Edição: Escola Profissional Abreu Callado / GAEP | Periodicidade: trimestral | Nº 10 | janeiro 2015 - março - 2015 nº “Imagina”, a beleza em palco! 10 Índice 3. EDITORIAL 4. ANIMADOR SOCIOCULTURAL 4. Testemunho de alunos 6. Formação em contexto de trabalho 7. Animação Sociocultural na terceira Visita de estudo à Coudelaria de Alter idade 8. Atividades das turmas 10. “Imagina”, a beleza em palco! 11. TURISMO AMBIENTAL E RURAL 11. A sazonalidade e o desenvolvimento dos Visita de estudo ao Museu da Elet ricid ade e à destinos turísticos exposição “Casa do Futuro” 11. Visita de estudo à Coudelaria de Alter 13. A importância dos metais nos solos 14. GESTÃO DE EQUIPAMENTOS INFORMÁTICOS 14. Formação em contexto de trabalho 15. Testemunho de alunos 16. As novas tecnologias na aplicação de conhecimentos 17. Visita de estudo ao Museu da Eletricidade e à exposição ”Casa do Futuro” 17. Oficina de informática 18. Des file de C arnav al... 19. Jogos tradicio nais Jornal “A Torre” 2 Jornal da EPAC Na conceção dos Cursos Profissionais esteve sempre implícita a ideia de que o objetivo principal desta “modalidade” de ensino seria a formação de profissionais devidamente preparados para a inserção no mercado de trabalho, para fazer face às necessidades locais e regionais da zona de implantação das Escolas. Se a ideia, em si mesma, representava uma mais-valia para a realidade geográfica onde as escolas estão inseridas, os primeiros planos curriculares criados não acompanharam as expetativas entretanto geradas, uma vez que, muitos deles, nem sequer contemplavam na componente prática dos mesmos o então designado Estágio. Esta grave lacuna foi sendo suprimida ao longo de vários anos pelas próprias Escolas que, no âmbito da sua autonomia pedagógica - retiravam algumas horas às disciplinas da componente técnica – para poderem proporcionar aos seus alunos algumas horas de “estágio”, em empresas/instituições relacionadas com a respetiva área de formação. Esta lacuna ao nível dos planos curriculares só veio a ser corrigida a partir de 2004, com a publicação do DL.74/2004, a partir do qual a matriz curricular dos cursos profissionais passou a contemplar a denominada Formação em Contexto de Trabalho (F.C.T.), vulgarmente designada por “estágio”. A ideia principal que havia presidido à criação dos cursos profissionais estava, a partir daqui, melhor sustentada, pois a introdução obrigatória desta componente prática nos planos curriculares, veio distinguir definitivamente o Ensino Profissional das restantes “modalidades” de ensino, tornando-o um fator diferenciador no desenvolvimento económico e social das regiões. Efetivamente a F.C.T. (a chamada formação prática) é, cada vez mais, considerada como “um espaço educativo fundamental” e encarada como um elemento estruturante do processo formativo dos jovens (se o saber, o saber-ser e o saber-estar são importantes, o saber-fazer é fundamental). A F.C.T. é de vital importância para os nossos jovens alunos, pois permite-lhe a abertura de novos horizontes, proporcionando-lhes a participação ativa num projeto educativo diferenciador capaz de fomentar e enriquecer uma aprendizagem global, possibilitando-lhes uma primeira aproximação à realidade do mundo do trabalho, seja numa empresa, num serviço público ou privado, onde a “confrontação” entre a experiência académica e a experiência prática, é uma mais-valia que os desperta para a realidade que vão encontrar quando terminarem o seu curso. A F.C.T. dá a possibilidade ao aluno de contactar com diferentes contextos de organização do trabalho, onde deverá adotar uma postura profissional, assente na autonomia, na inserção em equipas de trabalho, na responsabilidade e no espírito empreendedor, adquirindo, dessa forma, um conjunto de competências – técnicas, relacionais e organizacionais- relevantes e indispensáveis para um desempenho profissional mais qualificado e, por conseguinte, para uma (futura) integração plena no mercado de trabalho cada vez mais competitivo . De facto, nos mercados cada vez mais abertos e competitivos em que hoje vivemos, só aquelas empresas/instituições que atempadamente apostarem num elevado grau de qualificação, a todos os níveis, terão capacidade e possibilidade de sobreviver. Para isso terão que ter nos seus quadros, técnicos especializados que tenham capacidade de coordenar a sua modernização, lançá-las no mercado com sucesso e contribuir para o franco progresso da nossa economia, da nossa região e do nosso país. Neste contexto, a colaboração entre as escolas e as empresas/instituições, com vista à formação prática dos jovens, ao seu enriquecimento profissional, à sua integração no mercado de trabalho e à promoção dos seus valores, é um investimento de grande importância para o futuro destes mesmos jovens, cuja ambição não se deve esgotar no SER, mas sim no SABER FAZER. Foi esta ligação escola/empresas/instituições que permitiu igualmente a crescente valorização e o reconhecimento da importância que constituem os alunos certificados e qualificados pelas Escolas Profissionais. DP/2015 3 Jornal da EPAC “Foi uma experiência inesquecível, vivida ao longo de três meses, no Centro de Convívio e Apoio Social Eng.º João Antunes Tropa. Consegui colocar em prática os meus conhecimentos e animar os utentes do Centro. Realizei várias atividades com os utentes, desde a expressão plástica, à expressão musical.” João Martins “O meu estágio foi no Centro de Convívio e Durante o meu período de estágio realizei várias ativ início, não pensei que o estágio no Centro pudesse ser neste local. No Centro todas as pessoas eram simpáticas todos e foi uma ótima experiência.” “Eu gostei muito do meu estágio, pois foi uma experiência muito boa. Quer o ano passado como este ano, estive na mesma instituição e aprendi muito com as Animadoras e Educadoras.” Diana Fortio “Este ano estagiei no Lar Santa Isabel, em Pavia, e foi uma experiência única, muito positiva! Adorei estar no Lar, em todos os aspetos, e não só cresci como aluna mas também como mulher! Foi muito gratificante e preparou-me para o mundo do trabalho.” Patrícia Botas “Este ano o meu estágio foi realizado no Jardim de Infância da Santa Casa da Misericórdia de Ponte Sor, onde fui muito bem acolhido pelas Educadoras e “No ano anterior e neste ano estagiei Auxiliares. Gostei de estar três meses a estagiar nesta instituição, pois foi uma experiência Vermelha de Ponte Sor. Sempre fui muito bem que me fez desenvolver muito a interação com as crianças, a criatividade nas atividades rios como pela Presidente e acho que os período e também pôr em prática conhecimentos que aprendi ao longo do curso de Animador preparar para o mundo do trabalho. Sociocultural.” Gostei muito do estágio, principalmen solidariedade social e assim poder contactar co neráveis e estar a contribuir de certa forma para “O meu estágio decorreu no Centro Social e Paroquial Nossa Senhora de Oliveira de Tramagal, na valência da creche, com crianças dos 1 aos 3 anos de idade. “O meu estágio foi realizado no Lar da Santa C Gostei muito de estagiar nesta instituição, pois foi uma experiência inesquecível e marcante. ra. Para mim, foram três meses muito curtos porque gos Sempre fui muito bem recebida por todas as pessoas, inclusive também os pais das crianças. Ajudei sei com os “meus velhinhos”, que foram sempre tão cari as Auxiliares e a Educadora nas atividades e higiene das crianças. que estagiar com eles pode ser tão ou mais divertido Estar em contacto com as crianças durante três meses e perceber o funcionamento da instituição fez-me crescer e, durante esse período, até já me sentia como se fosse mesmo uma funcionária e não uma estagiária. com crianças… além de que, havia sempre uma história Foi uma ótima experiência, a melhor fase do cur ter uma melhor perceção do trabalho como animador e O carinho e os abraços que recebia das crianças vão deixar saudades, muitas saudades…” além de colocar em prática as aprendizagens obtidas ao l Tive muita pena do estágio ter terminado, po Andreia Vilas Boas 4 Jornal da EPAC rotina e a gostar tanto, que se pudesse tinha continuado… “Fui estagiar em Estremoz, para o Jardim de Infância da Escola da Mata, e gostei muito da instituição. Sempre fui bem recebida ao longo dos três meses. O estágio foi muito importante para ter uma noção como é o “mundo” depois da escola, ou seja como é trabalhar… Na minha opinião, até acho que o curso deveria ter mais horas de estágio, para nós (alunos) e Apoio Social Eng.º João Antunes Tropa. nos habituarmos como funciona o mundo do trabalho.” vidades com os idosos e gostei bastante. No Cláudia Serafim r tão bom e que iria gostar tanto de estagiar e divertidas, senti que fui bem aceite por “O meu estágio decorreu na Escola Básica de 1º Ciclo com Jardim de Infância, de Ponte Sor. Carlos Serrano Escolhi esta instituição porque gosto muito deste público alvo, as crianças entre os 3 e os 6 anos de idade. Fui muito bem recebida por todos e adquiri conhecimentos na área da animação sociocultural. Também, por iniciativa própria, tive a oportunidade de realizar atividades com as crianças, as quais correram muito bem. Foi uma experiência única.” Rita Correia “O meu estágio foi no Lar das Galveias e adorei, pois foi muito interessante. Fiz várias atividades com os idosos, nomeadamente, no São Martinho e no Natal, além de trabalhos manuais, atividades de raciocínio, jogos tradicionais… Os idosos eram muito simpáticos e carinhosos e tive a oportunidade de aprender muitas coisas com eles, como receitas, trabalhos em renda, trabalhos manuais… Gostei muito do meu estágio .Os Idosos, os Auxiliares e a Animadora foram maravilhosos, e aprendi muito nas atividades com a Animadora.” Márcia Narciso na mesma instituição, a Cruz recebido, tanto pelos funcioná- os de estágio são uma forma de “Eu gostei muito do meu estágio, pois adorei estar com as crianças. Três meses passaram muito rápido, fui muito bem recebida e gostei do espaço. Participei em atividades, mas tenho pena de não nte por ser uma instituição de ter desenvolvido atividades minhas, pois só foi possível realizar uma. om grupos de pessoas mais vul- a ajudar alguém.” Durante este período, estive em todas as salas e todas as pessoas eram muito atenciosas. As crianças são uns amores e sempre que tenho oportunidade vou fazer uma visita.” João Velez Inês Gafaniz “Neste ano letivo fui estagiar para o Jardim de Infân- Casa da Misericórdia de Frontei- cia do Ervedal, a mesma entidade em que tinha estado no ano stei bastante do tempo que pas- inhosos comigo! Mostraram-me do que estagiar num infantário para contar. rso, diria eu, onde conseguimos aprendemos coisas novas, para longo destes três anos. ois estava tão habituada aquela …” Márcia Bragança anterior. “O meu estágio foi na Casa dos Avós, em Foi uma boa experiência, fui bem acolhida e adorei Ponte Sor. Fui muito bem recebido, pelos funcionários, trabalhar com as crianças. Penso que no futuro poderia ser e também pelos utentes. uma das áreas onde gostaria de trabalhar como animadora.” Gostei muito de estar a estagiar nesta instituição, principalmente por ter adquirido muitos conhecimentos que serão simportantes para o meu futuro pro- fissional.” Joel Lopes 5 Jornal da EPAC Patrícia Neves Como educadora responsável pelo estágio de uma Contudo, com a aluna em causa, este período de aluna Cláudia Serafim do curso de Animador Sociocultu- tempo foi revelador de muitas competências essenciais ral, da Escola Profissional Abreu Callado, gostaria de para o desenvolvimento de atividades com crianças . A apresentar o meu testemunho da forma como esta experi- aluna manteve sempre o seu lugar, foi muito assertiva nas ência resultou. suas atitudes e funções, tornou-se parte da equipa de tra- Fiquei bastante agradada por ter recebido no jar- balho, esteve atenta às necessidades das crianças e assegu- dim de infância onde trabalho e, em especial no grupo de rou a integridade física das mesmas. Inclusivamente, hou- crianças da minha sala, uma aluna cujo perfil se verificou ve ocasiões em que a ausência da educadora não foi ne- ser excelente. O modo como a aluna se adaptou ao meio nhum entrave. Bem pelo contrário. A aluna tomou sempre escolar, à equipa de trabalho, às necessidades e interesses as “rédeas” da orientação do grupo com grande segurança, das crianças e também, o contacto com os encarregados iniciativa e eficácia. Posso acrescentar que depositei total de educação, até se revelou especialmente assertivo. confiança na aluna para as funções que lhe foram confia- As capacidades apresentadas pela aluna foram uma das. mais-valia para o bom funcionamento do estabelecimento Finamente, devo acrescentar que a aluna está de de ensino. Demonstrou ter iniciativa, capacidade de adap- parabéns pelo trabalho desenvolvido, todos sentimos a sua tação e adequação das suas funções às rotinas da sala, falta e, quem sabe, possa um dia vir a fazer parte da equi- mantendo sempre uma postura confiante e segura. pa no seu estágio profissional. Considero que o apoio da Os trabalhos que realizou com as crianças foram orientadora de estágio deste curso foi muito importante bem escolhidos, tendo em consideração a idade, necessi- também no terreno. Há sempre a possibilidade de cruzar- dades e capacidades das mesmas. A aluna foi sempre ca- mos ideias sobre os alunos e tentar que melhorem a sua paz de alterar/melhorar a sua atuação, mediante situações prestação quando é caso disso. O estágio desta aluna foi imprevistas. deveras positivo e verificou-se que de facto a motivação A sua relação com as crianças foi excelente, já que dos alunos é essencial para a obtenção de bons resultados. a aluna soube diferenciar a sua forma de relacionamento individual e coletivo. Deixou muitas saudades nas crianças, que ainda hoje perguntam por ela. Considerei o nú- Maria da Luz Caracol mero de horas realizadas no estágio um pouco insuficien- A educadora de infância te. 6 Jornal da EPAC A terceira idade é a fase do conhecimento, da Portanto, um programa variado de atividades de sabedoria adquirida ao longo dos anos, pessoas sábias, que têm animação trará, certamente, mais qualidade de vida, bem-estar e ainda muito para ensinar, capazes de transmitir saberes e felicidade aos idosos. vivências pessoais e sociais. No entanto, os hábitos e rotinas Em conclusão, a Animação na Terceira Idade é bastante diárias passam a ser menos ativos, surge a diminuição da importante, quer no aspecto social, quer humano, atividade, ou mesmo (inactividade) e das habilidades particularmente ao nível da atenção, disponibilidade e carinho e funcionais, deterioração das capacidades de concentração, de é relevante mencionar que é essencial uma grande afinidade e reação e de coordenação. cumplicidade entre o grupo e o Animador. Esses efeitos acabam por dificultar a realização de diversas atividades e rotinas diárias, bem como a manutenção de um estilo de vida saudável que, consequentemente, pode gerar apatia, autodesvalorização, desmotivação, insegurança e levar ao isolamento social e à solidão. Neste sentido, a Animação Sociocultural nas vertentes social, cultural, educativa, recreativa…, adquire grande importância no combate a estes fatores, quebrando rotinas e hábitos dos idosos, tornando-os mais ativos, dinâmicos e interventivos A Animação na Terceira Idade representa um papel fundamental para recuperar a (auto) confiança e a valorização pessoal e relacional: tem por missão afastar os idosos do seu isolamento; proporcionar o acesso a uma vida mais ativa tanto do ponto de vista físico, como do ponto de vista mental / psicológico e social; tornar a vida mais equilibrada, mais criativa e de melhor qualidade; fortalecer e desenvolver as capacidades / habilidades que impulsionam a felicidade, o bem-estar e a longevidade. As atividades direcionadas à terceira idade devem ser organizadas considerando as suas particularidades, interesses, motivações. Devem ser criativas, diferenciadas, inovadoras… de forma a estimular o interesse, a participação e a adesão. 7 Jornal da Dra. Paula Rasquete Técnica de Animação Educativa Sociocultural “Animação na terceira idade” “Práticas de animação sociocultural II” 8 Jornal da EPAC “Juventude e grupo de pares” “Animação socioeducativa” 9 Jornal da EPAC “Imagina” subiu ao palco, do Auditór io Ar y dos Santos, em Avis, no dia 18 de mar ço e da Casa do Povo de Cabeção, no dia 21, abrindo o Festival Encontr’Arte em Terra de Encantar, organizado pela Associação Metamorphose. Foi um espetáculo que resultou de um trabalho desenvolvido, em conjunto, nas disciplinas de Expressão Corporal, Expressão Dramática, Expressão Musical e Expressão Plástica, com os alunos do 3º ano do Curso de Animador Sociocultural da Escola Profissional Abreu Callado. A adolescência foi a temática central, explorada a partir de improvisações, e texto de Davey Anderson. Um Musical onde a música, o movimento, o ritmo, a palavra, a forma e a cor viveram, em cena, momentos de grande cumplicidade. A concentração, o empenho e a entrega foi uma constante em todo o processo de trabalho que, juntamente com muito talento, nos encheu de grande orgulho. “Os nossos meninos” encheram os palcos de magia e transportaram-nos numa viagem repleta de beleza, emoções e de grande prazer. Uma criação coletiva que em muito dignificou o Curso e a Escola. Numa grande vénia, agradecemos a todos! Prof. Margarida Abrantes, Prof. Euclides Silva e Prof. Bruno Matias 10 Jornal da EPAC Dificulta também a boa gestão das infraestruturas em geral e dos meios de acolhimento em particular, como é o caso das unidades hoteleiras, cujas taxas de ocupação registam desequilíbrios significativos sobretudo entre a época baixa e alta, e também com incidência no próprio sanea- mento básico e nos abastecimentos (como a água e a eletriHá fatores importantes a ter em conta na análise do cidade). Em suma, pode-se afirmar que as atividades eco- turismo e do lazer, associados à história regional e local nómicas, sociais e culturais dos destinos turísticos tendem a dos destinos. Tal afirmação é válida para os destinos turís- registar acentuados desequilíbrios entre a época em que se ticos tradicionais como para aqueles que são emergentes. observa maior incidência de visitantes (turistas) e aquela em Um dos aspetos a ter em conta prende-se com a sazonali- que há menores afluxos. dade. De facto, a sazonalidade, foi e continua a ser uma das caraterísticas do fenómeno turístico, cuja atenuação é Prof. José Lourenço possível e cuja eliminação é praticamente impossível, no contexto atual. Isso resulta do facto das férias pagas cons- tituírem o principal fator propiciador do turismo, o que por si só representa um fator limitativo a ter em conta. Esse fator, ou seja, a sazonalidade, constituiu uma das maiores dificuldades para o turismo, veja-se o caso do planeamento das atividades turísticas, com reflexos, principalmente, nos destinos. Suscita situações de manifesta assimetria, se considerarmos as sobrecargas excessivas No passado dia 9 de dezembro de 2014, a turma de sobre o meio em períodos limitados, com a agravante do primeiro ano de Turismo Ambiental e Rural fez uma visita turismo, tanto doméstico como internacional, incidir, pre- de estudo à Coudelaria de Alter de Chão, situada na vasta dominante, em áreas geográficas restritas, com conse- região Alentejana. Esta visita foi essencial pois tinha como objetivo não quências em termos de ambiente natural e cultural. só momentos de interação, mas sim colocar à prova tudo o que os alunos aprenderam na disciplina de Ambiente e Desenvolvimento Rural (ADR). A visita começou com a observação de porcos, galinhas e coelhos, entre muitos outros. São os alunos do curso de Produção Animal que se encarregam de tratar de todos estes animais e também da horta biológica.. 11 Jornal da EPAC De seguida, um professor da escola acompanhou- Nesta Escola Portuguesa de Arte Equestre também nos na nossa visita e contou um pouco da história da podemos encontrar um Pólo da Universidade de Évora, nú- coudelaria. A Antiga Coudelaria Real foi fundada pelo cleos de investigação, de selecção e melhoramento da raça, rei D. João V, em 1748, com vista à criação de cavalos infra-estruturas Hípicas e Desportivas, a Falcoaria, entre ou- de raça lusitana para a Picaria Real, esta foi uma das tras, como a Casa do Arneiro, um espaço reservado para aloja- instituições mais importantes para a divulgação do nome mento. A Coudelaria oferece também núcleos museológicos e de Alter do Chão e para a continuidade e preservação da zoológicos de grande interesse, bem como diversas activida- raça equestre. des pedagógicas, centradas na evolução e divulgação da pre- Após termos ouvido um pouco da história da servação ambiental, patrimonial e turística. coudelaria, o mesmo professor, levou-nos então à férrea dos poldros com idade média de 9 meses, que se estava a realizar no momento. De seguida fomos observar a éguada, que tinha cerca de 70 éguas todas em filas por ordem decrescente de idades. Depois do almoço fomos dar um passeio pelo campo da Coudelaria, que hoje em dia é constituída pelos seus 300 hectares de paisagem de grande beleza e identificando algumas espécies de plantas, indo de seguida para uma infra-estrutura hípica para ver os alunos da escola a fazer o desbaste de alguns cavalos. Posteriormente, assistimos e participámos numa pequena homenagem a um professor da escola que se tornou Campeão Nacional na prova realizada no fim-desemana de 6 e 7 de dezembro, nesta escola de Alter do Chão. Depois de grandes emoções e alegria, chegámos ao momento tão esperado por todos, que era montar. Com a ajuda de alguns alunos do 3º ano, a maioria dos alunos de turismo teve a possibilidade de montar, acabando desta for- ma a visita à Coudelaria de Alter Real. Mariana Varela Aluna do Curso de Turismo Ambiental e Rural 12 Jornal da EPAC Durante os últimos 150 anos, a concentração de elementos minerais em muitos habitats alterou-se de forma significativa, interferindo com as necessidades nutricionais de várias espécies de plantas. Antigamente, o estudo dos compostos inorgânicos recaía nos Existem cerca de 65 metais que são denominados de elementos existentes em maior quantidade, designados elementos metais pesados, possuindo uma densidade superior a 5, como essenciais como o cálcio, potássio, magnésio e fósforo. Atualmente, o caso do níquel (8,90), zinco (7,10) entre outros. Por norma, com o desenvolvimento de novas técnicas, como a espectroscopia possuem números atómicos elevados e englobam elementos de absorção atómica e emissão de plasma, os aparelhos passaram a essenciais, como o cobalto, cobre, manganésio, zinco, níquel detetar elementos com maior sensibilidade e maior especificidade e não essenciais, como cádmio, chumbo e mercúrio. No ge- permitindo, deste modo, um maior conhecimento sobre os elemen- ral, têm propriedades de metais de transição e estabelecem tos minerais presentes em menores quantidades, vulgarmente desig- ligações com compostos ricos em enxofre, azoto e oxigénio, nados por microelementos, como o manganésio, zinco, níquel etc. elementos predominantes em compostos orgânicos como as Para que as plantas se possam desenvolver de forma eficaz é proteínas e os ácidos nucleicos. necessário que o solo possua e disponibilize de forma adequada os Todos os metais não essenciais e essenciais, a partir diferentes elementos (macronutrientes e micronutrientes) minerais. de uma certa concentração produzem efeitos tóxicos sobre as Como se compreende, alterações bruscas nas concentrações dos formas de vida microbianas e superiores. Assim, são por ve- diferentes elementos terão consequências na flora existente num zes designados de elementos tóxicos. Os metais podem ser determinado local. classificados em categorias de acordo com a sua toxicidade potencial sobre os organismos do solo e os processos microbiológicos que têm lugar no ecossistema. Essa classificação tem como base a taxa de respiração do solo, através da liber- tação de CO2, e estabelece três categorias: extremamente tóxico, toxicidade intermédia e toxicidade relativamente baixa. Os metais podem provocar danos ao nível celular, ao bloquear grupos funcionais de biomoléculas importantes, como enzimas e sistemas de transporte de iões. Deslocam metais essenciais de biomoléculas e podem ainda agir causando a ruptura das membranas celulares e dos organelos. Em termos de fitotoxicidade, os metais em excesso inibem a fotossíntese e a respiração, alteram o balanço hídrico e a permeabilidade das células da raiz a iões através das alterações de pH e do potencial elétrico da membrana plasmática. Muitos solos, de forma natural ou devido a atividades antropogénicas, apresentam níveis de constituintes muito superiores aos valores normais, condicionando a flora desses locais. Os efeitos desses constituintes dependem da espécie da planta, do enriquecimento do solo nos elementos e das características físicas e químicas do solo. 13 Jornal da EPAC Prof. Sandra Ferreira A Formação em Contexto de Trabalho, que pode denominar-se de FCT ou estágio, é um conjunto de atividades profissionais, planeadas, desenvolvidas e monitorizados sob coordenação e acompanhamento da Escola, na área tecnológica corres- pondente. Este estágio permite que o aluno possa adquirir e desenvolver competências técnicas, relacionais e organizacionais, num contexto profissional, relevantes para o perfil de desempenho à saída do curso. No curso de Gestão de Equipamentos Informáticos I – 3ºano, o estágio teve início no princípio do mês de janeiro, tendo terminado no final de fevereiro. No Curso de Gestão de Equipamentos Informáticos II- 2ºano, a Formação em Contexto de Trabalho teve início no princípio de março, encontrando-se ainda a decorrer, estando previsto o seu término no final de abril. A Escola direciona os alunos, que chegam a esta fase do seu percurso escolar, para instituições na área da informática ou com um departamento de informática, com os quais estabelece acordos ou protocolos. Neste caso as instituições de acolhimento da Formação em Contexto de Trabalho dos cursos supramencionados podem ser: empresas especializadas na reparação de equipamentos informáticos; empresas de atendimento ao público, na área do comércio do hardware e software; empresas especializadas no desenvolvimento de software; empresas de instalação e manutenção de redes; entre outros organismos públicos, como, é o caso das Câmaras Municipais, Juntas de Freguesia e Escolas, entre outras. Prof. Mª. Adélia Coelho 14 Jornal da EPAC “No 3º ano do curso de Informática fui estagiar para a Câmara Municipal de Avis. Na minha opinião, a entidade que escolhi foi muito boa, sempre disponível “Eu gostei muito de estar a estagiar na empresa DataBox, porque coloquei em prática o que aprendi durante nos meus três anos de curso de TGEI. para tirar duvidas, ensinar, explicar as coisas. Gostei muito do local do meu estágio, aprendi algumas coisas novas. Aprendi técnicas de ensino no estágio como, por exemplo, a trabalhar numa Agradeço muito às pessoas que me ajudaram.” base de dados de uma empresa.” Mauro Silva André Milheiras “O meu estágio curricular deste meu último ano foi no mesmo local que o meu primeiro. É um ótimo local, onde adquiri bastantes conhecimentos que irei necessitar para o meu futuro e também melhorei muitas técnicas das quais já tinha conhecimento. É uma mais valia para o meu futuro profissional e pessoal.” Filipe Rosa O melhor do saber é quando aplicamos. O estágio permite-nos aplicar os conhecimentos que adquirimos e ainda adaptá-los ao mercado de trabalho. É crescer profissional"Gostei bastante do meu estágio mente e progredir como pessoa. É integrar uma família e ter responsabilidades enquanto este ano. A escola era espetacular e os fun- membro. Gostei de fazer parte da família da DataBox e agradeço por esta oportunidade que cionários também. Tinha todos os recursos a escola me proporcionou. necessários para realizar as tarefas propos- Ermelindo Parreira tas pela minha orientadora de estágio e aprendi bastante enquanto lá estive. Se pudesse, tinha ficado lá a estagiar durante mais dois meses." “Realizei o estágio na Informaticavisense onde coloquei em pratica muitas coisas que aprendi durante o curso profissional. Aprendi Pedro Balixa muito sobre temas que ainda não tinha abordado nas aulas. Também foi importante porque estabeleci ligações com clientes através do atendimento ao público.” Fábio Correia 15 Jornal da EPAC As novas tecnologias de comunicação possibilitam novas formas de trabalho. Aos profissionais exige-se novas competências e uma atualização permanente dos conhecimentos. Uma das inovações informáticas relacionadas com a área da eletrónica é a utilização de programas específicos que permitem ajudar a compreensão experimental de conceitos. Deste modo, a turma de Gestão de Equipamentos Informáticos do 2º Ano, na disciplina de Eletrónica Funda- mental, para melhor compreensão dos módulos “A mplificadores Operacionais” e “Tecnologias de Eletricidade” utilizam nas aulas o programa de simulação de circuitos “Multisim”. “Multisim” é um ambiente fácil de usar para criação de esquemas e simulação que engenheiros, estudantes e professores podem usar para definir e simular circuitos. A sua utilização é simples, não exigindo muitos conhecimentos ao Pode-se afirmar que as novas tecnologias, desde que nível de programação, sendo um programa interativo, possi- bem aplicadas, são uma excelente ferramenta pedagógica, bilitando a modificação de um circuito no decorrer da simu- mas não se pode esquecer, antes de as utilizar, se os alunos lação. possuem os conhecimentos básicos em informática que lhes permitam apreender de forma eficaz os conhecimentos que estão a ser transmitidos. A utilização de software adequado às necessidades pedagógicas valoriza o paradigma dos processos de ensino e de aprendizagem, baseado no construtivismo, em que os alunos devem ter a oportunidade de construírem o seu próprio conhecimento. Prof. Sandra Ferreira 16 Jornal da EPAC O aquecimento causado pela acumulação de pó no interior dos computadores pode queimar definitivamente o processador ou a motherboard, inutilizando-o. É totalmente aconselhável que se façam manutenções periódicas, não esquecendo os seguintes pontos, fundamentais, para prevenir o sobreaquecimento do computador: No passado dia 27 de fevereiro, o Curso de Técnico de Ges- Ponto 1 - Assegure-se que a caixa tem ventilação adequa- tão de Equipamentos Informáticos II – 2º ano, juntamente da. com a professora Mª Adélia Coelho e o professor José Ramiro, visitaram o Museu da Eletricidade e a Exposição “Casa Ponto 2 - Verifique se as ventoinhas estão a funcionar e se do Futuro” (na Fundação Portuguesa das Comunicações | o fluxo de ar segue o caminho normal. Museu das Comunicações), no âmbito das disciplinas Instalação e Manutenção de Equipamentos Informáticos e Físico- Ponto 3 - Coloque o computador no chão, onde o ar é mais Química. fresco. A visita teve início pelas 11 horas, no Museu da Ele- tricidade, onde os alunos obtiveram conhecimento de como Ponto 4 - Tente manter a temperatura ambiente em níveis no passado era realizado o processo de transformação do razoáveis. carvão em energia elétrica. Da maquinaria apresentada destacam-se as caldeiras de alta pressão e as máquinas de pro- Ponto 5 - Use software dedicado, para monitorizar a tem- dução elétrica. peratura interna da caixa. Após o período de almoço, a visita retomou desta vez em direção à exposição “Casa do Futuro”. Trata-se de uma Ponto 6 - Se utilizar um computador portátil, evite fazê-lo exposição permanente integrada no Espaço Futuro, dedicada sob superfícies muito quentes (cobertores, mantas, etc). à promoção do conhecimento das novas tecnologias - equi- Por questões de segurança o sistema desliga-se quando a pamentos, aplicação e serviços avançados - num espaço de temperatura ultrapassa os limites estabelecidos, para que habitação, apresentando conceitos e soluções na habitação, não se danifique o hardware. com grande impacto no bem-estar dos cidadãos. De realçar o interesse manifestado por parte dos nos- Prof. Laura Pardal sos alunos, quer na primeira parte da visita, motivado pela pertinência nas questões relacionadas com a origem da energia que fornece às nossas habitações, bem como, na segunda parte da visita, no que concerne aos futuros equipamentos e tecnologias de vanguarda que irão fazer parte do nosso quotidiano num futuro próximo, munindo as nossas habitações de soluções que visam rentabilizar o tempo do utilizador otimizando as tarefas realizadas. Prof. Mª. Adélia Coelho 17 Jornal da EPAC “No Carnaval ninguém leva a mal” e os alunos da EPAC, por mais um ano consecutivo, no dia 13 de fevereiro de 2015, invadiram as ruas de Benavila com música e muita animação. Foram momentos de grande entusiasmo, aos quais se juntaram os alunos do ensino pré-escolar e básico desta pequena vila. Prof. Helena Pires 18 Jornal da EPAC Jogo do burro Derrube de latas Corrida a três pernas Tração à corda No período da tarde, a Associação de Estudantes organizou uma série de jogos tradicionais, onde participaram professores e alunos. Todos apreciaram e desfrutaram do convívio salutar que este evento proporcionou à comunidade escolar. Prof. Helena Pires Corrida de sacos 19 Jornal da EPAC Tel. 242 434 127 /Fax 242 434 419 Email inscr [email protected]/[email protected] Numero Verde : 800 207 949