de cálculo dos dividendos
221.578
59.318
Dividendos propostos (25%)
Reserva de lucros para expansão/investimentos
55.395
166.183
14.829
44.489
221.578
59.318
100%
100%
Porcentagem sobre o lucro líquido do exercício
16
Instrumentos financeiros
(a)
Identificação e valorização dos instrumentos financeiros
(11.630 )
(12.059 )
(44.453 )
(125.951 )
A Companhia opera com diversos instrumentos financeiros, com destaque para
disponibilidades, incluindo aplicações financeiras, duplicatas a receber de clientes,
contas a pagar a fornecedores e empréstimos e financiamentos. Adicionalmente, a
Companhia também opera com instrumentos financeiros derivativos.
44
Considerando a natureza dos instrumentos, excluindo-se os instrumentos financeiros
derivativos, o valor justo é basicamente determinado pela aplicação do método do fluxo
de caixa descontado. Os valores registrados no ativo e no passivo circulante têm
liquidez imediata ou vencimento, em sua maioria, em prazos inferiores a três meses.
Considerando o prazo e as características desses instrumentos, que são
sistematicamente renegociados, os valores contábeis aproximam-se dos valores justos.
(b)
Caixa e equivalentes de caixa, aplicações financeiras, contas a receber, outros
ativos circulantes e contas a pagar
Os valores contabilizados aproximam-se dos de realização.
(c)
Derivativos
Em decorrência de suas atividades de comercialização de produtos cujos preços estão
ligados ao preço internacional do alumínio, a Companhia contratou operações
financeiras envolvendo instrumentos derivativos, com o propósito de proteger as suas
operações contra os riscos associados às flutuações do preço do alumínio, com o
objetivo de proteger seu fluxo de caixa e atingir margens brutas estáveis. Estes
contratos não são utilizados com objetivo principal de gerar ganhos financeiros.
Os contratos são liquidados através de pagamentos e/ou recebimentos sob a forma de
caixa, sem entrega física de alumínio.
As perdas e os ganhos com as operações de derivativos considerando-se o valor justo
(mercado) desses instrumentos, são reconhecidos mensalmente na conta de ajuste de
avaliação patrimonial no patrimônio líquido. A provisão para perdas não realizadas é
conhecida na conta "Provisão para hedge" no balanço patrimonial, e a contrapartida no
resultado é na rubrica de resultado financeiro.
(d)
Política de gestão de riscos financeiros
A Companhia possui e segue política de gerenciamento de risco, que orienta em relação
a transações e requer a diversificação de transações e contrapartidas. Nos termos dessa
política, a natureza e a posição geral dos riscos financeiros é regularmente monitorada e
gerenciada a fim de avaliar os resultados e o impacto financeiro no fluxo de caixa.
Também são revistos periodicamente os limites de crédito e a qualidade do "hedge" das
contrapartes.
Nas condições da política de gerenciamento de riscos, a Companhia administra alguns
dos riscos através da utilização de instrumentos derivativos, que geralmente proíbem
negociações especulativas e venda a descoberto.
45
17
(Despesas) receitas operacionais
Trimestre (não auditado)
Gerais e Administrativas
Pessoal
Serviços (consultoria, infraestrura e outros)
Propaganda e publicidade
Despesas de viagem
Alugueis e tributos
Partes relacionadas
Outras
Depreciação e amortização
Honorários dos administradores
Com vendas e comerciais
Partes relacionadas
Carga e descarga
Demurrage
Outras
Operações de hedge accounting
Operações realizadas com hedge
de Alumínio - líquidas
Outras
Provisão (reversão) p/contingências
Parte relacionada
Desembolsos com autos de infração
Ajuste de inventário
Despesas reembolsáveis
Multas contratuais
Acordo ICMS - Lei nº 6.307/00
Provisão para ajuste ao valor de
mercado - Alumina
Adicional de frete p/renovação da
Marinha Mercante
Outras
4T09
3T09
4T08
(7.272 )
(6.962 )
(180 )
(38 )
(454 )
(826 )
(1.013 )
(3.503 )
(7.505 )
(2.768 )
(146 )
(62 )
(493 )
(1.042 )
(961 )
(3.499 )
(8.633 )
(3.895 )
(449 )
(293 )
(77 )
(1.261 )
(1.604 )
(3.343 )
(31.213)
(14.650)
(706)
(226)
(1.779)
(4.221)
(3.480)
(13.864)
(29.246 )
(13.600 )
(1.040 )
(808 )
(1.614 )
(5.050 )
(7.621 )
(13.444 )
(20.248 )
(16.476 )
(19.555 )
(70.139)
(72.423 )
(190 )
(192 )
(179 )
(1.046)
(1.070 )
(190 )
(192 )
(179 )
(1.046)
(1.070 )
(5.393 )
(6.846 )
(1.678 )
(595 )
(3.820 )
(7.952 )
(474 )
(4.284 )
2009
2008
(7.071 )
(7.441 )
(2.984)
(6.304 )
(15.706 )
(2.384 )
(8.816 )
(16.530 )
(27.374)
(33.210 )
2.874
45.745
2.874
(34.296 )
2.874
45.745
2.874
(34.296 )
603
599
46
Exercício findo em
31 de dezembro
(302 )
(241 )
(127 )
(803 )
(720 )
(24.390)
(2.988 )
894
(28 )
921
(12.440 )
(800)
(1.137)
(678 )
(3.165)
(2.951 )
2.777
(3.994 )
941
(12.440 )
900
(2.832 )
(2.974 )
2.974
(2.974 )
(4.990 )
(2.104 )
1.179
2.914
(1.479)
3.454
(362 )
(6.336 )
(2.352 )
(13.200 )
(3.004)
(17.481 )
(30.971 )
(26.461 )
(3.719 )
(98.689)
(158.480 )
18
Resultado financeiro
Trimestre (não auditado)
Despesas financeiras
Encargos sem empréstimos e financiamentos:
Externos
Internos
IOF
CPMF
Multas/juros por infrações fiscais
Parte relacionada
Outras
Receitas financeiras
Aplicações financeiras
Outras
Operações de derivativos de Aluminio
Operações realizadas não efetivas - liquídas
Operações não realizadas - líquidas
Variações monetárias e cambiais passivas
Empréstimos e financiamentos:
Externos
Internos
Parte relacionada
Fornecedor no exterior
Outras
Variações monetárias e cambiais ativas
Parte relacionada
Depósito em garantia
Materiais em transito
Outras
4T08
Exercício findo em
31 de dezembro
4T09
3T09
2009
2008
(3.996 )
(19 )
(369 )
(5.921 )
(97 )
(505 )
(18.301 )
(1.544 )
(31.458 )
(380 )
(1.816 )
(866 )
(1.389 )
(31 )
(40 )
(2.037 )
(206 )
(47 )
(6.468 )
(19 )
(930 )
(11.812 )
(253 )
(34.758 )
(22 )
(6.318 )
(409 )
(7.506 )
(9.901 )
(40 )
(6.670 )
(8.806 )
(26.379 )
(46.649 )
(58.954 )
682
54
834
106
6.453
109
6.573
416
16.443
306
736
940
6.562
6.989
16.749
(6.491 )
(27.640 )
(5.948 )
74.390
(6.491 )
(27.640 )
(53.996 )
125.951
(34.131 )
68.442
(34.131 )
71.955
12.845
1.925
18.720
935
112.775
7.605
37.168
3.069
(274.755 )
34.425
160.617
(375.103 )
(1.588)
(26)
596
819
(16.450 )
(317 )
(994 )
860
59.697
1.251
(7.568 )
169
(51.294 )
(1.619 )
(1.082 )
1.818
85.028
785
(8.241 )
1.738
(199)
(16.901 )
53.549
(52.177 )
79.310
(95.276 )
(5.010 )
(62 )
376.129
27.914
139.440
15.143
(319.085 )
(4.347 )
(102.554 )
(8.075 )
(62 )
558.626
(434.123 )
Variações monetárias e cambiais líquidas
34.226
143.716
(321.554 )
506.449
(354.813 )
Resultado financeiro, líquido
(5.839)
135.850
(272.929 )
432.658
(325.063 )
47
19
Cobertura de seguros
As coberturas de seguros em 31 de dezembro de 2009 foram contratadas pelos valores
segurados que a Administração considerou suficientes para cobertura de eventuais
riscos:
Limite de
indenização
Ramos
Cobertura
Bens/Interesses
Incêndio, raio, explosão, colisão
e lucros cessantes
Responsabilidade civil da operação da
fábrica
Responsabilidades
20
Outras informações
(a)
Obrigações contratuais e contingências
2009
2008
5.652.030
20.000
5.018.140
20.000
5.672.030
5.038.140
A Companhia está compromissada por um contrato de take-or-pay, a adquirir
aproximadamente 30.425 mil toneladas métricas de bauxita da Mineração Rio do Norte
S.A. - MRN, por preço calculado com base na cotação do alumínio na Bolsa de Metais
de Londres (London Metal Exchange - LME). Baseado no preço de mercado de
US$ 28,71 (R$ 49.99) por tonelada métrica, em 31 de dezembro de 2009 esse
compromisso é de aproximadamente R$ 1.521.000, conforme demonstrado abaixo:
Ano
2010
2011
2012
2013
2014
339.000
289.000
295.000
299.000
299.000
1.521.000
A Companhia também está compromissada por um contrato de take-or-pay, a adquirir
aproximadamente 139.025 mil toneladas métricas de bauxita da VALE S.A., por preço
calculado com base na cotação do alumínio na Bolsa de Metais de Londres (London
Metal Exchange - LME). Baseado no preço de mercado de US$ 34,55 (R$ 60.16) por
tonelada métrica, em 31 de dezembro de 2009 esse compromisso é de
aproximadamente R$ 8.364.000, conforme demonstrado abaixo:
48
Ano
2010
2011
2012
2013
2014
2015 em diante
529.000
559.000
561.000
559.000
559.000
5.597.000
8.364.000
Ainda, a Companhia mantém compromisso por um contrato de take-or-pay, a entregar
aproximadamente 83.885 mil toneladas métricas de alumina a alguns de seus acionistas
e à ALBRAS - Alumínio Brasileiro S.A. (empresa do grupo Vale), com preço calculado
com base na cotação do alumínio na Bolsa de Metais de Londres (London Metal
Exchange - LME). Baseado no preço de mercado de US$ 297,29 (R$ 517.64) por
tonelada métrica, em 31 de dezembro de 2009 esse compromisso é de
aproximadamente R$ 43.422.000, conforme demonstrado abaixo:
Ano
2010
2011
2012
2013
2014
2015 em diante
2.706.000
2.706.000
2.706.000
2.706.000
2.706.000
29.892.000
43.422.000
*****
49
Informações Adicionais (não auditadas)
1
EBITDA/LAJIDA
A geração operacional de caixa medida pelo EBITDA/LAJIDA (lucro antes do
resultado financeiro, imposto de renda, contribuição social, depreciação e
amortização) foi de R$ 188.995 em 2009 contra R$ 745.302 em 2008, representando
um decréscimo de R$ 556.307.
Exercício findo em
31 de dezembro
Trimestre (não auditado)
Lucro líquido do exercício
Imposto de renda e
contribuição social
Resultado financeiro líquido
Outras receitas e despesas
Saldo equivalente ao resultado
operacional antes dos
efeitos financeiros
Depreciação e amortização
2
4T09
3T09
4T08
2009
2008
44.263
99.712
15.830
232.603
241.176
38.862
5.839
(7)
51.322
(135.850 )
(12.767 )
272.929
12
135.752
(432.658 )
(7 )
36.965
325.063
(6 )
88.957
61.725
15.184
61.622
276.004
38.798
(64.310 )
253.305
603.198
142.104
150.682
76.806
314.802
188.995
745.302
Vendas por região
As vendas realizadas pela Companhia têm as seguintes destinações:
Trimestre (não auditado)
Mercado externo
América do Norte
Europa
América do Sul
Ásia
África
Mercado interno
Parte relacionada
Outras
Exercício findo em
31 de dezembro
4T09
3T09
4T08
2009
2008
289.018
249.096
54.083
46.977
294.119
223.336
35.292
7
35.444
317.788
343.908
122.454
16.592
69.451
1.133.669
855.359
124.316
58.011
170.776
1.102.773
897.895
251.255
16.599
184.904
639.174
588.198
870.193
2.342.131
2.453.426
109.092
124.847
182.704
450.201
676.060
748.266
713.045
1.052.897
2.792.332
3.129.486
747.035
1.231
710.138
2.907
1.052.897
2.787.921
4.411
3.121.054
8.432
748.266
713.045
1.052.897
2.792.332
3.129.486
*****
50
Barcarena, 09 de fevereiro de 2010.
Ricardo Rodrigues de Carvalho
Diretor Presidente
Daryush Albuquerque Khoshneviss
Diretor Industrial
Francisco Ricardo Abrantes Couy
Baracho
Gerente Geral de Controle e TI
Sebastião José Rosa
Gerente de Área Contabilidade e
Planejamento Fiscal
CRC/RJ 39332/0-S-PA
CPF 444.627.357/49
51
PARECER DA AUDITORIA EXTERNA
52
53
PARECER DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO SOBRE O RELATÓRIO DE
ADMINISTRAÇÃO E DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2009
O Conselho de Administração da ALUNORTE – ALUMINA DO NORTE DO BRASIL
S.A., tendo examinado, o Relatório da Administração, o Balanço Patrimonial e demais
Demonstrações Financeiras da Sociedade, relativos ao exercício social encerrado em
31 de dezembro de 2009, aprovou, por unanimidade, a referida proposição.
Face ao exposto, é de parecer que os citados documentos merecem a aprovação da
Assembléia Geral de Acionistas.
Barcarena, 01 de março de 2010.
Tito Botelho Martins Junior
Presidente
Tor Ove Horstad
Conselheiro
João Carlos Ronchel Soares
Conselheiro
Yoshiaki Kurihara
Conselheiro
Seiichi Sato
Conselheiro
Kenichi Kibe
Conselheiro
54
Download

Relatório anual 2009