II Jornadas da Saúde da Santa Casa da Misericórdia da Amadora Qualidade e Boas práticas nas UCCI: um caminho para a excelência CUIDADOS CENTRADOS NO DOENTE PRÁTICAS COM QUALIDADE, RESULTADOS COM SUCESSO Equipa Multidisciplinar INTRODUÇÃO Na Rede Nacional de Cuidados Continuados o utente é o centro dos serviços prestados. Nesta filosofia é fundamental uma abordagem que englobe os cuidados clínicos e o apoio social, assente na planificação de objetivos interdisciplinares a alcançar em função do período de tempo estabelecido no Plano Individual de Intervenção. Neste sentido, procurámos demonstrar ao longo deste projeto que através da multidisciplinaridade, da relação humanizada no ato de Cuidar, a par de uma cultura organizacional que privilegia a qualidade e a melhoria contínua, podemos alcançar os objetivos terapêuticos. OBJECTIVOS DO PROJECTO - Avaliar, planear e executar cuidados individualizados para o utente com base numa intervenção da equipa multidisciplinar - Considerar a avaliação dos cuidados de saúde e de apoio social como um processo único - Envolver o utente e o principal cuidador no processo de cuidados tendo em consideração as suas expectativas 1. ACOLHIMENTO/ DIAGNÓSTICO NA ADMISSÃO Utente do sexo feminino, caucasiana, de 74 anos deu entrada na Unidade de Média Duração Apresentava como diagnóstico principal Acidente Vascular Cerebral Isquémico e como e Reabilitação da Naturidade Rio Maior, no dia 11 de fevereiro de 2013, acompanhada pelo diagnósticos secundários Hipertensão Arterial, Diabetes tipo 2. principal cuidador e proveniente de uma Casa de Acolhimento. Inicialmente encontrava-se totalmente dependente Nesta mesma data, a Unidade efetuou o acolhimento da utente e da família. A 13 de fevereiro de 2013 a equipa multidisciplinar elaborou o Plano Individual de Intervenção. no desempenho de atividades e deslocava-se em cadeira de rodas com contenção abdominal. A nível social, a família apresentava baixas expectativas e fraco nível de envolvimento no processo de internamento. 5. EVOLUÇÃO 2. METODOLOGIA PLANEAMENTO EXECUÇÃO Identificar problemas/diagnósticos Detectar factores de risco Analisar/definir objectivos e metas Elaborar intervenções Executar as intervenções planeadas. de acordo com os objectivos e metas traçadas Alimentação PLANO INDIVIDUAL DE INTERVENÇÃO VERIFICAÇÃO Eliminação Medicina Enfermagem Fisioterapia Terapia Ocupacional Terapia da Fala Psicologia Animação Sociocultural Serviço Social 24 horas/dia 90 sessões 41 sessões 16 sessões 15 sessões 133 atividades 22 sessões/diligências Independente metade superior Ajuda mínima metade inferior Ajuda moderada (utilização de WC e fralda de proteção) Eficaz Ausente Eficaz Transferências Ajuda moderada Autónoma Deitar/levantar Ajuda moderada Ajuda mínima Não pode Andar 50 metros em piso plano Atividades de Vida Diária Instrumentais 24 horas/dia Autónoma Diminuído Subir e descer um lanço de escadas 3. INTERVENÇÕES Ajuda mínima Ajuda total (utiliza fralda) Equilíbrio em pé Implementar o plano reformulado Intervir de acordo com o mesmo Alta Ajuda total Equilíbrio sentado AÇÃO Monitorizar periodicamente os resultados Confrontar os resultados com os objetivos propostos inicialmente Reformular as intervenções Higiene/Vestir Admissão Não pode Pode com ajuda (se tiver corrimão dos dois lados pode por si próprio) Pode por si próprio (com supervisão) Incapaz Ajuda mínima Desvio da comissura labial Simetria facial Desorientada Orientada Estado cognitivo Presença de défice cognitivo Ausência de défice cognitivo Estado do humor Humor depressivo Humor eutímico Existe Risco Social Situação Social Boa Não Sim Baixo Muito elevado Estética Facial Orientação Serviço Social 4. RESULTADOS DOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO APLICADOS Gestão do tempo 100 Admissão Alta 80 81 80 55 60 40 * 0 (zero) Úlceras de Pressão ** 0 (zero) Quedas Tabela elaborada tendo por base: Escala de Barthel Modificada, Mini Mental State Examination, Escala de Gijón CONCLUSÃO 27 23 22 14 15 20 Relacionamento e Autonomia nas Atividades de grupo 14 9 Através deste projeto conseguimos demonstrar que cumprindo as orientações da Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, efetuando uma avaliação integral das 0 Escala de Barthel Modificada Escala de Braden* Escala de Morse** Mini Mental State Examination Escala de Gijon necessidades do utente, definir/reajustar periodicamente os objetivos, e prestando cuidados multidisciplinares e interdisciplinares, conseguimos atingir os objetivos terapêuticos e por vezes superar as expectativas da utente e família. De ressalvar que a obtenção destes resultados depende de um conjunto de variáveis que BIBLIOGRAFIA Pereira, Martinha; Araújo Manuel – Plano Individual de Intervenção em Unidades de Cuidados Continuados Integrados, Manual Teórico e Prático; versão 09.04 Novembro de 2009 Unidade de Missão para os Cuidados Continuados Integrados – Manual do Prestador – Recomendações para a Melhoria Contínua – Agosto de 2011 Unidade de Missão para os Cuidados Continuados Integrados – Orientações Gerais de Abordagem Multidisciplinar e Humanização em Cuidados Continuados Integrados – Março de 2007 influenciam o processo, tais como, o potencial de recuperação, a motivação e o envolvimento da família e do utente.