Depressão Apresentação: Tânia Baptista Grupo de Estudos do Trauma Tânia Baptista Fev. 2009 1 Depressão (Ford, Kamath & Winokur) Tópicos - Considerações acerca da Depressão - Coexistência de Sintomas de Depressão e PPST - Diferenças e Semelhanças em termos de sintomas e causas - Tratamento de Depressão, aplicabilidade na PPST Tânia Baptista Fev. 2009 2 Definição de Depressão Sintomas de depressão são comuns na exposição ao trauma psicológico. Sobreviventes de trauma por desastre, terrorismo, ameaça de vida, violência etc, estão em maior risco de sofrer de transtornos de humor. No entanto, quem já tenha sofrido histórias de depressão antes do trauma está mais vulnerável que os outros . Tânia Baptista Fev. 2009 3 Coexistência de sintomas de Depressão e PPST Podemos falar duma relação entre Depressão e PPST. Embora a PPST esteja muito associada ao desenvolvimento duma depressão e não à exposição a um trauma per si, podemos falar de alguns traumas claramente mais associados à depressão: - ser vitima (ou ter entes queridos a experienciar traumas) de: - rapto/ violação/ molestação sexual. O Trauma Psicológico e a PPST não são a causa da depressão, nem o contrário se aplica. Os 3 conceitos estão relacionados, embora sem um ser directamente a causa do outro. Mas quem sofra da combinação dos três, terá provavelmente mais dificuldades em varias áreas como: - trabalho, - escola - relações - saúde física Tânia Baptista Fev. 2009 4 Depressão e PPST: Semelhanças em Termos de Sintomas e Causas Ambas têm maior probabilidade de ocorrer se stressores severos ou persistentes forem experienciados juntamente com a percepção de inexistência de recursos sociais e/ou psicológicos. • Anhedonia • Desapego social • Dificuldades de concentração • Distúrbio do sono - Duma forma geral o stress prolongado está associado a uma desregulação do eixo hipotálamo / pituitária / adrenal, que provoca alterações nos níveis de cortisol. Baixa activação do sistema nervoso simaptico*1 e do sistema imunitário - o que leva a uma maior agitação e hipervigilância, assim como uma maior vulnerabilidade a problemas médicos relacionados com o stress. Elevados níveis de neuropeptídeos e danos no hipocampo. Desregulação do sistema neurotransmissor de Monoaminas (dopamina,norepinefrina,epinefrina)) Tânia Baptista Fev. 2009 5 Depressão e PPST: Diferenças em Termos de Sintomas e Causas Depressão Ansiedade Medo Hipervigilância Stressores relacionados com a perda e negligência Resposta à perda e fadiga Perturbações do sono Elevados níveis de cortisol PPST Ansiedade Medo Hipervigilância Stressores como ameaças de vida Resposta à ameaça (hipervigilância, sensibilidade às memórias traumáticas) Pesadelos relacionados com o trauma Diminuição dos níveis de cortisol, semelhante a condições médicas específicas relacionadas com o stress, como o síndroma da fadiga crónica e a fibromialgia. Tânia Baptista Fev. 2009 6 Tratamento de Depressão: Aplicabilidade na PPST A Terapia CC no caso do tratamento da depressão tem uma eficácia semelhante à farmacológica, quer no tratamento de distúrbios depressivos agudos, como na prevenção de recaídas de distúrbios crónicos. Nesta abordagem é essencial acompanhar/ ajudar a pessoa a : - Identificar e modificar pensamentos associados com a Anhedonia, disforia e evitamento social (todos presentes na PPST); - Muitas vezes o foco é colocado na crença de ansiedade e não na crença da depressão; - No caso de traumas que afectam toda uma rede social, a terapia interpessoal mostrou igualmente bons resultados, tendo por base a identificação de relações importantes afectadas pelos stressores e o reforço dessas relações de forma a criar uma base de suporte à alienação e isolamento. Tânia Baptista Fev. 2009 7 Tratamento de Depressão: Aplicabilidade na PPST Os autores reforçam a importância de componentes de humor como a Anhedonia , a perda de interesse em actividades ou relações emocionais, entorpecimento e irritabilidade, quer na avaliação como no tratamento. *1 - O sistema nervoso simpático é o responsável por estimular ações que permitem ao organismo responder a situações de stresse, como a reação de lutar ou fugir. Essas ações são: a aceleração dos batimentos cardíacos, aumento da pressão arterial, o aumento da adrenalina, a concentração de açúcar no sangue e pela ativação do metabolismo geral do corpo e processam-se de forma automática, independentemente da nossa vontade. FIM Tânia Baptista Fev. 2009 8 Referência Bibliográfica: Ford, J. D., Kamath, J., Winokur, A. (2008). Depression. In G. Reyes, J.D.Elhai, J.D. Ford, The Encyclopedia of Psychological Trauma (pp.196-200). New Jersey: Wiley Apresentação: Tânia Baptista - [email protected] Grupo de Estudos do Trauma Tânia Baptista Fev. 2009 9