Aventura do Possível Incubadoras de Empresas Parques Tecnológicos Empreendedorismo Inovador Passado, Presente e Futuro de um movimento que há 20 anos acredita em Inovação e Empreendedorismo no Brasil Sonhar, Acreditar e Realizar é uma Grande Aventura... Há 20 anos um grupo de pioneiros se propôs a criar no Brasil uma entidade para congregar algo absolutamente novo para aquela época: incubadoras de empresas e parques tecnológicos. Era preciso coragem e visão de futuro para acreditar que isso poderia se proliferar por todo o país. Talvez inspirados pelo próprio propósito da entidade, promover o empreendedorismo inovador, estes fundadores decidiram arriscar e criar uma associação. Hoje este sonho completa 20 anos e certamente seria difícil para aqueles pioneiros imaginarem o futuro do movimento que surgia pequeno, mas ousado naquele outubro de 1987. Muitas razões podem ser enumeradas para explicar o crescimento do movimento de incubadoras e parques no Brasil e o papel da ANPROTEC neste processo. É provável que a mais simples seja: a causa é nobre e apaixonante. Poucos trabalhos podem ser mais nobres do que ajudar alguém a transformar sonhos em realidade, idéias em resultados. Poucas missões podem ser mais apaixonantes do que conviver todo o dia com gente empreendedora e inovadora. Quando isto ocorre, tudo fica mais simples. Causas nobres atraem pessoas do bem e parceiros comprometidos. Causas apaixonantes ajudam a superar os desafios com alegria. Quem entra nesta jornada, precisa acreditar, precisa sonhar, mas, acima de tudo, precisa realizar. Parecia ser impossível no começo. Mas foi possível. Às vezes parece ser impossível no dia a dia. Mas está sendo possível. Muitas vezes parece impossível fazer no futuro. Mas será possível. Este é o destino de quem se engaja na causa do empreendedorismo inovador. Tornar o improvável possível. É uma grande aventura. A Aventura do Possível... Diretoria da ANPROTEC Brasil, 2007 “As incubadoras de empresas e parques tecnológicos vêm ganhando cada vez mais importância em todo o mundo, induzindo a criação de novas empresas, em função da aproximação das universidades.” 2 Sérgio Rezende - Ministro da Ciência e Tecnologia Fonte: Vídeo-depoimento Seminário 2006 20 Anos de Empreendedorismo e Inovação... Existe um país que possui cerca de 400 incubadoras que articulam mais de 6300 empresas, entre incubadas (2800), associadas (2000) e graduadas (1500). Estas empresas geram mais de 33 mil postos de trabalhos altamente qualificados e produzem inovações reconhecidas nacional e internacionalmente na forma de contratos, premiações e parcerias. As empresas geram impostos anuais que já representam mais do que o dobro do que já foi investido pelo país nas incubadoras em toda a história do movimento. As incubadoras estão espalhadas em 25 unidades da federação e estabeleceram como grandes objetivos o incentivo ao empreendedorismo, o desenvolvimento regional, a geração de empregos e o desenvolvimento tecnológico. Também existe um crescente movimento de parques tecnológicos que já envolve cerca de 55 projetos, sendo 10 em operação. Estes parques e incubadoras estão conectados a 16 das 20 melhores universidades do país e conquistaram até hoje 33% das posições nas finais do Prêmio Finep de inovação tecnológica (categoria produto, pequena empresa e processo). No país também há uma associação que congrega as incubadoras e os parques. Ao longo de seus 20 anos, esta entidade já realizou mais de 130 eventos de capacitação e treinamento de quase 20 mil pessoas. Já produziu 59 publicações e inúmeras soluções de interatividade e informação via web. Esta associação se articula com parceiros estratégicos do movimento que permanentemente desenvolvem novas formas de aperfeiçoar e apoiar as iniciativas de empreendedorismo... Este país existe. Este movimento existe. Estas empresas existem. Esta associação existe. Conheça um pouco mais sobre todos eles. “Inovação e acesso à tecnologia são fatores cruciais para o desenvolvimento do país e das pequenas empresas. A Anprotec tem contribuído fortemente na sua disseminação.” Paulo Okamotto - Presidente do Sebrae e parceiro do movimento de incubação de empresas 3 Várias faces de uma Aventura A Aventura de uma Associação A Aventura de um Movimento Como uma Associação criada precocemente contribui para o crescimento do movimento de promoção do empreendedorismo inovador no Brasil... Como um movimento formado por incubadoras de empresas e parques tecnológicos construiu uma experiência respeitada internacionalmente e está promovendo um novo e ousado Reposicionamento Estratégico... A Aventura dos Empreendedores A Aventura continua... Como jovens universitários, profissionais experientes e cidadãos comuns que vivem ao nosso lado estão criando uma nova geração de empresas neste país... Como o país, a associação, o movimento e os empreendedores podem atuar para promover resultados ainda mais relevantes para o Brasil... “As incubadoras de empresas desempenham um papel vital no processo de sensibilização dos empresários sobre a importância da tecnologia como instrumento de competitividade das empresas” 4 Luis Antonio Elias - Secretário Executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia Fonte: Revista Locus, Nº 47 – Outubro de 2006 A Aventura de uma Associação A Evolução da Identidade foi possível... será possível... A ANPROTEC deve continuar sua trajetória vitoriosa de crescimento, atuando SEMPRE de forma cooperativa e pautando suas ações pela integridade e consistência técnica. A causa é nobre. O desafio é estimulante. A Visão de Futuro é inspiradora... A ANPROTEC nasceu em 30 de outubro de 1987, como resultado de um seminário organizado no Rio de Janeiro pelas entidades que já atuavam ou tinham interesse na área do empreendedorismo e inovação. A jovem Associação foi uma das primeiras entidades do gênero no mundo, sendo criada apenas dois anos depois da congênere norte-americana (NBIA) e três anos depois da IASP – International Association of Science Parks. Apesar do pioneirismo, os fundadores propuseram uma designação que apontava os grandes desafios a serem perseguidos pela entidade – “ANPROTEC – Associação Nacional das Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas”. Desde então, esta designação sofreu apenas uma alteração, em 1999, quando o termo “Tecnologias Avançadas” foi substituído por “Inovadores”. Portanto, desde a sua fundação, há 20 anos, a ANPROTEC é a associação que reúne as ENTIDADES (incubadoras, parques e outras organizações) que PROMOVEM (estimulando, apoiando e prestando suporte) os EMPREENDIMENTOS INOVADORES (novas empresas, projetos inovadores, empreendedorismo e inovação) em todo Brasil. está sendo possível... VISÃO DE FUTURO DA ANPROTEC Ser reconhecida pela Sociedade (Governo, Academia, Entidades, Empresas e Empreendedores) como Instituição Líder de um Movimento voltado para a Criação, Desenvolvimento e Consolidação de Empreendimentos Inovadores orientados para a competitividade e a transformação sócio-econômica do país. “São objetivos da Associação: a) Congregar e colaborar com entidades que tenham como objetivo a criação ou o desenvolvimento de empreendimentos de base tecnológica ou tecnologia de ponta; g) Promover os empreendimentos de tecnologia avançada como um instrumento de transformação social e cultural do País; h) interagir e relacionar-se com entidades congêneres internacionais;” A IDENTIDADE da ANPROTEC se fortaleceu ao longo dos anos e hoje pode ser assim resumida: MISSÃO DA ANPROTEC Agregar, representar e defender os interesses das entidades gestoras de Incubadoras, Parques e Pólos, promovendo estes modelos como instrumentos para o desenvolvimento do país, objetivando a constante criação e fortalecimento de empresas baseadas no conhecimento. VALORES DA ANPROTEC • Espírito Cooperativo • Inovação e Resultados • Competência e Capacidade de Trabalho • Transparência e Abertura • Ética e Moral • Independência e Representatividade • Responsabilidade Social OBJETIVOS INSTITUCIONAIS 1. Fortalecer a Liderança, Representatividade e Envolvimento dos Associados 2. Consolidar e Ampliar as Alianças e Relações Institucionais 3. Reforçar a ação da ANPROTEC na definição e elaboração de Políticas Públicas 4. Direcionar o Desenvolvimento do Movimento em sintonia com as grandes tendências tecnológicas, econômicas, sociais e ambientais 5. Qualificar e Inovar os Serviços, Projetos e Programas 6. Aperfeiçoar Continuamente a Estrutura Organizacional da ANPROTEC Estatuto Anprotec - 1987 “Apoiar a incubação de empresas e os parques tecnológicos é capacitar o Brasil para o desenvolvimento. E a Anprotec se destaca no apoio a empreendimentos inovadores.” 6 Júlio Semeghini - Deputado Federal e Presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Comunicações e Informática Representatividade ação em várias frentes foi possível... A ANPROTEC reúne atualmente mais de 270 associados espalhados por todos os Estados da Federação. São Incubadoras de Empresas, Parques Tecnológicos, Escolas de Empreendedorismo e outras iniciativas voltadas para a promoção de Empreendimentos Inovadores no país. A Associação nasceu pequena, tal como o movimento que representava na época. Foram muitos anos até que se conquistassem os primeiros espaços institucionais visando divulgar e defender os interesses das incubadoras e parques. Os parceiros da ANPROTEC foram fundamentais para que o tema do empreendedorismo inovador passasse a ser incluído na pauta dos programas de governo e na agenda dos tomadores de decisão. será possível... está sendo possível... Atualmente a Associação participa ativamente de diversos Fóruns e Conselhos, buscando sempre marcar sua atuação pela postura propositiva e coerente. Alguns espaços em que a ANPROTEC se faz presente: • Comitê Gestor do PNI – Programa Nacional de Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos • Conselho Deliberativo Nacional do SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas • Conselho Deliberativo da ABDI – Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial Mais de 40% das Universidades Federais do País contam com uma Incubadora • Conselho de Administração do CGEE – Centro de Gestão e Estudos Estratégicos • Conselho de Administração da Sociedade SOFTEX - Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro. • Comitê Gestor da Aliança Tríplice para Inovação – ANPROTEC – ABIPTI – ANPEI Além disso, as incubadoras e parques associadas à ANPROTEC formam uma rede cuja abrangência é extremamente significativa, conforme ilustram os dados abaixo: Existem cerca de 400 Incubadoras no Brasil 25 Unidades da Federação possuem incubadoras Para melhor promover e apoiar o desenvolvimento do Empreendedorismo Inovador, a ANPROTEC tem buscado intensificar e ampliar mais a sua representatividade junto a outros segmentos fundamentais da sociedade: • Congresso Nacional, Assembléias Legislativas Estaduais e Câmaras de Vereadores Municipais • Entidades de Classe Empresariais • Universidades e Centros de Pesquisa • Governadores e Prefeitos Daqui a alguns anos a ANPROTEC espera ter contribuído de forma efetiva para que o tema do Empreendedorismo Inovador se consolide como um tema prioritário na agenda de desenvolvimento e investimento do país. “Ainda é frágil a capacidade brasileira de gerar emprego e valor agregado a partir do bom conhecimento que produzimos. As incubadoras e os parques tecnológicos têm uma função decisiva na mudança dessa realidade e o PNI, por meio de seu instituidor – ANPROTEC, é o instrumento âncora para esse desenvolvimento.” Guilherme Pereira Secretário SETEC/MCT - Coordenador do Programa Nacional de Apoio a Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos “Dedicadas à fase pré-natal e ao nascimento das micro e pequenas empresas, com os seus laboratórios empresariais, as incubadoras de empresas e seus empreendimentos contribuem para o grande salto da economia brasileira ao futuro.” Senador Adelmir Santana - Presidente do Conselho Deliberativo Nacional do Sebrae 7 Parcerias nacionais foi possível... será possível... Para atingir os objetivos e superar os desafios que se apresentam no futuro, a ANPROTEC precisa intensificar ainda mais as parcerias hoje existentes e explorar novos horizontes especialmente no campo: • Acesso a Empresas – é fundamental atrair empresas e lideranças empresariais do Brasil e do Exterior para agregar valor à cadeia das empresas inovadoras existentes nas incubadoras e parques • Acesso a Mercado – a ANPROTEC precisa trabalhar em conjunto com seus associados para criar novas modalidades de parcerias que permitam ampliar o mercado a ser atendido pelas empresas nascentes • Acesso a Capital – a associação precisa estabelecer relações institucionais e parceiras com bancos, investidores de risco e “angels” no sentido de aproximar as empresas inovadoras dos potenciais provedores de “capital empreendedor”. • Acesso a Capacitação – a ANPROTEC deverá aprimorar muito suas parceiras com entidades de formação e capacitação, visando contribuir para o desenvolvimento de seu corpo de associados e, consequentemente, dos próprios empreendedores. O impressionante crescimento do movimento de empreendedorismo inovador no Brasil deve-se muito ao apoio de parceiros nos mais distintos pontos do meio governamental, empresarial e acadêmico. São pessoas e instituições que acreditaram que valia a pena investir em idéias e propostas inovadoras. Estes parceiros ajudaram a formatar programas de apoio e projetos de suporte às incubadoras, parques e empresas. Esta história de parcerias começou com o CNPq, em 1984, que criou um Programa para criar e desenvolver Parques Tecnológicos no país. Alguns dos projetos apoiados avançaram na forma de incubadoras de empresas, dando início a um processo que cresceu de for- ma exponencial por todo o país, especialmente na década de 90 com a participação do SEBRAE, que lançou diversos Editais para fomentar a criação e aperfeiçoamento de incubadoras bem como o apoio às empresas incubadas. Entre a década de 90 e o início deste novo século, o MCT, por meio de suas agências, especialmente a FINEP, também passou a lançar editais para financiar projetos inovadores no âmbito das incubadoras de empresas e dos parques tecnológicas, além de novos programas para financiamento e investimento em empresas de base tecnológica. Estes e outros parceiros foram essenciais para que o Brasil alcançasse um patamar qualitativo e quantitativo tão destacado em termos mundiais. está sendo possível... A ANPROTEC tem a convicção de que o sucesso do movimento de incubadoras, parques e empresas inovadoras depende totalmente do sucesso em se estabelecer, cultivar e aprimorar parcerias. Baseando-se nesta diretriz, a associação conta com um significativo conjunto das chamadas “Parcerias “x” & AN- PROTEC”, onde “x” é a entidade parceira, cujo nome vem sempre em primeiro lugar na designação da aliança. Estas parcerias se concretizam objetivamente na forma de programas, projetos e ações cooperativas cujos resultados devem sempre gerar benefícios tangíveis para os empreendedores e suas empresas nascentes. Estes são alguns dos parceiros com quem a ANPROTEC tem interagido atualmente: “O futuro das incubadoras de empresas é serem atores relevantes para o desenvolvimento local e participarem ativamente do fortalecimento das concentrações produtivas. Dessa forma, continuarão a desempenhar seu papel histórico e estratégico na geração de novas empresas, com seus produtos e serviços inovadores, e de novos postos de trabalho e renda.” Luiz Carlos Barboza Diretor Técnico do Sebrae 8 “A CNI entende que a inovação, fundamental para a estratégia industrial brasileira, requer a criação de um ambiente favorável. Nesse contexto, as incubadoras constituem potenciais ambientes de geração e desenvolvimento de novos negócios.” Armando Monteiro - Presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) Fonte: Revista Locus nº 44 – setembro de 2005 Parcerias internacionais foi possível... Muito do que a ANPROTEC desenvolveu e repassou aos seus associados ao longo destes 20 anos deve-se, em grande parte, ao aprendizado obtido pela interação com entidades nos mais diversos cantos do planeta. Neste contexto, destacam-se principalmente a Europa e os EUA, cujas experiências anteriores tanto em incubação de empresas como em parques tecnológicos têm contribuído fortemente para o desenvolvimento do movimento brasileiro. Nos EUA, a NBIA – National Business Incubation Association e a AURP – Association of University Research Parks propiciaram a capacitação de centenas de técnicos brasileiros desde a primeira Missão realizada em 1994. As publicações, conferências e cursos realizados pelos norte-americanos forneceram subsídios importantes para os projetos brasileiros. Da mesma forma, a Europa também teve influência sobre o Brasil, seja por meio de parcerias específicas entre in- cubadoras e parques dos dois países, seja pela interação institucional entre a ANPROTEC e entidades européias. No início da década de 90, um Projeto da União Européia para estimular a interação entre países europeus e latino americanos, denominado Projeto Columbus, proporcionou cursos, consultorias e missões de intercâmbio que ajudaram a formar um grande número de profissionais na área. Da mesma forma, a parceria com a IASP – International Association of Science Parks – também permitiu a capacitação de centenas de profissionais brasileiros na área, além de possibilitar a troca de experiências práticas, por meio de visitas técnicas e programas de cooperação. Em 2001, a IASP, NBIA e AURP se juntaram à ANPROTEC para realizar, no Rio de Janeiro, a I World Conference on Business Incubation, um evento que consolidou definitivamente a vocação de cooperação internacional da ANPROTEC. está sendo possível... Atualmente a ANPROTEC mantém diversas parcerias internacionais que contribuem para o fortalecimento da imagem do país no exterior, possibilitam acesso a novos mercados para os associados e ajudam a absorver novos conhecimentos e experiências na área de incubadoras, parques e empreendedorismo. Estas parcerias envolvem desde ações típicas de cooperação e intercâmbio, como no caso da RELAPI (Rede Latino-Americana de Associações Nacio- nais) até projetos de suporte e auxílio a outros países, como no caso de Angola. Vale destacar também a parceria com o Programa infoDev, suportado pelo Banco Mundial, no qual a ANPROTEC assumiu a responsabilidade de desenvolver e implementar o iDISC – infoDev Incubator Support Center, uma base de conhecimento na área de incubação de empresas que foi disponibilizada aos projetos de incubadoras dos países apoiados pelo Programa “Incubator Initiative”. será possível... O futuro da cooperação internacional na ANPROTEC exige uma intensificação ainda maior dos projetos e ações concretas em parceria com países europeus, latino-americanos e norte-americanos, em função da tradicional relação institucional e comercial existente com o Brasil. Entretanto, é fundamental ampliar os horizontes especialmente para a Ásia, que vem desenvolvendo um trabalho exemplar na área do empreendedorismo inovador, criando incubadoras de empresas e parques tecnológicos de “classe mundial”. Países como China, Índia, Coréia, Cingapura e Malásia, dentre outros, representam uma oportunidade extraordinária de cooperação e devem ser trabalhados de forma consistente e permanente. “Estamos falando de projetos e estruturas que são a porta de acesso de toda sociedade de um país à economia do conhecimento e à sociedade da informação. É muito difícil que as empresas, sem acesso a esses ambientes facilitadores de desenvolvimento, tenham êxito em um mercado altamente competitivo e globalizado.” Luis Sanz Diretor-geral da IASP Fonte: Entrevista concedida no XVI Seminário Nacional - 2006 “As incubadoras são essenciais para permitir que boas idéias possam ser transformadas em produtos inovadores, por meio da disponibilidade de ambientes criativos e compartilhados.” Hugo Borelli - Presidente da Anpei 9 Produtos e serviços foi possível... será possível... O futuro dos produtos e serviços da ANPROTEC certamente está relacionado à oferta de soluções como: • Conhecimento - Publicações de Referência comercializadas em grandes redes de livrarias, fortalecimento da produção científica na área por meio da articulação dos núcleos de pesquisa existentes no país e organização/disseminação de “best and good practices” . • Interatividade – aperfeiçoamento das soluções de e-learning sintonizadas com os princípios da Web 2.0, visando intensificar a interatividade e formação de comunidades via rede. • Certificação – estruturação dos Programas de Treinamento e Capacitação da ANPROTEC de forma a constituir “pacotes” de formação que permitam a certificação dos profissionais. • Acesso a Capital – fortalecimento das parcerias com órgãos de financiamento e capitalização, a fim de disponibilizar às incubadoras, parques e empresas uma rede de parceiros especializados e confiáveis. • Acesso a Mercado – envolvendo acordos de cooperação nacionais e internacionais que permitam ampliar o potencial de geração de negócios no contexto das diversas redes de incubadoras e parques. • Instituto de Referência na área de Empreendedorismo Inovador – a ANPROTEC deve consolidar a criação de um Instituto voltado para a geração e disseminação de novos conhecimentos, tecnologias, conceitos e soluções na área de empreendedorismo inovador. “Nós precisamos de um projeto pedagógico que promova a formação de empreendedores socialmente responsáveis e preocupados em gerar também riqueza moral e cultural, às quais constroem e afirmam a nossa identidade.” Wrana Maria Panizzi Vice-presidente do CNPq Uma das principais missões da ANPROTEC ao longo dos 20 anos de existência foi atender seus associados por meio de produtos e serviços que contribuam com o desenvolvimento das incubadoras, parques e empresas inovadoras. Estes produtos e serviços foram desenvolvidos com a participação efetiva dos próprios associados, que se propuseram a transferir suas experiências e aprendizados acumulados ao longo dos anos na prática da gestão das incubadoras e parques. Estes 20 anos de experiência cooperativa geraram um conjunto de produtos e serviços estruturados em três grandes segmentos: • CONHECIMENTO – cursos de curta duração, seminários e worksops, publicações, relatórios e estudos, informativos e missões técnicas. • RECONHECIMENTO – iniciativas organizadas pela ANPROTEC para promover e divulgar os resultados do movimento de incubadoras e parques – prêmios, concursos e materiais promocionais. • INFORMAÇÃO – relatórios e estudos contendo dados sobre o desempenho das incubadoras e parques, resultados das empresas inovadoras, além de sites e soluções WEB que disponibilizam informações e conexões com as experiências mais bem sucedidas no âmbito nacional e internacional. está sendo possível... Nos últimos anos, a ANPROTEC vem avançando no sentido de inovar e aperfeiçoar seus produtos e serviços especialmente no que se refere ao uso de novas tecnologias, atendimento à demandas dos associados e sintonia com tendências mundiais. CONHECIMENTO – novas soluções para treinamento à distância, introdução de novos cursos, profissionalização da linha de publicações e lançamento do “TOOLKIT de melhores práticas em incubação de empreendimentos inovadores”. Este TOOLKIT permite o download e upload de práticas, procedimentos, artigos e sistemáticas na área. Trata-se de uma base de conhecimento compartilhada e dinâmica capaz de ser gerenciada de forma cooperativa pelos próprios associados. RECONHECIMENTO – desde 2006, o Prêmio ANPROTEC passou a ser denominado “Prêmio Nacional de Empreendedorismo Inovador”, visando congregar novos parceiros e ampliar o sua abragência e visibilidade nacional. INFORMAÇÃO – os esforços neste segmento da informação vão desde o Sistema Único de Acompanhamento e Avaliação (em fase de conclusão), que visa integrar os diversos mecanismos de avaliação do movimento, até a base de informações sobre as empresas, incubadoras e parques, que está consolidada no Portal de Inovação, criado pelo Governo Federal. “A criação da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas (ANPROTEC), em 1987, representa a consolidação da experiência brasileira em incubação de empresas”. 10 Telmo Araújo - Eterno Diretor, parceiro, Admirador e professor do movimento Projetos especiais foi possível... Além dos produtos e serviços disponibilizados regularmente aos associados, a ANPROTEC tem desenvolvido projetos especiais em cooperação com seus parceiros estratégicos. Estes projetos especiais são focados nos grandes temas estratégicos e desafios do movimento. Alguns exemplos de projetos estratégicos desenvolvidos ao longo dos últimos 20 anos da ANPROTEC são: 1996 - Conferência Internacional da IASP – International Association of Science Parks 1996 – que envolveu todo um conjunto de articulações internacionais e nacionais, promovendo a divulgação do movimento brasileiro de incubadoras e parques e estabelecendo um novo patamar de relacionamento entre o Brasil e o mundo nesta área do empreendedorismo inovador; Conferência Mundial de Incubação de Empresas – 2001 – que consolidou o posicionamento do país no segmento de incubadoras de empresas e conferiu à ANPROTEC um papel de liderança e competência técnica na área. será possível... iDISC – infoDev Incubator Support Center – a ANPROTEC participou e venceu a concorrência mundial promovida pelo Programa infoDev – infomation for Development, apoiado pelo Banco Mundial. O projeto consistiu no desenvolvimento e implantação do iDISC, uma base de conhecimento de referência na área de incubação de empresas, orientada para o suporte a um conjunto de incubadoras de países em desenvolvimento apoiados pelo Programa Incubator Initiative, do infoDev/BancoMundial. está sendo possível... Neste momento a ANPROTEC desenvolve um grande conjunto de projetos especiais junto a diversos parceiros estratégicos do movimento de incubadoras e parques: • Portal de Empresas Inovadoras – consiste numa base estruturada de informações sobre as empresas inovadoras do país, destacando seus principais produtos, tecnologias e indicadores. O Portal está sendo implantado no contexto do Portal Inovação do Governo Federal, de forma a assegurar eficiência e otimização de recursos. • Sistema Único de Acompanhamento e Avaliação de Incubadoras, Parques e Empresas – SUA – Este sistema é um dos grandes desafios do movimento ao longo de sua história já que está diretamente relacionado com a medição dos resultados do movimento. O Projeto SUA envolve a definição dos indicadores estratégicos a serem avaliados, o desenvolvimento da ferramenta de software para levantamento e processamen- to de informações e a geração dos relatórios e primeiras análises de resultados. • Estudo e Proposições sobre Parques Tecnológicos – o crescimento do número e complexidade dos projetos de Parques Tecnológicos nos Brasil levou a ANPROTEC a propor o desenvolvimento de um projeto de estudo da situação dos Parques Tecnológicos no Brasil e no mundo visando ao desenvolvimento de uma proposta de taxonomia de proposições de sugestões de políticas públicas a serem analisadas e adotas pelo governo e poder legislativo. • “MBA – Programa de Especialização em Empreendedorismo Inovador” – este projeto nasceu da necessidade de qualificar e profissionalizar ainda mais as equipes de apoio aos empreendedores inovadores nas incubadoras e parques. O programa possui estrutura padronizada e poderá ser executado do forma simultânea nas diversas regiões do país. Ainda na linha de Projetos Especiais, é fundamental que a ANPROTEC continue avançando na direção de implementar projetos que promovam a Relevância e Qualidade do Movimento (Incubadoras e Empresas), tais como: • Implantação do Sistema Único de Acompanhamento e Avaliação de Incubadoras, Parques e Empresas e de um futuro Sistema de Certificação ou Credenciamento de Incubadoras e Parques – um tema complexo e difícil, mas fundamental para consolidar a credibilidade e reconhecimento do movimento. • Desenvolvimento de um “toolkit” de melhores práticas para Empreendimentos Inovadores – desenvolver e consolidar um Sistema de Melhores Práticas e Instrumentos de Apoio voltados para a promoção da competitividade das empresas apoiadas por incubadoras e parques. • Desenvolvimento e implantação de novos modelos de incubação e parques tecnológicos em áreas estratégicas – é fundamental que se dedique atenção ao desenvolvimento de novas estratégias, modelos e soluções para gerar empresas inovadoras em segmentos estratégicos para a política industrial e de inovação do país. “Eu acredito que o Brasil neste momento é uma referência mundial no que tange ao número de incubadoras de empresas. Minha opinião é que essas incubadoras deveriam evoluir para parques tecnológicos, pois elas são sementes desses parques. Esse movimento, por sua grandeza e resultados faz do Brasil uma referência no mundo.” Felipe Romera Presidente da Associação de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas da Espanha (APTE) “O papel da Anprotec tem sido fundamental para a transformação de conhecimento em tecnologia nacional, e com os novos caminhos abertos pela Lei de Inovação, sem dúvida, a Anprotec terá ainda mais a contribuir para o desenvolvimento nacional”. Eduardo Campos - Governador de Pernambuco e Ex-ministro de Ciência e Tecnologia Fonte: Revista Locus, Edição 41, Julho de 2004 11 Comunicação e Interação foi possível... será possível... Os grandes desafios para o futuro neste segmento de comunicação estão relacionados a: • Ampliar a exposição na mídia – o movimento de incubadoras e parques ainda não conseguiu ocupar um espaço relevante na imprensa de forma a promover os excelentes casos de sucesso de empresas inovadoras que podem contribuir para a formação de uma cultura favorável ao empreendedorismo no papaís. • Portal “Comunidade web 2.0” – a comunicação via web com as incubadoras, parques e empresas deve avançar no sentido de aproveitar melhor as potencialidades das novas tecnologias e conceitos de comunicação viabilizados pela interatividade da web 2.0. • “Espaço Empreender e Inovar” – a rede de incubadoras espalhadas pelo país precisa se consolidar num grande “show room” com espaços específicos em cada incubadora para divulgar os resultados e os casos de sucesso nacionais e locais. “Um movimento maduro como é o de Incubadoras de Empresas no Brasil, tem a obrigação de se comunicar não apenas com aqueles que o fazem acontecer, mas com toda a sociedade. Esta é uma das principais diretrizes definidas pelo Conselho Editorial da revista Locus.” Maurício Guedes - Ex-presidente da Anprotec e Diretor-executivo do Parque Tecnológico do Rio de Janeiro O processo de comunicação sempre foi um grande desafio para uma associação como a ANPROTEC que atua num segmento tão diversificado e abrangente. Os associados possuem perfis diferentes que variam das universidades às prefeituras, das incubadoras aos parques e dos empreendedores ao governo. Ao longo dos 20 anos da ANPROTEC, foram desenvolvidos os seguintes instrumentos de comunicação com associados e parceiros: 1. Informativo Locus - O primeiro instrumento formal de comunicação foi o Informativo Lócus, lançado no início de julho de 1995. O Lócus consolidou-se como um importante instrumento de comunicação passando por diversas fases evolutivas marcadas até a edição 43. 2. info-e – é um informativo eletrônico dinâmico, no qual a Anprotec dissemina informações rápidas, curtas e importantes. Pro- duzido há 11 anos, o Info-e é uma ferramenta destinada exclusivamente aos associados e parceiros da Anprotec. O boletim é enviado para aproximadamente 5 mil pessoas. Já são 158 edições. 3. Website da Anprotec – o Site da associação apresenta as informações mais recentes, lista de publicações e cursos, informações institucionais, bem como diversos serviços de atendimento ao associado ou parceiros. O site tem registrado uma média de 1.200 acessos diariamente, chegando a 2000 acessos/dia em épocas de pico. www.anprotec.org.br 4. Portal Rede Incubar – Este portal foi desenvolvido pela ANPROTEC em parceria com as entidades do Programa Nacional de Incubadoras e Parques – PNI com o objetivo de integrar, concentrar e disseminar as informações estratégicas na área. está sendo possível... Nos últimos anos, a ANPROTEC vem procurando inovar e ampliar os seus meios de comunicação com o associado com ações como: • Revista Locus – A partir da edição de setembro de 2005 (edição nº 44) o Informativo Locus passou definitivamente a se caracterizar como uma Revista, tendo diversas alterações até alcançar a forma e conteúdo atuais. A edição nr. 48, de abr/mai de 2007, marca o início da nova fase da revista, contando com um excelente Conselho Editorial e apresentando grandes modificações, tanto no conceito editorial quanto gráfico. • Locus Científico – Uma edição especial periódica da Revista Locus voltada especialmente para a disseminação da produção científica na área de empreendedorismo inovador • Encontros Regionais de Incubadoras e Parques – visando descentralizar os eventos na área, o SEBRAE e a ANPROTEC passaram a apoiar a promoção de Encontros Regionais em parceira com as Redes de Incubadoras e Parques. • Publicações Focadas – Periodicamente a ANPROTEC tem lançado publicações especiais na forma de cartilhas e documentos executivos visando atingir públicos de grande interesse estratégico tais como prefeitos, reitores, deputados, etc. • Projeto “Empreender é Show” – trata-se de uma experiência inovadora voltada para a divulgação de casos de sucesso de empreendedores brasileiros em que a ANPROTEC está testando táticas modernas de comunicação tais como “reality show”, comunidades na internet, soluções, experiências e mídia interativa. “ANPROTEC: Privilegiada puerta de acceso de Brasil a las redes globales de la economía del conocimiento.” 12 Luis Sanz - Diretor-executivo da IASP Seminário Nacional foi possível... Toda entidade associativa precisa desenvolver um evento que permita reunir seus associados e parceiros a fim de avaliar resultados, trocar experiências e traçar os rumos para o futuro. Foi com este propósito que nasceu o Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, um evento que já se encontra na sua 17ª edição. Ao longo dos 20 anos da ANPROTEC o Seminário Nacional contribuiu decisivamente para a evolução do movimento brasileiro. Alguns destaques: • Palestrantes – foram mais de 115 especialistas internacionais (5 continentes) e 410 nacionais que participaram do Seminário, trazendo novos conhecimentos e idéias. • Participantes – foram mais de 6200 participantes de todas as unidades da federação e do exterior. • Primeiro Seminário - o Seminário de 1987, realizado no Rio de Janeiro de 1 a 4 de dezembro, marcou a criação da ANPROTEC e o início dos eventos anuais promovidos pela Associação. Os anais apresentam os resultados dos estudos realizados no Brasil, Argentina, Colômbia, México e Uruguai, no âmbito do projeto patrocinado pela OEA e Finep que visava analisar o fenômeno dos parques tecnológicos naqueles países onde estes empreendimentos já tivessem alcançado alguma projeção. • Workshop Anprotec – Desde 1993, a Associação realiza na mesma semana do Seminário Nacional um Workshop voltado especialmente para os associados a fim de permitir um debate profundo sobre temas considerados estratégicos para o movimento. será possível... O futuro do Seminário Nacional envolve grandes desafios no sentido de fortalecer ainda mais este grande encontro anual das incubadoras, parques e promotores do empreendedorismo inovador no país: está sendo possível... Atualmente o Seminário Nacional já é uma realidade consolidada. Promovido anualmente em parceira com o SEBRAE e com apoio dos diversos parceiros do movimento de incubadoras e parques, o Seminário está entre os três maiores eventos do mundo na área de Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos. Tudo isto demonstra a força do Brasil nesta área e o potencial que deve ser aproveitado. Nos últimos anos, o Seminário Nacional se transformou numa grande Semana de Capacitação e Mobilização em torno do tema do Empreendedorismo Inovador. Em geral, a programação envolve: • Seminário Nacional – dois dias de programação intensa com painéis, apresentação de artigos e conferências especiais. • Workshop Anprotec – 1 dia, normalmente divido em duas grandes sessões paralelas para tratar de temas estratégicos para o movimento. • Minicursos – geralmente dois períodos (manhã e tarde) onde são ministrados cerca de 10 minicursos focados em temas de interesse dos associados. • Reuniões e Fóruns Estratégicos – em geral ocorrem mais de 4 Reuniões especiais com segmentos estratégicos para o movimento tais como: prefeitos, secretários de C&T, reitores e próreitores, investidores, empresários, membros do legislativo e parceiros de governo e entidades da sociedade civil. • Assembléia Geral Ordinária da ANPROTEC – evento deliberativo mais importante da associação, onde são tomadas as grandes decisões do movimento. Em resumo, somando todos os eventos, são cerca de 100 horas de atividades de capacitação, articulação e mobilização ao longo de uma semana, envolvendo mais de 1000 pessoas. • Ampliar fortemente a participação de líderes tomadores de decisão do poder executivo (ministros, governadores, prefeitos, etc), poder legislativo (deputados, vereadores, etc), setor acadêmico (universidades, pesquisadores, etc) e setor privado (investidores, lideranças empresariais, etc). • Promover melhor o evento junto à mídia, por meio da presença de conferencistas conhecidos do grande público, pela apresentação de casos diferenciados de empreendedorismo inovador e anúncio de informações atraentes a respeito da evolução e dos resultados do movimento no país. • Ampliar a participação no seminário de jovens estudantes, lideranças comunitárias e público em geral, seja pela presença física no evento ou pelo acesso via soluções de webconferência. “Há uma clara tendência em oferecimento de plenárias temáticas, focadas em temas estratégicos ou oportunidades econômicas, e no resgate e solidificação do tratamento acadêmico dos temas de interesse, com trabalhos de qualidade crescente, amparados pela diversidade de forma de apresentação.” Josealdo Tonholo Diretor da Anprotec “As incubadoras de empresas e parques tecnológicos representam mecanismos essenciais para a execução de políticas públicas de geração de emprego e renda aos estados e municípios.” Rafael Lucchesi - Presidente do Conselho Consultivo da Anprotec Fonte: Revista Locus nº 44 – setembro de 2005 13 Redes de Incubadoras e Parques foi possível... será possível... É preciso que as Redes se consolidem ainda mais como instrumentos sistêmicos e integrados de fortalecimento do movimento em todo o país. Para tanto, é fundamental avançar em alguns aspectos: • Fortalecimento das Redes Estaduais como pontos avançados da ANPROTEC no âmbito local, com representatividade e liderança para promover a mobilização dos atores críticos. • Criação de Redes Temáticas, para superação de obstáculos e aproveitamento de oportunidades estratégicas em novos e desafiadores segmentos do movimento. • Harmonização dos principais elementos jurídicos e operacionais que caracterizam as Redes, visando gerar melhores resultados. • Ampliação dos instrumentos de apoio à sustentabilidade das Redes, especialmente com a participação e comprometimento de atores locais. • Consolidação do papel de Rede em atuar como grande elemento de “mobilização e avaliação crítica” no âmbito local e temático, de modo a fortalecer a credibilidade e consistência do movimento de incubadoras e parques. “As redes de incubadoras virão a se consolidar mecanismos fundamentais para a evolução das incubadoras e parques no País, promovendo o compartilhamento de conhecimento e melhores práticas, articulando projetos integrados inovadores voltados às necessidades regionais dos empreendimentos incubados e mobilizando recursos humanos e competências distribuídas nas diversas instituições que as integram.” Antonio Pereira Lima Jr. Incubadora Tecnológica de Empresas e Cooperativas - ITEC - Universidade Católica de Brasília As Redes de Incubadoras e Parques surgiram ainda no final da última década como uma estratégia natural e saudável de fortalecimento do movimento no âmbito regional/local ou temático/setorial. A ANPROTEC enxerga nas Redes um papel fundamental para articular melhor o desenvolvimento do movimento e mobilizar de forma mais intensa as forças e lideranças estratégicas ao redor de todo o país. As Redes estruturadas até hoje foram: 1. RAIE - Rede Alagoana de Incubadoras de Empresas e Instituições Promotoras de Empreendimentos 2. RBI - Rede Baiana de Incubadoras 3. RIC - Rede Cearense de Incubadoras 4. Rede Candanga de Incubadoras 5. Rede Capixaba de Inovação 6. Rede Goiana de Incubadoras de Empresas e Parques tecnológicos 7. RMI - Rede Mineira de Inovação 8. Rede Sul Matogrossense de Entidades Promotoras de Empreendimen- tos Inovadores 9. Rede Criativa 10. RAMI - Rede Amazônica de Incubadoras de Empresas 11. Rede Nordeste 12. Rede Paraibana de Incubadoras 13. Rede Pernambucana Promotora de Empreendimentos Inovadores 14. REPARTE – Rede Paranaense de Incubadoras e Parques Tecnológicos 15. REINC – Rede de Incubadoras, Parques e Pólos Tecnológicos 16. REGINP - Rede Gaúcha de Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos 17. RECEPET - Rede Catarinense de Entidades Promotoras de Empreendimentos de Base Tecnológica 18. RIS - Rede de Incubadoras de Sergipe 19. Incubadoras do Programa da FIESP – SP 20. RAITEC - Rede de apoio à inovação tecnológica e empreendimentos em criação 21. Rede de Incubadoras Sociais está sendo possível... A ANPROTEC tem buscado atuar de forma integrada com as Redes, visando fortalecer um modelo de atuação mais descentralizado e sistêmico. Dentre os principais avanços destacam-se: • Articulação de editais para apoio financeiro às atividades das Redes de Incubadoras; • Descentralização do processo de levantamento de informações sobre o movimento por meio das equipes das Redes; • Criação de instrumentos e sistemáticas de comunicação descentralizada, visando fortalecer o papel de gerador de informações e conteúdo por parte das redes; • Adoção de práticas de consulta e discussão de temas estratégicos para o movimento por meio da interação com as Redes; • Criação de Fórum e Comitês específicos com participação de lideranças das Redes; • Estruturação de produtos, serviços e projetos da associação considerando o papel e a participação das Redes, tais como o Prêmio Nacional de Empreendedorismo Inovador, Seminário Nacional, Revista Locus, Empreender é Show, etc. • Criação do Programa de Encontros Regionais de Incubadoras e Parques Tecnológicos, visando promover eventos de caráter estratégico de forma mais descentralizada contando com a organização e liderança das Redes locais. “As incubadoras e parques são essenciais para a promoção do desenvolvimento tecnológico brasileiro, pois são ferramentas estratégicas na transformação do conhecimento acadêmico em inovação.” 14 Luis Fernando Caribelli Madi - Presidente da Abipti Fonte: Revista Locus nº 44 – setembro de 2005 Equipe e Governança foi possível... A ANPROTEC nasceu como uma organização absolutamente informal, mantida pelo trabalho pessoal dos primeiros associados. A partir de 1993 a entidade começou a estruturar as bases de uma equipe técnica de prestação de serviços e atendimento aos associados. Desde então, esta estrutura foi se aperfeiçoando tanto do ponto de vista físico, como, principalmente, humano. Assim, aos poucos e com muitas dificuldades, foi se construindo uma equi- pe de profissionais dedicados exclusivamente à administração da entidade, ao atendimento aos associados e à realização de projetos de interesse do movimento. Ao longo destes anos, a estrutura organizacional da Associação foi alterada, com ampliação do número de Diretores de 4 para 6 em 1999, criação do Conselho Consultivo e incorporação de novas categorias de sócios à Assembléia de Associados. está sendo possível... Atualmente a ANPROTEC conta com uma equipe de 11 pessoas distribuídas em 4 unidades: comunicação, atendimento, administração e projetos. A estrutura é gerenciada por uma Superintendência Executiva que se reporta à Diretoria da ANPROTEC. A Diretoria administra as atividades da Associação com o apoio de Comitês Gestores constituídos por entidades parcei- ras e também pelas Redes de Incubadoras e Parques. Toda esta estrutura tem como órgão soberano a Assembléia de Associados, que conta também com o suporte do Conselho Consultivo, formado por lideranças e personalidades da área de empreendedorismo, além dos últimos três Presidentes da entidade. será possível... A ANPROTEC precisa desenvolver continuamente sua estrutura de comando e gestão para garantir uma padrão de qualidade e um processo contínuo de inovação. Para isto, é fundamental continuar investindo na equipe a fim de manter uma continuidade na condução dos projetos e no atendimento aos associados. A governança da ANPROTEC também deve ser aperfeiçoada no sentido de promover uma melhor participação dos associados no processo de direcionamento da entidade. Ao mesmo tempo, deve-se criar novos instrumentos de representatividade junto aos parceiros e atores sociais estratégicos para o movimento. Somente com uma governança forte, atuante e responsável, é possível dar respostas fortes, contundentes e relevantes aos grandes desafios que se apresentam no futuro do movimento. Um antigo filósofo disse: “Os grandes navegadores devem sua reputação às grandes tempestades”. Sei, tanto por experiência e pela história de várias empresas, que o sucesso, a superação e a excelência são resultado de esforço, de conhecimento e, principalmente, de comprometimento com os seus ideais e com aqueles que estão juntos a você na jornada. Este é o futuro da equipe: buscar o êxito em cada projeto, com compromisso, destreza e companheirismo. Sheila Oliveira Pires Superintendente Executiva da ANPROTEC “A importância dessas ações é determinante, pois não haverá em 10 anos país de primeiro mundo que não priorize instalações de parques tecnológicos.” Alexandre Aguiar Cardoso - Presidente do Consecti - Conselho Nacional dos Secretários de Ciência e Tecnologia 15 Infra-estrutura foi possível... A ANPROTEC operou durante mais de seis anos sem uma sede fixa, dependendo exclusivamente da infra-estrutura disponibilizada pelos primeiros diretores da entidade. Foi a partir de 1993 que a entidade passou a contar com uma estrutura mais organizada junto à UnB – Universi- dade de Brasília, na capital do país. Esta mudança consolidou um momento de amadurecimento da associação, fazendo com que se formalizasse uma sede definitiva no centro de decisões do país, onde estão localizados os principais parceiros da entidade. está sendo possível... será possível... Apesar de contar com uma moderna e funcional sede administrativa, a ANPROTEC precisa continuar trabalhando para viabilizar uma sede própria definitiva, de preferência num dos Parques Tecnológicos em implantação no Distrito Federal. Neste sentido, já foram iniciadas tratativas para viabilizar um imóvel junto ao Parque Tecnológico da Universidade de Brasília e, ao mesmo tempo, foi desenvolvido um primeiro anteprojeto de uma futura sede própria que deverá disponibilizar uma infra-estrutura de excelência para a Associação, para os associados e para as próprias empresas das incubadoras e parques, que poderão contar com um ponto de apoio na Capital do País. Em 2004 a ANPROTEC transferiu sua sede para instalações no Setor Comercial Norte da Capital Federal, a fim de contar com uma área mais adequada ao crescente número de projetos e atividades desenvolvidas pela Associação. Nesta nova estrutura, que conta com cerca de 150 m2, a associação disponibiliza espaços exclusivos ao associado tais como o Centro de Informação com toda a base de publicações, informações e dados do movimento, e o “Espaço do Associado”, com sala de reuniões e célula de trabalho com computador e acesso a internet. Além disso, a sede conta com espaço para data center e áreas de escritório das unidades de direção, comunicação, projetos, atendimento e administração. O movimento de incubadoras e parques cresceu expressivamente e mostrou os seus resultados para consolidar a cultura do empreendedorismo inovador e contribuir para o desenvolvimento econômico e social do País. Luís Afonso Bermúdez Presidente da ANPROTEC de 1999 a 2003 Diretor do CDT/UnB “A inovação e o desenvolvimento tecnológico estão na agenda do crescimento do Brasil. Se no passado fomos impulsionados por custos de fatores, agora somente iremos crescer impulsionados pela tecnologia. A ANPROTEC há 20 anos já percebia isto. Parabéns à ANPROTEC.” 16 Deputado Emanuel Fernandes - Membro da Comissão de Ciência e Tecnologia da Câmara Federal dos Deputados A Aventura de um Movimento Reposicionamento foi possível... será possível... A evolução das incubadoras e parques brasileiros na direção do novo posicionamento estratégico fará com que, dentro de pouco tempo, estes mecanismos se consolidem como: • Plataformas para a efetiva promoção da cultura de empreendedorismo e inovação junto às principais universidades brasileiras; • Plataformas para desenvolvimento de soluções inovadoras nos segmentos científicos e tecnológicos prioritários para o País; • Plataformas para geração e suporte a empresas inovadoras estratégicas para a competitividade dos principais APLs – Arranjos Produtivos Locais do País; • Plataformas para a intensificação dos processos de cooperação e interação universidade empresa; • Plataformas de acesso a informações e oportunidades de mercado, capital, tecnologia e conhecimento. (continua...) “Existem oportunidades enormes para o país e, ao mesmo tempo, desafios gigantescos a serem superados. As incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos estão se *preparando* para adotar novos modelos de atuação que promovam *saltos de qualidade e quantidade* no universo das empresas inovadoras”. José Eduardo Fiates Presidente da Anprotec 18 O desenvolvimento das incubadoras no Brasil ocorreu de forma rápida e surpreendente. Ao longo de um período de não mais de 10 anos o número de projetos se multiplicou por 10. Ao mesmo tempo, iniciativas focadas na promoção do empreendedorismo também se disseminaram por universidades e escolas de todo o país. Finalmente, nos últimos 5 anos, também ocorreu um crescimento vertiginoso no número de projetos de parques tecnológicos. A ANPROTEC encara esta alta taxa de crescimento de duas formas: • Por um lado, trata-se de uma excepcional OPORTUNIDADE de se consolidar no país um modelo de promoção de empreendedorismo inovador; • Por outro, pode se configurar numa AMEAÇA perigosa se os resultados não forem convincentes e sustentáveis. O FATO é que há realmente boas e más notícias em torno do fenômeno brasileiro do crescimento do número de incubadoras e parques. Entre as BOAS NOTÍCIAS, destacam-se: • Os resultados das incubadoras de empresas brasileiras em termos de eficiência e eficácia estão ACIMA DA MÉDIA de outros mecanismos e programas de suporte a pequenos negócios e empresas nascentes; • A QUANTIDADE DE PROGRAMAS de promoção de empreendedorismo inovador e de ENTIDADES en- gajadas é extremamente representativa; • Existe um ambiente com condições favoráveis ao empreendedorismo inovador motivado pelo surgimento de POLÍTICAS como a PITCE, Lei da Inovação, a Lei do Bem, etc; • Tendência de CRESCIMENTO do país com fortalecimento de sua posição externa e da capacidade de atração de investimentos; • ESPAÇO/JANELA DE OPORTUNIDADE na área de Empreendedorismo e Inovação. Por outro lado, existem GRANDES DESAFIOS pela frente: • BAIXA EXPLORAÇÃO DO POTENCIAL de conhecimento e efeito multiplicador das incubadoras de empresas; • FALTA DE CONEXÃO com outras iniciativas de atendimento e apoio a micro e pequenas empresas inovadoras; • Dificuldades de SUSTENTABILIDADE das Incubadoras e Parques; • “Pressões Sociais e Políticas” por RESULTADOS MAIS RELEVANTES EM TERMOS DE QUALIDADE, ESCALA/IMPACTO na economia e na sociedade • Utilização LIMITADA DA CAPACIDADE INSTALADA nas incubadoras e parques no que diz respeito a qualificação técnica, articulação institucional, infraestrutura física, marca, etc. está sendo possível... O processo de mudança e reposicionamento do movimento para atingir um novo patamar de resultados e de relevância envolveu inúmeras discussões, debates, reflexões e trocas de experiências. A ANPROTEC coordenou este conjunto de atividades ao longo dos últimos anos com o objetivo de contribuir com a geração de uma visão de futuro compartilhada pelos associados, parceiros e demais atores sociais. Para construir esta nova visão de futuro foi necessário: • Realizar reuniões de avaliação e de planejamento com os associados, as coordenações de Redes e as entidades parceiras do movimento; • Interagir com especialistas nacionais e internacionais que possuem experiências bem sucedidas de novos modelos de promoção do empreendedorismo inovador; • Ouvir os principais interlocutores das incubadoras e parques no âmbito político, acadêmico, empresarial e comunitário; • Estudar e visitar experiências de sucesso de reposicionamento de mecanismos de suporte e apoio a empresas inovadoras nascentes; • Propor, testar e reformatar propostas, idéias e soluções a partir da percepção dos principais atores envolvidos com o empreendedorismo inovador no país. A execução destas atividades respeitou um conjunto de direcionamentos estabelecidos com base nas percepções, expectativas e opiniões dos associados e parceiros: RELEVÂNCIA – trabalhar no sentido de tornar o Movimento relevante para o presente e o futuro do País. ABRANGÊNCIA – perseguir um modelo com potencial para atuação sistêmica e representativa em todo o País. COOPERAÇÃO – potencializar as parcerias e cooperações nacionais e internacionais. FLEXIBILIDADE – levar em consideração os diversos tipos de experiências e modelos de mecanismo existentes. O primeiro resultado deste processo de planejamento e mudança foi a proposição de um novo posicionamento estratégico para o movimento. A idéia central é que existe um “DNA comum” ou um “elemento genético básico” que deve caracterizar uma incubadora, uma pré-incubadora, um parque ou outro tipo qualquer de mecanismo de promoção de empreendimentos inovadores. Este posicionamento estratégico deve orientar a forma como o movimento pretende atuar e ser percebido pelo ambiente nos próximos anos. Posicionamento Estratégico Incubadoras de Empresas, Parques Tecnológicos e outros Mecanismos desta natureza devem se consolidar como Plataformas Estratégicas, Institucionais e Operacionais para promover o Empreendedorismo Inovador com foco nos grandes desafios regionais, setoriais e nacionais Apesar de conciso, este reposicionamento implica “É importante salientar a mudança de paradigma que se dá quando o pesquisador-cientista é desafiado a se relacionar com a iniciativa privada, fazendo do conhecimento novos produtos, melhorando a competitividade e deixando para trás a cultura do isolamento das instituições públicas de C&T” Paulo Piau - Deputado Federal e Membro da Subcomissão de Ciência e Tecnologia e Informática do Movimento A autocrítica do movimento de incubadoras em identificar estes pontos positivos e negativos é prova da evolução e maturidade que se construiu ao longo destes 20 anos de atuação associativa e cooperativa. Só é possível mudar quando se define claramente POR QUE é necessário mudar e AONDE se quer chegar. Além destes fatores, ao longo destes 20 anos ocorreram profundas mudanças no ambiente econômico, político e social mundial, implicando em conseqüências óbvias para o movimento: • O processo de globalização mundial, que promoveu a integração de países, economias e pessoas de uma forma avassaladora; • A velocidade de acesso a informação e conhecimento, viabilizada pelo avanço nos processos de comunicação e gestão de bases de dados; • A formação de uma nova estrutura econômica global, com o surgimento de novos blocos econômicos, das economias emergentes e das mega-empresas globais; • O crescimento da consciência crítica sócio-ambiental, com o surgimento de movimentos, entidades e organismos orientados formalmente para a defesa do meio ambiente e a redução das desigualdades. A conscientização sobre a magnitude e complexidade dos desafios que se apresentam ao movimento de incubadoras e parques fez com que iniciasse um processo natural, progressivo e definitivo de transformação e reposicionamento. Este grande processo de mudança está em curso e deve direcionar a evolução da ANPROTEC para os próximos anos. em vários compromissos, convicções e atitudes. É simples, mas não é fácil. É preciso disciplina e criatividade. Talento e determinação. Agilidade e paciência. Antes de tudo, é preciso compreender e acreditar. Acreditar que quando se fala de incubadoras, parques e outros mecanismos de promoção está se tratando, no fundo, de um mesmo tema básico: empreendedorismo inovador. Trata-se, portanto, de: • Criar soluções, sistemáticas e práticas para estimular, fomentar, prospectar, educar, identificar e apoiar pessoas empreendedoras; • Promover a inovação aproximando o empreendedor das fontes de geração de conhecimento, idéias e tecnologias a fim de agregar valor e diferenciar o produto ou serviços da futura empresa; • Ajudar o empreendedor a encontrar o espaço para fazer da sua idéia um sucesso no mercado e na sociedade, gerando benefícios para todos os envolvidos; • Saber conectar os sonhos do empreendedor com os desafios da região onde está inserido e dos setores econômicos para os quais o negócio está orientado; • Ter foco em superar os grandes desafios no âmbito da comunidade, da cidade, da região, de um setor empresariais, de um segmento tecnológico e até do país; • Perceber que só é possível se justificar como incubadora ou parque se existe, claramente, um foco em gerar resultados e uma capacidade em fazer isso por meio da promoção do empreendedorismo inovador; • Perceber que uma incubadora não é um prédio nem uma equipe gestora e que um parque não é um terreno nem uma jogada de marketing; • Perceber que incubadoras e parques são plataformas: um conjunto de pessoas, conhecimentos, experiências, rede de contatos, infra-estrutura, história, sistemáticas, serviços e todo um conjunto de capacidades que se articulam de forma natural e harmoniosa no sentido de servir de base para o desenvolvimento de um empreendimento inovador; • Entender que o maior valor de uma incubadora ou parque está nos seus ativos estratégicos, técnicos e institucionais e não nas externalidades; • Perceber e aproveitar o fato de a incubadora ou o parque já constituírem uma referência de ambiente favorável ao empreendedorismo; • Reconhecer e potencializar a capacidade de articulação com parceiros essenciais para o suporte aos empreendedores, utilizando melhor os programas, serviços e projetos de suporte às micro e pequenas empresas inovadoras; • Explorar melhor a sofisticada e valiosa rede formada pelas incubadoras e parques bem como pelas suas empresas; • Canalizar, ampliar e utilizar melhor o crescente interesse dedicado a este tema por parte da classe política, acadêmica e empresarial. Resumindo, assumir o novo posicionamento exige reinventar a incubadora e o parque. Promover um novo olhar. Analisar e criticar os resultados do passado. Sonhar e planejar os resultados futuros. será possível... (...continuação) • Plataformas para a geração de empresas inovadoras com alto potencial para investimentos de seed capital, venture capital, private equity e abertura de capital no Mercado Aberto. • Plataformas para a promoção do empreendedorismo social de caráter inovador. • Plataformas para a elevação do número de pequenas empresas inovadoras na carteira de exportações do País. • Plataformas para a atração de Centros de P&D de empresas transnacionais para o Brasil. • Plataformas para o direcionamento do desenvolvimento econômico e social de muitos municípios e regiões do País. • Plataformas para a geração e apoio a empresas inovadoras focadas na promoção da competitividade global de setores econômicos prioritários para o Brasil no campo industrial, agropecuário e de serviços. “Empreender e inovar são como duas faces de uma moeda. Ao integrar naturalmente essa idéias-força, o movimento das incubadoras e parques tecnológicos tem condição de acelerar a transformação do Brasil numa economia mais dinâmica e equilibrada, capaz de gerar e utilizar conhecimentos relevantes para o mundo dos negócios.” Guilherme Ary Plonski Vice-presidente da Anprotec “As incubadoras e os parques se tornaram nos últimos 20 anos, ambientes estimuladores e impulsionadores do empreendedorismo inovador possibilitando o surgimento de empresas compromissadas com a inovação tecnológica e o desenvolvimento local, que ocupam lugar de destaque nos setores onde atuam, tanto no Brasil como no mercado global.” Luiz Carlos Barboza - Diretor Técnico do Sebrae 19 Um novo caminho Plataformas para promover o Empreendedorismo Inovador A figura apresenta uma visão geral sobre o novo posicionamento proposto para o movimento de incubadoras de empresas e parques tecnológicos. Cada uma das quatro grandes frentes de atuação ilustradas representa um tipo de plataforma estratégica para promoção do empreendedorismo inovador no país. Cada uma destas frentes de atuação está focada em um dos grandes desafios de futuro para o empreendedorismo inovador no Brasil. São plataformas que se relacionam e complementam ao longo do processo de estímulo, apoio e suporte aos novos empreendedores e seus negócios inovadores. A escolha de uma alternativa específica entre as quatro plataformas disponíveis para se promover o empreendedorismo inovador depende de diversos fatores, dentre os quais se destacam: • Ativos de Conhecimento - capacidade científica e tecnológica disponível, na forma de universidades, centros de tecnologia e grupos de pesquisa existentes na região. • Vocação ou tradição empresarial - na for- 20 ma de empresas já existentes ou condições favoráveis ao surgimento de um novo setor econômico. • Pessoas - potencial humano qualificado e motivado a empreendeder e inovar • Recursos – infra-estrutura, dinheiro e competência técnica para desenvolver e implantar a plataforma de promoção de empreendedorismo. • Estratégia – clara visão dos objetivos a serem perseguidos, somada a uma capacidade de gestão para planejar e, principalmente, executar. Cada região, cidade, universidade ou organização que tenha a intenção de iniciar uma ação consistente de promoção de empreendedorismo deve avaliar cada um destes fatores a fim de verificar a conveniência de se investir efetivamente na iniciativa. Apesar de não existir o “melhor caminho”, é natural identificar caminhos que fazem sentido. Assim, é possível imaginar que um ambiente ideal para a promoção do empreendedorismo deveria contar com uma Plataforma de Promoção da Cultura do Empreen- dedorismo Inovador que estimula e fomenta potenciais empreendimentos a serem apoiados na Plataforma de Incubação Orientada para o Desenvolvimento Local/Setorial ou na de Incubação Orientada para a Geração e Uso Intenso de Tecnologia, dependendo das condições e características do ambiente. Finalmente, estes empreendimentos incubados e outros empreendimentos inovadores atraídos ou articulados na região poderiam se instalar definitivamente num Parque Científico, Tecnológico ou de Desenvolvimento Regional. Obviamente, esta não é uma situação genérica. Na esmagadora maioria dos casos a melhor solução é implantar apenas uma das plataformas e assegurar que se alcancem resultados relevantes e consistentes. O fato é que, de alguma maneira, um projeto bem sucedido de promoção de empreendedorismo inovador sempre estará confrontando uma destas quatro grandes frentes de atuação. “As verdadeiras revoluções culturais são promovidas pela sociedade civil de forma silenciosa e persistente. A Anprotec, uma autêntica e vigorosa entidade, lidera e apóia, há duas décadas, o surgimento de uma nova geração de empreendedores e empreendimentos inovadores. Um movimento vital para garantir o desenvolvimento endógeno e sustentado do Brasil”. Gina Paladino - Ex-Diretora e eterna apaixonada pela ANPROTEC para um novo destino mitam aferir de forma confiável e interativa, a evolução e a performance do empreendimento. Elementos Comuns nas Plataformas” Apesar de diferentes, as quatro Plataformas apresentam alguns elementos básicos comuns cujas características específicas variam de acordo com o propósito e a finalidade da Plataforma. Soluções voltadas diretamente para o Empreendedor Toda e qualquer Plataforma de apoio a empreendedores inovadores envolve, pelo menos, cinco frentes de suporte: • Desenvolvimento do Empreendedor – envolvendo desde a identificação e lapidação do perfil do empreendedor até o processo de capacitação e desenvolvimento. • Desenvolvimento de Liderança e Gestão – visando suprir a natural deficiência e falta de experiência gerencial e de liderança de times e organizações que caracteriza grande parte dos empreendedores. • Acesso a Conhecimento – contemplando todos os aspectos relacionados à idéia, tecnologia, informações de mercado, concorrência, propriedade intelectual, etc. • Acesso a Mercado – talvez o principal desafio para quem tem uma “grande idéia” para um mercado “não preparado” ou uma grande “solução para um cliente que não tem o problema”. • Acesso a Capital – outro dos fatores que acaba comprometendo grande parte dos empreendimentos inovadores. Questões relacionadas à gestão do processo de suporte ao empreendimento inovador Para conseguir prover o suporte adequado ao empreendedor, uma Plataforma de Empreendedorismo Inovador deve dominar ao menos três grandes processos: • Prospecção e Seleção – que consiste na correta identificação e escolha dos empreendedores e dos empreendimentos a serem apoiados; • Capacitação e Suporte – que envolve o desenvolvimento e gestão do conjunto de atividades de apoio direto ao empreendedor; • Avaliação e Acompanhamento – que contempla os processos e sistemáticas que per- “As incubadoras de empresas e parques tecnológicos, como evidenciam os 20 anos de trabalho da Anprotec, são muito importantes para a multiplicação de negócios bem-sucedidos e empregos qualificados.” Paulo Skaf - Presidente do Sistema Fiesp Elementos pertinentes diretamente à Plataforma de Empreendedorismo Inovador Finalmente, além de assegurar o suporte efetivo ao empreendedor e à gestão do processo a plataforma precisa considerar a sua própria gestão, como empreendimento inovador que é: • Gestão da Plataforma de Empreendedorismo Inovador – a fim de assegurar que a Plataforma tenha um bom processo de planejamento, operação, sustentabilidade e longevidade; • Ampliação dos Limites – é fundamental que se observe e atue no sentido de potencializar a capacidade deapoio ao empreendedorismo existente na plataforma, buscando oportunidades em outros campos e segmentos. Como já foi mencionado, os dez elementos comuns apresentados variam em suas características específicas de plataforma para plataforma. Assim, é claro que o suporte de um parque tecnológico às empresas instaladas na área de acesso a conhecimento, mercado e capital é diferente do suporte oferecido por uma Incubadora. Assim como a seleção de empreendimentos, suporte e acompanhamento de uma incubadora é diferente do que ocorre num parque tecnológico ou num programa acadêmico de promoção de empreendedorismo. Entretanto, estes dez elementos estão presentes em todas as quatro Plataformas e devem ser alvo permanente de atenção e de aperfeiçoamento. 21 Cultura do Emp foi possível... As estratégias de promoção da cultura do empreendedorismo inovador no Brasil começaram a surgir de modo mais intenso na segunda metade da década de 90. Naquela época este tema começou a fazer parte do vocabulário e da agenda de algumas universidades e regiões do país. No contexto universitário, surgiram as primeiras Escolas de Empreendedores, voltadas para a realização de cursos, introdução de disciplinas de empreendedorismo na grade curricular, integração com Empresas Junior e realização de eventos de conscientização e divulgação. será possível... Muitas das estratégias para fortalecer a Plataforma de Promoção da Cultura do Empreendedorismo Inovador estão sendo planejadas e desenvolvidas no momento. O futuro deverá comprovar a importância que terão para a criação de uma ambiente mais favorável e promissor ao empreendedorismo. • Programas de bolsas de mestrado e doutorado para desenvolvimento de projetos focados em inovação a partir de candidatos selecionados por meio de critérios que valorizem o perfil técnico e empreendedor. • Projetos de apoio a potenciais empreendedores por meio de estruturas focadas no estímulo à transferência de tecnologia e à valorização da propriedade intelectual, tais como os Núcleos de Inovação Tecnológica das Universidades. • Estruturas formais no contexto das Prefeituras na forma de Secretarias de Empreendedorismo e Inovação dotadas de orçamento e qualificação para promover a cultura empreendedora. (continua...) “Sonho com uma educação empreendedora que atinja 100% dos estudantes da educação infantil à universidade e tenha como alvo a construção de comunidades capazes de cooperar e inovar. Ela deve servir como instrumento de combate à miséria através do crescimento econômico e desenvolvimento social e, sob o ponto de vista ético, considerar como empreendedor somente aquele que oferecer valor positivo para a coletividade.” Fernando Dolabela Professor, consultor e escritor está sendo possível... A Plataforma de Promoção da Cultura do Empreendedorismo Inovador constitui um dos grandes desafios para o movimento nos próximos anos. A qualidade e quantidade de empreendedores com efetivo potencial de sucesso dependem desta plataforma. Como ocorre nas outras plataformas, há grandes oportunidades mas também muitas questões a serem superadas. As experiências dos últimos anos demonstram que os resultados dos esforços nesta área não tem sido satisfatórios. Por outro lado, os investimentos têm sido muito pouco significativos, limitando-se a ações isoladas por parte de algumas poucas instituições que compreendem a importância do tema. Não há uma visão consensada sobre o que fazer para evoluir nesta área, muito menos um Programa estruturado e sistêmico de apoio ao setor. A ANPROTEC tem atuado com o propósito de estabelecer um novo patamar para as Plataformas de Promoção da Cultura do Empreendedorismo Inovador de forma a serem priorizadas e apoiadas pelo governo, pelas universidades, escolas técnicas e pela sociedade como um todo. Algumas experiências já começam a gerar resultados, pois se baseiam efetivamente nos princípios orientadores das Plataformas: resultados relevantes, atuação abrangente, postura cooperativa e modelo flexível. Dentre estas experiências que já estão em operação ou em fase de implantação, destacam-se claramente algumas características principais: • Programas intensivos e sistêmicos de Educação – tais programas têm sido implementados nos mais diversos contextos como universidades, escolas técnicas, centros de pesquisa, escolas e até pequenas cidades. A educação para o empreendedorismo inovador é crucial para formar os futuros empreendedores e seus respectivos negócios. • Programas de Fomento à criação e pré-in- O QUE É Jovens estimulados e apoiados a criar e empreender desde o primeiro dia da graduação na universidade. Comunidades conscientizadas e preparadas para acessar conhecimento de forma a criar novos negócios inovadores. Prefeitos e Governantes convencidos em apostar no empreendedorismo inovador como forma de transformar suas regiões e suas universidades. “As Incubadoras de Empresas mostraram ao longo dos últimos vinte anos a força empreendedora do jovem brasileiro e ampliaram ainda mais o papel de nossas universidades.” 22 Maurício Guedes - Ex-presidente da Anprotec e Diretor-executivo do Parque Tecnológico do Rio de Janeiro preendedorismo No contexto das cidades, dos estados e do próprio país, começaram a surgir programas de treinamento e suporte ao empreendedorismo, visando construir e alimentar uma cultura nova nas instituições e na sociedade como um todo. A ANPROTEC sempre esteve intimamente ligada a este movimento ao longo dos seus 20 anos. Muitas dos líderes das incubadoras associadas à ANPROTEC foram os pioneiros que começaram a discutir, desenvolver e implementar programas desta natureza. Já no Seminário Nacional de 1996, realizado em conjunto com a Conferência Internacional da IASP, o tema da cultura do empreendedorismo inovador foi alvo de palestras, debates e encaminhamentos. Diversas publicações foram geradas pela associação nesta área e ainda estão disponíveis para o público através do site. A própria criação do Prêmio Nacional de Empreendedorismo Inovador, em 1997, fez parte desta estratégia de geração de uma cultura empreendedora no país. Em 2001, foi realizado um Seminário específico sobre empreendedorismo na Conferência Mundial de Incubação de Empresas realizada no Rio de Janeiro e, desde então, a ANPROTEC tem realizado projetos, cursos e programas específicos visando fortalecer esta plataforma. cubação de empresas – além do processo de educação e formação, a Plataforma de Promoção da Cultura de Empreendedorismo Inovador também envolve as atividades que tratam da geração de idéias/ tecnologias e do desenvolvimento do projeto ou plano do futuro empreendimento. Estas atividades podem ocorrer no âmbito de um grupo de pesquisa, de um núcleo de apoio ao empreendedorismo ou mesmo na bancada de um laboratório. • Programas de Inclusão Social e Econômica – a atividade empreendedora basea- da na inovação constitui uma das formas mais justas, legítimas e efetivas de inclusão social e econômica. Diversas iniciativas de articulação e mobilização no contexto de municípios, comunidades e ambientes universitários têm sido desenvolvidas com sucesso, gerando empregos qualificados, produtos inovadores e empreendimentos no desenvolvimento local e setorial. • Ações de Promoção e Conscientização – não se constrói uma cultura em prol do empreendedorismo inovador sem um forte processo de comunicação e sensibilização. Estas ações contemplam hoje projetos e programas no âmbito nacional, tais como o Desafio SEBRAE e o “Empreender é Show”, até no âmbito local, como campanhas de divulgação junto a escolas e municípios. A Plataforma de Promoção da Cultura do Empreendedorismo Inovador pode ser considerada como a Plataforma Base deste novo posicionamento do movimento e da ANPROTEC. Sem um “campo fértil e preparado” não há como “semear” novas incubadoras e parques. Ainda há muito por fazer. Novas estratégias e programas devem ser desenvolvidos e implantados visando gerar mais e melhores empreendedores planejando seus futuros negócios inovadores. O QUE NÃO É Disciplina fácil na Universidade para “passar de ano” com um “projetinho de Plano de Negócios”. Programas pirotécnicos de mobilização comunitária sem geração de resultados efetivos de agregação de valor nos negócios. Iniciativas no âmbito acadêmico ou governamental motivadas “modismo ou promoção pessoal” de curto prazo. será possível... (...continuação) • Surgimento de Universidades e Escolas Técnicas com um posicionamento de “instituição empreendedora” criando programas efetivamente abrangentes, completos e sistêmicos para preparar e apoiar o empreendedorismo inovador. • Casos de sucesso de empresas estimulando a cultura do empreendedorismo internamente à organização, ampliando ainda mais a abrangência desta iniciativa. • Programas de Empreendedorismo Inovador junto à comunidades, visando identificar novas formas de conceber e desenvolver novos negócios com tecnologia apropriada e diferencial competitivo. • Iniciativas concretas e bem estruturadas de pré-incubação junto a universidades e centros geradores de conhecimento, caracterizadas muito mais pela criação de um ambiente favorável e estimulante do que pela implantação de infra-estrutura. “Para empreender com sucesso não basta apenas colocar idéias em prática. Isso passou a ser lição de casa. Há que se inovar de forma sistemática, ou seja, fazer da inovação um valor da empresa, desde sua concepção. O empreendedorismo inovador será cada vez mais essencial aos que buscam resultados grandiosos. Os que entenderem como lidar com os desafios da competitividade não só vencerão, como se tornarão as referências a ser seguidas.” José Dornelas Especialista em empreendedorismo “Ainda há muito o que melhorar em termos de inovação tecnológica no Brasil e, decerto, os programas de incubação são ótimos caminhos para isso. Tais iniciativas permitem desenvolver idéias que poderiam nunca sair dos sonhos de empreendedores talentosos.” Cássio Aoqui – Editor de Negócios e Empregos do jornal Folha de São Paulo Fonte: Lócus nº 44 – setembro de 2005 23 Incubação orientada para o foi possível... Nos 20 anos de existência da ANPROTEC muitas mudanças foram discutidas e implementadas no movimento. Talvez nenhuma tenha sido tão complexa e transformadora quanto a discussão acerca de um novo tipo de incubadora que começou a surgir no Brasil no início da década de 90: as então chamadas “Incubadoras Tradicionais”. A experiência de projetos de incubadoras de empresas atendendo empresas não caracterizadas como “de base tecnológica” já era conhecida em vários países, especialmente nos Estados Unidos. Entretanto, mesmo no caso americano existiam certas será possível... A Plataforma de incubação de empresas orientadas para o desenvolvimento local e setorial já apresenta um histórico respeitável no País. Mas o futuro promete ainda mais: • Incubadoras deste tipo serão extremamente relevantes para o futuro do desenvolvimento econômico e social de diversas regiões do País. • Incubadoras orientadas nesta direção poderão se consolidar como referências físicas para os APLs da sua região em função do papel estratégico que assumirão como pontos de acesso e disseminação de conhecimento e inovação. • Incubadoras neste segmento vão desenvolver e implantar novos modelos para ampliação radical do número de empresas atendidas; do papel destas empresas para o desenvolvimento local e setorial; e para a inovação tecnológica destes setores. • Empresas inovadoras criadas a partir deste tipo de plataforma serão decisivas para o desenvolvimento de soluções e tecnologias essenciais para a competitividade de APLs e cadeias produtivas estratégicas para o País. (continua...) “Minimização de gargalos no acesso a mercados; fortalecimento do empreendedorismo local; maior articulação política que gera maior visibilidade das MPEs; favorecimento do processo de inovação; criação de novas práticas para a interação entre diversos atores; e uma maior ancoragem local com a inserção das MPEs em arranjos locais.” Francilene Procópio Diretora Geral da Fundação Parque Tecnológico da Paraíba 24 está sendo possível... Foram necessários alguns anos. Mas valeu à pena, pois hoje está muito mais claro para a ANPROTEC, para os parceiros do movimento e, principalmente, para os líderes das incubadoras, que quando se fala em “empreendedorismo inovador” é preciso não esquecer da segunda parte do termo. Inovação é fundamental. Agregação de valor é fundamental. Inserção de conhecimento é fundamental. No entanto, tão “fundamental” quanto estes direcionamentos, é reconhecer que inovação não se faz apenas em setores de ponta. Pelo contrário, é possível gerar empreendimentos inovadores em setores menos “badalados” que podem ser tanto ou mais competitivos no âmbito local ou global. Além disso, é possível, e necessário, criar empreendimentos que agregam inovação a outros setores da economia, estes sim podendo apresentar uma predominância de empresas “tradicionais e convencionais”, nem por isso, desprovidas de competências para concorrer e vencer em mercados altamente competitivos. A Plataforma de Incubação de Empresas orientadas para o desenvolvimento local e setorial surge exatamente para preencher este espaço. Novamente neste caso, a Plataforma de Empreendedorismo Inovador deve se balizar pelos princípios direcionadores: resultados relevantes, atuação abrangente, postura cooperativa e modelo flexível. Não há dúvida de que o Brasil precisa muito deste tipo de incubadora e já existem muitos casos de sucesso que permitem validar e comprovar esta estratégia. Dentre estas experiências que já estão em operação ou em fase de implantação, destacam-se claramente algumas características principais: • Integração com Arranjos Produtivos - sintonia com Arranjos Produtivos Locais e Cadeias Produtivas visando criar e apoiar empresas inovadoras que: permitam preencher lacunas ou solucionar gargalos nas cadeias produtivas estratégicas; adensar e agregar valor aos APLs por meio da inserção de tecnologia e inovação; promover substituição competitiva de produtos, bens de capital, insumos e tecnologias estratégicos para a performance da cadeia. • Ponto de Referência – incubadoras deste tipo estão se consolidando com verdadeiros “hubs de acesso” de Informação, conhecimento e serviços para a região, contribuindo para a absor- O QUE É Incubadoras totalmente sintonizadas com os principais desafios e demandas dos APLs de sua região. Empreendimentos incubados interagindo com as cadeias produtivas estratégicas do país. Iniciativas de Empreendedorismo Social Inovador em áreas que promovam o desenvolvimento sustentável (social, econômico e ambiental). “Concebida por empreendedores que privilegiam o conhecimento como indutor para a criatividade e inovação, a Anprotec vem se consolidando como interlocutora imprescindível na gestão e concepção das políticas públicas para a implantação de incubadoras, parques, pólos e tecnólopes e associados.” José Rincon Ferreira - Coordenador Nacional dos Telecentros/Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Desenvolvimento Local e Setorial distorções que passaram a gerar diversas polêmicas junto aos ambientes governamentais, acadêmicos e empresariais brasileiros. Se por um lado existia a convicção de que o Brasil não podia querer apenas gerar novas empresas nos setores chamados “de ponta”, também havia um consenso de que não era possível incluir no contexto do movimento projetos de incubadoras focadas em apoiar empresas totalmente convencional, sem qualquer diferencial de inovação ou agregação de tecnologia. A ANPROTEC não fugiu desta discussão e, juntamente com seus associados, especialmente aqueles que lideram projetos nesta ção e desenvolvimento de novas tecnologias e a introdução de inovações em produtos e serviços de empresas já estabelecidas. • Criação de Novas Cadeias Produtivas – este tipo de plataforma tem contribuído também para a nucleação e fortalecimento de novas cadeias e arranjos produtivos em setores não necessariamente de base tecnológica mas suficientemente inovadores para poderem oferecer produtos e serviços a setores já estabelecidos dentro de bases competitivas de qualidade, tecnologia e preço. • Programas de Desenvolvimento Comunitário, Local e Regional – um dos desafios que as incubadoras deste tipo vêm enfrentando e solucionando é o de criar novas estratégias de desenvolvimento baseadas no empreendedorismo O QUE NÃO É Incubadoras que “não fazem a diferença” para suas cidades ou regiões. Empreendimentos sem qualquer diferencial tecnológico ou característica inovadora utilizando a incubadora como estratégia de redução de custo. Programas assistencialistas de inclusão social que não se preocupam com a sustentabilidade e o caráter inovador do empreendimento. área, promoveu treinamentos, atraiu especialistas estimulou debates e propôs encaminhamentos no sentido de aprofundar a reflexão e o posicionamento acerca do tema. O resultado deste processo foi extremamente gratificante e decisivo para o futuro do movimento e para a ANPROTEC. Se por um lado não faz sentido limitar os mecanismos de promoção de empreendedorismo inovador ao segmento de alta tecnologia, especialmente num país em desenvolvimento como o Brasil, por outro, não faz sentido criar incubadoras preocupadas apenas em prestar suporte a empreendimentos que não “fazem a diferença” em termos de inovação e agregação de valor. inovador para comunidades de grandes cidades, para cidades de médio e pequeno porte ou mesmo para regiões formadas por cidades com vínculos econômicos, culturais ou sociais. • Ampliação dos Limites de Atendimento e Suporte – As incubadoras orientadas para o desenvolvimento regional e setorial têm atuado cada vez mais no sentido de incubar empresas na modalidade não residente (associada) e de atender empreendedores e empresas da região interessadas em acessar informação, conhecimentos e tecnologias. Neste momento em que são grandes as perspectivas de crescimento do país, nunca foi tão evidente a oportunidade e a necessidade de se criar e desenvolver empreendimentos inovadores capazes de atuar de forma sinérgica com empresas de setores estratégicos para a economia do país. Estes setores vislumbram grandes oportunidades de crescimento e, ao mesmo tempo, estão sendo ameaçados por empresas de outros países que se diferenciam pelo custo ou pela inovação. Reduzir custos e aperfeiçoar qualidade é uma responsabilidade indelegável destes setores mas agregar inovação é algo que pode ser feito por meio de empreendimentos inovadores gerados em incubadoras e que mantém vínculos com universidades, centros de pesquisa e de informação. O espaço de atuação é imenso, seja no campo industrial (metal mecânico, têxtil/confecções, moveleiro, etanol, etc), como no setor de serviços (logística, transportes, segurança, etc) e no de agronegócios (agricultura, avicultura, suinocultura, pecuária, alimentos orgânicos, etc) será possível... (...continuação) • Incubadoras desta natureza se consolidarão em plataformas para atividades de animação e mobilização das cadeias por meio de realização de feiras, palestras, encontros, etc. • Os serviços de suporte deste tipo de incubadora serão estendidos às empresas da região, especialmente aqueles relacionados a acesso ao capital, tecnologia/informação e capacitação. • Programas de apoio ao desenvolvimento de empreendimentos inovadores na área social e ambiental estabelecerão uma nova forma de promover a inclusão econômica e social. • Incubadoras orientadas para o desenvolvimento de empresas focadas nos desafios da região e dos setores empresariais prioritários .locais/nacionais se consolidarão como âncoras do processo de difusão de tecnologia e inovação. “O empreendedorismo popular ganha uma nova dimensão a cada dia e ocupa espaço nas políticas publicas visando não só o bem estar do indivíduo, principalmente, a construção de um modelo de desenvolvimento capaz de modificar o crítico retrato de diferenças sociais hoje tão presente e que só tem se revelado em fator de violência e atraso ao País.” Gonçalo Guimarães Coordenador da ITCP “O movimento de fomento a empreendimentos inovadores, que comemora 20 anos, cumpre um papel importante na constituição de um novo contingente de empreendedores mais focados com a Sociedade do Conhecimento e na agregação de valor a produtos e serviços, onde a Anprotec, ao aglutinar todas estas experiências contribui para a construção de um novo modelo de desenvolvimento sustentável.” Paulo Alvim - Gerente do Sebrae Nacional 25 Incubação de empresas geração e uso intenso foi possível... O fenômeno de crescimento das incubadoras no país começou com as então chamadas “incubadoras de base tecnológica”, que começaram a surgir na metade da década de 80 e estabeleceram os primeiros casos reais de empreendedorismo inovador no Brasil. Naquela época era difícil prever se o país tinha “capacidade e potencial para abrigar 5, 10 ou 100 incubadoras”. Como sempre, o tempo ficou responsável em responder esta questão e hoje são quase 200 as incubadoras que autodenominam de “incubadoras tecnológicas”. Várias são as razões para o surgimento relativamente precoce deste tipo de incuba- será possível... As Plataformas de Incubação de Empresas orientadas para a geração e o uso intenso de tecnologias podem, e devem, contribuir decisivamente para a inserção definitiva do Brasil na chamada economia do conhecimento. Para isso, é preciso que: • As incubadoras se consolidarem como verdadeiras “fábricas de empresas vencedoras”, catalisando e orientando o desenvolvimento de negócios altamente inovadores a partir de centros de conhecimento de alta qualidade. • As incubadoras serão percebidas como legítimos “faróis de inovação”, gerando empresas de alto valor agregado tecnológico e atuando como ponto de referência para futuros empreendedores. • Este novo conceito de incubadora deverá atrair investidores, especialistas e parceiros interessados em contribuir com o desenvolvimento das empresas. (continua...) “O papel da inovação gerada nos parques e incubadoras é a ousadia. Em Santa Catarina, ousamos no passado com um dos primeiros Parques Tecnológicos do Brasil e, atualmente, com sapiens parque , o pólo de exportação de Games e a presença de pontos avançados de nossas incubadoras na Europa”. Luiz Henrique da Silveira Governador de Santa Catarina está sendo possível... Nos últimos anos a ANPROTEC vem se mobilizando para tornar mais claro o papel e o futuro das então “incubadoras tecnológicas”. O resultado desta reflexão, como ilustrado no novo modelo de atuação do movimento, é o posicionamento deste tipo de incubadora como Plataforma para Incubação de empresas orientadas para geração e uso intenso de tecnologia. Da mesma forma, como ocorre nos outros casos mencionados, este reposicionamento como Plataforma de Promoção de Empreendedorismo Inovador leva consigo a responsabilidade e a oportunidade de ampliar e aprofundar a forma de atuação deste tipo de incubadora. Deixa-se de atuar simplesmente como ambiente para incubar empresas de tecnologia e passa-se a confrontar com novos desafios e formas de atuação que já estão sendo experimentadas mais intensamente em países desenvolvidos ou emergentes e, pontualmente, por algumas incubadoras brasileiras. Este novo posicionamento implica em: • Criar empresas com foco no mercado global – o que exige uma nova competência por parte da incubadora em avaliar tanto o grau de inovação do produto/serviço proposto pela empresa como a realidade e características do mercado a ser explorado. • Focar em empresas de alto valor agregado e potencial de crescimento – este tipo de incubadora deve se concentrar em prospectar, estimular e desenvolver empresas nascentes que se diferenciem por criar soluções inovadoras com alto valor agregado (intenso em conhecimento) e grande potencial de crescimento. Somente desta forma é possível retroalimentar o sistema de pesquisa e desenvolvimento, viabilizando um círculo virtuoso. • Atuar com mecanismo avançado de transferência de tecnologia – o novo posicionamento como plataforma de promoção de empreendedorismo oferece a condição de a incubadora exercer funções naturais de suporte ao empreendimento no sentido de facilitar o relacionamento com os centros produtores de conhecimento, em especial as universidades, experimentando e consolidando mecanismos eficazes de transferência de tecnologia. • Fortalecer a fase de pré-incubação – o sucesso futuro dos empreendimentos inovadores de uma incubadora desta natureza depende diretamente do processo de gênese da O QUE É Incubadoras com uma intensa e sólida relação com núcleos de geração de conhecimento em universidades e centros de pesquisa. Portfólio de serviços de suporte às empresas totalmente planejado para promover um processo de incubação de alto crescimento. Incubadora conectada com rede de investidores, angels, especialistas em mercado e outros parceiros estratégicos. “São 20 anos de incubadoras no Brasil e são 20 anos de ANPROTEC – Fortalecendo este movimento e apoiando as empresas inovadoras que geram riqueza e ajudam o desenvolvimento do País.” 26 Christiano Becker - Diretor da Anprotec orientadas para a de tecnologia dora no Brasil: • Demanda reprimida de empreendimentos inovadores que começaram a surgir a partir de universidades e centros de pesquisa em todo o país. • Ausência de cultura e de mecanismos de interação universidade-empresa, abrindo espaço para novos modelos como incubadoras. • Referências mundiais na área de incubadoras inspirando e apoiando o desenvolvimento de projetos nacionais. O fato é que o fenômeno proliferou e estabeleceu as bases conceituais, técnicas e institucionais do próprio movimento de incubadoras e parques no país. Foram os primeiros su- cessos, e também fracassos, deste tipo de incubadora que contribuíram para construir a visão e identidade da ANPROTEC nos primeiros anos. Ao longo destes 20 anos a ANPROTEC e o movimento aprenderam muito sobre o desafio de incubar empresas de base tecnológica. Muitas universidades e centros de pesquisa se conscientizaram sobre a importância das incubadoras como instrumentos de transferência de tecnologia e promoção da inovação. A sociedade como um todo pode perceber os resultados deste tipo de incubadora na forma de empresas altamente inovadoras e diferenciadas, atuando em mercados bastante complexos e competitivos. será possível... (...continuação) • As incubadoras estarão capacitadas idéia, da tecnologia e do projeto do empreendimento, que ocorre ainda no âmbito dos laboratórios de pesquisa e desenvolvimento. Desta forma, é fundamental que haja uma atuação sistêmica e integrada da incubadora ainda na fase de pré-incubação, prestando o suporte estratégico e técnico ao futuro empreendimento. • Funcionar com “Experimento” de políticas e estratégias de desenvolvimento científico e tecnológico – como já ocorre em diversos casos no Brasil e no mundo, a incubadora pode se transformar num ambiente de “laboratório” para implementação de estratégias de inovação por meio do investimento em áreas de conhecimento prioritárias. Este potencial é facilmente observado em incubadoras que se concentram em setores O QUE NÃO É Incubadoras que abrigam empresas sem um diferencial tecnológico relevante. Empresas com projetos “curiosos”, fortemente influenciados por convicções personalistas e desprovidas de qualquer consistência mercadológica ou empresarial. Incubadoras isoladas do ambiente, sem conexões e relacionamentos tanto no ambiente acadêmico como empresarial. como software, biotecnologia, entre outros, em que é possível avaliar claramente a dinâmica do fluxo de inovação envolvendo núcleos de pesquisa de universidades, empreendimentos nascentes e o próprio mercado. • Atuar como “acelerador” do processo de desenvolvimento da Empresa – este novo conceito de incubadora exige que os associados da ANPROTEC revisem e reavaliem seus processos de incubação, buscando elevar a performance em indicadores como tempo de incubação, taxa de crescimento das empresas, rentabilidade e valor potencial do empreendimento para fins de negociação. • Intensificar a relação com Angels, investidores e mercado de capital – como plataforma de promoção de empreendimentos de alto crescimento e valor agregado, este tipo de incubadora deve ampliar a rede de acesso a capital, visando disponibilizar novas alternativas de investimento e financiamento aos empreendedores. A atuação da incubadora dentro deste novo posicionamento está fazendo com que muitos dos associados da ANPROTEC adotem modelos inovadores na relação com as universidades, com o setor privado e com as próprias entidades gestoras. O novo conceito de plataforma acaba levando a incubadora a ampliar os seus limites de atuação em direção das universidades e do mercado. O escopo de atuação torna-se mais complexo mas, por outro lado, o serviço de suporte faz a diferença para uma empresa que tem efetivo potencial de se transformar num grande sucesso. para orientar as empresas no seu processo de alto crescimento, ajudando a alavancar conhecimento, negócios, financiamento e investimento. • A taxa de crescimento média das empresas geradas neste tipo de incubadora será muito superior à taxa de crescimento do país. • As empresas inovadoras desenvolvidas neste tipo de plataforma serão orientadas para o mercado global, estando preparadas para competir no exterior ou no país com os concorrentes internacionais mais bem preparados. • As universidades e centros de pesquisa associados a estas incubadoras apresentarão os maiores índices nacionais de registro de patente, transferência de tecnologia e préincubação de empresas. “Como crescer sem nascer? O movimento gera os novos empreendimentos que precisamos.” A ANPROTEC prestou um inestimável serviço de divulgação dessa nova indústria do capital empreendedor no País e de apoio ao preparo dos empreendimentos e dos empreendedores para viabilizar negócios vencedores. Clóvis Meurer - Diretor-superintendente da CRP Companhia de Participações José Alberto Aranha 27 Parques foi possível... A primeira ação formal do país na área do empreendedorismo inovador foi o lançamento do Programa de Parque Tecnológicos, criado pelo CNPq em 1984. Esta experiência pioneira se destaca pela simultaneidade com outros programas que começavam a ser implantados em países com mais tradição que o Brasil na área de empreendedorismo e inovação. Apesar disso, os projetos de Parques Tecnológicos não avançaram como se esperava, acabando por se transformar nas primeiras incubadoras brasileiras. Esta mudança é perfeitamente compreensível quando se analisa o fato histórico depois de tantos anos, já que o país não apresentava uma massa crítica de empresas inovadoras demandando uma solução como um Parque Tecnológico nem contava na época com mecanismos eficazes para suporte e apoio a empresas nascentes. Assim, o tema dos Parques ficou adormecido por quase uma década. Foi na primeira metade da década de 90 que surgiram fisicamente os primeiros Parques Tecnológicos no será possível... As oportunidades e os desafios relacionados ao processo de desenvolvimento e implementação dos Parques Tecnológicos no País exigirá soluções e estratégias ousadas e fortes, tais como: • Estruturação de uma Política Nacional de Apoio a Parques Tecnológicos, integrando as esferas do Governo Federal (diversos Ministérios), Estadual e Municipal; • Consolidação desta Política na forma de marcos regulatórios e Programas de Apoio com recursos relevantes, estáveis e assegurados; • A Política deve se desdobrar na forma de um Sistema Nacional de Parques Tecnológicos, conectado e integrado com os Sistemas Estaduais; (continua...) ““Parques tecnológicos são ambientes de inovação fundamentais para o desenvolvimento de pólos tecnológicos e de desenvolvimento regional,integrando universidades, empresas âncora e empreendimentos nascentes”. Carlos Alberto Schneider Superintendente geral da Fundação Certi 28 está sendo possível... O desafio do momento é fazer com que os Parques Tecnológicos se consolidem efetivamente como Plataformas estruturantes de promoção de empreendimentos inovadores. O papel e o espaço para estes projetos são evidentes, já que se trata de “complexos de desenvolvimento econômico e tecnológico que visam fomentar economias baseadas no conhecimento por meio da integração da pesquisa científica-tecnológica, negócios/empresas e organizações governamentais em um local físico, e do suporte às inter-relações entre estes grupos. Além de prover espaço para negócios baseados em conhecimento, PCTs podem abrigar centros para pesquisa científica, desenvolvimento tecnológico, inovação e incubação, treinamento, prospecção, como também infra-estrutura para feiras, exposições e desenvolvimento mercadológico. Eles são formalmente ligados (e usualmente fisicamente próximos) a centros de excelência tecnológica, universidades e/ou centros de pesquisa.” (UNESCO e IASP). Os projetos de Parques Tecnológicos em desenvolvimento no país atualmente estão sintonizados com esta definição e buscam, essencialmente: • Promover a interação universidade empresa por meio de atividades cooperativas de pes- quisa e desenvolvimento; • Apoiar o crescimento de novos negócios e agregar valor a empresas maduras que buscam um ambiente mais adequado para se estabelecer definitivamente; • Promover o desenvolvimento econômico e a competitividade de regiões e cidades; • Facilitar a criação e o crescimento de empresas baseadas na inovação; O QUE É Projetos complexos e diversificados que envolvem aspectos imobiliários e elementos relacionados ao processo de inovação tecnológica. Ambientes para promoção e apoio ao empreendedorismo inovador, integrando universidades, empresas, incubadoras e centros de pesquisa. Empresas efetivamente orientadas para inovação e interessadas em desfrutar de um ambiente dinâmico “O papel das incubadoras de empresas e parques tecnológicos foi e continua sendo essencial para a inovação e o desenvolvimento sócioeconômico nacional. Estes ‘berços’ proporcionam as condições ideais para a construção de negócios sustentáveis, partindo de sua concepção à consolidação mercadológica.” Mauricio Schneck - Diretor de Inovação e Competitividade Empresarial do Porto Digitatl e Coordenador da Rede Pernambucana de Empreendimentos Inovadores Tecnológicos País, concentrando-se no atendimento a empresas egressas das incubadoras ou já existentes na região do entorno. Entretanto, foi somente no início do século 21 que o Brasil começou a experimentar uma onda de novos projetos de Parques Tecnológicos, surgindo, principalmente, devido a fatores como: • Demanda por parte das empresas geradas ou graduadas em incubadoras (cerca de 6000 no total) por manter-se instaladas em ambientes propícios ao empreendedorismo e inovação; • Capacidade instalada de pesquisa e desenvolvimento nas universidades brasileiras é bastante significativa e atua como elemento estimulador do processo de criação de empresas inovadoras; • Crescimento do interesse e investimentos internacionais no país, resultando na atração de empresas estrangeiras acostumadas em operar em Parques; • Experiência bem sucedida de países como Espanha, Finlândia, França, Estados Unidos, Co- réia, Taiwan, entre outros, que têm demonstrado o potencial efetivo dos Parques Tecnológicos em promover desenvolvimento econômico, inovação e empreendedorismo; • Necessidade do país definir estratégias e programas sistêmicos para promover o crescimento e fortalecimento de determinados setores da economia com potencial de atuação no mercado internacional; • Estados e Municípios anseiam por novas estratégias de promoção de desenvolvimento sustentado em setores com potencial de competitividade global. O resultado destes fatores foi um crescimento acentuado no número de projetos de Parques Tecnológicos, atingindo atualmente cerca de 55 empreendimentos em fase de operação, implantação ou planejamento. Foram mais de 20 anos desde o início desta jornada. Os poucos casos existentes já demonstram a validade e pertinência deste mecanismo para o desenvolvimento do país. A grande questão é definir como avançar de forma sustentável. • Fomentar o empreendedorismo e a incubação de start-ups; • Estimular e gerenciar o fluxo de conhecimento e tecnologia entre as universidades, instituições de P&D, empresas e mercado; • Prover um ambiente onde empresas baseadas em conhecimento podem desenvolver interações/sinergias com centros de conhecimento visando benefícios mútuos; • Construir espaços atraentes para “profissionais do conhecimento”; • Consolidar uma rede de projetos de referência em desenvolvimento sustentável econômico, social, ambiental e tecnológico; Em meio ao processo de cumprir com estes objetivos, o movimento de Parques Tecnológicos brasileiro se defronta com alguns temas desafiadores: • Articular e coordenar as diversas iniciativas de parques para evitar uma “Bolha de Crescimento”; • Mudar profundamente a cultura das universidades para aproveitar melhor os ativos de conhecimento já acumulado e investir cada vez mais no sentido do empreendedorismo e da inovação; • Sintonizar a Estratégia de Implantação dos PCTs com as prioridades nacionais e tendências internacionais; • Aportar recursos financeiross governamentais significativos para “fazer a diferença” no mercado global e definir regras claras, com segurança jurídica, para a atração intensiva de capital privado; • Definir uma Política Nacional de Apoio a PCTs estabelecendo claramente o papel dos vários atores (governo, universidades, setor privado). O QUE NÃO É Projetos focados exageradamente no aspecto imobiliário, aproximando-se de condomínios e distritos industriais. Espaços dotados de infra-estrutura para abrigar empresas de tecnologia sem disponibilizar sistemas e mecanismos de interação com universidades. Empresas interessadas unicamente em espaços urbanisticamente aprazíveis e de baixo custo. será possível... (...continuação) • É importante reconhecer que, tanto a Política como o Sistema exigem uma abordagem interministerial em função da transversalidade do tema, que envolve demandas e apoios de ministérios diversos como MCT, MDIC, MEC, MinCidades, etc; • Será necessário adotar critérios e estratégias claras para “fazer escolhas” sobre os investimentos a serem realizados, levando em consideração o potencial tecnológico e empresarial dos potenciais projetos de parques tecnológicos. • A viabilização dos Parques exige uma nova engenharia financeira e de investimentos que deve contemplar a participação das três esferas de governo e, principalmente, do setor privado. • É preciso ficar claro para os atores envolvidos que não se pode construir projetos vencedores mundialmente sem investimentos significativos em infraestrutura básica (urbanização) e infraestrutura tecnológica (laboratórios, equipamentos, etc). • O Brasil deve maximizar o potencial de integração internacional tanto no âmbito dos Parques Tecnológicos como das empresas instaladas. “Os Parques Científicos e Tecnológicos brasileiros tem potencial para se transformarem em ambientes de inovação e pesquisa de classe mundial em áreas de alta tecnologia, posicionando o País como protagonista no processo de atração de investimentos internacionais e propiciando a criação e desenvolvimento das empresas nacionais, gerando oportunidades para nossa gente e desenvolvimento econômico e social.” Jorge Audy Pró-reitor de Pesquisa e Pósgraduação da PUC-RS Ações na área do empreendedorismo valorizam os comportamentos proativos, com os habitats de suporte à inovação como as incubadoras e parques tecnológicos. Para a UTFPR, a ANPROTEC tem sido importante para qualificação dos nossos gestores e decisiva no movimento de empreendedorismo inovador. Eden Netto - Reitor da Universidade Tecnológica Federal do Paraná 29 Inovações decorrentes do Reposicionamento Estratégico • • • O Reposicionamento Estratégico significa, na prática, um grande e profundo processo de mudança no movimento de incubadoras e parques no sentido de buscar mais e melhores resultados, tornando os projetos mais relevantes e, consequentemente, permitindo atrair mais recursos e investimentos. Como foi evidenciado até aqui, as quatro esferas de atuação certamente envolvem níveis e categorias de atenção diferentes em função de suas peculiaridades. Entretanto, é possível identificar todo um conjunto de inovações relativamente comuns aos quatro segmentos, que deverão surgir e ser incorporadas ao movimento nos próximos anos, tornando-o mais eficiente e significativo. • Programas de Pré-incubação coletiva e em parceria, visando integrar incubadoras e parques num conceito de redes cooperativas em torno de centros de geração de conhecimentos. • Programas de pós-graduação mais orien- • • • • “Em seus 20 anos a ANPROTEC consolidase como catalisadora do movimento nacional pró-inovação e empreendedorismo. No momento de reflexão sobre o impacto dos diversos ‘brasis’ e suas realidades, nas ações e resultados das incubadoras, a nossa Associação começa a escrever uma nova história e deve oferecer serviços que permitam a estruturação dos novos CERNEs.” Emerson Corazza Coordenador da Rede Sul Mato-grossense de Incubadoras • • • tados para projetos com potencial de geração de empreendimentos. Prospecção e seleção de projetos de forma cooperativa/coletiva, utilizando recursos de parceiros. Integração do processo de seleção de empreendimentos com iniciativas de premiação e concursos de empreendedorismo. Integração das ações de seleção de empreendimentos para incubadoras e parques com Programas de Educação Empreendedora. Geração de editais para apoio a incubadoras e parques com focos temáticos muito específicos e direcionados para prioridades de políticas púbicas nacionais e regionais. Construção cooperativa de RoadMaps de Oportunidades/Prioridades Tecnológicas na lógica de Observatórios de Inovação, visando fornecer subsídios tanto para as incubadoras como para as empresas. Indução/orientação de projetos de incubadoras e parques no contexto de cadeias produtivas com grandes oportunidades. Programas de capacitação à distância, padronizados, customizados e de alto nível. Programas de capacitação desenvolvidos e disponibilizados por entidades parceiras. Portfólio de serviços de suporte vinculados a indicadores de desempenho da incubadora, do parque e da empresa. Sistemas regionais e/ou nacionais e/ou internacionais cooperativos de prestação de serviços em temas específicos como acesos a mercado e capital. • Disponibilização do portfólio de capacitação e serviços a empresas graduadas e potenciais empreendedores. • Indicadores absolutamente padronizados entre as incubadoras e parques para possibilitar comparação/benchmark. • Estabelecimento de sistemas de credenciamento e certificação de sistemas e procesos. • Sistema de Marketing/Comercialização de Inovações com definição clara do papel do empreendedor, da incubadora, do gestor da incubadora e do agente comercial. • Base de informações para inteligência em negócios confiável e abrangente. • Rede local de agentes comercial/negócios com relação baseada em performance. • Operações piloto com parceiros “incubadoras” em países com grande potencial de mercado. • Orientação dos processos de marketing com base em estudos prospectivos e de mercado de alto nível. • Criação de operações-programa junto a grandes agentes do sistema financeiro (BB, CAIXA, bancos privados, etc). • Desenvolvimento ou viabilização de soluções compartilhadas na área financeira tais como cooperativa de crédito, fundo de aval, fundo de investimento “operado” pelo Sistema de Incubação. • Operações-programa de financiamento para os compradores/clientes das empresas de parques e incubadoras. • Operação programa de financiamento do “ciclo” de desenvolvimento tecnológico, contemplando o ciclo de vida de produtos das empresas e evitando participação em editais desconectados. • Estruturação de um programa de MBA de alto nível para formação de uma massa crítica do movimento. • Análise e disponibilização de soluções de TI customizadas para a gestão dos processos críticos das incubadoras, parques e empresas inovadoras. “Os vinte anos de organização deste movimento no país provam sua eficácia através de resultados concretos, que são disponibilizados para a sociedade em geral. Eles também evidenciam a eficiência do trabalho da Anprotec, que canaliza todas as forças necessárias em prol da manutenção de um ambiente extremamente diferenciado para o surgimento e para o desenvolvimento de empreendimentos inovadores e competitivos.” 30 Rogério Abranches - Presidente da Rede Mineira de Inovação A Aventura dos Empreendedores Empresas de incubadoras e parques são Campeãs da Inovação foi possível... será possível... Para continuar sendo uma referência de inovação no mundo empresarial brasileiro, as empresas de incubadoras e parques tecnológicos precisam de mais suporte na forma de políticas públicas e estratégias consistentes de apoio, tais como: • Sistemáticas mais simples que facilitem a relação com universidades, assegurando um acesso rápido à base de conhecimentos científicos e tecnológicos; • Programas de financiamento e fomento à inovação com uma estrutura ampla e integrada, permitindo o apoio financeiro ao longo de todo o ciclo de desenvolvimento da empresa de forma contínua e confiável; • Estabilidade das políticas industriais e tecnológicas do País, assegurando às empresas a possibilidade de planejar minimamente o futuro com perspectiva de continuidade das políticas públicas; • Ampliação dos recursos de subvenção e fomento dedicados exclusivamente à empresas nascentes de universidades e apoiadas por incubadoras; • Intensificação do apoio e suporte às empresas nascentes por parte de órgãos de governo relacionados com o processo de qualificação e domínio tecnológico das inovações, tais como INMETRO e INPI; • Participação mais relevante das empresas de incubadoras e parques no processo de inovação tecnológica de setores prioritários para a economia do País. Uma idéia criativa e viável, quando alimentada por condições tecnológicas e suportada por investimento adequados, tem todo o potencial para se tornar um grande negócio Wolney Betiol Co-fundador e Presidente do Conselho de Administração da Bematech Fonte: Revista Lócus 48 – Abril/Maio de 2007 Inovação: dar efeito de novo, novidade. A tradução da palavra já diz o que uma incubadora deseja de uma empresa que quer entrar no mercado. A seleção é sempre criteriosa e busca produtos que transmitam originalidade. O comprometimento com a inovação auxilia e direciona o país ao crescimento. Sem tecnologia e inovação não há desenvolvimento. Para isso, muitas empresas investem na área de tecnologia, que é abundante em novas idéias. De acordo com a pesquisa PANORAMA 2006, realizada pela Anprotec, 41% das incubadoras existentes no Brasil atuam exclusivamente na área tecnológica. Isso inclui a nanotecnologia, biotecnologia, informática, eletrônica, robótica, mecânica, entre outras. O movimento de incubadoras de empresas e parques tecnológicos passou a ser denominado de empreendedorismo inovador por suas idéias originais. A maioria dos produtos desenvolvidos dentro deste ambiente é inédita ou possui algo diferente daqueles já comercializados no mercado. As empresas que investem na inovação, muitas vezes, são consideradas referências em suas áreas e se destacam no mercado. A raiz desta capacidade inovativa normalmente reside numa universidade ou centro de tecnologia com capacidade de pesquisa e desenvolvimento. Este tipo de ambiente cria as condições para que pessoas com perfil empreendedor atuando no contexto desta unidades de P&D identifiquem oportunidades para transformar uma idéia ou conhecimento num produto de sucesso no mercado. Esta é a história básica de muitas e muitas empresas que surgiram em incubadoras nos últimos 20 anos e hoje constituem grandes exemplos de sucesso no mercado. está sendo possível... Meantime Desenvolvimento e Exportação de Software S/A Vencedora do Prêmio Anprotec de Melhor Empresa Incubada de 2006, a Meantime Desenvolvimento e Exportação de Software é uma empresa residente no Centro de Estudos Avançados do Recife (CESAR). Seu foco principal é o segmento de jogos para celulares. A empresa começou em janeiro de 2001 e hoje exporta jogos para os Estados Unidos e alguns países da Europa, Ásia e América Latina. A Meantime combinou o acesso privilegiado à tecnologia de desenvolvimento de jogos para celulares com parcerias estratégicas. Ela foi uma das pioneiras na utilização do Java Micro Edition (JME) no mundo, no qual recebeu para testes um dos primeiros protótipos de celulares da Motorola. O reconhecimento veio ao longo dos anos. Um deles com o Ásia Java Móbile Chellenge, promovido pela Singapure Telecommunications, em 2002. Na ocasião dois jogos – Sea Hunter e Gold Hunter - concorreram com mais de mil aplicativos de 23 países diferentes. O Sea Hunter foi o único ganhador do continente americano, deixando a Meantime no topo do ranking de qualidade internacional. Trilha Desenvolvimento de Projetos Ganhadora do Prêmio Anprotec de Melhor Empresa Graduada em 2005, a Trilha Desenvolvimento de Projetos tem como principal missão transferir tecnologia e conhecimento inovador para empresas industriais e de serviços, ampliando o conteúdo e a utilidade de pesquisas realizadas em universidades e centros tecnológicos, com o objetivo de melhorar a competitividade das empresas e assim contribuir para a geração de riqueza e de novos empregos na sociedade. Graduada pela Incubadora do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), a empresa existe desde 1985. Atua na área de desenvolvimento de simuladores de apoio e planejamento de processos fabris e para capacitação de recursos humanos. Em sua trajetória, empresas como Honda, Siemens, Nokia, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), Sony, XEROX e Philips fizeram parte de sua carteira de clientes. Nas edições de 2004, 2005 e 2006 do Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica, havia 5 empresas de incubadoras dentre as 15 finalistas nacionais nas categorias “Produto”, Processo” e “Pequena Empresa” . Ou seja, 33% dos Premiados em Inovação pela FINEP nasceram em incubadoras. No Brasil, existe um movimento importante de empreendedorismo, percebido por meio das incubadoras – que são uma forma de criar modelos de negócios e produtos adequados à realidade. 32 Wolney Betiol - Co-fundador e Presidente do Conselho de Administração da Bematech Fonte: Revista Lócus 48 – Abril/Maio de 2007 Referência de Relação Universidade Empresa e Formação de Talentos foi possível... A grande maioria das incubadoras de empresas no Brasil está associada à ambientes universitários. De acordo com a pesquisa PANORAMA 2006, 73% delas são ligadas formalmente a alguma universidade. A relação entre as universidades e as incubadoras remonta às origem do movimento, 20 anos atrás. As incubadoras, com suas empresas e produtos de sucesso, dão visibilidade à universidade, e esta, por sua vez, disponibiliza infra-estrutura, espaço, informações e, principalmente, acesso a resultados de projetos de pesquisa e desenvolvimento. Mas o elemento mais importante nesta relação é a formação de recursos humanos qualificados: talentos. Ao longo destes 20 anos, o movimento de incubadoras e parques gerou empresas inovadoras de suces- so que evidenciam o que há de melhor no processo de relação entre as universidades e a sociedade. O símbolo deste novo paradigma é o empreendedor inovador, um novo tipo de empreendedor que mantém os “cacoetes saudáveis” da academia e cultiva “novos hábitos” típicos do mundo empresarial. Tratase de uma nova geração de empresários, que transita com desenvoltura nos laboratórios de universidades e negocia habilmente com investidores e banqueiros, que discute propriedade intelectual com os pesquisadores e desenvolve novas estratégias de exportação com parceiros internacionais. Um empreendedor com DNA 50% de origem na universidade e 50% com um pé no mundo dos negócios”. Símbolo perfeito da “ponte” universidade-empresa. está sendo possível... Reivax Indústria e Comércio de Instrumentação Eletrônica e Controle Ltda. Vencedora do Prêmio Anprotec de Melhor Empresa Graduada de 2006, a Reivax Indústria e Comércio de Instrumentação Eletrônica e Controle é uma empresa que recebeu o apoio do Centro Empresarial para Laboração de Tecnologias Avançadas (CELTA), incubadora da Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (CERTI), de Florianópolis (SC). Especialista na área de controle de processos industriais, a Reivax possui um projeto de fabricação de equipamentos de controle e supervisão de sistemas de geração e transmissão de energia elétrica, especialmente reguladores de velocidade de turbinas e de tensão de geradores. A empresa conseguiu o sucesso graças à incubação e ao contato com os laboratórios da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Este contato propiciou diferenciais tecnológicos, que trouxeram vantagens competitivas que levaram a empresa a exportar para dezenas de países do mundo. Polymar – Polímeros Marinhos Vencedora do Prêmio Anprotec Melhor Empresa Graduada de 2003, a Polymar foi incubada no Parque de Desenvolvimento Tecnológico da Universidade Federal do Ceará (PADETEC). A empresa desenvolve produtos que auxiliam em programas de emagrecimento e de redução do colesterol a partir de carapaças de crustáceos. Também por meio de reaproveitamento de resíduos, passou a produzir cosméticos e produtos hospitalares. Os carros-chefe da empresa são o Fybersan e o Fybersense. A trajetória da empresa começou em 1997 e em 2000 ela se graduou. O crescimento e o ganho de mercado foram resultados graduais. Hoje, a Polymar possui 18 funcionários e gera mais de 400 empregos indiretos no nordeste brasileiro. Seus produtos estão nas principais lojas de departamentos do país e são comercializados na Romênia, Espanha, Portugal, França, México, entre outros. 16 das 20 melhores universidades públicas do Brasil contam com incubadoras de empresas será possível... A relação universidade-empresa e a formação de talentos devem estar no topo da agenda do movimento de incubadoras para os próximos anos. Para avançar na direção de empresas mais inovadoras e competitivas, é fundamental: • Implementar os Núcleos de Inovação Tecnológica de forma rápida, eficiente e profissional a fim de acelerar o processo de transferência de tecnologia e estimular a relação com as empresas, especialmente as nascentes dentro das próprias universidades; • Elevar radicalmente a quantidade de profissionais formados em áreas tecnológicas a fim de assegurar o atendimento da demanda inevitável que deve surgir com o crescimento do setor de empresas de tecnologia no país; • Ampliar o escopo de relacionamento das incubadoras com as universidades, explorando novos segmentos acadêmicos nas áreas de educação, ciências sociais e econômicas e outras, visando estimular o empreendedorismo inovador além da fronteira tecnológica; • Explorar melhor o “efeito demonstrativo” do empreendedor inovador no contexto das universidades, incentivando a sua relação com pesquisadores e utilizandoo como elemento de inspiração para futuros empreendedores. Nesses 20 anos a Anprotec fez história por meio das incubadoras que ajudaram a criar novas empresas. Para os proximos 20 anos, continuaremos essa revolução no desenvolvimento do Páis ampliando a ação das incubadoras e consolidando os parques tecnológicos. Paulo Gonzalez Diretor da Anprotec “As Incubadoras de empresas, sob a tutela da Anprotec, são importantes ferramentas na formação de empreendimentos inovadores e integrados com o modelo globalizado de geração de negócios.” Sérgio Risola - Gerente do CIETEC e Coordenador da Raitec 33 Geração de emprego e Resultado Econômico foi possível... será possível... A relevância econômica e social das empresas inovadoras geradas nas incubadoras e parques é um fator chave para o reconhecimento do movimento como elemento-chave para o desenvolvimento do país. Desta forma, nos próximos anos, é fundamental concentrar esforços para: • Gerar empresas em setores com maiores perspectivas de crescimento por atuarem em segmentos sintonizados com oportunidades de mercados globais; • Promover uma cultura de valorização do compromisso da empresa com o crescimento sustentado e prolongado, gerando benefícios para os empreendedores e para a sociedade; • Conectar empresas de incubadoras e parques com cadeias produtivas estratégicas já estruturadas e demandantes de inovação tecnológica; • Vincular o desempenho econômico e social das empresas ao aporte de investimentos e apoio institucional à incubadora. “Os empregos informais tendem a acabar e a grande produção de novos empregos vai estar ligada à inovação. Chegará um momento em que a empresa inovadora será fator fundamental para o mercado de trabalho.” Alexandre Aguiar Cardoso Presidente do Consecti O resultado econômico de uma empresa é um dos primeiros itens a serem observados por especialistas de mercado e analistas de desenvolvimento. Nas incubadoras não é diferente. Ao longo dos 20 anos da ANPROTEC, o foco no crescimento das receitas sempre foi um tema constante nos debates, programas de capacitação e projetos de desenvolvimento de suporte às empresas. Os números de receita gerada pelo movimento ainda são tímidos se consi- derados com outros setores tradicionais da economia, mas ganham um significado diferente quando se leva em conta o pouco tempo de existência das empresas. Da mesma forma, a geração de emprego é um outro indicador importante para o movimento e representa hoje um volume de mais de 30 mil postos de trabalho. Trata-se de um universo de profissionais altamente qualificados que amplia em quantidade ano após ano. está sendo possível... Bematech A Bematech é hoje, sem sombra de dúvidas, um dos principais modelos de empreendimentos de sucesso gerados no movimento de incubadoras e parques. Nascida em 1990, na Incubadora Tecnológica de Curitiba (Intec), a empresa sempre buscou antecipar-se às tendências de mercado, tornando-se a primeira empresa brasileira a fabricar miniimpressoras em larga escala e fornecer blocos impressores integrados para Terminais de Auto-Atendimento. Colecionadora dos principais prêmios da empreendedorismo e inovação no Pais, inclusive a Medalha do Conhecimento, concedido pela CNI, Prêmio Finep e Prêmio Anprotec, a Bematech conta hoje com subsidiárias nos Estados Unidos e Taiwan, escritório comercial na Inglaterra e oito filiais pelo Brasil. Nuteral Empresa especializada em produtos nutricionais, chamados de medical foods, foi criada em 1994, incubada no Parque de Desenvolvimento Tecnológico da Universidade do Ceará (PADETEC). O primeiro produto lançado pela empresa não vendeu nenhuma unidade, no entanto, isso não foi motivo de desistência. Hoje, a Nuteral está consolidada, possui sete patentes ativas, seis em fase de registro e lançou uma linha de 46 produtos diferenciados, todos voltados para nutrição clínica, suplementos nutricionais e ingredientes para indústrias de alimentos. A empresa venceu o Prêmio Finep de Inovação Tecnológica de 2006, na categoria Pequena Empresa, e coleciona bons números. Tem capacidade de produzir 120 mil quilos de produtos por ano e no ano passado faturou R$ 9,2 milhões, investindo 26,4% deste montante em pesquisa e desenvolvimento. • Cerca de 31 mil postos de trabalho direto • Faturamento estimado das empresas GRADUADAS de incubadoras: R$ 1,6 bilhões • Faturamento estimado das empresas INCUBADAS: R$ 400 milhões Devemos às incubadoras um sem-número de inovações importantes em nossa economia e muitos postos de trabalho de boa qualidade. 34 André Urani - Diretor-executivo do Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade Novas Oportunidades: Capital de Risco e Exportação foi possível... O capital empreendedor, ou capital de risco, ou ainda venture capital, apesar de recente no País, tem crescido exponencialmente desde 2001, quando a FINEP e o SEBRAE passaram a apoiar esta área. Para se ter uma idéia, em 1999 esse tipo de investimento já ultrapassava a soma de US$ 3,7 bilhões no Brasil. Um ano depois, batiam a cifra de US$ 4,95 bilhões. Segundo o primeiro mapeamento da indústria do capital empreendedor no Brasil, em 2004 o País já contava com 71 organizações gestoras de 97 fundos, que, juntos, somavam US$ 5,8 bilhões. Com o resultado desses investimentos, foram apoiadas 306 empresas de diversas áreas de atuação, sendo que muitas das empresas geradas nas incubadoras brasileiras também foram beneficiadas. A ANPROTEC realizou em 1996 um primeiro Workshop sobre Capital de Risco envolvendo lideranças do mercado financeiro e do movimento visando promover uma interação entre as partes e um processo de capacitação das equipes das incubadoras. Em 1997 foi realizado o primeiro Curso de Forma- ção de Gerentes de Incubadoras em Capital de Risco. Desde então, o tema tem sido alvo de seminários, workshops e projetos de cooperação com parceiros e atores do mercado financeiro. Outro tema que também ganhou grande importância nestes anos foi o das exportações. O Brasil tem experimentado saltos positivos crescentes na balança de exportações, aproveitando as oportunidades do comércio internacional e se inserindo definitivamente no mercado globalizado. O universo das empresas de parques e incubadoras também tem se beneficiado fortemente desta tendência. A pesquisa PANORAMA 2006, realizada pela Anprotec, revela que entre aquelas que optam pela exportação, 60% atingem um patamar de exportação na ordem de U$ 100 mil ao ano; 20% se concentram na faixa de U$ 100 mil a U$ 200 mil, e outros 20% exportam acima de U$ 200 mil em produtos ou serviços. Entre as graduadas, cerca de 30% exportam mais de U$ 200 mil. São números ainda modestos, mas todos os sinais indicam uma tendência de crescimento. está sendo possível... FK Biotecnologia A FK Biotecnologia foi residente na Incubadora Tecnológica da Fundação de Ciência e Tecnologia (Cientec), em Porto Alegre (RS). Atua na produção de kits de imuno-ensaios e tem como principal produto a vacina para câncer de próstata. A empresa foi ousada, e com apenas três meses de constituição, em 1999, recebeu um aporte de capital de R$ 625 mil. Logo depois, em 2000, a primeira rodada de investimentos com um Fundo de capital de risco, o RS-TEC, foi concluída. Os recursos ajudaram na evolução das pesquisas. Na época, a FK era uma escritório com o proprietário e um computador. O objetivo do empreendedor era atingir 25% do mercado brasileiro de imuno-ensaios, o que representaria um faturamento de R$ 200 milhões ao ano. A empresa foi destaque da revista Nature Biotechonology como exemplo de casos de sucesso na área de biotecnologia em países emergentes. Chamma da Amazônia A empresa Chamma da Amazônia existe há dez anos e foi incubada na Universidade Federal do Pará (UFPA). Graduada desde 2002, é um exemplo de empresa que deu certo, principalmente com a exportação de produtos ecologicamente sustentáveis. Ela produz cosméticos e perfumaria - cremes, loções, perfumes, óleos aromáticos, hidratantes, entre outros. Todos ecologicamente corretos, com qualidade e credibilidade, proporcionando aos seus clientes bem estar, satisfação e beleza. No Brasil, trabalha com sistema de franquias e possui unidades nas principais capitais brasileiras. Hoje são mais de 80 produtos comercializados em todo o mundo, principalmente Portugal, Itália e Estados Unidos, com processos avançando na Austrália, China, Japão, Alemanha, França, Dinamarca e Inglaterra. A Chamma gera 35 empregos diretos, cerca de 130 indiretos e três empregos diretos por cada ponto de venda aberto. Há uma geração de renda permanente para a comunidade extrativistada Amazônia, na qual estão envolvidos, pelo menos, cem trabalhadores. será possível... O movimento de incubadoras e parques precisa ampliar ainda mais a sua capacidade para explorar as oportunidades na área de exportação e capital de risco. Estratégias e programas estão sendo articulados pela ANPROTEC e devem ser intensificados nos próximos anos, tais como: • Desenvolvimento de programas em parceira com entidades focadas no comércio internacional, como APEX, visando facilitar o acesso dos empreendimentos inovadores a novos mercados, no exterior. • Fortalecimento de alianças internacionais da ANPROTEC com associações congêneres de outros continentes, visando potencializar a rede de cooperação entre incubadoras, parques e empresas destes países. • Implementação de projetos de capacitação e orientação das empresas de incubadoras e parques para melhor exploração das oportunidades de negócios no mercado externo. • Formação de uma rede de profissionais especializados na área de exportação, visando apoiar de forma mais organizada as empresas inovadoras. • Formalização de parcerias e cooperação entre as incubadoras e parques associados à ANPROTEC e agentes na área de capital de risco de forma a sistematizar a relação com os fundos, angels, bancos e outras modalidades de investidores. • Consolidar uma cultura e uma modelagem de negócios “ganha-ganha-ganha” na área de capital de risco, onde o investidor “ganha”, a empresa nascente “ganha” e a incubadora/parque também “ganha”, a fim de assegurar a criação de um ciclo virtuoso no sistema de criação e desenvolvimento de novas empresas. “As incubadoras de empresas devem atuar como promotoras do empreendedorismo gerador de tecnologias avançadas impactantes no processo de modernização industrial brasileira. Já os parques tecnológicos deverão ser locais apropriados para abrigar e fomentar as empresas inovadoras e competidores do mercado global.” Rodrigo Loures Presidente da FIEP Fonte: Revista Locus nº 44 – setembro de 2005 “O que a Anprotec tem feito para fortalecer as incubadoras e estimular o surgimento de novos empreendimentos é decisivo para o desenvolvimento econômico do Brasil.” Acari Amorim - Diretor da revista Empreendedor Fonte: Lócus nº 44 – setembro de 2005 35 Empresas que realmente acreditam em Desenvolvimento Sustentável foi possível... será possível... A crença legítima e verdadeira das empresas de incubadoras e parques de que a questão do desenvolvimento sustentável não é somente um elemento de pressão, mas também uma grande oportunidade de posicionamento estratégico, permite identificar vários desafios para o futuro do movimento nesta área: • Prospectar e avaliar o valor da “janela de oportunidade” representada pelos elementos que caracterizam o tema do desenvolvimento sustentável, especialmente no que se refere às áreas de energia e meio ambiente; • Criar instrumentos e práticas que permitam a troca de experiências entre as empresas no que se refere às práticas de sustentabilidade e responsabilidade social; • Estruturar programas e projetos que permitam o engajamento e participação de empresas de incubadoras e parques na solução dos grandes desafios na área de sustentabilidade; • Disseminar experiências positivas e promover a capacitação dos colaboradores das empresas, tornando a experiência das empresas inovadoras na área de desenvolvimento sustentável um exemplo a ser seguido por outros segmentos da sociedade. “Tecnologia é perecível e, em si, tem valor limitado. O modelo de negócio campeão eventualmente transformará a tecnologia em vantagem perene, que, por sua vez, resultará em barreiras de entrada e crescimento exponencial. A relação societária entre a empresa incubada e o venture capital há de ser complementar e ter sempre esse foco.” Marcos Regueira Presidente da ABVCAP Dia após dia o tema da sustentabilidade ambiental, social e econômica se consolida como grande prioridade neste início de século. Diversos grupos trabalham em prol da conscientização das pessoas, de modo a produzir menos lixo, reciclar mais, aproveitar melhor os recursos naturais disponíveis, poluir menos e preservar a biodiversidade. Ao mesmo tempo, entidades e organizações trabalham para promover projetos de redução de desigualdade, geração de emprego e renda, suporte à qualificação de pessoal e promoção da inclusão social. Neste quesito, as empresas incubadas inovam e se destacam pela criatividade e tecnologia. São empresas que já nascem com o “DNA da sustentabilidade”, refletindo esta consciência no portfólio de produtos, na prática gerencial e no comportamento dos empreendedores. Em vários locais do país existem empresas que buscam alternativas inteligentes para solucionar os diversos problemas ligados à relação entre o ser humano e o meio ambiente. Diversos produtos passam a ser comercializados no mercado por causa da funcionalidade, economia e sustentabilidade. A inovação de materiais e produtos é peça-chave neste caminho trilhado por estas empresas. Concomitantemente à atenção dedicada à inovação, ao lucro e faturamento, muitas empresas incubadas primam pela promoção do bem estar das comunidades em que vivem. A idéia de responsabilidade social aplicada aos negócios é recente no mundo todo, mas já foi incorporada pelas empresas de incubadoras e parques. Com o surgimento de novas demandas e maior pressão por transparência nos negócios, empresas se vêem forçadas a adotar uma postura mais responsável em suas ações. Traduzindo, responsabilidade social é um princípio que orienta as atividades da empresa, tornando-a co-responsável pelo desenvolvimento da sociedade. Quando realmente aplicada, esta filosofia passa a permear a pesquisa científica, a atividade comercial, a produção e a gestão como um todo, consolidando-se como algo muito maior do que a simples filantropia. está sendo possível... Natupol Tecnologia em Polióis e Sistemas de Poliuretanos Naturais Empresa ganhadora do Prêmio Anprotec de Melhor Empresa Incubada de 2004, a Natupol Tecnologia em Polióis e Sistemas de Poliuretanos Naturais atua na produção de matéria-prima de produtos automobilísticos, isolamento térmico, adesivo, pintura, impermeabilizante, embalagens, etc. Seu diferencial está na utilização de fontes naturais renováveis para a fabricação destes produtos. A empresa foi residente na Incubadora Tecnológica Univap/ Revap, em São José dos Campos (SP) e desenvolve polióis e sistemas de poliuretano, de base vegetal, por meio do óleo de mamona. Tudo ecologicamente correto, em substituição àqueles derivados de petroquímicos. Adespec Adesivos Especiais Indústria, Comércio, Importação e Exportação Ltda. A Adespec Adesivos Especiais foi a empresa vencedora do Prêmio Anprotec de Melhor Empresa Graduada em 2004. Sua missão é a de conscientizar a sociedade brasileira e o governo sobre a importância de se preservar a saúde humana e o meio ambiente no ramo de adesivos e selantes. A trajetória da Adespec iniciou-se no Centro Incubador de Empresas Tecnológicas (Cietec), em 2003. Ela produz adesivos selantes de alta tecnologia para indústrias, construção civil e também para o uso doméstico. Sua responsabilidade social é destaque, pois seus produtos contribuem para a preservação da saúde do trabalhador, do usuário e do meio ambiente. A composição dos produtos da Adespec dispensa orgânicos voláteis, ou seja, não emitem vapores prejudiciais. Entre os produtos comercializáveis estão o “prego líquido” e a “cola isopor”. “Temos visto que o processo de incubação de empresas dá certo porque é na incubadora que o empreendedor passa a acreditar que seu negócio vai ter êxito. Se conseguimos multiplicar esses modelos no país, teremos um fabuloso desenvolvimento tecnológico.” 36 Fernando Kreutz - Diretor da FK Biotecnologia e vencedor do Prêmio Finepe 2007 Fonte: Revista Locus nº 45 – Abril de 2006 A Aventura de um País Crescimento Sustentado e Inclusão Social foi possível... será possível... Para cumprir com este propósito fundamental de contribuir com o crescimento sustentável e a inclusão social no Brasil, o movimento deverá assumir novas posturas e implementar novas ações: • Fortalecer os laços com organizações e programas com experiência na área de inclusão social, buscando identificar formas de inserir a temática do empreendedorismo inovador; • Sintonizar o movimento de empreendedorismo inovador com as grandes tendências, desafios e prioridades do País, visando criar perspectivas concretas para que os empreendimentos inovadores das incubadoras e parques aproveitem as grandes oportunidades de mercado e de crescimento; • Ampliar a rede de relacionamento e parcerias do movimento de incubadoras e parques, contemplando setores do governo e da sociedade que estejam desenvolvendo ações estratégicas tanto no contexto do crescimento sustentado como da inclusão social. “As incubadoras e parques têm o papel de formar uma nova geração de empresários empreendedores em tecnologia, e fazer com que suas empresas ganhem nesse mercado globalizado, ganhem em competitividade, por conta do investimento em tecnologia, por conta da geração de novos produtos.” Sérgio Resende Ministro da Ciência e Tecnologia Fonte: Revista Locus nº 44 – setembro de 2005 Ao longo destes 20 anos de existência da ANPROTEC, o movimento de incubadoras tem se dedicado de maneira desprendida e comprometida com o processo de desenvolvimento do País por meio da promoção do empreendedorismo inovador. Esta contribuição tem vindo na forma de novas empresas criadas, geração de empregos, desenvolvimento de novas tecnologias e criação de estratégias para promoção de desenvolvimento regional e setorial. O resultado deste processo é um movimento espalhado por inúmeros municípios brasileiros, promovendo geração de emprego, renda e desenvolvimento econô- 100% mico baseado na vertente da inovação. Trata-se de uma experiência reconhecida internacionalmente por organismos internacionais, especialistas na área e outras entidades atuantes na área do empreendedorismo. O Brasil desenvolveu um caso na área de incubadoras e parques que se destaca de forma contundente no contexto dos países em desenvolvimento e que, em alguns casos, pode ser comparável a resultados obtidos apenas pelas grandes economias do mundo. Este é um patrimônio e uma conquista de um conjunto de atores da sociedade brasileira e deve ser reconhecido, valorizado e continuamente aperfeiçoado. dos 64% dos municípios brasileiros municípios com menos com mais de de 1 milhão e mais de 1 milhão de habitantes 300 mil habitantes possui uma incubadora possui uma incubadora e/ou parque e/ou parque tecnológico tecnológico 20% dos municípios com mais de 50 mil e menos de 300 milhabitantes possui uma incubadora e/ou parque tecnológico está sendo possível... Naturalmente, há ainda muito por fazer visando oferecer ao país contribuições mais relevantes para o processo de crescimento sustentado com inclusão social. Cada uma das quatro hélices do posicionamento estratégico da ANPROTEC tem procurado atuar de diferentes formas nesta direção. As incubadoras orientadas para a promoção do desenvolvimento local e setorial criaram novas formas de aplicação de conhecimentos e tecnologias em setores inusitados, com grande impacto social, ambiental e econômico. Estes projetos têm criado novas perspectivas de futuro para comunidades de baixa renda, permitindo aproximar o mundo acadêmico das realidades difíceis da sociedade brasileira. Por outro lado, nos segmentos de incubação de empresas orientadas para a geração e uso intenso de tecnologia, o movimento tem contribuído com a criação de algumas das empresas mais inovadoras do país, muitas delas premiadas nacionalmente devido ao seu grau de excelência e diferenciação. Os projetos e programas desenvolvidos pelo movimento na área da promoção da cultura do empreendedorismo inovador estão gerando uma nova consciência no universo dos jovens de escolas e universidades. Começa a surgir uma cultura de que é possível as pessoas crescerem na vida por meio da atividade empreendedora, da capacidade criativa e do trabalho cooperativo. Finalmente, no contexto dos parques tecnológicos, percebe-se claramente o fortalecimento da conscientização e da motivação de lideranças políticas e sociais que vislumbram neste tipo de empreendimento uma nova forma de organizar o processo de desenvolvimento econômico de suas regiões e setores empresariais. “A presença crescente do movimento de incubadoras e parques tecnológicos no cenário brasileiro traduz o desejo e a capacidade de construirmos um país mais empreendedor e inovador.” 38 Guilherme Ary Plonski - Vice-presidente da Anprotec Política Pública Nacional foi possível... O sucesso do movimento de incubadoras de empresas e parques tecnológicos brasileiros está diretamente ligado ao apoio viabilizado por diversos programas e projetos implementados ao longo destes 20 anos por diversas agências de governo e entidades da sociedade civil que trabalham com recursos públicos. O investimento realizado gerou frutos e os retornos são evidentes até porque foram inúmeros os processos de avaliação, levantamento de informações e de indicadores. É uma das iniciativas mais avaliadas e acompanhadas de que se têm notícias no universo dos projetos de investimento público no país. Apesar de sempre haver espaço para melhorias, o diagnóstico dos 20 anos é que houve disposição dos vários atores sociais e públicos para se investir e apoiar este movimento estratégico para o país. Uma das razões principais deste retrospecto positivo foi a criação do PNI – Programa Nacional de Incubadoras de Empresas e Parques Tec- nológicos, que congrega as várias entidades e organizações com interesse na área e que possibilitou o fortalecimento do movimento, como também uma atuação mais integrada e harmoniosa dos diversos atores públicos. • Recursos públicos ou de entidades parceiras aplicados nas incubadoras e parques ao longo de 20 anos: aproximadamente R$ 150 milhões (cerca de 35% do custo do movimento em 20 anos) • Estimativa de impostos gerados anualmente pelas empresas: R$ 400 milhões • Custo de implantação e operação aproximado das incubadoras e parques tecnológicos ao longo dos últimos 20 anos: R$ 430 milhões está sendo possível... Ao longo dos últimos anos, a ANPROTEC vem trabalhando intensamente no sentido de ampliar as formas, modalidades e volumes de recursos direcionados ao movimento de incubadoras e parques bem como às empresas inovadoras. Algumas destas novas formas de apoio já foram implementadas e outras estão em fase de discussão para lançamento futuro. Essencialmente, este arcabouço de políticas públicas com os quais a ANPROTEC tem contribuído seja na formulação, na disseminação ou no apoio à implantação, contemplam temas como: • Novas formas de apoio ao financiamento da inovação nas empresas, visando reforçar o processo de interação com universidades e as atividades de P&D internamente à empresa; • Programas sistêmicos de apoio às incubadoras, vinculados ao desempenho do programa de incubação e avaliados por meio de indicadores objetivos e claros. Esta nova forma de apoio permitirá aos parceiros do movimento assegurar que os recursos aplicados estão gerando retorno e, ao mesmo tempo, eliminará o insuportável processo de instabilidade e inconstância na disponibilização e aplicação de recursos no universo das incubadoras; • Novos pacotes de fomento e financiamento às empresas inovadoras, levando em consideração o “projeto de empresa” e não “um projeto montado para edital”. As empresas • • • • inovadoras precisam de soluções na área de subvenção, fomento, financiamento e até investimento que levem em consideração o ciclo de vida completo do empreendimento e se desenvolvam numa base de relacionamento de longo prazo, com acompanhamento e interação constantes; Aperfeiçoamento do Sistema Nacional de apoio às incubadoras e parques, articulando melhor as ações e programas desenvolvidos no âmbito do governo federal, dos governos estaduais, das entidades da sociedade civil que operam recursos públicos, dos agentes financeiros e outros atores críticos para o movimento; Ampliação do escopo de atuação dos programas de apoio e fomento ao movimento, contemplando iniciativas de promoção do empreendedorismo inovador e setores menos contemplados atualmente como o de tecnologia/inovação social, meio ambiente, agronegócios e serviços; Programas e projetos de apoio a iniciativas cooperativas de promoção do empreendedorismo na forma de redes de incubadoras e consórcios empresariais; Priorização de investimentos no movimento de incubadoras, parques e empresas inovadoras no contexto de programas e legislações já existentes como os Fundos Setoriais, o FNDCT, Fundos de Desenvolvimento Regionais e a Lei do Bem. será possível... Muitas vezes é difícil imaginar a aplicabilidade de certas soluções mais inovadoras de políticas públicas e programas de apoio ao movimento de incubadoras, parques e empresas inovadoras. Entretanto, a evolução que os País experimentou nesta área ao longo dos 20 anos do movimento surpreende até observadores internacionais. Portanto, vale a pena pensar que será possível: • Programas de apoio a incubadoras e parques que ofereçam recursos regulares e significativos para viabilização de determinadas atividades de suporte às empresas, vinculadas a indicadores de desempenho; • Vinculação dos recursos e investimentos a serem aplicados no movimento aos impostos gerados pelas empresas criadas nas incubadoras e parques; • Criação de fundos de seed capital e de subvenção gerenciados com a participação direta das incubadoras e parques; • Fortalecimento de mecanismos de parceria público-privada aplicados ao movimento, visando atrair investimentos privados na direção dos desafios estratégicos e prioritários de estado; • Consolidação de um Sistema Nacional de Incubadoras e Parques, articulando as ações de Governo (Federal, Estadual e Municipal), entidades parceiras (SEBRAE, Sistema “S”, etc), poder Legislativo, setor acadêmico e sociedade civil como um todo. O que as empresas precisam é aquilo que é ter acesso àquilo que faz diferença para o desenvolvimento, tais como ao mercado, ao conhecimento e ao dinheiro. Eduardo Costa Diretor de Inovação para o Desenvolvimento Econômico e Social da Finep Fonte: Locus 50, setembro de 2007 “As incubadoras tecnológicas têm papel decisivo na interface entre C&T e setor produtivo. São Carlos, sede da primeira da América Latina, é prova disso.” Newton Lima - Prefeito de São Carlos 39 Balanço de uma foi possível... O passado deste movimento que completa 20 anos já está escrito na história, com seus erros e acertos, sucessos e fracassos, vitórias e derrotas. Ao longo deste documento, vários destes momentos foram relatados. É uma história rica em momentos desafiadores, pródiga em atitudes empreendedoras e intensa em suor e trabalho. está sendo possível... será possível... O futuro do movimento está fortemente ligado ao sucesso do Programa MOVIMENTA. Avanços já foram obtidos no sentido de assegurar a implantação deste processo de mudança, mas muito ainda precisa ser feito para promover este verdadeiro “salto quântico” de relevância, representatividade e qualidade no movimento de incubadoras, parques e empreendimentos inovadores: • Capacitar, articular e mobilizar lideranças competentes, talentosas e efetivamente comprometidas com a visão de futuro do movimento; • Implementar novas estratégias para promover o processo de geração e disseminação de conhecimento dentro do próprio movimento, por meio da articulação de especialistas e da estruturação de uma parceria estratégica em P&D na área de empreendedorismo inovador; • Reforçar o processo de comunicação, interação e trabalho cooperativo com associados, parceiros do movimento e outros atores sociais; • Aproveitar melhor o potencial de demonstração e de mobilização representado pelas empresas inovadoras geradas nas incubadoras ou estabelecidas nos parques. A organização social dos parques tecnológicos e incubadoras de empresas significa fortalecimento político-institucional da atividade e a possibilidade de desenvolver projetos de competitividade internacional, nacional, regional e local, gerando empresas, empregos, riqueza e bem-estar social. Deputado Federal Paulo Piau Subcomissão de Ciência e Tecnologia e Informática O processo de mudança associado ao Reposicionamento Estratégico do Movimento de Incubadoras e Parques Tecnológicos não é simples e exige, principalmente, a formação de lideranças e a articulação dos parceiros. A ANPROTEC vem desenvolvendo este processo de mobilização dos associados e dos parceiros de forma a efetivamente criar condições para que o processo de mudança ocorra. Este grande processo de mobilização e mudança está sendo denominado de “Programa Movimenta” e seus principais objetivos são: • Estruturação de um novo Modelo de Atuação das Incubadoras de Empresas e dos Parques Tecnológicos no Brasil; • Desenvolvimento de um novo conceito e portfolio de mecanismos de apoio a empresas inovadoras no Brasil; • Comprometimento efetivo dos atores e parceiros do movimento em investir recursos significativos nas incubadoras, parques e empresas, vinculados a compromissos de geração de resultados relevantes para o País; • Proposição de um desafio objetivo e claro para estados e municípios que querem realmente promover o crescimento e desenvolvimento sustentado; • Implantação de um programa amplo de formação de lideranças para “O pilar do crescimento econômico depende justamente da geração de empresas inovadoras de base tecnológica” 40 Fernando Pimentel - Prefeito de Belo Horizonte - Fonte: Boletim 4 do Seminário 2007 Grande Aventura Em relação ao passado, ficam os resultados, as pessoas formadas, as empresas criadas, os projetos implementados. As duas últimas páginas deste documento ilustram al- guns destes resultados. Cabe apenas reforçar que as lições e conclusões tiradas neste período estão orientando o presente e o futuro do movimento. será possível... conduzir o processo de mudança; • Estabelecimento de uma Visão de Futuro que busca aliar Performance/ Resultado & Impacto/Abrangência O desenvolvimento e implantação do Programa Movimenta segue uma estratégia apresentada esquematicamente na figura abaixo e dependerá fortemente do comprometimento de todos os associados e parceiros da ANPROTEC. Quando se olha para trás e se percebe o que foi feito nestes 20 anos é inevitável lembrar das dificuldades e das barreiras que foram enfrentadas e superadas. O caminho da inovação não é simples nem confortável. Entretanto, o que fica no final é a satisfação de ter escolhido o caminho do “fazer acontecer”. Ao longo deste caminho, muitas vezes ouvimos... Isso não pode ser feito aqui. E COMEÇA A SER FEITO... E depois alguém dizia... Pode até fazer, mas não vai dar certo. E COMEÇA A DAR CERTO... E então surgia uma nova “previsão”... Pode até funcionar, mas ninguém vai saber para que serve. E TODOS COMEÇAM A ENTENDER PARA QUE SERVE... E, finalmente, surgia algo como... Tá bem, mas eu poderia ter feito melhor. Ótimo, então, junte-se a nós, e vamos fazer juntos!!!! Até o Futuro!!! A Aventura continua... “Incubadoras e parques tecnológicos são agentes pró-ativos do desenvolvimento regional que requer a criação de oportunidades, redução de diferenças sociais e geração de melhor qualidade de vida. O sucesso deles requer boas parcerias com instituições de ensino e pesquisa e o poder público.” Newton Lima Prefeito da cidade de São Carlos - SP “Incubadoras, Parques e Parceiros, estamos todos ajudando a criar uma *nova Geração de Empresas* que será decisiva para ajudar o país atingir um novo patamar de desenvolvimento social e econômico” José Eduardo Fiates - Presidente da ANPROTEC - Superintendente de Inovação da Certi - Diretor Executivo do Sapiens Parque 41 Expediente ANPROTEC – Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores Diretoria: José Eduardo Azevedo Fiates – Presidente Guilherme Ary Plonski – Vice-presidente Christiano Becker – Diretor José Alberto Sampaio Aranha – Diretor Josealdo Tonholo – Diretor Paulo Roberto de Castro Gonzalez – Diretor Equipe: Sheila Oliveira Pires – Superintendente Executiva Katia Sitta Fortini – Coordenadora da Unidade de Atendimento ao Associado Rutilea Azevedo de Jesus – Coordenadora da Unidade de Projetos Francisca Silva Aguiar – Coordenadora da Unidade Administrativa e Financeira Marcio Caetano Setúbal Alves – Coordenador da Unidade de Comunicação Rosangela Medeiros – Responsável pelo projeto infoDev/RedLAC/RELAPI Michelle Araújo Ferreira – Jornalista Francisca N. Santos Ribeiro – Secretária Fernanda de Oliveira Andrade – Estagiária Liev Moreira de Souza Moraes – Estagiário Magno da Conceição Paula – Auxiliar de Serviços Gerais Textos José Eduardo Azevedo Fiates Projeto Gráfico e Editoração Consenso Editora Gráfica Impressão Gráfica Athalaia Exemplares deste livro podem ser obtidos na Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores SCN Quadra 01 - Bloco C Salas 209/211 - Edifício Brasília Trade Center Brasília, DF - CEP 70711-902 PABX: (61) 3202.1555 E-mail: [email protected] Home Page: www.anprotec.org.br Todos os direitos reservados. A reprodução não autorizada desta publicação, por qualquer meio, seja total ou parcial, constitui violação da Lei nº 9.610/1998. “A função das incubadoras e parques é servir como ponte entre universidades, instituições de pesquisa e a economia real, estreitando essa relação que ainda está longe de ser satisfatória”. 42 Ignacy Sachs - Socioeconomista 88% 97% das incubadoras priorizam o desenvolvimento econômico regional das incubadoras priorizam o incentivo ao empreendedorismo Mais de 40% das Universidades Federais do País contam com uma Incubadora Mais de 7.000 participantes nas 17 edições do Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas 45 Publicações lançadas na área de incubadoras, parques e empreendedorismo inovador 20% dos municípios com mais de 50 mil e menos de 300 mil habitantes possuem uma incubadora e/ou parque tecnológico 33% dos finalistas do Prêmio de Inovação Tecnológica da FINEP nos últimos 3 anos nas categorias “produto”, “processo” e “pequena empresa” nasceram em incubadoras. 84% das incubadoras priorizam a geração de empregos dos finalistas do Prêmio de Inovação Tecnológica da FINEP nos últimos 3 anos nas categorias “instituição de C&T e Instituição Social” possuem uma incubadora de empresas dos CEFETs possuem uma incubadora 64% dos municípios com menos de 1 milhão e mais de 300 mil habitantes possuem uma incubadora e/ou parque tecnológico 60 Cursos e 50 encontros/ workshops envolvendo mais de 10.000 participações 40% 33% 72% das incubadoras priorizam o desenvolvimento tecnológico 100% dos municípios brasileiros com mais de 1 milhão de habitantes possui uma incubadora e/ou parque tecnológico Mais de Tamanho de equipe das incubadoras: média de 5 300.000 horas/homem de Treinamento Seminário/Workshop Tempo médio de incubação anos 4 40% dos colaboradores com nível superior 25 Existem cerca de Unidades da Federação possuem incubadoras 400 Incubadoras no Brasil 40 Projetos de Parques em desenvolvimento 2800 empresas incubadas e mais de 6300 empresas vinculadas a incubadoras R$ 1,6 empresas graduadas Mais de Mais de Faturamento estimado das empresas GRADUADAS em incubadoras: bilhões 1500 Parques tecnológicos em operação universidades públicas do país contam com incubadoras de empresas e 11 estão vinculadas a projetos de Parques Tecnológicos 33 20% Cerca de 16 das 20 melhores Empresas de incubadoras e parques geram cerca de mil postos de trabalho direto Taxa de mortalidade das empresas abaixo de 10 2000 empresas associadas Recursos públicos ou de entidades parceiras aplicados nas incubadoras e parques ao longo de 20 anos: aproximadamente R$ 150 milhões (cerca de 35% do custo do movimento em 20 anos) Estimativa de impostos gerados anualmente: Faturamento estimado das empresas INCUBADAS: R$ 400 R$ 400 milhões milhões Empresas nos Parques: cerca de 150 Custo de implantação e operação aproximado das incubadoras e parques ao longo dos últimos 20 anos: R$ 430 milhões Percentural do custo assumido pelas entidades gestoras ou empresas incubadas: 65% Custo médio para geração de uma empresa inovadora: R$ 70 mil/ empresa