São Paulo, quarta-feira, 26 de agosto de 2015 Página 2 Geral www.netjen.com.br Inovação e expansão para outros países: nova ótica da crise brasileira Alcides Rocha (*) Desde 2014 as notícias desanimadoras sobre desaceleração da economia, conflitos políticos, retração do PIB, alta da inflação e desvalorização da moeda nacional assolam os negócios no Brasil o invés de visualizarmos o cenário sob uma ótica pessimista é possível buscar em momentos turbulentos ações inovadoras que fazem diferença no desempenho da empresa. É natural que em momentos como o que o Brasil enfrenta, os dirigentes das empresas se retraiam em uma esfera protecionista e não vejam com bons olhos propostas ousadas de expansão. Expansão? Sim, crescer pode ser uma alterativa positiva para uma empresa que não quer esperar ser levada pela onda de fatores que contribuem para a falência de tantas outras corporações no cenário econômico brasileiro, se houver um planejamento assertivo. De acordo com levantamento da Serasa Experian, em julho, o número de requerimento de falências apresentou uma alta de 8,8% em relação ao mês anterior. No acumulado de sete meses de 2015, foram apresentados 971 requerimentos de falência, um aumento de 4,1% em relação ao mesmo período de 2014. Talvez esse momento de turbulência seja o correto para diversificar a atuação da corporação e depender menos de um país instável com leis ultrapassadas e impostos altos e assim ultrapassar as fronteiras, ou seja, expandir a atuação para um outro país. Para isso é preciso algumas medidas básicas, como, conhecer as regras e Governança do outro país, estudar o mercado para atuar de forma eficiente e eficaz e implantar uma Governança Corporativa interna para analisar os riscos da inovação. Não é tão simples expandir a atuação para um novo país, principalmente quando a imagem do Brasil está desgastada no que diz respeito a credibi- A lidade e compliance, devido aos escândalos de corrupção, mas se a ação for planejada corretamente, o nível de caixa avaliado, o mercado consumidor e a adaptação dos produtos ou serviços forem projetados para a nova realidade pode ser um passo determinante para o desenvolvimento da empresa, pois o ambiente estável de outro país será positivo para a matriz brasileira. Compreender as regras, impostos e leis trabalhistas brasileiras sempre foi um desafio para investidores estrangeiros. O atual cenário assusta quem está de fora assistindo a briga de poderes e incertezas políticas e econômicas, porém outros pontos devem ser levados em conta antes de excluir o Brasil como uma possibilidade de investimento, como, os desafios e oportunidades existentes no território verde-amarelo. Nosso país tem vasta escassez de serviços de boa qualidade principalmente nas áreas de infraestrutura e tecnologia. Além disso, trata-se de um país com regras e com sistema político democrático. Outro fator que deve ser levado em conta é que o Brasil é um país com 200 milhões de pessoas, 8 milhões de km² e o maior país agricultável do mundo, ou seja, as oportunidades moram aqui e precisam ser lapidadas também por outras culturas. Se olharmos sob a ótica da desvalorização da nossa moeda (real) este é o momento do estrangeiro quebrar as barreiras e se arriscar em nosso território. Inovar é sempre importante e qualquer que seja o movimento, de entrada de uma empresa estrangeira ou a ida de uma nacional para o exterior, imprescindivelmente estude o mercado, conheça a governança e planeje tudo. A chance de sucesso será muito mais alta. Ouse com estrutura e não se arrependerá! (*) - É administrador de empresas, especialista em Governança Corporativa e presidente da Finance365, primeira plataforma brasileira de Governança Corporativa. Tabagismo passivo atinge 2 bilhões de pessoas no mundo Considerado a 3ª maior causa de morte evitável no globo, o problema pode desencadear doenças como câncer de pulmão e doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) roblema que representa um importante fator de risco para o desenvolvimento de diferentes tipos de doenças, o tabagismo atinge, no Brasil, principalmente os homens - 12,8% deles fumam -, e é prevalente na faixa etária de 45 a 54 anos (13,2%), de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Porém, a condição afeta não só quem fuma e é bastante prejudicial também aos fumantes passivos. Segundo a OMS, o tabagismo passivo é considerado a 3ª maior causa de morte evitável no mundo, atingindo cerca de 2 bilhões de pessoas. A fumaça que sai do cigarro e se difunde no ambiente passa a obter até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça inalada pelo fumante. Dessa forma, a exposição involuntária pode representar um importante fator de risco para o desenvolvimento de, desde reações alérgicas, quando a inalação acontece em curtos períodos, como rinite, tosse e conjuntivite, até doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), principalmente em adultos, quando a exposição ocorre por longos períodos. Reações alérgicas, bronquites e infecções no ouvido e nos olhos são mais comuns em crianças, as quais representam 40% das vítimas do fumo passivo no Brasil e 700 milhões das vítimas no mundo, de acordo com a OMS. Já entre as doenças mais comuns em adultos, junto ao câncer de pulmão e as cardiovasculares, está a doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC), que se desenvolve a partir da exposição prolongada dos brônquios (estrutura que leva o ar para dentro dos pulmões) às substâncias tóxicas contidas nas fumaças, sendo a do cigarro responsável por 90% dos casos. Um estudo da University College London, no Reino Unido, ao avaliar os níveis de nicotina na saliva de fumantes e não fumantes sem histórico de doenças mentais, constatou também que a maior exposição ao cigarro aumentava em P José Hamilton Mancuso DRT/SP 48679 [email protected] Diretora Administrativa-Financeira Laurinda M. Lobato DRT/SP 48681 [email protected] Webmaster e TI: VillaDartes Editora Laura R. M. Lobato De Baptisti DRT/SP 46219 Editoração Eletrônica Marizete Souza Ricardo Souza Walter de Almeida Marketing J. L. 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Artigos e colunas assinados são de inteira responsabilidade de seus autores, que não recebem remuneração direta do jornal. Fonte: Bayer HealthCare Estados Unidos vão receber refugiados sírios Os Estados Unidos devem receber de 5 mil a 8 mil refugiados sírios no ano que vem, informou o porta-voz do Departamento de Estado, John Kirby. Ele disse que este ano já são esperados de mil a 2 mil refugiados, que serão recebidos após análise de cerca de 15 mil registros referenciados pela ONU. Por causa da guerra enfrentada pela Síria, 4 milhões de pessoas abandonaram o território. John Kirby informou que os registros dos 15 mil sírios que deixaram o país estão cadastrados pelo Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur). No ano passado, eram 9 mil registros referendados pelo Acnur. A maioria dos refugiados vive em condições de miséria, em regiões fronteiriças, e há constantes casos de tentativa de migração para a Europa por via marítima. A possibilidade de migração de sírios para os Estados Unidos vem sendo discutida pelo Refugiados sírios aguardam na fronteira com a Turquia para fugir dos ataques do EI. Departamento de Estado, e o tema faz parte de uma agenda do governo norte-americano com o governo da Turquia, país que abriga atualmente a maior parte dos refugiados sírios por causa da fronteira terrestre. De acordo com o governo turco, há mais de 1 milhão de sírios no país. O fluxo começou há três anos devido aos enfren- BCE descarta enfraquecimento da economia chinesa Diretor Responsável: 50% as chances de aparecimento de algum tipo de sofrimento psicológico, como depressão e transtornos de ansiedade, número que aumenta proporcionalmente à quantidade de gases tóxicos inalados. Apesar do cenário, dados do Vigitel 2014 trazem esperança, mostrando que o percentual de brasileiros que fumam caiu 30,7% nos últimos nove anos. Atualmente, apenas 10,8% dos brasileiros fumam e, de acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 25% de homens e 17% de mulheres se declaram exfumantes. “De maneira geral, a consciência de que o hábito de fumar causa diferentes tipos de males e doenças não só para quem fuma, mas para quem convive junto, tanto em ambientes abertos como fechados, é imprescindível. Quanto mais as pessoas têm ciência do estrago causado pelo tabagismo, mais estarão livres de uma má qualidade de vida”, complementa Dr. Oliver. ULS OPINIÃO O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Vítor Constâncio, não acredita em um enfraquecimento acentuado da economia chinesa. Ao participar do 30º Congresso Anual da Associação Econômica Europeia, em Mannheim, na Alemanha, ele acrescentou que a desvalorização da moeda chinesa, yuan, “não é um fator importante” para a zona do euro. “Neste momento, é difícil prever o que vai acontecer com a atual turbulência nos mercados, mas hoje houve um movimento contrário”, disse Constâncio, citado pela agência de notícias EFE. As principais bolsas europeias negociaram em alta, depois de fortes quedas registradas na segunda-feira (24), puxadas pelo desempenho das Bolsas de Valores chinesas e pela inquietação quanto ao desempenho da economia do país. Ontem, a Bolsa de Xangai voltou a cair (7,63%), mas o Banco Central da China anunciou medidas para garantir a estabilidade do sistema financeiro. Segundo o vice-presidente do BCE, a instituição continuará com o programa de compra de ativos lançado em março, até setembro de 2016, conforme previsto, podendo aplicar mais medidas caso seja necessário. O programa do BCE prevê a compra de dívida pública e privada no valor mensal de 60 mil milhões de euros (Ag. Lusa). tamentos entre o governo do presidente Bashar Al Assad e insurgentes, além da ação do grupo extremista Estado Islâmico em algumas regiões do país. O acordo em estudo busca solucionar a questão na fronteira, com a colaboração dos dois países – os Estados Unidos e a Turquia – para receber os refugiados (ABr). Londres é a cidade mais congestionada Londres é a cidade mais congestionada da Europa. Este é o resultado da lista anual da Inrix, plataforma analítica norte-americana relacionada a planejamento urbano e tráfego. Segundo a classificação, quem vive da capital do Reino Unido perde cerca de 96 horas por ano no trânsito, o equivalente a 12 dias de trabalho. Em segundo lugar na lista, que conta com 25 cidades europeias, está Bruxelas, com 74 horas desperdiçadas. Já a terceira posição ficou com Colônia, na Alemanha, com quase 65 horas. Milão, a única representante italiana, ficou na sétima colocação, com 57. E em relação aos países mais congestionados da Europa, a Bélgica alcançou o primeiro lugar, com o equivalente a 51 horas por ano, seguida por Holanda, Alemanha, Luxemburgo e Reino Unido. Nesta classificação, a Itália ficou na 10ª posição, com cerca de 20 horas por ano (ANSA). Inmetro analisou marcas de cervejas sem álcool O Programa de Análise de Produtos do Inmetro avaliou dez marcas de cervejas sem álcool comercializadas no país, visando verificar a concentração da substância química nos produtos, incluindo ainda um teste com consumidores deste tipo de cerveja e a utilização do bafômetro, para verificar se esse consumidor pode ser responsabilizado pelos critérios da Lei Seca, já que estas cervejas podem conter até 0,5% de teor alcoólico. Para cada marca de cerveja foram selecionados quatro voluntários, entre homens e mulheres com perfi s variados em relação ao consumo de álcool, com avaliação dos resultados 15 e 30 minutos após a ingestão. “Todos os consumidores passaram no teste do bafômetro sem acusar nenhuma quantidade de álcool, permanecendo 0,0 mg/l em todos os sopros. Portanto, a cerveja com até 0,5% de teor alcóolico pode ser anunciada como “sem álcool” e a ingestão moderada deste tipo de produto não provoca alteração no teste do bafômetro”, destacou Rose Maduro, responsável pela Análise. Foram analisadas as seguintes marcas: Bavária (0,0%), Brahma (0,0%), Colônia (0,2%), Erdinger (0,4%), Estrella Galicia (0,0%), Itaipava (0,0%), Liber (0,0%), Paulaner (0,4%), Schin(0,0%) e Schneider Weisse Tap 3 (0,3%). Líder do assalto ao BC condenado a mais 80 anos de prisão O juiz Danilo Fontenelle Sampaio, da 11ª Vara da Justiça Federal no Ceará, condenou, pelo crime de lavagem de dinheiro, 11 pessoas envolvidas no assalto ao Banco Central de Fortaleza, ocorrido em agosto de 2005. Entre os condenados, Antônio Jussivan Alves do Santos, o Alemão, líder da quadrilha que planejou e executou o assalto, foi condenado a 80 anos de prisão em regime fechado pelo crime de lavagem de dinheiro. Ele já cumpre pena de 35 anos por furto, formação de quadrilha e uso de documento falso. De acordo com a investigação da Polícia Federal (PF), com sua cota-parte, Alemão comprou diversos bens em nome de laranjas, com apoio dos dez réus julgados no processo. Segundo a PF, Alemão “lavou” dinheiro em Mato Grosso do Sul, em Goiás e no Distrito Federal, onde foi preso em 2008, após ficar três anos foragido. Entre os bens do líder do grupo estão casas - incluindo um imóvel em sua cidade natal, Boa Viagem, no interior do Ceará -, fazendas e postos de combustíveis, além de carros, motocicletas e uma lancha. Com a sentença, resta apenas um processo para ser julgado, também por lavagem de dinheiro. O assalto ao BC, considerado o maior furto a banco do País e um dos maiores crimes patrimoniais do mundo, já resultou em 28 ações penais, envolvendo 133 réus. Foram levados mais de R$ 164 milhões em cédulas de R$ 50. As notas haviam sido recolhidas para verificação do estado de conservação. Até agora, foram recuperados cerca de R$ 20 milhões e mais R$ 10 milhões, que são resultado de leilões dos bens apreendidos (ABr).