Trabalho realizado por:
Teresa Botelho
12ºA nº26
Introdução
Pólo inato
Teorias do pólo inato
 Pólo adquirido
 Teorias do pólo adquirido
Conclusão
Uma das maiores questões colocadas há milhares de anos é: “qual
a origem das características dos seres humanos”. Por isso, vários filósofos
e psicólogos estudaram e criaram teorias que os levaram a tirar conclusões
a cerca do que leva os seres humanos a ser como são e a maneira como se
comportam.
Esses estudos foram realizados de modo a poderem responder a
perguntas como por exemplo: “ como se explica que nos comportemos de
forma diferente dos outros?”, “O que nos torna humanos?”, entre muitas
outras questões. E as respostas adquiridas foram formadas de acordo com
as dicotomias na explicação do comportamento humano, ou seja, de acordo
com os pólos extremos da dicotomia: o pólo do inato (do hereditário, da
natureza) e o pólo do adquirido (do meio, da educação).
Onde pólo inato está relacionado com a forma de se ver o ser
humano e o seu comportamento como as suas características biológicas e
corporais e o pólo adquirido relaciona o comportamento e a forma de ser
do ser humano com as experiências sociais e culturais vividas pelo mesmo.
O pólo inato indica que o comportamento humano e a personalidade
das pessoas são determinados geneticamente por hereditariedade dos seus
progenitores. Assim sendo, os historiadores destas características,
concluem que o pólo inato está ligada com a forma de ver o ser humano e o
seu comportamento como determinado pelas características biológicas e
corporais, isto é, são características que nascem connosco (inatas).
Portanto, a manutenção encarregar-se-á de orientar o crescimento
biológico do corpo e o desenvolvimento, seguindo padrões definidos por
programas genéticos.
O significado de pólo inato foi definido por vários filósofos,
pensadores e psicólogos e cada um defende a sua teoria acerca do tema.
Freud defendia a existência de duas pulsões inatas: Eros, pulsão
da vida, que representa as pulsões sexuais e a auto-conservação do
indivíduo, e Thanatos, a pulsão da morte, que se baseava nos
comportamentos agressivos.
E explicava alguns dos nossos comportamentos com base no «jogo»
entre estas duas pulsões.
Korand Lorenz (1903-1989), considerava que o comportamento
animal era instintivo, estando os seus comportamentos predeterminados no
sistema nervoso e estereotipados, ou seja, são instintos. Assim, é deixada à
aprendizagem e à experiência uma pequena parte que influência o
comportamento.
Este autor escreveu um livro cujo título é :”A Agressão: uma
História Natural do Mal”, onde defende que o comportamento agressivo
animal é controlado por mecanismos de regulação e inibição, portanto
explica os combates entre animais da mesma espécie como um ritual, uma
ameaça ou uma intimidação. E diz que nos seres humanos, estes mecanismos
de inibição não existem em determinadas circunstâncias, como por exemplo,
na guerra, em que a violência não tem limites, só termina quando o ser
humano atinge os seus fins.
Arnold Gesell (1880-1961) justifica a afirmação de que as
diferenças entre os indivíduos se deve a características inatas, dizendo que
os comportamentos se desenvolvem tomando em conta um programa
genético e uma ordem determinada inalterável.
Chamou, então, abordagem maturacionista à existência de uma
predisposição natural do comportamento que precisava da maturação para
se manifestar, assim considera pouco relevante a influencia do meio
ambiente.
Jean-Pierre Changeux em 1983, publicou um livro “O Homem
Neuronal”, onde escreveu a sua teoria. Esta defendia que todo o
comportamento humano se pode explicar a partir de circuitos nervosos.
Conclusão esta tirada após o desenvolvimento do estudo da descodificação do
genoma humano e também das funções do cérebro, podendo estabelecer
relações entre os comportamentos e o funcionamento do cérebro.
O pólo adquirido determina a forma de ser e o comportamento do
ser humano através da educação, da influência do meio ambiente das
experiências sociais e culturais vividas pelo mesmo.
O estudo deste pólo extremo da dicotomia leva os investigadores a
explorar vários ambientes e os comportamentos dos seres humanos nesses
mesmos ambientes. Os suas investigações debruçam-se também sobre a
educação..
O comportamento dos indivíduos é explicado pelo que está presente
num contexto, o conjunto de estímulos sentidos num ambiente e o que é
aprendido numa dada situação, ou seja, os conceitos adquiridos através das
experiências e aprendizagens adquiridas na socialização.
Vários psicólogos defenderam esta posição.
Watson considerava que todo o comportamento humano é constituído
pelo conjunto de respostas aprendidas a determinados estímulos. Defendia
também que “nós somos o que o meio nos permite ser” e nosso desenvolvimento
depende apenas da existência ou não de condições favoráveis.
Bandura criou a teoria da aprendizagem social que consiste na
observação e na imitação de modelos sociais como origem de muitos dos
comportamentos humanos, ou seja, aprendizagem por modelagem, em que os
modelos a imitar são os indivíduos mais próximos, como por exemplo, os pais, os
professores, etc.
Esta teoria defende também os meios de comunicação como agentes
de aprendizagem.
O avanço das neurociências corresponde a uma procura progressiva
de explicações de muitos comportamentos humanos a partir de mecanismos e
características do funcionamento biológico e fisiológico (comportamentos,
pensamentos, emoções e perturbações mentais).
Da mesma forma que as teorias centradas no inato, na
hereditariedade e na natureza negam a existência de factores sociais
relativos à aprendizagem que sejam determinantes para a explicação das
características dos seres humanos e dos seus comportamentos, as teorias
focalizadas no adquirido, no meio e na educação negam a existência de
factores biológicos, genéticos, que possam contribuir de forma
determinante para a compreensão das características e comportamentos
manifestados pelos seres humanos.
Após todos estes estudos, Piaget concluiu que o sujeito tem um
papel activo na construção do pensamento e do conhecimento. Nestes
processos intervêm factores biológicos de maturação e factores
relacionados com o meio, assim fez uma síntese entre os dois pólos opostos
da dicotomia.
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Inato/adquirido