AS tristes cenas que marcaram o fim da campanha eleitoral para as autarquias, são reflex daquilo que nos últimos tempos Moçambique tem vindo a registar. Tensão política e militar, com crimes de sequestros e raptos, sem que se coloque de lado o fenómeno de ‘engomar’ vítimas de roubo e a violação sexual de menores perante o testemunho da família desta. Mais grave, é que os mandantes nunca são encontrados, e nem ajuda internacional se requisita, o que alimenta algumas suspeitas. Pelo menos que se sirva das escaramuças de fim-de-semana para uma profunda reflexão sobre as estratégias (políticas) adoptadas para travar este estado de coisas. Expresso Força Madiba Mais Justo. Mais Simples diário electrónico Registo: 002/GABINFO-DE/99 – distribuição restrita, por assinatura Zona Verde Q.27 Nr 1509 - Cell: 824124150 - [email protected] Editor/proprietário: Salvador Raimundo Honwana - 822161930 - 845010303 - [email protected] Moçambique, Matola, segunda-feira, 18.11.13 Nr.3368 - ANO XVII BOM DIA Eleger com coração Estas autarquias estão longe de igualar as primeiras eleições multipartidárias após Roma’92, pelo forte impacto que está a ter a tensão político e militar, pelo meio a criminalidade, nas cidades e no campo. OS eleitores das 53 autarquias vão eleger os seus rostos preferidos depois de amanhã, numa situação inédita, nada comparável, nem tão pouco, com o primeiro escurtíneo pós Roma 92. Estas autarquias acontecem numa altura em que Moçambique enfrenta a crise política e militar, com as populações revoltadas contra este estado de coisas, chegando a apontar o dedo acusador à governação de Armando Guebuza. A circulação rodoviária, entre Muxúnguè e Rio Save, na principal Estrada que une o país, continua condicionada, pois elementos armados provavelmente da Renamo disparam e matam militares que fazem a escolta naquele troço de 100 quilómetros. Nem com isso, apesar da escolta, o medo continua a invadir as pessoas que se fazem à Estrada. Os próprios militares demonstram medo à flôr da pele, só respirando de alívio quando chegam ao fim do troço. E como se tudo isso não bastasse, a classe intelectual moçambicana se junta às reivindicações anónimas sobre a necessidade de mudanças radicais principalmente a partir do topo, e já nem há dúvidas de que Armando Guebuza é o convidado a deixar o poder. No último dia da campanha eleitoral, as escaramuças registadas no bairro Munhava, Município da Beira, são apenas a demonstração de que as pessoas querem mudanças. É que, quando a própria viatura de Filipe Paúnde, secretário geral da Frelimo, vira alvo da fúria popular, é preciso que se leve mão à consciência por parte de quem dirige este país. É, pois, perante este quadro negro que os moçambicanos vão eleger, na quarta-feira, os seus preferidos em eleições autárquicas. Vão ser escolhas feitas mais de coração, do que em função dos programas eleitorais apresentados pelos candidatos que durante 17 dias desfilaram nas artérias e praças dos municípios em agenda. E são, ao todo, 53 autarquias. As autoridades policiais terã uma missão delicada para que não aconteçam casos que minem segurança. O desejo desta casa é de que tudo corra como o previsto pela Comissão Nacional de Eleições (CNE) e o Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE), que os eleitores acorram às mesas de voto. redacção Momento político requer diálogo MAPUTO – O embaixador de Itália em Moçambique, sugeriu, semana passada, que o momento político exige diálogo entre os actores políticos. Ele falava no encerramento da Reunião de Planificação entre governo e parceiros internacionais. Éis a intervenção do embaixador italiano: ”A poucos dias das eleições autárquicas do 20 de Novembro, Moçambique vive um momento político que requer mais do que nunca o exercício dos dotes de diálogo e defesa da paz que caracterizaram toda a sua história recente. A esse objectivo da paz – entendida como um tesouro a ser preservado e como condição necessária para o crescimento económico e o combate a pobreza – e do desenvolvimento para todo o povo moçambicano, os Parceiros do Apoio Programático confirmam uma vez mais o seu pleno e convencido apoio. Na última Revisão Anual tínhamos chegado a um acordo sobre assuntos comuns que tanto o Governo como os par- Como disse? Um colega que vai à reforma, mas até hoje tem a categoria de estagiário – Adolfo Baú segunda-feira - 18.11.13 ceiros acham ser importantes para o avanço de Moçambique na luta contra a pobreza e para o melhoramento da nossa parceria. No exercício que estamos prestes a concluir, fizemos o ponto de situação em relação a estes assuntos, com especial destaque para três questões: a gestão das finanças públicas; a melhoria do ambiente de negócios; a implementação efectiva do pacote legislativo anti-corrupção. No âmbito da Gestão das Finanças Públicas, a Reunião de Planificação reconheceu o progresso alcançado nos últimos meses, com particular destaque para o pagamento dos salários pela via Directa e da e-folha, com o ambicioso objectivo de ter até o final deste ano, aproximadamente 95% dos pagamentos dos salários dos funcionários e agentes de estado executado pela via directa. Em relação às reformas do Ambiente de Negócios queremos saudar as realizações alcançadas ao longo do presente ano, que culminaram com a subida de Moçambique no recém-publicado Relatório do Doing Business 2014, que passou da posição 142 para 139. É um progresso significativo num percurso que esperamos que possa ter no futuro mais passos a frente ainda mais significativos. Para que essas reformas tenham impacto na criação de emprego, elas deverão ser efectivamente implementadas, divulgadas e sobretudo complementadas com iniciativas para melhorar a formação e a produtividade dos trabalhadores. Quanto à luta contra a expresso corrupção, a Reunião de Planificação constatou que existem desafios na implementação efectiva do pacote legislativo, assim como na coordenação dos esforços entre os diversos sectores envolvidos. As Leis sobre a Declaração de bens e Conflito de interesses entraram em vigor há cerca de um ano, mas ainda não foram concluídas muitas das actividades relacionadas com a sua implementação. Os Parceiros encorajam também a completar o Pacote anti-corrupção com as restantes leis que estão agendadas para a sessão em curso da Assembleia da República, antes do fim do ano. Do lado dos Assuntos de Atenção Especial que requerem acções por parte dos Parceiros, renovamos os nossos compromissos com vista a aumentar a previsibilidade, melhorar a in formação reportada à Base de Dados ODAMoz reduzir o número de missões e de Unidades de Implementação de Projectos. No documento deste ano ficam por finalizar alguns Indicadores e relativas Notas Técnicas, cuja conclusão está prevista para o fim deste mês de Novembro. A impossibilidade de se chegar a completar o Quadro final, não obstante a extensão dos prazos e os esforços aos diferentes níveis, reflecte alguns constrangimentos no actual calendário da planificação conjunta, que esperamos possam ser ultrapassados com a revisão em curso do Memorando de Entendimento. Finalmente, quero recordar que nestas últimas semanas o diálogo entre o Governo e os Parceiros tem afrontado, entre outros temas, a questão da garantia concedida pelo Estado, num montante de 850 milhões de dólares, a favor de uma companhia constituída com capitais do Estado. A este respeito, acolhemos o compromisso do Governo, em linha com as recentes recomendações do FMI, sobre a inclusão da parte não comercial deste empreendimento no Orçamento do Estado para 2014. Também gostaríamos de sublinhar a necessidade de continuar o diálogo em curso sobre este tema, com vista a receber as informações pertinentes que possam, no espírito de abertura e transparência, responder às preocupações presentes no seio dos Parceiros. Antes de terminar não queria deixar de sublinhar que o acordo à que chegamos hoje é resultado do trabalho dos representantes dos Grupos de Trabalho, que incluem funcionários do Estado, equipas técnicas do G19 e actores da sociedade civil. edição nr. 3368 - Pág2/4 Utilidade pública Corpo de Salvação Pública Socorro............... 82198 Geral.................. 21322222 21322334 Polícia....................199 Polícia–Maputo..21622001 21625031 21327206 Matola-Sala de Operações 21752854 1a Esquadra...........21723443 3a Esquadra...........21752607 4a Esquadra...........21752313 5a Esquadra............21752444 6a Esquadra............21752222 Socorro 197 Ambulância da Polícia 21622001 21625001 Cruz Vermelha....21629554 Hospitais Central-Banco de Socorros 21620448 Serviço Geral 21620457 Chamanculo 21620094 21600086 Militar 21616825/8 Psiquiátrico 21670623 José Macamo 21600044 21600045 Geral Mavalane 21675167 2166003 21660034 21660204 Caminhos de Ferro Linha Verde 308855 Aeroporto Maputo LAM 465026 TAP 465065/3 É encorajador ver que juntos partilhamos o desejo de busca de objectivos comuns”. Geithner lidera fundo de investimento WASHINGTON - Timothy Geithner, antigo secretário do Tesouro norte-americano, vai presidir ao ‘private equity' Warburg Pincus. Depois de mais de 25 anos na administração pública, Geithner, agora com 52 anos, assume as suas novas funções, no sector privado, a 1 de Março, anunciou anteontem a companhia em comunicado. O ‘modus operandi' das firmas de ‘private equity' como a Warburg Pincus consis- te na aquisição de firmas, muitas vezes através de dívida, para posterior venda com lucro, normalmente num prazo a 10 anos. A passagem de Geithner pelo Tesouro coincidiu com a grande depressão de segunda-feira - 18.11.13 expresso edição nr. 3368 - Pág 3/4 AIE revê em alta procura de petróleo para 2013 VIENA - A agência internacional prevê que a procura atinja 91 milhões de barris por dia. A ligeira recuperação da economia europeia, em particular na Alemanha, França, Reino Unido, Itália e Turquia, levou a Agência Internacional de Energia (AIE) a aumentar as estimativas para a procura global de petróleo no ano de 2013. A agência prevê agora que a procura atinga cerca de 91 milhões de barris por dia, ou seja mais 50 mil que a estimativa anterior. de Extrema-direita europeia alia-se contra Bruxelas BRUXELAS - Partidos eurocépticos e anti-imigrantes são os dois denominadores comuns que a extremadireita quer recrutar para um novo grupo no Parlamento Europeu, após as eleições de Maio de 2014. O tiro de partida da aliança para "devolver a soberania nacional ao povo" e travar "a Hidra de Bruxelas" foi dado pela francesa Marine de Le Pen e o holandês Geert Wilders, em Haia, na passada quarta-feira. "A UE, como todos os impérios, irá colapsar", disse a líder da Frente Nacional, à frente nas sondagens para as Europeias. "Não coincidimos em tu- do mas somos euro-críticos e cremos que Bruxelas tem de decidir menos", completou Wilders, dirigente do Partido da Liberdade, antimuçulmano. A crise na zona euro está a aumentar o nível de popularidade da extrema-direita nas eleições nacionais, um efeito que deve ser ampliado nas Europeias. Ambos os políticos partem agora à ofensiva de charme a outros partidos similares europeus - como o belga Vlaams Belang, a italiana Liga Norte ou os britânicos do UKIP já que precisam de eleger 25 eurodeputados para formar um grupo na Eurocâmara. de Barloworld Energia expande presença no país PEMBA - A Barloworld Energia, a representante da Caterpillar, expande as suas actividades no país abrindo escritórios em Pemba, Cabo Delgado. A cerimónia de inauguração foi na sexta-feira, testemunhada por representantes do Grupo Barloworld na Região Austral, parceiros governamentais e do sec- tor privado. Moçambique constitui “país chave na estratégia de crescimento na África Austral, para tal a Barloworld pretende apostar na sua expansão para as diversas regiões”, diz comunicado da empresa. Em Pemba, o group Barloworld estará focado em soluções de energia, petró- leo e marinha. O novo estabelecimento, que tem como objectivo providenciar apoio local aos clientes daqueles sectores, terá capacidade local, em termos de vendas, acessórios e apoio pós venda. A Barloworld Energia é revendedor da Caterpillar na África Austral, há 85 anos. Representada em toda a região Austral, a empresa é fornecedora líder de soluções de engenharia nos sectores de Energia Eléctrica, Marinha, Petrolífero, Industrial e de aluguer de equipamentos, impulsionada por um extenso conjunto de soluções de geradores a gasóleo, óleo pesado, gás e configurações de motor marca Caterpillar. redacção China ajuda Wall Street com novos máximos PEQUIM - Bolsas dos EUA renovam recordes na expectativa de que os estímulos monetários vão continuar no terreno e com notícias de reformas em Pequim. Os principais índices de acções norte-americanos terminaram a sessão em máximos históricos. Com uma subida de 0,54% para 15.961,70 pontos, o Dow Jones fica muito perto de superar, pela primeira vez, a barreira psicológica dos 16 mil 2008, marcada pela falência do Lehman Brothers e pelos resgates ao Citigroup, General Motors e AIG. Antes de assumir a pasta do Tesouro, com Obama na Casa Branca, Geithner traba- lhou no FMI e presidiu ao Fed de Nova Iorque. de Expresso diário electrónico Rumo aos 17 anos pontos. Também o S&P 500 encerrou em zona recorde, com uma valorização de 0,42% para 1.798,18 pontos. Este índice accionista, um dos mais importantes do mundo, ganhou valor pela sexta sessão consecutiva, algo que não acontecia desde Fevereiro. Em termos empresariais, os títulos da Exxon Mobil avançaram 2% no dia em que foi conhecido que Warren Buffett adquiriu uma posição na petrolífera. Também os papéis da FedEx apreciaram 1,6%, depois de sabido que George Soros e John Paulson construíram participações na empresa. Um dos factores citados pelos analistas para justificar a pressão compradora na sessão de hoje foi o anúncio de que a China vai adoptar uma postura mais reformista, permitindo mais espaço ao investimento privado e moderando a sua política de filho único - alterações decididas no conclave comunista. de segunda-feira - 18.11.13 expresso edição nr. 3368 - Pág.4/4 maputo, cidade minha Penso, Logo existo ATÉ que enfim, a pilhagem e o derrame de sangue luso chegaram ao fim. Foi necessário um patrulhamento conjunto, tropa colonial e os guerrilheiros da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO). A estratégia não foi pacífica. De um lado, a tropa colonial, mais talhada em lidar com os citadinos; do outro, os guerrilheiros acabadinhos de chegar à cidade, ainda com cheiro à catinga, mais rigorosos quando confrontavam cidadãos de raça branca. A tropa podia não concordar com o método, ríspido, dos guerrilheiros, mas nada podia fazer, sob pena disso dar origem a uma confusão monumental em plena via pública. Um de vários episódios que vale a pena registar: na principal rodovia de Infulene, que liga Matola e Jardim, dois tropas coloniais e outros dois guerrilheiros, tinham a missão de fiscalizar as viaturas. A dado momento, um dos guerrilheiros insiste que o automobilista abrisse o cú. O guerrilheiro insistiu tanto até que o automobilista já se preparava para baixar as calças, de costas para o guerrilheiro, quando este o tocou ao de leve, enquanto elevava a voz… “abre o cú”, indicando para a parte traseira do veículo. Isso deu lugar a uma animada gargalhada... Na mesma brigada de fiscalização, o guerrilheiro, ao se apoderar do livrete da viatura, forçou que o automobilista explicasse onde estava o povo. Para ele, povo era a fotografia que não constava no livrete. Não foi fácil convencer o guerrilheiro que no livrete não existe espaço para a fotografia. Gradualmente, os guerrilheiros foram se familiarizando com a nova vida da cidade. Muitos destes homens terminaram a vida militar e passaram a ocupar residências oferecidas de bandeja. A zona Militar, entre Malhangalene e Polana, surge por essas alturas. Havia necessidade de acomodar os antigos combatentes. E lá se achou que o local era propício, até por se encontrar próximo de uma fila de quartéis militares. Cedo, a zona virou local de venda livre de estupefacientes, acabando por ser baptizado de bairro Colômbia. Quando Manhenje esteve no Interior e Comiche no Município, bem tentaram acabar com o bairro Colômbia, transferindo aquelas famílias para um outro local. Debalde. É que, finda a guerra de libertação, os guerrilheiros reformados, naturais do Centro e Norte, nunca mais voltaram às origens. Em vez disso, trouxeram os pais, irmãos, primos, até amigos, para a capital. Ao dinheiro da reforma, se juntava o do negocio de estupefacientes. Certo é que a cidade foi ficando insuportável, com cheiro nauseabundo em muitas esquinas, situação que até aos nossos dias se verifica, embora se reconheça uma mudança acentuada nesse aspecto. Mas não era apenas esta classe responsável pelos males da cidade. salvador raimundo Wolfgang Munchau * Zona euro tem de subir a inflação A DECISÃO do Banco Central Europeu de reduzir as taxas de juro não me surpreendeu, mas sim o facto de tão poucas pessoas esperarem tal decisão. Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), reconheceu na semana [antepassada] passada que a instituição só atingirá a meta de inflação definida "a médio, longo prazo". O seu maior problema não é a descida de 0,7 por centro em Outubro, mas sim a queda de 0,8 por cento na inflação subjacente. A política monetária do BCE suscita algumas dúvidas. Será que as taxas de juro baixas vão produzir algum efeito? Poderão ajudar a pôr fim à crise? A deflação é, de facto, uma ameaça? A resposta às duas primeiras questões é sim, vai produzir efeito e não, não vai pôr fim à crise. Ainda é necessário debelar a dívida e mudar as políticas económicas, mas isso não quer dizer que a política monetária seja ineficiente - d esign adamente quando as taxas de juro estão perto de zero. A redução da taxa de empréstimo e o prolongamento da liquidez ilimitada até Julho de 2015 poderão, efectivamente, ter algum impacto, embora se trate, uma vez mais, de uma decisão com os olhos postos no futuro. O efeito mais rápido far-se-á sentir por via da taxa de câmbio - um canal de trans- missão lento, embora importante, que atravessa toda a banca. A extensão da liquidez ilimitada até 2015 dá tempo aos bancos para arrumar os balanços e pode, inclusive, ajudá-los a aumentar a concessão de crédito ao sector privado. No que respeita à deflação, importa saber se é um fenómeno puramente monetário ou se é algo mais profundo. Milton Friedman dizia que a "inflação é sempre e em toda a parte um fenómeno monetário, no sentido em que apenas pode ser originado por um aumento mais rápido na massa monetária do que no produto". A deflação corresponde, logicamente, à definição inversa. Será a zona euro diferente? Não me parece. O BCE tem todas as ferramentas de que precisa para combater a deflação - mesmo em circunstâncias adversas. Se a Alemanha e outros países credores aceitassem anular a dívida nos países periféricos, ou aceitassem que também eles têm de ajustar-se ou que a união bancária pressupõe partilhar parte dos encargos, seria uma grande ajuda. Mas mesmo que nada disto aconteça - e não creio que venha a acontecer, aliás -, a política monetária tem condições para ser eficaz, inclusive numa união monetária disfuncional. Continua amanhã