• Deve-se notar, também, que vários imperadores apresentados como cruéis ordenavam que os os espetáculos se tornassem “realistas”: quando aparecia no guia que o personagem era morto, substituía-se o ator por um condenado à morte • Quer a comédia, quer a tragédia romanas, tinham diferenças com os seus modelos gregos: insistiam mais no horror e na violência no palco em que era representadas, grande preocupação com a moral, discursos elaborados; • Com o tempo (principalmente, ao final da República), a grande massa do público perdeu o interesse pelo teatro tradicional, pois a concorrência dos espetáculos com mais ação (gladiadores, corridas de carros), e a preferência por gêneros teatrais mais simples, como as pantomimas e mimos, levaram ao seu quase abandono. Vista interna do Coliseu - ROMA Espetáculos de Gladiadores. • No período do Império, se na parte oriental continuaram a representar as peças tradicionais (sobretudo de autores da chamada “nova comédia”, como Menandro, e não Ésquilo e Sófocles), no ocidente naufragaram as tentativas de autores como Sêneca de ressuscitar o gênero. Menandro • Até 56 a.C. as encenações teatrais romanas são feitas em teatros de madeira; depois, surgem construções de mármore e alvenaria, no centro da cidade. Teatro Romano de Aspendos, Turquia • Assim, em Roma predomina a comédia. Durante o Império Romano (de 27 a.C. a 476 d.C.) a cena foi dominada por exibições acrobáticas, jogos circenses e pantomimas em que apenas um ator representava todos os papéis, acompanhado por músicos e pelo coro, usando máscaras para interpretar personagens. • As diferenças fundamentais entre o teatro romano e grego podem ser expressas do seguinte modo: • 1) Toda representação do teatro romano desenrolava-se no palco, ficando a orquestra reduzida a um semicírculo, reservado para os senadores e convidados ilustres. Ruínas do Teatro grego na cidade de Epidauto • 2) O teatro grego, pela natureza de sua construção, necessitava de uma depressão no terreno, enquanto o romano, construído sob galerias abobadadas, poderia ser levantado em qualquer terreno plano. • No tempo da perseguição aos cristãos, sob Nero e Domitianus, a fé cristã era ridicularizada. Depois do triunfo do cristianismo, as apresentações teatrais foram proibidas. • Com o advento da Igreja Cristã, os gêneros artísticos passaram a ser vistos com maus olhos porque, ou se referiam a deuses pagãos, ou troçavam abertamente dela (como os espetáculos de mimos). • Isto levou à uma progressiva perseguição, além dos aspectos que considerava imorais (representação de cenas licenciosas ou mesmo nudez). • A última referência que existe de uma representação de uma peça de teatro é do séc. VI d.C. (e sabe-se que Teodora, a imperatriz esposa de Justiniano, fôra atriz de teatro). Depois disso, só se ouve falar dos artistas de teatro pelas proibições sucessivas e sermões de membros da Igreja que se referem aos “mimos que andam de terra em terra espalhando a imoralidade”. • Por volta do século III d.C., o império romano começa a atravessar uma enorme crise econômica e política. A corrupção dentro do governo e os gastos com luxo retiraram recursos para o investimento no exército romano. • Com o fim das conquistas territoriais, diminuiu o número de escravos, provocando uma queda na produção agrícola. Na mesma proporção, caía o pagamento de tributos originados das províncias. Bacanais Romanos • Em crise e com o exército enfraquecido, as fronteiras ficavam a cada dia mais desprotegidas. Muitos soldados, sem receber salário, deixavam suas obrigações militares. • Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. • Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. • Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o Imperador criou a famosa política do “Pão e Circo”. • Esta consistia em oferecer aos plebeus alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu de Roma), onde também eram distribuídos alimentos. • Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta. • Dos autores que se pode mencionar, destacam-se Sêneca, advogado, famoso orador, que chegou a ser Senador, e não tinha ambições como dramaturgo, mas que, entretanto, escreveu nove tragédias; • Titus Maccus Plautus, comediante que reforçou características tipicamente romanas em suas peças e alcançou distinção; e Terêncio, de gosto refinado e influência grega, que produziu principalmente para uma platéia das altas classes. • Sobre cada um desses autores, devese estudar separadamente. Fontes de Pesquisa • GRIMMAL, Pierre. O Teatro Antigo. Lisboa: Edições 70, s/a. • GASSNER, John. Mestres do Teatro I. São Paulo: Editora Perspectiva, 1987. • imagens - www.google.com.br • Formatação de slides : CRTE/NRE/ GUARAPUAVA Maria Helena Gomes Martins