UNISUL- Universidade do Sul de Santa Catarina Campus da Grande Florianópolis – Pedra Branca Curso de Psicologia Trabalho de iniciação científica - Bolsa art. 170 Área de conhecimento: Ciências Humanas Amanda Castro; Prof. Msc. Gabriel Gomes de Luca (orientador); Profª. Dra. Juliane Viecili (orientadora) CARACTERÍSTICAS DA PERCEPÇÃO DE PSICÓLOGOS ACERCA DAS RELAÇÕES ENTRE OS MOTIVOS QUE OS LEVARAM A ESCOLHER A PROFISSÃO E AS FUNÇÕES QUE EXERCEM NA SUA PRÁTICA PROFISSIONAL APÓS FORMADOS PROBLEMA DE PESQUISA Quais as características da percepção de psicólogos acerca das relações entre os motivos que os levaram a escolher a profissão e as funções que exercem na sua prática profissional após formados? OBJETIVOS • OBJETIVOS ESPECÍFICOS • a) Identificar a percepção de psicólogos sobre os motivos de sua escolha pela Psicologia; • b) Examinar a influência da função social da Psicologia como motivo de escolha da profissão; • c) Examinar a influência da representação social da Psicologia como motivo de escolha da profissão; • d) Examinar a influência de pessoas para a escolha da profissão; • e) Identificar a percepção de psicólogos sobre as funções que exercem e sustentam sua prática profissional após formados; • f) Examinar os tipos de atividades desenvolvidas pelos profissionais após formados; • g) Comparar os motivos que levaram psicólogos a escolherem pela Psicologia com o que eles exercem como função profissional após formados. PROBLEMÁTICA E JUSTIFICATIVA • Magalhães, Straliotto, Keller e Gomes (2000) descrevem como motivos apresentados para a escolha da Psicologia como profissão: desejo de ajudar (75%). • Madeiro e Barbosa (2002), relatam que os entrevistados, relacionam o profissional da Psicologia ao estereótipo de psicólogo clínico, repetindo a noção de psicólogo partilhada pelo senso comum. PROBLEMÁTICA • Catálogo Brasileiro de ocupações do Ministério do Trabalho, considera que em qualquer campo de atuação o psicólogo procede ao estudo e à análise dos processos intra e interpessoais e nos mecanismos do comportamento humano. • É possível questionar quais as necessidades sociais atendidas pelo psicólogo, tendo em vista a preferência por atuação na área clínica e o objetivo de ajudar atribuído à função exercida. (Problema de pesquisa) JUSTIFICATIVA • No atendimento clínico problema básico a ser atendido é de cunho individual, assim uma camada da população que não tem recursos financeiros, por isso fica à margem deste atendimento • Para Costa e Campos (2000, apud PEREIRA, 2003) é possível que haja uma redução das desistências de curso de graduação, caso sejam identificadas as expectativas que os alunos de graduação têm quanto ao curso JUSTIFICATIVA • De acordo com 64,2% dos entrevistados por Andriola, Ribeiro e Moura (2003) o interesse e a afinidade pessoal com a área do curso ou da carreira escolhida foram os fatores que mais pesaram na escolha do curso • Identificar os motivos para a escolha possibilitará verificar se as expectativas com relação ao curso de psicologia refletem o conhecimento obtido acerca da profissão. MARCO TEÓRICO • As funções exercidas pelo psicólogo após sua formação estão relacionadas majoritariamente ao atendimento clínico atendendo deste modo apenas uma parcela da população que tem acesso a este tratamento (BASTOS, 1990). • De acordo com Magalhães, Straliotto, Keller e Gomes (2000) os alunos de Psicologia ingressam no curso buscando ao término da graduação prestar serviços à sociedade como psicoterapeutas. MARCO TEÓRICO • Carvalho (1982) considera que o curso determina o tipo de profissional que sairá formado, sofrendo também influências deste e da sociedade. •Segundo Bettoi e Simão (1999) as concepções com que o aluno chega à faculdade influenciarão na seleção e nas relações que ele estabelecerá quando se defrontar com as informações, atitudes e valores promovidos pelo curso. METODOLOGIA POPULAÇÃO 15 psicólogos- Formados entre 2005 e 2008. Escolhidos aleatoriamente a partir de listagem concedida pela Unisul. Local Universidade do Sul de Santa Catarina, município de Palhoça, ou locais indicados pelos entrevistados, disponíveis em Florianópolis. CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA Pesquisa de Campo, Caracterização Exploratória, Caráter Qualitativo. Segundo Theodorson e Theodorson (1970), a pesquisa exploratória tradicionalmente é entendida como uma pesquisa cujo objetivo é familiarizar-se com o fenômeno. METODOLOGIA INSTRUMENTOS DA COLETA DE DADOS Roteiro de entrevista semi-estruturado composto por 17 questões abertas PROCEDIMENTO PARA A ANÁLISE DO MATERIAL -Análise de conteúdo -Categorias (motivos atribuídos para a escolha do curso, funções exercidas e relação entre motivos atribuídos e as funções exercidas RESULTADOS Conclusões • Em geral, antes do ingresso no curso de graduação, os psicólogos desconhecem as possibilidades de intervenção do psicólogo. A partir disso, a escolha pelo curso de graduação em Psicologia é feita por alguns estudantes com base em conhecimentos de senso comum, que provavelmente direcionam seus objetivos iniciais. • Os objetivos iniciais com a profissão de psicólogo, antes do ingresso nesse curso de graduação parecem ser orientados pelas atividades exercidas e não pelos resultados obtidos após a intervenção. Após formados, as atividades realizadas pelos psicólogos no exercício da profissão consistem nas mesmas atividades que esses atribuíam ao papel do psicólogo, antes do ingresso para o curso de Psicologia, que são, em geral, atividades relacionadas à área clínica e organizacional. • O “desejo de ajudar” é indicado pelos entrevistados como relação atribuída entre o que os motivaram a escolher esse curso de graduação e as funções que exercem após formados. Portanto, as indicações dos psicólogos entrevistados possibilitaram identificar a existência da relação entre os motivos para a escolha do curso de graduação e as atividades que esses psicólogos exercem após formados, e, em geral, tal relação é percebida por esses profissionais. REFERÊNCIAS ANDRIOLA, B. A.; RIBEIRO, E. S.; MOURA, C. P. Evasão discente nos cursos de graduação da Universidade Federal do Ceará (UFC): busca das suas causas . In: ANDRIOLA, W. B. (Org.). Avaliação:múltiplos olhares em educação. Fortaleza: Ed. da Universidade Federal do Ceará, 2005 ANGELINI, A. L. (1975). Aspectos atuais da profissão de psicólogo no Brasil. Boletim de Psicologia, 26, 31-39. BARRETO, M. F. M. (1999). A Formação, o Exercício Profissional do Psicólogo e a Prática da Dinâmica de Grupo (Tese de Doutorado). Pontifícia Universidade Católica de Campinas. BASTOS, A.V.B. A Psicologia no contexto das organizações – tendências inovadores no espaço de atuação do psicólogo. Em: Conselho Federal de Psicologia. Psicólogo Brasileiro: construção de novos espaços. Campinas, SP: Tomo, 1992. BETTOI, W. & SIMÃO, L.M. Profissionais para si ou para outros?: algumas reflexões sobre a formação dos psicólogos. BUENO, J. M. H.; LEMOS, C. G.; TOMÉ. Interesses profissionais de um grupo de estudantes de psicologia e suas relações com inteligência e personalidade. Psicologia em Estudo, Maringá, v. 9, n. 2, p.271-278, maio/ago. 2004. CARVALHO, A.M.A. & KAVANo, E.A. Justificativa de opção por área de trabalho em Psicologia: uma análise da imagem da profissão em psicólogos recém-formados. Psicologia, v8, n3, p.1-18, 1982. CASTRO, E. K. & BORNHOLDT, E. Psicologia da Saúde x Psicologia Hospitalar: Definições e Possibilidades de Inserção Profissional. Psicologia: Ciência e Profissão, Brasília, v. 24, n. 3, pp. 48-57, 2004. GUEDES, M.C. Atuação do Psicólogo Clínico: análise de dissertações em periódicos brasileiros e de dissertações e teses defendidas no país no período 80/92. Em: Conselho Federal de Psicologia. Psicólogo Brasileiro: construção de novos espaços. Campinas, SP: Tomo, p. 11-22, 1992. MAGALHÃES, M., STRALIOTTO, M., KELLER, M. & GOMES, W. B. (2001). Eu quero ajudar as pessoas: a escolha vocacional da psicologia. Psicologia: Ciência e Profissão, 2, 10-27. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria Metodologia científica. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2004. MELLO, S. L. (1975). Psicologia e profissão em São Paulo. São Paulo: Ática MORAES, M. Cavalcanti de; MADEIRO, R. Torres de; BARBOSA, V. P. As expectativas de alunos ingressantes no curso de psicologia sobre sua formação profissional. Disponível em <http://www.nead.unama.br/site/bibdigital/monografias/EXPECTATI VA_FORMACAO_ALUNOS_PSICOLOGIA.PDF>. Acesso em: 08 abr. 2009. MORE, C, LEIVA, A., TAGLIARI, L. A; (2001) Representação social do psicólogo e de sua prática no espaço público-comunitário. Paídéia - Cadernos de Psicologia e educação. Ribeirão Preto, 11 (21): 85-98. OLIVEIRA, I. F., DANTAS, C. M. B., COSTA, A. L. F., SILVA, F. L., ALVERGA, A. R., CARVALHO, D. B., & YAMAMOTO, O. H. (2004). O psicólogo nas Unidades Básicas de Saúde: formação acadêmica e prática profissional. Interações, IX(17), 71-89. OLIVEIRA, Silvio Luis de, tratando de metodologia cientifica. São Paulo SP. Pioneira Thomason Leaming. 2002. PEREIRA, F. C. B. Determinantes da Evasão de Alunos e os Custos Ocultos para as Instituições de Ensino Superior: Uma Aplicação na Universidade do extremo Sul Catarinense. 2003. 173 f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2003. Disponível em: <http://teses.eps.ufsc.br/defesa/pdf/6936.pdf>. Acesso em: 10 ago. 2007. PIOVESAN, A; TEMPORINI, E. R. Pesquisa exploratória: procedimento metodológico para o estudo de fatores humanos no campo da saúde pública. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 29, n. 4, Aug. 1995 . Available from <http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S003489101995000400010&lng=en&nrm=iso>. access em 11 Nov. 2009. doi: 10.1590/S0034-89101995000400010 TAKAHACHI, T; SANTOS, M. A; LISBOA, L. M. P. (1987). O estudante de psicologia e a psicologia: Os motivos da escolha do curso e as expectativas quanto à futura atuação. Resumos da XVIII Reunião Anual de Psicologia da SPRP, Ribeirão Preto, p. 221. THEODORSON, G. A. & THEODORSON, A. G. A modern dictionary of sociology. London, Methuen, 1970. OBRIGADO! Contato: [email protected]