Caro Aluno
Este material foi desenvolvido de modo que possa
acompanhar de maneira mais objetiva e clara os temas
relacionados a AUDITORIA AMBIENTAL
O material não pode ser reproduzido sem a autorização
da autora.
Aline Guimarães Monteiro Trigo
O Que é Auditoria?
É um exame e/ou avaliação independente,
relacionada a um determinado assunto por
especialista no objeto de exame, que faça uso de
julgamento profissional e comunique os
resultados aos interessados (clientes)
Auditoria não é:
• AVALIAÇÃO
• Requer detalhada e rigorosa metodologia de aplicação e
auditores independentes
• FISCALIZAÇÃO
• Auditor identifica se os critérios que estão sendo
verificados na auditoria estão sendo adequadamente
atendidos e informa a seu cliente os resultados
• Fiscal verifica o cumprimento das leis, normas e
regulamentos aplicáveis e notifica os eventuais não
cumprimento ao organismo responsável pela aplicação
da sanção pertinente
• CONSULTORIA
Iniciativas em Diversos Países
• 1985 - Auditing in the Netherlands - KPMG - Holanda
• 1986 - Environmental Auditing Policy Statement / EPA - EUA
• 1988 - Enforcement and Compliance Policy, que acompanha
Canadian Environmental Protection Act (CEPA) - Canadá
• 1991 - Guiding to Effective Auditing - ICC
• 1993 - Eco-Audit and Management Scheme (EMAS) - UE
• 1993 - ISO 14000
• 1995 - Environmental Self-Policing and Self-Disclosure
Interim Policy Statement - EPA
• 1996 - Normas ISO 14010, 14011, 14012
Auditoria Ambiental - Definições
União Européia - EMAS:
“Uma ferramenta gerencial que compreende uma
avaliação periódica, objetiva, sistemática e
documentada do desempenho da organização, do seu
sistema de gestão e dos processos e equipamentos
destinados à proteção do meio ambiente, com o
objetivo de verificar as práticas gerenciais relativas ao
meio ambiente e verificar a conformidade com a
política da organização e com a legislação”
Auditoria Ambiental
Norma ISO 14010 - Princípios Gerais de Auditoria
Ambiental:
“Processo sistemático e documentado de verificação,
executado para obter e avaliar, de forma objetiva,
evidências da auditoria para determinar se as
atividades, eventos, sistemas de gestão e condições
ambientais especificados ou as informações
relacionadas a estes estão em conformidade com os
critérios de auditoria, e para comunicar os resultados
deste processo ao cliente”
Tipos de Auditoria Ambiental
• Conformidade Legal (compliance) - conformidade com
legislação e os regulamentos aplicáveis
• Desempenho Ambiental - conformidade com a legislação, os
regulamentos aplicáveis, indicadores de desempenho ambiental
setoriais aplicáveis e com a política ambiental da empresa, caso
esta exista
• Sistema de Gestão Ambiental - cumprimento dos princípios
estabelecidos no Sistema de Gestão Ambiental (SGA) da
empresa e sua adequação e eficácia
• Certificação Ambiental - conformidade com princípios
estabelecidos nas normas pela qual a empresa esteja desejando
se certificar
Tipos de Auditoria Ambiental
• Descomissionamento (decommissioning) - avalia os danos
ao ecossistema e à população do entorno de alguma unidade
empresarial em conseqüência de sua desativação (paralisação
definitiva de suas atividades)
• Responsabilidade (due dilligence) - avalia as
responsabilidades (passivo) ambientais, efetivas e potenciais,
das empresas
• Sítios - destinada a avaliar o estágio de contaminação de um
determinado local
• Pontual - destinada a otimizar a gestão dos recursos, a
melhorar a eficiência do seu processo produtivo e
conseqüentemente minimizar a geração de resíduos, o uso de
energia e de outros insumos
Vantagens da Aplicação
• Identificação e registro das conformidades e das não
conformidades com a legislação, com regulamentações e
normas, e com a política ambiental da empresa (caso exista)
• Prevenção de acidentes ambientais
• Melhor imagem da empresa junto ao público, à comunidade e
ao setor público
• Provisão de informação à alta administração da empresa,
evitando-lhe surpresas
• Assessoramento aos gestores na implementação da qualidade
ambiental na empresa
• Assessoramento à alocação de recursos (financeiro,
tecnológico, humano) destinados ao meio ambiente na
empresa, segundo as necessidades de proteção do meio
ambiente e as disponibilidades da empresa, descartando
pressões externas
Vantagens da Aplicação
• Avaliação, controle e redução do impacto ambiental da
atividade
• Minimização dos resíduos gerados e dos recursos usados
pela empresa
• Promoção do processo de conscientização ambiental dos
empregados
• Produção e organização de informações ambientais
consistentes e atualizadas do desempenho ambiental da
empresa, que podem ser acessadas por investidores e
outras pessoas físicas ou jurídicas envolvidas nas
operações de financiamento e/ou transações da unidade
auditada
• Facilidade na comparação e intercâmbio de informações
entre as unidades da empresa
Desvantagens da Aplicação
• Necessidade de recursos adicionais para implementar
o programa de auditoria ambiental
• Necessidade de incorrer em dispêndio expressivo de
recursos inesperado para atender às não
conformidades detectadas na auditoria ambiental
• Indicar falsa sensação de segurança sobre os riscos
ambientais, caso a auditoria seja conduzida de forma
inexperiente ou incompleta
• Possibilidade de que indústrias sofram pressões de
órgãos governamentais e de grupos ambientais, para
demonstrar os resultados da auditoria ambiental
Garantindo a Eficiência
• AA é um retrato momentâneo do desempenho ambiental
da empresa
• Sua aplicação reduz, mas não elimina as possibilidades
de ocorrerem acidentes ambientais e da empresa não
atender aos requisitos legais de proteção ambiental
• Para que a auditoria ambiental seja um eficaz
instrumento de proteção ambiental empresarial, ela
deve:
• ser aplicada com freqüência regular ou estar inserida
em um programa de gestão ambiental
• ter garantia de implementação de medidas corretivas
das não conformidades identificadas
Auditoria Ambiental - ISO
• ISO 10011 partes 1,2 e 3 - Auditorias de sistemas de
gestão de qualidade (1993)
• ISO 14010, 14011 e 14012 - Auditorias Ambientais
(1996)
ISO NBR 19011/2002 - AUDITORIAS DE SISTEMAS
DE GESTÃO DE QUALIDADE E/OU AMBIENTAL
Não inclui auditorias de sistemas de gestão de
segurança e saúde ocupacional
Norma Orientativa
• Guia com:
- orientação sobre a gestão de programas de
auditoria
- realização de auditorias internas ou externas de
sistemas de gestão da qualidade e/ou
ambiental
- orientação sobre a competência e a avaliação
de auditores
Princípios de Auditoria
- Conduta
ética
- Apresentação correta e justa dos resultados
- Uso de cuidado e competência profissional na
auditoria
- Independência
- Resultados baseados em evidências
Classificações
• Auditorias internas - auditorias de primeira parte, conduzidas
pela própria organização, ou em seu nome, para análise crítica
pela direção e outros propósitos internos e podem formar a base
para uma autodeclaração de conformidade da organização
• Auditorias externas • Auditorias de segunda: partes interessadas na organização
• Auditorias de terceira parte: ex: organizações que provêem
certificados ou registros de conformidade com os requisitos
da NBR ISO 9001 ou NBR ISO 14001
• Auditoria combinada: sistemas de gestão da qualidade e
ambiental são auditados juntos.
• Auditoria conjunta: duas ou mais organizações de auditoria
cooperam para auditar um único auditado.
Gerenciando um Programa de Auditoria
Autoridade para o programa de auditoria
(5.1)
Estabelecendo o programa de auditoria
(5.2, 5.3)
•
•
•
•
Implementando o programa de auditoria
(5.4, 5.5)
Agir
(Act)
Melhorando o programa
de auditoria
(5.6)
•
•
•
•
•
Planejar
( Plan)
objetivos e abrangência
responsabilidades
recursos
procedimentos
programando auditorias
avaliando auditores
selecionando equipes de auditoria
dirigindo atividades de auditoria
mantendo registros
Monitorando e analisando criticamente o
programa de auditoria
(5.6)
• monitorando e analisando criticamente
• identificando necessidades de ações
corretivas e preventivas
• identificando oportunidades de melhoria
Competência e
avaliação de
auditores
(seção 7)
Fazer
(Do)
Atividades de auditoria
(seção 6)
Verificar
(Check )
Competência e Habilidades Genéricas dos
Auditores
- Princípios, procedimentos e técnicas de auditorias
- Sistemas de gestão e documentos de referência
- Organização de empresas
- Leis e regulamentos aplicáveis
Conhecimentos e Habilidades Genéricas
para auditores-líderes
- Planejamento da auditoria
- Representação da equipe de auditoria junto ao cliente e
ao auditado
- Organização e direção da equipe de auditoria
- Liderança da equipe de auditoria, conduzindo a mesma
a chegar as conclusões da auditoria
- Prevenção e resolução de conflitos
- Preparação e finalização do relatório de auditoria
Conhecimentos e Habilidades Específicas:
Auditores de Sistemas de Gestão Ambiental
Métodos e técnicas de gestão ambiental, como:
- Terminologia ambiental; elementos de gestão ambiental;
ferramentas de gestão ambiental , como avaliação de desempenho
ambiental, análise do ciclo de vida, etc...
Ciência e tecnologia ambiental, como:
- Impactos das atividades humanas no meio ambiente; interação
de ecossistemas, métodos de proteção ambiental, etc...
Técnicas e aspectos ambientais de operações, como,
tecnologias, como:
- Aspectos e impactos ambientais de atividades, produtos e
serviços; técnicas de medição e monitoramento; tecnologias de
prevenção de poluição, etc...
Atributos Pessoais dos Auditores
O auditor deve ser ou ter:
Ético - ser justo, sincero, honesto e discreto
Mente aberta - capaz de considerar outros pontos de vista
Diplomático - ter tato para tratar com pessoas
Observador - verificar sempre o seu redor
Perceptivo - ter instinto apurado e se adaptar a situações
Versátil - possível de se adaptar a diferentes situações
Tenaz - ser persistente, focado nos objetivos
Decisivo - chegar a conclusões baseado na lógica
Confiante - agir e atuar de maneira independente
Educação, Experiência Profissional,
Treinamento e Experiência em Auditorias
O guia recomenda níveis de educação, experiência
profissional, treinamento e experiência em auditorias, para
auditores de uma ou ambas especialidades (qualidade ou
meio ambiente):
- Educação - secundária (mínima)
- Experiência profissional - 5 anos
- Experiência em gestão de qualidade ou meio ambiente pelo menos 2 dos 5 anos de trabalho profissional
- Treinamento em auditoria - 40 horas (mínimo)
- Experiência em auditoria - 4 auditorias completas (mínimo) e
não menos 20 dias de auditoria como auditor em treinamento
Manutenção e Melhoria de Competência dos
Auditores
• O auditor deve continuar a se desenvolver profissionalmente
para manter e melhorar os seus conhecimentos e
habilidades de auditoria.
• O processo de avaliação dos auditores deve usar uma
pessoa ou painel a partir de alguns métodos:
- Análise de registros do auditor
- Entrevistas com o auditor
- Observação do desempenho do auditor
- Análise crítica do auditor posterior a auditoria
- Testes e exames (oral e escrito)
- Informações externas sobre o desempenho do auditor.
Legislação para Auditoria Ambiental
Constituição Estadual do Rio de
Janeiro
Art. 258 § 1º item XI
Determinar a realização periódica, preferencialmente
por instituições científicas sem fins lucrativos, de
auditorias nos sistemas de controle de poluição e
prevenção de riscos de acidentes das instalações e
atividades de significativo potencial poluidor, incluindo
a avaliação detalhada dos efeitos de sua operação
sobre a qualidade física, química e biológica dos
recursos ambientais.
Legislação de Auditoria Ambiental
no Estado do Rio de Janeiro
Lei 1898 de 26.11.91
Dispõe sobre a realização de Auditorias Ambientais
Decreto 21470 A, de 05.06.95
Dispõe sobre a realização de Auditorias Ambientais
Deliberação CECA 3.427, de 14.11.95
Aprova a DZ 056 . R.2 - Diretriz para Realização de Auditoria
Ambiental
Lei N. 3.341 de 29.12.99
Altera o Artigo 10 da Lei N. 1.898 => Penalidade: notificação/multa
de 1.000 a 100.000 UFIR
Instituiu-se a obrigatoriedade de Auditoria Ambiental no ERJ
vinculando-a ao Sistema de Licenciamento de Atividades
Poluidoras
Legislação de Auditoria Ambiental
Lei 118 de 02.08.90 - Distrito Federal
Lei 1.224 de 11.10.96
Lei 790 de 05.11.91 - Santos
Lei 10.627 de 16.01.92 - Minas Gerais
Lei 848 de 10.04.92 - São Sebastião
Lei 4.802 de 02.08.93 - Espírito Santo
Decreto n. 3.795-N, de 27.12.94
Lei 3.968 de 15.09.93 - Vitória
Projeto de Lei 400 de 1994 - Rio Grande do Sul
Lei Complementar 38 de 21.11.95 - Mato Grosso
Lei 1.600 de 25.07.95 - Mato Grosso do Sul
Projeto de Lei 158 de 1996 - Paraná
Legislação Federal de Auditoria Ambiental
Setor Petróleo
Resolução CONAMA 265, de 27.01.2000
Determina a realização de AA independentes nas
instalações industriais, marítimas e terrestres da
Petrobrás e das demais empresas com atividades na
área de petróleo e derivados.
Esta exigência surgiu em conseqüência do impacto
ambiental causado pelo derramamento de óleo,
ocorrido no dia 18 de janeiro de 2000, na Baía de
Guanabara
Legislação Federal de Auditoria Ambiental
Setor Petróleo
Resolução CONAMA 265, de 27.01.2000
Dispõe sobre a realização de Auditorias
Ambientais pela PETROBRÁS e demais
empresas com atividades na área de petróleo e
derivados
Instituiu-se a obrigatoriedade de apresentar, no prazo
de 6 meses, programa de trabalho e respectivo
cronograma para realização de Auditoria Ambiental e,
no prazo de 12 meses, Plano de Contingência
Nacional e os Planos de Emergência Regionais,
Estaduais e Locais
Legislação Federal de Auditoria Ambiental
Setor Petróleo
Lei 9966 de 28.04.2000
Dispõe sobre a prevenção, o controle e a
fiscalização da poluição causada por lançamento
de óleo e outras substâncias nocivas ou perigosas
em águas sob jurisdição nacional
Art. 9º
As entidades exploradoras de portos organizados e
instalações portuárias e os proprietários ou operadores
de plataformas e suas instalações de apoio deverão
realizar auditorias ambientais bienais, independentes,
com o objetivo de avaliar os sistemas de gestão e
controle ambiental em suas unidades
Legislação Federal de Auditoria Ambiental
Setor Petróleo
Resolução CONAMA 306/02
Estabelece os requisitos mínimos e o termo de
referência para realização de auditorias ambientais,
objetivando avaliar os sistemas de gestão e
controle ambiental nos portos organizados e
instalações portuárias, plataformas e suas
instalações de apoio e refinarias, tendo em vista o
cumprimento da legislação vigente e do
licenciamento ambiental
É a primeira Resolução a definir requisitos mínimos
para AA, no sentido de orientar, inclusive, o disposto
na Resolução 265/00 e na Lei 9966/00.
Nesse sentido, é bastante coerente com os requisitos
estabelecidos pela Série ISO 14 000
Legislação Federal de Auditoria Ambiental
Setor Petróleo
Portaria MMA 319 de 15.08.2003
Estabelece os requisitos mínimos quanto ao
credenciamento, registro, certificação,
qualificação, habilitação, experiência e
treinamento profissional de auditores ambientais
para execução de auditorias ambientais que
especifica
Empresas ou Atividades com Obrigatoriedade de
Realização de Auditoria Ambiental - RJ
Refinarias, oleodutos e terminais de petróleo e seus derivados
Instalações portuárias
Instalações destinadas à estocagem de substâncias tóxicas e
perigosas
Instalações de processamento e disposição final de resíduos tóxicos e
perigosos
Unidades de geração de energia elétrica a partir de fontes térmicas e
radioativas
Indústrias petroquímicas e siderúrgicas
Indústrias químicas e metalúrgicas
Instalações de tratamento e os sistemas de disposição final de esgotos
domésticos
Instalações de processamento, recuperação e destinação final de lixo
urbano
Atividades de extração mineral
Auditoria Ambiental: Penalidades
Multa de 1.000 a 100.000 UFIR
Descredenciamento pela órgão ambiental dos
responsáveis pela realização de AAs, pelo prazo,
mínimo, de 2 anos, por omissão ou sonegação de
informações
A realização de AAs não isenta a empresa
da aplicação de outras penalidades
administrativas.
Etapas de Auditoria Ambiental
Etapas
Pré-Auditoria
( Planejamento )
Procedimentos




AUDITORIA

(Trabalho de campo)



Pós Auditoria
( Conclusão )





Definição do objetivo da auditoria. Trata-se de uma reunião entre
o auditor e o cliente onde são definidos a Unidade a ser auditada,
confirmação de datas e dos recursos técnicos disponíveis.
Formação da Equipe de auditores.
Coleta de informações, ou seja, discussão do escopo, revisão da
auditoria anterior, estudo do Processo Industrial e de
procedimentos.
Elaboração do plano de auditoria onde deve constar da
identificação dos tópicos prioritários, preparação dos protocolos,
check-list, guias e alocação de recursos (humanos e materiais).
Compreensão do sistema de gestão. Há necessidade de reunião
de abertura, inspeção de área acompanhada pelo auditado,
questionário de controles, entrevistas e revisão das práticas e
procedimentos.
Verificação do sistema de gestão, ou seja, verificação das
conformidades e não conformidades dos sistemas de gestão,
verificação dos riscos inerentes e verificação dos controles
inerentes.
Coleta de evidências para avaliação e verificação, além da
revisão das documentações e procedimentos.
Relatório das descobertas da auditoria.
Preparação e distribuição de minuta do relatório.
Revisão da minuta do relatório.
Elaboração e distribuição do relatório final.
Desenvolvimento do plano de ação, constando de propostas de
ação corretiva, definição de responsabilidades pela execução do
plano de ação e definição dos prazos para execução.
Acompanhamento do plano de ação.
ETAPA 1: PLANEJAMENTO
• Definição de elementos-chave de uma auditoria
(OBJETIVO, ESCOPO, CRITÉRIOS, RECURSOS,
EQUIPE DE AUDITORES)
• Planejar e preparar auditoria de modo que a
auditoria no local seja o mais eficiente possível
Definição do OBJETIVO
• Claramente definido de modo a atender as
expectativas do cliente da auditoria e evitar
interpretações diversas.
• O objetivo da auditoria ambiental define sua
classificação:
* Conformidade Legal
* Desempenho Ambiental
* Sistema de Gestão Ambiental
* Certificação Ambiental
Definição do ESCOPO
• O escopo deve ser definido de forma clara e objetiva, a fim de
delimitar o campo de atuação da auditoria.
• Deve-se considerar:
* Localização geográfica  aonde será realizada a auditoria
(Empresa com diversas unidades pelo país e em mais de um país).
* Limites organizacionais  se a auditoria será aplicada em toda
a organização ou em algumas unidades.
* Objeto da auditagem  define-se o que será auditado.
* Período  a data (período) a partir da qual serão levantadas as
informações e as evidências de conformidade e não-conformidade
da unidade. Depende de fatores: Tipo de atividade da unidade
auditada, localização, tempo de funcionamento.
Definição do ESCOPO
* Tema ambiental  os itens ambientais que serão avaliados na
auditoria. Depende do tipo de auditoria e da tipologia da
atividade.
* Elementos a serem auditados:
• Política ambiental
• Leis e regulamentos
• Projeto e operação de unidades
• Práticas e procedimentos operacionais
• Manutenção de equipamentos
• Monitoramento de efluentes e do meio ambiente
• Relatórios de acidentes ambientais
• Treinamento e conscientização
• Desempenho de firmas contratadas
• Comunicação externa
Definição de CRITÉRIOS
• Leis e Regulamentos Federais, Estaduais e Municipais
e outras exigências de caráter externo.
• Políticas, Procedimentos e Diretrizes Internas.
• Normas Internacionais de Gerenciamento Interno.
• Critérios estabelecidos em função do objetivo e escopo
da auditoria.
• Os materiais de apoio são elaborados à luz dos
documentos de referência (critérios estabelecidos para
a auditoria).
Definição de RECURSOS
• Humanos, físicos e financeiros para sua aplicação
Definição da EQUIPE DE AUDITORES
• Imparcial e independente com relação à unidade
a ser auditada.
•Equipe: no mínimo 2 auditores, independente do
tamanho da empresa. Um auditor líder para cada
equipe de auditores  assegurar a condução e
a conclusão eficiente e eficaz da auditoria.
Incorporar especialista á equipe
•Mixing de Habilidades (ISO 19011/02)
Preparação da auditoria ambiental
• Minimizar o tempo despendido pelos auditores na
unidade (ônus para o auditado)/ no campo, com a
qualidade das informações: completas e adequadas.
• Deve haver informações básicas para a estruturação
do protocolo ou da lista de verificação, por meio de um
questionário (da pré-auditoria)  DOCUMENTAÇÃO.
Revisão de DOCUMENTOS
• Atividades principais:
- Os documentos relevantes do sistema de gestão
devem ser analisados
- A revisão deve ser feita pelo auditor-líder ou pela
equipe auditora
- A revisão da documentação irá depender da natureza,
tamanho e complexidade da organização
- Uma visita preliminar a organização ou local a ser
auditado poderá ser necessária.
ETAPA 2: AUDITORIA NO LOCAL
Obtenção, análise e avaliação de EVIDÊNCIAS de
atendimento aos critérios estabelecidos para a auditoria
(SE ESTÃO OU NÃO EM CONFORMIDADES), utilizando
da VERIFICAÇÃO IN LOCO dos procedimentos,
processo produtivo da empresa, registros, controles,
por meio da OBSERVAÇÃO e ENTREVISTAS.
TEMPO PARA REALIZAÇÃO: 2 a 5 dias
O desempenho da equipe  Auditoria no Local
LEVANTAMENTO E ANÁLISE DE INFORMAÇÕES

AGILIDADE NA REALIZAÇÃO DA AUDITORIA NA UNIDADE
Sumário da AUDITORIA NO LOCAL
• APRESENTAÇÃO
• COMPREENSÃO DA UNIDADE E SUA GESTÃO
• COLETA DE EVIDÊNCIAS
• AVALIAÇÃO DAS EVIDÊNCIAS
• APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
Apresentação
• REUNIÃO DE ABERTURA → apresentação dos
auditores ao gerente da unidade e do objetivo da
auditoria, como se dá a condução e os critérios para
avaliação das conformidades e não-conformidades
Compreensão da Unidade e sua Gestão
•
•
•
•
•
Visão das atividades desenvolvidas
(preparação da auditoria, com a análise das informações)
REUNIÃO DE TRABALHO → reunião dos auditores com os membros
indicados pela unidade, para se discutir os aspectos ligados à operação e à
estrutura organizacional da auditoria no local e as diretrizes gerais para
operacionalização da auditoria (DEFINIÇÃO DE LOCAIS, HORÁRIOS,
PESSOAS A SEREM ENTREVISTADAS)
VISITA DE RECONHECIMENTO → equipe visita à unidade, acompanhada
pelos funcionários, orientando-se com relação ao layout e às atividades que
pertencem ao escopo da auditoria.
Funcionários → responder e explicar as auditorias e dúvidas apresentadas
Equipe → conhecimento relativo aos processos existentes e avaliar se os
procedimentos podem afetar o meio ambiente
REVISÃO DO PLANO DE AUDITORIA → equipe se reúne para verificar se
considerou todos os tópicos (no protocolo ou na lista de verificação) aplicáveis
à auditoria na unidade; discutir as não conformidades já identificadas e
confirmar se os recursos estão adequadamente distribuídos.
Coleta de Evidências
O maior tempo da auditoria local destina-se à OBTENÇÃO DAS
EVIDÊNCIAS → suporte às avaliações e conclusões da auditoria
CONSTATAÇÃO DE UMA NÃO-CONFORMIDADE → não apenas por
uma OBSERVAÇÃO, deve haver a COLETA DE EVIDÊNCIAS
através de:
• PROTOCOLO / LISTA DE VERIFICAÇÃO → coleta de evidências,
direcionando a atuação dos auditores (não desvia do objetivo) e
assegurando que os pontos sejam avaliados.
• ENTREVISTA (material preparado durante a pré-auditoria)
• OBSERVAÇÃO (bom observador e o que é visto, sentido e
entendido → elemento de informação)
CAPACITAÇÃO DA EQUIPE DE AUDITORES e TÉCNICAS USADAS
NAS ENTREVISTAS → qualidade dos resultados da auditoria.
Avaliação das Evidências
Avaliar criteriosamente as evidências obtidas → se são factíveis
(PROVAS SUFICIENTES PARA CARACTERIZAR COMO
EVIDÊNCIA) de serem incluídas no relatório da auditoria
• AVALIAÇÃO deve ser feita concomitantemente à COLETA DE
EVIDÊNCIAS, para evitar resultados indesejáveis.
• IDENTIFICAR se os itens no PROTOCOLO ou na LISTA DE
VERIFICAÇÃO estão sendo respondidos → MISSÃO CUMPRIDA
Final do dia (duas reuniões): os AUDITORES se reúnem para
APRESENTAR e DISCUTIR as EVIDÊNCIAS encontradas e as
razões para caracterizá-las.
Avaliação das Evidências
• REUNIÃO DA EQUIPE DE AUDITORES → Cada AUDITOR
identifica se os itens do PROTOCOLO ou da LISTA DE VERIFICAÇÃO
estão sendo respondidos. Apresenta o SUMÁRIO DAS EVIDÊNCIAS e
OBSERVAÇÕES obtidas e eventuais DIFICULDADES encontradas. Em
CONJUNTO, os membros discutem e identificam se as EVIDÊNCIAS e
OBSERVAÇÕES são OBJETIVAS E COMPROVÁVEIS. Entrega o
sumário das evidências aos auditados.
• REUNIÃO COM O PESSOAL DA UNIDADE AUDITADA →
apresenta as EVIDÊNCIAS e OBSERVAÇÕES identificadas pelos
auditores e ESCLARECE PONTOS POLÊMICOS. O grupo de
AUDITADOS esclarece DÚVIDAS ou NÃO CONFORMIDADES
INCORRETAMENTE detectadas pelos auditores, devido a incorreções ou
a falta (incompleto) de dados nas bases.
• As OBSERVAÇÕES/EVIDÊNCIAS não devem ser relatadas pelos
auditores, INDIVIDUALMENTE, no ATO EM QUE FOREM OBTIDAS.
Apresentadas, SIM, na reunião da EQUIPE DE AUDITORES → evita a
INFLUÊNCIA dos AUDITADOS.
Apresentação dos Resultados
• Ao fim do trabalho de campo, a EQUIPE DE AUDITORES apresenta
aos AUDITADOS as EVIDÊNCIAS e OBSERVAÇÕES detectadas
durante a auditoria. A reunião deve ser AMIGÁVEL e conduzida pelo
AUDITOR LÍDER, que deve ter em mãos um relatório preliminar
(sumário das evidências), com a presença de toda sua equipe. Deve
apresentar também as DIFICULDADES e se possível, requisite
INFORMAÇÕES AINDA NÃO OBTIDAS. Apresentação das
RECOMENDAÇÕES MAIS IMEDIATAS e definição do TEMPO para
elaboração do RELATÓRIO FINAL DA AUDITORIA.
Assegurar que a empresa auditada conheça logo as evidências
detectadas durante a auditoria
Permitir aos auditados sanar ou esclarecer eventuais
desentendimentos
ETAPA 3: RELATÓRIO DE AUDITORIA
Registra o resultado da auditoria.
↓
Documento que a equipe apresenta as evidências de conformidades e não
conformidades da empresa com os critérios
O escopo do Relatório ↔ OBJETIVO da auditoria e do
DESTINATÁRIO FINAL
Relatório distribuído a alta administração, acionistas, gerentes ambientais e
da unidade auditada, cliente da empresa.
2 tipos de relatórios – Auditoria de SGA:
• Geral (em formato executivo)  Apresentação das não conformidades à
alta direção da empresa  fornecer subsídios à sua análise
• Específico  cada unidade auditada e destinando a seus gerentes  as
conformidades analisadas com maiores detalhes
Conteúdo do Relatório
Elementos obrigatórios e outros itens do relatório são acordados entre
Auditor ↔ Auditado/ Cliente
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
•
Identificação da unidade auditada e do cliente da auditoria
Objetivos e escopo
Critérios
Data de condução da auditoria e período coberto pela auditoria
Identificação dos membros da equipe de auditoria
Identificação dos membros da unidade auditada
Sumário do processo da auditoria (incluem os obstáculos)
Conclusões
Certificado de confidencialidade
Lista de distribuição do relatório
Inclusão de documentos usados para definir os critérios
CONCLUSÃO deve conter:
• Evidências de conformidade do SGA com os critérios
da auditoria (apresentadas e discutidas com a equipe
de auditados)
• Indicação de que o SGA está implementado e mantido
• As notas de trabalho, comprovam as evidências, são
guardadas com o auditor líder e são entregues se
houver demanda
Desenvolvimento de Plano de Ação
Usa-se um Formato Padrão
Comparação dos resultados de sucessivas auditorias realizadas
↓
Verificar a efetividade das medidas adotadas para correção
• As NÃO CONFORMIDADES REGISTRADAS de forma CLARA:
- o teor de mercúrio no efluente da fábrica é de 0,02 mg/l
(Resolução CONAMA no 357 / 2005)
PLANO DE AÇÃO
• Responsáveis pela unidade auditada (não está no escopo).
• INÍCIO: classificação das não conformidades detectadas (quanto a
significância) prioridade para corrigi-las, considerando recursos
envolvidos, prazo e responsável pela correção
Encerramento de Auditoria
• O relatório de auditoria deve ser datado, assinado,
analisado e aprovado, conforme definido no
procedimento de auditoria
• O relatório de auditoria deve ser distribuído para as
pessoas designadas no procedimento de auditoria
• Os documentos referentes as auditorias devem ser
retidos ou destruídos, de acordo com os procedimentos
de auditoria ou determinações legais quando
aplicáveis.
• A auditoria deve ser finalizada quando o relatório é
aprovado e distribuído.
Acompanhamento da Auditoria (Follow-up)
• Normalmente, não faz parte da auditoria e é
habitualmente realizado pelo auditado a intervalo de
tempo acordado.
• Após a finalização da auditoria, as ações preventivas,
corretivas e de melhorias devem ser realizadas.
• Uma próxima auditoria pode vir a verificar as ações
preventivas, corretivas e de melhorias executadas pela
organização.
Bibliografia
PROMINP. Gestão e Auditoria Ambiental. Curso de
Engenheiro de campo – construção e montagem, 2009.
BARBIERE, José Carlos. Gestão Ambiental
Empresarial. RJ: Saraiva, 2005
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Apresentação 3 - Pense Ambientalmente