Econometria de Séries Temporais Rogério Silva de Mattos, D.Sc. UNIVERSIDADE FEDERAL DE JUIZ DE FORA (UFJF) FACULDADE DE ECONOMIA (FE) Econometria 3 O COMEÇO • Box e Jenkins (1970) – processos estocásticos não-estacionários/integrados (Modelos ARIMA) • Granger e Newbold (1974) – Econometria clássica não vale se variáveis do modelo são séries temporais não-estacionárias (Regressões Espúrias) CORRELAÇÃO ESPÚRIA Mera Coincidência Consumo de Chimarrão em Porto Alegre Venda de azeite de dendê em Salvador Causalidade Fator Comum X Y X Y N Y X REGRESSÃO ESPÚRIA Quero estimar : Assumindo que: Yt a bXt t Yt Yt 1 ut X t X t 1 wt Independentes ! Experimento de Granger e Newbold (1974) Se = = 1 Yt e Xt NÃO estacionárias • R2 altos e DW baixos • Alta chance de rejeitar H0: b = 0 • Razão t não segue t de Student • Estatística F não segue distrib. F MENSAGEM FUNDAMENTAL ESTACIONARIEDADE NÃO ESTACIONARIEDADE Econometria Clássica OK Econometria Clássica COMO PROCEDER ? • Remover tendência (Detrending)? – Pode não resolver !!! Tendência estocática • Diferenciar até estacionariedade? – Perda de informação de longo prazo (t. econômica) !!! • O que fazer ? ECONOMETRIA DE ST • Teoria da Cointegração – Verificar Estacionariedade (Testes de Raízes Unitárias) – Séries Estacionarias, usar econometria clássica – Séries Não estacionárias, verificar Cointegração • Séries Cointegradas – modelo de correção de erros • Séries Não cointegradas – modelo sem correção de erros ESTACIONARIEDADE X NÃO-ESTACIONARIEDADE DEFINIÇÃO Processo Estacionário Fraco Yt E (Yt ) 2 Var (Yt ) Cov(Y , Y ) t t s s Média, Variância e Autocovariância constantes Processo NÃO Estacionário Yt E (Yt ) (t ) 2 Var (Yt ) (t ) Cov(Y , Y ) (t ) t t s s Alguém depende do tempo (Média e/ou Variância e/ou Autocovariância) EXEMPLOS Estacionário Não Estacionário MAIS DEFINIÇÕES Exemplos • Processo integrado de ordem d ou I(d) – precisa ser diferenciado “d” vezes para ficar estacionário • Processo estacionário é I(0) ( “Não Integrado”) Yt ~ I (1) Yt ~ I (0) Yt ~ I ( 2) Yt ~ I (1) 2 Yt ~ I (0) RAÍZES UNITÁRIAS • Processo I(1) Yt = (1-B)Yt ~I(0) 1 raiz unitária • Processo I(2) 2Yt = (1-B)2Yt=(1-B)(1-B)Yt ~I(0) 2 raízes unitárias • Processo I(d) dYt = (1-B)dYt=(1-B)(1-B)…(1-B)Yt ~I(0) d raízes unitárias POR QUE “RAÍZES UNITÁRIAS”? ARIMA(p,d,q) p/Yt: = ARMA(p,q) p/dYt: Onde: Logo: p (B)dYt q (B) t Yt ~ I (d ) d d Y ( 1 B ) Yt ~ I (0) t p*d (B) p (B)(1 B)d Polinômio expandido AR para Yt possui: • p raízes fora do círculo unitário (estacionariedade) • d raízes unitárias (não estacionariedade) PROCESSO AR(1) Yt Yt 1 t • Se | | < 1, Yt é um processo estacionário • Se | | ≥ 1 Yt é um processo não estacionário = 1 Yt é um passeio aleatório | | > 1 Yt é um processo explosivo EXEMPLOS DE AR(1) Estacionário I(1) I(0) Não Estacionário PROCESSO DE RAIZ UNITÁRIA SEM CONSTANTE Yt Yt 1 ut ut ~ I (0) COM DESLOCAMENTO (DRIFT) Yt Yt 1 ut ut ~ I (0) PASSEIO ALEATÓRIO PURO Yt Yt 1 t t ~ i.i.d . N (0, 2 ) COM DESLOCAMENTO (DRIFT) Yt Yt 1 t t ~ i.i.d . N (0, 2 ) MEMÓRIA (Nelson e Plosser, 1982) Processo MEMÓRIA CURTA: Um choque repercute por pouco tempo sobre a série. Esta tende a voltar para sua média. Choque transiente. Exemplo: Yt Yt 1 t | | 1 Processo MEMÓRIA LONGA: Um choque repercute permanentemente sobre a série. Esta não tende a voltar para algum lugar. Choque permante. Exemplo: Yt Yt 1 t • Para desenvolver a intuição, brinque com o arquivo AR1.XLS TIPOS DE TENDÊNCIAS DETERMINÍSTICA ESTOCÁSTICA DETERMINÍSTICA + ESTOCÁSTICA TDt bt Yt Yt 1 ut Yt Yt 1 ut t Yt Y0 t ui i 0 TENDÊNCIAS E DIFERENÇAS ESTACIONÁRIAS TENDÊNCIA ESTACIONÁRIA Yt bt ut Tend. Determinística + processo I(0) DIFERENÇA ESTACIONÁRIA - Sem constante Com constante Yt Yt 1 ut Yt Yt 1 ut Obs: Tendência estacionária “puxa” a série. Diferença estacionária c/cte “empurra”. RESUMINDO Processo Estacionário • Não integrado ou I(0) • Sem raízes unitárias • Sem tendência estocástica • Memória curta • Choque Transiente Processo Não Estacionário • Integrado ou I(d), d > 0 • d raízes unitárias • Tendência estocástica (com ou sem tendência determinística) • Memória longa • Choque Permanente TESTES DE RAÍZES UNITÁRIAS JUNTANDO TUDO Yt bt Yt 1 t • Processo AR(1) Estacionário (b=0,||<1) : • Diferença Estacionária (=b=0,=1) : • Diferença Estacionária c/cte (b=0,=1) : • Tendência Estacionária (b0, ||<1): Yt Yt 1 t Yt Yt 1 t Yt Yt 1 t Yt bt Yt 1 t (ou Tendência Estacionária) • OBS 1: Tendência Estocástica = Diferença Estacionária s/cte • OBS 2: Tendência Det. + Estoc. = Diferença Estacionária c/cte MUDANDO UM POUCO Yt bt Yt 1 ut Onde = - 1 • Processo AR(1) Estacionário (b=0,-2<<0) : Y Yt 1 t Yt t t • Diferença Estacionária s/cte (=b==0) : • Diferença Estacionária c/cte (b==0) : Yt t • Tendência Estacionária (b0,-2<<0): Yt bt Yt 1 t • OBS 1: Tendência Estocástica = Diferença Estacionária s/cte • OBS 2: Tendência Det. + Estoc. = Diferença Estacionária c/cte TESTE DE DICKEY FULLER Equação Geral de Teste Yt bt Yt 1 t 1) H0: = 0 (processo não estacionário/uma raiz unitária) H1: 0 (processo estacionário/sem raízes unitárias) 2) Escolha do nível de significância ˆ 3) Estatística de teste Tau: S ˆ 4) Regra de Decisão: • Se Valor crítico C Aceita H0 (Yt NÃO É estacionário) • Se < Valor crítico C Rejeita H0 (Yt É estacionário) DICKEY FULLER Versão 1 Sem intercepto ou termo de tendência na equação de teste Yt Yt 1 t • H0: = 0 • isto é: Yt = t ; não estacionário com tendência estocástica • H1: 0 • isto é: Yt = Yt-1+t; estacionário sem tendência alguma • Estatística de teste Tau: ˆ S ˆ DICKEY FULLER Versão 2 Com intercepto apenas na equação de teste Yt Yt 1 t • H0: = 0 (e = 0: ver tabela ADF em Dickey Fuller (1981)) • isto é: Yt = t ; não estacionário com tendência estocástica • H1: 0 (e ≠ 0) • isto é: Yt = +Yt-1+t; estacionário sem tendência alguma • • Estatística de teste TauU: (mas com intercepto) ˆ Sˆ DICKEY FULLER Versão 3 Com intercepto e termo de tendência na equação de Teste Yt bt Yt 1 t • H0: = 0 (e b = 0) • isto é: Yt = + t ; tend. determinística + tend. estocástica • H1: 0 (b ≠ 0) • isto é: Yt = +bt+Yt-1+t; tendência determinística apenas • (tendência estacionária) • Estatística de teste TauTau: ˆ Sˆ Obs: É possível ainda testar H0:b==0 (tendência estocástica apenas) usando a estatística 3 que segue a distribuição F (ver Enders, p. 181) Extraído de Dickey e Fuller (1981) “Likelihood ratio statistics for autorregressive time series with a unit root. Econometrica 49 (4). pp.1057-1072 RESUMO DO TESTE ADF Versão 3 Versão 1 Versão 2 (Com intercepto (Sem intercepto) (Com intercepto) e termo de tendência) H0 Tendência Estocástica Apenas Tendência Estocástica Apenas Tendência Determinística + Tendência Estocástica H1 Sem Tendência Alguma Sem Tendência Alguma Só Tendência Determinística TESTE DE DICKEY-FULLER AUMENTADO p Yt bt Yt 1 s Yt s t s 1 • Faz-se o mesmo teste de hipóteses do slide anterior • Valores defasados Yt-s incluídos para eliminar autocorrelação serial de t (se houver) • Lag máximo p tem de se determinar antes (minimza-se o critério AIC ou BIC) • Eviews usa valores críticos e valores-p com base em MacKinon (1996) VALORES CRÍTICOS DO TESTE ADF Fonte: Tabela A de Enders (2004), Baseada em Fuller(1976) TESTE ADF SAZONAL Exemplo para o caso trimestral p Yt 0 1Dit 2 D2t 3 D3t bt Yt 1 s Yt s t s 1 1 trimestrei Dit outro 0 • Usam-se os mesmos valores críticos do teste ADF • Caso de Sazonalidade Estocástica: ver Enders (2005) TESTE DE PHILLIPS-PERRON Equação Geral de Teste Yt bt Yt 1 ut 1) H0: = 0 (processo não estacionário/uma raiz unitária) H1: 0 (processo estacionário/sem raízes unitárias) 2) Escolha do nível de significância 3) Estatística de teste Z: T (ˆTl2 s 2 )sˆ s Z ( ) ˆTl 2ˆTl s 4) Regra de Decisão: • Se Valor crítico C Aceita H0 (Yt NÃO É estacionário) • Se < Valor crítico C Rejeita H0 (Yt É estacionário) TESTE PP DIFERENÇAS (1) Yt bt Yt 1 ut • ut pode ser ARMA(p,q) heterogeneamente distribuído • Não tem lags defasados de Yt Versão 1 T (ˆTl2 s 2 )sˆ s Z ( ) ˆTl 2ˆTl s Versão 2 T (ˆ s )sˆ s Z ( ) ˆTl 2ˆTl s Versão 3 2 Tl NAS 3 VERSÕES • S: erro-padrão do estimador de MQO de • S2: erro-padrão da regressão de teste ou estimador de 2 assumindo ut ruído branco 2Tl : estimador de 2 assumindo ut heterogêneamente distribuído 2 T (ˆTl2 s 2 )sˆ s Z ( ) ˆTl 2ˆTl s • TESTE PP DIFERENÇAS (2) T l T 1 2 2 ˆ ˆ ˆ ˆ Tl ut 2 wsl ut ut s T t 1 s 1 t s 1 • Esta fórmula é um estimador consistente de 2 • Chamada Estimador do espectro na frequência 0 • Pesos wsl são a janela de defasagem e há 3 opções de computá-los: 1. Barttlet 2. Parzen 3. Newey-West • l é o parâmetro de largura de banda TESTE DE PHILLIPS-PERRON Equação Geral de Teste Yt bt Yt 1 ut 1) H0: = 0 (processo não estacionário/uma raiz unitária) H1: 0 (processo estacionário/sem raízes unitárias) 2) Escolha do nível de significância 3) Estatística de teste Z: T (ˆTl2 s 2 )sˆ s Z ( ) ˆTl 2ˆTl s 4) Regra de Decisão: • Se Valor crítico C Aceita H0 (Yt NÃO É estacionário) • Se < Valor crítico C Rejeita H0 (Yt É estacionário) TESTE PP DIFERENÇAS (1) Yt bt Yt 1 ut • ut pode ser ARMA(p,q) heterogeneamente distribuído • Não tem lags defasados de Yt Versão 1 T (ˆTl2 s 2 )sˆ s Z ( ) ˆTl 2ˆTl s Versão 2 T (ˆ s )sˆ s Z ( ) ˆTl 2ˆTl s Versão 3 2 Tl NAS 3 VERSÕES • S: erro-padrão do estimador de MQO de • S2: erro-padrão da regressão de teste ou estimador de 2 assumindo ut ruído branco 2Tl : estimador de 2 assumindo ut heterogêneamente distribuído 2 T (ˆTl2 s 2 )sˆ s Z ( ) ˆTl 2ˆTl s • TESTE PP DIFERENÇAS (2) T l T 1 2 2 ˆ ˆ ˆ ˆ Tl ut 2 wsl ut ut s T t 1 s 1 t s 1 • ût p/(t = 1,...,T) são os resíduos da regressão de teste em qq versão • Esta fórmula é um estimador consistente de 2 • Chamada Estimador do Espectro na Frequência 0 • Pesos wsl são a janela de defasagem e há 3 opções de computá-los: 1. Barttlet 2. Parzen 3. Newey-West • l é o parâmetro de largura de banda TESTE DF-GLS Equação Geral de Teste Yt bt Yt 1 t 1) H0: = 0 (processo não estacionário/uma raiz unitária) H1: 0 (processo estacionário/sem raízes unitárias) 2) Escolha do nível de significância ˆ 3) Estatística de teste Tau: S ˆ Porém computada a partir da estimação da equação de teste por MQG (GLS) 4) Regra de Decisão: • Se Valor crítico C Aceita H0 (Yt NÃO É estacionário) • Se < Valor crítico C Rejeita H0 (Yt É estacionário) TESTE DF-GLS DIFERENÇAS (1) Yt bt Yt 1 ut • Os erros ut seguem um AR(p) • Na versão 1 a estatística-tau é a mesma do teste ADF • Na versão 2 e na versão 3 a estatística-tau é computada a partir da regressão da equação de teste por GLS • Vantagem do teste DF-GLS vs ADF e PP • Poder do teste DF-GLS é maior sob erros AR(p) TESTE DF-GLS DIFERENÇAS (2) Uso de variável Ytd (livre da constante e/ou da tendência) no lugar de Yt na equação de teste Versão 2: cômputo por GLS de: ˆt Yt ˆ w Versão 3: cômputo por GLS de: ˆt Yt ˆ bˆt w Estimação por MQO de: (sem constante e tendência) p Yt Yt Yt d j ut d d Onde (seja na versão 2 ou na versão 3): j 1 ˆt Yt d w COINTEGRAÇÃO RECAPITULANDO … • Econometria clássica não é valida quando as séries são NÃO estacionárias • Em particular, se as séries NÃO estacionárias forem independentes, obtém-se regressões espúrias • Diferenciar séries até estacionariedade não resolve, perdese informações de longo-prazo • O que fazer ? …. Teoria da Cointegração HISTÓRICO • Granger (1983) – introduz o conceito de cointegração na literatura • Granger e Engle (1987) – estabelecem relação entre cointegração e o modelo de correção de erros • Década de 90 – proliferam trabalhos teóricos e empíricos • 2003 – Granger e Engle ganham o Prêmio Nobel de Economia !!! CONCEITOS INICIAIS Sejam 2 séries não estacionárias: Yt ~ I (1) X t ~ I (1) Seja a regressão: Yt a bXt t • Yt e Xt serão cointegradas se t ~ I(0) • Yt e Xt serão NÃO cointegradas se t ~ I(1) IMPLICAÇÕES • Se Y e X são cointegradas, então: – – – – – – tendência estocástica comum tendências estocásticas se cancelam mutuamente relação de equilíbrio no longo prazo relação de curto prazo (?) Desvios no equilíbrio de longo prazo são transientes A regressão de Y contra X não é espúria • Se Y e X NÃO são cointegradas, então: – – – – tendências estocásticas são independentes Só relação de curto prazo Desvios não tendem a se corrigir, são persistentes A regressão de Y contra X é espúria ILUSTRANDO Yt 2 X t t Yt Yt 1 vt Cointegração Não Cointegração X t X t 1 ut 12.00 12.00 10.00 10.00 8.00 8.00 6.00 6.00 4.00 4.00 2.00 2.00 0.00 0.00 -2.00 -2.00 -4.00 Tempo X Y Tempo e t ruído branco ~I(0) X Y e t passeio aleatório ~I(1) ALGUMAS PROPRIEDADES • Xt ~ I(0) então a+bXt ~ I(0) • Yt ~ I(0) e Xt ~ I(0) então aYt+bXt ~ I(0) • Yt ~ I(1) e Xt ~ I(0) então aYt+bXt ~ I(1) • Yt ~ I(1) e Xt ~ I(1) então (em geral) aYt+bXt ~ I(1) DEFINIÇÃO DE COINTEGRAÇÃO: Se Yt ~ I(1) e Xt ~ I(1) , e existir uma combinação linear aYt+bXt ~ I(0), então Yt e Xt são cointegradas. TESTE DE COINTEGRAÇÃO (Engle e Granger, 1987) 1) Computar a regressão cointegrante Yt aˆ bˆX t ˆt 2) Aplicar teste ADF sobre os resíduos ˆt t ˆt 1 wt H0: = 0 (Y e X NÃO SÃO cointegradas) H1: < 0 (Y e X SÃO cointegradas) Nota: Usar os valores críticos de Engle e Granger (1987) OBSERVAÇÕES • Se X e Y forem cointegradas: – a regressão cointegrante NÃO é ESPÚRIA !! – MQO aplicado à regressão cointegrante (para estimar a e b) são superconsistentes – as razões t são assintoticamente normais VALORES CRÍTICOS Fonte: Tabela C de Enders (2004). Baseada em MacKinnon (1991). MODELO DE CORREÇÃO DE ERROS Em caso de cointegração p k i 1 j 1 Yt 0 1ˆt 1 i Yt i j X t j ut Resíduos da equação cointegrante Onde: ˆt Yt aˆ bˆX t Em caso de NÃO cointegração p k i 1 j 1 Yt 0 i Yt i j X t j ut OBSERVAÇÕES • Se as variáveis forem I(0), elas são não cointegradas e estima-se o modelo sem diferenciá-las p k i 1 j 1 Yt 0 iYt i j X t j ut • Se Y e X forem I(1) e cointegradas, mas só uma possuír também tendência determinística, deve-se incluir a variável t como explicativa na equação cointegrante • Se Y e X forem I(1) e cointegradas e ambas possuírem tendência determinística, deve-se verificar no teste de cointegração se a série de erros tem tendência determinística também. Se tiver, inclua a variável t como explicativa na equação cointegrante. VÁRIAS VARIÁVEIS • Usaremos exemplo da Demanda de E. Elétrica (NT 292/2008 – SRE/ANEEL) Ct kPt b1Yt b2 ELbt3 et • • • • • C = consumo de energia elétrica P = tarifa média de energia elétrica Y = PIB EL = estoque de equipamentos elétricos b1, b2 e b3 – elasticidades do consumo MODELO LOG-LOG logCt log k b1 log Pt b2 logYt b3 log ELt loget Passo 1: Verificar estacionariedade de cada série (logC, logP, logY e logEL) usando o teste ADF Passo 2: (assumindo que todas são I(1)) realizar o teste de cointegração de Engle e Granger logeˆt t logeˆt 1 H0: = 0 (logC , logP, logY e logEL NÃO SÃO cointegradas) H1: < 0 (logC , logP, logY e logEL SÃO cointegradas) Nota: Usar os valores críticos de Engle e Granger (1987) ESTIMAÇÃO DO MODELO Modelo de Correção de Erros (SOB cointegração) r p k n l 1 i 1 j 1 s 1 logCt 0 1eˆt i logCt i i log Pt i j logYt j s log ELt s wt Modelo Sem Correção de Erros (SEM cointegração) r r p p k k n n l 1 l 1 i 1 i 1 j 1 j 1 s 1 s 1 log logC Ctt 00 logC Cttii logP Pttii logY Ytt jj logEL ELttss w wtt iilog iilog jjlog sslog Modelo para Séries Estacionárias ou I(0) r p k n l 1 i 1 j 1 s 1 logCt 0 i logCt i i log Pt i j logYt j s log ELt s wt OBSERVAÇÕES • Se uma série for I(0), não deve ser incluída na equação cointegrante para o teste de cointegração • Mesmo que todas sejam I(1), a cointegração pode envolver todas as quatro variáveis ou apenas um subgrupo delas. Procure fazer o teste de cointegração para os subgrupos também, o que permitirá verificar se alguma série não era para estar na equação cointegrante • Havendo séries I(1), segundo o teste ADF, com tendência determinística e outras também I(1) sem, ponha a variável t na equação cointegrante • Se todas as séries forem I(1), segundo o teste ADF, com tendencia deterministica, verifique no teste de cointegração se ha tendencia determinística tambem nos erros da equação cointegrante. Se houver, inclua a variável t na mesma. SAZONALIDADE Equação cointegrante logCt a a1D1t a2 D2t a3 D3t b1 log Pt b2 logYt b3 log ELt loget Modelo de Correção de Erros: Modelo para Séries Estacionárias ou I(0): logCt 0 1D1t 2 D2t 3 D3t 4eˆt p k n i 1 j 1 s 1 i log Pt i j logYt j s log ELt s wt log Ct 0 1 D1t 2 D2t 3 D3t p k n i 1 j 1 s 1 i log Pt i j logYt j s log ELt s wt