Proponentes da oficina:
Jussara Habel
Loiva Costa
Silvani Teixeira
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Elaboramos este projeto a fim de unir as reflexões
acerca de diversas correntes teóricas estudadas na
disciplina à prática em sala de aula, neste caso, através
de uma proposta de oficina a ser oferecida em uma
escola da rede pública.
Para tanto, baseamo-nos na idéia de leitura como um
processo de compreensão de expressões formais e
simbólicas independente do tipo de linguagem. Para
isso, utilizaremos de variados gêneros discursivos
como a crônica, a reportagem e a charge. Também
utilizaremos de imagens e vídeos.
Acreditamos que a leitura e a escrita são o objeto de
ensino nas aulas de Língua Portuguesa, assim, a leitura
e a produção textual são eixo central de nosso trabalho.
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Estimular de maneira lúdica a leitura e a
produção textual, assim como a compreensão
de texto, partindo de uma temática próxima ao
seu conhecimento de mundo, próxima à
realidade da maioria dos brasileiros: O futebol
Incentivar a formação dos alunos como leitores
críticos habilitados a exercer uma cidadania
plena.
Despertar nos alunos o exercício da autoria
através da reflexão e produção de textos.
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Público-alvo: Alunos do quinto ano, com cerca
de dez anos de idade, da rede pública de
ensino
Número de horas/aula: 3 horas, divididas em
duas aulas de 1h 30 min
Recursos necessários: Sala de aula com recursos
como data-show e quadro branco. Também
cópia dos textos propostos.
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Resultados esperados: Compreensão do gênero
crônica, interpretação e discussão sobre o
vídeo, os textos e as charges apresentadas.
Expressão oral e escrita.
Forma de avaliação: Avaliação global da
participação nas atividades propostas e
elaboração do texto final.
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Apresentação da proposta da oficina aos
alunos.
Introdução ao tema:
Exibição de trechos da final da Copa do Mundo
de 2002. BrasilxAlemanha
http://www.youtube.com/watch?v=HWsNA
OeUatw
Leitura da crônica “O futebol e a matemática”,
de Moacyr Scliar.
"Modelo matemático prevê gols no futebol"
O técnico reuniu o time dois dias antes da partida com o tradicional adversário. Tinha uma importante comunicação a fazer.
- Meus amigos, hoje começa uma nova fase na vida do nosso clube. Até agora, cada um jogava o futebol que sabia. Eu ensinava
alguma coisa, é verdade, mas a gente se guiava mesmo era pelo instinto. Isso acabou. Graças a um dos nossos diretores,
que é um cara avançado e sabe das coisas, nós vamos jogar de maneira científica.
Abriu uma pasta e de lá tirou uma série de tabelas e gráficos feitos em computador.
- Sabem o que é isso? É o modelo matemático para o nosso jogo. Foi feito com base em todas as partidas que jogamos contra o
nosso adversário, desde 1923. Está tudo aqui, cientificamente analisado. E está aqui também a previsão para a nossa
partida. Eles provaram estatisticamente que o adversário vai marcar um gol aos 12 minutos do primeiro tempo. Nós
vamos empatar aos 24 minutos do segundo tempo e vamos marcar o gol da vitória aos 43 minutos. Portanto, não percam
a calma. Esperem pelo segundo tempo. É aí que vamos ganhar.
Os jogadores se olharam, perplexos. Mas ciência é ciência; tudo que eles tinham a fazer era jogar de acordo com o modelo
matemático.
Veio o grande dia. Estádio lotado, começou a partida, e, tal como previsto, o adversário fez um gol aos 12 minutos. E aí sucedeu
o inesperado.
Um jogador chamado Fuinha, um rapaz magrinho, novo no time, pegou a bola, invadiu a área, chutou forte e empatou. Cinco
minutos depois, fez mais um gol. E outro. E outro. O jogo terminou com o marcador de 7 a 1, um escore nunca registrado
na história dos dois times.
Todos se cumprimentavam, felizes. Só o técnico não estava muito satisfeito:
- Gostei muito de sua atuação, Fuinha, mas você não me obedeceu. Por que não seguiu o modelo matemático?
O rapaz fez uma cara triste:
- Ah, seu Osvaldo, eu nunca fui muito bom nessa tal de matemática. Aliás, foi por isso que o meu pai me tirou do colégio e me
mandou jogar futebol. Se eu soubesse fazer contas, não estaria aqui, jogando para o senhor.
O técnico suspirou. Acabara de concluir: uma coisa é o modelo matemático. Outra coisa é a vida propriamente dita, nela
incluída o futebol.
Moacyr Scliar
Crônica retirada do Livro: O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2001.
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Interrupção da leitura no quinto parágrafo para
questionar os alunos se acreditam que o
modelo matemático irá funcionar na vitória do
time.
Atividades de interpretação:
1)O modelo matemático funcionou? Por quê?
2) Qual a visão do técnico sobre a forma com a
qual o time jogava até então? Você concorda
com a visão do técnico? Por quê?
3) Por que o “Seu Osvaldo” não ficou contente
com o escore de 7 a 1?
4) Substitua as seguintes palavras do texto por
outra palavra que você conhece:
 Modelo: Um escore nunca registrado na
história dos dois times.
 Um resultado nunca registrado na história dos
dois times.
 O técnico reuniu o time dois dias antes da
partida com o tradicional adversário.
Atividade
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Construção do texto coletivo
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Leitura da crônica “Modelo matemático prevê
gols no futebol”, de Robert Matthews.
Robert Mattews
Você gostaria de ter uma previsão para o resultado do próximo jogo de seu
time de futebol? Uma boa dica para quem deseja aprender a fazer esse
tipo de previsão foi apresentada em fevereiro na Universidade de Fales,
em Swansea, no Reino Unido.
Em uma palestra promovida pela Sociedade Real de Estatística, Michael
Robinson, pesquisador da Universidade de Surrey, falou sobre como a
matemática é capaz de prever os resultados de partidas de futebol.
Avaliando o histórico de cada time na defesa e no ataque com base em seus
resultados passados é possível prever qual será o placar de uma partida
específica. [...]
Notícia adaptada do Jornal Folha de S.Paulo. São Paulo, 22 mar.1999.
Retomada da discussão da aula anterior
(Moacyr Scliar).
 Atividades
1) O que há de comum nos dois textos?
2) Faça de conta que você é um locutor de rádio
que está narrando uma partida e reescreva o
trecho a seguir:
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“Um jogador chamado Fuinha, um rapaz
magrinho, novo no time, pegou a bola, invadiu
a área, chutou forte e empatou. Cinco minutos
depois, fez mais um gol. E outro. E outro. O
jogo terminou com o marcador de 7 a 1, um
escore nunca registrado na história dos dois
times.”
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Atividades de reflexão sobre as charges:
1. Crítica ao silêncio e descaso de políticos e da justiça
face a violência e impunidade presente em nossa
sociedade. Comentar sobre a reforma do código penal.
2. Crítica a cobrança dos torcedores ao seu time,
cobrança que poderia ser revertida às questões sociais.
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Seguindo a temática futebol, crie uma história
ou relate uma experiência.
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Maria Helena Martins - O que é leitura (p.22-81)
Crédito dos textos:
Moacyr Scliar. O futebol e a matemática. O
imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2001.
Robert Mattews. Notícia adaptada do Jornal Folha de
S.Paulo. São Paulo, 22 mar.1999.
Crédito das imagens e charges:
http://ericksilveira.blogspot.com.br/2011_06_11_archi
ve.html
http://www.panoramablogmario.blogger.com.br/200
6_06_01_archive.html
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Jussara Habel Loiva Costa Silvani Teixeira