Cláudio Alves da Silva
Logística Empresarial
APRESENTAÇÃO
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Logística Empresarial,
parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmico e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) alunos(as)
uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidisciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br,
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso,
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suplemento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO................................................................................................................................................ 5
1 A LOGÍSTICA.............................................................................................................................................. 7
1.1 A Evolução do Conceito de Logística........................................................................................................................9
1.2 A Definição de Logística Empresarial.................................................................................................................. 9
1.3 A Importância da Logística Empresarial............................................................................................................10
1.4 Atividade Logística........................................................................................................................................................10
1.5 Atividades Logísticas na Empresa...........................................................................................................................10
1.6 Exemplos de Processos de uma Cadeia Logística.............................................................................................11
1.7 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................14
1.8 Atividades Propostas....................................................................................................................................................15
2 CADEIA DE SUPRIMENTOS............................................................................................................ 17
2.1 Processos..........................................................................................................................................................................19
2.2 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................21
2.3 Atividades Propostas....................................................................................................................................................22
3 GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS.............................................................................. 23
3.1 Evolução da Gestão da Cadeia Logística..............................................................................................................24
3.2 Integração da Logística na Cadeia de Suprimentos.........................................................................................26
3.3 Competitividade............................................................................................................................................................28
3.4 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................28
3.5 Atividades Propostas....................................................................................................................................................29
4 SUPPLY CHAIN DRIVERS.................................................................................................................... 31
4.1 Produção...........................................................................................................................................................................31
4.2 Estoques............................................................................................................................................................................32
4.3 Localização.......................................................................................................................................................................33
4.4 Transporte........................................................................................................................................................................34
4.5 Informação.......................................................................................................................................................................35
4.6 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................36
4.7 Atividades Propostas....................................................................................................................................................36
5 DECISÕES................................................................................................................................................... 37
5.1 Gerenciamento Estratégico.......................................................................................................................................38
5.2 Gerenciamento Tático..................................................................................................................................................39
5.3 Gerenciamento Operacional.....................................................................................................................................40
5.4 Estratégia Logística versus Logística Estratégica................................................................................................41
5.5 Auditoria Logística........................................................................................................................................................41
5.6 Estratégia..........................................................................................................................................................................42
5.7 Indicadores de Desempenho....................................................................................................................................43
5.8 A Implementação de um Departamento Logístico.........................................................................................47
5.9 Serviços e Valor Agregado.........................................................................................................................................47
5.10 Resumo do Capítulo..................................................................................................................................................48
5.11 Atividades Propostas.................................................................................................................................................49
6 CADEIA DE VALOR............................................................................................................................... 51
6.1 Características.................................................................................................................................................................51
6.2 Atividades de Apoio ou de Suporte.......................................................................................................................53
6.3 Escopo da Cadeia de Valor.........................................................................................................................................53
6.4 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................54
6.5 Atividades Propostas....................................................................................................................................................54
7 ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES.............................................................................................. 55
7.1 Previsão de Demanda..................................................................................................................................................57
7.2 Classificação de Estoques...........................................................................................................................................59
7.3 Vantagens na Utilização dos Estoques..................................................................................................................59
7.4 Desvantagens na Existência de Estoques.........................................................................................................60
7.5 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................60
7.6 Atividades Propostas....................................................................................................................................................61
8 LOGÍSTICA REVERSA.......................................................................................................................... 63
8.1 Atividades Típicas do Processo Logístico Reverso............................................................................................63
8.2 Pós-Venda.........................................................................................................................................................................64
8.3 Pós-Consumo..................................................................................................................................................................65
8.4 O que é Produção Limpa?..........................................................................................................................................67
8.5 Resumo do Capítulo.....................................................................................................................................................68
8.6 Atividades Propostas....................................................................................................................................................69
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................................................ 71
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS...................................... 73
REFERÊNCIAS.............................................................................................................................................. 77
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR.................................................................................................. 78
ANEXOS........................................................................................................................................................... 81
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), a logística é entendida como a área designada para realizar a administração de
materiais, equipamentos e de informações necessárias para a execução de todas as atividades existentes
em uma empresa. Em outras palavras, a responsabilidade do planejamento das operações e controle de
todo o fluxo de mercadorias e das informações, desde a origem até o consumo final, estão sob a responsabilidade da logística.
Atualmente, devido à popularização do comércio eletrônico, mais o advento de novos produtos,
serviços, tecnologias e negócios, o cenário logístico nacional e empresarial se alterou estrategicamente,
para atender às necessidades existentes e desejos apresentados pelos novos mercados e clientes.
Por meio do comércio virtual, as empresas passaram atuar de uma forma tanto nacional como global, oferecendo desta forma os seus produtos e serviços vinte quatro horas por dia. Mesmo para atender
um cliente que faz as suas transações em um ambiente virtual, as empresas necessitam de toda uma
estrutura logística real e moderna.
Pela ótica da empresa moderna, fica fácil perceber que o básico da atividade logística é o atendimento do cliente. Por isso que uma das preocupações empresariais é a de manter um bom nível de serviço por meio de uma cadeia logística estrategicamente eficaz, porque, de fato, ela inicia no instante em
que o cliente resolve transformar um desejo em realidade.
Para facilitar o entendimento, geralmente:
ƒƒ O cliente faz as suas compras e consumo a partir do mercado de varejo, este sendo representado por lojas comerciais convencionais (físicas) ou virtuais, consideradas como o elo comercial
final de uma cadeia logística;
ƒƒ Por traz deste elo comercial, existe a ligação entre os fabricantes e seus fornecedores a empresas atacadistas e varejistas, que têm como responsabilidade a de atender ao cliente final.
De uma forma resumida, como você verá mais à frente, os fabricantes fazem as aquisições de matéria-prima e componentes essenciais das empresas que fazem parte do rol de fornecedores. Após a
transformação da matéria-prima ou a utilização dos componentes para transformá-los em produtos, as
indústrias vendem seus produtos para os atacadistas ou dependendo das estratégias e políticas de negócios vendem diretamente aos varejistas. Na sequência, os varejistas, adquirem tais produtos diretamente
dos fabricantes ou dos atacadistas para venderem para os consumidores finais.
Como ao longo de uma cadeia logística há estruturas utilizadas para estocar ou armazenar, ferramentas, materiais, produtos ou quaisquer outros tipos de mercadorias essenciais para a realização de
suas atividades, as empresas modernas, para controlar e administrar os fluxos físicos e de informação,
fazem uso de sistemas de gerenciamento de estoques ou de armazéns; e, como exemplo, podemos citar que uma das principais ferramentas de uso da gestão logística é o Warehouse Management System
(WMS), que em português significa: sistema de automação e gerenciamento de depósitos, armazéns e
linhas de produção.
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Cláudio Alves da Silva
O seu uso é fundamental para a gestão da cadeia de suprimentos (Supply Chain), porque ele fornece o giro de estoques, comandos inteligentes de separação de pedidos (picking), consolidação automática de cargas e transbordo conhecido como (cross docking), para que, de uma forma racional, lógica e
estruturada, seja feita a devida estocagem, armazenagem e posteriormente a distribuição.
Para ajudá-lo(a) na construção do seu aprendizado, com a leitura e uso desta apostila nas aulas e
na resolução das atividades que serão propostas durante a realização do curso, pretendemos que você
venha a entender e compreender os demais temas e assuntos que fazem parte do contexto da logística
moderna.
O curso, por meio do conteúdo programático da disciplina de Logística Empresarial, tem por objetivo, ajudá-lo(a) a:
ƒƒ Entender o funcionamento das cadeias de suprimentos e identificar valores que agregam à
logística das cadeias de suprimentos;
ƒƒ Identificar os fluxos e processos da cadeia de suprimentos nos diversos segmentos empresariais;
ƒƒ Interpretar a influência dos sistemas integrados de gestão na administração da cadeia logística;
ƒƒ Conhecer as limitações, os riscos e os custos envolvidos na cadeia de suprimentos;
ƒƒ Planejar a logística para as características específicas da cadeia de suprimentos atendendo aos
valores requeridos pelos clientes internos e externos da empresa;
ƒƒ Definir Logística e Cadeia de Suprimentos, sua importância no ambiente empresarial.
Oferecendo, dessa forma, subsídios para um estudo analítico sobre o papel estratégico das atividades logísticas e empresariais desempenhadas e realizadas neste cenário tão abrangente e desafiador.
Dentro dessa perspectiva, o conteúdo está organizado da seguinte forma: no primeiro capítulo
abordaremos sobre a logística, a definição e a importância da logística empresarial, ela como atividade
na empresa e exemplos de processos de uma cadeia logística. No segundo capítulo, trataremos da cadeia
de suprimentos e os seus processos básicos. No terceiro capítulo falaremos sobre gestão da cadeia de
suprimentos, sua evolução, os participantes da cadeia logística, a integração da logística, e competitividade. No quarto capítulo, abordaremos sobre as áreas de desempenho da cadeia logística (Supply Chain
Driver), tais como produção, estoques, localização, transporte e informação. No quinto, são apresentadas
as decisões e os gerenciamentos estratégicos, táticos e operacionais; auditoria logística; estratégia; indicadores de desempenho e análise através de exemplos de aplicações de indicadores; a implementação
de um departamento logístico; serviços e valor agregado. No sexto capítulo é apresentada a cadeia de
valor, as suas características, atividades de apoio ou de suporte e seu escopo. No sétimo, abordaremos
sobre a administração de estoques, previsão da demanda, classificação, vantagens e desvantagens dos
estoques. No oitavo capítulo, apresentaremos a logística reversa, as suas atividades típicas, pós-venda e
pós-consumo.
Ao final, são apresentadas as respostas comentadas das atividades propostas e existentes em cada
capítulo, as referências bibliográficas, e materiais anexos que te ajudarão na sua empreitada estudantil
e profissional.
Será um prazer acompanhá-lo(a) ao longo de mais uma etapa, rumo à sua formação acadêmica.
Cláudio Alves da Silva
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A LOGÍSTICA
Prezado(a) aluno(a),
Neste capítulo, trataremos de apresentar: a
logística, a sua definição e importância empresarial, ela como atividade operacional na empresa e
exemplos de processos de uma cadeia logística.
Atualmente, é comum percebermos que as
empresas estão migrando do modelo tradicional
de funcionamento, para o ambiente web, com o
objetivo de atender maiores demandas e vender
para os seus clientes produtos e serviços, vinte e
quatro horas por dia.
Figura 1 – Ilustração sobre o uso da Internet para
aquisição de produtos.
produto ou item logístico, contribui para termos
as dimensões corretas de tais bens ou produtos.
Quando falamos de dimensões, estamos nos referindo ao peso, altura, largura e comprimento de
cada item a ser extraído, adquirido, movimentado, modificado, embalado, armazenado, negociado, separado e distribuído.
Além das dimensões, há, porém, outras características a serem observadas, que criam dificuldades e exigem procedimentos diferenciados
por parte dos processos logísticos, tais como:
ƒƒ Grau de periculosidade existente em
produtos químicos, derivados de petróleo e farmacêuticos;
ƒƒ Fragilidade, ou seja, produtos que se
quebram facilmente se não forem bem
manuseados, embalados e movimentados. Como exemplo, podemos citar os
cristais, brinquedos, eletroeletrônicos,
utensílios, entre outros;
ƒƒ Perecibilidade, muito comum em produtos alimentícios em geral;
Fonte: Banco de dados Free.
Além de disponibilizar tais produtos e serviços, as empresas também precisam ter bem definido, em suas estruturas, as estratégias e os serviços logísticos adequados para que desta forma o
nível de atendimento e satisfação estabelecidos e
esperados sejam mantidos e atendidos.
Os produtos sob a responsabilidade da logística, geralmente, são traduzidos e entendidos
como bens tangíveis, ou seja, possuem corpo
e forma física. Essa forma física, atrelada a cada
ƒƒ Variabilidade de cores, sabores, odores
e densidade (massa ou consistência)
que caracterizam determinadas linhas
de produtos;
ƒƒ Quantidade.
Nesse contexto, podemos considerar que
a logística empresarial é a principal responsável pela movimentação dos diversos tipos de
produtos existentes em uma cadeia empresarial, tais como: livros, computadores, televisores,
brinquedos, alimentos, medicamentos, calçados,
ferramentas, vestuários, móveis, veículos, maqui-
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Cláudio Alves da Silva
nários, embalagens, e todo e qualquer tipo de
material ou item, necessários para uso próprio,
revenda ou consumo. Para tanto, a empresa deve
gerar conhecimento através da informação, processos, técnicas e serviços para movimentar e disponibilizar estes materiais com o uso da infraestrutura existente ao longo da cadeia.
Os serviços geralmente são importantes e
podem ou não envolver um bem físico, mas geralmente é na prestação de serviço que se concentra
a questão do nível de atendimento existente:
ƒƒ No fornecimento por parte dos estoques, fornecedores e distribuidores;
ƒƒ Nas entregas e das respostas sem atrasos;
ƒƒ Na pós-venda definido como troca em
caso de erros ou avarias, instalação,
montagem e manutenção;
como atividade de apoio, assim como a área de
contabilidade, qualidade, produção, recursos humanos, entre outras.
Diante dessa realidade, as empresas de uma
forma muito bem estruturada e planejada têm
bem definido quais os tipos de produtos e serviços que serão ofertados, as quantidades necessárias para atender às demandas e aos estoques, as
ferramentas necessárias para auxiliar na gestão
dos fluxos físicos de materiais ou produtos, e das
informações atreladas e pertinentes a estes.
Dentro deste contexto, há a presença da
chamada logística empresarial, com um foco mais
na gestão e na estratégia, cujo principal objetivo
é: “tornar disponíveis produtos e serviços no local
onde são necessários, no momento em que são
desejados.” (BOWERSOX; CLOSS, 2008, p. 19).
ƒƒ Como resultado da satisfação do cliente.
As empresas têm que estar preparadas para
atender ao cliente com qualidade e agilidade,
caso venha a ofertar e comercializar um bem ou
serviço quer seja da forma tradicional, convencional ou virtual.
Dicionário
Virtual: Realidade virtual, simulação de um ambiente real por meio de imagens de síntese tridimensionais.
No nosso contexto, refere-se às fotos dos produtos
disponíveis na internet, contendo as suas dimensões (peso, altura, largura e comprimento), que
posteriormente serão comercializados e entregues pela área de distribuição.
Fonte: Dicionário de português on-line.
Mesmo sendo tão relevante para atender
às necessidades dos clientes e das transações
comerciais, nem sempre a logística será vista e
reconhecida como atividade principal de uma
empresa, ou seja, muitas vezes é vista e percebida
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Logística Empresarial
1.1 A Evolução do Conceito de Logística
O conceito de logística nos negócios se desenvolveu fortemente na década de 1950, considerado como o período de pós-guerra. Isso foi
devido principalmente à crescente complexidade
encontrada nos negócios, na gestão de materiais
e entregas de produtos em uma cadeia de suprimentos cada vez mais global.
O Council of Supply Chain Management Professionals (Conselho Profissional de Administração de Cadeias de Suprimentos) define a logística como a parte do gerenciamento da cadeia de
abastecimento que planeja, programa e controla
o fluxo e armazenamento eficiente e econômico
de matérias-primas, materiais semiacabados e
produtos acabados; bem como as informações
relativas a eles, desde o ponto de origem até o
ponto de consumo, com o propósito de atender
às exigências dos clientes.
to certo podem ser descritas dentro dos termos
gerais de “logística” ou “distribuição”. O ato de supervisar ou gerenciar esta atividade é conhecido
como “gestão logística”.
Os componentes de um sistema de logística típico são: atendimento ao cliente, previsão da
demanda, comunicação da distribuição, controle
de inventário, gestão de materiais, processamento de ordens e partes, suporte de serviço, seleção
de planta e armazém, compras, embalagem, gestão de bens devolvidos, disposição de sobras e
rejeitos, armazenagem, transporte e tráfego.
Uma posição em uma empresa pequena
pode envolver todas estas atividades, enquanto o
trabalho em uma grande corporação pode significar estar envolvido com uma única ou algumas
poucas áreas (BOWERSOX; CLOSS, 2008). Todas as atividades envolvidas na movimentação de bens para o lugar certo no momen-
1.2 A Definição de Logística Empresarial
A Logística pode ser entendida como a área
da Administração que cuida do transporte e armazenamento das mercadorias (MARTINS; ALT,
2006).
Ela abrange um conjunto de planejamento,
operação e controle do fluxo de materiais, mercadorias, serviços e principalmente das informações
da empresa, integrando de uma forma racional
as funções sistêmicas, desde suprimentos, produção, armazenagem até a distribuição, assegurando dessa forma as vantagens competitivas e
nível de serviço na cadeia de distribuição e, consequentemente, a satisfação dos acionistas e dos
clientes.
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1.3 A Importância da Logística Empresarial
Conforme mencionado, a logística empresarial atua de uma forma administrativa e
estratégica, em busca de melhores resultados e
satisfação dos clientes. E essa satisfação está diretamente ligada aos serviços de distribuição e
de pós-vendas ofertados pelas empresas aos seus
respectivos clientes e consumidores.
não querem pagar nada mais por tais produtos e
serviços.
Por isso que hoje é perceptível e exigido um
alto grau de sofisticação tecnológica para promover e programar a integração dos processos, das
informações e dos negócios existentes neste ambiente tão complexo e desafiador.
Os clientes e consumidores já estão acostumados a serem bem atendidos e de preferência
1.4 Atividade Logística
A questão operacional da logística é complexa. Como, por exemplo, podemos citar o controle e acompanhamento da demanda dos produtos ou serviços, controle e acompanhamento
da frequência dos pedidos, controle e acompanhamento das quantidades por pedido, controle e acompanhamento dos custos envolvidos na
operação, tempo de entrega (lead-time), pedido
mínimo, rupturas de abastecimento, prazos de
entrega, períodos promocionais e frequência de
sazonalidades, políticas de estoque (evitando faltas ou excessos), planejamento da produção, políticas de fretes, políticas de gestão dos pedidos
(orders), análise dos modelos de canais de distribuição, entre outros (CARVALHO, 2002).
atividade logística no Brasil e no mundo passa por
uma gestão com foco na identificação de oportunidades de redução de custos, prazos de entrega
e consequentemente no aumento da qualidade
no cumprimento do prazo; disponibilidade constante dos produtos, programação das entregas,
facilidade na gestão dos pedidos e flexibilização
da fabricação, análises de longo prazo, elaboração de projetos com incrementos em inovação
tecnológica, novas metodologias de custeio, novas ferramentas para redefinição de processos e
adequação dos negócios, como exemplo no ramo
varejista, podemos citar: a Resposta Eficiente ao
Consumidor (Efficient Consumer Response), entre
outros meios e técnicas.
Com o surgimento de novas necessidades
por parte do mercado e das empresas em geral, a
1.5 Atividades Logísticas na Empresa
O ciclo de atividades é o principal fator de
análise em uma logística integrada, pois fornece
uma visão básica das decisões e das interfaces que
devem ser combinadas para a criação e a gestão
de um sistema operacional. Essa visão operacional e gerencial é importante porque uma grande
10
parte do total dos processos existentes nas empresas é composta de atividades logísticas, e estas consistem essencialmente na gestão e no planejamento de depósitos, armazéns ou de centros
de distribuição, na localização, e também de todo
tipo de instalações que venha a ser necessário.
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Logística Empresarial
Segundo Carvalho (2002), as atividades logísticas presentes na movimentação de materiais
e produtos são a movimentação e reaproveitamento de desperdícios.
Na atividade logística, importantes são todas as atividades que se relacionam com o transporte e com a movimentação de matéria-prima,
materiais ou produtos, tanto de uma forma interna quanto externa na empresa. Além disso, temos que levar em consideração qual o modal de
transporte que deverá ser usado para atender a
um determinado cliente, e a escolha da frota, se
esta será própria ou terceirizada.
Tendo a visão das atividades, dos fluxos
existentes e dos elementos que compõem uma
determinada cadeia logística, teremos a clara
noção que o canal logístico da empresa é então
constituído pelos produtores e fornecedores de
matéria-prima, pelas empresas de transportes,
podendo estes serem operadores logísticos ou
transportadoras que realizam a movimentação
física de tais itens ou produtos, para atender o
cliente final.
Para Gomes (2004), o canal de distribuição
da empresa engloba não só as empresas de transporte como também os operadores responsáveis
pelo transporte, armazenagem e também, em alguns casos, a promoção e a comercialização dos
produtos.
Saiba mais
Uma boa gestão logística depende do conhecimento das informações sobre os tipos e as variedades dos produtos existentes, bem como da visão de
todos os participantes da cadeia de distribuição, e
dos canais existentes, utilizados para realizar estrategicamente com sucesso a distribuição dos bens,
produtos e serviços, ofertados pela empresa.
1.6 Exemplos de Processos de uma Cadeia Logística
Todo e qualquer produto que será transformado, utilizado ou consumido tem inicialmente uma origem definida, ou seja, até chegar
finalmente ao ponto de consumo, este produto
passou por diversas etapas e processos existentes
em uma cadeia logística; isto é, em um dado momento ele foi extraído, transformado, fabricado,
distribuído e, por fim, comercializado. Nesse contexto, apresentaremos um resumo de tais etapas
e processos, conforme descritos a seguir:
1º Extração de matéria-prima: esta é considerada como a primeira etapa do processo de uma cadeia. Essa etapa é realizada
por empresas que exploram os recursos naturais, explorando materiais ainda em seu
estado bruto para posteriormente, fornecê-los como matéria-prima, para as demais
empresas que fazem parte de determinados ramos empresariais.
Muitas vezes por estarem em seu estado
bruto, estes materiais, inicialmente, passam
por um processo de corte e apara no caso
de madeiras, lingotes de aço ou de alumínio; de fragmentação ou quebra no caso de
minérios; de limpeza e polimento no caso
de pedras decorativas; e de caracterização
no caso de subcomponentes. Como exemplo de material bruto, temos a madeira, a
carne, o couro, as frutas, as verduras, os legumes, os minérios (bauxita, manganês,
carvão, calcário, silício), o petróleo e seus
derivados.
E qual a função da logística neste processo?
Para que a empresa de extração e exploração funcione, a logística atuará fornecendo todo o suporte necessário, por meio
da compra de tais insumos e materiais, e,
quando for o caso e a situação assim exigir,
na aquisição de ferramentas, maquinários e
na contratação de serviços e mão de obra
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Cláudio Alves da Silva
especializada. Além de desempenhar a atividade de suprimentos, provavelmente, ela
irá atuar na movimentação, transporte, armazenamento, classificação e organização
de tais materiais e produtos, organizando-os conforme as necessidades existentes
por parte dos processos e clientes externos.
Tais clientes externos exercem o papel de
fornecedores para outras empresas. Dessa
forma, a logística encerra o seu ciclo de atividades nestas empresas iniciais.
2º A transformação da matéria-prima
bruta: dando sequência ao nosso exemplo
de fluxo na cadeia, conforme descrito na
primeira etapa, inicialmente este material
bruto explorado e coletado pelas empresas
passam por um processo inicial de corte e
apara no caso de madeiras, lingotes de aço
ou de alumínio; de fragmentação ou quebra
no caso de minérios; de limpeza e polimento no caso de pedras decorativas; e de caracterização no caso de subcomponentes.
Uma vez realizados os procedimentos básicos, tais materiais e subcomponentes armazenados e classificados serão fornecidos
para outras empresas que atuam em determinados segmentos industriais, que de uma
forma mais específica darão o tratamento
especial a este material, transformando-o
em matéria-prima para fabricação de uma
série de produtos. Essas empresas podem
ser denominadas de empresas transformadoras ou processadoras.
Muitas destas empresas trabalham em
parceria com outras empresas, tais como:
montadoras (Volkswagen, Dell, Semp Toshiba, Ford, Alpargatas, Scania, Votorantim,
Gerdau etc.), distribuidoras (Grupos Pão de
açúcar, Walmart, Carrefour etc.) e revendedoras (Casas Bahia, Sadia, Alpargatas, Perdigão etc.), por isso que muitas destas empresas não fazem parte do conhecimento dos
consumidores finais, mas são conhecidas
no mundo empresarial, principalmente por
profissionais e técnicos que conhecem os
produtos e as necessidades de cada empre-
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sa. Como exemplo, podemos dizer que uma
empresa com estas características pode fazer a transformação da matéria-prima bruta
do aço em material transformado conforme a dureza, resistência e maleabilidade
de acordo com a necessidade de outras
empresas, neste caso as fabricantes. Ainda
dentro deste contexto, há as empresas de
transformação do material plástico, de minérios, de essências e fragrâncias, de couro,
de insumos alimentares e de muitos outros
tipos de produtos. Por fim, este material deverá ser transportado para outros clientes,
na maioria das vezes empresas fabricantes,
encerrando o seu ciclo nestas empresas.
3º A fabricação: nesta etapa, estas empresas geralmente atuam desenvolvendo e fabricando produtos com base nas matérias-primas citadas anteriormente. Nessa etapa,
o que mais interessa a estas empresas é ter
os componentes ou materiais necessários
para poder fabricar os produtos finais que
serão ofertados ao consumidor final conforme o planejamento, programação e controle da produção.
É nessa etapa que ocorre o uso do couro
para a fabricação de sapatos, bolsas, carteiras e cintos; o uso da madeira para fabricação e confecção de móveis; das frutas para
produção de polpas, sucos, doces etc.; dos
componentes para montagem dos micros;
de peças para a montagem de veículos; da
carne para a produção de derivados alimentícios etc. Como podemos perceber, um fabricante pode produzir um bem durável,
como no caso de veículos, computadores, e
bens de consumo por ser uma indústria alimentícia, de material escolar, de vestuário
ou qualquer outro tipo de produto destinado ao consumo popular.
4º A Distribuição: conforme mencionado
anteriormente, a logística empresarial atua
de uma forma administrativa e estratégica,
buscando desta forma melhores resultados
e a satisfação dos clientes. E esta satisfação
está diretamente ligada aos serviços de dis-
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Logística Empresarial
tribuição e de pós-vendas ofertados pelas
empresas, aos seus respectivos clientes e
consumidores. Os clientes e consumidores
já estão acostumados a serem bem atendidos, e de preferência não querem pagar
nada mais por tais produtos e serviços. Por
isso que hoje é perceptível e exigido um
alto grau de sofisticação tecnológica para
promover e programar a integração dos
processos, das informações e dos negócios
existentes neste ambiente tão complexo e
desafiador.
Porém, é bom frisarmos que o processo de
distribuição sofreu grandes transformações
por diversos motivos, tais como: o crescimento demográfico, a quantidade e variabilidade atreladas a determinados produtos
e, consequentemente, com o uso da internet, houve o aumento geográfico, ou seja,
as empresas passaram a atuar em nível nacional e muitas internacionalmente, aumentando desta forma o consumo. Atualmente,
os fabricantes que fazem parte do processo
anterior deixaram de entregar ou distribuir
seus produtos diretamente ao consumidor
final, utilizando basicamente distribuidores
autorizados, mão de obra especializada ou
prestadores de serviços logísticos.
Para facilitar o seu entendimento, observe
os participantes, os canais e os processos
existentes no exemplo da cadeia logística
contidos na Figura 2.
Figura 2 – Exemplo parcial de etapas e processos de
uma cadeia logística.
Fonte: Banco de dados Free.
No pontilhado cor-de-rosa, temos a representação do canal de vendas on-line (internet); nas setas de cor azul, estão representados os canais de abastecimento e de
entregas de todos os participantes desta
cadeia; e, por fim, nas setas de cor clara,
temos os canais da logística reversa, a qual
será abordada mais à frente. Ainda é possível observar que a fábrica ou indústria faz
o uso de transportadoras e de uma central
de distribuição para realizar as suas entregas para os revendedores (hipermercados)
e para os seus clientes finais (varejistas ou
pessoas físicas).
Isso se torna necessário e até mais eficiente
porque estrategicamente estas empresas
que são fabricantes perceberam que o processo de entrega e distribuição é uma atividade logística e não fabril. Com isso, através
do processo de terceirização e da contratação de empresas especializadas, essas empresas contratantes podem manter o seu
foco apenas em seu objetivo principal, que
é o desenvolvimento e a fabricação de bens
e produtos, não se preocupando com as atividades consideradas secundárias e muito
menos com questões ligadas ao abastecimento e entrega de seus produtos para o
mercado em que atuam.
Além de não se preocuparem mais com as
atividades consideradas secundárias e com
questões ligadas ao abastecimento e entregas, as empresas para serem mais competitivas nos mercados em que atuam passaram a manter o seu foco nas necessidades
existentes, devido à expansão geográfica,
ou seja, hoje se tornou um fator estratégico
atender a um mercado globalizado.
Obviamente que dentro deste processo
existe uma infinidade de problemas, dificuldades e situações que ocorrem com
qualquer empresa. A título de exemplo,
podemos citar os problemas relacionados
às atividades de compra, armazenamento,
transporte, produção, entregas, avarias, erros nos pedidos e assim por diante.
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Cláudio Alves da Silva
venha a atender ao cliente e às suas exigências em um curto espaço de tempo e nível
aceitável de atendimento. Para tanto se faz
necessário e extremamente importante o
uso da logística para o abastecimento dos
estabelecimentos, conforme descrito e demonstrado na figura anterior.
Mesmo diante de tais problemas, a atividade e o processo de distribuição vêm se desenvolvendo dia a dia, tornando as entregas
mais curtas, rápidas, precisas e com maior
nível de qualidade.
5º A Comercialização: pode ser considerada como a última etapa do fluxo da cadeia
logística. É por meio dela que são disponibilizados os produtos para o consumo. Nessa
etapa, o consumidor para formalizar o seu
pedido muitas vezes tem condições de ter
contato direto com o produto, de realizar
testes, e, quando do for caso e conforme o
tipo do produto, de fazer a experimentação
e degustação.
Geralmente, a comercialização ocorre através de empresas atacadistas e por empresas varejistas. A diferenciação básica está na
relação e no trâmite comercial, ou seja, no
atacado as vendas são realizadas em grandes quantidades e por preços menores, enquanto que no varejo as vendas são mais
populares, por atingir a maior parte do mercado consumidor.
Até aqui, consideramos que a extração,
transformação, fabricação, distribuição e, por fim,
a comercialização representam o fluxo de um canal logístico, mas temos que levar em consideração que para cada tipo de produto, como alimento, medicamentos, bebidas, móveis, vestuários,
peças, veículos, entre outros, por apresentar dimensões, características naturais e técnicas diferenciadas, se fará necessário o uso de estruturas e
de processos logísticos de movimentação, armazenagem, transporte e distribuição diferenciados.
Nesse caso a informação e o conhecimento logístico são imprescindíveis para movimentar estes e
os demais tipos de produtos dentro de uma determinada cadeia logística.
Para que a comercialização funcione estrategicamente e adequadamente, esses estabelecimentos participantes da cadeia fazem os seus pedidos junto aos fabricantes,
que se utilizam dos serviços e processos de
distribuição para atender aos pedidos dos
clientes.
O objetivo principal desse processo final é
disponibilizar o produto de uma forma que
Atenção
Os componentes de um sistema de logística típico são: atendimento ao cliente, previsão da
demanda, comunicação da distribuição, controle
de inventário, gestão de materiais, processamento de ordens e partes, suporte de serviço, seleção
de planta e armazém, compras, embalagem, gestão de bens devolvidos, disposição de sobras e
rejeitos, armazenagem, transporte e tráfego.
1.7 Resumo do Capítulo
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo estudamos que:
ƒƒ As empresas estão migrando do modelo tradicional de funcionamento para o ambiente web
(internet);
ƒƒ Os produtos sob a responsabilidade da logística, geralmente, são traduzidos e entendidos
como bens tangíveis, ou seja, possuem corpo e forma física;
14
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Logística Empresarial
ƒƒ A periculosidade, fragilidade, perecibilidade, variabilidade e quantidade são consideradas
como características existentes em determinados produtos;
ƒƒ A logística empresarial é a principal responsável pela movimentação dos diversos tipos de produtos existentes em uma cadeia empresarial;
ƒƒ Os serviços geralmente são importantes e podem ou não envolver um bem físico, mas geralmente é na prestação de serviço que se concentra a questão do nível de atendimento ao
cliente;
ƒƒ A logística empresarial atua de uma forma administrativa e estratégica, em busca de melhores
resultados e satisfação dos clientes;
ƒƒ O ciclo de atividades é o principal fator de análise em uma logística integrada, pois fornece uma
visão básica das decisões e das interfaces que devem ser combinadas para a criação e a gestão
de um sistema operacional;
ƒƒ Conforme o autor Gomes (2004), o canal de distribuição da empresa engloba não só as empresas de transporte como também os operadores responsáveis pelo transporte, armazenagem e
também em alguns casos a promoção e a comercialização dos produtos;
ƒƒ A extração, transformação, fabricação, distribuição e, por fim, a comercialização representam o
fluxo de um canal logístico.
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
1.8 Atividades Propostas
1. Em logística, quando falamos de dimensões de determinados itens, estamos nos referindo a
quê? Explique.
2. Conforme os autores Bowersox e Closs (2008), qual o principal objetivo da chamada logística
empresarial?
3. De acordo com Gomes (2004), o canal de distribuição da empresa engloba quais áreas e requisitos?
4. Quais os processos e etapas que são considerados como fluxo de uma cadeia logística?
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2
CADEIA DE SUPRIMENTOS
Prezado(a) aluno(a),
Neste capítulo, trataremos de apresentar a
cadeia de suprimentos e os seus processos básicos.
A Cadeia de Suprimento pode ser entendida como um grupo de fornecedores que supre
as necessidades de uma empresa na criação e
no desenvolvimento dos seus produtos. Pode ser
entendida também como uma forma de colaboração ou parceria entre fornecedores, varejistas e
consumidores para a criação de valor.
De outra forma, a cadeia de suprimentos
pode ser definida como o ciclo da vida dos processos que compreendem os fluxos físicos, informativos, financeiros e de conhecimento, cujo
objetivo é satisfazer os requisitos do consumidor
final com produtos e serviços de vários fornecedores ligados.
Para facilitar a sua compreensão, observe os
participantes e os processos existentes neste outro exemplo contido na Figura 3.
Figura 3 – Exemplo de participantes e processos existentes numa Cadeia de Suprimentos.
Fonte: Banco de dados Free.
A Figura 3 mostra que a cadeia de suprimentos, no entanto, não está limitada ao fluxo de
produtos ou informações no sentido fornecedor
até o cliente, por existir também o caminho inverso do fluxo de negociações, informações, reclamações, produtos, entre outros, no sentido do
cliente até o fornecedor, ou seja, o fluxo reverso
e uma integração entre todos os elos que fazem
parte desta cadeia (FREDENDALL, 2001).
Hoje, é possível vermos e analisarmos no
contexto empresarial muitos casos em que a
competição no mercado global não ocorre entre empresas, mas entre cadeias de suprimentos.
Como exemplo, podemos citar as montadoras de
veículos juntamente com os seus fornecedores e
revendedores.
A gestão da logística e do fluxo de informa-
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17
Cláudio Alves da Silva
ções em toda a cadeia permite a todo e qualquer
administrador logístico e aos executivos avaliar
pontos fortes e pontos fracos existentes na cadeia
de suprimentos, auxiliando a tomada de decisões.
As decisões tomadas com base em informações precisas e relevantes irão resultar na redução de custos, aumento da qualidade, resultados,
entre outros benefícios, com o objetivo de criar e
aumentar a competitividade da empresa e do valor agregado atrelados aos seus produtos ou serviços, mantendo desta forma os diferenciais em
relação à concorrência.
Para Gomes e Ribeiro (2004), com o uso de
tecnologias avançadas, os resultados que se esperam da utilização de sistemas que automatizem a
Cadeia de Suprimentos são:
ƒƒ Reduzir custos;
ƒƒ Aumentar a eficiência (neste caso, dos
processos envolvidos);
ƒƒ Ampliar a margem de lucro;
ƒƒ Melhorar os tempos de ciclos da cadeia
de fornecimento;
ƒƒ Melhorar o desempenho nos relacionamentos com clientes e fornecedores
(este item está ligado aos aspectos qualitativos);
ƒƒ Desenvolver serviços de valor agregado
que dão a uma empresa uma vantagem
competitiva;
ƒƒ Obter o produto certo, no lugar certo,
na quantidade certa e com o menor
tempo e custo (isto é logística);
ƒƒ Manter o menor nível de estoque possível (ou seja, sem deixar faltar ou sobrar
produtos).
Para se realizar um bom gerenciamento da
cadeia de suprimentos, uma boa avaliação e mensuração dos custos existentes nos processos e nas
atividades empresariais são de vital importância.
E tal avaliação se estende para o modelo atual
de compras na renovação dos contratos com os
fornecedores tanto de matéria-prima quanto de
serviços. Diante disso, fica claro que não basta
somente a empresa ter e operar um software de
administração da cadeia, se não criar e melhorar
o modelo de gestão.
No contexto empresarial atual, os fornecedores passam a ser parceiros no desenvolvimento de projetos, produtos e serviços. Diante disso
a quantidade de fornecedores é reduzida. Como
existem muitas atividades complexas, e estas, às
vezes, realizadas simultaneamente e desenvolvidas entre os departamentos, a integração é vista
como algo importante para os negócios e para a
empresa. Para que haja tal integração, a área de
suprimentos das empresas que fazem parte de
uma cadeia ou que são responsáveis por cuidar
de uma, hoje, não só acompanha a aplicação dos
contratos, como é responsável por todo o período de negociação e contratação.
Dessa forma, a área de suprimentos é vista
e gerida de uma forma estratégica, sendo bem
diferente do modelo passado, baseada na departamentalização, sendo responsável até pelos resultados da empresa.
O comprador ou o gestor responsável pela
aquisição terá condições de ter a visualização total dos processos que estão sob a sua responsabilidade, permitindo a realização da rastreabilidade
e de auditoria de seus processos de compras.
Saiba mais
Tais resultados são obtidos conforme a gestão da cadeia de suprimentos venha a simplificar
e acelerar as operações que estão relacionadas
com a forma como os pedidos dos clientes são
processados pelo sistema até serem atendidos,
e conforme o modo de aquisição das matérias-primas, da sua entrega, pelos processos de fabricação e distribuição. Em todas as etapas tem que
haver padronização dos processos e das informações.
18
Softwares de administração: são sistemas utilizados
de uma forma integrada pelas empresas, para fazer
a administração e o controle das atividades e dos
dados existentes nos processos e nas transações
comerciais realizadas pelas suas diversas áreas e
departamentos (financeiro, contabilidade, recursos
humanos, produção, armazenagem, vendas, transportes, distribuição etc.), com o objetivo de transmitir e compartilhar informações para auxiliar a tomada de decisão.
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Logística Empresarial
2.1 Processos
Em uma empresa, e principalmente em uma
cadeia de suprimentos, obviamente é comum a
existência de departamentos e processos, e cada
qual representado pelos seus custos. Todos os
processos envolvem pessoas, áreas, clientes, distribuição, produção e fornecedores. Para facilitar
o entendimento, apresentaremos a seguir um
exemplo resumido de áreas que fazem parte de
uma cadeia de suprimentos:
ƒƒ Suprimentos: esta área, atualmente
chamada de suprimentos, no passado
era conhecida somente como área de
Compras.
Atualmente ela é vista como área estratégica, responsável pelas negociações e
aplicações dos mais variados recursos
(materiais, patrimoniais, tecnológicos e
financeiros) existentes à disposição da
empresa, para suprir as suas necessidades, atividades e processos administrativos, comerciais e de produção.
Denominada como abastecimento, inclui as atividades necessárias para adquirir inputs (entradas) de forma a criar
produtos ou serviços. Existem duas
operações neste ponto:
Primeira = Aquisição de materiais e serviços;
Segunda = Créditos e empréstimos,
junto a bancos e Governo.
Além de ter a sua importância estratégica, possui uma forte característica
operacional, porque toda e qualquer
organização, independentemente do
tamanho, ramo (industrial, comercial e
de prestação de serviços) e setor (privado, governamental, de utilidade pública ou sem fins lucrativos), necessita, por
mínimo que seja, fazer suas aquisições.
Paralelamente à atividade principal de
abastecer a empresa, esta área desempenha outras funções, tais como:
••
Negociação de preços, prazos, juros
e quantidades com fornecedores,
clientes internos e externos;
•• Cadastros de fornecedores, de materiais e produtos;
•• Desenvolvimento, seleção e avaliação de fornecedores;
•• Análise e gestão de contratos de
fornecedores e de prestação de serviços;
•• Análise e gestão dos diversos estoques existentes dentro ou fora da
empresa;
•• Definição e aquisição por meio de
lotes econômicos de compras (LEC);
•• Cotação de preços;
•• Atendimento de projetos especiais
e de desenvolvimento de novos
produtos ou serviços;
•• Com o uso da tecnologia da informação, faz uso do pregão eletrônico e da participação de leilões públicos;
•• Aplicação de conceitos que envolvem o quanto comprar e quando
comprar, levando em consideração
o ponto de pedido, de cada item ou
produto sob a sua responsabilidade
que faça parte do seu cadastro.
ƒƒ Marketing: é o departamento responsável em criar produtos, embalagens
comerciais e de consumo, estabelecer
os pontos de vendas, realizar a promoção, enviar mensagens aos clientes
potenciais e também aos que já fazem parte da carteira de clientes, para
convencê-los a comprar da empresa.
Tal mensagem envolve: faixa etária,
poder aquisitivo, classe social, localização, concorrente; além da função de
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19
Cláudio Alves da Silva
propaganda e sistemas promocionais.
Sem dúvida nenhuma, o marketing é
uma área estratégica, e as empresas
reconhecem a sua importância e direcionam uma boa parte de seus recursos
humanos e financeiros a essa atividade,
que inclusive atua fortemente no direcionamento da distribuição.
ƒƒ PPCP (Planejamento, Programação,
Controle, Produção): realiza a tradução, expectativa para a realização da
produção. As peças necessárias, equipamentos etc. Tal departamento ou área
administra e também informa quais os
tipos de materiais ou serviços que serão
utilizados para atender às demandas.
Em logística, o planejamento refere-se
a todas as operações indispensáveis
para planejar e organizar as operações
básicas. Nessa categoria existem três
operações particulares (CHOPRA; MEINDL, 2003):
•• Previsão da demanda;
•• Preço do produto;
•• Gestão de Estoques.
ƒƒ Fornecedores: se para produzir produtos e para realizar serviços são necessárias matérias-primas em uma cadeia
de suprimentos, os fornecedores de
tais matérias-primas devem ser tratados como parceiros, devendo até serem convidados a verem a produção,
participar da produção, do dia a dia da
empresa, já que ambos os conhecimentos podem atuar juntos, surgindo assim
uma estrutura de competência altíssima.
ƒƒ Almoxarifado/Armazenagem: sua atuação é importante no controle dos materiais que entram na empresa, vendo
inclusive se os mesmos não estão em
excesso.
O objetivo desta área é ter o mínimo em
estoque, sem deixar faltar para atender
às operações administrativas, de produção ou de vendas.
20
Dicionário
Almoxarifado: estrutura ou local definido pela empresa para que seja feita a guarda, conservação
e controle dos diversos materiais utilizados para
atender às atividades administrativas e operacionais (produção ou serviço).
ƒƒ Processos de controle: estes são constituídos por atividades de gerenciamento, apoio e controle dos processos
de entrada (Inbound) e de saída (Outbound).
O controle atua principalmente na medição dos índices de estoques, de produtividade, desempenho e nos acertos
dos problemas ocorridos em função do
fornecimento, erros administrativos,
operacionais, avarias, desvios, furtos
de materiais e de equipamentos ou um
erro no cliente.
É através da auditoria e do controle logístico que as empresas conseguem
determinar se existem falhas, também
conhecidas como gaps, entre a performance logística e os resultados esperados (CARVALHO et al., 2001).
Cada uma das atividades existentes nos
processos de entrada (Inbound), saída
(Outbound) e controle são realizadas de
uma forma estratégica e operacionalmente planejada.
ƒƒ Entrega: como tudo tem um começo e
um fim, a entrega é a área que envolve
a atividade de encomendas dos consumidores e as entregas dos produtos aos
clientes.
As operações principais são: atender às
ordens de encomenda; fazer a separação de pedidos e composição de cargas; roteirização; e a entrega do produto propriamente dita.
A entrega é importante porque está
intrinsecamente ligada à satisfação do
cliente e permite à empresa manter e
melhorar o nível de serviço.
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Logística Empresarial
Para melhor entendermos a cadeia de suprimentos, temos que obrigatoriamente entender a
logística que é a “base” de estudo da cadeia de suprimentos. Temos, então, as Atividades Primárias
e as Secundárias (CARVALHO, 2002):
A logística é uma área muito abrangente
e técnica porque dentro desses grupos existem
outras atividades e funções que variam de uma
empresa para outra, conforme o seu ramo e setor
de atividade.
ƒƒ Atividades Primárias: transportes; manutenção de estoques; processamento
de pedido;
ƒƒ Atividades Secundárias: armazenagem; manuseio de materiais; embalagem de materiais; obtenção (seleção
de fontes, quantidades de compra);
programação do produto (distribuição
– fluxo de saída – orientação e programação PPCP); manutenção de informação (base de dados gerada pela cadeia
– fonte de dados para futuros planejamentos).
Atenção
A cadeia de suprimentos não está limitada ao fluxo de produtos ou informações no sentido fornecedor até o cliente, por existir também o caminho
inverso do fluxo de negociações, informações, reclamações, produtos, entre outros, no sentido de
cliente até o fornecedor, ou seja, o fluxo reverso
e uma integração entre todos os elos que fazem
parte desta cadeia (FREDENDALL, 2001).
2.2 Resumo do Capítulo
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo estudamos que:
ƒƒ A Cadeia de suprimento pode ser entendida como um grupo de fornecedores que colaboram
entre si, para suprir as necessidades de uma empresa na criação e no desenvolvimento dos
seus produtos, com o objetivo de satisfazer os requisitos do consumidor final com produtos e
serviços;
ƒƒ De outra forma, a cadeia de suprimentos pode ser definida como o ciclo da vida dos processos
que compreendem os fluxos físicos, informativos, financeiros e de conhecimento;
ƒƒ A competição no mercado global não ocorre entre empresas, mas entre cadeias de suprimentos;
ƒƒ A gestão da logística e do fluxo de informações em toda a cadeia permite a todo e qualquer administrador logístico e aos executivos avaliar pontos fortes e pontos fracos existentes na cadeia
de suprimentos, auxiliando a tomada de decisões;
ƒƒ O uso de tecnologias avançadas contribui para melhorar os resultados, mediante a redução
de custos e consequentemente com o aumento dos resultados e da margem de contribuição;
ƒƒ A área de suprimentos é vista e gerida de uma forma estratégica, sendo bem diferente do modelo passado, baseada na departamentalização, sendo responsável até pelos resultados da
empresa;
ƒƒ Em uma empresa e principalmente em uma cadeia de suprimentos, obviamente é comum a
existência de departamentos e processos, e cada qual representado pelos seus custos;
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21
Cláudio Alves da Silva
ƒƒ As áreas como: suprimentos, marketing, almoxarifado, armazenagem, fornecedores; processos
de controle e entrega; planejamento, programação, controle, produção (PPCP), fazem parte de
uma cadeia de suprimentos.
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
2.3 Atividades Propostas
1. Qual a importância das informações precisas e relevantes para a tomada de decisões? Explique.
2. Quais os procedimentos que são considerados de vital importância para se realizar um bom
gerenciamento da cadeia de suprimentos? Explique.
3. Os fornecedores passam a ser o que no contexto empresarial atual? Explique.
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3
GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS
Prezado(a) aluno(a),
Neste capítulo, trataremos de apresentar: a
gestão da cadeia de suprimentos, sua evolução,
os participantes da cadeia logística, a integração
da logística e a competitividade.
A gestão da cadeia logística, também conhecida como gerenciamento da cadeia de suprimentos aqui no Brasil, mais precisamente no
governo de Fernando Collor de Melo (final da
década de 1980), ganhou bastante popularidade
devido à abertura das barreiras comerciais, apesar
de existir confusão sobre o seu significado. Muitos profissionais utilizam esta menção como um
substituto ou sinônimo de logística. No entanto,
a definição de gestão da cadeia logística é mais
abrangente que o conceito de logística.
processo de fabricação e produtos finais que circulam entre as fábricas.
A gestão da cadeia logística é melhor realizada quando há medidas e atividades que consistem numa série de aproximações utilizadas para
integrar, eficazmente, fornecedores, fabricantes,
intermediários (atacadistas e distribuidores) e lojas, para que a mercadoria seja produzida e distribuída nas quantidades ideais, na localização certa
e no tempo certo, com o objetivo de satisfazer o
nível de serviço e o cliente com o menor custo
possível. Para facilitar a sua compreensão, observe os elementos demonstrados na Figura 4.
Figura 4 – Exemplo de integração de uma cadeia logística.
Para Lambert, Stock e Ellram (1998), a gestão da cadeia logística é a integração dos processos do negócio do consumidor através dos fornecedores de produtos, serviços e informação, com
o objetivo de acrescentar valor para o cliente.
Sendo assim o cliente é a razão da existência dos
produtos e atividades.
Ainda, segundo estes autores, na cadeia logística padrão existente na maioria das empresas,
as matérias-primas são movimentadas e utilizadas e os bens são produzidos em uma ou mais
fábricas, transportados para armazéns como armazenamento intermediário, e depois transportados para os varejistas ou clientes. As estratégias
utilizadas para obter uma cadeia logística eficaz
consideram as interações e integrações entre os
vários níveis da cadeia logística, de forma a reduzir o custo e melhorar o serviço prestado. A cadeia logística consiste nos fornecedores, centros
de fabricação, armazéns e centros de distribuição
(CDs), assim como matérias-primas, produtos no
Fonte: Banco de dados Free.
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23
Cláudio Alves da Silva
Conforme descrito anteriormente, a cadeia
logística não é composta apenas de movimentação de produtos físicos entre empresas. Envolve,
também, o acompanhamento do fluxo de informação destes produtos e informação de capitais
entre as mesmas companhias. Portanto, a comunicação e o seu controle é um fator-chave para a
manutenção e gestão da cadeia logística, pois são
essas medidas que permitem reduzir os custos e
aumentar os lucros.
Saiba mais
Inbound: De entrada.
• No nosso exemplo, esta parte da cadeia faz referência: aos processos de suprimentos, contratação de fretes internacionais, despacho aduaneiro, movimentação, recebimento (entrada), conferência, inspeção, liberação, formação de
estoques, armazenagem, separação, expedição e seus respectivos fluxos de informações.
In-house: Interno.
• Trata-se, aqui, de: atividades; processos de movimentação e transformação industrial realizados internamente na
empresa; armazenagem; e os seus fluxos de informações.
Outbound: Saída para outro país.
• Refere-se à distribuição dos produtos, representada pelos fluxos de movimentação e de informação, para o mercado nacional ou internacional, geralmente em função das vendas para o comércio internacional, comércio local ou
cliente consumidor final.
Este processo é composto pelas atividades de: comércio exterior (despacho aduaneiro), negociação, separação de
pedidos, conferência, embalagem, emissão de notas fiscais, faturamento, expedição, roteirização, carregamento dos
produtos nos veículos, distribuição e logística reversa. Fonte: Bueno (2000).
3.1 Evolução da Gestão da Cadeia Logística
Nos anos de 1960, a logística tinha principalmente uma vertente operacional, isto é, era
vista como sistema de atividades integradas. Este
tópico é importante, porque, como podemos perceber, não havia um foco estratégico.
Diante desse contexto, fica claro que há
muito o que implantar e melhorar nas atividades
logísticas, tanto em nível estrutural quanto de
gestão.
Nos anos de 1970, passou a ser caracterizada por ter uma área funcional e estratégica. Já nos
anos de 1980, a logística passa a ser vista como
serviço e começam a aparecer os sistemas logísticos de informação, e, nos anos de 1990, surge a
gestão da cadeia logística (CARVALHO, 2002).
Participantes da Cadeia Logística
Atualmente, a função logística interage basicamente com quatro setores das empresas: marketing, finanças, controle da produção e gestão
de recursos humanos, criando assim uma rede
logística. No entanto, conforme Carvalho e Dias
(2004), em pleno século XXI, o conhecimento, exploração e aplicação empresarial da logística ainda estão longe dos tempos da logística aplicada
em estratégias de guerra.
24
Há um ditado que diz que: “ninguém é uma
ilha”, ou seja, ninguém vive ou trabalha isoladamente. Em uma cadeia logística não é diferente;
e esta é composta por grupos básicos de participantes, tais como clientes e fornecedores, criando assim uma cadeia logística simples. Por outro
lado, existem cadeias logísticas prolongadas que
são compostas por um número bem maior de
fornecedores e de clientes. Porém há aquelas que
fornecem serviços em logística, segurança, finanças, marketing e informações.
Esta parte demonstra a possível existência
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Logística Empresarial
de atividades e processos realizados por empresas contratadas, sendo estas chamadas de terceirizadas ou quarteirizadas.
Para Chopra e Meindl (2003), existem empresas na cadeia logística que desempenham
funções diferentes. Há as empresas:
ƒƒ Que são produtoras;
ƒƒ Outras atuam como distribuidoras ou
revendedoras;
ƒƒ No entanto, outras empresas ou pessoas físicas são clientes (consumidores
finais de um determinado produto).
Apoiando e trabalhando com essas empresas, existem outras que lhes proporcionam os serviços, mão de obra e materiais necessários.
Produtores
Ainda conforme os autores citados anteriormente, os fabricantes de produtos podem ser
empresas que produzem matérias-primas e empresas que fabricam produtos finais.
Os produtores de matérias-primas são empresas e organizações (Governo) que exploram as
reservas naturais em busca de minerais, brocam
(furam o solo) por petróleo ou gás, ou serram árvores. Incluem, também, organizações de agricultura, criação de animais ou pesca. Diante disso,
estas empresas que são fabricantes de produtos
finais usam tais matérias-primas ou subconjuntos
dos outros produtores para criarem os seus próprios produtos.
Distribuidores
Os distribuidores são conhecidos como revendedores ou atacadistas. Compram em grande
volume, fazem estoques, para atender aos produtores, que precisam para atender e entregar aos
clientes, ou seja, vendem os produtos em quantidades superiores. Diferentemente de um varejista.
De acordo com Chopra e Meindl (2003), os
distribuidores “protegem” os produtores das flutuações da procura de um produto com o armazenamento de diversos produtos.
Por isso que a administração dos estoques
e dos armazéns é de grande importância para
atender não somente às flutuações das demandas, mas também os períodos sazonais. Para
atender ao cliente, o distribuidor entrega o produto onde e quando ele deseja. Particularmente,
o distribuidor é uma empresa que controla os estoques de produtos, que compra de produtores e
depois vende para os consumidores. Este tipo de
empresa na cadeia de suprimentos possui várias
funções e responsabilidades, como promoção e
vendas do produto, administração de estoques,
operações de armazenamento, transporte do
produto, suporte ao cliente e serviço pós-venda
(em alguns casos instalações, manutenção ou
troca de tais produtos ou mercadorias). Em uma
Cadeia de Suprimentos, um distribuidor ou atacadista pode ainda ser uma empresa, cooperativa,
ou outro tipo de organização intermediária entre
o fabricante e o cliente, desempenhando principalmente as funções de promoção e venda do
produto, sem nunca tomar posse dele, ou seja,
tais produtos são consignados e serão faturados
somente após a venda destes. O distribuidor é o
agente que, continuamente, segue as necessidades do cliente e as combina com os produtos disponíveis, tanto em um caso quanto no outro.
Varejistas
Os varejistas são empresas que controlam
de perto as preferências e a procura dos clientes.
Como exemplo, podemos citar os supermercados, bares restaurantes e lojas de departamentos.
Elas armazenam os estoques e vendem em quantidades pequenas ao público em geral. Utilizam
uma combinação de preços, seleção do produto, serviço e conveniência para atrair os clientes.
Existem lojas que oferecem uma linha única de
produtos e altos níveis de serviço, por outro lado,
existem outras como franquias de restaurantes
(fast-food) que utilizam a conveniência e preços
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25
Cláudio Alves da Silva
baixos como principal atrativo, ou seja, cada qual
com a sua estratégia de vendas e marketing.
Dicionário
Fast-food: em inglês, significa comida feita de uma
forma rápida. Como exemplo podemos citar os
lanches e as esfirras.
Clientes
No contexto de uma Cadeia de Suprimentos, os clientes ou consumidores são empresas ou
organizações que compram ou usam um determinado produto, ou seja, são pessoas jurídicas.
Diante disso um consumidor pode comprar um
produto com o objetivo de incorporar em outro,
vendendo posteriormente a outro cliente. Como
é comum em muitas situações, o cliente pode ser
o utilizador e consumidor final do produto.
Fornecedores de Serviços
Conforme falamos anteriormente, os fornecedores de serviços são empresas ou organizações que fornecem produtos, matérias-primas e
serviços aos produtores, distribuidores, atacadistas, varejistas e clientes.
Como há diversos ramos e setores empresariais, eles desenvolveram todo um conjunto de
habilidades, por se concentrarem numa atividade
particular da cadeia logística, e por isso desempe-
nham e realizam os serviços de uma forma mais
eficiente e barata do que os próprios produtores,
distribuidores, varejistas ou consumidores poderiam fazer por si próprios.
No contexto de uma Cadeia de Suprimentos, os fornecedores de serviços oferecem e realizam diferentes tipos de prestações, como: serviço
de transporte e armazenagem; em alguns casos,
empréstimos e análise de crédito; pesquisa de
mercado e consultoria; projetos do produto, serviços de engenharia; serviços legais e conselhos
de gestão; e, como estamos na era da informação,
é comum os serviços de informações tecnológicas e processamento de dados.
Tais fornecedores estão integrados nas operações dos produtores, distribuidores, atacadistas, varejistas e consumidores da cadeia logística.
Com o passar do tempo, as necessidades da cadeia logística permanecem, no conjunto, razoavelmente estável. Mudando desta forma os participantes na cadeia logística, assim como os seus
papéis e responsabilidades.
Para estes autores, em algumas cadeias logísticas existem poucos fornecedores de serviços
porque os outros participantes desempenham
estes serviços.
Noutras cadeias logísticas, os fornecedores
de serviços especializados evoluíram, e por isso
os outros participantes recorrem à sua prestação
de serviços em vez de realizarem a tarefa por si.
Diante de tal realidade, as empresas que
não possuem pessoas devidamente habilitadas
e treinadas, recursos ou estruturas, fazem uso de
tais préstimos e serviços.
3.2 Integração da Logística na Cadeia de Suprimentos
Parceria e integração são consideradas as
principais necessidades existentes no contexto
das empresas que tenham a necessidade de atuar
estrategicamente e conjuntamente numa cadeia
de suprimentos. Diante disso, se cada empresa
que faz parte de uma cadeia de suprimentos se
atentar e ter uma visão administrativa apenas
26
para as suas operações, corre grandes riscos de
uma forma desnecessária, podendo interromper
o fluxo de materiais e aumentar os custos.
Uma integração externa à organização remove esse risco e melhora no conjunto a cadeia
de suprimentos.
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Logística Empresarial
Conforme Christopher (apud WATERS,
2003), essa integração consiste na relação entre
os parceiros da cadeia logística, pois estes determinam as melhores oportunidades de redução
dos custos e/ou realce do valor.
cadistas, varejistas e clientes, ou seja,
entre todos os participantes da cadeia
logística, compartilhando informação e
recursos para a realização de projetos e
para atender às demandas;
Ainda segundo este autor, em uma integração existem três níveis de integração:
ƒƒ Redução de Custos: com a integração
funcional e de processos, todas as atividades são realizadas de uma forma
equilibrada, contribuindo para evitar
excessos ou a falta de recursos e de matéria-prima;
ƒƒ O primeiro nível tem a logística como
atividades separadas dentro de uma organização;
ƒƒ O segundo consiste em juntar as atividades como uma única função, através
da integração interna;
ƒƒ Este dois tópicos demonstram o foco
interno, de uma forma separada ou integrada;
ƒƒ A terceira consta na integração externa,
onde as organizações olham além das
suas operações e integram mais a cadeia logística.
As organizações com a mesma cadeia logística devem cooperar entre si, com o objetivo de
satisfazer o cliente final. Estas não devem competir entre si, mas sim com as outras organizações
que têm uma cadeia logística diferente, ou seja,
as empresas concorrem não mais entre si isoladamente, mas de uma forma conjunta entre cadeias.
Como exemplo, podemos citar as montadoras de
veículos, bem como as grandes redes de supermercados.
Integração
Hoje, a integração, além de ajudar na melhoria de processos, contribui para a estratégia da
empresa. As empresas estão se adaptando e buscando, além da integração funcional, a integração
de processos.
ƒƒ Melhoria no desempenho devido a previsões mais exatas;
ƒƒ Com a integração, as previsões estarão
mais próximas da realidade;
ƒƒ Melhoria no fluxo de produtos, com
movimentos mais rápidos e de confiança: nesta parte, o benefício está na
redução do tempo e na confiabilidade
atrelada a estes;
ƒƒ Aumento no nível de serviço ao cliente:
com lead-times de processos reduzidos
e respostas mais rápidas;
ƒƒ Flexibilidade e rapidez de reação às
condições de mudança ou sazonalidade: este benefício contribui para aumentar a competitividade;
ƒƒ Procedimentos padronizados e pré-definidos;
ƒƒ Qualidade.
Tais benefícios contribuem para o aumento
da credibilidade dos serviços e processos, bem
como para a diminuição de custos não só de uma
unidade ou empresa de forma isolada, mas sim
entre todos os participantes que fazem parte de
uma determinada cadeia de suprimentos.
Conforme Waters (2003), em uma integração, temos os seguintes benefícios:
ƒƒ Cooperação: nesse caso entre os fornecedores, as unidades produtoras, ataUnisa | Educação a Distância | www.unisa.br
27
Cláudio Alves da Silva
3.3 Competitividade
Segundo Michael Porter (1989), a competitividade é a variável mais importante em termos
de desenvolvimento das empresas.
Ela é vista e percebida pelos clientes, cabendo à empresa preservá-la o máximo possível, ou,
quando for o caso e a situação vier a exigir, criar
uma nova.
Ele salienta que o pior erro que se pode cometer é tentar utilizar todas as estratégias simultaneamente, tendo desta forma a grande probabilidade de fracasso.
Neste cenário, os clientes, os produtos substitutos e finalmente a rivalidade entre as empresas concorrentes são fatores que condicionam a
indústria a longo prazo e que afetam custos, preços e os investimentos. Ainda, conforme as suas
considerações, há três formas estratégicas competitivas através das quais uma empresa pode
obter vantagem competitiva:
Atenção
A gestão da cadeia logística é a integração dos
processos do negócio do consumidor através dos
fornecedores de produtos, serviços e informação,
com o objetivo de acrescentar valor para o cliente. Sendo assim o cliente é a razão da existência
dos produtos e atividades (LAMBERT, 1998).
ƒƒ a liderança de custos;
ƒƒ apenas pelos custos;
ƒƒ ou ambas.
3.4 Resumo do Capítulo
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo estudamos que:
ƒƒ Conforme Lambert, Stock e Ellram (1998), a gestão da cadeia logística é a integração dos processos do negócio do consumidor através dos fornecedores de produtos, serviços e informação, com o objetivo de acrescentar valor para o cliente. Sendo assim, o cliente é a razão da
existência dos produtos e atividades;
ƒƒ A gestão da cadeia logística é melhor realizada quando há medidas e atividades que consistem
numa série de aproximações utilizadas para integrar, eficazmente, fornecedores, fabricantes,
intermediários (atacadistas e distribuidores) e lojas, para que a mercadoria seja produzida e
distribuída nas quantidades ideais, na localização certa e no tempo certo, com o objetivo de
satisfazer o nível de serviço e o cliente com o menor custo possível;
ƒƒ Nos anos de 1960, a logística tinha principalmente uma vertente operacional, isto é, era vista
como sistema de atividades integradas. Nos anos de 1970, a logística passou a ser caracterizada por ter uma área funcional e estratégica. Já nos anos de 1980, a logística passa a ser vista
como serviço e começam a aparecer os sistemas logísticos de informação, e, nos anos de 1990,
surge a gestão da cadeia logística (CARVALHO, 2002);
28
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Logística Empresarial
ƒƒ Atualmente, a função logística interage basicamente com quatro setores das empresas: marketing, finanças, controle da produção e gestão de recursos humanos, criando assim uma rede
logística;
ƒƒ Conforme Carvalho (2004), em pleno século XXI, o conhecimento, exploração e aplicação empresarial da logística ainda estão longe dos tempos da logística aplicada em estratégias de
guerra;
ƒƒ Os participantes da cadeia logística são: produtores, distribuidores, varejistas, clientes, fornecedores de serviços;
ƒƒ Parceria e integração são consideradas as principais necessidades existentes no contexto das
empresas que tenham a necessidade de atuar estrategicamente e conjuntamente numa cadeia de suprimentos;
ƒƒ Existem três níveis de integração: o primeiro nível tem a logística como atividade separada
dentro de uma organização; o segundo consiste em juntar as atividades como uma única função, através da integração interna; e o terceiro consta na integração externa, onde as organizações olham além das suas operações e integram mais a cadeia logística;
ƒƒ As empresas concorrem não mais entre si isoladamente, mas de uma forma conjunta entre
cadeias;
ƒƒ As empresas estão se adaptando e buscando, além da integração funcional, a integração de
processos;
ƒƒ A competitividade é a variável mais importante em termos de desenvolvimento das empresas;
ƒƒ As três formas estratégicas competitivas através das quais uma empresa pode obter vantagem
competitiva são: a liderança de custos, apenas pelos custos ou ambas.
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
3.5 Atividades Propostas
1. Segundo Lambert, Stock e Ellram (1998), quais os procedimentos que ocorrem em uma cadeia
logística padrão?
2. Estrategicamente, para se obter uma cadeia logística eficaz, quais são os dois fatores que são
levados em consideração de forma a reduzir os custos e melhorar os serviços prestados? Explique.
3. Como o autor Michael Porter (1989) considera a competitividade? Explique.
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29
4
SUPPLY CHAIN DRIVERS
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo, trataremos de apresentar as áreas de desempenho da
cadeia logística, tais como: produção, estoques,
localização, transporte e informação.
Um supply chain driver, ou direcionamento,
é uma área através da qual as organizações podem melhorar a sua prestação na cadeia de abastecimento. Os drivers são áreas de desempenho
sobre os quais se deve atuar estrategicamente,
com o objetivo de contribuir para que a gestão
da cadeia produtiva seja mais eficiente e eficaz.
Em uma cadeia, há os departamentos chaves e principais. Nesse sentido, Chopra e Meindl
(2003) definem os drivers em cinco áreas:
ƒƒ Estoques;
ƒƒ Localização;
ƒƒ Transporte;
ƒƒ Informação.
Conforme esses autores, essas áreas de desempenho da cadeia logística estão distribuídas e
repetidas ao longo de uma Cadeia.
Ainda segundo eles, estas áreas podem servir como parâmetros de projetos ou políticas de
decisão, definindo a capacidade, a forma e operações de qualquer cadeia logística.
A seguir, apresentaremos mais detalhes sobre cada uma destas áreas.
ƒƒ Produção;
4.1 Produção
Para Chopra e Meindl (2003), a produção é
a fabricação e o armazenamento de produtos de
uma cadeia logística.
A parte industrial de uma cadeia logística é
formada pelas unidades de produção e por aquelas que lhe dão apoio (ROCHA, 1995).
Essa categoria inclui as operações de desenvolver e construir os produtos ou serviços. Ou
seja, transformam matéria-prima em produtos
finais, de uma forma manual ou com o uso de
máquinas e ferramentas. As operações presentes
nesta categoria são:
ƒƒ Projeto do produto;
ƒƒ Gestão da produção;
ƒƒ Gestão das infraestruturas.
As fábricas podem ser construídas para acomodar uma de duas aproximações para a produção:
ƒƒ Foco no produto – neste caso uma fábrica que se foca no produto efetua
várias operações necessárias para a sua
produção, que envolvem a fabricação
de diferentes partes do produto e posteriormente a montagem das mesmas.
ƒƒ Foco na funcionalidade – nesse caso, a
abordagem consiste em fazer apenas
algumas partes do produto ou apenas
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31
Cláudio Alves da Silva
a sua montagem. Esta funcionalidade
pode ser aplicada na fabricação de diferentes tipos de produtos.
A empresa tem de decidir qual é a aproximação, ou a mistura das duas aproximações, que
dá a capacidade que necessita, para responder de
melhor forma às exigências dos clientes.
Como nas fábricas, os armazéns também
podem ser construídos para acomodar diferentes
aproximações ou necessidades produtivas. Existem três aproximações principais que são utilizas
na armazenagem:
ƒƒ Stock keeping unit: nesta aproximação,
considerada tradicional, um certo tipo
ou classe de produto é armazenado
junto. Este é um método eficiente e fácil
para compreender a armazenagem da
mercadoria;
ƒƒ Job lot storage: dessa forma, as mercadorias que estão relacionadas com
as necessidades de um cliente, ou que
servem para um determinado trabalho,
estão armazenadas juntas. Isto permite
uma operação de separação de produtos por zona;
ƒƒ Cross docking (giro rápido ou transbordo): nesse caso, o produto não é armazenado, sendo realizada a consolidação
ou a desconsolidação entre veículos
maiores e menores, ou seja, os lotes
grandes são subdivididos em lotes menores (fracionados).
Dicionário
Supply chain driver: programa ou rotina utilizada
como interface e para gerenciar um dispositivo de
entrada ou saída na cadeia de suprimentos.
Stock keeping unit: designa os diferentes itens de
um estoque. Representa a unidade para a qual informações de venda e de gestão de estoque são
mantidas. Pode ser uma unidade de consumo de
um produto ou uma caixa coletiva com diversas
unidades do mesmo produto.
Job lot storage: armazenamento de produto por
lote.
Cross docking: transferência de mercadorias entre
docas.
O fluxo direto de uma mercadoria dentro de um
depósito ou planta industrial, entre as áreas de recebimento e as áreas de despacho ou produção.
Um trade-off, em português, pode significar
compensação, equilíbrio, conciliação (BOWERSOX,
2008).
Fontes: Dicionário on-line de Logística e Operações, v. 13
e Bueno (2000).
4.2 Estoques
Conforme demonstrado anteriormente, o
estoque está espalhado ao longo da cadeia logística e inclui tudo, desde as matérias-primas até os
produtos finais, o que está na posse dos fabricantes, distribuidores e varejistas. Novamente, os administradores têm de decidir qual é a sua posição
no trade-off, entre a capacidade de resposta e eficiência. Uma empresa pode dar uma resposta rá-
32
pida às variações da procura, se tiver na sua posse um estoque enorme. No entanto, a criação e
armazenagem de estoques têm um custo e, para
atingir níveis de eficiência elevados, o custo de armazenagem tem de ser o menor possível. Existem
três decisões básicas que são essenciais na fabricação e armazenamento de produtos (CHOPRA;
MEINDL, 2003):
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Logística Empresarial
ƒƒ Ciclo de estoque: é a quantidade de
estoque necessária para satisfazer a
procura do produto, no período de
compras do mesmo. As empresas produzem e compram em grandes lotes,
para se beneficiarem das vantagens
que as economias de escala oferecem.
No entanto, a compra de grandes quantidades de mercadorias implica aumento dos custos de carregamento. Os
custos de carregamento consistem nos
custos de armazenamento, manuseio e
manutenção de estoques. Os administradores enfrentam o trade-off entre o
custo reduzido pela compra de grandes quantidades de mercadorias e o
aumento do custo de carregamento do
ciclo de estoque.
ƒƒ Estoque de segurança: é o estoque
que é guardado como uma reserva,
contra a incerteza, ou seja, é um estoque adicional, usado quando a procura
da mercadoria é superior àquela que estava prevista. Se a previsão da procura
pudesse ser feita com perfeita exatidão,
então o único estoque que era preciso
era o ciclo de estoque.
ƒƒ Aqui a decisão difícil, chamada de trade-off, é o peso (a compensação) entre
os custos de armazenar o estoque extra
contra os custos de vendas perdidas,
devido a um estoque insuficiente.
ƒƒ Estoque sazonal: este estoque existe
para prever o aumento da procura que
ocorre em determinados períodos do
ano. Por exemplo, produtos natalinos,
páscoa etc. É previsível que a procura
de panetones vai aumentar no final de
ano. Se uma companhia, que produz tal
panetone, tem uma taxa de produção
que, para mudar, tem custos elevados,
então vai tentar fabricar o produto a
uma taxa constante ao longo do ano.
Essa empresa vai constituir um estoque
durante os períodos de baixa procura,
compensando os períodos de alta procura, que excede a taxa de produção. A
alternativa para construir um estoque
sazonal é investir em equipamentos de
produção flexíveis, que podem rapidamente mudar a sua taxa de produção
de produtos diferentes, para responder
ao aumento da procura. Nesse caso, o
trade-off é entre o custo de armazenar
estoque sazonal e o custo de ter capacidade flexível de produção.
4.3 Localização
Localização é o local geográfico onde estão situadas as instalações da cadeia logística, e
inclui as decisões relativas às atividades que deverão ser executadas em cada fábrica. O trade-off
entre a capacidade de resposta e a eficiência é a
decisão entre centralizar as atividades em localizações menores para ganhar economia de escala
e eficiência, ou descentralizar as atividades em
várias localizações próximas dos clientes e fornecedores, de forma a existir uma maior resposta às
operações. Quando é necessário tomar decisões,
os administradores precisam considerar vários fatores:
ƒƒ Custo das instalações;
ƒƒ Custo do trabalho;
ƒƒ Qualificação dos trabalhadores;
ƒƒ Condições das infraestruturas;
ƒƒ Taxas e tarifas;
ƒƒ Proximidades entre clientes e fornecedores.
Conforme as considerações desses autores,
as decisões tomadas relativamente à localização
de instalações têm que ser decisões estratégicas,
muito bem estudadas, pois envolvem grandes
quantidades de capitais a longo prazo. Essas de-
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33
Cláudio Alves da Silva
cisões têm forte impacto no custo e desempenho
da cadeia logística. Quando o tamanho, número
e localização das instalações são determinados,
define-se o número de possíveis caminhos, ou
canais, em que os produtos podem circular até
chegar às mãos dos clientes. As decisões de localização refletem a estratégia básica da empresa
para produzir e entregar os produtos no mercado.
4.4 Transporte
O transporte é uma atividade totalmente
perceptível na logística, e refere-se ao movimento
de matérias-primas, produtos ou serviços de uma
determinada origem até um destino final, bem
como as movimentações destes realizadas nas
diferentes instalações existentes em uma cadeia
logística. Geralmente atua em conjunto com as
áreas de marketing, produção e distribuição.
Seu principal objetivo é disponibilizar veículos para que os processos de abastecimento e
distribuição ocorram operacionalmente e estrategicamente conforme as vendas e as necessidades
planejadas e preestabelecidas.
Estrategicamente esta área tem a missão de
auxiliar e orientar a empresa na decisão de operar com frota própria ou de terceiros; definição do
tamanho da frota, bem como os tipos de veículos
que farão parte desta frota; análise e viabilidade
do custo-benefício; renovação da frota; monitoração e rastreamento de tal frota, de motoristas,
ajudantes e produtos; diminuição de custos devido à baixa produtividade, com a conciliação das
viagens de ida com cargas de retorno.
Apesar dos planejamentos e procedimentos
de auditoria, rastreabilidade, roteirização, segurança e controle, esta atividade apresenta problemas operacionais em função de fatores externos
e imprevisíveis, tais como: atrasos nas entregas
em decorrência do trânsito, quebra de veículos,
roubos, furtos, janelas de entrega, demoras nas
atividades de carregamento e descarregamento,
conferência de materiais, documentos etc.
Uma de suas atribuições e responsabilidades é definir qual o melhor modal para que o produto seja enviado ao seu destino final, levando
em consideração as características, tipo, peso e
dimensões dos produtos, prazos, distâncias, efici-
34
ência, flexibilidade, capacidade de resposta e os
custos envolvidos em cada viagem.
Existem cinco modais de transportes que
uma empresa pode utilizar para atender às suas
necessidades de movimentação. Como exemplo,
temos:
ƒƒ Marítimo: considerado como o mais
lento de todos, porém o seu uso oferece
um custo menor. O seu uso é limitado,
levando-se em consideração as regiões
ou vias navegáveis e instalações existentes em alguns estados do nosso país;
ƒƒ Ferroviário: este tipo de transporte
tem um custo baixo, mas também é
lento. Esse modelo está restrito a localizações que possuam linhas ferroviárias;
ƒƒ Dutoviário: bastante eficiente, no entanto, está limitado a compostos líquidos, gases ou minérios (sal gema);
ƒƒ Rodoviários: os caminhões são relativamente rápidos e flexíveis. Esse tipo de
transporte pode chegar a quase todo
lugar e região. Porém o seu custo está
diretamente ligado ao dos combustíveis, bem como ao tipo de piso trafegado (natural, implantado ou asfaltado);
ƒƒ Aéreo: considerado o mais rápido de
todos e também o mais caro. Apesar de
ter uma grande capacidade de reposta
nas entregas, o seu uso é restrito para
algumas cidades e regiões, por não terem aeroportos.
Com a definição da localização das instalações pertencentes à cadeia logística, mais estes
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Logística Empresarial
tipos de transporte, os administradores podem
criar rotas e redes para a movimentação dos
produtos. A rota é o caminho através do qual os
produtos são movimentados. As redes são compostas por um conjunto desses caminhos. Como
regra geral, quanto maior for o valor do produto,
mais atenção tem que se ter com a escolha da
rede de transporte, decidindo por uma opção
mais rápida e segura.
Quanto menor for o valor do produto, mais
eficiente deve ser o modo de transporte e ter
um melhor aproveitamento da capacidade de
carga.
Saiba mais
Custo baixo, flexibilidade, capacidade de carga e de
resposta (rapidez) são elementos importantes a serem observados no ato de escolha de um modal de
transporte.
4.5 Informação
Sem dúvida de que a informação é um item
importantíssimo, pois esta realiza a ligação entre
todas as atividades e operações da cadeia logística. Cada empresa deve realizar boas decisões nas
suas próprias operações até atingir um bom patamar de qualidade e eficiência. As informações
também são importantes, pois irão auxiliar na
tomada de decisões que são efetuadas nas quatro áreas descritas anteriormente, bem como nos
níveis estratégicos, táticos e operacionais.
Para Chopra e Meindl (2003), a informação
é utilizada com dois propósitos em algumas cadeias logísticas:
ƒƒ Para coordenar as atividades e processos relacionados com o funcionamento
das quatro áreas existentes em uma cadeia de suprimentos, tais como: produção, estoques, localização e transporte.
Com base em relatórios anteriores, as
empresas fazem uso dos dados disponíveis da oferta e procura para decidir
a programação da produção semanal,
quais os níveis de estoques necessários,
roteirização do transporte, bem como
nas instalações de armazenagem;
ƒƒ Para antecipar a demanda futura, as
informações disponíveis são utilizadas
para realizar previsões mais realistas e
um bom gerenciamento, permitindo
desta forma o ajuste dos calendários
de produção – sendo estes semanais,
mensais e trimestrais. Este ponto é tão
importante que a informação também
é utilizada para previsões e decisões
estratégicas sobre a necessidade de se
ampliar, ou construir novas fábricas, entrada num novo mercado ou saída de
um mercado.
As informações exatas e precisas permitem
decisões eficientes nas operações existentes nas
empresas e auxilia também para que haja melhores provisões e previsões, para atender às necessidades e às demandas existentes.
Mas adquirir ou conceber um sistema tal
pode ser, e é, algo caríssimo. Diante disso, fica a
pergunta: quanto vale uma informação para você
e para a sua empresa?
Estrategicamente, cada empresa tem que
definir a quantidade e o tipo de informação que
deve ser compartilhada com as outras empresas
que fazem parte da cadeia. As demais informações consideradas estratégicas devem ser mantidas e preservadas. Procedendo desta forma,
tanto as empresas quanto os processos tornam-se mais eficazes, por fazerem uso da informação
compartilhada sobre o fornecimento do produto,
a demanda dos clientes, previsões de vendas e
consequentemente dos planejamentos, das programações e dos controles da produção.
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35
Cláudio Alves da Silva
Como a informação é para auxiliar o controle, as empresas envolvidas têm um grande interesse em controlar e gerenciar esta integração.
Atenção
As áreas de desempenho da cadeia logística, tais
como produção, estoques, localização, transporte e informação, estão distribuídas e repetidas ao
longo de uma Cadeia (CHOPRA; MEINDL, 2003).
4.6 Resumo do Capítulo
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo estudamos que:
ƒƒ As áreas de desempenho da cadeia logística, tais como produção, estoques, localização, transporte e informação, são áreas das quais as organizações podem melhorar a sua prestação na
cadeia de abastecimento;
ƒƒ A parte industrial de uma cadeia logística é formada pelas unidades de produção e por aquelas
que lhe dão apoio (ROCHA, 1995);
ƒƒ O estoque está espalhado ao longo da cadeia logística e inclui tudo, desde as matérias-primas
até os produtos finais, o que está na posse dos fabricantes, distribuidores e varejistas;
ƒƒ Localização é o local geográfico onde estão situadas as instalações da cadeia logística, e inclui
as decisões relativas às atividades que deverão ser executadas em cada fábrica;
ƒƒ O transporte é uma atividade totalmente perceptível na logística, e possui importância operacional e estratégica para as empresas. Refere-se ao movimento de matérias-primas, produtos
ou serviços de uma determinada origem até um destino final, bem como as movimentações
destes realizadas nas diferentes instalações existentes em uma cadeia logística. Geralmente
atua em conjunto com as áreas de marketing, produção e distribuição;
ƒƒ Existem cinco modais de transportes que uma empresa pode utilizar para atender às suas necessidades de movimentação. Como exemplo, temos: marítimo, ferroviário, dutoviário, rodoviário e aéreo;
ƒƒ A informação é utilizada com dois propósitos em algumas cadeias logísticas: para coordenar as
atividades e processos, e para antecipar a demanda futura;
ƒƒ As informações exatas e precisas permitem decisões eficientes nas operações existentes nas
empresas, e auxilia também para que haja melhores provisões e previsões para atender às necessidades e às demandas existentes.
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
4.7 Atividades Propostas
1. As fábricas podem ser construídas para acomodar uma de duas aproximações para a produção:
foco no produto ou foco na funcionalidade. Explique cada dessas aproximações.
2. O que as decisões de localização refletem? Explique.
3. Qual o principal objetivo da área de transporte? Explique.
36
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5
DECISÕES
Prezado(a) aluno(a),
Neste capítulo, trataremos de apresentar as
decisões e os gerenciamentos estratégicos, táticos e operacionais; auditoria logística; estratégia;
indicadores de desempenho e análise através de
exemplos de aplicações de indicadores; a implementação de um departamento logístico; serviços; e valor agregado.
As empresas costumam basear suas decisões de forma hierarquizada, para tanto, elas fazem uso de diferentes níveis existentes em sua
estrutura de negócios, que, em função da complexidade presente em cada nível, processo ou
atividade, definem os rumos estabelecidos pela
organização. De uma forma geral, as decisões podem ser classificadas como:
Assim como nas empresas, na logística existe uma hierarquia de decisões. Não que as empresas sejam obrigadas a obedecer este modelo
hierárquico, mas entendê-lo pode nos ajudar na
identificação e definição de responsabilidades
que serão atribuídas aos gestores logísticos que
atuam em cada nível da empresa, conforme atribuições existentes nas áreas, departamentos,
processos e atividades.
Como você pode visualizar, este modelo
funciona como uma pirâmide com três divisões
distintas. Vamos observar na Figura 5 qual o papel
de cada um destes níveis.
ƒƒ Estratégicas: estas são as mais importantes e arriscadas, pois decidem a direção de uma empresa ou organização.
Os seus resultados são colhidos a longo
prazo e demandam muitos recursos
para serem realizadas.
ƒƒ Táticas: estas estão relacionadas com
a implementação das estratégias sobre
o médio prazo, envolvem menos recursos e apenas apresentam algum risco;
estão mais presentes no nível gerencial.
ƒƒ Operacionais: são decisões mais detalhadas e, segundo Waters (2003), dizem
respeito a estratégias com curto prazo
e envolvem menos recursos que as decisões táticas; nesse caso há um risco
pequeno.
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37
Cláudio Alves da Silva
Figura 5 – Hierarquia de gerenciamento estratégico, tático e operacional.
Fonte: Chiavenato (2004).
5.1 Gerenciamento Estratégico
O processo decisório de nível estratégico
geralmente é formado e compartilhado por presidentes, diretores e gerentes da corporação, ou
seja, administradores de topo. Dependendo da
empresa e de seu porte, este nível decisório poderá ser compartilhado com coordenadores e supervisores de determinadas áreas chaves.
Em alguns ramos e setores empresariais é
comum a participação de analistas de produtos,
projetos e mercados nas decisões estratégicas,
porque eles, juntamente com equipes especializadas, serão responsáveis para promover e programar os objetivos com base em dados estatísticos, pesquisas de mercados, simulações e análises
de riscos. Tais profissionais são acionados para
ajudar as empresas a entender e analisar quais as
previsões existentes e contidas em cada segmento e cenário empresarial. Tal cenário poderá ser
otimista, realista ou pessimista.
38
O profissional que tem a sua participação
ativa no nível estratégico precisa ter condições de
se afastar da rotina operacional e se concentrar no
futuro da organização, para que desta forma tenha condições de tomar as decisões importantes
dentro de prazos cada vez mais curtos. Para tanto,
ele possui uma visão externa e conhecimentos
estratégicos para realizar a gestão global de mercados, ao contrário dos analistas de projetos que
especificamente necessitam de conhecimentos
técnicos e operacionais apurados.
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Logística Empresarial
5.2 Gerenciamento Tático
O nível tático geralmente é composto por
áreas gerenciais e funcionais, como: compras, financeira, recursos humanos, produção, logística,
marketing, pesquisa e desenvolvimento. Este nível se mobiliza para buscar os resultados definidos pelo nível estratégico. Para tanto, ele identifica quais são os principais objetivos estratégicos
sob a sua responsabilidade e os transforma e os
divide em objetivos específicos; por fim, as áreas
funcionais elaboram os planos de ação que serão
úteis para realizar a parte que lhes cabe, conforme descrito e definido pelo nível estratégico.
O profissional que tem a sua participação
ativa no nível gerencial precisa ter o foco em unidades ou departamentos da organização, para
que dessa forma tenha condições de tomar as
decisões importantes dentro de prazos cada vez
mais curtos. Para tanto, ele possui uma visão interna e externa de suas atividades para realizar a
gestão global de mercados e para analisar os impactos das decisões nas atividades de cada cliente sob sua responsabilidade. Além do mais, ele
precisa de condições para:
ƒƒ Fazer a análise dos resultados internos
das operações;
Dicionário
Tático: é considerado o modo de combinar as
ações de pessoas, processos ou recursos que fazem parte de uma área, departamento ou setor,
com a finalidade de se obter o melhor resultado
possível.
Estas áreas, além de se reportarem ao nível
estratégico com informações claras e precisas,
devem ter alinhamento com o nível operacional
para ter condições de saber quais as principais
ocorrências operacionais, e das transações mais
significativas e relevantes.
O processo decisório que faz parte do nível
tático geralmente é composto por gerentes coordenadores, supervisores e líderes de áreas. Em
alguns casos, a presença de analistas e de assistentes técnicos responsáveis por processos e atividades de determinadas áreas se faz necessária
para que haja a devida análise dos resultados estabelecidos com base nos resultados realizados e
apurados anteriormente, e, conforme a situação
venha a necessitar e exigir, para apresentar os
pontos positivos e negativos existentes nas ações
propostas.
ƒƒ Ter confiança e bons relacionamentos
com os níveis operacionais e subordinados diretos, que estão sob a sua responsabilidade;
ƒƒ Definir e cobrar resultados;
ƒƒ Ter conhecimentos técnicos e operacionais apurados;
ƒƒ Relacionar-se com fornecedores, com o
objetivo de ter conhecimento dos produtos e para manter laços empresariais
de parceria, tão comuns em uma cadeia
logística, principalmente para ter condições de realizar negociações de uma
forma mais vantajosa e lucrativa;
ƒƒ Relacionar-se com clientes e apurar se
os resultados realizados foram os esperados por parte destes. O objetivo é
eliminar ou diminuir as insatisfações e
reclamações existentes.
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39
Cláudio Alves da Silva
5.3 Gerenciamento Operacional
Por fim, temos o nível operacional que identifica os procedimentos e processos específicos
requeridos nos níveis e atividades mais operacionais da empresa e da cadeia logística. As decisões
que são tomadas neste nível contribuirão para
dar suporte às atividades contidas nos planos gerenciais e estratégicos. Os planos elaborados por
este nível, por serem elaborados em curto prazo,
são adaptados e modificados quase que diariamente, conforme o surgimento de oportunidades ou desafios.
Esse nível é composto por inúmeros processos e atividades operacionais e é o cenário em
que reside a interatividade entre os funcionários e
as operações existentes, por serem diferenciadas
e complexas.
O foco neste nível está em tarefas rotineiras,
onde são definidos os procedimentos, processos
e os objetivos que especificam os resultados esperados de determinados grupos ou indivíduos.
Para que não haja problemas de caráter operacional e financeiro, e consequentemente prejuízos
para outras áreas existentes na cadeia logística, o
monitoramento dos prazos que definem as metas
e resultados é feito periodicamente. Caso sejam
identificadas irregularidades ou distorções que
venham a comprometer os resultados, medidas
corretivas são adotadas mediante as decisões tomadas pelos seus responsáveis.
Neste nível, além da gestão interna de processos, atividades e pessoas, há outros fatores,
tais como: o não cumprimento de prazos por parte de fornecedores e muitas vezes por parte da
própria empresa ou departamento; insatisfação
de clientes, parceiros e funcionários; disputas internas devido a interesses departamentais e até
pessoais; falta de materiais ou de produtos; quebra de equipamentos; fluxo irregular; variação da
demanda; e problemas com sistemas informatizados e equipamentos automáticos. Estes fatores,
além de prejudicar os processos e as atividades
logísticas operacionais, podem trazer resultados
40
e reflexos negativos para os demais níveis e processos existentes na empresa.
Estes fatores devem ser administrados pelos responsáveis operacionais com o objetivo de
se evitar situações desastrosas e prejudiciais para
os negócios da empresa.
Os gestores que atuam neste nível decisório precisam desenvolver e construir um bom relacionamento profissional com os funcionários e
com as demais pessoas responsáveis por outras
áreas, processos e atividades, ou seja, ser político
sem perder a ética. Esta atitude ética e profissional é importante, porque ela não irá favorecer uns
em detrimento de outros, sem contar que as relações pessoais e interpessoais é uma tarefa difícil
de manter em qualquer ambiente empresarial.
O profissional que participa ativamente
no nível operacional precisa ter: visão global das
operações, noção de toda a extensão das operações, profundos conhecimentos gerenciais e de
logística, e saber usar as previsões ao seu favor e
administrar a escassez de recursos.
As exigências aumentam, caso este profissional venha a exercer a função de analista, pois
será exigido um alto grau de conhecimento técnico com relação ao uso de programas para interpretar informações quantitativas e qualitativas
que são oferecidas pelos bancos de dados. Tais
conhecimentos são para demonstrar suas habilidades de prever e trabalhar antecipadamente em
situações adversas durante o expediente.
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Logística Empresarial
5.4 Estratégia Logística versus Logística Estratégica
Para o autor Waters (2003), a estratégia logística de uma organização consiste em todas as
decisões, políticas, planos e cultura estratégica
ligados à gestão das suas cadeias logísticas, ou
seja, é algo já formado e bem definido no dia a
dia da empresa.
Porém, quando não há a existência de uma
cultura estratégica e a logística não constitui qualquer ferramenta para a concretização dos objetivos da empresa, mas é utilizada como fator principal da própria estratégia, estamos perante aquilo
que se designa logística estratégica (DIAS, 2005).
Nesse caso, temos uma logística realizada momentaneamente, somente para atender a
uma determinada emergência ou necessidade.
Saiba mais
As estratégias podem ser estabelecidas com base
na situação da empresa, podendo estar voltadas
para sua sobrevivência, sua manutenção, seu crescimento ou desenvolvimento (OLIVEIRA, 2005).
5.5 Auditoria Logística
É comum as empresas e os profissionais realizarem as suas atividades e operações, porém,
para saber se elas foram realizadas de uma forma
correta, entra em cena a atividade de auditoria.
Os tipos e formas de auditoria, de acordo
com a relação do auditor com a entidade auditada, são: auditoria interna e auditoria externa ou
independente.
O Conselho Federal de Contabilidade através da Resolução CFC nº 780/95, que aprova a
NBC T 12, define a auditoria interna como aquela
que é constituída por um conjunto de procedimentos técnicos que têm por objetivo examinar
a integridade, adequação e a eficácia dos controles internos e das informações físicas, contábeis,
financeiras e operacionais das entidades. A logística com certeza faz parte destas informações
operacionais existentes nas empresas.
É através da auditoria e do controle logístico
que as empresas conseguem determinar se existem falhas, também conhecidas como gaps, entre
a performance logística e os resultados esperados
(CARVALHO, 2001). Este sistema tem como prin-
cipais entradas de informação, também conhecidas como inputs, os seguintes tópicos:
ƒƒ Resultados dos indicadores de performance logística;
ƒƒ Mapeamento de atividades com o uso
da análise ABC (Activity Based Costing
ou Custeio Baseado em Atividades),
que é um método contábil que permite
identificar e mapear como e onde uma
empresa obtém seus lucros. Este método de custeio é diferente da Classificação ABC, que será apresentada na parte
sete desta apostila.
ƒƒ Resultados da gestão logística;
ƒƒ Mapeamento dos conceitos que se pretendem medir e monitorar.
Tendo de um lado, como ponto inicial, a
análise integrada das várias entradas (inputs), e
por outro as saídas (outputs), cabe ser feita uma
comparação entre os resultados realizados e resultados esperados. Em caso de distorções, é de
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41
Cláudio Alves da Silva
responsabilidade dos gestores e administradores
logísticos a realização do desenvolvimento de
planos corretivos e de ações de melhoria, sempre
que necessário.
O administrador logístico, antes de executar
as suas atividades de auditoria, deverá fazer previamente e estrategicamente a análise da empresa de uma forma interna e externa.
Conforme Chiavenato (2003), a análise interna e externa de uma empresa envolve:
ƒƒ Análise dos recursos de que a empresa
dispõe para realizar as suas operações
atuais e futuras. Para um melhor entendimento, tais recursos são classificados
ou denominados como: financeiros,
máquinas, equipamentos, veículos, sistemas, matérias-primas, recursos humanos, tecnológicos, entre outros;
ƒƒ Análise da estrutura organizacional
da empresa, seus aspectos positivos
e negativos, divisão de trabalho entre
departamentos e unidades e como os
objetivos organizacionais foram distribuídos em objetivos departamentais;
qualidade, inovação, crescimento e desenvolvimento dos negócios.
No âmbito externo:
ƒƒ Os mercados abrangidos pela empresa,
características atuais e tendências futuras, oportunidades e perspectivas;
ƒƒ A concorrência ou competição, isto é,
empresas que atuam no mercado, disputando os mesmos clientes, consumidores ou recursos;
ƒƒ Os fatores externos, como a conjuntura econômica, tendências políticas, sociais, culturais e legais que afetam a sociedade, a empresa e demais empresas
do mesmo ramo e setor.
Esta visão interna e externa permite identificar os pontos fortes e fracos existentes nas
atividades, pessoas, processos e departamentos,
bem como para identificar e mapear as ameaças
e oportunidades existentes no ambiente em que
a empresa esteja atuando.
ƒƒ Avaliação do desempenho da empresa,
em termos de lucratividade, produção,
5.6 Estratégia
Conforme Carvalho (2002), é facilmente
perceptível quando algo que se relaciona com a
logística não está funcionando da melhor maneira, pois se verificam:
ƒƒ frequentes faltas de produtos nos estoques;
ƒƒ ordens de encomenda não atendidas;
ƒƒ baixas performances;
ƒƒ disponibilizações erradas de produtos
ou serviços e colocações fora de tempo,
em locais incorretos ou em quantidades inadequadas.
42
A estratégia é mais do que o conjunto de
decisões e ações tomadas por uma empresa a fim
de proporcionar aos seus clientes mais valor em
detrimento do valor oferecido pela concorrência.
A estratégia empresarial é a forma que as
empresas têm de pensar o seu futuro e definir objetivos, ou seja, é algo que vai além das operações
do dia a dia.
Como atualmente a logística é vista como
um fator importante no bom desempenho de
uma empresa e, principalmente, de uma cadeia
de suprimentos, esta, sem dúvida nenhuma, é
vista como uma questão estratégica para muitas
delas.
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Logística Empresarial
O conceito de estratégia é totalmente aplicável a uma situação e ambiente que envolve a
competição.
5.7 Indicadores de Desempenho
A avaliação de desempenho consiste na
avaliação e mensuração dos resultados alcançados individualmente por uma pessoa ou pelo
grupo ao qual ela faz parte. Com ela as empresas
estabelecem critérios para estar remunerando ou
premiando cada um conforme a sua performance.
Essa análise é feita com base em informações extraídas de dados numéricos, fornecidos
pelos indicadores considerados importantes e
relevantes para os negócios da empresa. Estes
dados, ao serem utilizados e interpretados, traduzem determinadas situações e ocorrências existentes nas atividades e processos mensurados.
Este método de avaliação, geralmente, é
aplicado e adaptado para mensurar os resultados
atingidos pela realização de atividades isoladas,
processos e departamentos existentes em uma
empresa, comparando-os com os objetivos e resultados estabelecidos previamente pelos gestores que fazem parte do nível estratégico, tático ou
operacional.
No ambiente logístico, os indicadores são
conhecidos como KPIs (Key Performance Indicators), ou seja, Indicadores Chaves de Performance.
O surgimento da tecnologia da informação
aplicada à logística fez com este procedimento de avaliação ganhasse mais importância, por
permitir o acompanhamento on-line de muitas
atividades e serviços logísticos oferecidos pelas
empresas, ou seja, as empresas procedem conforme as suas responsabilidades e deveres, enquanto que os clientes e principalmente os gestores
ficam sabendo no exato momento em que tudo
acontece ou não, conforme o item, etapas e processos monitorados.
Na logística, conhecer os resultados expressos em números e processos se torna algo
imprescindível para a tomada de decisões. Até
porque a avaliação do desempenho servirá de
ponto de partida para o estabelecimento de novos objetivos.
Dessa forma, os indicadores podem ser interpretados como medidas de desempenho que,
ao serem quantificadas e analisadas, auxiliam os
administradores a definir, avaliar e melhorar a
produtividade e a performance de áreas consideradas importantes para empresa.
São denominados indicadores chaves porque contribuem para facilitar o gerenciamento
de todo e qualquer item, atividade, processo ou
departamento que devem ser medidos e avaliados. Tais itens e elementos, considerados como
relevantes pelas empresas, gestores e clientes,
contribuem para que os resultados sejam mantidos, melhorados ou alcançados. Diante de tal
complexidade, estrategicamente, temos que gastar tempo para mensurar e analisar apenas o que
é importante e venha a representar uma melhor
participação nos resultados.
Análise dos Indicadores
A melhor forma para se realizar uma boa
análise de indicadores é fazendo o uso de demonstrativos gráficos que venham a facilitar a visualização e a interpretação dos indicadores considerados estrategicamente chaves.
Com o objetivo de facilitar a sua compreensão e para ajudá-lo nesta tarefa, apresentamos
algumas considerações:
ƒƒ Para se ter uma visualização gráfica, não
basta somente registrar dados. Os indicadores devem ser transformados em
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43
Cláudio Alves da Silva
gráficos para permitir uma melhor visualização, compreensão e interpretação
das medições;
ƒƒ O índice de medição é considerado
como o tipo de valor numérico do indicador, definido e estabelecido com o
uso de uma relação matemática, num
determinado momento. Tal relação é
representada utilizando um dado percentual, volume, quantidade ou montante financeiro;
ƒƒ Metas são os índices definidos como indicadores de resultados a serem alcançados por etapas, num determinado
período de tempo. São pontos intermediários a serem atingidos na direção dos
objetivos propostos. Exemplo: No plano
estratégico, a empresa tem como objetivo reduzir o inadimplência em 15%
no período de três anos, para tanto, no
plano tático definido a médio prazo a
meta será de -5% no primeiro ano, -5%
no segundo ano e -5% no terceiro ano,
totalizando desta forma os 15% estabelecidos no plano estratégico e definido
a longo prazo. Dentro deste contexto,
uma meta possui três componentes:
objetivo intermediário, valor e prazo;
ƒƒ Faça a gestão com base na transparência, compartilhamento e divulgação
dos resultados. Como exemplo, tem-se
um painel existente na linha de montagem de caminhões da Scania, que mostra a data, o horário, o local, o nome do
operador que está na linha de montagem, quanto tempo é necessário para
cumprir com as suas tarefas, e o tempo
negativo em caso de atrasos. Tal instrumento de medição ajuda os gestores a
identificar os pontos críticos conhecidos na produção como gargalo, e para
se fazer a gestão de uma forma integrada de todos os processos existentes na
linha de produção, permitindo saber
quem ou que é responsável pelos atrasos e o porquê.
44
Essa forma de mensurar as atividades onde
todos possam observar a evolução das atividades
contribui para que haja interação entre as equipes e funcionários, responsáveis pela busca dos
resultados e da compensação dos atrasos com o
aumento da produtividade. Isto é muito importante porque de nada adianta mensurar, analisar
e apontar o desempenho, se não mostrar para a
equipe os problemas e resultados.
A análise dos indicadores, além de permitir
o gestor avaliar e melhorar a performance de um
item, de uma atividade, processo ou departamento, permite que seja feita a aferição de resultados.
Tal aferição de resultados servirá de base para
que as decisões sejam tomadas em tempo hábil
e com mais precisão, quer sejam elas estratégicas,
táticas ou operacionais.
Em uma cadeia logística, os indicadores são
classificados como internos, quando utilizados
para monitorar o desempenho dos processos
existentes dentro da empresa ou da área que ele
faz parte, tais como produção, engenharia, qualidade, custos, suprimentos, transportes, distribuição, armazenamento etc.
De outra forma, os indicadores são classificados como externos, quando são utilizados para
monitorar o desempenho de atividades, processos, departamentos e serviços prestados ao longo
da cadeia logística pelos fornecedores, revendedores, atacadistas, transportadores e demais parceiros participantes, bem como para mensurar a
satisfação dos clientes.
Toda e qualquer ação de intervenção será
melhor realizada quando houver um correto
acompanhamento, análise e monitoramento dos
indicadores de desempenho utilizados para mensurar os processos e serviços existentes em uma
cadeia logística.
Exemplos de Aplicação de Indicadores
Como os indicadores contribuem para facilitar o gerenciamento de todo e qualquer item,
atividade, processo ou departamento que devem
ser medidos e avaliados, abaixo, apresentaremos
alguns exemplos básicos e aplicações:
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Logística Empresarial
ƒƒ Para medir a produtividade de um veículo com relação à capacidade de carga,
geralmente dividimos o peso total da
carga que será transportada, pelo peso
máximo permitido legalmente, que
define a capacidade do veículo. Como
exemplo temos uma carga pesando 9,5
toneladas para ser transportada por um
caminhão com capacidade máxima de
carga de 12 toneladas, aplicando este
indicador, teremos: 9,5 / 12 * 100 = 79%,
ou seja, este indicador está demonstrando um percentual de ociosidade de
21%. Nesse exemplo, o caminhão deixou de transportar 2,5 toneladas.
ƒƒ Esta medição é importante porque os
gestores terão condições para fazer de
uma forma mais eficiente a composição
de cargas de acordo com o modal (utilitário, caminhão, carreta, trem etc.) de
transporte a ser utilizado e sua capacidade. De outra forma, ela irá contribuir
para melhorar os resultados financeiros
da empresa e para reduzir custos.
ƒƒ Para medir a produtividade de um
veículo com relação ao tempo, geralmente, cronometramos o tempo que é
gasto desde a sua chegada à empresa
até a sua próxima saída. Conforme o
número de entradas e saídas e os dias
de utilização deste veículo, teremos
como resultado um tempo médio, que
nos mostrará se o veículo alvo da nossa
mensuração está sendo bem utilizado
ou não. Partindo da ótica de sermos os
gestores da área de carga e descarga,
este indicador irá mostrar o giro, ou
seja, o número de vezes que este veículo está sendo utilizado para realizar
as entregas ou atendendo clientes. Se
essa média for baixa, mostrará que o
veículo está passando mais tempo em
operação, tanto para entregar produtos
ou para transportar passageiros, e isso
é muito bom, porque trará melhores resultados. De outra forma, se esta média
for alta, mostrará que a área de carga
ou descarga está gastando um tempo
acima do estabelecido para carregar
ou descarregar produtos, cabendo aos
gestores analisar os processos, os equipamentos utilizados para movimentação dos materiais e o desempenho das
equipes responsáveis por estas áreas.
ƒƒ Para avaliarmos o desempenho de um
prestador de serviços com relação à
pontualidade na prestação de serviço
de coletas programadas, fazemos a divisão do número total de coletas feitas
na hora agendada, pelo número total
de cargas despachadas no intervalo de
tempo analisado. Esse intervalo pode
ser diário, semanal, quinzenal ou mensal. Esse indicador é importante, porque afeta diretamente a satisfação do
cliente e o nível de atendimento estabelecido como aceitável. Vamos supor
que o índice aceitável de satisfação seja
de 97% na prestação de serviços e que
o prestador alvo da nossa mensuração
tenha apresentado o seguinte desempenho: de um total de 200 coletas programadas e apresentadas previamente,
ele tenha conseguido realizar um total
de 188 coletas dentro do horário combinado. Aplicando a equação teremos o
seguinte resultado:
188 / 200 * 100 = 94%.
ƒƒ Este resultado está indicando que mais
de 3% dos clientes não foram bem atendidos, porque ele apresentou um desempenho abaixo do esperado, porque
o índice mínimo aceitável é 97%. Caso
esta situação venha a se repetir outras
vezes em outras análises, tal prestador
está apresentando que não tem condições de continuar a fazer parte do rol de
fornecedores da empresa tomadora de
serviço.
ƒƒ Para mensurarmos o custo do frete por
unidade transportada, dividimos o custo total do frete realizado, pelo número
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45
Cláudio Alves da Silva
total de unidades despachadas dentro
do intervalo analisado. Esse intervalo pode ser diário, semanal, quinzenal
ou mensal. Quando for necessário e
conforme os objetivos, este indicador
poderá ser aplicado dividindo o custo
total do frete pelo peso total de carga
transportada por um determinado veículo. Esse indicador é aplicado para
produtos ou mercadorias que tenham
o mesmo tipo, padrão, características
ou densidade. Para uma melhor mensuração e análise do tipo de carga em
questão, levamos em consideração seu
estado físico no caso de cargas líquidas;
dimensões como altura, largura, comprimento e o peso em toneladas ou
quilos no caso de outros produtos. Esse
indicador é importante porque afeta
diretamente o preço praticado no frete
e o preço de vendas dos produtos ou
mercadorias que foram transportados.
Quanto maior for o número de produtos, mercadorias ou peso de carga a ser
transportado por viagem ou por veículo, menor será o custo com frete; obviamente se este frete for cobrado por
viagem ou por quilômetro rodado. Para
facilitar o entendimento, vamos fazer o
acréscimo do valor a ser cobrado pelo
frete, nos mesmos dados contidos no
primeiro exemplo apresentado anteriormente. Dessa forma, teremos uma
carga pesando 9,5 toneladas para ser
transportada por um caminhão com
capacidade máxima de carga de 12 toneladas. O frete cobrado por viagem é
de R$ 840,00. Aplicando este indicador,
teremos as seguintes situações:
••
••
46
Primeira situação: custo de R$
840,00 / 9,5 toneladas = R$ 88,42/
ton.
Segunda situação: o mesmo veículo e o mesmo custo de R$ 840,00
por viagem, porém faremos o uso
da capacidade máxima de carga
do veículo em questão, ou seja, 12
toneladas. Diante desta nova situação, teremos o seguinte resultado: R$ 840,00 / 12 toneladas = R$
70,00/ton.
Podemos verificar na segunda situação que o custo de R$ 70,00/ton.
transportada foi menor do que o
custo de R$ 88,42/ton., mensurado
e apresentado na primeira situação. Neste simples exemplo podemos notar que a diferença foi de R$
18,42 por tonelada transportada.
A empresa ao comercializar os produtos da primeira viagem terá uma
margem de lucro menor, porque o
custo com frete por tonelada transportada foi maior.
Vamos supor que no período analisado foram feitas somente estas
duas viagens anteriores, ou seja,
fazendo uso de uma somatória dos
custos e das toneladas transportadas, teríamos a seguinte situação:
R$ 840,00 + R$ 840,00 / 9,5 ton. + 12
ton. = R$ 78,12/ton.
Isso demonstra que o ideal é sempre fazermos a mensuração dos itens, atividades e processos considerados como importantes para a empresa e para os negócios de uma forma isolada,
porque, caso contrário, os processos ineficientes
terão seus custos cobertos ou “maquiados” pelos
demais processos eficientes utilizados na mensuração e divisão dos custos.
Como as empresas vendem seus produtos
e serviços, é comum a emissão de notas fiscais.
Porém os erros de preenchimento e o retrabalho
nesta atividade muitas vezes são grandes. Caso o
administrador precise mensurar a qualidade do
trabalho prestado por uma pessoa, fornecedor ou
equipe, ele fará o uso de um indicador muito importante para a gestão e análise de desempenho.
Para tanto, dividimos o número de notas (de vendas ou prestação de serviços) sem erros pelo número total de notas emitidas dentro do período
a ser analisado. Quanto mais próximo dos 100%,
melhor será o nível de serviço apresentado.
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Logística Empresarial
Diante do exposto, você pôde perceber
que os indicadores são utilizados para mensurar:
desempenho, custos, qualidade e produtividade
atrelados às pessoas, equipes, atividades, processos e departamentos existentes tanto dentro
quanto fora da empresa. No ambiente externo,
eles são utilizados para mensurar o desempenho
de serviços prestados pelos fornecedores, revendedores, atacadistas, transportadores e demais
participantes da cadeia logística, bem como para
mensurar a satisfação dos clientes.
Os indicadores utilizados para mensurar o
desempenho de atividades operacionais e gerenciais são considerados estratégicos quando utilizados para mensurar a eficácia das decisões e dos
objetivos que foram definidos pela empresa conforme o plano, para garantir a competitividade,
melhores resultados e posição de mercado.
5.8 A Implementação de um Departamento Logístico
A intervenção estratégica é o procedimento
principal para que seja criada uma relação direta
entre logística e o desempenho da organização.
Permitindo desta forma que os sistemas logísticos e empresariais sejam bem administrados e
dirigidos (CARVALHO, 2002).
controle sobre os custos existentes nas
atividades logísticas, com a criação de
um sistema de informações e com o uso
de métodos de custeio, com o objetivo
de estabelecer estimativas de custos de
uma forma isolada e total;
Para que seja feita uma boa implementação
e para que haja eficiência na gestão logística em
uma empresa, são necessários três passos:
ƒƒ Executar a sua orientação logística, fazendo uma análise geral e conceitual
dos sistemas (de custeio, de armazenagem, de informação, de gestão, de
transporte e de produção etc.) que a
constituem, considerando todos os
seus elos e fluxos existentes, que irão
formar a chamada cadeia de suprimentos.
ƒƒ Assessoria de pesquisa operacional
adequada, de maneira a ser feito um
planejamento das operações e processos;
ƒƒ Definir a sua função e gestão logística,
estabelecendo desta forma um melhor
5.9 Serviços e Valor Agregado
É comum em logística ouvir falar sobre valor
agregado. Tal assunto é muito difundido, pois os
processos logísticos nas empresas não são mais
do que processos de valor agregado, isto é, transformam matérias-primas em produtos, bens ou
serviços de modo a satisfazer as exigências dos
seus clientes.
O valor chega aos clientes ou consumidores
finais através da logística. E é por seu intermédio
também que a empresa obtém informações atreladas às suas necessidades e desejos. Ou seja, a
logística é um elo que se apresenta como um elemento de ligação entre clientes e fornecedores.
Por outro lado, para Carvalho e Dias (2004)
a logística empresarial privilegia o contato com
o mercado, concebendo assim as características
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47
Cláudio Alves da Silva
dos produtos ou serviços, sendo que o seu objetivo principal é ir ao encontro dos requisitos apresentados pelos clientes.
A logística, desta forma, em contato com
o mercado, permite que a empresa estrategicamente tenha condições de utilizar e reunir conjuntos de informações necessárias para atender
possíveis eventualidades e flutuações que possam ocorrer na demanda de determinados serviços e produtos, e isto também pode ser visto e
entendido como flexibilização.
Atenção
A intervenção estratégica é o procedimento principal para que seja criada uma relação direta entre logística e o desempenho da organização.
5.10 Resumo do Capítulo
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo estudamos que:
ƒƒ As decisões podem ser classificadas como: estratégicas, táticas e operacionais;
ƒƒ O processo decisório de nível estratégico geralmente é formado e compartilhado por presidentes, diretores e gerentes da corporação, ou seja, administradores de topo;
ƒƒ O nível tático é geralmente composto por áreas gerenciais e funcionais. Este nível se mobiliza
para buscar os resultados definidos pelo nível estratégico;
ƒƒ É o nível operacional que identifica os procedimentos e processos específicos requeridos nos
níveis e atividades mais operacionais da empresa e da cadeia logística. As decisões que são
tomadas neste nível contribuirão para dar suporte às atividades contidas nos planos gerenciais
e estratégicos;
ƒƒ A estratégia logística de uma organização consiste em todas as decisões, políticas, planos e
cultura estratégica ligados à gestão das suas cadeias logísticas, por outro lado, quando temos a
logística realizada momentaneamente, somente para atender a uma determinada emergência
ou necessidade, estamos perante aquilo que se designa logística estratégica (DIAS, 2005);
ƒƒ É através da auditoria e do controle logístico que as empresas conseguem determinar se existem falhas, também conhecidas como gaps, entre a performance logística e os resultados esperados (CARVALHO et al., 2001);
ƒƒ A estratégia é mais do que o conjunto de decisões e ações tomadas por uma empresa a fim de
proporcionar aos seus clientes mais valor em detrimento do valor oferecido pela concorrência;
ƒƒ A estratégia empresarial é a forma que as empresas têm de pensar o seu futuro e definir objetivos, ou seja, é algo que vai além das operações do dia a dia;
ƒƒ A avaliação de desempenho consiste na avaliação e mensuração dos resultados alcançados
individualmente por uma pessoa ou pelo grupo ao qual ela faz parte;
ƒƒ Este método de avaliação, geralmente, é aplicado e adaptado para mensurar os resultados atingidos pela realização de atividades isoladas, processos e departamentos existentes em uma
empresa, comparando-os com os objetivos e resultados estabelecidos previamente pelos gestores que fazem parte do nível estratégico, tático ou operacional;
48
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ƒƒ Os indicadores utilizados para mensurar o desempenho de atividades operacionais e gerenciais são considerados estratégicos quando utilizados para mensurar a eficácia das decisões e
dos objetivos que foram definidos pela empresa conforme o plano, para garantir a competitividade, melhores resultados e posição de mercado;
ƒƒ O valor chega aos clientes ou consumidores finais através da logística.
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
5.11 Atividades Propostas
1. Quais as características básicas existentes entre as decisões estratégicas, táticas e operacionais?
Explique.
2. O profissional que tem a sua participação ativa no nível estratégico tem que fazer o que para
ter condições de se concentrar no futuro da organização? Explique.
3. Por que o surgimento da tecnologia da informação aplicada à logística fez com que a avaliação
de desempenho ganhasse mais importância? Explique.
4. Conforme o autor Carvalho (2002), qual a importância da intervenção estratégica? Explique.
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49
6
CADEIA DE VALOR
Prezado(a) aluno(a),
Neste capítulo, trataremos de apresentar a
cadeia de valor, as suas características, atividades
de apoio ou de suporte e seu escopo.
A cadeia de valor pode ser percebida e
entendida como uma série de relações locais e
individuais que são integradas com elementos
existentes em uma cadeia logística, ou seja, as
relações existentes entre clientes e fornecedores,
denotando desta forma uma parceria.
A integração com fornecedores de materiais e prestadores de serviços é importante para
que de uma forma conjunta e estratégica os objetivos sejam alcançados.
Tais relações e parcerias possuem como
objetivo a realização de uma melhor alocação de
recursos e consequentemente da redução de custos e aumento da margem de contribuição. Como
neste tipo de parceria é comum o compartilhamento de informações, as empresas participantes
terão condições de gerir e analisar os custos existentes em todas as áreas e processos envolvidos.
A gestão de custos é vista como uma vantagem competitiva, que agrega valor aos produtos
e serviços ofertados aos clientes.
Conforme Porter (1989), o valor em um mercado competitivo é considerado como o montante que os compradores estão dispostos a pagar
por aquilo que uma empresa, ou indivíduo, lhes
fornece.
6.1 Características
Segundo as considerações deste autor, a cadeia generalista é composta pelos conjuntos de
atividades primárias e atividades de apoio desempenhadas por uma organização, pela margem de
valor agregado em cada uma das atividades e pelas relações estabelecidas entre si. A margem de
contribuição é obtida subtraindo-se a somatória
dos custos de cada atividade do valor do preço
sugerido.
As atividades existentes na cadeia de valor
são formadas pelos processos físicos diferentes
entre si, dos quais a empresa faz uso para criar um
produto com um valor determinado ou aceitável
pelo mercado.
A importância deste assunto está fundamentada nas parcerias comerciais, criadas para
atender aos interesses e necessidades comerciais,
e devido ao fato de a margem de lucro ser divi-
dida entre os participantes e empresas presentes
na cadeia logística.
Neste ambiente, cada qual deseja obter
uma margem de lucro melhor e maior do que o
outro, e este desejo por lucros melhores, além de
causar conflitos, compromete a política de preços,
a marca e a aceitação de determinados produtos
ofertados pela cadeia de suprimentos.
Para fazer a compensação da diferença desta margem de lucro, cada participante procura
entender e gerir os seus processos e atividades de
uma forma diferenciada, com o objetivo de reduzir custos, criar valor e obter melhores resultados.
Atente para a Figura 6 e observe as áreas e
atividades existentes em uma cadeia de valor.
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Cláudio Alves da Silva
Figura 6 – Atividades de apoio e primárias de uma cadeia de valor genérica.
Fonte: Porter (1989).
De acordo com a Figura 6, podemos entender que as atividades primárias em uma cadeia
genérica são:
ƒƒ Logística Interna: atividade ligada ao
recebimento, armazenamento e distribuição dos produtos e subcomponentes em suas respectivas linhas de produção;
ƒƒ Operações: atividades ligadas e interligadas com a produção, para tanto realizando a transformação das matérias-primas em componentes ou produtos
finais;
ƒƒ Logística Externa: atividade responsável pela retirada da unidade de produção, armazenamento e a distribuição
física de tais produtos aos seus respectivos clientes;
ƒƒ Serviços: atividades responsáveis pela
instalação, manutenção e em alguns
casos pela retirada dos produtos com
defeito. Denominado como pós-venda,
agregando dessa forma valor aos produtos ou serviços oferecidos.
Saiba mais
Pelo fato do conceito da cadeia de valor ser aplicado por um conjunto de empresas que atuam
em parceria, cada qual, em seu contexto, procura
entender e gerir os seus processos e atividades de
uma forma diferenciada, com o objetivo de reduzir
custos, criar valor e obter melhores resultados com
a comercialização dos seus produtos e serviços.
ƒƒ Marketing e Vendas: atividade responsável pela comercialização e a promoção dos produtos e serviços ofertados
pela empresa;
52
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Logística Empresarial
6.2 Atividades de Apoio ou de Suporte
A seguir descreveremos de uma forma resumida as atividades de apoio existentes em uma
cadeia, entre elas temos:
ƒƒ Aquisição: atividade de responsabilidade da área de suprimentos e do departamento de compras, para adquirir
matérias-primas e quaisquer outros
materiais ou itens necessários para
atender a uma determinada necessidade, quer seja de caráter administrativo
ou operacional;
ƒƒ Infraestrutura da empresa: nesse grupo, estão as atividades que fazem parte
da gestão global e a gestão da rede de
relacionamentos da empresa, tais como
planejamento, programação e controle
da produção; qualidade, administração,
contabilidade, finanças, custos etc.;
ƒƒ Gestão de Recursos Humanos: nesse
grupo, estão as atividades que fazem
parte da gestão de recursos humanos,
tais como: recrutamento, seleção, treinamento, desenvolvimento, benefícios,
plano de carreira, cargos e salários etc.;
ƒƒ Desenvolvimento Tecnológico: nessa parte, temos o uso de tecnologia do
produto, do processo, da gestão e da
informação, que são ferramentas estratégicas importantes para logística;
Atenção
A gestão de custos é vista como uma vantagem
competitiva, que agrega valor aos produtos e serviços ofertados aos clientes.
6.3 Escopo da Cadeia de Valor
Conforme Dias (2005), a perspectiva da cadeia de valor define a natureza competitiva de
uma organização no âmbito do mercado industrial em que se insere e determina a configuração
e a economia do próprio modelo de cadeia de
valor.
Tal perspectiva é entendida como escopo.
Dicionário
Escopo: Finalidade; alvo; intento; propósito.
Fonte: Dicionário on-line de português.
Essa perspectiva permite que os gestores e
executivos logísticos realizem a observação detalhada da cadeia de valor de três maneiras:
ƒƒ Pelo escopo do segmento: esta maneira refere-se aos mercados de atuação e à variedade de produtos existentes e produzidos;
ƒƒ Pelo escopo vertical: esta maneira
refere-se à realização e execução das
atividades, tanto de uma forma interna
quanto terceirizada, chamada de outsourcing;
ƒƒ Pelo escopo geográfico: esta maneira
refere-se à quantidade e à variedade de
instalações existentes e afins em que a
empresa compete no mercado em que
atua de uma forma estratégica.
Uma visão macro permite uma melhor perspectiva e a exploração das relações existentes en-
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Cláudio Alves da Silva
tre as cadeias de valor num contexto de vários
segmentos, elos, área geográfica ou indústria,
enquanto que uma visão micro permite o ajusta-
mento da cadeia para atender a um segmento-alvo, uma parte ou elo isolado.
6.4 Resumo do Capítulo
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo estudamos que:
ƒƒ A cadeia de valor pode ser percebida e entendida como uma série de relações locais e individuais que são integradas com elementos existentes em uma cadeia logística;
ƒƒ Tais relações e parcerias possuem como objetivo a realização de uma melhor alocação de recursos e consequentemente da redução de custos e aumento da margem de contribuição;
ƒƒ O valor em um mercado competitivo é considerado como o montante que os compradores estão dispostos a pagar por aquilo que uma empresa, ou indivíduo, lhes fornece (PORTER, 1989);
ƒƒ As atividades existentes na cadeia de valor são formadas pelos processos físicos diferentes entre si, dos quais a empresa faz uso para criar um produto com um valor determinado ou aceitável pelo mercado;
ƒƒ A importância deste assunto está fundamentada nas parcerias comerciais, criadas para atender
aos interesses e necessidades comerciais, e devido ao fato de a margem de lucro ser dividida
entre os participantes e empresas presentes na cadeia logística;
ƒƒ As atividades primárias em uma cadeia são: logística interna, operações, logística externa, serviços, marketing e vendas;
ƒƒ De uma forma resumida, as atividades de apoio existentes em uma cadeia são: aquisição, infraestrutura da empresa, gestão de recursos humanos, desenvolvimento tecnológico;
ƒƒ A perspectiva da cadeia de valor define a natureza competitiva de uma organização no âmbito
do mercado industrial, em que se insere e determina a configuração e a economia do próprio
modelo de cadeia de valor (DIAS, 2005);
ƒƒ Os gestores e executivos logísticos realizam a observação detalhada da cadeia de valor de três
maneiras: pelo escopo do segmento, pelo escopo vertical e pelo escopo geográfico.
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
6.5 Atividades Propostas
1. Os gestores e executivos logísticos realizam a observação detalhada da cadeia de valor de três
maneiras: pelo escopo do segmento, pelo escopo vertical e pelo escopo geográfico. O que
cada uma dessas finalidades representa para estes administradores? Explique cada uma delas.
2. Quais as atividades são consideradas como primárias em uma cadeia logística? Explique.
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7
ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES
Prezado(a) aluno(a),
Neste capítulo, trataremos de apresentar a administração de estoques, previsão da demanda, classificação, vantagens e desvantagens dos estoques.
Figura 7 – Exemplos de estoques.
Fonte: Banco de dados Free.
A gestão de estoques é de grande importância operacional e estratégica para a grande
maioria das empresas. O seu uso tem como papel básico manter o equilíbrio entre a demanda
e a oferta de produtos, funcionando desta forma
como um regulador dos fluxos dos negócios, impactando diretamente nas metas e nos resultados da empresa.
Na gestão dos estoques, existem três decisões principais que podem e devem ser tomadas
por parte dos gestores das empresas:
ƒƒ quanto encomendar;
ƒƒ quando encomendar;
ƒƒ a definição da quantidade que deve haver no chamado estoque de segurança.
Tais procedimentos servem para garantir
que cada item ou produto mantenha o nível de
atendimento estabelecido e aceitável por parte
da empresa.
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55
Cláudio Alves da Silva
Saiba mais
Demanda: necessidade ou desejo para ser atendido.
Oferta: ação de oferecer.
Procura: soma dos produtos ou serviços pedi-
dos ao comércio ou à indústria: a lei da oferta
e da procura.
Classificação ABC: consiste na utilização da Curva de
Pareto para classificar produtos em três categorias,
usando critérios de demanda, importância e valor.
Itens do grupo (A) – pouca quantidade, mas representam grande valor. Itens do grupo (B) – quantidade e valores intermediários. Itens do grupo (C)
– muita quantidade, mas representam pouco valor.
Fonte: Dicionário on-line de português.
Em uma cadeia de suprimentos, é comum
a existência de várias instalações que abrigam os
seus estoques. Por serem vários, o grau de risco e
complexidade na gestão aumenta, dificultando o
uso e a tomada de decisões.
Diante disso, é comum o uso e a aplicação
de técnicas qualitativas e quantitativas de gestão,
tais como:
ƒƒ Classificação dos itens estocados: realizada com o uso da classificação ABC,
conhecida também como análise de
Pareto;
Nesta tabela simples, podemos observar que os produtos de classe A representam uma quantidade menor (20%)
56
dos produtos existentes em determinado estoque, porém, em termos de valor, esta classe (A) representa a maioria
do valor total investido neste estoque
(65%). Na sequência, temos os produtos
de classe B, representando uma quantidade unitária de 30%, porém esta
classe monetariamente representa um
valor baixo (25%) do total investido em
estoque. Por final, temos os produtos
de classe C, representando uma faixa
unitária bem maior (50%) dos produtos
existentes neste estoque analisado, porém, em termos de valor, esta classe (C)
representa um valor baixíssimo (10%)
do total investido. Estrategicamente,
com a análise desta classificação, fica fácil de perceber que os produtos de classe A e B terão um controle mais rigoroso devido às suas representatividades
financeiras, porém os produtos de classe C serão controlados, mas com menos
rigor por possuírem um valor agregado
baixo, e devido à grande quantidade
em relação aos demais;
ƒƒ Estimativas de demandas: classificadas
em dependente e independente;
ƒƒ Estimativas de parâmetros: como Estoque Máximo, Estoque de Segurança e
Ponto de Encomenda.
O estoque máximo está relacionado e refere-se à quantidade máxima aceitável de um
determinado produto existente em estoque. Já
o estoque de segurança, como o próprio nome
sugere, diz respeito a uma quantidade estabelecida e suficiente para garantir ou cobrir o consumo
realizado no período existente entre o momento
do pedido até o momento da realização da entrega. Ponto de encomenda refere-se à quantidade
mínima estabelecida para que seja feita a formalização do pedido de um determinado item ou
produto em estoque.
Qualquer empresa, do ramo industrial, comercial ou de prestação de serviços, tem diante
de si a dificuldade de realizar a manutenção dos
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Logística Empresarial
seus estoques sem deixar faltar ou sobrar produtos.
Fazer com que um produto esteja disponível em estoque e pronto para dar resposta a uma
encomenda de um cliente será uma boa definição para gestão de estoques.
Atenção
A utilização do estoque tem como objetivo básico manter o equilíbrio entre a demanda e a oferta
de produtos, funcionando desta forma como um
regulador dos fluxos dos negócios, impactando
diretamente nas metas e nos resultados da empresa.
7.1 Previsão de Demanda
Projetar a demanda de determinados insumos, materiais ou produtos, não é tarefa fácil. Na
prática, é comum a existência de erros na elaboração da previsão, por existir e envolver fatores internos e externos que atrapalham tanto o gestor
quanto a empresa na interpretação e definição
das quantidades necessárias para atender aos objetivos empresariais e dos clientes. Podemos citar
como fatores internos: as estratégias, políticas (de
preços, de compras, marketing, produção etc.),
prazos e objetivos da empresa. Por outro lado,
considerados como fatores externos, temos: as
políticas econômicas nacionais e internacionais;
mudanças de comportamento por parte do consumidor; a concorrência local e internacional; sazonalidade; ciclo de vida do produto; e as tendências da moda em função das estações climáticas.
A dificuldade aumenta um pouco mais, se
a projeção for feita para atender a um período de
longo prazo, diferentemente de uma previsão realizada para atender a necessidades a curto prazo; por esta conter e apresentar um período mais
curto, as distorções e os seus efeitos, muitas vezes, são imperceptíveis.
Conforme o autor Ross (1998), há seis requisitos básicos que devem ser levados em consideração para a elaboração de uma previsão satisfatória da demanda:
ƒƒ Horizonte da previsão: nesse requisito, os executivos e gestores precisam
definir linhas de ação que cubram os
períodos variáveis, levando-se em consideração os objetivos estabelecidos
conforme as decisões estratégicas, táticas ou operacionais;
ƒƒ Nível de detalhe dos dados: esse requisito diz respeito à necessidade de
haver o desdobramento das informações conforme a região, nível socioeconômico dos clientes, segmentos de
mercados etc. Tal desdobramento contribuirá para que os analistas responsáveis tenham condições de realizar as
suas previsões o mais próximo possível
da realidade;
ƒƒ Tamanho da amostra usada pelo analista: essa parte envolve a importância
dos dados serem completos, para que
não haja erros na definição da amostra, devido ao uso de dados parciais e
de informações insuficientes por parte
dos analistas. Outro fator que contribui
para que uma determinada amostra de
mercado, ou mensuração do consumo,
seja incompleta diz respeito à mudança
de critérios na realização dos registros
e classificações dos dados, sem comunicação prévia;
ƒƒ Controle das previsões: este requisito
é importante, porque uma vez bem-feita, não que dizer que uma previsão
não necessitará de ajustes e correções.
Devido ao período que ela deve cobrir,
se faz necessário o acompanhamento e
controle no decorrer deste tempo definido. Isto porque elas estão sujeitas a
mudanças causadas pelos fatores mencionados anteriormente e a erros;
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57
Cláudio Alves da Silva
ƒƒ Grau de estabilidade: deve-se atentar para a demanda de alguns tipos de
produtos, porque alguns possuem um
comportamento relativamente estável
no decorrer do seu histórico, devido ao
preço, sua importância para os consumidores e uma “certa” estabilidade presente em seu segmento. Como exemplo, temos os alimentos básicos (arroz,
feijão, óleo de cozinha etc.), essenciais
para dia a dia de qualquer pessoa. Outros produtos, no entanto, apresentam
um comportamento totalmente instável devido a fatores comerciais, políticos, sociais e econômicos. Podemos citar
como exemplo a redução ou aumento
do imposto sobre produtos industrializados (IPI), realizado pelo governo para
incentivar ou reprimir o consumo de
carros e de eletrodomésticos. Fica fácil
perceber que a demanda não é definida
somente com uso de planilhas e números, porque há fatores que contribuem
para a sua variação. Ainda com relação
ao grau de estabilidade, o responsável
pela previsão deverá dedicar uma atenção maior para os produtos que apresentarem um comportamento instável
em sua demanda, e principalmente
para os fatores externos que causam
interferências diretamente no seu consumo. Para os produtos com demanda
considerada estável, mais relevância terão os dados e registros históricos para
a elaboração da previsão destes;
ƒƒ Planejamento organizado: ao atentar para este requisito, tanto a empresa
quanto o analista estarão diante da necessidade de realizar as suas atividades
e previsões da demanda, com base nas
informações contidas nos planejamentos estratégicos, táticos e operacionais,
e em relatórios consistentes elaborados
com critério. Na elaboração de uma
previsão satisfatória de demanda, é
inadmissível o uso de informações improvisadas e de métodos duvidosos,
58
fundamentados somente no “conhecimento” profissional e em fontes de informações irregulares não integradas
aos demais sistemas computacionais.
As atividades e as informações devidamente planejadas e registradas contribuirão para se ter acesso a históricos
mais confiáveis e precisos de cada produto ou item-alvo de estudo. Os métodos mais utilizados para se realizar uma
previsão na área de distribuição são os
métodos qualitativos e quantitativos,
porém as empresas devidamente estruturadas fazem uso dos seus sistemas
computacionais para realizar esta tarefa. Os métodos qualitativos contribuem
para se fazer a análise de procedimentos e ocorrências internas e externas,
com o objetivo de contribuir para definir probabilidades e cenários futuros
para a tomada de decisões. Os métodos
quantitativos de previsão utilizam dados históricos da própria empresa. Este
método está baseado na ideia de que
as condições que prevaleceram no passado continuarão ocorrendo num futuro próximo. Fatores externos, de concorrência, não terão tempo para alterar
de uma forma relevante as previsões e
os rumos da empresa no curto e médio
prazo. Nesse contexto, a evolução da
demanda tende a seguir o processo observado na própria história da empresa.
Saiba mais
Demanda: nome dado aos desejos ou necessidades
de consumo por determinados produtos ou serviços.
A relação existente entre oferta e demanda influência diretamente o preço de determinados produtos
ou serviços. Havendo uma oferta maior que a demanda o preço tende a diminuir. De outra forma, se
a oferta for menor que a demanda, o preço tende a
aumentar.
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Logística Empresarial
7.2 Classificação de Estoques
Os estoques podem ser classificados como:
ƒƒ De matéria-prima: sendo esse constituído de diversos tipos de materiais e
subcomponentes usados no processo
de fabricação e na prestação de serviços;
ƒƒ De produtos semiacabados: sendo
esse constituído por componentes ou
materiais semiprocessados, que estão
em espera no processo produtivo para
serem usados na etapa seguinte;
ƒƒ De produtos acabados: constituído
em sua maioria por produtos acabados,
que serão destinados para consumo ou
para venda; neste caso fazendo parte
da distribuição ou de um armazém.
Conforme a sua utilização, os estoques podem ser classificados como:
ƒƒ Estoques em lotes econômicos de
compras (LEC), ou lotes econômicos
de fabricação (LEF): tais estoques são
utilizados principalmente no ramo industrial, onde os lotes são realizados
somente após a formalização da encomenda, de acordo com a solicitação,
necessidade e demanda;
ƒƒ Estoque de segurança: além dos comentários feitos anteriormente, o seu
uso também é destinado para atender
às flutuações existentes no mercado e
às incertezas existentes no consumo e
nos pedidos. O problema maior é que,
geralmente, o estoque de segurança é
estabelecido pelas previsões, e como
tal, às vezes, as quantidades previstas
divergem da realidade;
ƒƒ Estoque sazonal: a sua característica
maior demonstra que ele é constituído
para fazer face aos picos existentes por
produtos sazonais, tais como ovos de
chocolate, sorvetes etc., ou para abastecer as unidades produtivas;
ƒƒ Estoque em trânsito: é constituído por
itens que estão sendo movimentados,
transformados e armazenados para serem usados nas linhas de produção, ou
que estão sendo deslocados de uma
origem para um determinado destino.
Dicionário
Sazonal: é uma característica de um evento que
ocorre sempre em uma determinada época do
ano, como natal e páscoa.
Fonte: Dicionário on-line de português.
7.3 Vantagens na Utilização dos Estoques
A utilização e a constituição dos estoques
trazem certas vantagens para os negócios e para
as empresas, pois os estoques podem ser constituídos com a finalidade de:
ƒƒ Realizar vendas de uma forma especulativa, ou seja, a empresa paga um preço
baixo no ato da compra e, após um determinado período, a empresa realiza as
suas vendas a um preço bem mais alto;
ƒƒ Proteção contra irregularidades, catástrofes naturais e picos na demanda,
garantindo desta forma o consumo ou
vendas;
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59
Cláudio Alves da Silva
tados serão usados de uma forma mais
eficiente, ou seja, os lotes vão contribuir
para que haja cargas fechadas e não
fracionadas, aumentando desta forma a
sua eficiência.
ƒƒ Ganho de escala no ato da compra, por
envolver grandes quantidades, desta
forma o preço unitário será menor;
ƒƒ Redução de custo com transportes.
Devido à aquisição de grandes quantidades, os veículos utilizados ou contra-
7.4 Desvantagens na Existência de Estoques
Por envolver uma grande quantidade e variabilidade de produtos, os estoques existentes
em uma cadeia de suprimentos podem apresentar alguns custos e prejuízos, tais como:
Tais características inerentes ao produto
contribuem para:
ƒƒ Prejuízo relacionado à fragilidade de
certos produtos, que se quebram ao
realizar-se a sua guarda ou movimentação;
ƒƒ Prejuízo devido à pericibilidade de determinados tipos de produtos ou materiais, ou seja, produtos ou materiais que
se estragam ou se deterioram facilmente;
ƒƒ Obsolescência: ou seja, produtos que
se tornaram ultrapassados devido ao
lançamento de um novo tipo ou modelo mais sofisticado.
ƒƒ inviabilizar a correta aplicação dos recursos;
ƒƒ aumentar os prejuízos e custos relacionados aos produtos e serviços;
ƒƒ criar dificuldades para a empresa alcançar as suas metas e os resultados estabelecidos.
Fica fácil perceber que qualquer tipo de
estoque apresenta certas vantagens e desvantagens, e que estas variam em função dos produtos
e das finalidades estratégicas e operacionais estabelecidas pelas empresas.
Dicionário
Obsolescência: desclassificação tecnológica do
material industrial, provocada pelo aparecimento
de material mais moderno e melhor adaptado.
7.5 Resumo do Capítulo
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo estudamos que:
ƒƒ A gestão de estoques é de grande importância operacional e estratégica para a grande maioria
das empresas;
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Logística Empresarial
ƒƒ O seu uso tem como papel básico o de manter o equilíbrio entre a demanda e a oferta de
produtos, funcionando desta forma como um regulador dos fluxos dos negócios, impactando
diretamente nas metas e nos resultados da empresa;
ƒƒ Na gestão dos estoques, existem três decisões principais, que podem e devem ser tomadas por
parte dos gestores das empresas: quanto encomendar, quando encomendar e a definição da
quantidade que deve haver no chamado estoque de segurança;
ƒƒ Em uma cadeia de suprimentos, é comum a existência de várias instalações que abrigam os
seus estoques, e, por serem vários, o grau de risco e complexidade na gestão aumenta, dificultando o uso e a tomada de decisões;
ƒƒ Projetar a demanda de determinados insumos, materiais ou produtos não é tarefa fácil;
ƒƒ Na prática, é comum a existência de erros na elaboração da previsão, por existir e envolver fatores internos e externos que atrapalham tanto o gestor quanto a empresa na interpretação e
definição das quantidades necessárias para atender aos objetivos empresariais e dos clientes;
ƒƒ Há seis requisitos básicos que devem ser levados em consideração para a elaboração de uma
previsão satisfatória da demanda: horizonte da previsão, nível de detalhe dos dados, tamanho
da amostra usada pelo analista, controle das previsões, grau de estabilidade e planejamento
organizado (ROSS, 1998);
ƒƒ Deve-se atentar para a demanda de alguns tipos de produtos, porque alguns possuem um
comportamento relativamente estável no decorrer do seu histórico, e outros produtos, no entanto, apresentam um comportamento totalmente instável devido a fatores comerciais, políticos, sociais e econômicos;
ƒƒ Os métodos mais utilizados para se realizar uma previsão na área de distribuição são os métodos qualitativos e quantitativos, porém as empresas devidamente estruturadas fazem uso dos
seus sistemas computacionais para realizar esta tarefa;
ƒƒ Os estoques podem ser classificados como: de matéria-prima, de produtos semiacabados, de
produtos acabados, estoques em lotes econômicos de compras (LEC) ou lotes econômicos de
fabricação (LEF), estoque de segurança e estoque sazonal;
ƒƒ Qualquer tipo de estoque apresenta certas vantagens e desvantagens, e estas variam em função dos produtos, das finalidades estratégicas e operacionais estabelecidas pelas empresas.
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
7.6 Atividades Propostas
1. Quais são as contribuições dos métodos qualitativos e quantitativos no ato da elaboração da
previsão da demanda? Explique.
2. A obsolescência pode contribuir para o aumento dos custos com estoques? Explique e se possível, dê exemplos.
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61
8
LOGÍSTICA REVERSA
Prezado(a) aluno(a),
Neste capítulo, trataremos de apresentar a
logística reversa, as suas atividades típicas, pós-venda e pós-consumo.
A logística reversa pode ser entendida como
a área da logística que trata dos aspectos de retornos de produtos, embalagens ou materiais ao seu
centro de produção ou de descarte. Ela é utilizada para atender às exigências comerciais, legais e
necessidades do mercado, no tocante a questões
ambientais, bem como também as relacionadas
à retirada de produtos defeituosos do mercado.
Esse ato de retirada ou de retorno do produto realizado pelas empresas é conhecido como recall.
Dicionário
Para atender às exigências legais e princípios de sustentabilidade, qualidade e de produção, as empresas estão sendo cobradas para
realizar a rastreabilidade e a retirada dos seus produtos e materiais, de uma forma rápida e estratégica, em caso de defeitos, contaminações ou após
o uso por parte dos clientes consumidores. Dessa
forma elas são responsáveis desde o início ao fim
pela sua produção, descarte e reaproveitamento
de seus produtos, materiais e sucatas.
Para que seja feita a coleta de materiais já
utilizados ou de produtos para consertos, as empresas criam e gerenciam os seus canais reversos,
desta forma tais materiais ou produtos já utilizados terão uma melhor destinação, quer seja para
reparo, reutilização, revenda ou reciclagem.
Recall: trazer de volta ou retornar.
Na área industrial, refere-se ao recolhimento de
produtos pelo próprio fabricante, devido à descoberta de problemas relativos à segurança dos
produtos que foram ofertados ao mercado consumidor.
Fonte: Bueno (2000)
8.1 Atividades Típicas do Processo Logístico Reverso
As principais atividades realizadas na logística reversa são: coletar, embalar, expedir materiais ou produtos já utilizados, para que estes voltem para os fornecedores iniciais com o objetivo
de retransformá-los em novas matérias-primas,
ou produtos secundários, ou, quando for o caso,
sejam revendidos, recondicionados, reciclados e,
por fim, não tendo mais utilidade, sejam devida-
mente descartados. Todas estas atividades fazem
parte do processo logístico reverso existente em
uma cadeia empresarial ou de suprimentos. Para
melhorar o seu entendimento, todas estas atividades são apresentadas na figura a seguir.
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63
Cláudio Alves da Silva
Figura 8 – Exemplo de atividades existentes na logística reversa.
Fonte: Adaptado de Lacerda (2003).
Além da importância legal e estratégica
de marketing, a atividade de logística reversa se
tornou relevante para as empresas, devido ao aumento constante do nível de consumo de bens
que possuem uma grande descartabilidade e
por causa da diminuição do tempo de vida útil
de muitos produtos, aumentando desta forma o
consumo e consequentemente o giro dos estoques e da produção.
No ramo industrial, é comum também o uso
da obsolescência planejada, ou seja, com o uso da
tecnologia produzem-se produtos que saem de
linha de uma forma muito rápida. Como exemplo,
podemos citar os produtos eletrônicos, tais como
telefonia celular, computadores e seus periféricos.
Como resultado final, temos um aumento
muito grande de resíduos sólidos produzidos nas
grandes cidades e depositados de uma forma indevida nos “lixões” e aterros sanitários, pelo fato
de as empresas não possuírem canais reversos e
de pós-consumo devidamente organizados e estruturados, dificultando desta forma a sua gestão.
Por isso que a preocupação com a preservação do meio ambiente é tão falada e tão defendida nos dias de hoje. Para contribuir com tal ideal
e propósito, as empresas estão cuidando também
da sua imagem com o uso e a prática da logística
reversa.
8.2 Pós-Venda
Realizada após a entrega de determinados
produtos, bens ou materiais, a pós-venda está
relacionada diretamente aos serviços de montagem, instalação, manutenção, conserto e troca
em caso de defeitos, avaria ou erro de pedido.
A seguir, são apresentadas algumas das situações mais comuns de erros e quais as áreas que
64
contribuem para aumentar a responsabilidade
desta atividade que faz parte da logística reversa:
ƒƒ Comercial: nessa área, é comum a
ocorrência de erros provenientes da
digitação indevida da quantidade, valor, dimensão, peso, endereço, modelo,
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Logística Empresarial
características dos produtos ou bens,
e datas ou horários incompatíveis com
os dados e informações transmitidos
pelos clientes. Tais erros interferem diretamente na elaboração do pedido,
emissão da nota fiscal e da fatura de cobrança;
ƒƒ Comunicação: muitas vezes, por não
existir tecnologia ou integração entre
os sistemas de informação, a comunicação entre as áreas responsáveis se torna
um problema também para os clientes;
ƒƒ Transportes: essa área é a grande responsável pelas cargas e pelas entregas,
que muitas vezes são realizadas com
atrasos e avarias, decorrentes de esmagamento, encharcamento, tombamento e perfurações durante a movimentação e transporte;
ƒƒ Operacional: os erros mais comuns
existentes nesta área estão relacionados à sobra ou falta de materiais, devido à troca de endereços e de produtos
entregues para os clientes. É bom destacar que, nesta situação, não há erro de
informação, e sim erro na execução das
atividades de separação dos pedidos e
entregas;
ƒƒ Planejamento: erro de previsão, ocasionando a falta de produto para ser
entregue ou excesso que acabará contribuindo para que eles se tornem produtos fora de linha;
ƒƒ Qualidade: liberação de lotes ou produtos que não foram inspecionados, e
estes podem apresentar defeitos ou estarem danificados;
ƒƒ Sanitário: atividade paralela à de qualidade; só que, nesse caso, os produtos
não inspecionados apresentam contaminações ou estão com o prazo de vencimento bem curtos ou próximos da
data limite de validade.
Os processos que envolvem a pós-venda
são considerados como uma fonte rica de informações para as empresas que estão preocupadas
em prestar bons serviços, diminuir custos e oferecer bons produtos aos seus clientes.
Em busca destes objetivos, a identificação,
o apontamento e a mensuração das fontes de erros serão importantes para se criar um histórico
que contribuirá para a elaboração dos planos de
melhorias e soluções.
8.3 Pós-Consumo
Em relação aos produtos consumidos e às
embalagens, o pós-consumo está se tornando socialmente e legalmente de responsabilidade das
empresas. Essa discussão de responsabilidade
ambiental e de sustentabilidade ainda está longe
de uma solução concreta entre empresas, governos e entidades protetoras. Mesmo nesse contexto, atualmente, temos alguns casos que envolvem
a responsabilidade das empresas fornecedoras.
Como exemplo, temos as empresas químicas e de
fertilizantes, responsáveis em recolher as embalagens utilizadas pela empresa cliente ou consumidores finais. Essa prática é necessária, pois envol-
ve, além da saúde humana, a preservação da flora
e da fauna.
Outras empresas que se enquadram nestas
responsabilidades ambientais, provavelmente,
têm que se adequar à legislação vigente para não
perderem mercado.
Na maioria das vezes o pós-consumo é caracterizado por produtos, materiais, insumos de
qualquer natureza que já tenham sido utilizados
e se faz necessário dar um destino adequado, que
não seja o descarte na natureza, tais como:
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65
Cláudio Alves da Silva
ƒƒ Papel, papelão, latas de alumínio e garrafas plásticas. Recolhidos de bares, restaurantes, padarias e lixo – destinados
para Cooperativas de Reciclagem;
ƒƒ Materiais hospitalares. Recolhidos de
hospitais e clínicas – destinados a aterros sanitários;
ƒƒ Produtos eletrônicos. Recolhidos dos
consumidores – destinados para enti-
dades não governamentais e projetos
socioambientais.
Na Figura 9, temos um exemplo de processo de doação, reciclagem e destino, demonstrando como você e demais consumidores podem
contribuir para que haja o devido descarte e a
destinação de produtos eletroeletrônicos.
Figura 9 – Processo de doação, reciclagem e destinos de produtos eletrônicos.
Fonte: www.ecobraz.org.br
Conforme esse exemplo e informações extraídas do site da Ecobraz, você pode colaborar
com as entidades ou projetos de reciclagens, doando seus equipamentos eletrônicos que não são
mais utilizados, e estes podem estar funcionando
ou danificados. Na sequência, será feito a coleta,
armazenagem e separação. Os equipamentos que
estiverem funcionando serão doados para outras
entidades ou integrados para ser utilizados como
ferramenta de trabalho em cursos oferecidos pela
própria entidade coletora. Por outro lado, os que
não estiverem em condições de serem utilizados
ou estiverem danificados serão encaminhados
para os agentes de reciclagem da entidade responsável pela coleta.
Agindo desta maneira, além de contribuir
para um planeta mais limpo e sustentável, você
também estará contribuindo para que haja a inclusão digital e profissionalização de jovens carentes.
No contexto dos produtos eletroeletrônicos, temos a:
66
ƒƒ Poluição por descarte de resíduos contaminantes e tóxicos. Conforme dados
da Ecobraz, estes resíduos descartados
incorretamente podem contaminar o
solo e lençóis freáticos, porque existem
alguns materiais e ácidos que são utilizados na fabricação de equipamentos
eletrônicos que são altamente contaminantes ou mesmo tóxicos, tais como:
mercúrio, chumbo, cádmio, entre outros. Esses elementos químicos são
encontrados em produtos eletrônicos,
como: monitores de vídeo, aparelhos
de televisão antigos, baterias e pilhas;
ƒƒ Poluição por desperdício de matéria-prima. Já as placas de circuito impresso,
como são chamadas, estão presentes
em praticamente na totalidade, ou seja,
em 100% dos equipamentos eletrônicos. Essas placas contêm metais nobres,
tais como: ouro, platina, silício e cobre.
Tais produtos, quando descartados incorretamente, geram dupla poluição:
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Logística Empresarial
primeiramente por poluir a área de descarte e por contribuir fortemente para
o aquecimento global, já que as mineradoras terão que buscar novamente
essas matérias-primas na natureza.
Como vivemos, na era da informação, a
fabricação e consumo de equipamentos eletrônicos tendem a crescer drasticamente nos próximos anos, aumentando a adoção da reciclagem
como solução permanente.
ƒƒ Embreagens e outras peças automotivas. Recolhidas do comércio de varejo
– destinadas para fábricas de recondicionamento;
ƒƒ Lixo orgânico. Recolhido de empresas,
residências, bares, padarias e restaurantes – destinado para coleta e, consequentemente, para o aterro;
ƒƒ Sucatas e aparas de aços. Recolhidas de
indústrias – destinadas para Cooperativas ou empresas de reciclagem (Exemplo: Empresa de aços Gerdau).
gem, que atualmente é vista como uma grande
oportunidade de mercado. Apesar de ser bastante explorada em alguns segmentos de mercado,
produtos e materiais, a reciclagem possui e apresenta uma grande capacidade de crescimento
devido ao potencial de recuperação existente e
não explorado em outros produtos, materiais e
regiões do país.
Saiba mais
O recall em nosso país é normatizado pelo Código
de Defesa do Consumidor representado pela Lei nº
8.078/90, artigo 10º, parágrafo 1º.
Abaixo e na íntegra, o teor dos referidos trechos
desta lei:
Art. 10. O fornecedor não poderá colocar no mercado de consumo produto ou serviço que sabe
ou deveria saber apresentar alto grau de nocividade ou periculosidade à saúde ou segurança.
§ 1° O fornecedor de produtos e serviços que,
posteriormente à sua introdução no mercado de
consumo, tiver conhecimento da periculosidade
que apresentem, deverá comunicar o fato imediatamente às autoridades competentes e aos
consumidores, mediante anúncios publicitários.
Fonte: Código de Defesa do Consumidor.
Como podemos perceber, a atividade do
pós-consumo envolve muito a questão da recicla-
8.4 O que é Produção Limpa?
Conforme os dados do Greenpeace Brasil
(1997), os sistemas de produção industrial exigem recursos: materiais, a partir dos quais os produtos são feitos; energia, usada para transportar e
processar materiais; bem como água e ar.
ecologicamente correta. Esta forma vai muito
além da produção, pois envolve o uso de materiais e de energias alternativas e renováveis, amenizando o seu impacto sobre o meio ambiente e
preservando a flora e a fauna.
Diante da escassez dos recursos naturais, as
empresas buscam constantemente alternativas
de produção que sejam ecologicamente corretas,
contribuindo, desta forma, para que haja ações ligadas à sustentabilidade.
A produção limpa implementa o princípio
precautório, ou seja, uma nova abordagem holística e integrada para questões ambientais centradas no produto (GREENPEACE, 1997).
De uma forma sustentável, a produção limpa tem como objetivo básico atender à necessidade de produtos produzidos de uma maneira
Tal abordagem parte do pressuposto de
que a maioria dos problemas ambientais existentes, tais como: aquecimento global, poluição dor
ar e das águas, desequilíbrio da biodiversidade, é
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Cláudio Alves da Silva
em grande parte causada pela forma de extração
dos recursos existentes na natureza, e pelo ritmo
acelerado da produção de produtos e serviços por
parte das empresas para atender ao consumismo
cada vez mais crescente existente em nossos dias.
Atenção
As empresas buscam constantemente alternativas de produção que sejam ecologicamente
corretas, contribuindo, desta forma, para que
haja ações ligadas à sustentabilidade, diante do
aumento do consumo e da escassez dos recursos
naturais.
8.5 Resumo do Capítulo
Prezado(a) aluno(a), neste capítulo estudamos que:
ƒƒ Utilizada para atender às exigências comerciais, legais e necessidades do mercado, no tocante
a questões ambientais, a logística reversa pode ser entendida como a área da logística que trata
dos aspectos de retornos de produtos, embalagens ou materiais ao seu centro de produção ou
de descarte;
ƒƒ As principais atividades realizadas na logística reversa são: coletar, embalar, expedir materiais
ou produtos já utilizados, para que estes voltem para os fornecedores inicias com o objetivo
de retransformá-los em novas matérias-primas, ou produtos secundários, ou quando for o caso
sejam revendidos, recondicionados, reciclados e por fim, não tendo mais utilidade, sejam devidamente descartados;
ƒƒ Além da importância legal e estratégica do marketing, a atividade de logística reversa se tornou relevante para as empresas, devido ao aumento constante do nível de consumo de bens
que possuem uma grande descartabilidade e por causa da diminuição do tempo de vida útil
de muitos produtos;
ƒƒ A pós-venda está relacionada diretamente aos serviços de montagem, instalação, manutenção,
conserto, e troca em caso de defeitos, avaria ou erro de pedido;
ƒƒ Os processos que envolvem a pós-venda são considerados como uma fonte rica de informações para as empresas que estão preocupadas em prestar bons serviços, diminuir custos e em
oferecer bons produtos aos seus clientes;
ƒƒ No contexto dos produtos eletroeletrônicos, temos: a poluição por descarte de resíduos contaminantes e tóxicos, e a poluição por desperdício de matéria-prima;
ƒƒ Diante da escassez dos recursos naturais, as empresas buscam constantemente alternativas de
produção que sejam ecologicamente corretas;
ƒƒ A produção limpa tem como objetivo básico atender à necessidade de produtos produzidos de
uma maneira ecologicamente correta;
ƒƒ A produção limpa implementa o princípio precautório, ou seja, uma nova abordagem holística
e integrada para questões ambientais centradas no produto (GREENPEACE, 1997).
Vamos, agora, avaliar a sua aprendizagem.
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Logística Empresarial
8.6 Atividades Propostas
1. O que as empresas fazem para que seja feita a coleta de materiais já utilizados ou de produtos
para consertos? Explique.
2. Qual a importância de se fazer a identificação, o apontamento e a mensuração das fontes de
erros existentes na pós-venda? Explique.
3. Por que o recolhimento de materiais e insumos de qualquer natureza que já tenham sido utilizados é de responsabilidade da logística reversa? Explique.
4. Por que a produção limpa contribui para resolver problemas socioambientais? Explique.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Caro(a) aluno(a),
As empresas de uma forma estratégica definem e decidem sobre o posicionamento e as funções
de suas instalações logísticas ao longo de sua cadeia. A gestão da cadeia logística é melhor realizada
quando há medidas e atividades que consistem numa série de aproximações utilizadas para integrar,
eficazmente, fornecedores, fabricantes, intermediários (atacadistas e distribuidores) e lojas, para que a
mercadoria seja produzida e distribuída nas quantidades ideais, na localização certa e no tempo certo,
com o objetivo de satisfazer o nível de serviço e o cliente com o menor custo possível.
Nos dias de hoje, as empresas estão fazendo parte de um cenário e de um contexto cada vez mais
exigente e complexo, desta forma as atividades logísticas são adaptadas para atender tais exigências e
demandas, exigindo melhores resultados, procedimentos e profissionalização.
Parceria e integração são consideradas as principais necessidades existentes no contexto das empresas que tenham a necessidade de atuar estrategicamente e conjuntamente numa cadeia de suprimentos, porque as empresas concorrem não mais entre si isoladamente, mas de uma forma conjunta
entre cadeias.
Apesar de termos apresentado alguns dos temas principais da logística empresarial, muitas empresas ainda não estão no patamar de implantação, sendo necessária a realização de parcerias e de investimentos significativos em novas estruturas, tecnologias, pessoas e negócios.
Toda e qualquer estrutura, método e sistemas de distribuição adotados devem ser analisados de
uma forma quantitativa e econômica. Até porque não há como fazer uso de um único modelo ou método.
Com o uso da tecnologia da informação fica fácil de sabermos que os meios de transportes, além
de fazerem parte das atividades das empresas, estão atuando com total sincronia para que não haja movimentações desnecessárias e perda da eficiência e da capacidade de carga.
O transporte representa o principal custo das atividades logísticas, devido ao seu uso e importância. Diante disso é comum as empresas fazerem uso da terceirização, após análise do custo-benefício.
Por um lado existem as empresas que possuem frota própria, do outro há aquelas que terceirizam praticamente todas as suas atividades secundárias, preocupando-se somente com as atividades principais.
Tal medida é incentivada pela falta de recursos para investir em estruturas e aquisições, bem como para
realizar a manutenção das mesmas.
Além das cinco alternativas de transportes à disposição das empresas, há a possibilidade da realização e da utilização do uso de operadores de transporte multimodal, utilizando somente um contrato
em suas transações. Caso tais empresas tenham atividades de exportação e importação, surge a necessidade da utilização do intermodal (aviões e navios), para atender clientes que estão dentro ou fora do
país, porém participantes de uma mesma cadeia de distribuição logística.
Atualmente, a função de logística empresarial interage basicamente com quatro setores das emUnisa | Educação a Distância | www.unisa.br
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Cláudio Alves da Silva
presas integradas: marketing, finanças, controle da produção e gestão de recursos humanos, criando
assim uma rede logística. As empresas estão se adaptando e buscando, além da integração funcional, a
integração de processos.
Por existir vários elementos e fatores em uma cadeia de distribuição, podemos dizer que a logística
é uma área desafiadora e interessante.
Que você tenha sucesso nesta área tão rica e abrangente de conteúdo e conhecimento.
Prof. Cláudio Alves da Silva
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RESPOSTAS COMENTADAS DAS
ATIVIDADES PROPOSTAS
CAPÍTULO 1
1. Em logística, quando falamos de dimensões, estamos nos referindo ao peso, altura, largura e
comprimento de cada item a ser extraído, adquirido, movimentado, modificado, embalado,
armazenado, negociado, separado e distribuído.
2. Conforme Bowersox e Closs (2008), o principal objetivo da logística empresarial é: “tornar disponíveis produtos e serviços no local onde são necessários, no momento em que são desejados.” (p. 19).
3. Para Gomes (2004), o canal de distribuição da empresa engloba não só as empresas de transporte, como também os operadores responsáveis pelo transporte, armazenagem e também
em alguns casos a promoção e a comercialização dos produtos.
4. Podemos considerar que a extração, transformação, fabricação, distribuição e, por fim, a comercialização representam o fluxo de um canal logístico, mas temos que levar em consideração
que para cada tipo de produto, como alimentos, medicamentos, bebidas, móveis, vestuários,
peças, veículos, entre outros, por apresentar dimensões, características naturais e técnicas diferenciadas, se fará necessário ou uso de estruturas e de processos logísticos de movimentação,
armazenagem, transporte e distribuição diferenciados.
CAPÍTULO 2
1. As decisões tomadas com base em informações precisas e relevantes irão resultar na redução
de custos, aumento da qualidade, resultados, entre outros benefícios, com o objetivo de criar e
aumentar a competitividade da empresa e do valor agregado atrelados aos seus produtos ou
serviços, mantendo desta forma os diferenciais em relação à concorrência.
2. Para se realizar um bom gerenciamento da cadeia de suprimentos, uma boa avaliação e mensuração dos custos existentes nos processos e nas atividades empresariais são de vital importância. E tal avaliação se estende para o modelo atual de compras na renovação dos contratos
com os fornecedores, tanto de matéria-prima quanto de serviços.
3. No contexto empresarial atual, os fornecedores passam a ser parceiros no desenvolvimento de
projetos, produtos e serviços. Diante disso a quantidade de fornecedores é reduzida.
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Cláudio Alves da Silva
CAPÍTULO 3
1. Para o autor Lambert (1998), na cadeia logística padrão existente na maioria das empresas, as
matérias-primas são movimentadas e utilizadas e os bens são produzidos em uma ou mais fábricas, transportados para armazéns como armazenamento intermediário, e depois transportados para os varejistas ou clientes.
2. De forma a reduzir os custos e melhorar os serviços prestados, as estratégias utilizadas para
obter uma cadeia logística eficaz consideram as interações e integrações entre os vários níveis
da cadeia logística.
3. O autor Michael Porter (1989) considera a competitividade como a variável mais importante
em termos de desenvolvimento das empresas.
CAPÍTULO 4
1. Com relação à aproximação para a produção com foco no produto, a fábrica efetua várias operações necessárias para a sua produção, inclusive de todas as partes necessárias para finalizá-lo;
por outro lado, o foco na funcionalidade consiste em fazer apenas algumas partes do produto
ou apenas a sua montagem.
2. As decisões de localização refletem a estratégia básica da empresa para produzir e entregar os
produtos no mercado.
3. Seu principal objetivo é disponibilizar veículos para que os processos de abastecimento e distribuição ocorram operacionalmente e estrategicamente conforme as vendas e as necessidades planejadas e preestabelecidas.
CAPÍTULO 5
1. As decisões estratégicas são as mais importantes e arriscadas, pois decidem a direção de uma
empresa ou organização; sendo que os seus resultados são colhidos em longo prazo e demandam muitos recursos para serem realizadas. As decisões táticas estão relacionadas com a
implementação das estratégias sobre o médio prazo, envolvem menos recursos e apenas apresentam algum risco; estão mais presentes no nível gerencial. Por fim, as decisões operacionais
são as mais detalhadas, e, segundo Waters (2003), dizem respeito a estratégias com curto prazo,
envolvem menos recursos que as decisões táticas, e neste caso há um risco pequeno.
2. O profissional que tem a sua participação ativa no nível estratégico precisa ter condições de se
afastar da rotina operacional e se concentrar no futuro da organização, para que desta forma
tenha condições de tomar as decisões importantes dentro de prazos cada vez mais curtos.
3. O surgimento da tecnologia da informação aplicada à logística fez com os procedimentos de
avaliação ganhassem mais importância, por permitir o acompanhamento on-line de muitas atividades e serviços logísticos oferecidos pelas empresas, ou seja, as empresas procedem conforme as suas responsabilidades e deveres, enquanto que os clientes e principalmente os gestores
ficam sabendo no exato momento em que tudo acontece ou não, conforme o item, etapas e
processos monitorados.
4. Conforme Carvalho (2002), a intervenção estratégica é o procedimento principal para que seja
criada uma relação direta entre logística e o desempenho da organização. Permitindo desta
forma que os sistemas logísticos e empresariais sejam bem administrados e dirigidos (CARVALHO, 2002).
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Logística Empresarial
CAPÍTULO 6
1. Para auxiliar os gestores e executivos logísticos a observarem de forma detalhada a cadeia de
valor, tais finalidades representam os seguintes aspectos: pelo escopo do segmento – refere-se aos mercados de atuação e a variedade de produtos existentes e produzidos; pelo escopo
vertical – refere-se à realização e execução das atividades, tanto de uma forma interna quanto
terceirizada, chamada de outsourcing; pelo escopo geográfico – refere-se à quantidade e à variedade de instalações existentes e afins em que a empresa compete no mercado em que atua
de uma forma estratégica.
2. Podemos entender que as atividades primárias em uma cadeia são: logística interna, atividade
ligada ao recebimento, armazenamento e distribuição dos produtos e subcomponentes em
suas respectivas linhas de produção; operações, atividades ligadas e interligadas com a produção, realizando, para tanto, a transformação das matérias-primas em componentes ou produtos; logística externa, atividade responsável pela retirada da unidade de produção, armazenamento e a distribuição física de tais produtos aos seus respectivos clientes; marketing e vendas,
atividade responsável pela comercialização e a promoção dos produtos e serviços ofertados
pela empresa; e serviços, atividades responsáveis pela instalação, manutenção e em alguns
casos pela retirada dos produtos com defeito, denominado como pós-venda, agregando desta
forma valor aos produtos ou serviços oferecidos.
CAPÍTULO 7
1. Na elaboração da previsão da demanda, os métodos qualitativos contribuem para se fazer a
análise de procedimentos e ocorrências internas e externas, com o objetivo de contribuir para
definir probabilidades e cenários futuros para a tomada de decisões. De outra forma, os métodos quantitativos de previsão utilizam dados históricos da própria empresa. Este método está
baseado na ideia de que as condições que prevaleceram no passado continuarão ocorrendo
num futuro próximo. Fatores externos, de concorrência, não terão tempo para alterar de uma
forma relevante as previsões e os rumos da empresa no curto e médio prazo. Neste contexto,
a evolução da demanda tende a seguir o processo observado na própria história da empresa.
2. A obsolescência, por ser considerada como uma desclassificação tecnológica do material industrial, provocada pelo aparecimento de material ou produto mais moderno e melhor adaptado, faz com que as peças ou modelos antigos de determinados produtos em estoque sejam
vendidos por um preço menor, que muitas vezes não servirá para cobrir os custos de produção
ou de obtenção. Exemplo: Computadores, telefones celulares, televisores etc. Dependendo do
produto ou do item em estoque, ele não terá mais nenhum valor comercial, e neste caso deverá ser efetuada a baixa contábil do estoque por doação, brindes ou utilização própria. Nestes
casos haverá perdas com estoques.
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Cláudio Alves da Silva
CAPÍTULO 8
1. Para que seja feita a coleta de materiais já utilizados ou de produtos para consertos, as empresas criam e gerenciam os seus canais reversos, desta forma tais materiais ou produtos já utilizados terão uma melhor destinação, quer seja para reparo, reutilização, revenda ou reciclagem.
2. A identificação, o apontamento e a mensuração das fontes de erros existentes na pós-venda
serão importantes para se criar um histórico que contribuirá para a elaboração dos planos de
melhorias e soluções de serviços.
3. Na maioria das vezes o pós-consumo é caracterizado por produtos, materiais, insumos de qualquer natureza que já tenham sido utilizados e se faz necessário dar um destino adequado, que
não seja o descarte na natureza. Por exemplo: embalagens, baterias, pilhas, metais, latas de
alumínio, garrafas plásticas, materiais hospitalares, e produtos eletrônicos e automotivos.
4. A produção limpa contribui para resolver problemas socioambientais, por implementar o princípio precautório, ou seja, por apresentar uma nova abordagem holística e integrada para questões ambientais centradas no produto. Tal abordagem parte do pressuposto de que a maioria
dos problemas ambientais existentes, tais como: aquecimento global, poluição dor ar e das
águas, desequilíbrio da biodiversidade, é em grande parte causada pela forma de extração dos
recursos existentes na natureza, e pelo ritmo acelerado da produção de produtos e serviços por
parte das empresas para atender ao consumismo cada vez mais crescente existente em nossos
dias.
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REFERÊNCIAS
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(Tradução: Equipe do Centro de Estudos em Logística e Adalberto Neves.) São Paulo: Atlas, 2008.
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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
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ROGER P.; HAYES, R. L. Do planejamento estratégico à administração estratégica: logística e cadeia
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1974.
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ANEXOS
Anexo I – Comércio Eletrônico (E-Commerce)1
Comércio eletrônico e-commerce, ou ainda
comércio virtual, é considerado como um tipo de
transação comercial feita especialmente através
de um equipamento eletrônico, como, por exemplo, um computador.
Conceitua-se: como o uso da comunicação
eletrônica e digital, aplicada aos negócios, criando, alterando ou redefinindo valores entre organizações ou entre estas e indivíduos, ou entre
indivíduos, permeando a aquisição de bens, produtos ou serviços, terminando com a liquidação
financeira por intermédio de meios de pagamento eletrônicos.
O ato de vender ou comprar pela internet é
em si um bom exemplo de comércio eletrônico.
O mercado mundial está absorvendo o comércio
eletrônico em grande escala. Muitos ramos da
economia, e também da logística agora estão ligadas ao comércio eletrônico.
Seus fundamentos estão baseados
em segurança, criptografia, moedas e pagamentos eletrônicos. Ele ainda envolve
pesquisa,desenvolvimento, marketing, propaganda, negociação, vendas e suporte.
Através de conexões eletrônicas com clientes, fornecedores e distribuidores, o comércio eletrônico incrementa eficientemente as comunicações de negócio, para expandir a participação no
mercado, e manter a viabilidade de longo prazo
no ambiente de negócio.
No início, a comercialização on-line era e
ainda é, realizada com produtos como CDs, livros
e demais produtos palpáveis e de características
tangíveis. Contudo, com o avanço da tecnologia,
surge uma nova tendência para a comercialização
on-line. Começa a ser viabilizado a venda de serviços pela web, como é o caso dos pacotes turísticos, por exemplo. Muitas operadoras de turismo
estão se preparando para abordar seus clientes
dessa nova maneira.
Histórico
O significado de comércio eletrônico vem
mudando ao longo dos últimos 30 anos. Originalmente, CE significava a facilitação de transações
comerciais eletrônicas, usando tecnologias como
Eletronic Data Interchange (EDI), conhecida como
troca eletrônica e dados e Eletronic Funds Transfer
(EFT), podendo ser traduzida como transferência
eletrônica financeira, ambas foram introduzidas no
final dos anos 70, permitindo que empresas mandassem documentos comercias como ordem de
compras e contas eletronicamente. O crescimento
e a aceitação de cartões de créditos, caixas eletrônicos, serviços de atendimento ao cliente (SAC) no
final dos anos 80 também eram formas de CE. Apesar de a internet ter se popularizado mundialmente
em 94, somente após cinco anos os protocolos de
segurança e a tecnologia DSL foram introduzidos,
permitindo uma conexão contínua com a Internet.
Fonte: WIKIPEDIA, a enciclopédia livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Com%C3%A9rcio_eletr%C3%B4nico#Hist.
C3. B3rico> Acesso em: 31 de março 2010.
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Cláudio Alves da Silva
No final de 2000, várias empresas americanas e europeias ofereceram seus serviços através da World
Wide Web. Desde então, as pessoas começaram a
associar à expressão ‘comércio eletrônico’ com a habilidade de adquirir facilidades através da Internet
usando protocolos de segurança e serviços de pagamento eletrônico.
Modelo Integrado do Comércio eletrônico
O Modelo Integrado de Comércio Eletrônico possui várias subdivisões do ambiente do CE
e da sua integração com o ambiente empresarial.
Este modelo enfatiza seus aspectos, valor, benefícios estratégicos e contribuições para o sucesso
das organizações:
ƒƒ Políticas e regras públicas: estão relacionadas com os aspectos legais de regulamentação dos setores e mercados
e das normas oficiais;
ƒƒ Políticas e padrões técnicos: estão
relacionados com os aspectos de padronização para a compatibilização dos
componentes do ambiente técnico, políticas de tratamento e comunicação de
informações;
ƒƒ Infovia Pública: é a rede formada tanto
pela rede mundial Internet como pelos
serviços on-line que tenham ligações
com esta, sendo que a ênfase é no acesso livre e de baixo custo, e na integração
entre os vários ambientes sem nenhuma restrição, incluindo desde os terminais mais simples de acesso até meios
de comunicação mais sofisticados para
grandes volumes de informações.
ƒƒ Aplicações e Serviços Genéricos: são
aqueles oferecidos pelo ambiente, através dos seus provedores, serviços on-line e fornecedores, disponíveis a todos,
tais como correio eletrônico, transferência de arquivos, salas virtuais, algoritmos e softwares de criptografia;
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ƒƒ Aplicações de Comércio Eletrônico:
são aquelas desenvolvidas com base
nas camadas anteriores e que atendam
as necessidades de uma organização ou
grupo delas, tais como home banking.
Segurança no Site de e-Commerce
Um dos fatores primordiais para o acontecimento e desenvolvimento do comércio eletrônico é a segurança, tanto das informações dos
consumidores quanto das transações dos comerciantes. A segurança também é um fator decisivo
na aquisição e retenção de possíveis clientes dos
vários sites on-line.
De acordo com Limeira (2007), a segurança
na transmissão de dados é um dos empecilhos
para a concretização de compras na rede pelo
internauta e na divulgação de seus dados pessoais, como RG, CPF e número do cartão de crédito.
Para Franco (2005), para a realização de negócios
na Internet, comerciantes e clientes necessitam
de um procedimento automático de coletar dados com segurança e processar pagamentos de
cartões de débito ou crédito. Assim sendo, uma
das técnicas mais utilizadas no mundo inteiro é a
criptografia.
Segundo Reedy, Schullo e Zimmerman
(2001), a criptografia é tão antiga quanto o anseio
da humanidade em ter privacidade nas comunicações. E de acordo com os autores, para que o
comércio eletrônico prossiga, é necessário empregar um método que faça com que ambas as
partes troquem mensagens, de tal maneira que
compartilhem uma “chave secreta”, conhecida
por somente as partes envolvidas. A criptografia
é fundamentada em algarismos matemáticos que
“quebram” as informações em configurações não
legíveis, e quando chega a seu destino, o mesmo
algoritmo é utilizado para restabelecer as informações “quebradas” em sua forma original.
Conforme Franco (2005), os sistemas de
criptografia fornecem um elevado nível de confiança, integridade e autenticidade à informação que está circulando pela Internet. Através da
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Logística Empresarial
criptografia, apesar das informações trafegarem
em via pública, existe privacidade às mensagens
e aos dados armazenados, à medida que são incompreensíveis para quem não tem acesso à
chave criptográfica. Assim sendo, a criptografia
é amplamente utilizada por alguns sistemas de
segurança, como o protocolo Secure Electronic
Transaction (SET), este protocolo foi criado pela
empresa de cartão de crédito Visa, objetivando
oferecer maior segurança nas transações eletrônicas, especialmente em pagamentos com cartão
de crédito. (LIMEIRA, 2007)
O protocolo SET fundamenta-se na distribuição de certificados digitais para as partes envolvidas, evitando assim, a divulgação de número de cartão de crédito, por exemplo. Através do
SET, todas as partes envolvidas da negociação são
autenticadas, isto é, reconhecidas e averiguadas
antes da finalização da transação. (LIMEIRA, 2007)
Outro protocolo usado é o Secure Socket
Layer (SSL), desenvolvido pela Netscape para resolver os problemas de segurança nas transações
com cartão de crédito. Esse protocolo garante a
privacidade da transação, pois as informações
transmitidas são encriptadas, e somente o usuário e o servidor da empresa envolvidos no processo podem decodificar seu conteúdo. (LIMEIRA,
2007)
Conceito de Tecnologia da Informação
O termo Tecnologia da Informação serve
para designar o conjunto de recursos tecnológicos e computacionais para geração e uso da informação.
Também é comumente utilizado para designar o conjunto de recursos não humanos dedicados ao armazenamento, processamento e comunicação da informação, bem como o modo como
esses recursos estão organizados em um sistema
capaz de executar um conjunto de tarefas.
A TI não se restringe a equipamentos (hardware), programas (software) e comunicação de
dados. Existem tecnologias relativas ao planejamento de informática, ao desenvolvimento de
sistemas, ao suporte ao software, aos processos
de produção e operação, ao suporte de hardware
etc.
A sigla TI, tecnologia da informação, abrange todas as atividades desenvolvidas na sociedade pelos recursos da informática. É a difusão social
da informação em larga escala de transmissão, a
partir destes sistemas tecnológicos inteligentes.
Seu acesso pode ser de domínio público ou privado, na prestação de serviços das mais variadas
formas.
Pequenas e grandes empresas dependem
dela para alcançar maior produtividade e competitividade. Através de passos simples ensinados
por empresas do ramo, muitas alcançam sucesso
e alavancam maiores rendimentos.
A aplicação, obtenção, processamento, armazenamento e transmissão de dados também
são objeto de estudo na TI. O processamento de
informação, seja de que tipo for, é uma atividade
de importância central nas economias industriais
avançadas por estar presente com grande força
em áreas como finanças, planejamento de transportes, armazenagem, distribuição e cadeias de
suprimentos, produção de bens, assim como na
imprensa, nas atividades editoriais, no rádio e na
televisão. O desenvolvimento cada vez mais rápido de novas tecnologias de informação modificou as bibliotecas e os centros de documentação
(principais locais de armazenamento de informação) introduzindo novas formas de organização e
acesso aos dados a obras armazenadas; reduziu
custos e acelerou a produção dos jornais e possibilitou a formação instantânea de redes televisivas de âmbito mundial. Além disso, tal desenvolvimento facilitou e intensificou a comunicação
pessoal e institucional, através de programas de
processamento de texto, de formação de bancos
de dados, de editoração eletrônica, bem de tecnologias que permitem a transmissão de documentos, envio de mensagens e arquivos, assim
como consultas.
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Cláudio Alves da Silva
Segurança no serviço logístico
O que o cliente espera do comércio eletrônico: eficiência, personalização, qualidade, velocidade e segurança, e tudo isto, está ligado a Logística, entretanto, segurança passou a ser tratada
com mais atenção e particularidade, pelas empresas como um todo.
Tudo o que o cliente espera depende de
uma integração de processos, de como a empresa deve se reorganizar antes de suportar o e-business, como gerenciar o seu processo logístico,
como eliminar falhas de atendimento com fornecedores, na terceirização da sua distribuição (a fim
de se ter profissionalização de serviços, melhoria
da qualidade, otimização de custos e da estrutura
organizacional e foco no seu negócio – core business), como suportar uma falha de credibilidade, o que acontecerá com a marca da empresa,
que negócios são rentáveis no B2B (negócios de
empresas com empresas) ou B2C (negócios de
empresas com pessoas), qual o retorno de investimento etc.
Todos esses obstáculos devem ser superados, antes de uma empresa entrar no e-commerce, tudo isto deve ser suportado por um forte
sistema de logística e segurança. A logística funciona como um elo entre a produção e o marketing. Podendo ser dividida em: gestão de estoque,
gestão de transporte, PCP, suprimentos, nível de
serviços e margens de contribuição, originando
desta forma a famosa Suplly Chain Management
(gerenciamento do fluxo de recursos e informações ao longo da cadeia de suprimentos, desde
os fornecedores até os consumidores finais, objetivando melhores resultados de serviço e custo).
Muitas empresas de software estão oferecendo sistemas automatizados para que se integrem o Suplly Chain Management e o ERP da
empresa, a fim de se obter uma melhor visibilidade (padrões de distribuição, pedidos de produto,
preços de mercado etc.) e rapidez de resposta
(redução de custos de aquisição, automatização
de transações, suprimento a partir de um grupo
maior de fornecedores etc.).
Tudo isto para que não seja imputada a
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logística a grande parte da culpa pela deficiência
no processo de remessa dos produtos comercializados pela rede, entretanto apesar de todos os
esforços a grande maioria das empresas, ainda
não chegou a um sistema automatizado que no
ato da compra por um cliente seja iniciado um gerenciador de estoque, que disponibiliza “on-line”
a quantidade de estoque daquele produto, integrado ao(s) respectivo(s) fornecedor(es) e uma
opção automática de entrega do produto com
escolha de recebimento do produto (correio, FEDEX etc.) e escolha de data e hora de entrega do
produto, evitando problemas de não encontrar
ninguém em casa, ficando a cargo do cliente o
ônus devido a uma reentrega. Talvez um sistema
integrado desta maneira, evite discussões e descontentamentos quanto a serviços em logística.
A diferença entre logística e segurança
Podemos em entender que a segurança,
é um processo, e não um produto. Qualquer sistema é uma série de interconexões, a segurança
precisa estar presente em cada componente e conexões. Isso é apenas um começo, que explica o
quanto é importante tratar a segurança de modo
separado, a mesma que foi mencionada acima,
como um dos pontos essenciais ao cliente, usuário do e-commerce. A diferença entre logística e
segurança, é muito grande, não se deve comparar
e nem questionar qual dos dois é mais importante. A segurança é mais ampla, além de fazer parte
do processo interno da logística, desde o relacionamento com os fornecedores, até os componentes de segurança de cada processo e sistema.
Segurança é bem mais amplo, é bem mais
complexo de ser tratado, pois ela não trabalha somente com uma parte de um sistema, mas com
todos eles, ela deve estar presente nos processos,
nas informações, nas aplicações, nas empresas,
nos produtos e principalmente nas pessoas, pois
a Internet se misturou a quase todos os sistemas
da sociedade, projetados, manipulados e controlados por pessoas, por isso a Internet é tão difícil
de proteger, e quanto mais complexa e segmentada ela se torna mais difícil fica a sua proteção.
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Logística Empresarial
É por isso, que cada vez mais novas tecnologias
de segurança surgem como criptografia, firewall,
chaves públicas e privadas, patches e hot-fixes, estes últimos cada vez mais utilizados para proteger
a Internet de um determinado tipo de falha, que
faz com que um determinado sistema de maneira
errada, inexplicável e talvez sem repetição, o bug.
Assim sendo, nenhum sistema é 100 % seguro, nenhum fornecedor pode dizer que um
determinado produto torna a rede segura, que
protege totalmente o e-commerce. Não basta as
empresas automatizarem um ou mais processos,
elas precisam estar atentas aos tipos de ataques,
dos mais comuns aos mais maliciosos, precisam
identificar os possíveis atacantes, que ferramentas estão disponíveis, quais portas deverão ser
fechadas, que procedimentos são os melhores
etc. Hoje, os bancos e instituições financeiras,
transferem milhões e bilhões de reais ou dólares
pela Internet, um sistema mal configurado está
susceptível a transferência de pequenos valores
de centenas ou milhares de contas para uma, sem
que se perceba, ou quando se perceba seja tarde demais; falsificação de dinheiro pode ser executada em computadores configurados para tal
desafio enquanto o atacante dorme ou faz outro
desfalque.
adequado gerenciamento do projeto em todas as
suas etapas, desde a iniciação, passando pelo planejamento, execução e controle, até seu efetivo
encerramento a entrega do produto ao consumidor. A logística não pode ser apontada como um
problema e sim como uma solução, pois o conceito básico de logística é de aperfeiçoar e racionalizar um processo produtivo com qualidade e
com menores custos e tempos. Todo o processo
automatizado deve-se concentrar nos principais
objetivos do consumidor aliado a um perfeito gerenciamento logístico. E quanto à segurança, faz
parte de todo o processo, tem início com o relacionamento com o fornecedor até a implementação de ferramentas para a comercialização do
produto com o consumidor. É essencial, portanto
os dois merecem atenção, e de um com certeza
dependerá o sucesso do outro.
O sistema comercial que antes, no mundo
físico, não ligava para pequenos erros, era mais
barato ignorá-los do que refazer um determinado sistema – até porque é um sistema integrado
a outros – terá no mundo digital que pensar melhor.
Além disto, a Internet não tem fronteiras e
nem leis em determinados países. Isto torna a Internet mais perigosa ainda.
Enfim, há uma série de outros ataques como
roubo de identidade (onde uma pessoa pode facilmente ser passada por outra), roubo de marca
(parecido com ao roubo de identidade, com objetivo de se propagar a marca errada, mesmo que
se descubra a marca na Internet já ficou na mente
do usuário), à volta a invasão de privacidade (já
mencionada anteriormente).
O grande componente para um projeto de
logística com sucesso para e-commerce é um
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Cláudio Alves da Silva
Anexo II – Gestão de Custos e Riscos na Cadeia de Suprimentos2
Custos logísticos são todos os gastos relacionados e atrelados a logística de uma empresa.
Como exemplo, podemos citar os: os custos de armazenagem, custos de estoques, custo de ruptura
(falta de produtos) no estoque, custos de processamento de encomendas e custos de transporte.
Na gestão de custos, os custos logísticos fazem,
geralmente, parte de um dos grupos mais importantes, por isso saber gerir esses custos pode ser
crucial para a sobrevivência da empresa.
Conforme Chiavenato (1991), a gestão destes custos é feita através do planejamento de custo ou do pré-cálculo de custo, pois estes permitem determinar os padrões de custo de produção
ou produto/mercadoria.
Risco
de organizações que estão planejando ou desenvolvendo projetos específicos ou para negócios,
sendo a abordagem de negócios a mais utilizada.
Gestão de Riscos
A gestão (ou gerenciamento) de riscos é um
elemento central na gestão da estratégia de qualquer organização, em especial das Seguradoras.
É o processo através do qual as organizações analisam metodicamente os riscos inerentes
às respectivas atividades, com o objetivo de identificação, estimativa (probabilidade de ocorrência e impacto financeiro) e controle dos mesmos,
através de medidas para:
ƒƒ Evitar;
O termo risco é muito utilizado na área de:
administração, jurídica, economia, direito. Esse
conceito pode ser melhor entendido, como a
probabilidade de ocorrência de um determinado
evento que gere prejuízo devido a perdas.
A existência de qualquer decisão, quer seja
estratégica, tática ou operacional, ligada a uma
atividade, transação e negociação abre a possibilidade da ocorrência de eventos ou fatores, que
fogem de qualquer controle e da vontade alheia.
Advindo desta forma consequências e danos às
vezes irreversíveis.
Análise de Riscos
A Análise de Riscos é o processo pelo qual
são relacionados os eventos, os impactos e avaliadas as probabilidades destes se concretizarem.
Na área administrativa e de logística, geralmente, se executa uma análise de riscos dentro
ƒƒ Reduzir;
ƒƒ Assumir; e/ou
ƒƒ Transferir os riscos (exemplo: pela contratação de apólices de seguros, para
proteção de cargas, armazéns, veículos,
equipamentos etc.).
A gestão de riscos deve ser um processo
contínuo e em constante desenvolvimento aplicado à estratégia da organização e à implementação dessa mesma estratégia. Deve analisar metodicamente todos os riscos inerentes às atividades
passadas, presentes e, em especial, futuras de
uma organização.
Deve ser integrada na cultura da organização com uma política eficaz e um programa
conduzido pela direção de topo. Deve traduzir
a estratégia em objetivos táticos e operacionais,
atribuindo responsabilidades na gestão dos riscos por toda a organização, como parte integrante da respectiva descrição de funções. Esta prática
Fonte: WIKIPEDIA, a enciclopédia livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_stocks> Acesso em:
31 mar. 2010.
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Logística Empresarial
sustenta a responsabilização, a avaliação do desempenho e respectiva recompensa, promovendo desta forma a eficiência operacional em todos
os níveis da organização.
Um gerenciamento de risco consistente
realiza-se com a adoção de melhores práticas de
infraestrutura, e isto principalmente em logística
de cadeias de suprimentos, é algo de suma importância, políticas e metodologias, permitindo
uma melhor gestão dos limites de risco aceitáveis,
do capital, da precificação e do gerenciamento da
carteira de clientes. Ganhos consideráveis se tornam possíveis com o Gerenciamento de Risco, no
aceite de oportunidades de investimentos não
tão atrativas sem o conhecimento prévio dos riscos e suas medidas.
Pode-se classificar os riscos como estratégicos e não estratégicos.
Os estratégicos são aqueles assumidos voluntariamente. Uma cautelosa exposição a esses
tipos de riscos é fator fundamental para o sucesso
das atividades comerciais. Já os riscos não estratégicos são aqueles que não podem ser controlados e não condicionam, ou não permitem o fator
estratégico, e por isso denominado desta forma.
Tipos de Riscos
Os riscos podem se classificado como: Risco
de Mercado, Risco de Crédito, Risco de Liquidez,
Risco Operacional, Risco Legal e Risco de Fator
Humano, a seguir descreveremos sucintamente
cada um:
de caixa, margem e garantias das contrapartes e
(no caso de fundos) de satisfazer retiradas de capital.
* Risco Operacional: se refere às perdas
potenciais resultantes de sistemas, estruturas e
procedimentos inadequados, falha da gerência,
controles defeituosos, fraude e erro humano.
Relacionado ao risco operacional, existem vários
casos de falhas operacionais relacionadas a uso
de derivativos, caracterizadas por transações alavancadas, ao contrário das transações à vista. Um
negociante pode fazer comprometimentos muito
grandes em nome da instituição, gerando exposições futuras enormes, utilizando pequeno volume de dinheiro.
* Risco Jurídico: surge por toda uma série
de razões e motivos. Os Riscos Jurídicos geralmente só se tornam aparentes quando uma contraparte, investidor ou cliente, perde dinheiro em
uma transação e decide acionar a empresa para
evitar o cumprimento de suas obrigações.
* Risco de Fator Humano: é assim definido
como “uma forma especial de risco operacional”.
Relaciona-se às perdas que podem resultar em
erros humanos como apertar o botão errado em
um computador, inadvertidamente destruir um
arquivo ou inserir um valor errado para um parâmetro de entrada de um modelo, tombamento de uma carreta ou caminhão, acomodação de
materiais da forma indevida etc.
* Risco de mercado: é o risco de que mudanças nos preços e nas taxas no mercado financeiro reduzam o valor das posições de um título
ou de uma carteira.
* Risco de liquidez: compreende tanto risco de financiamento de liquidez quanto risco de
liquidez relacionado às negociações, Risco de financiamento de liquidez se relaciona à capacidade de uma instituição de levantar o caixa necessário para rolar sua dívida, para atender exigências
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Cláudio Alves da Silva
Anexo Iii – Centro de Distribuição3
Um centro de distribuição, também conhecido como CD, é uma unidade construída por empresas industriais ou varejistas, para armazenar os
produtos produzidos ou comprados para revenda, com a finalidade de despachá-los para outras
unidades, filiais ou clientes.
Centro de distribuição numa cadeia de abastecimento (Adaptado de Ballou, 1999).
Vantagens de um CD
A implementação de centros de distribuição na cadeia de abastecimento surge na necessidade de se obter uma distribuição mais eficiente,
flexível e dinâmica, isto é, capacidade de resposta
rápida face a procuras cada vez menores, mais frequentes e especificadas. Compartilha-se, assim, a
redução de custos por entre as entidades cooperantes na distribuição do produto e evita-se pontos de estrangulamento, entre outras vantagens
do trabalho em parceria.
Uma outra vantagem, deve-se ao fato deste
mecanismo de ligação «fábrica – cliente» permitir o atendimento adequado a diversos pontos
de venda mais pequenos, como quiosques, cafetarias ou restaurantes, com uma elevada taxa
de entrada e saída de produtos, tendo estes, normalmente, um curto prazo de validade, por ser
alimentação ou um pequeno período de comercialização, no caso de jornais (Farah, 2002, p. 45).
Fonte: WIKIPEDIA, a enciclopédia livre. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal> Acesso em 31
de março de 2010.
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Logística Empresarial
Aspectos importantes e condicionantes na escolha de um CD
Segundo Farah (2002), na escolha de um CD
devemos ter em conta o seguinte:
ƒƒ A quantidade de intermediários existentes e/ou necessários;
ƒƒ A diversificação dos canais de distribuição;
ƒƒ A dimensão da área a ser atendida e os
requisitos mínimos necessários para
efetuar um serviço com qualidade e eficiência;
ƒƒ As características do produto a ser entregue;
ƒƒ A estrutura operacional mínima necessária.
Os Custos de ruptura são normalmente
os mais difíceis de identificar. Estes podem ter
origem em encomendas devolvidas ou devido a
vendas perdidas e são expressos por unidade. O
balanço dos custos é por vezes feito com base no
efeito da própria insatisfação dos clientes. São utilizadas técnicas para tentar estabelecer o ponto
de encomenda e o stock de segurança, quando os
custos de ruptura estão determinados podendo
nestes casos, a procura e prazo de entrega serem
constantes ou variáveis. São aqui referidas estas
principais causa tratadas pelas técnicas de previsão.
ƒƒ Procura e tempo de ressuprimento
constantes;
ƒƒ Procura variável e tempo de ressuprimento constante;
ƒƒ Encomendas devolvidas: custo de ruptura por unidade;
Como armazéns intermédios, os centros de
distribuição precisam estar atentos às novas procuras empresariais.
ƒƒ Encomendas devolvidas: custo de ruptura por indisponibilidade;
Como melhorar um Centro de Distribuição?
ƒƒ Procura constante e tempo de aprovisionamento variável;
Uma resposta quase imediata para esta
questão seria a implementação de alta tecnologia no ERP, SCM e WMS (Sistemas gerenciamento
de armazenagem, estoques e produção). Logicamente que com esta ajuda, conseguir-se-á uma
otimização das operações, mas não é este o aspecto fulcral condicionante desta melhoria.
ƒƒ Procura e tempo de aprovisionamento
variáveis.
O processo é o ponto mais crítico para a
redução de custos de um CD. Este deve acompanhar a mudança temporal entre fornecedores,
clientes e produtos, seja ela (mudança) para mais
(maior quantidade de fornecedores, produtos e
clientes) ou para menos. O empreendimento do
mesmo processo face à mudança da realidade só
resultará numa maior probabilidade de ocorrência de erros que se refletirão em baixa produtividade e atrasos nas entregas, dando assim origem
a mais custos.
ƒƒ Vendas perdidas: custo de ruptura por
unidade;
Nível de serviço
O nível de serviço é normalmente definido
como sendo o quociente entre o número de unidades entregues e número de unidades pedidas,
expresso em percentagem, ou seja:
Total de entregas no prazo
Total geral de pedido de entregas
Tendo em conta, que o desconhecimento
a cerca dos custos de ruptura é uma condição
habitual nas organizações, torna-se normal para
os gestores ajustarem os níveis de serviços para
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Cláudio Alves da Silva
pontos de encomenda onde os mesmos podem
ser verificados. O nível de serviço está intimamente relacionado com o nível de objetivo que a organização pretende atingir. Existem várias formas
de medir o nível de serviço, informaticamente,
em unidades, em capital e até em pedidos de encomendas. O estabelecimento do nível de serviço
é em grande parte das vezes mais uma medida de
gestão subjetiva do que uma rigorosa justificação
científica.
Segundo Tersine (1998), os níveis de serviço tomam distintos significados, dependendo da
forma como se escolhe o critério de decisão, e, segundo ele, são usados por norma quatro critérios:
ƒƒ Frequência do serviço por ciclo de encomenda;
ƒƒ Frequência do serviço por ciclo por ano;
ƒƒ Número de unidades com procura;
ƒƒ Número de dias operacionais.
Restrições
Na determinação dos sistemas de gestão de
estoques mais favoráveis não foram consideradas
restrições, no entanto elas existem e os sistemas
estão normalmente sujeitos a condicionalismos
físicos e/ou monetários. Como a gestão de estoques é um subsistema de uma organização, é necessário otimizar o sistema de gestão de estoque
tendo em conta o sucesso global da organização.
Os gestores de estoques deparam-se com
alguma frequência com a situação de não dispor
de capital necessário para poder adquirir a quantidade ótima de cada artigo. O objetivo passa,
portanto, em minimizar os custos sendo o capital
disponível para a aquisição de inúmeros artigos.
Quantidade única de encomenda
A quantidade única de encomenda tem
focalizado o planejamento e o controle dos artigos e mercadorias em geral, comprados apenas
durante um único período de tempo. Os modelos
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como a quantidade econômica de encomenda
(EOQ), quantidade econômica de produção (EPQ)
e intervalo ótimo de encomenda (EOI) não aplicam a quantidade única de encomenda devido a
três fatores principais: a procura não é constante,
o nível de procura pode altera-se abruptamente
de período para período e/ou a vida comercial do
produto pode ser de curtíssima duração. Este modelo pode ser facilmente aplicável a dois tipos de
categorias de procura, artigos com intervalos de
procura pouco frequentes e para artigos com procura variável, com intervalos frequentes, que têm
uma vida comercial de curta duração. Os problemas relacionados com quantidade única de encomenda são classificados de acordo com a origem,
procura e tempo de aprovisionamento.
Algumas técnicas utilizadas na resolução
destes problemas são baseadas nestes principais
fatores, conforme descritos abaixo:
ƒƒ Procura e tempo de ressuprimento conhecidos;
ƒƒ Procura variável e tempo de ressuprimento conhecido;
ƒƒ Análise de benefícios;
ƒƒ Análises de custos;
ƒƒ Procura e tempo de ressuprimentos variáveis.
Sistemas de procura dependente: planejamento das necessidades de materiais (MRP)
A procura é considerada dependente quando existe um relação direta entre a procura de um
artigo e a procura de um outro artigo relacionado diretamente com este. Esta procura de artigos
dependentes resulta da necessidade de utilizar
um artigo na produção de um outro, por exemplo
matérias-primas, componentes de um produto,
subconjuntos usados na fabricação de um produto final. Um exemplo frequentemente utilizado é
o que relaciona um carro, ou uma moto e as suas
respectivas rodas, onde o carro e a moto enquanto produtos finais poderão ter uma procura constante e independente enquanto as rodas como
subprodutos do produto final têm uma procura
variável e dependente.
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Logística Empresarial
MRP
O MRP tem como objetivos primordiais determinar o momento adequado para a realização
da encomenda e a quantidade ótima a encomendar de cada componente constituinte do produto
final, de modo a minimizar os custos totais. Este
sistema computarizado, é também caracterizado por contribuir para a melhoria da capacidade
de planejamento, procurando responder de uma
forma rápida e eficaz às variações do mercado, ou
seja, às necessidades de produção. O MRP é aplicado a qualquer artigo, produzido ou comprado,
sujeito a procura dependente, à fabricação de
componentes, subconjuntos e artigos de uma só
peça. O MRP pretende dar resposta às seguintes
questões:
do processo de produção com as matérias-primas
até ao final do processo com a armazenagem e/ou
venda dos artigos. Um fator a destacar deste processo resulta em que, um excesso de estoque em
processo de fabricação contribui para o aumento
do tempo de ciclo de produção. Tempo esse que
apresenta as seguintes fases:
ƒƒ Tempo de aprovisionamento (lead
time);
ƒƒ Tempo de instalação;
ƒƒ Tempo de início de produção;
ƒƒ Pontos de estrangulamento;
ƒƒ Controle de input/output;
ƒƒ Regra da ‘relação crítica’.
Just-in-time (JIT)
ƒƒ Quando e quanto se deseja produzir de
um artigo?
ƒƒ Que componentes são necessários?
ƒƒ Quanto é que já existe em estoques
desse(s) componente(s)?
ƒƒ Que quantidade já foi encomendada e
quando é que é recebida?
O JIT é uma filosofia organizacional que preza pela excelência, ou seja, representa uma estratégia de produção que pretende que tudo (produção, transporte, encomendas) ocorra no tempo
certo. Os principais objetivos desta filosofia são:
ƒƒ Quando é que será necessário receber
nova encomenda e em que quantidade?
ƒƒ Inexistência de defeitos;
ƒƒ Quando é que deve ser processada
nova encomenda?
ƒƒ Ausência de manipulação;
ƒƒ Tempo de instalação nulo;
ƒƒ Inexistência de excesso de artigos;
ƒƒ Ausência de afluência;
ƒƒ Inexistência de avarias;
Estoque em processo de fabricação e Just-in-Time
O estoque em processo de fabricação consiste em todos os artigos em fase de produção, ou
seja, o processo de produção está a decorrer, mas é
necessário que decorram outras etapas antes que
o produto se torne num artigo acabado ou num
produto final. Em algumas organizações estes artigos chegam a representar 50% do investimento
total com o estoque. Este investimento advém dos
custos com o material, horas de trabalho e custos
de produção que são contabilizados desde o início
ƒƒ Tempo de ressuprimento nulo.
Sistemas de distribuição de estoques
Devido à dispersão geográfica da maior
parte dos clientes, uma organização que produz
ou fornece produtos tem necessidade de ter armazéns em vários locais. À medida que o mercado alvo se expande geograficamente, a cadeia de
ligação tem também de se estender, no caso de
uma organização controlar mais do que um nível
de distribuição, é importante a criação de uma
rede de distribuição. Estes sistemas têm por isso
de dar resposta a algumas questões críticas:
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Cláudio Alves da Silva
ƒƒ Onde serão alocados (construídos) os
centros de distribuição?
Qualidade
ƒƒ Que quantidade e que tipos de artigos
manter em estoque em cada armazém?
O termo Qualidade vem do latim Qualitate, e é utilizado em situações bem distintas. Por
exemplo, quando se fala da qualidade do serviço
prestado por uma determinada empresa, ou ainda quando se fala da qualidade de um produto
tangível.
ƒƒ Como repor o estoque em cada centro
de distribuição?
Sistemas de distribuição Push vs Pull
Segundo Tersine (1998), num sistema pull
(puxar) cada centro de distribuição decide que
quantidade é necessária encomendar e reage à
procura sem procurar antecipá-la. Num sistema
push (empurrar), é a central de distribuição que
determina as quantidades necessárias para cada
centro, desenvolvendo também as previsões da
procura.
Planejamento das necessidades de distribuição (DRP)
O DRP é a aplicação do conceito do MRP à
distribuição dos materiais, é um processo de ‘implosão’ desde os níveis mais baixos da rede de distribuição até à central de distribuição..
O estoque é constituído por características
físicas objetivas, fluxos de bens, e financeiros, fluxos de capital, onde a vertente é mais subjetiva.
Estes atributos são normalmente analisados separadamente de outras questões no interior da
organização. A vertente financeira da gestão de
estoque está ligada à necessidade de medir o desempenho operacional num determinado período de tempo, juntamente com a análise da posição financeira da organização. Os procedimentos
contabilísticos para os estoques dividem-se no
método da avaliação e no método fluxo de estoque.
Como o termo tem diversas utilizações, o
seu significado nem sempre é de definição clara
e objetiva.
No que diz respeito aos produtos e/ou serviços vendidos no mercado, há várias definições
para qualidade: “conformidade com as exigências
dos clientes”, “relação custo/benefício”, “adequação ao uso”, “valor agregado, que produtos similares não possuem”; “fazer certo à primeira vez”;
“produtos e/ou serviços com efetividade”. Enfim,
o termo é geralmente empregado para significar
“excelência” de um produto ou serviço.
A qualidade de um produto ou serviço
pode ser vista de duas formas: a do produtor e a
do cliente. Do ponto de vista do produtor, a qualidade se associa à concepção e produção de um
produto que vá ao encontro das necessidades do
cliente. Do ponto de vista do cliente, a qualidade
está associada ao valor e à utilidade reconhecidas
ao produto, estando em alguns casos ligada ao
preço.
Do ponto de vista dos clientes, a qualidade
não é unidimensional. Quer dizer, os clientes não
avaliam um produto tendo em conta apenas uma
das suas características, mas várias. Por exemplo,
a sua dimensão, cor, durabilidade, design, funções que desempenha etc. Assim, a qualidade é
um conceito multidimensional. A qualidade tem
muitas dimensões e é por isso mais difícil de definir. De tal forma, que pode ser difícil até para o
cliente exprimir o que considera um produto de
qualidade.
Do ponto de vista da empresa, contudo,
se o objetivo é oferecer produtos e serviços (realmente) de qualidade, o conceito não pode ser
deixado ao acaso. Tem de ser definido de forma
clara e objetiva. Isso significa que a empresa deve
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Logística Empresarial
apurar quais são as necessidades dos clientes e,
em função destas, definir os requisitos de qualidade do produto. Os requisitos são definidos em
termos de variáveis como: comprimento, largura,
altura, peso, cor, resistência, durabilidade, funções
desempenhadas, tempo de entrega, simpatia de
quem atende ao cliente, rapidez do atendimento,
eficácia do serviço etc. Cada requisito é em seguida quantificado, a fim de que a qualidade possa
ser interpretada por todos (empresa, trabalhadores, gestores e clientes) exatamente da mesma
maneira. Os produtos devem exibir esses requisitos, a publicidade se faz em torno desses requisitos (e não de outros), o controle de qualidade visa
assegurar que esses requisitos estão presentes
no produto, a medição da satisfação se faz para
apurar em que medida esses requisitos estão presentes e em que medida vão realmente ao encontro das necessidades. Todo o funcionamento da
“empresa de qualidade” gira em torno da oferta
do conceito de qualidade que foi definido.
Controle da qualidade, garantia da qualidade
e gestão da qualidade são conceitos relacionados
com o de qualidade na indústria e serviços. Gestão
da qualidade é o processo de conceber, controlar
e melhorar os processos da empresa, quer sejam
processos de gestão, de produção, de marketing,
de gestão de pessoal, de faturação, de cobrança ou
outros,enfim de toda a cadeia produtiva. A gestão
da qualidade envolve a concepção dos processos
e dos produtos/serviços, envolve a melhoria dos
processos e o controle de qualidade. Garantia da
qualidade são as ações tomadas para redução de
defeitos. Controle da qualidade são as ações relacionadas com a medição da qualidade, para diagnosticar se os requisitos estão a ser respeitados e se
os objetivos da empresa estão a ser atingidos.
Mensuração da Qualidade
Para conhecer o andamento empresarial, é
necessário estabelecer parâmetros de medidas,
não somente subjetivos, mas que esses facilitem
o gestor na tomada de decisão. A mensuração da
qualidade dos produtos e serviços da organização vem suprir essa necessidade através do uso
de indicadores.
Tradicionalmente as organizações dispõem
de conjuntos ou sistemas de medidas de desempenho, direcionadas à avaliação do desempenho
financeiro, e às vezes de produtividade. Mas o que
se propõe é que os indicadores de desempenho
da qualidade apontem se a organização está sendo competitiva em relação ao que os clientes desejam.
Portanto, a nova proposta de utilização de
indicadores é de que eles sejam reflexos da organização como um todo, apontando onde está a direção estratégica que a organização deve seguir.
Indicadores são modos de representação – tanto
quantitativa quanto qualitativa – de características e propriedades de uma dada realidade. Em
outras palavras “É uma característica específica
que reflete um aspecto da realidade observada”.
Quando se trata a respeito de indicadores
qualitativos têm se como exemplos a elaboração
de questionários ou de perguntas a serem respondidas pelos clientes.
Já em dados quantitativos os exemplos
mais comuns são os de tempos (de entrega, de
pagamento, de resposta etc.), quantidade de produtos/serviços, número de informações etc. Com
o uso de indicadores, um conceito nada novo, mas
que ainda revoluciona as empresas, foram criadas
algumas organizações que propõem estudos e
uso de indicadores. Também há vários estudiosos
que formularam teorias e soluções práticas sobre
este assunto. Segundo Mari (1997), que foi um
destes estudiosos, “todas as coisas que podem
ser acessadas por intermédio de nosso conhecimento possuem um número; pois sem os números não podemos compreender nem conhecer”.
Portanto, assim como os indicadores qualitativos,
os quantitativos são essenciais para o progresso
organizacional.
Indicadores estratégicos
Com a utilização de indicadores, principalmente os voltados para definição de estratégias,
as empresas desfrutam de um conhecimento profundo do negócio. Possibilita conhecer o foco de
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Cláudio Alves da Silva
sua atuação. Identificando com clareza qual é a
sua fortaleza, exploram mais os quadros de oportunidades empresariais, e de outra forma conhecem suas fraquezas, além de preparar-se contra
as ameaças encontradas.
serviços. A conscientização para a qualidade e o
reconhecimento da sua importância, tornou a
certificação de sistemas de gestão da qualidade
indispensável uma vez que:
Sabendo o foco de atuação, a tomada de decisão quanto a ações estratégicas, táticas e operacionais são mais assertivas, o que dará a empresa
uma melhor competitividade e fará com que ela
atenda às necessidades e expectativas de seus
clientes. Para o acompanhamento dessas ações
determinadas, os indicadores são excelentes ferramentas, pois refletem a realidade empresarial.
Dessa forma, caso ocorra alguma dificuldade durante a realização das ações, o gestor poderá visualizar as consequências, e com isso estabelecer
mudanças.
ƒƒ aumenta a satisfação e a confiança dos
clientes;
Gestão da qualidade total
A gestão da qualidade total (em língua inglesa “Total Quality Management” ou simplesmente “TQM”) consiste numa estratégia de administração orientada a criar consciência da qualidade
em todos os processos organizacionais. É referida
como “total”, uma vez que o seu objetivo é a implicação não apenas de todos os escalões de uma
organização, mas também da organização estendida, ou seja, seus fornecedores, distribuidores e
demais parceiros de negócios, ou em outras palavras “em toda a cadeia de suprimentos”. Compõe-se de diversos estágios, como, por exemplo, o
planejamento, a organização, o controle e a liderança. A Toyota, no Japão, foi primeira organização a empregar o conceito de “TQM”, superando
a etapa do fordismo, onde esta responsabilidade
era limitada apenas ao nível da gestão. No “TQM”
os colaboradores da organização possuem uma
gama mais ampla de atribuições, cada um sendo
diretamente responsável pela consecução dos
objetivos da organização. Desse modo, a comunicação organizacional, em todos os níveis, torna-se uma peça-chave da dinâmica da organização.
Tem sido amplamente utilizada, na atualidade,
por organizações públicas e privadas, de qualquer porte, em materiais, produtos, processos ou
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ƒƒ aumenta a produtividade;
ƒƒ reduz os custos internos;
ƒƒ melhora a imagem e os processos de
modo contínuo;
ƒƒ possibilita acesso mais fácil a novos
mercados.
A certificação permite avaliar as conformidades determinadas pela organização através
de processos internos, garantindo ao cliente um
material, processo, produto ou serviço concebido
conforme padrões, procedimentos e normas.
Uma organização que se propõe a implementar uma política de gestão voltada para a
“qualidade total” tem consciência de que a sua
trajetória deve ser reavaliada periodicamente.
Serviços de segurança de Cadeia Logística
(SCSS)
O percurso pelo complicado mundo de
cadeias de fornecimentos alargadas e globais
pode dar origem a problemas de segurança relativamente a remessas que percorrem milhares
de quilômetros e são manuseadas por inúmeras
pessoas e organizações, muitas vezes utilizando
vários meios de transporte.
Com o C-TPAT, AEO, BASC e várias outras
iniciativas de segurança governamentais implementadas para dar segurança à cadeia logística,
conhecer e entender todos os requisitos pode
constituir um verdadeiro desafio.
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Logística Empresarial
O que são os SCSS?
Os Serviços de Segurança de Cadeias de
Fornecimentos (SCSS) são um tipo de serviço no
qual os importadores, exportadores, fabricantes e
outros envolvidos na logística das mercadorias na
cadeia logísticas podem confiar para simplificar o
processo complicado.
O serviço pode igualmente proporcionar
aos clientes maiores lucros pelo fato de as mercadorias chegarem ao mercado de forma mais rápida e com maior confiabilidade.
Quais são os principais benefícios?
ƒƒ Confiabilidade e segurança e melhorada da cadeia logísticas;
ƒƒ Simplificação dos processos de seguros;
ƒƒ Reduz o número e a duração das inspeções nos portos de destino e trânsito;
ƒƒ Despacho mais rápido das mercadorias;
ƒƒ Reduz os atrasos.
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