Clique para passar os slides Com som Museu Imperial Foto: “Amanhecer”, de Cartier D. PEDRO I Óleo sobre tela, sem assinatura, atribuído a Manoel Simplício de Sá, pintor oficial da Corte. RETRATO DO IMPERADOR D. PEDRO II Óleo sobre tela; sem assinatura; 1837; 0,900 X 0,660 m Félix Emile Taunay (1795-1881) O jovem Imperador, aos 12 anos de idade, já se preparava para as funções majestáticas que assumiria aos 14 anos. Foi retratado com farda militar, especificando a alta função de comandanteem-chefe das forças armadas do País. Ostenta a placa da Grã-Cruz do Cruzeiro e o Tosão de Ouro. Em segundo plano, à direita, o artista colocou o trono imperial, tendo, no espaldar, a sigla PII, ladeada por folhas de louro e encimada pelo dragão, que é a insígnia da Dinastia dos Bragança. FÉLIX EMILE TAUNAY Filho do pintor Nicolau Antonio Taunay, nascido em Montmorency, no ano de 1795. Veio para o Brasil acompanhando seu pai, integrante da Missão Artística Francesa chefiada por Lebreton. A partir de 1838 foi mestre de francês e de desenho do Imperador D. Pedro II e de suas irmãs. Faleceu, no Rio de Janeiro, no ano de 1881. Foi Comendador da Ordem da Rosa e Cavaleiro da Ordem de Cristo. D. PEDRO II NA ABERTURA DA ASSEMBLÉIA GERAL Óleo sobre tela; assinado; 1872; 2,880 X 2,050 m Pedro Américo de Figueiredo e Melo (1843-1905) Cerimônia realizada no Senado do Império, em 3 de maio de 1872. O quadro é também conhecido como "Fala do Trono", referindo-se ao discurso do Imperador na abertura e no encerramento da Assembléia Geral. FALA DO TRONO A referida cerimônia repetia-se anualmente na abertura e no encerramento da Assembléia Geral. Esta era a única ocasião em que o Imperador era visto portando a Coroa Imperial, o Cetro e os trajes majestáticos. Na tela vêem-se os seguintes personagens: em torno da mesa retangular, à esquerda, em segundo plano, o Visconde de Abaeté, Antonio Paulino Limpo de Abreu, presidente do Senado, presidindo a sessão; o Marquês (depois Duque) de Caxias, Luiz Alves de Lima, senador e conselheiro extraordinário; o Visconde do Rio Branco, José Maria da Silva Paranhos, senador, conselheiro ordinário, presidente do Gabinete e ministro da Fazenda; João Alfredo Correia de Oliveira, ministro da Pasta do Império. Ao fundo, da esquerda para a direita, Zacarias de Góis e Vasconcelos, deputado pela Bahia; Francisco Otaviano de Almeida Rosa, e Jerônimo José Teixeira Júnior, presidente da Câmara dos Deputados. Na tribuna imperial estão a Imperatriz, a Princesa Isabel e o Conde d'Eu, e, ao fundo, em pé, o Marquês de Tamandaré, Joaquim Marques Lisboa, Veador da Imperatriz. PEDRO AMÉRICO DE FIGUEIREDO E MELO Nasceu na então Província de Pernambuco e faleceu na Itália. Pintor, desenhista e professor. Muito cedo obteve permissão paterna para acompanhar, na qualidade de desenhista, a Missão Científica do naturalista francês Louis Jacques Brunet. Em 1854 transferiu-se para o Rio de Janeiro e logo se matriculou no Colégio D. Pedro II. Em 1855 foi estudar na Academia Imperial de Belas Artes. Na qualidade de bolsista do Imperador D. Pedro II, partiu para a Europa no ano de 1859. Viajou para a França. Foi discípulo de Ingres, Léon Cogniet e Horace Vernet. RETRATO DA PRINCESA ISABEL Óleo sobre tela; assinado; 1868; 630 X 0,510 m Edouard Vienot (1804- ...) Na mesma época, e pelo mesmo pintor, foram executados os retratos dos Imperadores e da Princesa Herdeira do Brasil. Os retratados apresentam-se com indumentária comum, fato que parece identificar o caráter estritamente familiar dados às pinturas, que possivelmente foram executadas para comemorar as bodas de prata dos Imperadores. EDOUARD VIENOT O pintor nasceu em Fontainebleau, no ano de 1804. Foi discípulo de Guérin e Hersent. Expôs nos salões de Paris, nos anos de 1831 a 1870. Por alvará de 20 de agosto de 1869, o Imperador nomeou-o como "Retratista e Fornecedor da Casa Imperial", podendo anunciar nos seus papéis e alçar as Armas Imperiais no seu estabelecimento. O pintor residia em Paris, com ateliê na Rua da Vitória, 92. JURAMENTO DA PRINCESA ISABEL Óleo sobre tela; assinado; 1875; 1,770 x 2,600 m Vítor Meireles de Lima Em fevereiro de 1871, faleceu, em Viena, a Princesa D. Leopoldina. Abalados com a dor pela perda da filha, os Imperadores viajaram para a Europa por uma longa temporada. A Regência passou a ser exercida pela Princesa D. Isabel, herdeira do trono, cujo juramento foi prestado, em 20 de maio do mesmo ano, na Sala de Sessões do Senado. A Cerimônia do Juramento foi presidida pelas mais importantes figuras do Governo, representando os Três Poderes. Todo o Corpo Diplomático testemunhou o evento, cuja memória foi encomendada pelo Visconde de Abaeté ao pintor Vítor Meireles de Lima. VÍTOR MEIRELES DE LIMA (1832-1903) Nasceu no ano de 1832, em Desterro, atual Florianópolis, na então Província de Santa Catarina. Faleceu, no Rio de Janeiro, no ano de 1903. Foi discípulo de Félix Emile Taunay, Porto Alegre e Correia Lima. Aperfeiçoou-se com Consoni, em Roma. Em Paris, teve como mestre Delaroche. Tornou-se pintor de temas históricos, absorvendo muito da escola italiana. Foi professor na Academia Imperial de Belas Artes, ocupando a cadeira de Pintura Histórica. Substituiu Grimm, na cadeira de Paisagismo. SALA DE ESTADO (detalhe) A Sala de Estado, como era chamada na época, era a sala mais importante do Palácio. Por ocasião da montagem do Museu, nela foram instalados o Trono, os espelhos e os consoles da antiga "Sala do Trono" do Paço de São Cristóvão. O Palácio Imperial de Petrópolis, por ser uma residência de veraneio e descanso, não possuía Sala do Trono. Tapete Aubusson, com a marca CJ Sallandrouze, datado de 1852. Trono em talha dourada e forro de veludo verde. No encosto, entre duas palmas, a sigla P II I (Pedro Segundo Imperador) bordada a prata. Pés dianteiros constituídos por duas esfinges. QUARTO DE SUAS MAJESTADES Mobília de jacarandá, apliques com as Armas do Império do Brasil em bronze dourado. Na cama, colcha de cetim bordado a matiz, trabalho chinês. Na parede, crucifixo do século XVIII, em jacarandá, com guarnição de prata e imagem de marfim. Lustre para 12 luzes, de bronze dourado, cristal branco e âmbar. Sobre o criado-mudo, candeeiros de metal amarelo, que foram deste Palácio. Ao fundo, penteadeira com um vaso de porcelana de Sèvres, e à direita, um "psyche" (grande espelho), em estilo Império. SALA DE COSTURA DA IMPERATRIZ Grupo constituído de sofá e cadeiras de jacarandá e palhinha fazia parte do mobiliário deste Palácio. À esquerda, sobre o sofá, uma pintura de Felix Emile Taunay (1795-1881), representando um desembarque no Largo do Paço. No centro da sala, mesa de mármore negro, com as Armas do Império do Brasil incrustadas em mármores de várias cores, no tampo. Pertenceu a este Palácio. Ao fundo, relógio-armário, em vinhático, que pertenceu ao Almirante Teodoro de Beaurepaire. À esquerda, costureiro de charão, de manufatura chinesa, presente da Imperatriz Teresa Cristina à Baronesa de Loreto. SALA DO PIANO DA IMPERATRIZ Piano de fabricação norteamericana de Chickering & Sons, presente dos fabricantes à Imperatriz Teresa Cristina. No ofício de agradecimento à firma Chickering & Sons, de Boston, em 1873, o Mordomo da Casa Imperial, Nicolau Antônio Nogueira da Gama, relata que o piano chegou "... sem acidentes, e que achou-o perfeito SM". À direita, mobília de jacarandá forrada de veludo cor de vinho, que pertenceu à Imperatriz. Na parede, sobre o sofá, retrato da Família Imperial (D. Pedro II, D. Teresa Cristina e as Princesas Isabel e Leopoldina), pintado por François René Moreaux (18071869). ESPINETA Madeira dourada e pintura à mão; fabricação de Mathias Bosten; Lisboa, 1788; estilo Luís XVI; 1,80 X 0,882 X 0,600 m Forma triangular, cauda pequena, teclado de marfim e ébano, de cinco oitavas e um único jogo de cordas. Na parte interna do tampo, uma cena bucólica, pintada a óleo, sem assinatura e sem data. Único exemplar no Brasil deste instrumento e último remanescente de cordas pinçadas entre os fabricados pelo importante mestre lisboeta. MATHIAS BOSTEN Construtor de cravos e pianos e "Mestre de Cravos da Real Câmara", com oficina em Lisboa. Recebeu de Manuel Antunes, em 1760, por dez anos, o privilégio exclusivo de fabricar cravos de martelo. Trabalhou na casa real portuguesa entre 1769 e 1801, como afinador de cravos, ganhando 6.400 réis por ano, e de 1770 a 1790 como cravista, com o ordenado de 3.200 réis por mês. Faleceu em 15.08.1806, óbito registrado na Freguesia da Encarnação. Era viúvo e deixou testamento. Os seus herdeiros leiloaram os instrumentos ainda em preparação, bem como a casa em que vivia na Rua da Emenda. CETRO Ouro e brilhantes; obra do ourives fluminense Manuel Inácio de Loiola, sob a orientação de Inácio Luís da Costa; altura: 2,500 m; peso: 2, 510 g Feito para a sagração e coroação de D. Pedro I, a 2 de dezembro de 1822, na Capela Imperial, no Rio de Janeiro. Foi usado também por D. Pedro II. Capitel em forma de campana invertida, composta de folhagens estilizadas. Sobre o ábaco está assentado um dragão, de asas espalmadas e cauda revirada para cima, a boca aberta; a língua farpada, móvel, e os olhos constituídos por dois brilhantes, colocados na época da coroação de D. Pedro II. Cinzeladura primorosa, sobretudo o lavor do pêlo e das escamas do animal. O Cetro é uma espécie de bastão de comando, insígnia da realeza. O cofre de porcelana, "biscuit" e bronze dourado é uma peça rara da manufatura de Sèvres. Feito especialmente por encomenda da Rainha de França, Marie Amélie, foi presenteado pelo Rei Louis Phillipe a seu filho François d' Orleans, o Príncipe de Joinville, por ocasião de seu casamento com a Princesa D. Francisca, irmã de D. Pedro II, em maio de 1843, no Rio de Janeiro. O cofre apresenta cenas da vida do príncipe, oficial da Marinha Francesa, em placas de porcelana reproduzindo pinturas de Ambroise Louis Garneray (1783-1857), Horace Vernet (1780-1863) e Louis Gabriel Isabey (18031886). A placa frontal reproduz o embarque de D. Francisca, na enseada da Glória, para o navio que a levou à Europa. Século XIX, 0,540 m x 0,620 m x 0,320 m. TELEFONE Fabricação inglesa O aparelho é feito em madeira, metal, baquelite, porcelana, veludo e galão. Instalado na Fazenda Santa Cruz na última década do Império e de lá retirado em 16.11.1889. Deve-se a D. Pedro II a introdução do telefone no Brasil. O Imperador já conhecera Graham Bell em Boston, onde o inventor produzia aparelhos para a surdez. Ao reencontrá-lo, em 1876, na Exposição Universal de Filadélfia, comemorativa do centenário da independência norte-americana, D. Pedro chamou a atenção para o aparelho apresentado como "telefone", influenciando o júri, por seu interesse, a premiar o invento. Convidado por Bell a experimentar o aparelho, à vista de todos, o Imperador recitou trechos de Shakespeare e, ao final, exclamou a famosa frase: "Céus! Isto fala!" O primeiro telefone instalado no Brasil foi o do Paço de São Cristóvão. Em 15 de novembro de 1879, o Decreto 7.539 autoriza a criação da Companhia Telefônica do Brasil. Um Pouco de História... Em 1822, D. Pedro I, viajando em direção a Vila Rica, Minas Gerais, para buscar apoio ao movimento da nossa Independência, encantou-se com a Mata Atlântica e o clima ameno da região serrana. Hospedou-se na Fazenda do Padre Correia e chegou a fazer uma oferta para comprá-la. Diante da recusa da proprietária, D. Pedro resolveu comprar, por 20 contos de réis, a Fazenda do Córrego Seco, pensando em transformá-la um dia no Palácio da Concórdia. A crise política sucessória em Portugal e a insatisfação interna foram determinantes para o seu regresso à terra natal, onde ele viria a morrer sem voltar ao Brasil. A Fazenda do Córrego Seco foi deixada como herança para seu filho, D. Pedro II, que nele construiria sua residência favorita de verão. A construção do belo prédio neoclássico, onde funciona atualmente o MUSEU IMPERIAL, teve início em 1845 e foi concluída em 1862. Para dar início à construção, D. Pedro II assinou um decreto em 16 de março de 1843, criando Petrópolis. Uma grande leva de imigrantes europeus, principalmente alemães, sob o comando do engenheiro Júlio Frederico Koeler, foi incumbida de levantar a cidade, construir o Palácio e colonizar a região. Criação do Museu Imperial Com a Proclamação da República, em 1889, a Princesa Isabel alugou o Palácio para o Colégio Notre Dame de Sion. Mais tarde, foi a vez do Colégio São Vicente de Paulo ocupar o prédio. Entre seus alunos, havia um apaixonado por História: Alcindo de Azevedo Sodré. Graças a ele, que sonhava acordado nas noites silenciosas com a transformação do seu colégio em um Museu Histórico, o presidente Getúlio Vargas criou, em 16 de março de 1943, o MUSEU IMPERIAL. Criação do PPS: Ronaldo Maurício da Silva [email protected] Melodia: Wagner - Overture Lohengrin - Festival Philarmonic Orchestra. Wagner era amigo particular de D. Pedro II e um de seus compositores preferidos. Imagens, legendas e texto do slide 13 extraídos do site do Museu. [email protected] http://www.e-bookspetropolis.com.br/