EMBALAGENS As caixas são indispensáveis para o delivery e, também, para as poucas pizzarias que não praticam esse tipo de comercialização os clientes poderem levar para casa uma eventual sobra da refeição. As caixas diferenciam-se pelo formato, o material utilizado e a apresentação. FORMATO Os três principais formatos utilizados são redondo, octogonal e quadrado. Para produtos específicos, como os calzones por exemplo, existem caixas com formato especial. Também para pizzarias que fazem pizzas retangulares, existem caixas nesse formato. As caixas redondas são prensadas em equipamentos específicos. Não são dobráveis e, consequentemente, ocupam mais espaço no armazenamento. Já que elas vem prontas, não precisa perder tempo na montagem. Se de um lado, por ter exatamente o mesmo formato que a pizza (redondo!), elas não deixam as mesmas balançar ou se deformar durante o transporte, de outro, é um pouco mais difícil... se servir (!?). O maior inconveniente real das caixas re- 42 PIZZAS&MASSAS Nº 14 - 2014 dondas é que, por serem prensadas, elas usam um material que aceita somente flexografia e não impressão offset. As caixas quadradas podem também apresentar-se com dois cantos cortados. É um formato mais adequado para pizzas do tipo “americanas”, ou seja, de massa mais grossa e firme, que não tende a dobrar. As caixas quadradas são montáveis e desmontáveis e, por isso, mais fáceis de empilhar do que as redondas. A caixa quadrada geralmente é baseada nas formas redondas das pizzas, para que a pizza toque em quatro pontos (as laterais da caixa), mas fiquem distantes em quatro pontos (as diagonais da caixa). Isso para que, ao mesmo tempo, a pizza esteja fixada durante o transporte, mas que também esteja fácil de tirar, i.e. de se servir, pelo consumidor final. As caixas quadradas foram introduzidas pelos americanos para facilitar a entrega em embalagens térmicas, também quadradas. Esse formato ainda permite mais espaço para a publicidade e, como já mencionado, sua montagem se dá no momento do uso, ao contrário da redonda que já vem montada. Qualquer que seja o formato utilizado, as medidas da caixa e da pizza devem ser compatíveis para evitar que a pizza se mova durante o transporte e chegue no cliente toda espatifada de tanto sambar na caixa. As caixas oitavadas ou octagonais são indicadas para as pizzas tipo Italianas, com massa mais fina ou macia. Trata-se de uma evolução da caixa quadrada; a forma octagonal sendo mais próximo ao circulo, a caixa octagonal abraça melhor o formato da pizza, evitando movimentos indesejados no transporte. O MATERIAL UTILIZADO As caixas quadradas e octogonais para pizza podem ser fabr icadas com diversos materiais. O mais utilizado é o papelão. As caixas redondas são confeccionadas com um material mais simples. O papelão é um tipo mais grosso e resistente de papel, geralmente utilizado na fabricação de caixas, podendo ser liso ou enrugado. É produzido dos papéis compostos das fibras da celulose, que são virgens, ou reciclados. O tipo mais comum de papelão é o ondulado, composto de três camadas. Tomando como exemplo uma caixa de papelão, teremos a camada mais externa, que tem função de proteção e revestimento. A camada intermediária, também conhecida como “enchimento”, é a mais volumosa, geralmente composta de um papel grosso disposto de forma ondulada. Finalmente, temos a camada mais interna, com função de revestimento, da mesma forma que a primeira camada, porém, sendo de um material menos grosseiro. Existem diversos tipos de ondulados, cada um com tamanhos diferentes de miolos e de perfis, que oferecem muitas combinações projetadas para conter produtos com as características e os desempenhos diferentes. As embalagens de papelão ondulado evoluíram no tempo para muito mais do que caixas que acomodam produtos para entrega. Existem diversos tipos de ondas (papelão ondulado!) e características de cada elemento passível de compor as paredes de papelão da caixa de pizza. • Papel Kraft (K): papel “virgem” com fibras puras, sem ter sofrido processo de reciclagem. • Face simples - espessura de 2,7mm (+/- 10%); estrutura formada por um elemento ondulado (miolo) colado a um elemento plano (capa), geralmente fornecido em forma de bobinas. • Papel Branco (B): papel Semikraft com aplicação de película branca na face externa. • Onda E - (Micro ondulado), espessura de 1,5mm (+/- 10%); estrutura formada por um elemento ondulado (miolo) colado em ambos os lados a elementos planos (capas). Assim, por exemplo, pode-se ter uma caixa oitavada com tampa executada em Onda E (micro ondulado 1,5mm) e fundo executado em Onda B (3mm). Algumas empresas oferecem caixas para pizza com fundo aluminizado para reter o calor do produto. • Onda B - (Onda baixa), espessura de 3,0 mm (+/- 10%); estrutura formada por um elemento ondulado (miolo) colado em ambos os lados a elementos planos (capas). • Onda C - (Onda alta), espessura de 3,5 mm (+/- 10%); estrutura formada por um elemento ondulado (miolo) colado em ambos os lados a elementos planos (capas). • Onda BC - (Onda dupla), espessura de 6,5 mm (+/- 10%); estrutura formada por dois elementos ondulados (miolos) colados a três elementos planos (capas). Exposto as diferentes composições de espesura das paredes, há ainda a ponderar o tipo de papel utilizado na sua confecção. São eles: • Papel Reciclado (M): material reciclado sem alterações. • Papel Semikraft (SK): material reciclado com melhoria na aparência e resistência. • Papel Test Liner (TL): papel Semikraft com aplicação de película Kraft na face externa. A APRESENTAÇÃO... OU IMPRESSÃO Existem dois grandes tipos de impressão utilizados na personalização das caixas de pizza: a flexografia e o offset. A flexografia é um processo de impressão gráfica em que a fôrma, um clichê de borracha ou fotopolímero, é relevo gráfica. O sistema pode ser considerado como um “bisneto” do carimbo. Usa-se tintas líquidas altamente secantes à base de água, solvente ou curadas por luz UV ou feixe de elétrons. Uma de suas virtudes é a flexibilidade para imprimir os mais variados suportes, de durezas e superfícies diferentes. A flexografia pode imprimir praticamente qualquer tipo de suporte e atua em diversos segmentos, desde a impressão em banda larga (embalagens) até a banda estreita (etiquetas e rótulos). Apesar de ter sido estigmatizada durante muitos anos como um processo de impressão de pequena ou baixa qualidade, quando comparada à rotogravura, o avanço tecnológico da flexografia levou-a a um novo patamar de qualidade, tão boa quanto a impressão rotogravura ou offset, desde que sejam observados os inúmeros 2014 - Nº 14 PIZZAS&MASSAS 43 EMBALAGENS controles e monitoramento das variáveis durante o processo. A impressão offset é um processo planográfico, cuja essência consiste em repulsão entre água e gordura (tinta gordurosa). O nome offset - “fora do lugar” - vem do fato da impressão ser indireta, ou seja, a tinta passa por um cilindro intermediário, antes. Todo esse processo acaba tornando a impressão de alto custo. Todavia, esta é a alternativa utilizada pelas gráficas que pretendem entrar no mercado digital; poluem menos, geram menos material, como EMBALATERM Qual o sentimento de um cliente quando recebe uma pizza fria em casa para comer com a família? Quando desejamos comer algo e pedimos um delivery em nossas casas esperamos ansiosamente até que ele chegue, e ao chegar abrimos a caixa e nossos sentidos são aguçados, a visão e o olfato são os primeiros a despertar. Mas com a grande demanda de entregas, muitos produtos tem chegado ao consumidor deixando a desejar e fazendo estabelecimentos que investem em ótimos chefes e ingredientes de primeira perderem clientes. Esta queda na qualidade acontece principalmente pela perda de temperatura ocorrida durante o transporte, pesquisas afirmam que mais de 94% das pizzas entregues via delivery chegam ao domicílio do consumidor com a temperatura abaixo do ideal e aquém do mínimo exigido pela ANVISA (60ºC). Esta perda de temperatura não afeta apenas o gosto do alimento, mas também sua beleza, o que leva o consumidor a muitas vezes reaquecer o prato, fazendo-o perder a expectativa de degustar um delicioso delivery. Com o aumento deste mercado e consumidores cada vez mais exigentes a Embalaterm traz um produto totalmente inovador, trata-se de uma embalagem com propriedades térmicas, que funciona através da aplicação de uma película isolante na parte de papel. O CTP (Centro Tecnológico de Desenvolvimento de Pizzas e Massas no Brasil) desenvolveu inúmeros testes com a embalagem 44 PIZZAS&MASSAS Nº 14 - 2014 fotolito, e agilizam o processo. Tem-se tornado cada vez mais forte no segmento on demand, evitando estoques excessivos e gastos desnecessários. O resultado final é uma imagem quase que fotográfica de alta qualidade; as caixas quadradas e octogonais geralmente usam esse sistema. O mesmo não ocorre com as caixas redondas, devido ao material utilizado não ser compatível com a impressão offset. térmica e comprovou que em 30 minutos o produto perde apenas 5°C, sendo que no mesmo tempo as embalagens comuns perdem de 40°C a 50°C. Este produto vem como um divisor de águas e já tem conquistado o mercado nacional. Outra qualidade desta embalagem é que ela tem grande resistência, dispensando os berços utilizados nos transportes com motos. As embalagens térmicas desenvolvidas na Embalaterm podem ser utilizadas para delivery de pizzas, calzones, lanches, comida japonesa, chinesa, italiana, panificação e até mesmo sorvetes. Embalaterm tem diversos clientes com cases de sucesso após a troca da embalagem tradicional pela térmica. Um deles é o caso da Pizzaria Don Peppone Ristorante, de Blumenau, SC. Segundo o proprietário, José Augustinho Prebianca, em pouco tempo a diferença foi notada pelos clientes, aumentando as vendas e garantindo um produto de qualidade delicioso como o saído do forno. A empresa envia amostras a possíveis clientes em todo o Brasil para que conheçam essa novidade. Quer ser o próximo a proporcionar um produto com excelência em seu delivery? www.embalaterm.com.br CASE DE SUCESSO A Embalagem térmica produzida pela GREENBOX A CAIXA DE PIZZA REINVENTADA To d o m u n d o a m a p i z z a e ninguém se importa muito com o trabalho que a caixa dá depois que a pizza acaba, porque está todo mundo satisfeito e de bom humor depois de comer pizza. Mas se você parar para pensar, a embalagem não é realmente a coisa mais inteligente do mundo; é desajeitada e se torna inútil depois que a comida acaba. Não cabe na lata de lixo e nem na geladeira (caso você tenha deixado alguns pedaços sobrarem). Por isso, o pessoal da Ecovention, LLC, de New York, achou que um redesenho viria em boa hora e inventou a GreenBox! Trata-se de uma caixa de pizza modular, que se transforma tanto para caber na geladeira e guardar a pizza que sobrou sem ocupar espaço desnecessário, quanto para servir de suporte para que você possa comer a pizza sem precisar de prato ou guardanapo. www.greenboxny.com PUBLICIDADE DE TERCEIROS EM CAIXAS DE PIZZA A utilização das embalagens de pizza como veículo de mídia tem ganhado cada vez mais espaço em campanhas de anunciantes e agências de propaganda no Brasil. A segmentação por área geográfica e poder aquisitivo permite ao anunciante direcionar a sua propaganda para o seu público alvo sem dispersão. A publicidade em caixas de pizza é uma mídia eficiente, inovadora e impactante. Por ser desenvolvido com um material de altíssima qualidade, impressão e design consegue cativar o carisma e conquistar a audiência do público que a consome, isso sem falar no nível de atenção (cerca de 95% das pessoas lembram das campanhas veiculadas nas caixas de pizza). A colocação de publicidade de terceiros permite economizar 100% do custo de embalagem, mas... a pizzaria perde em promoção da sua própria imagem e produtos. Trata-se de uma escolha que deve ser cuidadosamente ponderada e analisada. 2014 - Nº 14 PIZZAS&MASSAS 45