Teatro Medieval
• É marcante do século X ao início do
século XV e tem grande influência no
século XVI. A princípio são encenados
dramas litúrgicos em latim, escritos e
representados por membros do clero.
• Os fiéis
participam
como
figurantes e,
mais tarde,
como atores e
misturam ao
latim a língua
falada no país.
• As peças,
sobre o
ciclo da
Páscoa
ou da
Paixão,
são
longas,
podendo
durar
vários
dias.
Teatro Religioso
• Durante a Idade Média, entre os séculos V
ao XV, a Igreja Católica detém grande
poder político e econômico e exerce um
forte controle sobre a produção científica e
cultural. Essa ligação da cultura medieval
com o catolicismo faz com que os temas
religiosos predominem nas artes. Em
todas as áreas, muitas obras são
anônimas ou coletivas
jeux (jogos)
• Os enredos são tirados da
história bíblica. Na França,
os jeux (jogos) contam
histórias bíblicas. As
ocasiões de representação
são as festas do ano
litúrgico.
• No século XII, Jean Bodel é
o autor do ''Jogo de Adam'' e
do ''Jogo de Saint Nicolas''.
Mistérios
Os mistérios
tinham como
temática a vida de
Cristo. No melhor
estilo da
representações de
Semana Santa.
Milagres
Os milagres
representam
a vida dos
pecadores
salvos pela
Graça Divina
• A partir dos dramas
religiosos, formamse grupos semiprofissionais e
leigos, que se
apresentam na rua.
Os temas ainda são
religiosos, mas o
texto tem tom
popular e inclui
situações tiradas do
cotidiano.
Teatro medieval profano
Os Sermões burlescos
•
Eram monólogos breves
recitados por atores ou jograis
mascarados com vestes
sacerdotais.
• As Sotties
(de “sot” – parvo ou bobo)
Eram cenas representadas por “parvos”,
truões ou bobos, simbólicos de tipos ou
instituições sociais. Eram breves, de sátira
construtiva, geralmente de índole política.
Às vezes os tipos tinham autenticidade e
eram até psicologicamente bem
observados.
As Farsas
Eram também sátiras mas, sobretudo a partir
do séc. XV, diferentes das sotties, porque não
tinham intentos políticos.
Só pretendiam representar os defeitos, as
fraquezas, os acontecimentos cômicos da vida
das pessoas e rir-se deles
despreocupadamente, de um modo grosseiro
até.
Histórias de clérigos e feiras eram muitas
vezes aproveitadas para pequenas farsas.
As Farsas
• Utilizavam o exagero para suscitar o
riso e caracterizavam-se por um livre
jogo de idéias satíricas, por
elementos burlescos e intensidade de
ação. Eram espetáculos cem por
cento populares
• A farsa, como a de Mestre
Pathelin, que satiriza o
cotidiano. Seus
personagens
estereotipados e a forma
como são ironizados os
acontecimentos do dia-adia reaparecem no
vaudeville, que no século
XVII será apresentado nos
teatros de feira.
Arremedilhos
•
Pensa-se que eram farsas em miniatura,
com música e com um texto cuja recitação
era feita por um par de atores. Mas
também podem ter sido simples
“imitações burlescas” feitas por jograis
remedadores, isto é, por bobos cuja
especialidade era ridicularizar
macaqueando o aspecto das pessoas.
Os Momos e Entremezes
•
Os momos enquadram-se nas
mascaradas medievais que, por
toda a Europa se desenvolveram
ligadas a Momos, personificação
mitológica do escárnio e da
reprovação. Por vezes os atores
mascaravam-se de animais.
Espaço cênico medieval
• O interior das igrejas é usado inicialmente
como teatro. Quando as peças tornam-se mais
elaboradas e exigem mais espaço, passam para
a praça em frente à igreja. Palcos largos dão
credibilidade aos cenários extremamente
simples. Uma porta simboliza a cidade; uma
pequena elevação, uma montanha; uma boca
de dragão, à esquerda, indica o inferno; e uma
elevação, à direita, o paraíso. Surgem grupos
populares que improvisam o palco em carroças
e se deslocam de uma praça a outra.
DRAMATIZAÇÃO DA VIDA DE CRISTO
Paraíso
Nazaré Igreja
Jerusalém Pólis
Bispado Purgatório
Inferno
BARCA DE CARONTE
TEATRO MEDIEVAL
• A proibição dos
mistérios pela Igreja,
em 1548 já na idade
moderna, tenta pôr fim
à mistura abusiva do
litúrgico e do profano.
Essa medida consolida
o teatro popular.
• Os grupos se
profissionalizam
e dois gêneros
se fixam: as
comédias bufas,
chamadas de
soties (tolices),
com intenções
políticas ou
sociais;
• O teatro medieval é, como o antigo, apenas a
religião é outra. Os enredos são tirados da
história bíblica.
• As ocasiões de representação são as festas do
ano litúrgico. . Toda a população participa dele.
Mas no palco também já se encontram os
elementos cenográficos que, mais tarde,
constituirão o "teatro de ilusão" moderno. O
valor literário das peças é muito desigual: entre
cenas de lirismo religioso e humorismo popular
(cenas do diabo e dos judeus) encontram-se
longos trechos didáticos e declamatórios.
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