FACULDADE DE TECNOLOGIA DE JUNDIAÍ TRANSPORTES DE PASSAGEIROS PROFª JUCELAINE AJUDA ENTRE PASSAGEIROS DE ÔNIBUS Abelardo Vinagre da Silva Hartmut Günther Universidade de Brasília EMERSON APARECIDO NACHBAR JUNDIAÍ 2010 1 • PESQUISA REALIZADA EM BRASÍLIA Avaliar o comportamento entre passageiros de ônibus • ANALISAR O COMPORTAMENTO PRÓ-SOCIAL Se existe ajuda entre passageiros • COMPORTAMENTO DE AJUDA Pode contribuir com a qualidade do transporte público 2 • COMPORTAMENTO PRÓ-SOCIAL Tem sido motivo de estudos há muitos anos por diversos autores • MILGRAN (1970) Diz que a vida agitada nas grandes cidades, comparadas a cidades menores provoca comportamentos não-sociais: entre eles, por exemplo; ajudar pessoas desconhecidas. • WIRTH (1938/1996) Afirma que os aspectos de uma interação social são diferentes em decorrência de densidade, área e heterogeneidade da população 3 • GANS (1962,1967, CITADO POR KORTE, 1980) Não há impacto na vida social das pessoas O caráter das interações sociais é influenciado por fatores sociológicos ( idade, classe sócio-econômica, etnia) • FISCHER (1975) Acredita que morar na cidade afeta o comportamento social, mas sua ênfase recai sobre os aspectos subculturais (étnico, ocupacional e religioso) • KORTE (1980) Análise psicossocial do impacto da vida urbana 4 • CASO GENOVESE (1964) Trinta e oito pessoas testemunharam o ataque mas ninguém foi em seu socorro... • SÉRIE DE ESTUDOS COMPORTAMENTAIS Objetivo: analisar a influência de variáveis ambientais e sóciocontextuais sobre a probabilidade de oferecer/receber ajuda. • A IMPORTÂNCIA DE ESTUDO NO TRANSPORTE URBANO (Três aspectos importantes) 5 • PRIMEIRO LUGAR Aproximadamente 60% da população urbana utiliza ônibus todos os dias • SEGUNDO LUGAR Muitos usuários sentem-se prejudicados por diversos aspectos deste meio de transporte, como baixa regularidade, falta de segurança, lotação excessiva, pouco conforto, tarifas elevadas e baixa qualidade do relacionamento • TERCEIRO LUGAR Considerando que a qualidade do transporte envolve um conjunto de fatores, inclusive relacionais, pode-se supor que a melhoria no relacionamento entre passageiros também contribui com a qualidade do transporte e da vida diária da população usuária de ônibus urbano. 6 PESQUISA 7 • INVESTIGADO:DUAS LINHAS DE ÔNIBUS • REALIZADO 40 VIAGENS Nas 40 viagens realizadas nas duas linhas existiam 70 oportunidades de ajuda • OBSERVAÇÕES E ANÁLISES Em quais condições passageiros sentados auxiliariam passageiros que viajavam de pé oferecendo-se para carregar as bagagens 8 • OBSERVOU-SE O NÍVEL DE AJUDA EM FUNÇÃO DAS VARIÁVEIS: a)linha de ônibus; b) existência de contato visual entre passageiros; c) localização dentro do ônibus (frente ou fundo do ônibus), de quem necessitava de ajuda; d) horário da viagem; e) o gênero do potencial ajudante. 9 • HORÁRIO DE PICO Pela manhã a partir das 7 horas; A tarde a partir das 18 horas; • A SELEÇÃO ACONTECEU EM FUNÇÃO DO: a) percurso por elas realizado; 1ª linha transitava apenas no centro de Brasília 2ª linha transitava do centro para a periferia b) tempo total previsto para a realização de cada viagem; 1ª linha 75 minutos 2ª linha 70 minutos c) número médio de passageiros conduzidos por viagem; 1ª linha estudantes de 2º grau aparentemente residentes da região. 2ª linha os passageiros eram trabalhadores, possivelmente residentes da periferia. 10 RESULTADOS 11 • NÍVEL GERAL DE AJUDA Foi considerado bom, se comparado com outras pesquisas e outros aspectos, atingindo uma taxa de 60%. • INFLUÊNCIA DA LINHA DE ÔNIBUS A Linha de ônibus mostrou-se o aspecto mais relevante para receber, ou não, ajuda. • CONTATO VISUAL COM OS PASSAGEIROS Contato visual face-a-face favoreceu a ajuda. 12 • GÊNERO DO PASSAGEIRO ALVO Observou-se um maior percentual de ajuda entre mulheres. Duas pessoas de sexo oposto não favorecia o recebimento de ajuda • OUTROS ASPECTOS A CONSIDERAR Pesquisa ter sido realizada dentro do ônibus; Presença de informativo no terminal pode ter influenciado Colaboração com pessoas idosas e com quem carregava bagagem 13 CONCLUSÃO Embora não se possa dizer que a qualidade de vida de uma determinada população seja função exclusiva da qualidade dos relacionamentos interpessoais, não se pode ignorar sua participação vendo que o comportamento acaba sim influenciando e de uma maneira positiva. Neste sentido, pode se analisar a qualidade dos relacionamentos pessoais como aspecto da qualidade de vida de uma cidade, observando-se a vida das pessoas em seus locais de trabalho, lazer, vizinhança etc. O bom nível geral de ajuda parece indicar que, em certas situações, moradores de áreas urbanas podem apresentar índices aceitáveis de comportamentos pró- sociais, demonstrando “responsabilidade social”. Relembrando que pelo menos 60% da população das grandes cidades utilizam o transporte público de ônibus, qualquer melhoria nesse tipo de transporte pode refletir na qualidade de vida dos usuários. 14 OBRIGADO! 15