Êpen AUTARQUIA ASSOCIADA À UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO AVALIAÇÃO FUNCIONAL DE CÉLULAS DE CARCINOMA MAMÁRIO HUMANO T47D APÓS TRANSDUÇÃO COM ANTI-SENSE PARA A PROTEÍNA CARREADORA DE CÁLCIO S100P BETTINA BEiSSEL Dissertação apresentada como parte dos requisitos para obtenção do Grau de Mestre em Ciências na Area de Tecnologia Nuclear - Aplicações. Orientadora: Ora. Maria Helena Bellini São Paulo 2005 INSTITUTO DE PESQUISAS ENERGÉTICAS E N U C L E A R E S Autarquia a s s o c i a d a à Universidade de São Paulo Avaliação funcional de células de carcinoma mamário humano T47D após transdução com Anti-sense para a proteína carreadora de cálcio S100P Bettina Beíssel Dissertação apresentada como parte dos requisitos para obtenção do Grau de IVIestre em Ciências na Área de Tecnologia Nuclear - Aplicações. Orientadora: Dra. Maria Helena Beilini S ã o Paulo 2005 Prece de São Francisco de Assis Ó Senhor! Faze de mim um instrumento da Tua Paz: Onde há ódio, faze que eu leve o Amor; Onde há ofensa, que eu leve o Perdão; Onde há discórdia, que eu leve a União; Onde há dúvidas, que leve a Fé; Onde há erros, que eu leve a Verdade; Onde há desespero, que eu leve a Esperança; Onde há tristeza, que eu leve a alegria; Onde há trevas, que eu leve a luz. Ó mestre! Faze que eu procure menos Ser consolado, do que consolar; Ser compreendido, do que compreender; Ser amado, do que amar... Pois: É dando, que se recebe. É perdoando, que se é perdoado. É morrendo, que se vive para a vida eterna. Tradução de Manuel Bandeira Dedicatoria Dedico este trabalho ao Luiz Paulo, por toda paciência, a m o r e c o m p r e e n s ã o e aos nossos mais preciosos tesouros: Sofia e Mathias... Dedicatória e à minha IVIãe, que sempre acreditou nos m e u s s o n h o s ! iv Agradecimentos Agradecimentos Gostaria de agradecer i m e n s a m e n t e a todos aqueles que participaram da elaboração deste trabalho, direta ou indiretamente, possibilitando assim que ele pudesse ser concluído. Foram muitas pessoas especiais c o m as quais convivi e aprendi muito. Á Dra. Maria Helena Beilini, doutora pela U N I F E S P e pesquisadora do IPEN que me orientou neste trabalho, dividindo seu conhecimento e d a n d o - m e a oportunidade de c o n h e c e r o m u n d o da pesquisa. Ao Prof. Dr. Ismael Dale Cotrim Guerreiro da Silva, d o c e n t e Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo - do Escola Paulista de Medicina ( U N I F E S P - E P M ) por ter aberto as portas de seu laboratório e m e acolhido s e m p r e pronto para ensinar e colaborar. A o Prof. Dr. Néstor Schor, Professor Titular da disciplina de Nefrologia da U N I F E S P - E P M e P r ó - R e i t o r d e P ó s - G r a d u a ç ã o e Pesquisa da U N I F E S P - E P M , que possibilitou a realização de vários experimentos ao permitir que utilizasse seu laboratório. Ao Dr. J o ã o Bosco Pesqueiro, do Departamento de Biofísica da U N I F E S P - E P M , por ter possibilitado a realização da parte de biologia celular, permitindo que utilizasse o seu laboratório. Á Dra. Regina Affonso pelo apoio imensurável, pelo incentivo e principalmente pela a m i z a d e sincera. Ao IPEN e ao C N P q pela c o n c e s s ã o de recursos financeiros. À Naiara, Cristina, AIdrey, Fabíola, Tatiana, Márcio, Paulo, A n a Maria, e todas as pessoas felizes e a m i g a s do laboratório, de Ginecologia Molecular da UNIFESP-EPM. Agradecimentos vi A o Alberto, à Regiane, ao Marcelo, aos técnicos do laboratório e a t o d o s os d e m a i s que f a z e m o u fizeram parte do grupo do Dr. J o ã o Bosco pelo g r a n d e apoio e ensinamentos. À Dra. Maria Mitzie Brentani Docente do D e p a r t a m e n t o de Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, por ter-nos cedido as células T 4 7 D e à toda sua equipe que s e m p r e esteve disposta a nos auxiliar e m nossas dúvidas e m relação à cultura celular. À s amigas Enia Coutinho e Michelly França Piccoli pelo apoio e amizade. A o Dr. Vicente de Paulo Castro Teixeira, Doutor e m medicina, da disciplina de Nefrologia da U N I F E S P - E P M pelo apoio constante. A o Dr. Esper G e o r g e s Kallás e grupo do Laboratório de Imunologia da U N I F E S P - E P M pelo uso do citômetro de fluxo e à Dra. Maria Aparecida Daiboni do laboratório de Nefrologia pelo e n s i n a m e n t o da técnica de citometria. À Dra. Soraya Soubhi Smaili docente do Departamento Farmacologia, setor de Modo de A ç ã o de Drogas pelo uso do de microscópio confocal assim c o m o às técnicas do aparelho. À Dra. Olga Z a z u k o do IPEN pelo uso da sala de cultura e eterna simpatia. À Dra. Mônica Mathor do IPEN e grupo por ter cedido material e pelo apoio constante. E a todo o grupo do laboratório de Nefrologia que m e acolheu e me ajudou muito, principalmente ao Marcos Antonio C e n e d i z e pelo apoio e n o r m e no que se refere ao uso do P C R e m t e m p o real. Resumo vii A v a l i a ç ã o funcional de células de c a r c i n o m a m a m á r i o h u m a n o T 4 7 D após t r a n s d u ç ã o c o m Anti-sense para a proteína carreadora de cálcio S 1 0 0 P Bettina Beissel RESUMO A proteína 81 OOP é um membro da familia carreadora de cálcio 3100 e foi isolada, primeiramente, de placenta humana por Emoto e cois., em 1992. Vários estudos apresentaram fortes indícios sobre o seu envolvimento em processos neoplásicos, porém ainda não se conhece sua real função biológica. No tecido mamário, a 81 OOP foi detectada em carcinomas invasivos de células ductals. Sua presença em altas concentrações nestas células foi considerada um forte indicativo de progressão tumoral in vivo, e acredita-se que ela tenha um importante papel na imortalização de células epiteliais mamárias in vitro. Neste trabalho descrevemos a construção do vetor retroviral pLXSN com o gene da proteína 81 OOP em sentido anti-sense, a transdução deste gene para células de carcinoma mamário T47D e o estudo destas células após a transdução. Para este estudo, utilizamos primeiramente a técnica de PCR em tempo real para a quantificação da expressão gênica. Os resultados demonstraram uma redução de 63% da expressão dos clones T47D8100P-A/S em relação à expressão dos clones T47DLX8N controle. Realizamos então, ensaio de imunofiuorescência em Microscópio confocal para avaliar a técnica anti-sense em relação à expressão proteica. Nas imagens notamos uma marcação do anticorpo da proteína S I OOP bem menos pronunciada nas células T47DS100P-A/8 em relação às células controle. Encerramos o trabalho com ensaios de citometria de fluxo para avaliar uma eventual alteração no ciclo celular. Os resultados mostraram que o grupo controle apresentou uma média de 34,04% das células na fase 8 do ciclo celular enquanto que o grupo das células transduzidas apresentou uma média de 26,40% na mesma fase. Houve, portanto uma redução de 23% de células na fase 8 entre o grupo de células controle e das que receberam o vetor retroviral com anti-sense. Estes resultados demonstraram que a técnica de anti-sense foi eficiente para diminuir a expressão gênica e proteica da proteína carreadora de cálcio 81 OOP em células T47D, confirmando ser esta uma interessante ferramenta nos estudos de expressão gênica, além de sugerir a continuidade dos estudos com estes clones em ensaios in vivo. Resumo vii A v a l i a ç ã o funcional de células de c a r c i n o m a m a m á r i o h u m a n o T 4 7 D após t r a n s d u ç ã o c o m Anti-sense para a proteína carreadora de cálcio S 1 0 0 P Bettina Beissel RESUMO A proteína 81 OOP é um membro da familia carreadora de cálcio 8100 e foi isolada, primeiramente, de placenta humana por Emoto e cois., em 1992. Vários estudos apresentaram fortes indícios sobre o seu envolvimento em processos neoplásicos, porém ainda não se conhece sua real função biológica. No tecido mamário, a 81 OOP foi detectada em carcinomas invasivos de células ductals. 8ua presença em altas concentrações nestas células foi considerada um forte indicativo de progressão tumoral in vivo, e acredita-se que ela tenha um importante papel na imortalização de células epiteliais mamárias in vitro. Neste trabalho descrevemos a construção do vetor retroviral pLXSN com o gene da proteína 81 OOP em sentido anti-sense, a transdução deste gene para células de carcinoma mamário T47D e o estudo destas células após a transdução. Para este estudo, utilizamos primeiramente a técnica de PCR em tempo real para a quantificação da expressão gênica. Os resultados demonstraram uma redução de 63% da expressão dos clones T47D8100P-A/8 em relação à expressão dos clones T47DLX8N controle. Realizamos então, ensaio de imunofiuorescência em Microscópio confocal para avaliar a técnica anti-sense em relação à expressão proteica. Nas imagens notamos uma marcação do anticorpo da proteína 81 OOP bem menos pronunciada nas células T47DS100P-A/8 em relação às células controle. Encerramos o trabalho com ensaios de citometria de fluxo para avaliar uma eventual alteração no ciclo celular. Os resultados mostraram que o grupo controle apresentou uma média de 34,04% das células na fase 8 do ciclo celular enquanto que o grupo das células transduzidas apresentou uma média de 26,40% na mesma fase. Houve, portanto uma redução de 23% de células na fase 8 entre o grupo de células controle e das que receberam o vetor retroviral com anti-sense. Estes resultados demonstraram que a técnica de anti-sense foi eficiente para diminuir a expressão gênica e proteica da proteína carreadora de cálcio 81 OOP em células T47D, confirmando ser esta uma interessante ferramenta nos estudos de expressão gênica, além de sugerir a continuidade dos estudos com estes clones em ensaios in vivo. Abstract viii Functional evaluation of h u m a n breast c a n c e r cell line T 4 7 D after anti-sense transduction w i t h S 1 0 0 P c a l c i u m - b i n d i n g protein. Bettina Beissel ABSTRACT S 1 0 0 P is a m e m b e r of the S 1 0 0 EF-hand calcium binding protein family and w a s first purified from h u m a n placenta by Emoto and colleagues (1992). There is considerable evidence that S I OOP is involved in neoplastic processes, but t h e real function and effect of this molecule are still u n k n o w n . In breast tissue, S I OOP has been detected in ductal invasive carcinoma. Its presence in high concentration in these cells was considered a strong indication of tumor progression in vivo and it is believed that S I OOP might play an important role in the immortalisation of h u m a n breast epithelial cells in vitro. In this study w e describe the construction of the retroviral vector p L X S N with the S 1 0 0 P g e n e in antisense orientation, the introduction of this g e n e into T 4 7 D cells and the study of this cells after transduction. First w e used the real time P C R technique to quantify the g e n e expression. T h e results s h o w a reduction of 6 3 % of expression within the T 4 7 D S 1 0 0 P - A / S infected population c o m p a r e d with control T 4 7 D L X S N clones. To determine the impact of the S I OOP antisense technique o n protein expression in T 4 7 D cells, w e performed i m m u n o f l u o r e s c e n c e staining and analysed the resulting images using a confocal microscope. T h e i m a g e s s h o w e d m u c h less pronounced antibody marking of the S I OOP protein in the T 4 7 D S 1 0 0 P - A / S cells c o m p a r e d with control cells. To evaluate whether the antisense a p p r o a c h could c a u s e any alteration in t h e cell cycle, w e finished the study with flow cytomethc analysis of the cell distribution. This cell cycle analysis confirmed a reduction of 2 3 % in the Sphase fraction of the T 4 7 D S 1 0 0 P - A / S cell group c o m p a r e d with control group. T h e s e results s h o w that the antisense m e t h o d o l o g y w a s efficient in decreasing expression of the S I OOP g e n e and protein levels in T 4 7 D cells in vitro and suggest that these clones should be used for in vivo studies. Sumário ix SUMARIO Página 1. ÍNTRODUÇÀO 1 1.1 Carreadores de Cálcio 1 1.2 Família S I 00 2 1.3 S100P 8 1.4 C â n c e r de m a m a 11 1.5 Técnica anti-sense 13 2. OBJETIVOS DO TRABALHO 16 3 MATERIAIS E MÉTODOS 17 3.1 MATERIAIS 17 3.1.1 Equipamentos e acessórios principais 17 3.1.2 Principais reagentes 19 3.1.3 Principais reagentes utilizados para biologia molecular 20 3.1.4 Principais reagentes para cultura celular 21 3.1.5 Oligonucleotídeos 21 3.1.6 Vetor Retroviral 22 3.1.7 Linhagens celulares 24 3.1.7.1 Fibroblastos NIH-3T3 24 3.1.7.2 Fibroblastos G P + E 8 6 24 3.1.7.3 Fibroblastos G P + e n v + A m 1 2 24 3.1.7.4 Células T 4 7 D 24 3.2 MÉTODOS 25 3.2.1 Construção do vetor retroviral 25 3.2.1.1 Obtenção do c D N A da S I OOP 25 3.2.1.2 S e q ü ê n c i a m e n t o da S 1 0 0 P 25 3.2.1.3 Construção de Oligonucleotídeos 26 3.2.1.4 Amplificação do c D N A da S1 OOP pelo método de P C R 27 3.2.1.5 Extração do Produto de P C R 27 3.2.1.6 Preparação do vetor p L X S N 28 CCMSSÃO l#iTOML Dfc" mñ&A MÜCLhA.R/SP-iPEi^ Sumário 3.2.1.7 3.2.2 x Ligação da S I OOP ao vetor retroviral p L X S N 28 T r a n s f o r m a ç ã o e m bactérias c o m p e t e n t e s D H 5 a 28 3.2.3 Amplificação dos p l a s m i d e o s 29 3.2.4 Extração e purificação dos plasmideos L S 1 0 0 P S N - Mini Prep 29 3.2.5 Análise de Restrição 30 3.2.6 Preparação das células de e m p a c o t a m e n t o 30 3.2.7 Transfecção transiente e m células G P + E 8 6 c o m cloreto de cálcio 30 3.2.8 Infecção p e r m a n e n t e 31 3.2.9 Titulação 32 3.2.10 Cultura de células d e carcinoma m a m á r i o T 4 7 D 34 3.2.111nfecção d a s células T 4 7 D 34 3.2.12 Extração d e R N A d a s células T 4 7 D 35 3.2.13 Análise da pureza do RNA por eletroforese 35 3 . 2 . 1 4 O b t e n ç ã o d e c D N A pelo método d e transcrição reversa 36 3.2.15 Reação d e polimerização em cadeia e m t e m p o real ( P C R em t e m p o real)37 3.2.16 Ensaio de Imunofluorescência e m Microscopia Confocal 38 3 . 2 . 1 7 Ensaio d e Citometria d e Fluxo 39 4 40 4.1 Resultados Seqüênciamento 40 4.2 Obtenção do c D N A da S I OOP 41 4.2.1 Amplificação pela técnica de P C R 41 4.2.2 Preparação do c D N A da S I OOP para o vetor p L X S N 41 4.3 Preparação do vetor p L X S N 42 4.4 Ligação do c D N A da proteína S I OOP ao vetor retroviral p L X S N 43 4.5 Análise de restrição 44 4.6 Preparação das células de e m p a c o t a m e n t o Fibroblastos G P + E 8 6 45 4.6.1 Transfecção Transiente e Infecção permanente 45 4.7 Título viral apresentado pelas células anfotroficas para os clones A m i 2 L S 1 OOPSN-anti-sense 46 4.8 Cultura de células d e carcinoma ductal mamário T 4 7 D 48 4.9 Infecção d a s células de carcinoma mamário T 4 7 D 48 4.10 Obtenção d e RNA 50 4.10.1 Extração d e RNA d o s clones T 4 7 D L S 1 0 0 P S N - A / S e T 4 7 D L X S N 50 Abstract xi 4.10.2 Eletroforese para avaliar a qualidade do R N A 51 4.11 52 Amplificação e quantificação do c D N A 4.11.1 Reação e m cadeia da Polimerase e m t e m p o real 52 4.11.2 Gel de agarose para confirmação do produto de P C R e m tempo real 56 4.12 Microscopia confocal 57 4.13 Ensaio de citometria de fluxo 59 5 DISCUSSÃO 63 6 CONCLUSÕES 71 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 72 Lista de Tabelas xii Lista de T a b e l a s Página Tabela 4.1 Título viral apresentado pelas células anfotroficas A m 1 2 L S 1 0 0 P S N Anti-sense Tabela 4.2 Título viral apresentado pelas células anfotroficas A m 1 2 L X S N 47 47 Tabela 4.3 Rendimento da extração de RNA total de células T 4 7 D a p ó s o processo de extração c o m trizol 51 Tabela 4.4 Relação de expressão adquirida a partir das médias dos C T ' s 55 Tabela 4.5 Distribuição das células no ciclo celular, valores estão expressos e m porcentagem e c o r r e s p o n d e m à média e erro padrão dos resultados de 4 ensaios e m duplicata 61 Lista de Figuras xiii Lista de Figuras Página Figura 1.1 Representação esquemática da estrutura secundária da proteína S I 00, que apresenta os dois domínios EF de ligação ao cálcio (DonatOo, 2001 ) 3 Figura 1.2 Desenho da mão EF 3 Figura 1.3 Representação e s q u e m á t i c a do rearranjo de um d í m e r o de proteína S100 a p ó s a ligação ao ion cálcio 5 Figura 1.4 Representação esquemática das vias de ação intra e extracelulares das proteínas S I 0 0 (Marenholz I. e cois., 2004) 6 Figura 1.5 E s q u e m a da técnica de anti-sense 14 Figura 3.1 Vetor retroviral p L X S N c o m seus elementos principais: 23 Figura 3.2 E s q u e m a da Transfecção transiente e m linhagem ecotrófica 32 Figura 3.3 E s q u e m a da titulação e m células NIH-3T3 33 Figura 4.1 E s q u e m a da amplificação por PCR 41 Figura 4.2 Gel de agarose 1 % , c o m a representação do f r a g m e n t o do c D N A da S I OOP, utilizado para a construção do vetor L S 1 0 0 P S N 42 Figura 4.3 Gel de agarose 1 % , c o m a representação do f r a g m e n t o do vetor p L X S N , utilizado para a construção do vetor L S 1 0 0 P S N 42 Figura 4.4 E s q u e m a da construção do vetor L S I OOPSN-anti-sense 43 Figura 4.5 Desenho da análise de restrição c o m a enzima Saci 44 Figura 4.6 Gel de agarose 1 % 45 Figura 4.7 Clone A m 1 2 L S 1 0 0 P S N - a n t i - s e n s e - 6 corado c o m R o d a m i n a B 46 Figura 4.8 Célula T 4 7 D e m cultura 48 Figura 4.9 Célula T 4 7 D infectada c o m o Clone A m 1 2 L S 1 0 0 P S N anti-sense/4, 7 dias a p ó s o inicio da seleção c o m G 4 1 8 49 Figura 4.10 Células T 4 7 D s e m vetor L X S N , a p ó s 7 dias de seleção c o m o antibiótico G-418 Figura 4.11 ribossomais Gel 50 de agarose com MOPS apresentando as subunidades 28S e 18S e d e m o n s t r a n d o a integridade e a excelente qualidade do R N A extraído cmss^f) HKiümL Dt" EmmA NUCLEAR/SP-ÍPEÑ 51 51 Lista de Figuras Figura 4.12 Gráfico obtido em um dos ensaios de PCR em tempo apresentando o padrão de expressão da ciclofilina A e m todos os clones Figura 4.13 Gráfico obtido em um dos ensaios de PCR em tempo xiv real 53 real apresentando o padrão de expressão da SlOOP.em todas as amostras em triplicata 53 Figura 4.14 Gráfico obtido em um dos ensaios de PCR em apresentando o padrão de expressão das células T 4 7 D - L X S N tempo real para o g e n e endógeno e para o g e n e da S I OOP 54 Figura 4.15 Gráfico de P C R e m t e m p o real apresentando a expressão do Clone T47DLS100PSN-A/S 4 54 Figura 4.16 Gráfico d e m o n s t r a n d o a relação de expressão obtida e m P C R e m tempo real 56 Figura 4.17 Ge! de agarose 1,5% c o m produto do P C R e m t e m p o real 57 Figura 4.19 Gráfico gerado pelo programa ModFit c o m a representação das fases do ciclo celular 60 Figura 4.20 Gráfico gerado pelo programa ModFit c o m a representação das fases do ciclo celular do clone T 4 7 D L S 1 0 0 P S N - A / S 4 de acordo c o m a quantidade de DNA marcado 60 Figura 4.21 Histograma d e m o n s t r a n d o a distribuição de fases de ciclo celular das células T 4 7 D - L X S N e do clone T 4 7 D - L X S N - A / S 4. Resultados expressos c o m o média ± E P 62 Introdução 1 1.1 1 INTRODUÇÃO C a r r e a d o r e s de Cálcio U m a das mais difundidas vias de sinalização intracelular está baseada no uso de s e g u n d o s mensageiros, assim c o m o o cálcio, que é um s e g u n d o mensageiro extremamente comum e versátil e que controla uma grande variedade de processos celulares. Desde o início da vida, este íon está envolvido e m processos vitais, c o m o mediador da fertilização e regulador de alguns dos processos do ciclo celular da fase embrionária. Já c o m o s e g u n d o mensageiro, age na transdução de estímulos extracelulares e m respostas intracelulares (Kirby e cols., 1992; Muller, A e cols., 1999). U m a propriedade que o torna um mensageiro intracelular altamente a d e q u a d o é o fato de se ligar f i r m e m e n t e ás proteínas. O Cálcio intracelular está envolvido no m e c a n i s m o de c o n d u ç ã o e transmissão de impulsos nervosos, contração muscular, motilidade celular, secreção, transcrição, apoptose, diferenciação, expressão gênica, e necrose entre outros (Berridge, 1997; Donato, 2001). Este íon t e m portanto u m importante papel na regulação do crescimento e diferenciação das células eucariotas, e um desequilíbrio em sua patológicos, como homeostasia cardiomiopatias, pode levar a hipertensão uma e série de inclusive processos contribuir na f o r m a ç ã o tumoral ( H e i z m a n n e B r a u n , 1995). O nível de cálcio intracelular d e v e ser mantido baixo porque o s esteres fosfato são muito a b u n d a n t e s e os fosfatos de cálcio são bastante insolúveis, para isto, todas as células t ê m sistemas de transporte para remoção de cálcio. O nível citossólico de cálcio e m células não excitadas é de a p r o x i m a d a m e n t e 0,1 p M , muitas vezes m e n o r do que a concentração do meio extracelular. Vários são os m e c a n i s m o s que a t u a m na homeostasia do intracelular, e entre eles d e s t a c a m - s e as proteínas carreadoras de cálcio. cálcio Introdução Estas proteínas são as peças chave na transdução da sinalização e interação do cálcio c o m seus diferentes alvos ( M a n d i n o v a , A, e cols. 1998). Há um grande número de proteínas carreadoras de cálcio que a t u a m na sinalização intracelular e na manutenção da homeostasia do cálcio, porém a maior representante é a família de proteínas S I 0 0 (Mueller, A. e cols., 1999), parte importante deste estudo. 1.2 Família S 1 0 0 Os primeiros m e m b r o s descritos desta família f o r a m as proteínas S 1 0 0 B e S 1 0 0 A 1 , isoladas de cérebro de bovinos e d e n o m i n a d a s S100 por serem solúveis e m u m a solução 1 0 0 % saturada de sulfato de a m ó n i a (Donato, 2001). A s proteínas carreadoras de cálcio da família S I 0 0 estão envolvidas na regulação de u m a grande variedade de processos intracelulares e extracelulares. Entre estes processos estão o crescimento celular, a mobilidade celular, a regulação do ciclo celular, a transcrição e diferenciação, a regulação de atividades enzimáticas e a regulação da homeostasia do cálcio ( E n g e l k a m p e cols.,1992; Pedrocchi e cols., 1994; Donato, 2003). Essa regulação de diferentes processos celulares é devida á interação c o m diferentes proteínas alvo (Mueller, A. e cols., 1999) m a s não a p r e s e n t a m ação enzimática conhecida (Zimmer e cols. 2003). Geralmente, essas proteínas f o r m a m h o m o d i m e r o s ou heterodimeros, porém t a m b é m já f o r a m descritas f o r m a n d o h e x â m e r o s (Moroz O.V. e cols., 2002). T o d o s os m e m b r o s p o s s u e m um arranjo estrutural e m c o m u m , c o m d u a s regiões que a p r e s e n t a m diferentes afinidades pelo cálcio conhecidas por EF-hand ou mãos EF. A t u a l m e n t e , a partir da homología das seqüências de aminoácidos e outras propriedades membros desta moleculares, família, que está mais de presente 20 proteínas são exclusivamente em consideradas vertebrados (Donato, 2 0 0 1 ; Girolamo, P., 2003). Dos mais de 2 0 g e n e s h u m a n o s descritos até agora, 16 encontram-se agrupados no c r o m o s s o m o 1 q 2 1 . Sua estrutura gênica é altamente conservada, geralmente c o m p r e e n d e n d o três exons e dois introns. Elas p o s s u e m entre 2 2 % e 5 7 % de homología na seqüência de a m i n o á c i d o s e variam entre 79 e a m i n o á c i d o s (Marehnolz, 114 I. e cols., 2 0 0 4 ; E n g e l k a m p , D . e cols. 1993). São proteínas de baixa massa molecular variando entre 9 e 13 kDa (Donato, 2003). Introdução O que caracteriza esta familia é sua estrutura altamente conservada f o r m a d a por d u a s regiões que a p r e s e n t a m diferentes afinidades pelo cálcio conhecidas por EF-hand ou mãos EF. C a d a região é f o r m a d a por u m a a hélice, u m a alça de ligação ao cálcio e u m a outra a hélice. Portanto, a maioria destas proteínas possui dois centros de ligação ao cálcio conforme pode ser visualizado na figura 1.1. C a d a um d o s centros é f o r m a d o pelas hélices E e F dessa proteína, que são posicionadas c o m o o d e d o indicador e o polegar da mão direita, f o r m a n d o um ângulo de 9 0 graus (Fig. 1.2), daí a d e n o m i n a ç ã o mão EF. O centro de ligação ao cálcio é f o r m a d o por u m a alça entre essas hélices. LI Hl L2 H Híl H III HIV Figura 1.1 Representação esquemática da estrutura secundária da proteína S I 00, que apresenta os dois domínios EF de ligação ao cálcio (Donato, 2001). L1 e L2: H: HI,HII,HllleHIV: N: C: Figura 1.2 Desenho da mão EF centros de ligação ao cálcio alça de ligação dos dois domínios EF a hélices região N terminal região C terminal Introdução O modelo de interação entre as proteínas S 1 0 0 e as proteínas alvo ou receptores de proteínas já foi exaustivamente proposto. Foi d e m o n s t r a d o para uma série de proteínas S 1 0 0 que, ao se ligarem ao cálcio sua forma apo-inativa, sofre u m a m u d a n ç a conformacional que expõe importantes resíduos hidrofobicos ao solvente. De acordo c o m o modelo atual, esse a u m e n t o hidrofóbico leva a uma m u d a n ç a estrutural da superfície da proteína permitindo a interação c o m a proteína alvo (Ghbenko,A. e cols. 1998; Girolamo,P., 2003; Z h a n g e cols., 2003). Portanto, conformacional, após a tratando-se ligação ao normalmente Cálcio de um ocorre rearranjo uma da mudança hélice III (Marenholz, I. e cols., 2004) que e x p õ e m resíduos hidrofóbicos na região da dobradiça, responsável pela ligação da proteína S 1 0 0 à proteína alvo (Fig. 1.3). P o r é m , o m o d o de interação c o m os diferentes alvos entre o s distintos m e m b r o s da família é bem variado (Marenholz, I. e cols., 2004). Várias análises bioquímicas e estruturais demonstraram que as proteínas S100 f o r m a m d í m e r o s e esta d i m e h z a ç ã o parece ser crucial para a interação da S I 0 0 ao cálcio (Koltzscher e Gerke, 2000). A p e n a s um m e m b r o da família ocorre na f o r m a de m o n ô m e r o , trata-se de calbindin 3 (Marenholz, I. e cols., 2004). Normalmente são isolados na forma de homodimeros, porém a diversidade de suas f u n ç õ e s biológicas provavelmente a u m e n t a pelas f o r m a ç õ e s de heterodimeros c o m s u b u n i d a d e s de outros m e m b r o s da família S I 0 0 ( W a n g , G. e cols., 2004). Introdução Sítio de ligação adaptado de Marenholz e cols. 2004 Figura 1.3 Representação esquemática do rearranjo de u m dímero de proteína S100 a p ó s a ligação ao íon cálcio. Em azul claro e azul escuro aparece u m m o n ô m e r o c o m a região de ligação á proteína alvo e m azul turquesa e o outro m o n ô m e r o aparece e m tons de vermelho. O cálcio está representado e m amarelo mostrando que cada subunidade de S 1 0 0 possui dois sítios de ligação ao cálcio. A p ó s a ligação ao cálcio, as S 1 0 0 e x p õ e m resíduos hidrofóbicos, responsáveis pela ligação á proteína alvo. A região carboxi-terminal tem alta afinidade pelo cálcio, a p r o x i m a d a m e n t e 100 x superior (Donato, 2003) e m relação à região a m i n o terminal que apresenta baixa afinidade ao cálcio ( H e i z m a n n e Braun, 1995; Schäfer e H e i z m a n n , 1996). A região C terminai c o n t é m a seqüência clássica, c o m u m a t o d a s as proteínas carreadoras de cálcio EF. Consiste em uma seqüência de 12 aminoácidos. Já na região N terminal há uma seqüência diferente da seqüência típica da EF, porém específica para os m e m b r o s da subfamilia S I 0 0 , consistindo e m uma seqüência c o m p o s t a por 14 a m i n o á c i d o s (Schäfer e H e i z m a n n , 1996; Marenholz, I. e cols., 2004). Introdução A l é m de f o r m a r e m h o m o d i m e r o s e heterodimeros alguns m e m b r o s da família t a m b é m f o r m a m estruturas multiméhcas que parecem estar envolvidas c o m a ação extracelular destas proteínas. A l g u m a s destas f o r m a ç õ e s f o r a m descritas c o m S 1 0 0 A 1 2 (Moroz, O. V. e cols., 2002), S 1 0 0 A 4 (Novitskaya, V. e cols., 2000) e S 1 0 0 B (Barger, S. W . e cols., 1992; Huttunen,H. E cols. 2000). Foi proposto que estas f o r m a ç õ e s d e s e n c a d e i a m a ligação ao receptor F^GE (receptor for a d v a n c e d glycation end product o u e m português: receptor para o produto final glicosilado) que por sua vez ativa a cascata d e sinalização intracelular (Fig. 1.4) (Marenholz, I. e cols. 2004). Figura 1.4 Representação esquemática das vias de ação intra e extracelulares das proteínas S I 0 0 (Marenholz I. e cols., 2004) O m e c a n i s m o de sinalização intracelular ativado pelo R A G E ainda não está c o m p l e t a m e n t e elucidado, mas sabe-se que a ligação ao FíAGE leva a estimulação de Erk, Jak/Stat e Rho e à ativação do fator de transcrição NF-kp ( A r u m u g a m , T, e cols. 2004) e parece induzir a ativação de C d c 4 2 / R a c e M A P Quinase (Hsieh, HL e cols. 2004). No caso de células cancerosas, a ativação do F^GE foi relacionada c o m a estimulação da proliferação, sobrevivência motilidade celular ( A r u m u g a m , ! . e cols, 2004). ccMssÃo tmomi DE tm&h ¡M.n.KBj'Sp-í'Pín e Introdução A primeira interação de um m e m b r o da família S100 c o m este receptor foi relatada por Hoffmann e cols., em 1999, o n d e a ligação da S 1 0 0 A 1 2 c o m o R A G E sugere estar envolvida e m processos inflamatorios. A maioria d o s m e m b r o s da família apresenta alta especificidade por diferentes tecidos, por exemplo, CalbindinS, por células intestinais; S 1 0 0 A 8 e S 1 0 0 A 9 , células granulomatosas e monócitos; S 1 0 0 A 2 , tecido renal e pulmonar; S 1 0 0 A 7 , células epiteliais (Girolamo, P., 2003) e S I OOP, pelo tecido m a m á r i o . O s c o m p o n e n t e s da família S 1 0 0 a p r e s e n t a m diferentes padrões de expressão nos diversos tecidos h u m a n o s , tanto e m condições normais c o m o e m patológicas (Gribenko,A.V. e Makhatadze,G.I, 1998). O interesse por essas proteínas v e m crescendo nos últimos a n o s e m decorrência da sua expressão diferenciada e m tecidos neoplásicos, m e s m o e m estágios iniciais, e do seu envolvimento e m processos metastáticos (llg.E.C. e cols., 1996; Gribenko,A.V, e Makhatadze, G.1,1998; Heizmann,C. 2002). Alterações nas expressões gênicas de m e m b r o s da família S I 0 0 f o r a m descritas e m d o e n ç a s c o m o síndromes de D o w n e Alzheimer, inflamação crônica, fibröse cística, psoríase, epilepsia e cardiomiopatias (van Eldik e Griffin, 1994; Nacken W . e cols. 2 0 0 3 ; H e i z m a n n , 0 . 2002), bem c o m o uma série de neoplasias do páncreas, próstata (Cmogorac-Jurcevic,T. e cols. 2003; Amler,L.C. e cols. 2 0 0 0 ; lacobuzio-Donahue,C.A. e cols. 2 0 0 2 ; Sato, N. e cols. 2004) e m a m a (Da Silva,I.D.C.G. e cols. 2 0 0 0 ; Mackay, A. e cols. 2 0 0 3 ; Emberley,E.D. e cols. 2004). Já a S 1 0 0 A 2 , foi encontrada pouco expressa e m células tumorais, sugerindo ser u m a candidata para supressão gênica (Lee e cols., 1992). A S 1 0 0 A 6 foi encontrada sendo super expressa e m u m a série de tecidos tumorais (Schäfer,B.W. e H e i z m a n n , C . W . 1996) e a S 1 0 0 A 4 está associada a u m a baixa taxa de sobrevida e m pacientes c o m câncer de m a m a além de induzir metástases e m ratos (Rudland,P. e cols. 2000). Como nos últimos anos têm-se descoberto vários processos patológicos relacionados a uma alteração da concentração de cálcio devido a alterações de expressão de seus carreadores, esses fatos t ê m a u m e n t a d o muito o interesse científico e m relação a essa classe de proteínas (Mandinova, A. e cols, 1998; H e i z m a n n , C . W . e Braun,K. 95 ). A tabela 1.1 foi construída a partir de um trabalho de Schäfer e Heizmann (1996) que correlaciona diferentes m e m b r o s da família S I 00 com diversas patologias. Introdução 8 Tabela 1.1 Correlação de alguns m e m b r o s da família S I 00 c o m patologias. Proteína Patologias associadas S100A1 Cardiomiopatias S100A2 Câncer de m a m a S I 00A3 Câncer S100A4 C â n c e r de m a m a , Metástases S100A5 Câncer S100A6 Melanomas S100A7 Câncer de M a m a S100A7L1/A15 Psoríase S100A8 Fibrose cística e processo inflamatório S100A9 Processos inflamatórios S100A10 Câncer S100B Mal de Alzheimer e síndrome de D o w n S100P C â n c e r de m a m a , próstata, pâncreas Anticorpos anti-SIOO vêm sendo empregados em hospitais para classificação do tipo tumoral pela técnica d e imunohistoquímica tanto e m adultos c o m o e m crianças, incluindo t u m o r e s n e u r o e n d ó c h n o s benignos c o m o malignos, carcinoma de tireóide, m e l a n o m a e carcinoma renal sendo os principais alvos de estudo as S 1 0 0 A 1 e S 1 0 0 B (Pedrocchi,M. e cols., 1994; llg,E.C. e cols., 1996). S e g u n d o Mueller.A. e cols., as proteínas S 1 0 0 provavelmente t ê m u m papel crucial na regulação da homeostasia do cálcio e m células tumorais. 1.3 S100P A S I OOP é u m a proteína carreadora de cálcio, pertencente à família S 1 0 0 , originalmente isolada a partir de placenta h u m a n a (Emoto,Y. e cols., 1992). Possui 95 aminoácidos, massa molecular de 10,4 kDa, e é o único m e m b r o da família S I 0 0 cujo g e n e está localizado no c r o m o s o m o 4 p 1 6 (Becker,T. e cols., 1992). Até pouco t e m p o , acreditava-se que se apresentava a p e n a s na f o r m a homodimérica, p o r é m , W a n g , G . e colaboradores, 2004, mostraram que a S I OOP Introdução pode f o r m a r h e t e r o d i m e r o s com a S 1 0 0 A 1 . A S 1 0 0 A 1 é uma proteína de 9 3 aminoácidos e apresenta 5 0 % de similaridade c o m a S 1 0 0 P . A m b a s estão envolvidas e m diferentes patologias h u m a n a s . A estrutura molecular da S 1 0 0 P já foi minuciosamente descrita e a proteína foi cristalizada por Z h a n g e cols., e m 2 0 0 2 , porém ainda não se c o n h e c e a real f u n ç ã o da S 1 0 0 P . Existem várias e s p e c u l a ç õ e s sobre seu m e c a n i s m o d e ação dentro d a s células normais, b e m c o m o nas células tumorais. Vários são o s estudos q u e levam a considerações muito fori:es sobre a participação da S 1 0 0 P em processos neoplásicos. A expressão da S 1 0 0 P foi descrita e m várias linhagens celulares de câncer ( A r u m u g a m , T. e cols, 2004). Acredita-se que a S 1 0 0 P seja uma das moléculas envolvidas no controle do ciclo celular cujo desequilíbrio leva a célula a se tornar imortal. Outra especulação está relacionada com sua atuação e m relação ao acúmulo de cálcio extracelular ou microcalcificações, o que por sua vez auxilia no diagnóstico clínico precoce do câncer de m a m a (Da Silva, l.e cols., 2000). A expressão da S 1 0 0 P foi descrita e m células epiteliais do esófago e m diferenciação, indicando que provavelmente participe normalmente desse processo ( S a t o , N . e Hitomi,J. 2002). Foi o b s e r v a d o t a m b é m que a S 1 0 0 P pode interagir c o m a proteína do citoesqueleto ezrina de u m a maneira d e p e n d e n t e de cálcio, trata-se de u m a ligação altamente específica, e c o m isso influenciar sua habilidade de se ligar à actina e o s autores postularam haver u m a possível ligação c o m o poder de métastase e m células cancerosas (Koltzscher,M. e cols., 2003). No tecido m a m á r i o , a S 1 0 0 P foi detectada e m células de carcinoma ductal invasivo. A presença dessa proteína e m altas concentrações, nas células neoplásicas m a m a r i a s , é um forte indicativo de progressão tumoral in vivo. A l é m disso, acredita-se que a S 1 0 0 P tenha u m importante papel na imortalização de células epiteliais m a m a r i a s in vitro (Da Silva,I e cols., 2000). A s carreadoras de cálcio S100 vêm d e s p e r t a n d o interesse por sua proteínas expressão diferenciada e m tecidos neoplásicos, m e s m o e m estágios iniciais e por seu envolvimento e m processos metastáticos (llg,E.C. e cols., 1996; Gribenko,A.V. e Makhatadze, G.I.,1998; Heizmann,C, 2002). Há indícios de que a S100P participe também do processo carcinogênico da próstata humana o n d e t e m sido associada ao carcinoma não Introdução 10 d e p e n d e n t e de hormônio e ao processo metastático (Gribenko, A.V. e cols., 1998; Averboukh,L. e cols., 1996, Mousses,S. e cols., 2 0 0 2 ; A m l e r , L . C . e cols., 2 0 0 0 ; Diederichs.S., e cols. 2004). Sua expressão t a m b é m foi detectada no epitelio pancreático no qual havia se f o r m a d o um a d e n o c a r c i n o m a ( L o g s d o n , C . D . e cols., 2003). A l é m disso, a expressão da S I OOP t a m b é m foi relacionada c o m a diminuição da sobrevida de pacientes c o m câncer de pulmão (Beer,D.G. e cols., 2002). A r u m u g a m e cols., e m 2 0 0 4 , observaram que a adição de S I OOP exógeno em células da linhagem de camundongos NIH-3T3 aumenta a proliferação celular e a sobrevivência das células após estímulos apoptóticos. C o m p a r a n d o - s e células tumorais c o m células normais adjacentes in vivo, Da Silva e cols., 2 0 0 0 , d e t e c t a r a m que o gene da S I OOP encontrava-se de 2 a 20 vezes mais expresso no tecido t u m o r a l . O m e s m o resultado foi obtido a partir de células de linfonodos de pacientes c o m diagnóstico positivo para carcinoma m a m á r i o intraductal invasivo, o n d e a S I OOP t a m b é m aparecia 20 vezes mais a u m e n t a d a (Da Silva, I.D.C.G e cols, 2000). Em t e s e apresentada à Faculdade de Medicina da Universidade de S ã o Paulo e m 2 0 0 4 , A n a P. T. Shor, d e m o n s t r o u haver forte associação entre a S I OOP e o receptor de estrogênio na distinção do potencial de hsco das lesões histológicas, confirmando transformação o papel importante da S I OOP no processo de maligna. O b s e r v a n d o ainda que a ausência da proteína torna praticamente nula a possibilidade de progressão t u m o r a l , e mais ainda que sua a ç ã o d e p e n d e t a m b é m do receptor de estrogênio. No tecido m a m á h o , a S I OOP foi detectada e m situações que vão d e s d e hiperplasia ductal atípica, até carcinoma in situ e carcinoma intraductal invasivo, porém não e m tecido de m a m a normal, o que levou a crer que a S I OOP t e m um papel importante no processo tumoral (Da Silva, I., e cols. 2000). O papel funcional da S I OOP na imortalização e transformação de células epiteliais m a m á r i a s não está elucidado. Tudo indica que ela está envolvida e m múltiplos processos biológicos, c o m o , por e x e m p l o , na ativação de enzimas envolvidas na progressão do ciclo celular. Por todos estes motivos e acreditando na importância desta proteína nos processos neoplásicos, principalmente relacionados ao câncer de m a m a , resolvemos estudar u m pouco mais sobre esta proteína. Introdução 1.4 11 C â n c e r de m a m a Segundo o Instituto Nacional de C â n c e r (INCA), do Ministério da Saúde, o câncer de m a m a é o segundo tipo de câncer mais freqüente no m u n d o e o primeiro entre as muliíeres depois do c â n c e r de pele não m e l a n o m a . A incidência por câncer de m a m a feminina apresentou u m crescimento contínuo na última d é c a d a , o que pode ser resultado de m u d a n ç a s sócio-demográficas. S e u prognóstico é relativamente b o m , se diagnosticado nos estádios iniciais. Estimase que a sobrevida média geral cumulativa a p ó s cinco a n o s seja de 6 5 % nos países desenvolvidos, e de 5 6 % para os países e m desenvolvimento. Apesar de ser considerado um câncer relativamente de bom prognóstico, se diagnosticado e tratado nas fases iniciais, as taxas de mortalidade por câncer de m a m a continuam elevadas no Brasil, muito provavelmente porque a doença ainda é n o r m a l m e n t e diagnosticada e m estádios a v a n ç a d o s . C o m base nas informações disponíveis dos Registros Hospitalares do INCA, no período 2 0 0 0 / 2 0 0 1 , 5 0 % d o s tumores de m a m a f o r a m diagnosticados nos estádios III e IV o que diminui a sobrevida da paciente. O número de casos novos de câncer d e m a m a e s p e r a d o s para o Brasil e m 2005 é de 4 9 . 4 7 0 , c o m u m risco estimado de 53 casos a cada 100 mil mulheres (INCA, 2005). Na região Sudeste, o câncer de m a m a é o mais incidente entre as mulheres c o m um risco estimado de 73 casos novos por 100 mil. Se considerarmos que as estimativas de casos novos de câncer de m a m a e m 2003 e r a m de 4 1 . 6 1 0 , já p o d e m o s notar um a u m e n t o de quase 1 6 % e m relação as estimativas de 2 0 0 5 , o que significa u m d a d o muito preocupante. Não existem medidas práticas específicas de prevenção phmária do câncer de m a m a aplicável à população, e m b o r a estudos observacionais t e n h a m sugerido que a prevenção do tabagismo, alcoolismo, o b e s i d a d e e sedentarismo reduzam o risco de câncer de m a m a . O que se sabe é que durante as diferentes fases da vida da mulher c o m o crescimento, p u b e r d a d e , gestação, lactação e regressão p ó s - m e n o p a u s a l a m a m a sofre várias m u d a n ç a s e m relação ao t a m a n h o , f o r m a e função (Russo,J. e cols. 2001) e essas m u d a n ç a s p o d e h a m levar a alguma f o r m a de mutação o u ao desenvolvimento do câncer por diferentes motivos. Introdução Foi postulado também que uma primeira gestação a termo 12 em mulheres j o v e n s exerce u m efeito protetor e m relação ao câncer de m a m a . Porém não está totalmente elucidada a relação do m e c a n i s m o reprodutivo e m relação ao d e s e n c a d e a m e n t o do câncer de m a m a o u c o m sua progressão (Russo, J, e cols. 2001). O câncer de m a m a é u m a doença e x t r e m a m e n t e heterogênea, c o m u m a grande variabilidade clinica e histopatológica. Essa variabilidade reflete a sua etiologia c o m p l e x a , que sofre a influência de vários fatores e x ó g e n o s , assim c o m o e n d ó g e n o s . Dentre os fatores q u e a u m e n t a m o risco e n c o n t r a m o s a dieta, uso de contraceptivos orais, agentes virais, nuliparidade, idade da phmeira gestação, duração do período reprodutivo, taxas hormonais e a predisposição genética. (Silva, R.L.A., 2001). A l é m destes, d e s t a c a m o s alguns outros fatores de risco considerados importantes pela Associação Médica Brasileira e C o n s e l h o Federal de Medicina em 2001: • Risco pouco elevado • Menarca precoce (<12 anos) • M e n o p a u s a tardia (> 55 anos) • Phmeira gestação a termo depois dos 34 a n o s • O b e s i d a d e , dieta gordurosa e sedentarismo • Terapia de reposição hormonal por mais de 5 a n o s • Ingestão alcoólica excessiva • Risco m e d i a m e n t e elevado • M ã e ou irmã c o m câncer de m a m a na p ó s - m e n o p a u s a • A n t e c e d e n t e s de hiperplasia s e m atipla o u macrocistos apócrinos • Risco muito elevado • M ã e ou irmã c o m câncer de m a m a na p r é - m e n o p a u s a • A n t e c e d e n t e s de hiperplasia epitelial atípica ou neoplasia lobular in situ Introdução • 13 Suscetibilidade genética c o m p r o v a d a (mutação d e B R C A 1 - 2 ) C o m relação a o s padrões histológicos dos cánceres de m a m a , cerca de 8 0 % são carcinomas ductais e 1 0 % s ã o carcinomas lobulares; o s 1 0 % restantes a p r e s e n t a m características variadas, como o tipo medular e os t u m o r e s raros como os cistos-sarcoma filóide e os angiosarcomas. O carcinoma ductal in Situ e o carcinoma lobular in situ estão associados a u m maior hsco de desenvolver câncer de m a m a invasivo (Nascimento, P. A., 2000). 1.5 Técnica anti-sense A metodologia anti-sense é u m a poderosa ferramenta, não só para o estudo da regulação e função gênica, m a s , t a m b é m , para o desenvolvimento de novos agentes terapêuticos (Hélène.C. e T o u l m ê , J . J . 1990). O princípio da técnica de anti-sense é a regulação da expressão gênica de u m a proteína alvo. Há algumas a b o r d a g e n s diferentes nesta técnica: u m a delas tem o D N A c o m o alvo, e o bloqueio da transcrição c o m o objetivo, isso é conseguido pela f o r m a ç ã o de u m a tripla hélice de D N A formada pela ligação de oligonucleotídeos sintéticos, a triple-hélice é formada pela ligação d e u m a adeni9na a d u a s timinas pela f o r m a ç ã o d a s pontes d e hidrogênio, seguindo o modelo de p a r e a m e n t o de W a t s o n e Crick. Outra a b o r d a g e m t e m o R N A mensageiro c o m o alvo e o bloqueio da tradução como objetivo pela f o r m a ç ã o de uma dupla hélice d e R N A (Hélène,C. e T o u l m é , J . J . 1990). C o n s i d e r a n d o - s e o R N A mensageiro c o m o alvo, há n o v a m e n t e d u a s a b o r d a g e n s distintas q u e p o d e m ser utilizadas, u m a delas utiliza u m par d e oligonucleotídeos sintéticos, f o r m a d o s por u m a seqüência determinada do R N A mensageiro, estes oligonucleotídeos n o r m a l m e n t e não p a s s a m de 2 0 pb. Outra é introduzindo-se a seqüência codificadora inteira e m sentido invertido na célula alvo. Essa a b o r d a g e m é conhecida c o m o estratégia de antisense gene (Hélène,C. e Toulmé,J.J. 1990). No nosso caso o p t a m o s pela s e g u n d a a b o r d a g e m , o n d e realizamos a introdução da fita molde do D N A c o m p l e m e n t a r do gene alvo no sentido invertido e espelhado na célula alvo, c o m a intenção de que esta se ligasse ao R N A Introdução 14 mensageiro f o r m a n d o u m a dupla fita d e R N A e resultando na inibição parcial d a tradução pelos ribossomos.(Fig. 1.5). ANTI-SENSE GENE Fita codificadora 5 ' G C T A C C A G G C 3' 3 ' C G G A C C A T C G 5 ' G C C T G G T A G C 3 ' 3 ' C G A T G G T C C G 5' Fita IVIolde R N A anti-sense RNA sense 5 ' G C U A C C A G G C 5 ' G C C U G G U A G C 3' 5 G C U A C C A G G C 3 3 ' C G A U G G U C C G 5' 3' Figura 1.5 E s q u e m a d a técnica d e anti-sense A alta especificidade dessa ligação f a z c o m q u e a técnica d e anti-sense seja u m a estratégia atrativa para modular seletivamente a expressão d e g e n e s envolvidos na patogênese d e diversas d o e n ç a s ( T a m m , l . e cols., 2001). Essa modulação pode-se dar por dois mecanismos distintos: competição c o m o m e c a n i s m o d e tradução o u clivagem do R N A mensageiro (Hélène,C. e T o u l m é , J . J . 1990). A d e g r a d a ç ã o d a dupla fita d e RNA ocorre principalmente pela ativação da R n a s e H . Este é provavelmente o m e c a n i s m o mais importante d a técnica d e anti-sense, a R n a s e H corta a fita heteroduplex D N A - R N A , p o r é m este m e c a n i s m o ainda não está totalmente elucidado (Olie,R.A. e Z a n g e m e i s t e r - W i t t k e , 2001). ícmsk) miiomi oe WOCLEAR/SP-IPEN Introdução Para introduzir o gene no sentido anti-sense nas células 15 alvo, utilizamos um vetor retroviral. O vetor p L X S N foi escolhido para a transferência gênica, pois esses vetores são altamente eficientes e integrativos (Miller,A.D. e cols., 1993). São vetores relativamente seguros, com hsco mínimo de m u t a g ê n e s e e o n c o g ê n e s e . Os retrovírus recombinantes são produzidos pela introdução do vetor e m linhagens de células especializadas, conhecidas c o m o células de e m p a c o t a m e n t o virai (Markowitz,D. e cols.,1988a). A s partículas recombinantes são anfotroficas, podendo infectar u m a grande variedade de células de mamíferos. A proliferação celular é necessária para a infecção (transdução) e a eficiência de transdução d a s células alvo pode chegar a 1 0 0 % e m alguns sistemas (Mulligan,R.C. 1993). Neste trabalho d e s c r e v e m o s a construção de u m vetor retroviral c o m o gene da proteína carreadora de cálcio S I OOP e m sentido anti-sense, a transfecção deste gene para células endoteliais h u m a n a s e a diminuição da expressão d e s s a s células. Objetivos do Trabaltio 16 OBJETIVOS DO T R A B A L H O O objetivo principal deste trabalho foi avaliar u m a eventual alteração na f u n ç ã o de células d e c a r c i n o m a ductal m a m á r i o h u m a n o T 4 7 D a p ó s transdução da proteína carreadora de cálcio S 1 0 0 P e m sentido anti-sense, valendo-se da transferência gênica c o m vetor retroviral. Materiais e Métodos 3 MATERIAIS E M E T O D O S 3.1 MATERIAIS 3.1.1 E q u i p a m e n t o s e acessórios principais • 17 Agitador-aquecedor, modelo 2 5 8 , F A N E M Ltda., São Paulo, S P , Brasil; • Agitador de tubos (tipo vórtex), Q U I M I S A p . Científicos Ltda., São Paulo, S P , Brasil; • Aparelho de eletroforese Electrophoresis Power Supply - modelo 2 5 0 , Life Technologies, Gibco B R L , EUA; • A p a r e l h o Milli-Q-pIus, purificador de água - M I L L I P O R E , Bedford, MA, EUA; • Autoclave vertical, modelo 4 1 5 , F A N E M Ltda., São Paulo, S P , Brasil; • Balança O h a u s , modelo N C T 200, O h a u s Co. Florham Park, N J , EUA; • Banho-maria, modelo 100 - F A N E M Ltda., São Paulo, S P , Brasil; • B a n h o - m a r i a , modelo T y p e 16500 Dh-Bath, Barnstead/Thermolyne; D u b u g n e , Iowa, EUA; • B a n h o - m a h a , Q U I M I S A p . Científicos Ltda., São Paulo, S P , Brasil; • Centrífuga Marathon 8k, Fischer Scientific, EUA; • Centrífuga refrigerada automática Oppendorf Centrifuge 581 OR, Eppendorf A G , H a m b u r g , A l e m a n h a ; • Centrífuga refrigerada automática, M S E Micro Centaur - Sanyo, São Paulo, S P Brasil; Materiais e Métodos • 18 Centrífuga refrigerada automática, S u p e r s p e e d RC2-B, S O R V A L L , Newton, Connecticut, EUA; • Citômetro de Fluxo modelo FACSCalibur, BD Biosciences, NJ, EUA; • Espectrofotômetro, J E W A , 6.500 U.V.V, Inglaterra; • Espectrofotômetro, modelo LKB Ultrospec III, Pharmacia Biotech, EUA; • Estufa retilinea, F A N E M Ltda., São Paulo, S P , Brasil; • Estufa de cultura de células. Reveo habitat, G S Laboratory Equipment, Asheville, NC, EUA; • Fluxo laminar h o r i z o n t a l , classe II, modelo B B F - 4 S S , Biological Safety Cabinet - G e r m f r e e Lab. Inc, Miami, EUA; • Lâminas para microscopía confocal. Lab T e k II C h a m b e r slide w/cover RS Glass slides, Nalge N U N C int., Naperville, EUA; • Material plástico estéril para cultura celular - C O R N I N G C O S A R C O R P . , Cambridge, MA, EUA; • Microscopio confocal Zeiss Axiovert 1 0 0 M , A l e m a n h a ; • Microscopio invertido, modelo eclipse TS 100, Nikon; J a p ã o ; • Software ABI Prism 7700 S e q u e n c e Detection Systems version 1,6, Applied Byositems, EUA; • Termociclador ABI P r i s m ^ ^ 7 7 0 0 Sequence Detector, Applied Biosystems, EUA; • Termociclador modelo M J Research PTE-200, Peltier T h e r m a l Cycler, EUA; • Termociclador, P T C - 100 P r o g r a m m a b l e T h e r m a l Controller MJ R e s e a r c h , INC, EUA; • Termociclador G e n e A m p ® P C R System 9 7 0 0 , PE Applied Biosystem, EUA; Materiais e Métodos 3.1.2 19 Principais reagentes • Acrilamida, Siga AIdricli fine Ciiemicals, St. Louis, IVlissouri, EUA; • Agar-ágar purificado para bacteriologia - M E R C K , São Paulo, Brasil; • A g a r o s e - G I B C O - B R L , Gaithersburg, MD, EUA; • Álcool etílico absoluto p.a. , Labsynth prod p/ Lab. Ltda., São Paulo, Brasil; • Álcool Iso-propílico - M E R C K , São Paulo, Brasil; • Ampicilina - Sigma A l d h c h fine Chemicals, St. Louis, Missouri, EUA; • Anticorpo S 1 0 0 P - BD Transduction Laboratories, EUA; • Anticorpo secundário Anti m o u s e polyvalent immunoglobulins FITC conjugate - S i g m a AIdrich fine Chemicals, St. Louis, Missouri, EUA; • Ac. Acético Glacial, p.a , Labsynth Prod, para Laboratório Ltda., S P , Brasil; • Bacto-triptona - D I F C O I N T E R L A B , São Paulo, Brasil; • Cloreto de Cálcio - S i g m a AIdrich fine Chemicals, St. Louis, Missouri, EUA; • Cloreto de Sódio, p.a , Labsynth Prod, para Laboratório Ltda., S P , Brasil; • Clorofórmio p.a. - M E R C K , São Paulo, Brasil; • Dimetilsuifóxido ( D M S O ) , M E R C K , SãoPaulo, Brasil; • Etanol p.a. - M E R C K , São Paulo, Brasil; • Extrato de levedura , select yeast extract, G I B C O B R L , Gaithersburg, M D , EUA; • Fenol p.a. M E R C K , São Paulo, S P , Brasil; • Formaldeído - Sigma AIdrich fine Chemicals, St. Louis, Missouri, EUA; • Glicose p.a. M E R C K , São Paulo, S P , Brasil; • H E P E S - S i g m a AIdrich fine Chemicals, St. Louis, Missouri, EUA ; • Isopropanol, M E R C K ,São Paulo, Brasil; • Penicilina-estreptomicina - G I B C O - B R L , Gaithersburg, MD, EUA; • Saponina, Serva Feinbiochemica G m b H & Co., Heidelberg, Alemanha; Materiais e Métodos 3.1.3 20 Principais reagentes utilizados para biologia molecular • A g a r o s e L o w Melting, L M P - Low Melting Point, Invitrogen Life Technologies, Carlsbad, California, EUA; • Big Dye Terminator wersão 2, Applied Biosystem, EUA; • BSA (Bovine serum albumine) - P r o m e g a , EUA; • Brometo de etídeo - Pharmacia Biotech, EUA; • Cloreto de Magnésio MgCl2,,Promega, EUA; • Dnasei , Invitrogen Life Technologies, Carlsbad, California, EUA; • Deoxynucleotideo trifosfato (dNTP) mix ( 1 0 m M ) Invitrogen Life Technologies, Carlsbad, California, EUA; • Diethyl Pyrocarbonate ( D E P C ) - Sigma AIdrich fine Chemicals, St. Louis, Missouri, EUA; e EDTA 2 5 m M , Invitrogen Life Technologies, Carlsbad, California, EUA; • Enzimas de restrição EcoRI e X/70I (Promega) SAC I (Promega). - G I B C O - B R L (Gaithersburg, M D , EUA), P H A R M A C I A (Uppsala, Suecia), N E W E N G L A N D B I O L A B S (Beveriy,MA,EUA); P R O M E G A • F o r m a m i d a - A m r e s c o , S o l o n , Ohio, EUA; • G F X G e n o m i c Blood DNA Purification kit para extração de DNA, A m e r s h a m Pharmacia Biotech INC,EUA; • Improm II M-MLV Transcriptase reversa, Promega, EUA; • lodeto de propfdeo, Sigma AIdrich fine Chemicals, St. Louis, Missouri, EUA; • Kit Eppendorf Perfect Prep Gel Cleanup - Eppendorf A G , H a m b u r g , Alemanha; • Marcador de peso molecular X, 100bp D N A Ladder, Invitrogen Life Technologies, Carisbad, California, EUA; • Master Mix, Eppendorf A G , H a m b u r g , A l e m a n h a ; • M O P S (3-[N-Morpholino] propanesulfonic acid) Sigma AIdrich fine Chemicals, St. Louis, Missouri, EUA; • Oligo(dT), P r o m e g a , EUA; • Platinum Pfx D N A Polimerase e seu t a m p ã o PFX Amplification Buffer lOx, Invitrogen Life Technologies, Carisbad, California, EUA; Materiais e Métodos • • 3.1.4 21 Syber Green, Applied Biosystems, EUA; Trizol®, Invitrogen Life Teciinologies, Carisbad, California, EUA; Principais reagentes para cultura celular • Cloreto de Cálcio - Sigma AIdrich fine Chemicals, St. Louis, Missouri, EUA; • Dimetilsuifóxido ( D M S O ) , M E R C K , SãoPaulo, Brasil; • Geneticina (G418), Genef/c/n® G I B C O - B R L ,Gaithersburg, MD, EUA; • Glutamina - G I B C O - B R L Gaithersburg, M D , EUA; • H E P E S , Sigma AIdrich fine Chemicals, St. Louis, Missouri, EUA; • Meio de cultura E A G L E modificado por Dulbelcco ( D M E M ) , G I B C O - B R L , Gaithersburg, MD, EUA; • Penicilina-estreptomicina - G I B C O - B R L , Gaithersburg, MD,EUA; • Polibreno (0,8mg/mL) Brometo de hexadimetrina - A L D R I C H , Milwaukee, EUA;. • R o d a m i n a B - Sigma AIdrich fine Chemicals, St. Louis, Missouri, EUA; • Soro Fetal Bovino, (SFB) Invitrogen Life Technologies, Carisbad, California, EUA; • Tripsina - G I B C O - B R L , Gaithersburg, M D , E U A • T r y p a n blue 0 , 4 % (corante vital) - G I B C O - B R L , Gaithersburg, MD.EUA; 3.1.5 Oligonucleotídeos SI OOP: Sintetizado pela e m p r e s a Invitrogen™ , baseado no trabalho de Becker e cols., de 1992 c o m as seqüências a seguir e utilizado para a construção do vetor retroviral: P 1 : C 2 N B S P 5' - CTA C T C G A G C A T A T G A C G G A A C T A G - 3' sense P2: 2 N B S P 5' - T T A G A A T T C G G A T C C A G G G C A TOA T - 3' anti-sense cmssÃo mmmL DE mmíA N-ÜCLEAP^SP-ÍPEÉ Materiais e Métodos 22 S100P: Este par de primers foi d e s e n h a d o pelo sistema de software Primer Express oligo design software da Applied Biosystems, sintetizado por IDT Integrated D N A Technologies, Inc. e utilizado para os ensaios de PCR e m t e m p o real: P3: 5' - A A T T G C T C A A G G A C C T G G A C G 3' - sense P4: 5' - G C A T C A T T T G A G T C C T G C C T T C 3' - anti-sense Ciclofilina A: Sintetizado por IDT Integrated D N A Technologies, Inc. e utilizado para os ensaios de P C R e m t e m p o real c o m o g e n e e n d ó g e n o . P 1 : 5' CAA A T G C T G G A C C C A A C A CA 3' - sense P2: 5' T T G C C A A A C A C C A C A T G C TT 3' - anti-sense 3.1.6 Vetor Retroviral C o m o vetor para a transferência gênica utilizamos o vetor retroviral p L X S N , que c o n t é m e l e m e n t o s derivados de retrovirus murine, do vírus da leucemia murina de Moloney ( M o M u L V ) e do vírus de sarcoma murine de Moloney ( M o M u S V ) , e é d e s i g n a d o para transferência e expressão gênica. Por meio de técnicas de DNA recombinante, os genes no g e n o m a viral necessários para a reprodução do M o M u L V , g e n e s gag, pol e env, f o r a m removidos e no sítio de policlonagem é inserido o g e n de interesse (Fig.3.1). O que sobra do retrovírus são seus elementos regulatórios: as repetições terminais longas (LTR), que f u n c i o n a m c o m o sinais de integração do provirus e promotores da transcrição, e u m sinal de e m p a c o t a m e n t o para permitir que o RNA transcrito seja a c o m o d a d o e m uma partícula viral. Para a produção dos vetores retrovirais contendo o gen de interesse, é utilizada uma linhagem gag, pol e env incorporados celular de empacotamento ao g e n o m a contendo o s genes destas células. O vetor retroviral desprovido dos g e n e s para a replicação viral não é c o m p e t e n t e para a replicação, e por isso não é capaz de produzir mais vírus c o m p e t e n t e s dentro da célula-alvo. Portanto, o vetor age c o m o u m agente final de transferência gênica, deixando u m a cópia de sua seqüência no g e n o m a da célula-alvo. Materiais e Métodos 23 SPC Figura 3.1 Vetor retroviral p L X S N c o m seus elementos principais: 3'LTR e 5'LTR seqüências de DNA do vírus da leucemia murina ( m o M u L V ) neo' g e n e que confere resistência à neomicina - A m p ' g e n e que confere resistência à ampicilina - S V 4 0 promotor do "Simian vírus" f Psí+ sinal de e m p a c o t a m e n t o viral - S P C sítio d e policlonagem 5 ' - E c o R I , H p a I, X H O I, S a m HI - 3' Materiais e Métodos 3.1.7 24 Linhagens celulares 3.1.7.1 Fibroblastos NIH-3T3 Fibroblastos derivados de camundongos da linhagem NIH-3T3, utilizados no ensaio de titulação virai. 3.1.7.2 Fibroblastos G P + E 8 6 Células de e m p a c o t a m e n t o ecotróficas são fibroblastos derivados de c a m u n d o n g o s da linhagem N I H 3 T 3 , construidos por Markowitz e cols. e m 1988 e c o n t é m os g e n e s gag e pol e m um plasmideo e o gene env e m outro. Essa linhagem é muito segura e eficiente para transferência gênica para células murinas. 3.1.7.3 Fibroblastos G P + e n v + A m 1 2 Outra linhagem de células de e m p a c o t a m e n t o , t a m b é m construída por Markowitz e cols., e m 1988b, e possui igualmente os g e n e s gag e pol e env e m p l a s m i d e o s separados, p o r é m são células anfotroficas podendo ser utilizadas para transferência gênica segura para células h u m a n a s . 3.1.7.4 Células T 4 7 D Células epiteliais, de carcinoma ductal mamário humano. Foram originalmente derivadas de efusão pleural de u m a paciente c o m tumor de m a m a . Escolhemos a linhagem celular T 4 7 D para receber o vetor c o m o anti-sense da proteína S I OOP, pois é u m a linhagem celular que superexpressa essa proteína (Da Sílva,I.D.C.G. e cols. 2000). A s células f o r a m d o a d a s pela Dra. Maria Mitzie Brentani do Departamento de Radiologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Materiais e Métodos 3.2 MÉTODOS 3.2.1 C o n s t r u ç ã o do vetor retroviral 25 3.2.1.1 O b t e n ç ã o d o c D N A da S I OOP O c D N A da proteína S 1 0 0 P Inumana foi obtido a partir do vetor pET3^, o qual já continha o inserto, e foi gentilmente cedido pelo Dr. Ismael Dale C o t h m Guerreiro da Silva, docente do Departamento de Ginecologia da Universidade Federal de São Paulo - Escola Paulista de Medicina (UNIFESP-EPM), pesquisador e chefe do laboratório de Ginecologia Molecular do D e p a r t a m e n t o d e Ginecologia da U N I F E S P - E P M . 3.2.1.2 S e q ü ê n c i a m e n t o da S 1 0 0 P Para o seqüênciamento f o r a m utilizados 100ng do vetor p E T 3 ^ diluídos e m 16|iL de H2O millíQ. A partir desta solução f o r a m preparadas as seguintes diluições 1:5, 1:10, 1:15, 1:20, 1:30, 1:40 e 1:50, e uma amostra p e r m a n e c e u na proporção de 1:1, completando c o m isso u m total de 8 amostras. Para a reação utilizamos 1|iL das diluições c o m 1|iL de Big Dye Terminator Biosystem), 1)iL dos phmers versão 2 (Applied sense o u antisense (na concentração de 3,2 pmol/|iL), 2|iL de t a m p ã o de s e q ü ê n c i a m e n t o e 5[LL de H2O millíQ autoclavada. Esta solução foi colocada e m aparelho termociclador G e n e A m p ® (PE Applied Biosystem, P C R S y s t e m 9700) nas seguintes condições: 92°C por dois minutos; 92°C por d e z segundos; 50°C por dez s e g u n d o s ; 60°C por quatro minutos e 4°C 00. S e n d o os passos 2, 3 e 4 repetidos por 25 ciclos. A seguir foi realizada a precipitação do DNA, adicionando-se ao volume total do seqüênciamento 80|LIL de isopropanol 7 5 % , m a n t e n d o esta solução e m a m b i e n t e escuro e a temperatura ambiente por 15 minutos. A p ó s este período os tubos f o r a m centrifugados por 30 minutos a uma velocidade de 14000rpm e a temperatura de 20°C. E m seguida os tubos f o r a m invertidos para descarte do Materiais e Métodos 26 sobrenadante, deixando-os sobre papel toalha para absorção completa. Foram acrescentados 150fiL de etanol 70% para lavagem, seguida de nova centrifugação por 10 minutos a 1 4 0 0 0 r p m a 2 0 ° C . N o v a m e n t e os tubos f o r a m invertidos para descartar o sobrenadante e os m e s m o s p e r m a n e c e r a m secando a temperatura a m b i e n t e e m local escuro overnight. No dia seguinte, o material foi ressuspendido e desnaturado. Para isto foram a c r e s c e n t a d o s 1 5 ^ 1 de f o r m a m i d a e m cada amostra, e as m e s m a s então foram colocadas no termociclador por 5 minutos a 96°C para a desnaturação. Os tubos f o r a m imediatamente retirados do aparelho e colocados no gelo para choque para térmico. As amostras então foram aplicadas nas placas seqüênciamento e e n c a m i n h a d a s ao ABI 3 1 0 0 ® , (PE Applied Biosystem), o n d e obtivemos a seqüência completa d a s bases contidas neste material (Costa, A . M . M . 2003). O resultado do seqüênciamento foi analisado pelo programa C r o m a s e c o m p a r a d o a seqüências conhecidas e m bancos de d a d o s . 3.2.1.3 C o n s t r u ç ã o de Oligonucleotídeos Solicitamos a construção de u m par de oligonucleotídeos à e m p r e s a Invitrogen™ c o m as seguintes seqüências: Sense PI 5' - C T A C T C G A G C A T A T G A C G G A A CTA G - 3' Xhol Ndel Anti-sense P2 5' - T T A G A A T T C G G A T C C A G G G C A T C A T - 3' EcoRI Bam Hl Estes oligonucleotídeos f o r a m construídos b a s e a d o s no trabalho de Becker e cols. (1992), p o r é m nós adicionamos as seqüências reconhecidas pelas enzimas de restrição Xho\, N d e l , EcoRI e fíamHI. Este par de "primers" foi utilizado no ensaio de P C R para amplificação do c D N A da S I OOP c o m os sítios de restrição necessários para cloná-lo no vetor retroviral p L X S N . COWSSÃO HKiCm. D€ B€R41A NUOEAR/'SP-IPEN Materiais e Métodos 27 3.2.1.4 A m p l i f i c a ç ã o do c D N A da S I OOP pelo m é t o d o de P C R O c D N A da S I OOP foi amplificado pela técnica d a reação e m cadeia da polimerase. Utilizamos 1 ^iL (52ng) do vetor pET 3'^, 1 |iL de Platinum Pfx DNA Polimerase (Invitrogen), 5|a.L do t a m p ã o PFX Amplification Buffer 10x (Invitrogen), 1,5 |j,L de d N T P mix ( l O m M ) (Invitrogen), 1}j,L de MgS04 ( 5 0 m M ) (Invitrogen), 1)j.L de cada "primer" (seqüência mencionada anteriormente) (Invitrogen), 38,5|iL de H2O MilliQ autoclavada, terminando com um volume total de 50|iL. Este procedimento foi repetido, no dia seguinte, para aumentar o rendimento de c D N A . A amplificação foi realizada nas seguintes condições: 9 2 ° C , por 5 minutos (desnaturação do D N A ) , 92°C, por 30 segundos, 55°C, por 30 s e g u n d o s (anelamento) e 6 8 ° C , por 30 s e g u n d o s (extensão dos "primers"). Esses três últimos ciclos f o r a m repetidos por mais 39 vezes. Depois, mais um ciclo a 68°C, por 5 minutos (Becker e cols., 1992). A análise dos f r a g m e n t o s gerados foi realizada mediante eletroforese, e m gel de agarose 1 % ( G I B C O - B R L ) e corado c o m 1|iL de Brometo de etídeo (100mg/mL). 3.2.1.5 Extração d o Produto de P C R Para a extração do c D N A da S I OOP do vetor p E T 3a foi preparado u m gel de agarose L o w Melting ( L M P - Low Melting Point Invitrogen) a 1,5%, e a extração e purificação f o r a m realizadas c o m 0 kit Eppendorf Perfect Prep Gel Cleanup® seguindo o protocolo do fabricante. A quantificação dos fragmentos gerados foi realizada mediante eletroforese em gel de agarose na concentração de 1,5 % ( G I B C O - B R L ) e m T E B 1x e corado com B r o m e t o d e etídeo. Foram utilizados 7|j,L de marcador de peso molecular EcoRI/HindIIII, 7\iL de marcador de peso molecular Puc H a e l l l , e 3}iL do resultado da purificação. O DNA foi precipitado, adicionando-se 200|j,L de Etanol 1 0 0 % e 1 0 % de Acetato de Na 1M (ph 5,2). P e r m a n e c e u por u m a hora a -20°C, sendo então centrifugado por 2 0 minutos, a 12.500 rpm a 4 ° C (centrífuga Eppendorf®). O s o b r e n a d a n t e foi d e s p r e z a d o e f o r a m adicionados 100|iL d e Etanol 7 0 % para reidratação. Foi, n o v a m e n t e centrifugado por 5 minutos, a 12.500 rpm, e m centrífuga refrigerada a 4 °C, o sobrenadante foi desprezado, o pellet permaneceu Materiais e Métodos secando a temperatura ambiente por aproximadamente 10 28 minutos e ressuspendido e m 20)il de H2O IVIilli Q autoclavada. 3.2.1.6 P r e p a r a ç ã o d o vetor p L X S N O p l a s m i d e o L X S N foi linearizado c o m as enzimas de restrição EcoRI e Xho\ (Promega) para se tornar compatível c o m o c D N A anti-sense da S I OOP. Para a digestão f o r a m utilizados 7iJ.L (200ng) do vetor p L X S N , 0,2fi,L de cada enzima de restrição, 1|iL de t a m p ã o 2 da Promega e 1,6|i.L de H2O Milli Q autoclavada. A solução permaneceu por 2 horas no banho-maria a uma temperatura de 37°C. A p ó s a digestão c o m as enzimas de restrição ocorreu a purificação c o m fenol/clorofórmio na proporção de 1:1, e o produto foi submetido à análise quantitativa e qualitativa e m gel de agarose 1 % (Bellini, M.H. 2 0 0 1 ; Yang,L. e cols.1999; Q u a n , S , e cols., 2001). 3.2.1.7 Ligação da S I OOP ao vetor retroviral p L X S N A ligação do vetor retroviral c o m o c D N A da S I OOP foi realizada c o m a enzima T4 DNA ligase (Promega). A relação molar entre o vetor e o inserto foi de 1:3, portanto f o r a m utilizados 2fxL d e L X S N (lOOng), 1}j,L de S I OOP (25ng), 1|iL de T4 DNA Ligase, 1|il de t a m p ã o específico e 5\i\ de H2O Milli Q autoclavada. A reação d e ligação p e r m a n e c e u incubando por 16 horas a 4°C (Affonso,R. 2000). 3.2.2 T r a n s f o r m a ç ã o e m bactérias c o m p e t e n t e s D H 5 a As bactérias c o m p e t e n t e s D H 5 a f o r a m transformadas pelo m é t o d o do cloreto de cálcio. Para isso adicionamos todo o conteúdo da reação de ligação (10|iL) e m 200|iL de bactérias c o m p e t e n t e s DH5a. A solução p e r m a n e c e u por 20 minutos no gelo. A p ó s este período foi colocada por 1 minuto a uma temperatura de 42°C e imediatamente retornada ao gelo. Foram acrescentados SOO^iL de meio SOC (Triptona, extrato de levedura, NaCI, KCI e H2O destilada), 16|iL de Glicose 1M e 4 |iL de Cloreto de Magnésio 2 M . A solução p e r m a n e c e u incubando por 1 hora a 37°C sob agitação máxima de 220 r p m (Mathor,M.B. 1994). Materiais e Métodos 29 Foram aplicados 200|j.L desta s u s p e n s ã o e m placas de LB-agar c o m Ampicilina e deixadas na estufa a 37°C overnight. 3.2.3 Amplificação dos p l a s m i d e o s Os clones resistentes à Ampicilina, f o r a m amplificados e m meio LB líquido (Bacto-triptona, Extrato d e levedura e NaCI) c o m Ampicilina (100|Lig/mL), por a p r o x i m a d a m e n t e 16 horas a temperatura de 3 7 ° C sob agitação d e 200 rpm. 3.2.4 Extração e purificação d o s p l a s m i d e o s L S 1 0 0 P S N - Mini Prep Da s u s p e n s ã o bacteriana f o r a m centrifugados 3 m L por 1 minuto a 12.000 rpm, o s o b r e n a d a n t e foi d e s p r e z a d o e o pellet foi ressuspendido e m 1 mL de T E ( l O m M Tris-HCI, pH 8,0, I m M Na E D T A ) . A p ó s h o m o g e n e i z a r a amostra c o m o auxílio do vórtex, houve nova centrifugação por 1 minuto e o sobrenadante foi descartado. A s bactérias f o r a m ressuspendidas e m 100|iL d e Solução I ( 5 0 m M de glicose, l O m M Na E D T A e 2 5 m M Tris-HCL, pH 8,0), a solução foi agitada e p e r m a n e c e u incubando por 5 minutos e m temperatura ambiente. Adicionou-se 2 0 0 | i L da Solução II (0,2M N a O H e 1 % d e S D S ) para efetuar a lise, misturando-se por inversão e a amostra permaneceu por 5 min. no gelo. Foram então adicionados 150|iL da Solução III gelada (60 ml Acetato d e K 5 M , pH 5,5; 11,5 mL d e Ac. Acético Glacial e 28,5 m L de H2O) misturados por inversão e deixados por 5 m i n . no gelo. A p ó s centrifugação a 13.000 rpm por 5 m i n . a 4 °C, 4 0 0 | i L do s o b r e n a d a n t e f o r a m transferidos para u m tubo novo. Adicionou-se 400)j,L d e fenol/clorofórmio na proporção d e 1:1, h o m o g e n e i z a d o , centrifugado por mais 3 min., a 13.000 rpm a 4°C. O s o b r e n a d a n t e foi transferido para tubos novos, e foi adicionado 1 mL de Etanol 1 0 0 % , p e r m a n e c e n d o por 5 min. a temperatura a m b i e n t e . N o v a m e n t e centrifugado por outros 5 min. nas m e s m a s condições descritas anteriormente e o s o b r e n a d a n t e foi d e s p r e z a d o . O DNA precipitado foi lavado por duas vezes c o m 1 ml de etanol 7 0 % . O precipitado foi ressuspendido e m 50|LiL de T E / R N A s e (100|xg/mL) e incubado por meia hora e m banho-maria a 37°C. Materiais e Métodos 3.2.5 30 Análise de Restrição A análise de restrição foi realizada c o m a enzima SAC\ (Promega). Para isso foram utilizados 8|iL de DNA, 0,5|iL da enzima de restrição S A C I , 1|iL de t a m p ã o específico J ( P r o m e g a ) e 0,5)iL de BSA (Bovine serum A l b u m i n - Promega). Foi preparado um gel de agarose a 1 % c o m T A E 1 % , corado c o m B r o m e t o de etídeo e submetido a corrente elétrica e m aparelho de eletroforese. C o m o o vetor p L X S N c o n t é m dois sítios de reconhecimento para a e n z i m a SACI e o inserto c o n t é m u m sítio, d e v e m ser encontradas três fragmentos no gel de agarose. 3.2.6 Preparação das células de e m p a c o t a m e n t o As d u a s linhagens de células de e m p a c o t a m e n t o f o r a m mantidas e m cultura c o m meio de E A G L E modificado por Dulbelcco ( D M E M ) , soro fetal bovino ( S F B ) 1 0 % , penicilina/estreptomicina (100 UI/mL) e glutamina (4mM). A s células f o r a m mantidas a 37°C, e m atmosfera úmida contendo 5 % de CO2 (Markowitz e cols.,1988a e b). 3.2.7 T r a n s f e c ç ã o transiente e m células G P + E 8 6 c o m cloreto de cálcio Primeiramente introduzimos a construção retroviral nas células de e m p a c o t a m e n t o ecotróficas, G P + E 8 6 (gag, pol + env), por meio de transfecção transiente c o m cloreto de cálcio (Maniatis.T. e cols., 1989). Quatro dias antes da transfecção, as células f o r a m descongeladas, f o r a m colocadas e m garrafas de 75cm^ c o m 15 mL de meio E A G L E modificado por Dulbelcco ( D M E M ) c o m 1 0 % de soro fetal bovino e p e r m a n e c e r a m na estufa c o m 5 % de CO2 a 37°C. Vinte e quatro horas antes da transfecção, as células f o r a m tripsinizadas e foram plaqueadas 2 garrafas de 25cm^ c o m 1x10^ células ( s e n d o uma garrafa para controle). Para a transfecção f o r a m ressuspendidos 10)j,g de c D N A e m 300 jaL de água MilliQ autoclavada, e adicionados 100|j.L de cloreto de cálcio (2,5M) diluídos em 600|iL de água MilliQ autoclavada. Essa solução foi adicionada por gotejamento e m 1 mL de H E P E S P 0 4 ( N a C I 2 8 0 m M , KCL l O m M , Na2HP042H20 1,5mM e H E P E S 5 0 m M ) enquanto este recebia u m borbulhamento de ar c o m C(MS5À.O mxmL D€ B(imk !^ÜCLEAR/SP-!PEÑ Materiais e Métodos 31 pipeta. A p ó s incubação d e 30 minutos à temperatura a m b i e n t e , a solução foi pipetada sobre as placas c o m as células G P E - 8 6 , e mantidas por 2 0 minutos para incubação e m estufa de CO2. Depois deste período as placas receberam 8 mL de meio D M E M - 1 0 e f o r a m mantidas a 37°C, e m atmosfera úmida contendo 5 % de CO2 A p ó s 16 horas, o meio foi trocado e as células p e r m a n e c e r a m por 48 horas e m estufa a 37°C e 5 % d e CO2 para se restabelecerem (Bellini, M.H. 2 0 0 1 ; Mathor, M.B. 1994). 3.2.8 Infecção p e r m a n e n t e Para a infecção permanente foram utilizadas células G P + e n v A m 1 2 (Markowitz.D. e cols., 1988b). A s células f o r a m anfotroficas descongeladas quatro dias antes da infecção, e cultivadas e m garrafas de 75cm^ c o m 15 m L de meio E A G L E modificado por Dulbelcco ( D M E M ) c o m 1 0 % de soro fetal bovino e p e r m a n e c e r a m na estufa c o m 5 % de CO2 a 37°C. Vinte e quatro horas antes da infecção, as células f o r a m thpsinizadas e foram plaqueadas e m 2 placas de lOOmm c o m 1x 10^ células. O s o b r e n a d a n t e das células G P E - 8 6 c o n t e n d o partículas virais foi utilizado para a infecção permanente das células anfotroficas G P + e n v A m 1 2 , que consiste no contato por u m determinado período do vírus c o m as células alvo (Figura 3.2). O meio das placas contendo as células A m 1 2 foi retirado e f o r a m pipetados 5 m L do s o b r e n a d a n t e das placas que c o n t i n h a m as células G P E - 8 6 c o m 500|j.L de Polibreno (brometo de hexadimethna 0 , 0 8 m g / m L ) , que a u m e n t a a permeabilidade da m e m b r a n a celular. A s placas f o r a m colocadas na estufa a 37°C e 5% de CO2 por 3 horas para inoculação, c o m leve agitação de meia e m meia hora. A p ó s este período foram adicionados mais 5 mL de meio D M E M - 1 0 c o m a m e s m a concentração de polibreno e voltaram para a estufa sob as condições anteriormente citadas. O restante do meio retirado d a s placas c o m a s células G P E - 8 6 e contendo partículas virais foi imediatamente congelado a u m a temperatura de -80°C. No dia seguinte iniciou-se a seleção c o m Geneticina G 4 1 8 (0,8mg/mL) (se liga a subunidade ribossomal) que durou 12 dias, c o m d u a s trocas de meio no período. Os clones resistentes foram amplificados e c o n g e l a d o s e o sobrenadante foi posteriormente utilizado na titulação (Mathor, 1994; Bellini,M.H. 2001). Materiais e Métodos LS100PSN 32 Seleção com G418 Sobrenadante Anti-sense após 16 hs Seleção por aprox. 12 dias GR + E86 A p ó s 48 hs G P + env + A m 1 2 Transfecção Infecção Transiente Permanente Figura 3.2 E s q u e m a da Transfecção transiente e m linliagem ecotrófica G P + 8 6 , pelo método do cloreto de cálcio e da infecção permanente, e m linhagem anfotrófica G P + e n v + A m 1 2 . 3.2.9 Titulação Os clones A m 1 2 L S 1 0 0 P S N - A n t i - s e n s e resistentes à Geneticina ( G - 418) f o r a m amplificados e m garrafas de 25cm^ contendo meio de cultura E A G L E modificado Glutamina por Dulbelcco (4mM) e foram (DMEM), contendo congelados em 1 0 % de meio soro especial de fetal bovino e congelamento contendo 1 0 % de D M S O e 5 0 % de soro fetal bovino. Os sobrenadantes t a m b é m foram imediatamente congelados a - 80°C para posterior uso na titulação. Os clones resistentes á Geneticina f o r a m titulados para determinar a capacidade de infecção do sobrenadante e m fibroblastos NIH-3T3 (Bignon,Y.J. e D'lncan,C, 1996; Mann,R. e cols. 1983). Foram s e m e a d a s 5x10'* células NIH-3T3 e m placas de 2 8 c m ^ c o m 2 m L de meio E A G L E modificado por Dulbelcco ( D M E M ) , c o m 1 0 % de soro fetal bovino e Glutamina ( 4 m M ) , mantidas a 37°C, e m atmosfera úmida contendo 5 % de CO2. No dia seguinte, f o r a m adicionados 0,5mL do s o b r e n a d a n t e de cada clone, e m diluições de 10"^ e IO"'*, c o m a adição de 8 p g / m L de polibreno. A p ó s u m a hora a 37°C, c o m agitação a cada 15 minutos, f o r a m adicionados mais 1,5 mL de meio Materiais e Métodos 33 de cultura E A G L E modificado por Dulbelcco ( D M E M - Gibco) e incubados por mais 18 horas. A p ó s este período houve a troca do meio por meio de cultura s e m polibreno e a p ó s 2 4 horas foi iniciada a seleção c o m G-418 (Fig. 3.3). A seleção levou 12 dias, as placas foram então coradas c o m R o d a m i n a B n u m a concentração de 2 % e m u m a solução de 4 % de formaldeído, sendo então lavados e m água corrente até a eliminação do excesso do corante e o s clones f o r a m contados. C a d a colônia corresponde a uma célula que foi infectada e contém o gene de resistência NeoR formando u m clone. A Eficiência de F o r m a ç ã o de Colônias (EFC) é calculada pelo número de colônias obtidas e o n ú m e r o de células s e m e a d a s (Mathor, M.B.1994). O resultado foi expresso e m unidades de f o r m a ç ã o de colônias por mililitro (ufc/mL) (Byun,J. e cols.,1996). S o b r e n a d a n t e das células de e m p a c o t a m e n t o c o m Geneticina G 4 1 8 LS100PSN-AS Células NIH-3T3 Seleção durante a p r o x i m a d a m e n t e 12 dias Figura 3.3 E s q u e m a da titulação e m células NIH-3T3 Materiais e Métodos 34 3.2.10 Cultura de células de c a r c i n o m a m a m á r i o T 4 7 D T 4 7 D é u m a linhagem celular de carcinoma m a m á h o humano que apresenta alta expressão da proteína S 1 0 0 P (Da Silva e cols., 2000). As células f o r a m gentilmente cedidas pela Profa. Dra. Mana Mitzi Brentani do Departamento de Radiologia, da Faculdade de Medicina da USP. A m a n u t e n ç ã o dessa linhagem celular e m cultura foi feita e m meio de EAGLE modificado por penicilina/estreptomicina Dulbecco (DMEM), soro fetal bovino (SFB) 10%, (100UI/mL-100pg/mL) e glutamina ( 4 m M ) . As células f o r a m mantidas a 37°C, e m atmosfera úmida contendo 5 % de CO2. Para congelamento as células f o r a m thpsinizadas e ressuspendidas e m meio E A G L E modificado por Dulbecco ( D M E M ) , c o m alta concentração de glicose (4,5g/L), 2 0 % SFB (Invitrogen) e 1 0 % de Dimethylsulfoxido (DMSO)(Bagatell,R. e cols., 2001). 3.2.11 Infecção das células T 4 7 D Para a infecção foram escolhidos os clones das células de e m p a c o t a m e n t o A M 1 2 S 1 OOPSN-anti-sense, c o m os maiores títulos virais. Foram s e m e a d a s 5x10'* células T 4 7 D e m garrafas de 25cm^, mantidas c o m meio de cultura E A G L E modificado por Dulbelcco ( D M E M ) c o m 1 0 % a 2 0 % de soro fetal bovino, Glutamina ( 4 m M ) e mantidas e m atmosfera úmida contendo 5 % de CO2, por 2 4 horas. No dia seguinte foi adicionado 1 mL de meio contendo partículas virais c o m polibreno (8|ag/mL) e m cada placa. A p ó s u m a hora na estufa de CO2 a 37°C e c o m agitação a cada 15 minutos, f o r a m adicionados mais 3 m L de meio D M E M 10 c o m polibreno (8 )ig/mL). A p ó s 24 horas de incubação foi trocado o meio de cultura e deixado por mais 24 horas na estufa. A seleção c o m geneticina iniciou-se 48 horas a p ó s a infecção. O meio das placas foi substituído por meio D M E M - 1 0 c o m 5 0 0 | i g / m L de Geneticina. Essa concentração de geneticina foi baseada e m d a d o s da literatura (Sartohus,C.A. e cols., 2 0 0 3 ; C h i s a m o r e , M.J. e cols., 2001), e d u r o u 12 dias c o m uma troca de meio no período. Materiais e Métodos 35 C o m o controle foi utilizado um clone de célula T 4 7 D infectada a p e n a s c o m o vetor retroviral p L X S N s e m c D N A da S 1 0 0 P , mas que passou pelos m e s m o s processos ( Q u a n . S . e cols., 2001). 3.2.12 Extração de R N A das células T 4 7 D Para a realização da extração de RNA das células T 4 7 D , assim c o m o dos clones T 4 7 D - L S 1 0 0 P S N - A S , f o r a m s e m e a d a s õxIO'* células e mantidas sob as condições anteriormente mencionadas, até atingirem a sub-confluência ( 8 0 % de confluência). As garrafas foram lavadas com PBS 1x, as células foram ressuspendidas e m 1 m L d e Trizol® (Invitrogen) e p e r m a n e c e r a m incubando por 5 minutos e m temperatura ambiente. A solução foi transferida para tubos estéreis de 1,5 mL e f o r a m adicionados 200fi,L de clorofórmio, seguido de vigorosa agitação m a n u a l por 15 segundos. A p ó s incubação a temperatura ambiente por 3 minutos, os tubos f o r a m centrifugados a 12.000 rpm por 15 minutos e m centrifuga refrigerada a 4 ° C . O sobrenadante contendo R N A foi c u i d a d o s a m e n t e pipetado e passado para novos tubos de 1,5 mL. O RNA foi precipitado c o m 500|a,L de Isopropanol e a p ó s incubação de 10 minutos a temperatura a m b i e n t e , foi centrifugado a 12.000 rpm, por 10 minutos a 4 ° C . O sobrenadante foi descartado e o precipitado foi ressuspendido e m 1 m L de Etanol 7 5 % , preparado c o m água D E P C (diethyl pyrocarbonate). A p ó s nova centrifugação o R N A foi ressuspendido e a r m a z e n a d o a -80°C. (Chomczynsl<i,P. e Sacchi,N., 1987, e C h o m c z y n s k i , P, 1993). A concentração do RNA foi determinada por leitura da absorbencia a 2 6 0 n m e m espectrofotômetro e para avaliar o grau de pureza foi realizada leitura da absorbância a 2 8 0 n m e calculada a relação. 3.2.13 Análise da pureza do R N A por eletroforese Para avaliar a pureza e integridade do R N A extraído das células realizamos u m ensaio de eletroforese e m gel de agarose c o m formaldeído 3 7 % . A n t e s de colocar o R N A no gel de agarose, foi preparada u m a solução que impede a d e g r a d a ç ã o do m e s m o . Todo o material utilizado foi d e v i d a m e n t e autoclavado e t o d a s as soluções f o r a m preparadas c o m água D E P C . Materiais e Métodos 36 Para cada amostra de RNA utilizamos 5,5|j,L de f o r m a m i d a , 1 |iL de M O P S (3-[N-Morpholino] propanesulfonic acid) 10x, 2 )iL de formaldeido, 1 \xL de Loading Buffer para RNA e 0,5 ^iL de brometo de etídeo. A esta solução foi adicionado 1 [ig de RNA. A solução foi aquecida a 65°C t a m b é m para desnaturar 0 RNA, seguido de choque fho por 3 m i n . no gelo e colocado no gel de agarose 3 % preparado com formaldeído 3 7 % e M O P S e submetido a corrente elétnca e m aparelho de eletroforese. 3.2.14 O b t e n ç ã o de c D N A pelo m é t o d o de transcrição reversa Padronizamos este ensaio para utilizar sempre 2|j,g de RNA total de cada amostra. A phmeira etapa deste ensaio foi a eliminação de DNA contaminante c o m Dnasei (Invitrogen 1U/|iL) para não interferir no resultado final. As a m o s t r a s p e r m a n e c e r a m incubando por 15 minutos a 25°C c o m a Dnasei e seu t a m p ã o , após este período foi adicionado 1JJ,L de solução de E D T A 2 5 m M para i n i b i r a ação da D n a s e i . Para linearizar a cadeia de R N A f o r a m acrescentados 2)iL de Oligo(dT) Primer (0,1|ig/|j,L), as amostras p e r m a n e c e r a m incubando por 10 minutos a 65°C. Para a síntese de DNA complementar, acrescentaram-se BSA (Bovine S e r u m A l b u m i n - 20|a.g/mL), deoxynucleotideo trifosfato (dNTP) l O m M , M g C b e a enzima transcriptase reversa M-MLV Reverse Transcriptase (200U/)iL) c o m seu respectivo t a m p ã o , as amostras f o r a m incubadas por 1 hora a 37°C. A p ó s este período os t u b o s f o r a m transferidos para o gelo picado, a o n d e p e r m a n e c e r a m por 5 minutos. Depois f o r a m colocados outra vez no termociclador a 65°C por 10 minutos e transferidos para o gelo. A s amostras f o r a m estocadas a (D'Alessio,J.M., e Gerard,G.F, 1988; Kotewicz.M.L. e cols. 1988). 20°C. Materiais e Métodos 37 3.2.15 R e a ç ã o de polimerização e m cadeia e m t e m p o real ( P C R e m t e m p o real) Para a d e t e r m i n a ç ã o quantitativa da expressão de S 1 0 0 P foi realizada a técnica de P C R e m t e m p o real. O par de primers utilizado neste ensaio foi d e s e n h a d o pelo sistema de software Primer Express oligo design software da Applied Biosystems (Ginzinger, D.G., 2002). Para a reação de polimerização e m cadeia e m t e m p o real utilizamos 0,8|iiL de c D N A de cada a m o s t r a , 5|iL de SYBR® G r e e n I (Applied Biosystems), 0,4|iL (4pmol) de cada primer (seqüência informada nos Materiais) e 3,4|iL de H2O D E P C , t e r m i n a n d o c o m u m volume total de 10|a.L por reação. Cada amostra foi realizada e m triplicata. A amplificação foi realizada nas seguintes condições: 1° estágio: 95°C, por 10 minutos, 2° estágio: 94°C, por 15 segundos, 55°C, por 30 s e g u n d o s (anelamento) e 72°C, por 30 segundos (extensão dos primers). Esses três últimos ciclos foram repetidos por mais 35 vezes. Depois da reação de amplificação foi realizada a curva de dissociação seguindo-se o seguinte padrão: 95°C por 20 s e g u n d o s , 60°C por 30 segundos e 95°C por 20 segundos, sendo que a p a s s a g e m da temperatura dos 95°C para os 60°C levou 20 minutos. C o m o gene e n d ó g e n o para validar o ensaio e servir de padrão interno foi utilizado um par d e primers da Ciclofilina A (seqüência informada nos Materiais) ( T h e l l i n , 0 . e cols., 1999; Peinnequin, A. e cols., 2004). A reação foi realizada em um termociclador A B I Prism 7700 S e q u e n c e Detector, as condições f o r a m programadas e m um c o m p u t a d o r Power Macintosh 7100 (Apple Computer, Santa Clara, CA). Os d a d o s f o r a m analisados neste m e s m o computador. T a n t o a coleta c o m o a análise d o s d a d o s foi realizada por software criado pela PE Applied Biosystems, Abi Prism 7700 S e q u e n c e Detection System version 1.6. A análise d o s f r a g m e n t o s gerados foi realizada mediante eletroforese, em gel de agarose 1 % ( G I B C O - B R L ) e corado c o m 1|iL de Brometo de etídeo. Materiais e Métodos 38 3.2.16 E n s a i o de Imunofluorescência e m Microscopia Confocal Para avaliar a expressão proteica da S 1 0 0 P nos clones transfectados realizamos o ensaio de imunofluorescência. A s células f o r a m tripsinizadas e plaqueadas e m c â m a r a s apropriadas sobre lâminas de microscopia, para cada clone foi plaqueada u m a lâmina c o m 5x10"* células por câmara. A s células f o r a m mantidas e m meio de cultura E A G L E modificado por Dulbelcco ( D M E M ) c o m 1 0 % de soro fetal bovino e Glutamina ( 4 m M ) , p e r m a n e c e n d o e m atmosfera ú m i d a contendo 5 % de CO2. No dia seguinte, as células f o r a m fixadas com formol 4 % gelado e p e r m a n e c e r a m por 10 minutos a 4°C. A s células f o r a m então lavadas d u a s vezes c o m PBS 1 % , seguida de u m a lavagem c o m P B S com glicina 0,1 M, nova lavagem c o m PBS 1 % , e outra lavagem c o m P B S e BSA 1 % . A p ó s t o d a s as lavagens, as células f o r a m incubadas c o m anticorpo monoclonal primário para a proteína S I OOP (BD Transduction Laboratories,), a u m a diluição de 1:50 e m P B S e BSA 1 % , p e r m a n e c e n d o overnight a 4°C. A p ó s incubação, as células f o r a m lavadas duas vezes c o m P B S e BSA 1 % , e durante 30 minutos foram repetidamente lavadas c o m PBS 1 % para ser retirado todo excesso d e anticorpo. Foi adicionado o Anticorpo secundário (Anti mouse polyvalent immunoglobulins FITC conjugate - Sigma), a u m a diluição de 1:250 e m P B S e o DAPI (4,6-diamidino-2-phenylindole) para corar o núcleo das células (Yang, E.S e Burnstein,K.L, 2003). A s células p e r m a n e c e r a m incubando por 30 minutos a temperatura ambiente e protegidas da luz. A p ó s este período as células f o r a m lavadas 8 vezes c o m P B S 1 % , depois f o r a m rapidamente lavadas c o m água destilada e as lamínulas f o r a m montadas c o m glicehna t a m p o n a d a . As lâminas foram observadas primeiramente em microscópio de fluorescência e c a m p o claro convencional O l y m p u s BX60 e posteriormente e m microscópio de fluorescência Zeiss L S M 510. Materiais e Métodos 39 3.2.17 Ensaio de Citometria de Fluxo O ciclo celular foi analisado pela coloração do DNA por iodeto de propídeo e adquirido e m citômetro d e fluxo FACSCalibur (BD Biosciences), equipado c o m laser de argônio de 1 5 m W , 488 n m , refrigerado a ar, c o m e x p a n s o r prismático e lentes esféricas, criando um feixe elíptico de 20x64pm. As m e n s u r a ç õ e s f o r a m realizadas e m câmara retangular de quartzo de 4 3 0 x 1 8 0 p m , c o m fluxo de a p r o x i m a d a m e n t e 100 cel/segundo. A s dispersões de luz frontal e lateral foram detectadas c o m fotomultiplicadores, c o m valores obtidos e m escala logarítmica. Os sinais luminosos f o r a m c a p t a d o s por filtros de 600/650 para iodeto de propídeo. O citômetro é acoplado a u m microcomputador que realiza a aquisição dos parâmetros e a r m a z e n a m e n t o de d a d o s e m disco rígido. Para a aquisição das amostras foi utilizado o programa CellQuest, e para análise, o programa ModFit LT (Verity Software House, T o p s h a m , M e m p h i s , EUA). Foram adquiridos 10.000 eventos de cada amostra, cada um correspondendo a uma célula, através de dois parâmetros, dispersões frontal e lateral de luz, que representam, respectivamente, t a m a n h o e complexidade da célula (Chaves, M.M.S., 2004). De cada clone T 4 7 D L S 1 0 0 P S N - A / S 1, 4, 8 e das células T 4 7 D L X S N f o r a m s e m e a d o s 1x10^ células e m garrafas de cultura de 2 5 c m ^ e mantidas sob as m e s m a s condições anteriormente citadas. A p ó s vinte e quatro horas, as células f o r a m tripsinizadas, lavadas d u a s vezes c o m 1 m L de P B S gelado e fixadas e m 1 m L de etanol gelado 7 0 % por 30 m i n . Esta suspensão de células foi a r m a z e n a d a , protegida da luz a temperatura de 4°C até o dia do ensaio. No dia da leitura no citômetro, as células foram centrifugadas e m centrífuga eppendorf, a 12000 rpm por 2 minutos, o sobrenadante aspirado, e as células foram ressuspendidas e m I m L de PBS 1 % gelado, passadas para tubos especiais de 1 2 m m X 7 5 m m e m polietileno (BD Discovery Labware) e coradas c o m solução de iodeto de propídio (50pg/mL e m PBS) e R n a s e A (50pg/mL) por 30 min, à temperatura a m b i e n t e , no escuro. A análise foi feita por citometria de fluxo, e m citômetro F A C S C a l i b u r equipado c o m u m c o m p u t a d o r Macintosh Power PC, modelo 7300/200 (Apple Computer Inc., Cupertino, CA, EUA) utilizando o programa CellQuest (BDIS) (Vindelov.L.L e Christensen, I.J., 1990; Michea L., e cols.2000). cmss^.o mmmL DE Emm MIXIEÃR/SP-IPEÍ Resultados 40 Resultados 4.1 Seqüênciamento O c D N A da S I OOP foi sequenciado no seqüênciador A B I 3100® (PE Applied Biosystem), analisado pelo programa Cromas e comparado com seqüências de banco de d a d o s que d e m o n s t r a r a m que a seqüência da S I OOP por nós apresentada contém 100% de similaridade com a S I OOP conhecida, c o n f o r m e d e m o n s t r a d o a seguir e este c D N A foi então utilizado e m nossos ensaios. r >qi|305834161gbIET007289.11 Length = 2 8 8 E Score = 563 bits (284), Expect Identities = 284/284 (100^) Strand = Plus / Hinus Homo sapiens SlOO calcium binding protein P mRNA, complete cds e-157 Query: 1 ttgagtcctgccttctcaaagtacttgtgacaggcagacgtgattgcagccacgaacacg 60 I IIIIIIII I IIIIIIIII IIIIIIIIII IIIII II IIIIIIII IIII IIIIIIII IIII Sbjct: 284 ttgagtcctgccttctcaaagtacttgtgacaggcagacgtgattgcagccacgaacacg 225 Query: 61 atgaactcactgaagtccacctgggcatctccattggcgtccaggtccttgagcaattta 12D I IIIIIIII II IIIIIIII I III IIII II IIIIIIIIII III IIIIIIIIIIIIIIII II Sbjct: 224 atgaactcactgaagtccacctgggcatctccattggcgtccaggtccttgagcaattta 165 Query: 121 tccacggcatccttgtcttttccactctgcaggaagcctggtagctccttctccatcagc 180 I II IIIII II IIIIIIIII IIIIIIIIII IIIIIIIIIIIII IIIIII IIIIIIIII II I Sbjct: 164 tccacggcatccttgtcttttccactctgcaggaagcctggtagctccttctccatcagc 105 Query: 181 accttgagctcccccttggtcagggtctgcgtgctgccctcgctgcccgaatatcgggaa 240 I IIIII III M IIIIIIIII II IIII IIIIIIIIIII IIIIIIII IIIIIIIIIIII III Sbjct: 104 accttgagctcccccttggtcagggtctgcgtgctgccctcgctgcccgaatatcgggaa 45 Query: 241 aagacgtctatgatcatgcccatggctgtctctagttccgtcat 284 I IIIIIIII IIIIIIIIII IIIIIIIIII IIIIIM III IIII I Sbjct: 44 aagacgtctatgatcatgcccatggctgtctctagttccgtcat 1 Resultados 4.2 O b t e n ç ã o do c D N A da S1 OOP 4.2.1 Amplificação pela técnica de P C R 41 O vetor pET3a contendo o c D N A da proteína S 1 0 0 P foi amplificado pela técnica da Reação e m Cadeia da Polimerase (PCR) c o m u m par de "primers" por nós d e s e n l i a d o que lhe forneceu o sítio reconhecido pela enzima de resthção Xho\ na extremidade 5 ' da S 1 0 0 P , e da enzima EcoRI na extremidade 3 ' da S 1 0 0 P ( F i g . 4.1). 5602,X6a I 5562,Ase I , 5544.8g/ll .!, 5262 .Salí , Ase 1,43 ,Afllll,134 .Sai 1,170 5 X T A CTC GAG CAT ATG ACG GAA CTA G 3' Xhol PCR 5 T T A GAA TTC GGA TCC AGG GCA TCA T 3" EcoRI Figura 4.1 E s q u e m a da amplificação por P C R 4.2.2 Preparação do c D N A da S I OOP para o vetor p L X S N A p ó s a amplificação do c D N A pelo método de PCR, o fragmento gerado foi digehdo c o m as enzimas EcoRI e Xho\. Depois este foi precipitado, purificado e submetido à análise quantitativa e qualitativa e m gel de agarose 1 % (Figura 4.2). A análise do gel confirmou o t a m a n h o do fragmento (299pb) c o m o t a m b é m sua pureza. Confirmando portanto a possibilidade de uso do c D N A para a continuidade do trabalho. Resultados 42 21000 5148/42002030 1700/ 1300 580 • 299pb 1 2 3 Figura 4.2 Gel de agarose 1 % , c o m a representação do f r a g m e n t o do c D N A da S 1 0 0 P , utilizado para a construção do vetor L S 1 0 0 P S N . 1) marcador de peso molecular EcoRI/HindIll (21000pb a 580pb) 2) marcador de peso molecular 100pb ( 2 0 0 0 p b a 100pb) 3) c D N A da S1 OOP c o m 299 pb 4.3 Preparação do vetor p L X S N Para linearizar o vetor e prepará-lo para receber o fragmento da S 1 0 0 P , o plasmideo p L X S N foi digerido c o m as enzimas EcoRI e X ^ o l , foi precipitado, purificado e submetido à análise qualitativa e m gel de agarose 1 % (Figura 4.3). A análise do gel confirmou não só o t a m a n h o do fragmento (5874pb) c o m o t a m b é m sua pureza. Neste ponto t í n h a m o s o c D N A e o vetor c o m as extremidades condizentes para a ligação no sentido anti-sense. 21000 5148/4200 5874pb 2030 1700/ 1301 940 830 580 Figura 4.3 Gel de agarose 1 % , c o m a representação do f r a g m e n t o do vetor p L X S N , utilizado para a construção do vetor L S 1 0 0 P S N . 1) Marcador de peso molecular EcoRI/H/ndlll 2) vetor p L X S N c o m 5874pb Resultados 4.4 43 L i g a ç ã o d o c D N A d a proteína S 1 0 0 P a o vetor retroviral p L X S N O c D N A da S 1 0 0 P foi inserido no vetor p L X S N previamente linearizado c o m as m e s m a s enzimas {Xho\ e EcoRI), utilizando-se a e n z i m a T 4 Ligase (Figura 4.4), no sentido anti-sense da proteína S 1 0 0 P . Ecoñ\ ', on 5.9 kb 3'LTR Xhol I PBFI322 pLXSN 6.2 kb S100P-anti-sense ^- \ ^ 3 LTR P, 1 f '' •< ""--ly / Figura 4 . 4 E s q u e m a da construção d o vetor LS1 OOPSN-anti-sense. O vetor p L X S N foi digerido c o m as e n z i m a s EcoRI e Xho\. O c D N A da S 1 0 0 P , c o m os m e s m o s sitios, foi obtido por P C R e inserido no vetor p L X S N no sentido anti-sense. A s bactérias D H 5 a f o r a m transformadas pelo produto da ligação e obtivemos quatro clones positivos, o u seja, resistentes ao antibiótico Ampicilina. Resultados 4.5 44 Análise de restrição A confirmação da ligação foi realizada por análise de restrição, os f r a g m e n t o s f o r a m digeridos c o m as enzimas Xho\ e E c o R I , para analisar o t a m a n h o dos f r a g m e n t o s resultantes e c o m a enzima Sacl para avaliar a posição do inserto (Fig. 4.5). Na figura 4.6 p o d e m o s confirmar o resultado das digestões e m gel de agarose 1 % . Escolhemos a e n z i m a de resthção Sacl para a análise de resthção pois o vetor pLXSN possui apenas dois sítios de restrição para esta enzima, localizados nas posições 3 1 6 4 e 414, e a S I OOP possui a p e n a s um sitio, localizado na posição 99. C o m isso, no caso de inserto positivo encontraríamos três fragmentos. 5874 S e m inserto: 3124pb 2750pb C o m inserto anti-sense: 188 3 1 2 4 (2710 + 414) 1 1 5 5 ( 1 0 5 6 + 99) 3164 1 8 6 8 ( 1 6 8 0 + 188) Figura 4.5 Desenho da análise de restrição c o m a enzima S a c l Resultados 45 21000 5148/4200 2030 Figura 4.6 Gel de a g a r o s e 1 % 1) Marcador de peso molecular EcoRI/HindIll 2) Marcador de peso molecular 10Opb de 2 0 0 0 p b a 10Opb 3) Plasmideo LS1 OOPSN-anti-sense clivado c o m EcoRI e Xho\ g e r a n d o f r a g m e n t o s de a p r o x i m a d a m e n t e 5900 (vetor L X S N 5 8 7 4 p b ) e 300pb (S100P) 4) Plasmideo LS1 OOPSN-anti-sense clivado c o m a enzima SACI gerando f r a g m e n t o s de 3 1 2 4 p b , 1868pb e 1155pb 5) Plasmideo L S I OOPSN-anti-sense linearizado c o m a enzima EcoRI gerando um único fragmento d e a p r o x i m a d a m e n t e 6.200 pb 6) S l O O P c o m 299 pb 4.6 P r e p a r a ç ã o das células de e m p a c o t a m e n t o Fibroblastos G P + E 8 6 4.6.1 T r a n s f e c ç ã o Transiente e Infecção p e r m a n e n t e A s células de e m p a c o t a m e n t o G P + E 8 6 f o r a m transfectadas c o m o vetor pLSIOOPSN-anti-sense e pelo vetor vazio pLXSN pela técnica da coprecipitação c o m cloreto de cálcio. O s o b r e n a d a n t e , contendo as partículas virais, foi coletado a p ó s 48 horas do início da transfecção e utilizado para infecção das células anfotroficas G P + e n v + A m 1 2 . O restante do meio c o m partículas virais foi imediatamente congelado. A seleção d o s clones positivos foi realizada c o m o antibiótico G 4 1 8 durante 12 dias. C o n s e g u i m o s isolar 11 clones positivos A m i 2 L S 1 OOPSN-anti-sense e 4 clones A m 1 2 L X S N . A s células não a p r e s e n t a r a m n e n h u m a alteração fenotípica durante ou após o término da seleção. Resultados 46 4.7 Título viral a p r e s e n t a d o pelas células anfotroficas para os c l o n e s A m 1 2 L S 1 OOPSN-anti-sense Para presentes realizada no testarmos a sobrenadante a cultura capacidade dos de fibroblastos 11 da de clones infecção das partículas virais A m i 2 L S 1 OOPSN-anti-sense linhagem de camundongos foi NIH-3T3, seguida d e infecção pelas partículas virais e seleção d a s células infectadas c o m o antibiótico G-418, por 12 días. A p ó s a seleção, as placas f o r a m coradas c o m o corante não vital R o d a m i n a B (Fig. 4.7) e as colonias f o r a m c o n t a d a s e os valores expressos e m unidade de f o r m a ç ã o d e colonia por mL (ufc/mL). Figura 4.7 Clone A m 1 2 L S 1 0 0 P S N - a n t i - s e n s e - 6 corado c o m R o d a m i n a B Conforme pode ser analisado na Tabela 4 . 1 , todos os clones a p r e s e n t a r a m títulos iguais ou superiores a lO'* ufc/mL. S e n d o q u e 7 dos 11 clones anti-sense titulação (64%) considerada boa apresentaram valores entre 1,2 e 1,8x10^ ufc/mL, para esse tipo de vetor e coerente c o m valores encontrados na literatura (Beilini,M.H. 2 0 0 1 ; Mathor,M.B.1994). O s clones c o m maior poder de infecção, ou seja, c o m o maior título viral f o r a m escolhidos para infecção d a s células tumorais m a m a d a s T 4 7 D . C0«fSS^.O MAC!Of*L 06 EK'cft&A fv'üCLEAR/SP-IPEfil Resultados 47 T a b e l a 4.1 Título viral apresentado pelas células anfotroficas A m 1 2 L S 1 0 0 P S N Anti-sense Clone Título (ufc/mL) 1 1 , 5 x 10^ 2 1,4 X 10^ 3 1,6 X 10^ 4 1,6 x 10^ 5 1,5 X 10^ 6 1,8x 10^ 7 0,7 X 10^ 8 1,2 X 10^ 9 0,9 X 10^ 10 0,8 X 10^ 11 0,5x10^ Para serem utilizados c o m o controle positivo, f o r a m infectadas células NIH-3T3 c o m clones A m 1 2 L X S N , seguindo-se os m e s m o s padrões da infecção d o s clones A m i 2 L S 1 OOPSN-anti-sense. C o n f o r m e d e m o n s t r a d o na Tabela 4.2, t o d o s os clones apresentaram títulos iguais ou superiores a 10"* ufc/mL . T a b e l a 4.2 Título viral apresentado pelas células anfotroficas A m 1 2 L X S N Clone Título (ufc/mL) 1 1 , 7 x 1 0^ " 2 0,7x10^ 3 0,3x10^ 4 0,5x10^ Resultados 48 4.8 Cultura de células de c a r c i n o m a ductal m a m á r i o T 4 7 D As células T 4 7 D d e m o n s t r a r a m ser de difícil cultura e tripsinização, p e r m a n e c e n d o muito aderidas ás placas e f o r m a n d o g r u m o s ao se soltarem o que exigiu maior t e m p o para padronização das técnicas de cultura. S e u crescimento foi lento e para melhiorá-lo f o r a m adicionadas 0,2UI de insulina (WilIard.S.T. e cols. 1997). A p ó s o domínio d a s técnicas de cultura e m a n u t e n ç ã o , as células f o r a m utilizadas e m nosso trabaliio. Na figura 4.8, p o d e m o s visualizar u m a placa c o m células T 4 7 D a p ó s 12 dias de cultura. Figura 4.8 Célula T 4 7 D e m cultura. 4.9 Infecção das células de c a r c i n o m a m a m á r i o T 4 7 D Para a infecção das células de carcinoma mamário h u m a n o T 4 7 D , f o r a m escolhidos três clones d a s células de e m p a c o t a m e n t o A M I 2LS1 OOPSNanti-sense, dentre os quais estão o s que obtiveram os maiores títulos, que f o r a m os clones 1, 4 e 8 c o m 1,5x10^ , 1,6x10^ e 1,2x10^ células respectivamente e o clone controle A m 1 2 L X S N infectadas. A infecção 4 que apresentou u m título de 0,5x10'* células retroviral ocorreu na presença de polibreno que age tornando a m e m b r a n a mais permeável. (Mathor,M.B. 1994). Este ensaio foi células, foram s e m e a d a s realizado com duas concentrações diferentes de 1x10^ células e 5x10'* células de cada clone em duplicata. Utilizamos d u a s concentrações celulares diferentes para avaliar o Resultados 49 rendimento da infecção. Porém não o b t i v e m o s diferença significativa entre as d u a s concentrações. Em todas as placas obtivemos a f o r m a ç ã o de clones após a seleção c o m G 4 1 8 . Na Fig. 4.9 podemos observar uma placa com células T47D transduzidas o n d e após um período de 7 dias de seleção as colônias se f o r m a r a m n o r m a l m e n t e e não apresentaram n e n h u m a alteração morfológica, este padrão se manteve estável até o final do último ensaio celular. A placa que havia recebido a p e n a s células T 4 7 D sem vetor, que serviu como controle de seleção, não continha mais n e n h u m a célula viva após o s 12 dias de seleção c o m G 4 1 8 (Fig. 4.10). Estas células passaram a ser denominadas T47DLS100PSN-A/S e T47DLXSN. Figura 4.9 Célula T 4 7 D infectada c o m o Clone A m 1 2 L S 1 0 0 P S N anti-sense/4, 7 dias a p ó s o início da seleção c o m G 4 1 8 Resultados 50 Figura 4.10 Células T 4 7 D s e m vetor L X S N , após 7 dias de seleção c o m o antibiótico G-418. 4.10 O b t e n ç ã o de R N A 4.10.1 Extração de R N A dos clones T 4 7 D L S 1 0 0 P S N - A / S e T 4 7 D L X S N A extração de RNA foi realizada segundo protocolo descrito Chomczynski e Sacchi (1987). Devido a rápida d e g r a d a ç ã o do RNA, por foram t o m a d a s todas as precauções e m relação à d e g r a d a ç ã o do m e s m o . C o m o reagente foi escolhido o Thzol®, finalizando-se a extração c o m o volume de 50|iL. Para garantirmos u m resultado mais acurado, o RNA foi quantificado e m espectrofotômetro de capilar a uma leitura DO de 2 6 0 n m e o resultado final a p ó s cálculo de 40xDO260 foi expresso e m ^ig/mL e está descriminado na tabela 4.3. Para avaliar o grau de pureza das amostras realizamos t a m b é m a leitura da DO280 e obtivemos e m todos os casos u m a razão > 1,7 portanto estando de acordo c o m o s padrões de uso e qualidade de R N A (Tabela 4.3). Resultados 51 Tabela 4.3 Rendimento da extração de RNA total de células T 4 7 D a p ó s o processo de extração c o m trizol. C l o n e T 4 7 D L S 1 OOPSN-A/S Quantificação de RNA OD260 Razão T47DLS100PSN-A/S 1 1.030jig/mL 1,85 T 4 7 D L S 1 OOPSN-A/S 4 600|ig/mL 1,91 T 4 7 D L S 1 OOPSN-A/S 8 496fig/mL 1,70 T47DLXSN 1.500|ig/mL 1,91 4.10.2 Eletroforese para avaliar a qualidade do R N A Para avaliar a pureza e a integridade do RNA extraído das células foi realizada eletroforese e m gel de agarose com M O P S e formaldeído (Fig. 4.11). C o m o o R N A t e m a tendência a formar estruturas secundárias e terciárias, que poderiam impedir a separação por eletroforese e a a d e q u a d a análise, foi realizada a desnaturação preliminar do RNA, tanto no gel c o m o auxílio do formaldeído, c o m o por aquecimento pré eletroforese. Figura 4.11 Gel de agarose c o m M O P S apresentando as s u b u n i d a d e s ribossomais 28S e 18S e d e m o n s t r a n d o a integridade e a excelente qualidade do RNA extraído 1) 2) 3) 4) T47DLXSN T47DLS1 OOPSN-A/S 1 T47DLS100PSN-/VS4 T47DLS1 OOPSN-A/S 8 cowssAo mícmi de b&^&a imewsp-iPEfi Resultados 52 4.11 Amplificação e quantificação do c D N A 4.11.1 R e a ç ã o e m cadeia da Polimerase e m t e m p o real A técnica da Reação e m cadeia da polimerase e m t e m p o real ( P C R e m t e m p o real) t e m d e m o n s t r a d o grande eficiência para avaliar a expressão gênica e quantificar o c D N A . Após padronizar as a transcrição condições para ideais de cDNA, realizamos temperatura de vários ensaios anelamento, que para ficou estabelecida e m 55°C, quantidade de ciclos (40), quantidade de c D N A (2pg) e escolha do g e n e e n d ó g e n o para controle interno. Utilizamos primeiramente o GAPDH (glyceraldehyde-3-phosphate d e h y d r o g e n a s e ) c o m o g e n e endógeno para validar o ensaio (Wilkening,S. e Bader, A., 2004), porém este não foi a d e q u a d o para as nossas condições, d e m o n s t r a n d o muita variação entre ensaios. E s c o l h e m o s então a ciclofilina A c o m o g e n e e n d ó g e n o (Peinnequin, A. e cols, 2004), esta escolha se baseou e m referências da literatura e se mostrou muito mais apropriada para o nosso estudo. Os d a d o s para a análise f o r a m obtidos pelo próprio programa do termociclador, S D S versão 1.9 (Applied Biosystems), que gerou tabelas c o m os valores relativos de cada limiar, o u seja, u m ponto pré-estabelecido na fase linear da curva de expressão que representa a melhor emissão de fluorescência. Estes d a d o s foram exportados para uma tabela Excel (Microsoft) e então analisados pelo método 2"'^'^*^' e apresentados na f o r m a de tabela (Peinnequin, A. e cols., 2 0 0 4 ; Peirson,S.N, e cols., 2 0 0 3 ; Y a n g , J. e. cols., 2004). A figura 4.12 mostra o padrão de expressão do g e n e da ciclofilina A e m todos os clones. A s curvas são resultantes de um dos ensaios realizados e que nos forneceram parte dos d a d o s para posterior análise estatística. T o d a s as amostras f o r a m amplificadas e m triplicata, sendo que as amplificações das triplicatas f o r a m muito similares, o desvio padrão em n e n h u m a amostra. não ultrapassou 0,35 Resultados 53 Limiar 0 4 • - m 1 1 1 I I I ! I a I 1—I 1 I. « J 1 I * # 10 1S 11 l f 1» ÍS 14 í* í* » » IS W « W I s Figura 4.12 Gráfico obtido e m um dos ensaios de P C R e m t e m p o apresentando o padrão de expressão da ciclofilina A e m todos os clones. real Na figura 4.13 p o d e m o s visualizar o padrão de expressão do g e n e da S I OOP do m e s m o ensaio mostrado na figura anterior, c o m todos os clones e todas as amostras e m triplicata. 10- I ¡0 0 Limiar 10- Z , M i l H II se «e 40 Figura 4.13 Gráfico obtido e m u m dos ensaios de P C R e m t e m p o real apresentando o padrão de expressão da SlOOP.em t o d a s as amostras e m triplicata. Nas figuras 4.14 e 4.15 a p r e s e n t a m o s a p e n a s as curvas de expressão do clone T47D-LXSN e do clone T 4 7 D - L S 1 OOPSN-A/S 4 respectivamente mostrando as expressões da S I OOP e do gene e n d ó g e n o da ciclofilina A. Resultados 54 S100P Média= 20,13 ciclos N=3 Diferença: 2,94 Ciclofilina A Média = 17,19 ciclos N=3 Limiar Figura 4.14 Gráfico obtido e m u m dos ensaios de P C R e m t e m p o real apresentando o padrão de expressão das células T 4 7 D - L X S N para o g e n e endógeno e para o g e n e da S I OOP. As curvas de cor azul marinho, azul claro e rosa c o r r e s p o n d e m ao p n m e r da ciclofilina A. A s outras c o r r e s p o n d e m ao p h m e r da S I OOP S100P Média= 20,49 N=3 Ciclofilina A Média =16,16 Diferença de 4,33 ciclos N= 3 Limiar I I I I • I I I I 11 0 î * i 8 10 u — 1 — I — I 1* si tî 11 11 I I I—I—11 ¿5 2-i î4 î4 :a ïû Si i I I I I S-A -Jt TÍ Figura 4.15 Gráfico de P C R e m t e m p o real apresentando a expressão do Clone T 4 7 D L S 1 OOPSN-A/S 4 Curvas: verde, amarelo e vermelho: p h m e r ciclofilina A Curvas: preto, vermelho e azul: p n m e r S I OOP Levando em consideração o limiar admitido para as expressão, obtivemos os valores de ciclos (CT). N o t a m o s que curvas houve de uma diferença de expressão entre os dois g e n e s de 2,94 ciclos no clone controle T47DLXSN e esta diferença subiu para 4,33 ciclos no clone T47DLS1 OOPSN-A/S 4. Estes Resultados 55 valores f o r a m exportados para u m a tabela e analisados pelo m é t o d o 2"^"^^' que gerou os d a d o s finais apresentados na tabela 4.4. Este cálculo é sugerido pelo fabricante do aparelho de P C R e m t e m p o real e foi o escolhido por diversos autores. S e g u e o seguinte phncípio: os níveis relativos d e expressão do gene alvo são c o m p a r a d o s aos do g e n e e n d ó g e n o e calculados como 2"^*^^, o n d e ACT = m é d i a s dos C T ' s da S 1 0 0 P - médias dos C T ' s da ciclofilina A. A razão da expressão do clone T 4 7 D L S 1 OOPSN-A/S 4 e m relação a expressão do clone controle T 4 7 D L X S N foi então calculado c o m o 2"^"^*^', o n d e A A C T = A C T T47DLS100PSN-A/S4- A C T T47DLxsN(Yang,J. e cols. 2004). Tabela 4.4 Relação de expressão adquihda a partir das médias d o s C T ' s . S100P média Ciclofilina A CT ± erro média CT ± e r r o padrão padrão ACT* AACT" 17,13 ±0,21 2,92 ± 0,28 0,00 ±0,28 1,00 16,23 ±0,13 4,34 ± 0,23 1,42 ±0,23 0,37 Amostras T47D-LXSN T47D-A/S-4 20,05 + 0,19 20,57 ±0,20 Relação 2-AACt *ACT = médias dos CT's da S I OOP - médias dos CT's da ciclofilina A ** AACT = ACT (T47D-A/S-4) - ACT da T47D-LXSN (controle) valores expressos em ciclos Nesta tabela estão os resultados dos clones T 4 7 D L S 1 0 0 P - A / S 4 e T47D-LXSN. Esses valores correspondem a dois ensaios independentes realizados e m thplicata, totalizando u m n=6. P o d e m o s observar que 9 clone T47DLS100P-A/S 4 apresentou apenas 3 7 % da expressão da S100P em c o m p a r a ç ã o com o T 4 7 D - L X S N . Nos clones T 4 7 D L S 1 0 0 P - A / S 1 e 8 não houve alteração significativa da expressão d e s s e gene. Resultados 56 P C R e m t e m p o real 100% 80% 60% 40% 20% o iro to to a; Q. X <u TO T3 nj 0% T47D-LXSN T47D-S100PA/S Figura 4.16 Gráfico demonstrando a relação de expressão obtida e m PCR e m t e m p o real. Células T 4 7 D - L X S N e T 4 7 D L X S N - A / S 4 . Os resultados f o r a m analisados pelo método 2"'^'^'^'. Resultados analisados pelo teste "t" d e m o n s t r a r a m que a diferença foi significativa P< 0 , 0 0 1 . Os resultados apresentados são médias ± EP. Neste histograma consideramos a expressão do clone T 4 7 D - L X S N c o m o sendo 1 0 0 % e a expressão do clone T 4 7 D - L S 1 0 0 P - A / S 4 sendo relativa a este controle. P o d e m o s visualizar a significativa diminuição da expressão do g e n e da S I OOP. As células transduzidas com o anti-sense apresentaram um decréscimo da expressão de 6 3 % e m relação á expressão das células T 4 7 D controle. 4.11.2 Gel de a g a r o s e para c o n f i r m a ç ã o do produto de P C R e m t e m p o real A p ó s a realização do P C R e m t e m p o real foi preparado um gel de agarose 1,5% e todas as amostras f o r a m submetidas a eletroforese confirmar a integridade do produto do P C R e m t e m p o real (Figura 4.17). para Resultados 1 2 3 4 5 6 7 57 8 Figura 4.17 Gel de agarose 1,5% c o m produto do PCR e m t e m p o real. 1) M a r c a d o r d e peso molecular lOObp 2) T 4 7 D - L X S N 3) T 4 7 D - L S 1 0 0 P - A / S 1 4) T 4 7 D - L S 1 0 0 P - A / S 1 5)T47D-LS100P-A/S4 6) T 4 7 D - L S 1 0 0 P - A / S 4 7)T47D-LS100P-A/S 8 8) T 4 7 D - L S 1 0 0 P - A / S 8 4.12 Microscopia confocal A microscopia confocal foi utilizada neste trabalho para avaliação da eficácia da técnica anti-sense e m relação á expressão proteica. O u seja, avaliar se u m decréscimo de 6 3 % na expressão do clone T 4 7 D L S 1 OOPSN-A/S 4 sena o suficiente para demonstrar u m a alteração na concentração proteica celular. As células f o r a m marcadas c o m o anticorpo da S I OOP, que na micrografia p o d e m o s localizar emitindo fluorescência na coloração esverdeada, e c o m o marcador DAPI que marca o núcleo celular c o m u m a coloração azulada. Na Figura 4.18 p o d e m o s observar o clone T 4 7 D L S 1 OOPSN-A/S 4 representado nas imagens B, D e F c o m uma marcação do anticorpo da S I OOP b e m m e n o s pronunciada e m relação as células controle T 4 7 D L X S N Fig. 4.18 A, C e E sinalizando u m a redução da concentração de proteína S 1 0 0 P celular no clone transduzído c o m o anti-sense d e s s a proteína. O ensaio foi repetido três vezes, e m thplicata finalizando c o m u m n=9, c o m dupla m a r c a ç ã o . Resultados 58 B D Figura 4.18 A , C e E Micrografia confocal do clone T 4 7 D L X S N e B, D e F do clone T 4 7 D - L X S N - A / S 4 c o m dupla m a r c a ç ã o : S I OOP e m verde e D A P I e m azul, mostrando a imunolocalização intracelular da proteína S1 OOP.Nas imagens E e F p o d e m o s visualizar a colocalização da marcação ( S 1 0 0 P e D A P I ) . Analisando a s imagens n o t a m o s u m a diminuição muito a c e n t u a d a no t a m a n h o nuclear entre a s células transduzidas e a s controle. Realizamos então um ensaio histométrico, utilizando o programa Image Lab 2 0 0 0 para calcular o Resultados 59 t a m a n h o dos núcleos nas d u a s amostras. C o m uma a m o s t r a g e m de 69 células de cada grupo obtivemos uma diminuição, da média, de 6 5 % do volume nuclear nas células transduzidas. Este ensaio será repetido, p o r é m já d e m o n s t r a uma alteração muito importante. 4.13 Ensaio de citometria de fluxo Para analisarmos se haveha alguma alteração nas fases do ciclo celular, principalmente visando a fase S do m e s m o , realizamos o ensaio de citometria de fluxo. A s determinações do conteúdo de D N A nuclear por citometria de fluxo são obtidas por c o m p a r a ç ã o c o m u m padrão q u e no nosso caso f o r a m as células T 4 7 D s e m a marcação c o m o fluorócromo de escolha. As células especificamente e foram coradas com estequiométricamente um ao fluorócromo DNA. Em que nossos se liga ensaios e s c o l h e m o s o lodeto de Propideo (IP) para corar a dupla fita de DNA, pois segundo Crissman e cols. 1976, o IP e m c o m p a r a ç ã o ao Brometo de Etideo (BE), outro fluorócromo utilizado para esta técnica, produz histogramas com Coeficientes de variação ligeiramente inferiores aos obtidos c o m B E . Hoje e m dia, o IP é o corante intercalar mais usado e m estimativas do conteúdo e m DNA nuclear. C o m o este corante t a m b é m se liga à cadeia dupla de RNA, a precisão d a s determinações do c o n t e ú d o de DNA utilizando este corante d e p e n d e da destruição do RNA por Rnases (Price,H. e Johnston, J. 1996). O conteúdo do D N A foi analisado pela fluorescência 2 (FL2A) área versus a largura de FL2 ( F L 2 - W ) , que permite excluir a g r e g a d o s de d u a s o u mais células que poderiam proporcionar u m a super estimação da fração de células e m G 2 / M ( W u , W . B e cols. 2003). A s porcentagens das células nas fases G 0 / G 1 , S e G 2 / M f o r a m determinadas c o m o auxílio do programa ModFit LT (Verity Software House Inc., T o p s h a m , ME, USA). Na Fig. 4.19 m o s t r a m o s um gráfico de um d o s ensaios realizado c o m o clone controle T 4 7 D L X S N d e m o n s t r a n d o o padrão de distribuição de células, no nosso controle, nas diferentes fases do ciclo celular. A fig. 4.20 mostra o padrão de distribuição nas diferentes fases do ciclo celular do clone ccMSSÃo umomi c€ WUCLEAR/SP-ÍPE?*' transfectado. Resultados 60 Date acquired: 0«-S«p-04 File: cicxie t47cl real .006 Source: clone t47d real Case; PATIENT ID Analysis type: Automatic analysis Go/G 1=49,74% <— DIPLOID: 1 OO.OO % Dip GO-Gl: 49.74% Dtp G2-M: 22.84 % Dip S: 27.42 % 5=27,42% Total S-Phase: 27.42 % G2/M=22,84% Extra Pop: % Debris: 1.78 % Aggregates: O.OO % Modeted Events: 5901 30 Channels Figura 4 . 1 9 Gráfico g e r a d o pelo p r o g r a m a ModFit c o m a r e p r e s e n t a ç ã o d a s f a s e s d o ciclo celular d o clone T 4 7 D L X S N de a c o r d o c o m a q u a n t i d a d e d e D N A m a r c a d o . Date acquired: 08-Sep-04 File: clone clone 4 PI real 1.010 Source: done clone 4 PI real 1 Case: PATIENT ID Analysis type: Automatic analysis 0/G1 = 60.79% DIPLOID: 100.00% Dip GO-Gl: 60.79 % Dip G2-M: 22.70% Dip S: 16.51 % Totarf S-Phase: 16.51 % G2/M =22,70% Extra Pop: % Debris: 0.00 % Aggregates: 0.00 % Modeled Events: 6895 Channels Figura 4 . 2 0 Gráfico g e r a d o pelo p r o g r a m a ModFit c o m a r e p r e s e n t a ç ã o d a s f a s e s do ciclo celular do clone T 4 7 D L S 1 OOPSN-A/S 4 d e acordo c o m a q u a n t i d a d e d e DNA marcado. Resultados 61 Na tabela 4.5 p o d e m o s observar os resultados das médias d e quatro ensaios com células T47DLXSN usadas como controle e das células T 4 7 D L S 1 OOPSN-A/S 4 . T a b e l a 4.5 Distribuição d a s células no ciclo celular, valores estão expressos e m p o r c e n t a g e m e c o r r e s p o n d e m à média e erro padrão d o s resultados de 4 ensaios e m duplicata. C I T O M E T R I A DE F L U X O - Média ± erro padrão S100P G0-G1 Fase S G2-M T47D-LXSN 54,07 ± 2 , 1 7 34,04 ± 3 , 1 7 11,89 ± 3 , 4 7 T47D-A/S4 57,73 ± 1,25 26,40 ± 3,35 13,26 ± 3 , 6 7 A s análises estatísticas f o r a m realizadas para c o m p a r a r o perfil do ciclo celular d a s células T 4 7 D L X S N e T 4 7 D L S 1 OOPSN-A/S clone 4 . O programa ModFit especializado e m ciclo celular analisa as seguintes fases: G 0 / G I , S e G2/M. O grupo controle apresentou 34,04 % das células na fase S e o grupo das células c o m anti-sense da S I OOP apresentou uma média de 26,40% das células na m e s m a fase do ciclo celular. Houve, portanto u m a redução de 2 3 % de células na fase S entre o grupo d e células controle e das que receberam o vetor retroviral c o m anti-sense. Aplicando o teste "t" d e Fisher nos valores apresentados pelos dois clones, o b s e r v a m o s que tanto na fase S c o m o na fase GO-Gl houve diferença significativa P< 0,01. Na figura 4.21 representamos graficamente a distribuição das células nas diferentes fases do ciclo celular. Resultados 62 Citometria de F l u x o 70 60 «, 50 JS I 40 IT47D-LXSN O IT47D-A/S4 « 30 20 4 — 10 G0-G1 Fase S G2-M Figura 4.21 Histograma d e m o n s t r a n d o a distribuição de fases de ciclo celular das células T 4 7 D - L X S N e do clone T 4 7 D - L X S N - A / S 4. Resultados expressos c o m o média ±EP Discussão 63 5 DISCUSSÃO O Câncer representa um grande problema de s a ú d e pública tanto nos países desenvolvidos c o m o nos países e m desenvolvimento, e sua incidência v e m a u m e n t a n d o vertiginosamente no m u n d o . Dentre os diversos tipos de câncer, o de m a m a está entre os que c a u s a m maior preocupação. A Organização Mundial da S a ú d e estima que, por ano, o c o r r a m mais de 1.050.000 de c a s o s novos de câncer de m a m a e m todo o m u n d o , ò que o torna o mais c o m u m entre as mulheres. No Brasil, não t e m sido diferente. Informações processadas pelos registros de Câncer de Base Populacional, disponíveis para 16 cidades brasileiras, mostram que na década de 90, este foi o câncer mais freqüente no país. A s maiores taxas de incidência foram o b s e r v a d a s e m São Paulo, no Distrito Federal e e m Porto Alegre (INCA, 2 0 0 5 ) . A l é m disso, o câncer de m a m a constitui-se na phmeira causa de morte por câncer entre as mulheres, registrando-se uma vahação percentual relativa de mais de 80% em pouco mais de duas décadas: a taxa de mortalidade padronizada por idade, para 100.000 mulheres, a u m e n t o u d e 5,77 e m 1979, para 9,74 e m 2 0 0 0 (Ministého da S a ú d e , 2002). S e g u n d o estimativas do INCA, no Brasil para o ano de 2005 ocorrerão 467.440 casos novos de câncer. Os tipos mais incidentes serão os de pele não melanoma (56 mil), o s de próstata (46 mil) e do pulmão (17 mil) no sexo masculino e de pele não m e l a n o m a (57 mil), de m a m a (49 mil) e colo de útero (21 mil) para o sexo feminino, a c o m p a n h a n d o a m e s m a magnitude observada no mundo (INCA, 2005). A detecção precoce é extremamente importante para reduzir a mortalidade por câncer de m a m a e por isso o auto-exame e a mamografia são altamente r e c o m e n d a d o s pela Sociedade A m e h c a n a de Câncer e pelo Instituto Nacional do Câncer. Os benefícios da detecção precoce ficam muito claros quando analisamos as taxas de sobrevivência de mulheres diagnosticadas c o m Discussão 64 câncer de m a m a : para um t u m o r localizado, a taxa de cura é de 9 0 % se precocemente diagnosticado, esta taxa baixa para 7 0 % nos casos de linfonodos positivos e chega a m e n o s de 2 0 % nos casos de metástases. Por isso t a m b é m a incessante busca por novos m a r c a d o r e s do início da d o e n ç a . Acredita-se que entre 90-95% dos cánceres de mama sejam esporádicos e decorram de m u t a ç õ e s somáticas que se verificam durante a vida, e que 5-10% sejam hereditários (familiares) devido á herança de uma mutação germinativa que confere maior suscetibilidade ao desenvolvimento de u m câncer de m a m a (Bilmoha, M. M., 1995). Os cánceres de m a m a desenvolvem-se c o m o resultado de m u t a ç õ e s e m váhos o n c o g e n e s e g e n e s supressores tumorais. A p r o x i m a d a m e n t e 5 - 1 0 % dos cánceres de m a m a são h e r d a d o s c o m o resultado de mutações nos g e n e s supressores de t u m o r B R C A 1 e B R C A 2 . Mulheres que h e r d a m u m alelo B R C A 1 mutante têm u m a probabilidade de 6 0 % de desenvolver câncer de m a m a e m torno dos 50 anos. Já os casos esporádicos p o d e m apresentar m u t a ç õ e s e m váhos outros g e n e s c o m o erbB-2, c-myc, p53 e Rb. O g e n e erbB-2, que codifica um receptor proteína-tirosina quinase é amplificado e expresso e m níveis altos e m cerca de 3 0 % dos cánceres de m a m a . C o m o a superexpressão da proteína S I OOP e m células de t u m o r de m a m a foi associada a imortalização d e s s a s células in vitro e a progressão tumoral in vivo (Da Silva e cols. 2000), decidimos avaliar, se u m a redução dessa expressão podeha refletir de alguma maneira no desenvolvimento destas células. A p e s a r das evidências de que a S I OOP está presente em uma v a h e d a d e de cánceres e t e m relação c o m a transformação celular, p e r m a n e c e obscuro o efeito que esta causa sobre a função celular ( A r u m u g a m , ! . e cols. 2004). A s proteínas da família S I 00 t e m sido objeto de váhos estudos in assim c o m o in vivo nos últimos anos, que avaliam suas diversas vitro funções intracelulares e extracelulares e m situações tanto normais, c o m o patológicas. P o r é m , ainda existem inúmeras dúvidas sobre sua função e interação 'celular. Para proporcionar uma base sólida para futuros estudos funcionais, são necessários ainda muitos trabalhos envolvendo estudos clínicos e terapêuticos, até se conseguir u m a total c o m p r e e n s ã o sobre a complexidade biológica dessa proteína. Discussão 65 E s c o l h e m o s a linhagem de células de carcinoma intraductal m a m á h o T 4 7 D para receber o vetor retroviral c o m a construção no sentido anti-sense da proteína S 1 0 0 P , pois trata-se de uma linhagem celular que apresenta alta expressão da proteína S 1 0 0 P (Da S i l v a , l . d . C G . e cols., 2000). Estas células se mostraram de difícil manuseio, f o r m a n d o colônias que se a d e h r a m muito às placas, o que dificultou bastante a thpsinização. Poré.m, este projeto nos f o r n e c e u o domínio na manipulação de células tumorais além do conhecimento de técnicas analíticas refinadas. Para realizarmos este estudo, e s c o l h e m o s a técnica de anti-sense gene, introduzindo toda a seqüência do g e n e e m sentido contráho no vetor. Essa técnica foi escolhida c o m o possível fator de redução de expressão do g e n e ( Q u a n , S. e cols, 2001). O p t a m o s pela a b o r d a g e m de anti-sense g e n e por considerarmos mais segura, sendo a ligação altamente específica e por ser mais econômica e portanto a o p ç ã o mais viável para iniciar este projeto. Q u a n e colabradores (2001), utilizaram a técnica de anti-sense para avaliar se a superexpressão, assim c o m o a baixa expressão, do g e n e da h e m e oxigenase h u m a n a I (HO-I) p o d e h a m ser controladas durante um longo período, baseados na introdução deste gene nos sentidos sense e anti-sense. Os resultados d e m o n s t r a r a m que células endoteliais transduzidas c o m o reírovírus contendo o HO-I no sentido anti-sense a p r e s e n t a v a m u m a diminuição nos níveis de proteína de HO-I de 5 5 % e 4 5 % . Esses resultados f o r a m adquiridos de células tratadas e não tratadas c o m h e m e respectivamente. Em um outro estudo realizado por A n n a b e colaboradores e m 2 0 0 0 e que t a m b é m valeu-se da técnica de anti-sense g e n e e do vetor retroviral p L X S N , os resultados f o r a m igualmente positivos. A n n a b tinha c o m o objetivo testar a hipótese de que o g e n e B R C A 1 d e s e m p e n h a u m importante papel na regulação da morte de células de t u m o r de ovário, bem c o m o na inibição da proliferação de células ovahanas. Para tal construiu um vetor retroviral c o m o gene da B R C A 1 e m sentido anti-sense e infectou células BG-1 (células de a d e n o c a r c i n o m a o v a h a n o ) d e p e n d e n t e s de estrógeno. Os resultados d e m o n s t r a r a m u m a diminuição tanto dos níveis de RNA c o m o de proteína de B R C A - 1 nas células B G - 1 . Utilizamos o vetor p L X S N c o m o método de transferência gênica, pois esse vetor é altamente eficiente e integrativo. O trabalho realizado por Bellini e cols. e m 2003, d e m o n s t r o u a alta eficiência do vetor retroviral p L X S N na Discussão 66 transdução de queratinócitos h u m a n o s p h m á h o s . A produção de h G H , in vitro, foi de 4Mg/10^ cél. dia e m células não selecionadas e 7,7pg/10® cél. dia e m células selecionadas c o m 0,6 m g / m L de geneticina. Em nosso trabalho obtivemos igualmente uma alta eficiência d e s s e vetor. Os títulos virais apresentados pelas células anfotroficas para os clones c o m o gene anti-sense assim c o m o para o vetor vazio estiveram todos condizentes com os valores apresentou apresentados um título pela máximo de literatura. O 1,8 XI0^ vetor retroviral UFC/mL, resultado LS100PSN que está perfeitamente e m concordância c o m a literatura. O resultado da transdução de células de carcinoma m a m á r i o t a m b é m foi altamente eficiente, e não obtivemos n e n h u m a alteração fenotípica nas células selecionadas após a transdução e m n e n h u m m o m e n t o do ensaio, e este padrão se m a n t e v e até o final do último ensaio. P o d e m o s então, reafirmar a alta eficiência do vetor p L X S N para transferência gênica. O uso da técnica da reação em cadeia da polimerase quantificação gênica e para auxiliar e m diagnósticos moleculares para aumentou tanto, que atingiu um lugar de destaque na medicina diagnóstica. S e u uso inclui estudos sobre quantificação de marcadores de resistência a drogas e m células tumorais, circulantes monitora em respostas pacientes a com quimioterapias, câncer, além detecta de detectar células tumorais patógenos como bactéhas e vírus (Bustin, S. A., 2000) transformando-se e m um e q u i p a m e n t o essencial e m laboratórios de pesquisa. A reação e m cadeia de polimerase e m t e m p o real t e m levado a u m a maior aceitação pela sua rapidez, especificidade, sensibilidade e reprodutibilidade (Mackay, I. M., e cols, 2002). Em nosso trabalho utilizamos esta técnica com a finalidade de quantificar a expressão do g e n e da S I OOP e m células T 4 7 D normais e nas células T 4 7 D transduzidas, e para avaliarmos o uso da técnica de anti-sense e m relação a expressão gênica. Para obter o c D N A da S I OOP realizamos a transcrição reversa e m ensaio separado da PCR. Para tal, utilizamos a enzima M-MLV-RT (Moloney murine leukaemia vírus) que segundo Bustin (2000) é considerada a melhor escolha se o objetivo do estudo for a amplificação total do g e n e . Utilizamos oligodT primers, que segundo o mesmo autor t a m b é m é uma escolha muito Discussão 67 interessante, pois maximiza o número de moléculas de m R N A que p o d e m ser analisadas m e s m o partindo-se de uma amostra p e q u e n a de RNA. Iniciamos este estudo utilizando o g e n e da G A P D H (glyceraldehyde-3pfispfiate-defiydrogenase) c o m o gene e n d ó g e n o , p o r é m esta escollia apesar de ter sido t o m a d a b a s e a d a e m trabalhos publicados (Wilkening, S. e Bader, A., 2004) não foi a d e q u a d a para o nosso ensaio. Outros trabalhos t a m b é m discutiram a eficiência deste g e n e para uso c o m o controle e n d ó g e n o , s e g u n d o Theilin e cols., 1999, que sugerem que a concentração de G A P D H pode vahar muito por inúmeros motivos, levando a u m a significativa vahação nos niveis de transcrição de G A P D H . Vale ressaltar o trabalho de Bustin (2000), que compilou vários d a d o s da literatura de pesquisas envolvendo a metodologia de R T - P C R e, entre outros, o uso de G A P D H c o m o controle e n d ó g e n o . E s c o l h e m o s , então, o gene da ciclofilina A c o m o g e n e e n d ó g e n o para validar o nosso ensaio, por ser u m a proteina de expressão constante, tanto e m células normais c o m o patológicas (Peinnequin, A. e cols., 2004) o que nos inspirou muita confiança e m relação aos nossos resultados. A Ciclofilina A é uma prolina isomerase que foi descoberta graças a seu poder de ligação à droga imunossupressora Ciclosporina A (Songkai, L. e cols., 2004). Está envolvida no d o b r a m e n t o celular e nas interações das m e s m a s proteínas (Theilin, O., 1999). E s t a b e l e c e m o s 40 ciclos como ideal para esta análise, pois por volta do ciclo 21 a m b o s o s g e n e s iniciavam a fase de aceleração negativa de crescimento da curva e após o ciclo 32 c o m e ç a m o s a notar a estabilização do platô. P o r é m , c o m o segurança, d e i x a m o s correr mais alguns ciclos. A escolha pelo método de cálculo da quantificação foi baseada e m vários trabalhos publicados ( Y a n g , J. E cols. 2 0 0 4 ; Peinnequin, A. e cols. 2 0 0 4 ; Peirson,S,N. e cols. 2003), pela indicação do próprio fabricante do aparelho utilizado e na experiência de outros profissionais do laboratório. S e g u n d o este método escolhido, faz-se a c o m p a r a ç ã o da expressão entre o g e n e e m estudo e um gene e n d ó g e n o estável. A quantificação é realizada e m relação ao resultado da subtração do n ú m e r o de ciclos atingidos pelo g e n e e m estudo no m o m e n t o do limiar (Ct) e pelo Ct do g e n e e n d ó g e n o . Esta diferença de ciclos (ACT) é o que nos fornece as informações sobre a expressão gênica. O A C T é o exponencial da Discussão 68 base 2 devido a duplicação do material durante cada ciclo da PCR (Ginzinger, D. G., 2002). Os resultados obtidos foram altamente expressivos, e pudemos observar que o clone T47D-anti-sense 4 apresentou a p e n a s 3 7 % da expressão da S 1 0 0 P e m c o m p a r a ç ã o c o m a T 4 7 D - L X S N o que significa u m a diminuição da expressão d e 6 3 % . A p ó s tão significativa diminuição da expressão gênica resolvemos avaliar a eficácia da técnica de anti-sense t a m b é m e m relação a u m a possível diminuição da expressão proteica. Ou seja, avaliar se um decréscimo de 6 3 % na expressão do clone T 4 7 D L S 1 OOPSN-A/S 4 poderia levar a u m a alteração da concentração proteica celular. Para tal avaliação l a n ç a m o s mão da técnica de imunofluorescência c o m análise das imagens por microscopia confocal. Realizamos u m a dupla marcação utilizando um marcador nuclear (DAPI) e o anticorpo específico da S100P. A l é m de analisarmos a expressão proteica, o b s e r v a m o s a localização intra-celular dessa proteina e m células de carcinoma mamário. B a s e a d o s nas descrições sobre as localizações de outros m e m b r o s da família S 1 0 0 , c o m o S 1 0 0 A 1 , S 1 0 0 A 2 , S 1 0 0 A 4 e S 1 0 0 A 6 , que f o r a m bem descritos por Mandinova, A. e cols., e m localização 1998, cada intracelular. A membro S100A6 da foi família SI00 localizada demonstra principalmente ter no diferente retículo sarcoplasmático, assim c o m o t a m b é m no núcleo. A s S 1 0 0 A 1 e S 1 0 0 A 4 f o r a m encontradas p r e d o m i n a n t e m e n t e no citosol, o n d e f o r a m fortemente associadas ao retículo sarcoplasmático e ás fibras de actina. A s imagens obtidas indicam que a S I OOP d e m o n s t r a maior afinidade ao núcleo nas células de carcinoma ductal mamário T 4 7 D . E pela diminuição da intensidade de marcação nas células que receberam o anti-sense da S 1 0 0 P , concluímos que há u m a diminuição da expressão proteica nestas células. A s s i m c o m o a maioha dos outros m e m b r o s da superfamília € F , as proteínas S I 00 a g e m principalmente no meio intracelular, porém alguns m e m b r o s a g e m t a m b é m no meio extracelular, o n d e atuam junto ao receptor para o produto final glicosilado ou FIAGE. A s s i m t a m b é m a S I OOP já foi descrita agindo no meio extracelular e provavelmente interagindo c o m o m e s m o receptor ( A r u m u g a m , ! . e cols., 2004). Discussão 69 Outro aspecto e m relação ás células transduzidas que c h a m o u nossa atenção, foi o t a m a n h o do núcleo destas e m relação ao t a m a n h o nuclear das células controle. Realizamos então um ensaio histométrico para c o m p a r a m o s o t a m a n h o dos núcleos e realmente obtivemos um resultado muito expressivo. Analisando 69 núcleos de células transduzidas e, 69 núcleos de células controle, obtivemos uma diminuição do t a m a n h o nuclear da grandeza de 6 5 % . C o m o este resultado é muito impactante pretendemos dar seguimento a esta linha de estudos. Para finalizar nosso projeto resolvemos realizar estudos relacionados ao ciclo celular das células T 4 7 D transduzidas e normais. A f a s e S d o ciclo celular é, s e m dúvida, o parâmetro mais utilizado para estimar a c a p a c i d a d e de progressão de células tumorais. Para essa análise escolhemos a técnica de Citometha de Fluxo. Esta técnica t e m se destacado c o m o método d e estudo do ciclo celular por ser uma técnica semi-automatizada, precisa, de a c u r a d a estatística, alta reprodutibilidade, e possibilitando a análise de u m grande n ú m e r o de amostras e m um t e m p o curto (Rabinovitch, P.S, 1994, Oliveira, M. S. P., 1993) Vale lembrar que não há na literatura até o presente m o m e n t o u m estudo definindo claramente a interação da S I OOP no ciclo celular. Há p o r é m , estudos de outros m e m b r o s da família S I 0 0 que a g e m diretamente na regulação do ciclo celular c o m o a S 1 0 0 B que segundo Baudier e cols., interage c o m a proteína supressora tumoral p53 protegendo-a contra denaturação e agregações causadas pelo calor. U m a vez que essa proteína apresenta 5 0 , 6 % de similaridade c o m a S I OOP (Da Silva,I.D.C.G. e cols. 2000) acreditamos poder haver t a m b é m alguma interação da S 1 0 0 P c o m esta o u outra proteína envolvida na m a n u t e n ç ã o do ciclo celular. Os resultados da citometria de fluxo d e m o n s t r a r a m que há a l g u m a interação da proteína S I OOP c o m o ciclo celular, e mostraram que houve uma alteração significativa na porcentagem de células na fase S do ciclo celular. Se analisarmos esta fase do ciclo, v e r e m o s que houve uma diminuição de 2 3 % de células na fase S entre o grupo de células controle e d a s que receberam o vetor retroviral com anti-sense, já que o grupo controle apresentou 3 4 , 0 4 % das células e m fase S e o grupo das células c o m anti-sense da S I OOP apresentou uma média C0«ISSÂO mtomi D€ íUEmA MüaEÃR/SF-iPEf« Discussão 70 de 2 6 , 4 0 % das células na fase S do ciclo celular. Portanto o presente estudo mostra que a redução de níveis de S 1 0 0 P pela técnica anti-sense e m células de carcinoma ductal mamário T 4 7 D contribuí para a confirmação da hipótese de que a S 1 0 0 P t e m um significativo papel na regulação do cíelo celular. A p o i a d o s nos resultados obtidos neste trabalho p o d e m o s afirmar que a técnica de anti-sense realmente demonstrou ser altamente eficiente na diminuição da expressão gênica da proteína carreadora de cálcio S 1 0 0 P . Acreditamos que este trabalho tenha sido o inicio de um grande projeto q u e possa colaborar c o m a elucidação de parte d e s s a s questões. O s clones que f o r a m construidos neste projeto poderão servir como objeto de novos estudos in vivo . Conclusões 71 6 CONCLUSÕES A técnica de anti-sense foi eficaz para reduzir e m 6 3 % a expressão do g e n e da proteína carreadora de cálcio S 1 0 0 P e m células de carcinoma ductal mamário T 4 7 D . A diminuição do n ú m e r o de células na fase S do ciclo celular, do clone T47D-anti-sense/4 indica, que a proteína S 1 0 0 P apresenta u m importante papel na capacidade proliferativa d a s células de carcinoma ductal m a m á r i o T47D. O clone T47D-anti-sense 4 , ao nosso ver, é um excelente m o d e l o biológico para estudos futuros. Referências Bibliográficas 7. 72 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS A F F O N S O , R . ; Estudo da expressão citoplásmica bacteriana de uma forma de prolactina i i u m a n a e de sua solubilização e renaturação a partir de corpos de inclusão. T e s e d e Doutorado apresentada ao Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares, 2 0 0 0 . A M L E R , L.C.; A G U S , D.B.; L E D U C , C.; S A P I N O S O , M.L.; FOX, W . D . ; K E R N , S.;LEE,D.; W A N G , V.; L E Y S E N S , M.; H I G G I N S , B.; M A R T I N , J.; G E R A L D , W . ; D R A C O P O L I , N.; C O R D O N - G A R D O , C.;SCHER, H.l. and HAMPTON, G.M. Dysregulated Expression of Androgen-responsive and Nonresponsive G e n e s in the A n d r o g e n - i n d e p e n d e n t Prostate Câncer Xenograft Model C W R 2 2 - R . Cancer R e s e a r c h 60, 6 1 3 4 - 6 1 4 1 , N o v e m b e r 1 , 2 0 0 0 . i ANNAB.L.A.; H A W K I N S . R . 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