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INFORME ESPECIAL MOÇAMBIQUE
MOZAMBIQUE
BOTSWANA
MADAGASCAR
SOUTH AFRICA
MOÇAMBIQUE:
ESTREITANDO RELAÇÕES
NEGÓCIOS
s atenções se voltam ao Fórum Econômico Mundial
(WEF, na sigla em inglês) na América Latina –
realizado no Rio de Janeiro este mês –, e o presidente
de Moçambique Armando Guebuza espera consolidar uma
maior parceria com a região.
Desde a assinatura do tratado de paz em 1992, pondo fim
a 16 anos de conflito civil, o sudeste da república africana se
tornou um pólo de atração de investimentos vindos de todo o
globo. O presidente Armando Guebuza, que chegou ao poder
em 2005, colaborou muito para incrementar a estabilidade e a
democracia do país, classificando esta última de “um processo
que nós temos que defender cuidadosamente”.
O crescimento registrado pelo país tem sido alto – entre 7%
e 10% nos últimos cinco anos –, e a futura expansão dependerá
de mais investimento estrangeiro em agricultura, turismo e
infraestrutura. Mais de 75% dos 21 milhões de habitantes
economicamente ativos do país trabalham em agricultura de
pequena escala, e 88% das terras produtivas ainda não estão
cultivadas. Além disso, há o potencial lucrativo das reservas
de titânio que ainda esperam para ser exploradas. “Nossa
prioridade agora é atrair investimentos em estradas, energia,
hospitais e escolas”, diz Guebuza. Mais além do WEF, que
acontecerá no Brasil de 14 a 16 de abril,
Guebuza explica que as relações entre seu país
e América Latina já são excelentes. “O Brasil
possui um grande número de companhias
ativas em Moçambique, particularmente nos
setores de construção e mineração, como
Vale e Odebrecht. Também estão sendo
desenvolvidos programas educacionais e de
capacitação técnica. O Brasil está instalando
um laboratório para produzir remédios para
o combate à Aids, e estamos visando a sua experiência para
quando comecemos a produzir etanol, num futuro próximo.”
Guebuza também tem mantido conversações com a presidente
do Chile Michelle Bachelet sobre potenciais parcerias.
Moçambique mostra-se um país atrativo não só por sua
política fiscal competitiva e por ter uma base industrial que está
crescendo 6% ao ano. Sua localização geográfica como uma
porta de entrada dos negócios latinoamericanos à Southern
African Development Community – um free trade market de
200 milhões de consumidores potenciais – também o torna
extremamente interessante. “Brasil e Moçambique falam o
mesmo idioma e possuem muitas coisas em comum, o que
constitui uma grande vantagem”, diz o ministro de Indústria
e Comércio Antonio Fernando. “Estamos melhorando nossa
infra-estrutura e nosso clima de negócios para atrair mais
investimentos.”
A
Os 2,7 mil km da costa de Moçambique contam com extensos recifes de corais.
O embaixador do Brasil Antonio de Souza e Silva comemora
que a empresa Vale esteja se posicionando no continente
africano, sinalizando que irá “criar milhões de empregos e
um intercâmbio de serviços, o que implica salários melhores
e maior fortalecimento. E isso se refletirá em outros setores da
economia, como o habitacional e de bens de consumo”.
Também é preciso destacar as oportunidades na área de
peixes e frutos do mar e processamento de
cereais, castanha de caju, que ressurgiu
no cenário do país. Filomena Maiópuê, do
Instituto de Fomento do Caju (Incaju), conta
que “o cajueiro foi eliminado devido à guerra
e às pragas, mas desde então administramos
uma produção de 90 mil toneladas de
material não-processado. Há um imenso
potencial de produção de alimentos com base
nesse produto.” Atualmente exporta-se caju
para Índia, Europa, EUA e África, e Maiópuè está negociando
também com a associação de produtores no Brasil.
O presidente Guebuza e o governo de Moçambique esperam
conquistar um substancial progresso nas relações entre as duas
regiões até o 2nd Africa-South America Summit, a ser realizado
em 2010.
“Um free trade
market de 200
milhões de
consumidores
potenciais.”
Armando Guebuza
Presidente
Antonio Fernando
Ministro de Indústria
e Comércio
INSTITUTO DE FOMENTO DO CAJU
Instituto de Fomento do Cajú
Rua da Resistência, 1746, 4º andar
Maputo, Moçambique
[email protected] www.incaju.gov.mz
[Este informe publicitário foi produzido pela ASAP Reports. AméricaEconomía não se responsabiliza pelo conteúdo desta seção.]
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