Comprehension
A Paradigm for Cognition
Walter Kintsch
O Papel do Exercício da
Memória na Compreensão
Renata Cardoso
Julho/2002
Profª: Adriana Benevides
Introdução
• Memória textual x Memória para listas
• Memória para atividades cognitivas
ultrapassa em larga escala a Memória
utilizada nos laboratórios
• Exercícios de Memórias na
compreensão de texto: características
sensoriais, conhecimento lexical,
memória de textos anteriores e
contextos anteriores
Memória de Laboratório e
Memória do dia-a-dia
• Experiências em laboratórios  Resultados
enganadores e inúteis
• JENKINS(1974): “Lembra daquela antiga
teoria da memória? Bem, esqueça-a!”
• ERICSSON e KINTSCH (1995)  Estas
experiências precisam de uma extensão
para as atividades rotineiras, através da
“Teoria da Memória de Trabalho de Longo
Prazo”
Teoria da Memória de Trabalho de
Longo Prazo
• Aceita a teoria da memória como ela é
e mostra que ela pode ser estendida
para incluir a memória boa encontrada
em certas atividades por meio de
conceitos desenvolvidos dentro da
estrutura da teoria clássica.
A Memória de Trabalho e a
Memória Elaborada
• Memória de Trabalho  Processador Central
Humano
• Outros nomes: Memória de Curto Prazo (MCP),
Foco de atenção e Consciência
• BADDELEY  “ O estoque temporário de
informações que está sendo processado em
qualquer tipo de atividade cognitiva”
Memória de Trabalho de Curto Prazo
(MT-CP)
• É insuficiente para dar conta de todo o
papel da memória nos processos
cognitivos
• KINTSCH (1995)  Capacidade limitada
• MILLER (1956)  Contém 7 ± 2 itens
• BROADBENT (1975)   4 itens
Memória de Trabalho de Curto Prazo (MT-CP)
Memória de Trabalho de Longo Prazo
(MT-LP)
• Pessoas que aprenderam a usar parte
da Memória de Longo Prazo (MLP) como
Memória de Trabalho
• Itens disponíveis na MCP servem como
“pistas” para recuperação para essas
partes da MLP que estão conectadas a
elas por Estruturas de Recuperação
Memória de Trabalho de Longo Prazo (MT-LP)
Estruturas de Recuperação
• Informações na Memória de Trabalho 2 tipos de itens:
 os que já estão na MT-CP
 os alcançáveis por uma Estrutura de
Recuperação
• MT-CP  é bastante limitada
• MT-LP  depende da natureza das
Estruturas de recuperação
Memória de Trabalho de Longo
Prazo na Compreensão dos Textos
• Recuperação da MLP: Se a MT-LP está
envolvida, a recuperação é rápida, confiável
e flexível
• Contradiz a Teoria clássica da Memória de
Trabalho, através de Estruturas de
Recuperação
• Compreender um texto  Formar estruturas
Estruturas de Recuperação no
Modelo CI (Integração-Construção)
 Memória de Texto Episódica durante a
compreensão:
Num texto, sentenças contém “pistas”
que ligam estas partes com as frases
anteriores. Estas pistas provêem acesso
para a Estrutura Episódica do texto na
MT-LP
Estruturas de Recuperação no Modelo CI
(Integração-Construção)
• Funcionamento das Estruturas na Compreensão
de texto
Estruturas de Recuperação no Modelo CI
(Integração-Construção)
 A Ativação do Conhecimento durante a
Compreensão
“ John atropelou um veado [0] dirigindo tarde da noite
numa estrada florestal. Estava escuro e primeiramente
ele [MT-CP] não percebeu o dano que tinha causado.
Entretanto o mecânico na oficina disse que a conta seria
muito grande. O agente de seguro demorou muito
tempo inspecionando o estrago, e ele [MT-LP] tornou-se
muito impaciente. Enquanto isso na floresta, três
abutres circulavam o veado morto [MLP]”.
Estruturas de Recuperação no Modelo CI
(Integração-Construção)
• Construção de estruturas utilizando estruturas préexistentes:
TEXTO
Dois mascarados
pistoleiros
fugiram com
$100.000 do
Banco Nacional
CONHECIMENTO ATIVADO
terça-feira de carnaval
cowboy
rio
dinheiro
roubo
Estruturas de Recuperação no Modelo CI
(Integração-Construção)
“Uma quantidade anormalmente baixa de hidrocele foi
encontrada. A corda espermática estava muito seca”.
• Ocorre uma inferência consciente e
deliberada
• McNAMARA e KINTSCH (1996) : Textos
difíceis e desconhecidos para o leitor
Estruturas de Recuperação no Modelo CI
(Integração-Construção)
• Resultado da experiência:
Estruturas de Recuperação no Modelo CI
(Integração-Construção)
O papel da MT-LP no Processo de
compreensão
• Dominância Texto Base : falta ao leitor
um conhecimento anterior necessário
para o entendimento do texto
• Lembrança reprodutiva, leitores
passivos
• Bons leitores: itens da MLP na MT-LP
conectados fortemente
Estruturas de Recuperação no Modelo CI
(Integração-Construção)
O papel da MT-LP no Processo de
compreensão
• Dominância do Modelo Situação:
Pessoas com um rico conhecimento
anterior formam uma MT-LP diferente
• Estruturas bem conectadas
• Reconstrução do texto através de
estruturas
Estruturas de Recuperação no Modelo CI
(Integração-Construção)
 Buffer de MCP:
• KINTSCH e VANDIJK (1978)  Única maneira
que a representação de um texto pode ser
construída.
• Processamento de ciclo de elementos
• GLANZER (1981)  Compreensão possível
sem o Buffer
• Ligações com o Buffer: Relações Textuais
• Ligações com MT-LP: Conhecimento anterior
Modelo de Recuperação de Estruturas LSA
(Análise Semântica Latente)
• MYERS, O`BRIEN, ALBRECHT e MASON:
O conteúdo que está no foco de atenção
durante a leitura acessa a informação
relacionada anteriormente no texto ou na base
de conhecimento.
Modelo de Recuperação de Estruturas LSA
• MYERS  A MLP ecoa com o conteúdo da
MCP. Os itens que ecoam mais fortemente
tornam-se acessíveis na Memória de Trabalho
( Teoria de Ressonância)
• Estruturas de recuperação podem ser
modeladas formalmente – modelo matemático
Diferença de Capacidade na
Memória de Trabalho?
Fatores que fazem um bom e um fraco
leitor:
•
•
•
•
Capacidade
Capacidade
Domínio de
Capacidade
de Decodificação
de Linguagem
Conhecimento
de Memória de Trabalho
Diferença de Capacidade na Memória de Trabalho?
Qual a relação entre MCP e Capacidade de leitura?
• DANEMAN e CARPENTER (1980)  “Reading
span” : indica quanto da capacidade (MCP) do
leitor está disponível durante a leitura
• Capacidade de Leitura  Compreensão de Leitura
• Cria-se a relação entre Capacidade de MCP e
Compreensão de leitura
Diferença de Capacidade na Memória de Trabalho?
• BADDELEY (1986)  Capacidade de
leitura é uma boa previsão para a
compreensão de leitura, mas
aparentemente não é uma medida
para a capacidade de MCP
Conclusão
• Saber alguma coisa simplesmente não é
suficiente para formar uma boa estrutura de
recuperação, o conhecimento tem que ser
forte, bem praticado e automatizado
• As Estruturas de Recuperação ajudam a
pessoa a superar os limites da capacidade
da sua MCP e portanto elas fazem possível o
desempenho de funções cognitivas mais
complexas
Conclusão
• As estruturas de Recuperação não são
parte natural da memória, mas elas
podem ser adquiridas através de prática
constante e firme
• Estudos em Capacidade de Memória de
Trabalho são estudos de habilidades de
compreensão
• Leitores de alta capacidade utilizam
melhor a MT-CP e MT-LP.
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O papel da Memória