UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM QUÍMICA Síntese e avaliação antineoplásica de novos análogos acíclicos e cíclicos da Metformina obtidos a partir de reações multicomponentes Enia V. Vieira Lima Dissertação de Mestrado em Química Vitória 2015 Enia V. Vieira Lima Síntese e avaliação antineoplásica de novos análogos acíclicos e cíclicos da Metformina obtidos a partir de reações multicomponentes Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Química do Centro de Ciências Exatas da Universidade Federal do Espírito Santo como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Química, na área de Química Orgânica, subárea de Síntese Orgânica e Medicinal. Orientador: Prof. Dr. Sandro José Greco Vitória 2015 Síntese e avaliação antineoplásica de novos análogos acíclicos e cíclicos da Metformina obtidos a partir de reações multicomponentes Enia V. Vieira Lima Dissertação submetida ao Programa de Pós-Graduação em Química da Universidade Federal do Espírito Santo como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Química. Aprovado em 20/03/2015 por: __________________________________________ Prof. Dr. Sandro José Greco Universidade Federal do Espírito Santo Orientador _________________________________________ Prof. Dr. Universidade Federal __________________________________________ Prof. Dr. Reginaldo Bezerra dos Santos Universidade Federal do Espírito Santo Vitória, 20 de Março de 2015. Dedico este trabalho primeiramente a Deus, pelo dom da vida, por ser o autor de meu destino, meu guia, socorro presente na hora da angústia, meu protetor e o meu Senhor. Sou grata a Ele por tudo! Dedico ainda, aos meus pais, meus primeiros professores, por te me ensinado o caminho certo a seguir. Ainda dedico a todos os meus professores de toda a vida. Dedico também ao meu maravilhoso esposo, parte de mim, Alan Lima, pelo apoio incondicional. AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar, agradeço a Deus, autor da minha fé e da minha salvação! Tudo o que tenho e o que sou eu devo a Ele. Por isso, quero aqui o seu nome engrandecer e agradecer-te por tua obra em minha vida. Obrigada pai, pelo teu infinito amor. Quero honrar a quem merece honra: Meus pais, Edna e Edson Vieira! Dignidade, caráter, lealdade, verdade, e acima de tudo humildade, as coisas mais importantes da vida, foram eles que me ensinaram. Eles foram os meus primeiros professores, a quem devo honrá-los até fim de minha vida. Agradeço ao companheiro que Deus colocou em meu caminho: Alan Lima! Meu esposo maravilhoso e que me completa em tudo. Obrigada por sempre me apoiar. Amo-te! Agradeço ao meu orientador, Profº. Sandro José Greco, um homem correto e de muito caráter. Muito obrigada pela oportunidade, pela sua orientação e por acreditar em mim. Com muito carinho, quero agradecer a todos os meus colegas do Laboratório de síntese orgânica e medicinal (LSO&M). Vocês foram imprescindíveis para que eu chegasse até aqui. Obrigada pelas risadas, pelos momentos de bobeira e de muita alegria. Agradeço em especial Rodolfo Fiorot, a quem me ajudou desde o primeiro dia de laboratório, que você continue sendo essa pessoa ávida para ajudar o próximo, isso sim é uma nobreza incalculável. Agradeço também a Bárbara Lemos pela cumplicidade e pelas conversas incansáveis, foram ótimos todos os momentos. Agradeço ao DQUI e ao NCQP pela estrutura, suporte e realização das análises de caracterização dos compostos. Agradeço ao PPGQUI pela ajuda e suporte durante todo o mestrado. Agradeço aos órgãos de fomento CAPES, pelo financiamento da minha bolsa de mestrado durante todo o mestrado. A todos que fizeram parte da minha história, meu muito obrigada! “A ciência humana de maneira nenhuma nega a existência de Deus. Quando considero quantas e quão maravilhosas coisas o homem compreende, psquisa e consegue realizar, então reconheço claramente que o espírito humano é obra de Deus, e a mais notável.” Galileu Galilei. LISTA DE FIGURAS Figura 1. Células Cancerosas. ........................................................................ 29 Figura 2. Mutação e câncer. ............................................................................ 32 Figura 3. Passo a passo do processo de carcinogênese. ............................... 33 Figura 4. Diferenças entre tipos de tumores. ................................................... 35 Figura 5. Metástase ......................................................................................... 36 Figura 6. Estrutura química da metformina...................................................... 40 Figura 7. Mecanismos de ação da metformina. Adaptado de Cell Cycle 2010. ......................................................................................................................... 44 Figura 8. Modelo de mecanismos celulares possivelmente modulados pela metformina na. Em preto, vias ativadas pela interação de fatores de crescimento com seus receptores, ou pela ativação constitutiva dos mesmos. Em azul, a ação dupla e indireta da metformina sobre a inibição das vias de Ras/Raf/MEK/ERK e PI3K/AKT/mTOR. ........................................................... 45 Figura 9. Análogos da metformina com atividade anticâncer. ......................... 46 Figura 10. Esquema representativo de uma reação multi-etapas (clássica) VS multicomponentes ............................................................................................ 47 Figura 11. Reação multicomponente de Strecker............................................ 48 Figura 12. Desenvolvimento cronológico das reações multicomponentes. ..... 49 Figura 13. Primeira publicação da reação de Mannich. ................................... 50 Figura 14. Metodologia clássica da reação de Mannich. ................................. 51 Figura 15. Demonstração da versatilidade sintética das bases de Mannich. .. 52 Figura 16. Sistemas Biológicos β-aminocarbonílicos. ..................................... 52 Figura 17. Exemplos de derivados de Mannich bioativos. ............................... 53 Figura 18. Reação sem a utilização de catalisadores. .................................... 53 Figura 19. Reação multicomponente de Mannich catalisadas por InCl3. ......... 54 Figura 20. Reação de Mannich catalisada por polianilina-AgNO3-TsOH em meio aquoso. .................................................................................................... 54 Figura 21. Mecanismo para a formação da base de Mannich em meio básico. ......................................................................................................................... 55 Figura 22. Primeira reação de Biginelli. ........................................................... 56 Figura 23. Intermediários de reação de Biginelli propostos por Folkers e Johnson. ........................................................................................................... 57 Figura 24. Mecanismos via imínio (4), enamina (5) ou de Knovenagel (6) sugeridos para a reação de Biginelli. ............................................................... 58 Figura 25. Estrutura do intermediário de m/z 219............................................ 59 Figura 26. Estruturas dos intermediários de m/z 191 e 173. ........................... 60 Figura 27. Estrutura dos intermediários observados na reação entre benzaldeído e ureia .......................................................................................... 60 Figura 28. Preferências de conformação do DHPM (esquemática representação, vista lateral). ............................................................................ 61 Figura 29. Estruturas químicas da diidropirimidina e nitrendipina. .................. 62 Figura 30. Estrutura de alguns adutos de Biginelli com atividades biológicas promissoras. ..................................................................................................... 62 Figura 31. Estrutura do aduto de Biginelli monastrol. ...................................... 63 Figura 32. Síntese do monastrol por Oliverio e colaboradores (2014) livre de solvente com tricloreto de érbio........................................................................ 64 Figura 33. Monastrol (27a), oxo monastrol (27b), tio análogos (29b - 32b). .... 66 Figura 34. Estruturas comuns de líquidos iônicos (LIs): Cátions mais comuns e possíveis ânions ............................................................................................... 67 Figura 35. Reação de Biginelli catalisado por Fe(OTs)3. ................................. 68 Figura 36. Reação de Biginelli com CuS QDs como catalisador. .................... 69 Figura 37. Equação geral da reação de Biginelli com os ácidos de Bronsted citados na tabela 4. .......................................................................................... 70 Figura 38. Exemplos de aldeídos utilizados em reações de Biginelli .............. 73 Figura 39. Uréias/tiouréias e guanidina utilizadas em reações de Biginelli ..... 74 Figura 40. Compostos 1,3-dicarbonílicos e análogos que são utilizados em reações de Biginelli. ......................................................................................... 75 Figura 41. Utilização de alcoóis em vez de aldeídos na síntese de 3,4diidropirimidinonas. .......................................................................................... 75 Figura 42. Representação esquemática dos adutos de Mannich sintetizados. 76 Figura 43. Análogos cíclicos da metformina 7-9 com potencial atividade anticâncer. ........................................................................................................ 77 Figura 44. Estratégia para a síntese dos adutos de Mannich. ......................... 78 Figura 45. Estratégia para a síntese dos adutos de Biginelli. .......................... 79 Figura 46. Reação de Mannich Multicomponente. .......................................... 94 Figura 47. Mecanismo proposto para a reação de Mannich em meio ácido. .. 95 Figura 48. Reação de Mannich multicomponente clássica utilizando a ureia/tioureia ou guanidina. .............................................................................. 95 Figura 49. Mecanismo da reação de Mannich para formação dos análogos da metformina. ...................................................................................................... 96 Figura 50. Reação de Mannich catalítica para obter o composto 7 estruturalmente semelhante à metformina e fenformina. ................................. 96 Figura 51. Mecanismo proposto para a reação multicomponente de Mannich com o aldeído triazólico sob catálise ácida. ..................................................... 98 Figura 52. Possível explicação para o longo tempo reacional com o aldeído fenil-triazólico. .................................................................................................. 98 Figura 53. Síntese do 2-fenil-2H-1,2,3-triazol-4-carboxialdeído 47. ................ 99 Figura 54. Síntese da fenil-D-glicosazona. .................................................... 100 Figura 55. Mecanismo para a formação do fenil-glicotriazol. ........................ 101 Figura 56. Mecanismo da clivagem oxidativa com HIO4 para a formação do aldeído 47....................................................................................................... 102 Figura 57. 4-nitrobenzaldeído 45, 2- Piridinocarboxaldeído 46 e 1-naftilamina 49. .................................................................................................................. 102 Figura 58. Instabilidade do sal de imínio formado por aminas primárias alifáticas. ........................................................................................................ 103 Figura 59. Espectro de IV do composto 50.................................................... 107 Figura 60. Espectro de 1H do composto 50. .................................................. 108 Figura 61. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 50. .................................................................................................. 109 Figura 62. Demonstração da parte detectada e não detectada no equipamento de massas. ..................................................................................................... 110 Figura 63: Espectro de IV do composto 53. .................................................. 111 Figura 64: Espectro de 1H do composto 53. .................................................. 112 Figura 65. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 53. .................................................................................................. 113 Figura 66. Espectro de IV do composto 56.................................................... 114 Figura 67. Espectro de 1H do composto 56. .................................................. 115 Figura 68. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 56 ................................................................................................... 116 Figura 69. Espectro de IV do composto 59.................................................... 117 Figura 70. Espectro de 1H do composto 59. .................................................. 118 Figura 71. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 59. .................................................................................................. 119 Figura 72. Espectro de IV do composto 62.................................................... 120 Figura 73. Espectro de 1H do composto 62. .................................................. 121 Figura 74. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 62. .................................................................................................. 122 Figura 75. Tentativa da síntese da primeira DHPM por meio da reação de Biginelli com p-TsOH e água como solvente. ................................................. 124 Figura 76. Mecanismo via imínio para síntese de DHPMs. ........................... 124 Figura 77. Estruturas de ressonância do p-nitrobenzaldeído. ....................... 125 Figura 78. Mecanismo proposto para reação de Biginelli promovida por ácido de Lewis. ........................................................................................................ 127 Figura 79. Tentativa da preparação de DHPM por uma sequência reacional dominó. .......................................................................................................... 128 Figura 80. Tentativa da preparação da pirimidina substituída pelo método de Pinner. ............................................................................................................ 128 Figura 81. Variante das reações de Biginelli: modificação Atwal. [80] ........... 129 Figura 82. Mecanismo da reação de Knoevenagel para formação do composto 66. .................................................................................................................. 130 Figura 83. Espectro de IV do composto 66.................................................... 131 Figura 84. Espectro de 1H da reagião alifática do composto 66. ................... 132 Figura 85. Espectro de 1H da reagião aromática do composto 66. .............. 133 Figura 86. Tentativa da preparação de DHPM através da reação de Atwal. . 133 Figura 87. Tentativa da preparação da DHPM substituída com inversão da rota sintética. ......................................................................................................... 135 Figura 88. Mecanismo proposto da reação de Biginelli catalisada por FeCl3/DMAP. .................................................................................................. 137 Figura 89. Espectro de IV do composto 67.................................................... 138 Figura 90. Espectro de 1H da reagião alifática do composto 67. ................... 139 Figura 91. Espectro de 1H da reagião alifática do composto 67. .................. 140 Figura 92. Tentativa da desprotonação da DHPM. ........................................ 140 Figura 93. Preparação do imínio. .................................................................. 141 Figura 94. Tentativa da preparação da DHPM substituída. ........................... 141 Figura 95. Figura em 3D do composto 50. .................................................... 142 Figura 96. Compostos mais potentes para o câncer de ovário (ES2 e A2780), para o câncer de pulmão (H460 e A549) e para o câncer de mama (MDAMB231 e MCF-7). .................................................................................. 144 Figura 97. Representação das estruturas cristalinas das proteínas ERK2, PI3K, AMPK e BRAF................................................................................................ 147 Figura 98. Ligante redocado (amarelo) e ligante cristalográfico. (A) PI3K; (B) ERK2; (C) BRAF; (D) AMPK. ......................................................................... 148 Figura 99. Conformação farmacofórica do Noratiriol (verde) com o sítio ativo da enzima ERK2. ................................................................................................ 151 Figura 100. Conformação farmacofórica do FR180204 (verde) com o sítio ativo da enzima ERK2. ........................................................................................... 151 Figura 101. Interações do complexo ERK2 e os ligantes 51, 52, 56, 57 e 58. ....................................................................................................................... 153 Figura 102. Conformação farmacofórica do LY294002 (verde) com o sítio ativo da enzima PI3K. ............................................................................................. 153 Figura 103. Conformação farmacofórica do Wortmannim (verde) com o sítio ativo da enzima PI3K. .................................................................................... 154 Figura 104. Interações do complexo PI3K e os ligantes 51, 52, 56, 57 e 58. 156 Figura 105. Conformação farmacofórica do Fenformina (verde) com o sítio ativo da enzima AMPK. .................................................................................. 157 Figura 106. Conformação farmacofórica do HL010183 (verde) com o sítio ativo da enzima AMPK. ........................................................................................... 158 Figura 107. Interações do complexo AMPK e os ligantes 51, 52, 56, 57 e 58. ....................................................................................................................... 160 Figura 108. Conformação farmacofórica da Fenformina (verde) com o sítio ativo da enzima BRAF. ................................................................................... 161 Figura 109. Conformação farmacofórica do HL010183 (verde) com o sítio ativo da enzima BRAF. ........................................................................................... 161 Figura 110. Interações do complexo BRAF e os ligantes 51, 52, 56, 57 e 58. ....................................................................................................................... 163 Figura 111. Espectro de infravermelho do composto 50. .............................. 196 Figura 112. Espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 50. ................. 197 Figura 113. Expansão da região aromática do espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 50. .................................................................................. 198 Figura 114. Espectro de RMN de 13C em CDCl3 do composto 50. ................ 199 Figura 115. Mapa de contorno da correlação homonuclear 1H-1H bidimensional COSY do composto 50. .................................................................................. 200 Figura 116. Mapa de contorno da correlação heteronuclear 1 H-13C bidimensional HSQC do composto 50............................................................ 201 Figura 117. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 50. .................................................................................................. 202 Figura 118. Espectro de infravermelho do composto 51. .............................. 204 Figura 119. Espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 51. ................. 204 Figura 120. Expansão da região aromática do espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 51. .................................................................................. 205 Figura 121. Espectro de RMN de 13C em CDCl3 do composto 51. ................ 206 Figura 122. Mapa de contorno da correlação homonuclear 1H-1H bidimensional COSY do composto 51. .................................................................................. 207 Figura 123. Mapa de contorno da correlação heteronuclear 1 H-13C bidimensional HSQC do composto 51............................................................ 208 Figura 124. Espectro de infravermelho do composto 52. .............................. 209 Figura 125. Espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 52. ................. 210 Figura 126. Expansão da região aromática do espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 52. .................................................................................. 211 Figura 127. Espectro de RMN de 13C em CDCl3 do composto 52. ................ 212 Figura 128. Mapa de contorno da correlação homonuclear 1H-1H bidimensional COSY do composto 52. .................................................................................. 213 Figura 129. Mapa de contorno da correlação heteronuclear 1 H-13C bidimensional HSQC do composto 52............................................................ 214 Figura 130. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 52. .................................................................................................. 215 Figura 131. Espectro de infravermelho do composto 53. .............................. 216 Figura 132. Espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 53. ................. 217 Figura 133. Expansão da região aromática do espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 53. .................................................................................. 218 Figura 134. Espectro de RMN de 13C em CDCl3 do composto 53. ................ 219 Figura 135. Mapa de contorno da correlação homonuclear 1H-1H bidimensional COSY do composto 53. .................................................................................. 220 Figura 136. Mapa de contorno da correlação heteronuclear 1 H-13C bidimensional HSQC do composto 53............................................................ 221 Figura 137. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 53 ................................................................................................... 222 Figura 138. Espectro de infravermelho do composto 54. .............................. 223 Figura 139. Espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 54 .................. 224 Figura 140. Expansão da região aromática do espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 54 ................................................................................... 225 Figura 141. Espectro de RMN de 13C em CDCl3 do composto 54 ................. 226 Figura 142. Mapa de contorno da correlação homonuclear 1H-1H bidimensional COSY do composto 54 ................................................................................... 227 Figura 143. Mapa de contorno da correlação heteronuclear 1 H-13C bidimensional HSQC do composto 54............................................................ 228 Figura 144. Espectro de infravermelho do composto 55. .............................. 229 Figura 145. Espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 55 .................. 230 Figura 146. Expansão da região aromática do espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 55 ................................................................................... 231 Figura 147. Espectro de RMN de 13C em CDCl3 do composto 55 ................. 232 Figura 148. Mapa de contorno da correlação homonuclear 1H-1H bidimensional COSY do composto 55 ................................................................................... 233 Figura 149. Mapa de contorno da correlação heteronuclear 1 H-13C bidimensional HSQC do composto 55............................................................ 234 Figura 150. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 55. .................................................................................................. 235 Figura 151. Espectro de infravermelho do composto 56. .............................. 236 Figura 152. Espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 56 .................. 237 Figura 153. Expansão da região aromática do espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 56 ................................................................................... 238 Figura 154. Espectro de RMN de 13C em CDCl3 do composto 56 ................. 239 Figura 155. Mapa de contorno da correlação homonuclear 1H-1H bidimensional COSY do composto 56 ................................................................................... 240 Figura 156. Mapa de contorno da correlação heteronuclear 1 H-13C bidimensional HSQC do composto 56............................................................ 241 Figura 157. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 56. .................................................................................................. 242 Figura 158. Espectro de infravermelho do composto 57. .............................. 243 Figura 159. Espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 57. ................. 244 Figura 160. Expansão da região aromática do espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 57. .................................................................................. 245 Figura 161. Espectro de RMN de 13C em CDCl3 do composto 57. ................ 246 Figura 162. Mapa de contorno da correlação homonuclear 1H-1H bidimensional COSY do composto 57. .................................................................................. 247 Figura 163. Mapa de contorno da correlação heteronuclear 1 H-13C bidimensional HSQC do composto 57............................................................ 248 Figura 164. Espectro de infravermelho do composto 58. .............................. 249 Figura 165. Espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 58. ................. 250 Figura 166. Expansão da região aromática do espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 58. .................................................................................. 251 Figura 167. Espectro de RMN de 13C em CDCl3 do composto 58. ................ 252 Figura 168. Mapa de contorno da correlação homonuclear 1H-1H bidimensional COSY do composto 58. .................................................................................. 253 Figura 169. Mapa de contorno da correlação heteronuclear 1 H-13C bidimensional HSQC do composto 58............................................................ 254 Figura 170. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 58. .................................................................................................. 255 Figura 171. Espectro de infravermelho do composto 59. .............................. 256 Figura 172. Espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 59. ................. 257 Figura 173. Expansão da região aromática do espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 59. .................................................................................. 258 Figura 174. Espectro de RMN de 13C em CDCl3 do composto 59. ................ 259 Figura 175. Mapa de contorno da correlação homonuclear 1H-1H bidimensional COSY do composto 59. .................................................................................. 260 Figura 176. Mapa de contorno da correlação heteronuclear 1 H-13C bidimensional HSQC do composto 59............................................................ 261 Figura 177. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 59. .................................................................................................. 262 Figura 178. Espectro de infravermelho do composto 60. .............................. 263 Figura 179. Espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 60 .................. 264 Figura 180. Expansão da região aromática do espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 60 ................................................................................... 265 Figura 181. Espectro de RMN de 13C em CDCl3 do composto 60 ................. 266 Figura 182. Mapa de contorno da correlação homonuclear 1H-1H bidimensional COSY do composto 60 ................................................................................... 267 Figura 183. Mapa de contorno da correlação heteronuclear 1 H-13C bidimensional HSQC do composto 60............................................................ 268 Figura 184. Espectro de infravermelho do composto 61. .............................. 269 Figura 185. Espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 61. ................. 270 Figura 186. Expansão da região aromática do espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 61 ................................................................................... 271 Figura 187. Espectro de RMN de 13C em CDCl3 do composto 61 ................. 272 Figura 188. Mapa de contorno da correlação homonuclear 1H-1H bidimensional COSY do composto 61 ................................................................................... 273 Figura 189. Mapa de contorno da correlação heteronuclear 1 H-13C bidimensional HSQC do composto 61............................................................ 274 Figura 190. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 61 ................................................................................................... 275 Figura 191. Espectro de infravermelho do composto 62. .............................. 276 Figura 192. Espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 62 .................. 277 Figura 193. Expansão da região aromática do espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 62 ................................................................................... 278 Figura 194. Espectro de RMN de 13C em CDCl3 do composto 62. ................ 279 Figura 195. Mapa de contorno da correlação homonuclear 1H-1H bidimensional COSY do composto 62 ................................................................................... 280 Figura 196. Mapa de contorno da correlação heteronuclear 1 H-13C bidimensional HSQC do composto 62............................................................ 281 Figura 197. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 62. .................................................................................................. 282 Figura 198. Espectro de infravermelho do composto 63. .............................. 283 Figura 199. Espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 63 .................. 284 Figura 200. Expansão da região aromática do espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 63 ................................................................................... 285 Figura 201. Espectro de RMN de 13C em CDCl3 do composto 63 ................. 286 Figura 202. Mapa de contorno da correlação homonuclear 1H-1H bidimensional COSY do composto 63 ................................................................................... 287 Figura 203. Mapa de contorno da correlação heteronuclear 1 H-13C bidimensional HSQC do composto 63............................................................ 288 Figura 204. Espectro de infravermelho do composto 64. .............................. 289 Figura 205. Espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 64 .................. 290 Figura 206. Expansão da região aromática do espectro de RMN de 1H em CDCl3 do composto 64 ................................................................................... 291 Figura 207. Espectro de RMN de 13C em CDCl3 do composto 64 ................. 292 Figura 208. Mapa de contorno da correlação homonuclear 1H-1H bidimensional COSY do composto 64 ................................................................................... 293 Figura 209. Mapa de contorno da correlação heteronuclear 1 H-13C bidimensional HSQC do composto 64............................................................ 294 Figura 210. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 64 ................................................................................................... 295 LISTA DE TABELAS Tabela 1. Estimativas para o ano 2014 de número de casos novos por câncer, em homens e mulheres, segundo localização primária.* ................................. 31 Tabela 2. Alguns ácidos de Lewis duro utilizados como catalisador para reação de Biginelli. ....................................................................................................... 69 Tabela 3. Alguns ácidos de Lewis mole utilizados como catalisador para reação de Biginelli. ....................................................................................................... 70 Tabela 4. Alguns ácido de Brφnted utilizados como catalisador para reação de Biginelli. ............................................................................................................ 72 Tabela 5. Síntese de novos adutos de Mannich estruturalmente semelhantes à metformina e fenformina com variação do heteroátomo do nucleófilo. .......... 103 Tabela 6. Ácidos de Brønsted utilizados na tentativa da preparação da DHPM. ....................................................................................................................... 125 Tabela 7. Ácidos de Lewis utilizados nas reações na tentativa da síntese das DHPMs. .......................................................................................................... 126 Tabela 8. Algumas alterações na metodologia de Atwal. .............................. 134 Tabela 9. Valor de IC50 para câncer de ovário (A2780 e ES2), câncer de pulmão (H460, A549 e LC319) e câncer de mama (MDA-MB-231 e MCF-7). 145 Tabela 10. Energias de interação ligante/receptor do Noratiriol, FR180204, LY294002, Wortmannim, Fenformina, HL010183, Metformina e dos compostos sintetizados mais potentes 51, 52, 56, 57 e 58 com as proteínas ERK2, PI3K, AMPK e BRAF................................................................................................ 149 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior ccf- Cromatografia em camada fina DHPM – diidropirimidinona DHPMs - diidropirimidinonas d - Dubleto dd - Duplo dubleto DQUI - Departamento de Química ESI-FT-ICR-MS - Espectrometria de massas com ionização por eletrospray e ressonância ciclotrônica de íons por transformada de Fourier (Electrospray Ionization Fourier Transform Ion Cyclotron Resonance Mass Spectrometry) INCa - Instituto Nacional do Câncer IV - Infravermelho LSO&M - Laboratório de Síntese Orgânica e Medicinal m - Multipleto m/z - Razão massa sobre carga MTT - Brometo de 3-(4,5-dimetiltiazo-2-il)-2,5-difeniltetrazolio MDR- Resistência múltipla ao fármaco NCQP - Núcleo de Competências em Química do Petróleo ppm - Partes por milhão RMC - Reação multicomponente RMCs - Reações multicomponentes RMN 13C - Ressonância Magnética Nuclear de Carbono RMN 1H - Ressonância Magnética Nuclear de Hidrogênio s - Singleto t - Tripleto td - Triplo dubleto UFES - Universidade Federal do Espírito Santo LISTA DE SÍMBOLOS cm - centímetro h - horas Hz – Hertz mL - mililitro (10-3 L) mM - milimolar (10-3 M) Δ - aquecimento δ - Deslocamento químico μg - micrograma (10-6 g) ν - Deformação da ligação RESUMO O câncer é uma das doenças que mais causam temor na sociedade, pois se tornou um estigma de mortalidade e dor. Em pesquisa realizada pela Organização Mundial de Saúde (WHO), estatisticamente, o câncer é a segunda causa de óbitos no mundo com 13%, matando cerca de 6,0 milhões de pessoas por ano. Acredita-se que em 2015 o câncer seja responsável por 9 milhões de mortes no mundo. Os avanços averiguados nas últimas décadas, na área da quimioterapia antineoplásica, têm facilitado admiravelmente a aplicação de outros tipos de tratamento de câncer e permitido maior número de curas. Todavia, muitos tipos de câncer são intrinsecamente resistentes a quimioterápicos, enquanto outros inicialmente respondem ao tratamento, mas adquirem resistência aos fármacos. A resistência múltipla ao fármaco (MDR), o quadro mais grave, advém quando culturas de células in vitro e in vivo mostram resistência simultânea a diferentes fármacos. Assim, apesar do grande número de compostos que compõem o arsenal quimioterápico de combate ao câncer, o problema de resistência requer a busca constante por novos fármacos eficazes no combate ao câncer. Assim, dando continuidade a incessante busca por novos compostos protótipos com atividade antineoplásica que vem sendo desenvolvido em nosso laboratório, o presente projeto de natureza interdisciplinar visa à síntese dos novos análogos acíclicos e cíclicos da metformina com potencial atividade anticâncer de modo a atuarem por vias celulares múltiplas com a finalidade de se evitar a aquisição de fenótipo resistente à quimioterapia pelas células tumorais. Estes compostos foram racionalmente desenhados por estudos prévios de ancoragem molecular para atuarem nas proteínas ERK, PI3K, AMPK, BRAF e na depleção de ATP pela inibição do complexo I da cadeia respiratória, que são alvos terapêuticos importantes para inibir a proliferação celular das células tumorais. Neste trabalho foram sintetizados quinze adutos de Mannich com rendimentos que variaram de 51 a 85% contendo grupos oxigenados, nitrogenados e sulfurados. Em seguida, foram realizadas algumas reações com o intuito de sintetizar a diidropirimidinona (DHPM), análogo cíclico da metformina, a fim de avaliar a correlação entre a restrição conformacional destes compostos e a atividade antineoplásica, porém, não foi obtido nenhum sucesso nessa reação. Os quinze adutos de Mannich sintetizados tiveram as suas citotoxidades avaliadas nas linhagens de câncerhumanode pulmão (H460 e A549), mama (MDA-MB-231 e MCF-7) e ovário (A2780 e ES2). Efetuou-se também estudos de docking desses compostos com os alvos terapêuticos PI3K, ERK2, AMPK e BRAF. Palavras-chave: adutos de Mannich, diidropirimidinona, metformina, atividade antineoplásica, docking. ABSTRACT Cancer is one of the diseases that cause fear in society because it has become a stigma of death and pain. In a survey conducted by the World Health Organization (WHO), statistically, cancer is the second cause of death in the world with 13%, killing about 6.0 million people a year. It is believed that cancer in 2015 is responsible for 9 million deaths worldwide. Advances investigated in recent decades in the field of cancer chemotherapy, have admirably facilitated the implementation of other types of cancer treatment and allowed more cures. However, many cancers are intrinsically resistant to chemotherapy, while others initially respond to treatment, but become resistant to drugs. Multiple drug resistance (MDR), the most severe condition, comes when in vitro cell cultures and in vivo show simultaneous resistance to different drugs. Thus, despite the large number of compounds that make up the chemotherapeutic arsenal to fight cancer, the resistance problem requires constant search for new effective drugs to combat cancer. Thus, continuing the constant search for new compounds with activity antineoplastic prototypes being developed in our laboratory, this project aims to interdisciplinary synthesis of new acyclic and cyclic analogues of metformin with potential anticancer activity to act by cellular pathways multiple in order to avoid the acquisition of chemoresistant phenotype by tumor cells. These compounds were rationally designed by molecular docking previous studies to work in the ERK proteins, PI3K, AMPK, BRAF and ATP depletion by the inhibition of complex I of the respiratory chain, which are important targets for inhibiting cell proliferation of tumor cells. In this work were synthesized fifteen adducts of Mannich with yields ranging 51-85% oxygen-containing groups, nitrogen and sulfur. Then, some reactions were performed in order to synthesize diidropirimidinona (DHPM), cyclic analog of metformin, in order to assess the correlation between these compounds and conformational restrictions antineoplastic activity, however, no success has been obtained in this reaction. The fifteen synthesized Mannich adducts were evaluated citotoxidades in their lineages câncerhumanode lung (A549 and H460), breast (MDA-MB-231 and MCF-7) and ovarian cancer (A2780 and ES2). It is also made docking studies of these compounds with therapeutic targets PI3K, ERK2, and BRAF AMPK. Keywords: Mannich adducts, diidropirimidinona, metformin, antineoplastic activity, docking. SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................. 29 1.1 CÂNCER ...................................................................................... 29 1.1.1 Estimativa do Câncer ............................................................ 29 1.1.2 A Formação do Câncer ......................................................... 32 1.1.3 Oncogênese .......................................................................... 32 1.1.4 Agentes cancerígenos ........................................................... 33 1.1.5 Câncer e crescimento celular ................................................ 34 1.1.6 Câncer: tipos de crescimento celular .................................... 34 1.1.7 Classificação das neoplasias ................................................ 35 1.1.8 Câncer in situ e câncer invasivo ............................................ 36 1.1.9 Tratamento do câncer ........................................................... 37 1.2 METFORMINA ............................................................................... 40 1.2.1 Metformina no Diabetes Mellitus do Tipo 2 ........................... 41 1.2.1 Metformina e Câncer ............................................................. 42 1.3 REAÇÕES MULTICOMPONENTES .................................................... 47 1.4 REAÇÃO DE MANNICH .................................................................. 50 1.4.1 Metodologias sintéticas ......................................................... 53 1.5 REAÇÃO MULTICOMPONENTE DE BIGINELLI .................................... 56 1.5.1 Mecanismo da Reação .......................................................... 56 1.5.2 Atividade Biológica dos Adutos de Biginelli ........................... 61 1.5.2.1 Atividade Antibacteriana ................................................... 64 1.5.2.2 Agentes antimaláricos ...................................................... 65 1.5.2.3 Anti-inflamatório............................................................... 65 1.5.2.4 Agente Anti HIV ................................................................ 65 1.5.2.5 Atividades Anticâncer ....................................................... 66 1.5.3 Alguns Catalisadores Empregados em Reações de Biginelli 67 1.5.4 Escopo da Reação/ variação estrutural ................................. 72 1.5.4.1 Aldeídos ........................................................................... 73 1.5.4.2 Ureias, tioureias e guanidinas mono/dissubstituídas ........ 73 1.5.4.3 β-Cetoéster ....................................................................... 74 1.5.4.4 Alcoóis em lugar de aldeídos ........................................... 75 2 OBJETIVOS ..................................................................................... 76 3 METODOLOGIA .............................................................................. 78 4 PARTE EXPERIMENTAL ................................................................ 80 4.6 MATERIAIS .................................................................................. 80 4.7 MÉTODOS ................................................................................... 80 4.7.1 Cromatografia........................................................................ 80 4.7.2 Ponto de fusão ...................................................................... 80 4.7.3 Espectroscopia no infravermelho .......................................... 80 4.7.4 Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13 C.....................................................................................................81 4.7.5 Espectrometria de Massas.....................................................81 4.7.6 Avaliação da atividade antitumoral in vitro ............................ 81 4.7.6.1 Cultura celular .................................................................. 81 4.7.6.2 Viabilidade celular ............................................................ 82 4.8 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS................................................. 83 4.8.1 Preparação do composto (E)-1-(3-phenyl-1-(ptolylamino)allyl)guanidine (50)......................................................... 83 4.8.2 Preparação do composto (E)-1-(3-phenyl-1-(p- tolylamino)allyl)thiourea (51) ........................................................... 83 4.8.3 Preparação do composto (E)-1-(3-phenyl-1-(ptolylamino)allyl)urea (52) ................................................................. 84 4.8.4 Preparação do composto 1-((2-phenyl-2H-1,2,3-triazol-4-yl)(ptolylamino)methyl)guanidine (53) .................................................... 85 4.8.5 Preparação do composto -((2-phenyl-2H-1,2,3-triazol-4-yl)(ptolylamino)methyl)thiourea (54) ....................................................... 85 4.8.6 Preparação do composto -((2-phenyl-2H-1,2,3-triazol-4-yl)(ptolylamino)methyl)urea (55)............................................................. 86 4.8.7 Preparação do composto 1-(pyridin-2-yl(ptolylamino)methyl)guanidine (56) .................................................... 87 4.8.8 Preparação do composto 1-(pyridin-2-yl(ptolylamino)methyl)thiourea (57) ....................................................... 87 4.8.9 Preparação do composto 1-(pyridin-2-yl(ptolylamino)methyl)urea (58)............................................................. 88 4.8.10 Preparação do composto 1-((4-nitrophenyl)(ptolylamino)methyl)guanidine (59) .................................................... 89 4.8.11 Preparação do composto 1-((4-nitrophenyl)(ptolylamino)methyl)thiourea (60) ....................................................... 89 4.8.12 Preparação do compost 1-((4-nitrophenyl)(ptolylamino)methyl)urea (61)..............................................................90 4.8.13 Preparação do composto 1-((naphthalen-1-ylamino)(4nitrophenyl)methyl)guanidine (62)................................................... 91 4.8.14Preparação do composto 1-((naphthalen-1-ylamino)(4nitrophenyl)methyl)thiourea (63).......................................................91 4.8.15 Preparação do composto 1-((naphthalen-1-ylamino)(4- nitrophenyl)methyl)urea (64).............................................................92 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO.........................................................94 5.9 SÍNTESE E CARACTERIZAÇÃO DOS ADUTOS DE MANNICH ................. 94 5.10 TENTATIVA DA SÍNTESE DAS DIIDROPIRIMIDINONAS COM DIVERSOS CATALISADORES...................................................................................123 5.11 ATIVIDADE ANTINEOPLÁSICA IN VITRO.......................................... 143 5.12 ESTUDOS DE ANCORAGEM MOLECULAR (DOCKING) ...................... 147 5 CONCLUSÂO ................................................................................ 164 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................... 165 7 ANEXOS ........................................................................................ 196 1. INTRODUÇÃO 1.1 Câncer O câncer é uma das doenças mais temidas doenças pela sociedade. Ligados ao estigma de dor estão os alarmantes índices de mortalidade, que denotam a necessidade de recursos e esforços que viabilizem estratégias de prevenção e controle da doença. O câncer, termo derivado do latim câncer e do grego karkínos (caranguejo). Atualmente, câncer é o nome geral dado a um conjunto de mais de 100 doenças, que têm em comum o crescimento desordenado de células (Figura 1), que tendem a invadir tecidos e órgãos vizinhos. A sua característica mais comum é a ocorrência de alterações nos processos de divisão das células do corpo. Tais alterações provocam um crescimento irregular e normalmente mais rápido de um conjunto de células dando origem ao que se designa genericamente de tumor. [1] Figura 1. Células Cancerosas. [1] 1.1.1 Estimativa do Câncer O câncer é responsável por mais de 12% de todas as causas de óbito no mundo: mais de 7 milhões de pessoas morrem anualmente da doença. Como a esperança de vida no planeta tem melhorado gradativamente, a incidência de câncer, estimada em 2002 em 11 milhões de casos novos, alcançará mais de 15 milhões em 2020 segundo a International Union Against Cancer (UICC). [2] De acordo com estimativas mundiais do projeto Globocan 2012, da Agência Internacional para Pesquisa em Câncer da Organização Mundial da Saúde (OMS), houve 14,1 milhões de novos casos de câncer e um total de 8,2 milhões de mortes por câncer, em todo o mundo, em 2012. [3] A carga do câncer continuará aumentando nos países em desenvolvimento e crescerá ainda mais em países desenvolvidos se medidas preventivas não forem amplamente aplicadas. Nesses, os tipos de câncer mais frequentes na população masculina foram próstata, pulmão e cólon e reto; e mama, cólon e reto e pulmão entre as mulheres. Nos países em desenvolvimento, os três cânceres mais frequentes em homens foram pulmão, estômago e fígado; e mama, colo do útero e pulmão nas mulheres. Em 2030, a carga global será de 21,4 milhões de casos novos de câncer e 13,2 milhões de mortes por câncer, em consequência do crescimento e do envelhecimento da população, bem como da redução na mortalidade infantil e nas mortes por doenças infecciosas em países em desenvolvimento. Segundo o Inca no Brasil, as estimativas, para o ano de 2014, válidas também para o ano de 2015, apontam para a ocorrência de aproximadamente 576 mil casos novos de câncer, incluindo os casos de pele não melanoma, reforçando a magnitude do problema do câncer no país. (Tabela 1). [4] Tabela 1. Estimativas para o ano 2014 de número de casos novos por câncer, em homens e mulheres, segundo localização primária.* Estimativa dos Casos Novos Homens Localização Primária da Estado Neoplasia Maligna Próstata Mulheres Capitais Estado Casos Taxa Bruta Casos Taxa Bruta Casos Capitais Taxa Bruta Casos Taxa Bruta 68.800 70,42 17.540 82,93 - - - - Mama feminina - - - - 57.120 56,09 19.170 80,67 Colo de Útero - - - - 15.590 15,33 4.530 19,20 Tranq., Brônq., Pulm. 16.400 16,79 4.000 18,93 10.930 10,75 3.080 13,06 Cólon e Reto 15.070 15,44 4.860 22,91 17.530 17,24 5.650 23,82 Estômago 12.870 13,19 2.770 13,07 7.520 7,41 2.010 8,44 Cavidade Oral 11.280 11,54 2.220 10,40 4.010 3,92 1.050 4,32 Laringe 6.870 7,03 1.460 6,99 770 0,75 370 1,26 Bexiga 6.750 6,89 1.910 8,91 2.190 2,15 730 2,97 Esôfago 8.010 8,18 1.460 6,76 2.770 2,70 540 0,00 - - - - 5.680 5,58 2.270 9,62 Linfoma de Hodgkin 1.300 1,28 410 5,72 880 0,83 420 8,64 Linfoma não Hodgkin 4.940 5,04 1.490 6,87 4.850 4,77 1.680 7,06 Glândula Tireoide 1.150 1,15 470 1,76 8.050 7,91 2.160 9,06 Sistema Nervoso Central 4.960 5,07 1.240 5,81 4.130 4,05 1.370 5,81 Leucemia 5.050 5,20 1.250 5,78 4.320 4,24 1.250 5,15 - - - - 5.900 5,79 2.690 11,24 Ovário Corpo do Útero Pele melanoma 2960 3,03 950 4,33 2.930 2,85 1.150 4,57 Outras localizações 37.520 38,40 9.070 42,86 35.350 34,73 8.590 36,49 Subtotal 203.930 208,77 51.100 241,30 190.520 187,13 58.710 248,46 Pele não melanoma 98.420 100,75 19.650 92,72 83.710 82,24 22.540 95,26 Todas as Neoplasias 302.350 *Números arredondados para 10 ou múltiplos de 10 Fonte: Instituto Nacional de Câncer – INCA/MS 309.53 70.750 334.08 274.230 269,35 81.250 343.85 1.1.2 A Formação do Câncer Uma célula normal pode sofrer uma mutação genética, ou seja, modificações no DNA dos genes. As células cujo material genético foi alterado passam a receber informações erradas para as suas atividades (Figura 2). [5] Figura 2. Mutação e câncer. Mesmo diante da exposição a agentes cancerígenos, as células passam por processos de mutação espontânea, que não modificam seu desenvolvimento normal. As alterações podem ocorrer em genes especiais, designados protooncogenes, que, inicialmente, são inativos em células normais. Quando ativados, os proto-oncogenes transformam-se em oncogenes, que são os responsáveis pelas células cancerosas. [6] 1.1.3 Oncogênese O processo de desenvolvimento do câncer é denominado oncogênese ou carcinogênese e, normalmente, ocorre vagarosamente, podendo demorar alguns anos para que uma célula cancerosa se prolifere e dê origem a um tumor perceptível. Os efeitos cumulativos de diversos agentes cancerígenos ou são os causadores da origem, desenvolvimento e inibição do tumor. A carcinogênese é determinada pela exposição a esses agentes, em uma dada frequência e período de tempo, e pela interação entre eles. Devem ser analisadas, no entanto, as características individuais, que facilitam ou dificultam a instalação do dano celular. [7] Esse processo é constituído por três estágios: Estágio de iniciação, no qual os genes sofrem ação dos agentes cancerígenos. Estágio de promoção, onde os agentes oncopromotores agem na célula já modificada. Estágio de progressão, definido pela multiplicação desequilibrada e irreversível da célula. Figura 3. Passo a passo do processo de carcinogênese. O estágio de latência altera com a veemência do estímulo carcinogênico, com a presença ou ausência dos agentes oncoiniciadores, oncopromotores e oncoaceleradores, e também com o tipo e localização primária do câncer. [7] 1.1.4 Agentes cancerígenos Há casos que apenas a presença dos agentes cancerígenos, por si só, são responsáveis pelo desenvolvimento dos tumores. Sabe-se que a exposição contínua à substância química benzina pode aumentar o risco de produzir câncer na bexiga (principal tipo de câncer localizado em trabalhadores das antigas indústrias de borracha, tintas, couros e papel que manuseavam benzina na sua produção), e o câncer de pulmão, que ocorre entre fumantes, em mais de 90% dos casos é consequência do tabagismo crônico. [4] [8] Esses exemplos submetem a dois conceitos usados na epidemiologia: causa necessária e causa suficiente, em que, para que um indivíduo desenvolva uma doença, não basta à presença do agente específico da doença em seu organismo. É indispensável que, sobre o indivíduo, exerçam outras forças (ou causas) suficientes para que, em conjunto com o agente específico consiga originar a doença específica. O agente específico é a causa necessária. As outras forças são ditas causas predisponentes. Causa necessária e causas predisponentes produzem a causa suficiente. Assim, as doenças multicausais, como o câncer, podem ter diferentes causas suficientes. [9] 1.1.5 Câncer e crescimento celular É um processo natural das células normais que constituem os tecidos do corpo humano, multiplicar-se através de um processo contínuo, pois são capacitadas para tal peculiaridade. A maioria das células normais cresce, multiplica-se e morre de maneira ordenada, porém, nem todas as células normais são iguais. Algumas células nunca se dividem, como os neurônios; por exemplo, outras se dividem de forma rápida e contínua, como as células do tecido epitelial. [5] Dessa forma, a multiplicação celular não origina necessariamente presença de malignidade, podendo espontaneamente responder a necessidades específicas do corpo. Contudo, o crescimento das células cancerosas diverge do crescimento das células normais. As células cancerosas, ao invés de morrerem, continuam crescendo irrefreadamente, formando outras novas células anormais. Muitos organismos vivos podem expor, em algum momento da vida, anormalidade no crescimento celular. As células se dividem de maneira rápida, incontrolável e agressiva, disseminando-se para outras regiões do corpo e com isso, provocando transtornos funcionais. [10] Assim, o câncer se caracteriza pela perda do controle da divisão celular e pela capacidade de invadir outras estruturas orgânicas. 1.1.6 Câncer: tipos de crescimento celular A proliferação celular pode ser controlada ou não controlada. No crescimento controlado, há um crescimento estabelecido e autolimitado do número de células de tecidos normais que formam o organismo, gerado por estímulos fisiológicos ou patológicos. Nele, as células são normais ou com pequenas modificações na sua forma e função, podendo ser iguais ou diferentes do tecido onde se instalam. O efeito é reversível após o término dos estímulos que o provocaram. A hiperplasia, a metaplasia e a displasia são exemplos desse tipo de crescimento celular (Figura 4). [11] Figura 4. Diferenças entre tipos de tumores. [11] No crescimento não controlado, existe uma massa anormal de tecido, onde o crescimento é quase autônomo, persistindo dessa maneira excessiva após o término dos estímulos que o ocasionaram. As neoplasias (câncer in situ e câncer invasivo) equivalem a essa forma não controlada de crescimento celular e, na prática, são designados tumores. 1.1.7 Classificação das neoplasias Como citado anteriormente, a neoplasia é uma proliferação anormal do tecido, que desviar-se parcial ou totalmente ao controle do organismo e tende à autonomia e à perpetuação, com efeitos agressivos sobre o homem. As neoplasias podem ser benignas ou malignas (Figura 4). [12] Figura 5. Diferenças entre tipos de tumores. As neoplasias benignas ou tumores benignos têm seu crescimento de maneira organizada, normalmente lento, expansivo e apresentam limites bem nítidos. Apesar de não invadirem os tecidos vizinhos, podem comprimir os órgãos e tecidos adjacentes. O lipoma (que tem início no tecido gorduroso), o mioma (que tem início no tecido muscular liso) e o adenoma (tumor benigno das glândulas) são exemplos de tumores benignos. [13] As neoplasias malignas ou tumores malignos revelam um maior grau de autonomia e são capazes de espalhar-se por tecidos vizinhos e provocar metástases, podendo ser resistentes ao tratamento, causando a morte do hospedeiro. [14] 1.1.8 Câncer in situ e câncer invasivo O câncer não invasivo ou carcinoma in situ é o primeiro estágio em que o câncer pode ser classificado (essa classificação não se aplica aos cânceres do sistema sanguíneo). Nesse estágio (in situ), as células cancerosas estão apenas na camada de tecido que se desenvolveram, porém não se espalharam para outras camadas do órgão de origem. A maioria dos cânceres in situ é curável se for tratado antes de progredir para a fase de câncer invasivo. [15] No câncer invasivo, as células cancerosas invadem outras camadas celulares do órgão, vai para a corrente sanguínea ou linfática e têm a habilidade de se espalhar para outras partes do corpo. Essa capacidade de invasão e disseminação que os tumores malignos exibem de produzir outros tumores, em outras partes do corpo, a partir de um já existente é conhecida como metástase é a principal característica do câncer (Figura 5). [16] Figura 6. Metástase 1.1.9 Tratamento do câncer A terapia do câncer é baseada na cirurgia e radioterapia, que são, quando possível, bem sucedidas intervenções regionais e na quimioterapia sistemática. Aproximadamente metade dos pacientes com câncer não são curados por esses tratamentos e podem obter somente uma sobrevida prolongada ou até mesmo nenhum benefício considerável. O objetivo da maioria dos fármacos quimioterápicos atualmente em uso clínico é matar as células tumorais malígnas mediante inibição de algum mecanismo presente na divisão celular. Portanto, os fármacos antitumorais desenvolvidos através dessa abordagem são citostático ou citotóxico. Entretanto, o avanço no conhecimento da biologia do tumor, nas décadas passadas, pode abrir caminho para o desenvolvimento de fármacos mais potentes e mais específicas. [17] A quimioterapia do câncer é uma tarefa extremamente difícil. Um dos seus principais problemas associados é a toxicidade não específica de muitos fármacos anticâncer devido a sua biodistribuição em todo corpo, que requer a administração de uma dose total alta para que chegue a concentração adequada no tumor. Fármacos específicos têm como objetivo o acúmulo preferencial do princípio ativo no alvo celular independentemente do método e rota de administração da substância. [17] Uma abordagem que permite melhorar a seletividade de compostos citotóxicos é o uso de pró-drogas que são seletivamente ativadas no tecido acometido pelo câncer aproveitando alguns aspectos específicos da fisiologia do tumor, como uma expressão enzima seletiva, hipóxia e pH extracelular baixo. Técnicas mais sofisticadas de liberação específica de fármacos no tumor permite a ativação seletiva de pró-drogas por enzimas exógenas (terapia pró-droga gene-dirigida e enzima anticorpo-dirigida). Além disso, o aumento da permeabilidade do endotélio vascular nos tumores (aumento da permeabilidade e retenção, efeito EPR) permite que nanopartículas carregadas com uma droga antitumoral extravasem e acumulem a droga dentro do espaço intersticial, onde ela possa ser liberada como resultado da degradação transportadora normal. [18] A justificativa para o uso de fármacos antitumorais citotóxicos convencionais é baseada na tese de que células em proliferação e divisão rápida são mais sensíveis a esses compostos do que as células normais. [19] A interação entre as drogas citotóxicas e o DNA são agora melhores definidos, e novos compostos que alvejam sequências de bases especiais podem inibir fatores de transcrição de uma maneira mais específica. O DNA pode ser considerado como um verdadeiro receptor molecular que é capaz de reconhecimento molecular e dos elementos de resposta que transmitem sinais através de interações com proteínas. [20] As propriedades dos ligantes de DNA podem ser racionalizadas com base na sua complementariedade estrutural e eletrônica com os grupos funcionais presentes nos sulcos maiores e menores de sequências de DNA que são reconhecidas principalmente por ligações de hidrogênio específicas. [21] Apesar do DNA continuar sendo um alvo essencial para a quimioterapia do câncer, esforços recentes tem sido direcionado para a descoberta de fármacos antitumoral especificamente adequada para alvos moleculares aberrantes que são específicos das células tumorais. [22] Essa nova geração de agentes antitumorais é baseado na pesquisa de processos de sinalização celular, angiogênese e metástase e na inibição de enzimas que, como a telomerase, são reativadas na maioria das células tumorais. [23] Para este fim, podem-se usar fármacos que são pequenas moléculas ou outras estruturas macromoleculares, como anticorpos monoclonais que se ligam a antígenos presentes preferencialmente ou exclusivamente nas células do tumor, ligando-se diretamente a dupla hélice do DNA e consequentemente inibindo a transcrição. [24] A sinalização celular é o mecanismo pelo qual sinais que estão presentes no meio extracelular são transmitidos e interpretados pelas células. Nas células malignas, a super ativação dessas vias promovem a proliferação e sobrevivência celular, sendo que as vias mais comumente ativadas são a via da Proteino Cinase Ativada por Mitógenos (MAPK) e a via da Fosfatidilinositol 3-cinase/Proteína Cinase B/ Proteína Alvo em Mamíferos da Rapamicina (PI3K/Akt/mTOR). [25] A família das MAPK são cinases que regulam processos celulares como apoptose, migração e proliferação celular. Nessa família destaca-se a Proteína Cinase Controlada pela Sinalização Extracelular 1 e 2 (ERK1/2) que integra uma via de transdução de sinais proliferativos iniciada por mitógenos por meio do estímulo de receptores tirosino cinases. [26] Adicionalmente aos efeitos proliferativos a ativação constitutiva da via de ERK1/2 tem sido relacionada ao aumento da motilidade celular e do potencial invasivo, aumentando consequentemente o potencial metastático, em vários tipos de carcinomas. [27] A via de PI3K/Akt/mTOR regula processos biológicos importantes nas células malignas: sobrevivência, proliferação e metabolismo celular. A ativação de PI3K através dos receptores tirosino cinases ou Receptores Acoplados a Proteínas G (Ras) promove a geração do segundo mensageiro lipídico fosfatidilinositol-3,4,5trifosfato (PIP3) resultando na fosforilação e ativação de Akt. Os efeitos da ativação de Akt incluem a promoção da síntese protéica e o crescimento celular através da ativação de mTOR. [28] Ademais a via de PI3K/AKT/mTOR e a via de ERK reconhecidamente interagem em vários pontos, resultando na ativação cruzada e na convergência das vias, [29] e portanto a dupla inibição de efetores importantes dessas vias tornou-se estratégia farmacológica promissora no combate ao câncer. 1.2 Metformina A metformina 1 (N,N-dimetilbisguanidina) é derivado da guanidina, o composto ativo hipoglicemiante da Galega officinalis. [30] Essa erva medicinal, também conhecida como Lilac francês, foi utilizadasada por séculos na Europa como tratamento do diabetes desde a época medieval. [30] O uso das guanidinas e de seus derivados (fenformina, buformina e metformina) como agentes terapêuticos para DM no início do século passado. [30] Figura 7. Estrutura química da metformina. A metformina é uma das drogas antidiabéticas orais mais frequentemente prescritas no mundo e deve preservar essa posição, mesmo com inúmeros antidiabéticos orais que vêm sendo inseridos no tratamento do Diabetes Mellitus 2 (DM2). [31] O uso da metformina compõe a terapia padrão para o DM2 não apenas pelos efeitos antihiperglicêmicos, mas também pelos benefícios na disfunção endotelial, estresse oxidativo e hemostasia, resistência à insulina, perfil lipídico e redistribuição de gorduras. [32] Em estudo do Diabetes Prevention Program Research Group, [33] foi constatado que tanto a administração de metformina como a alteração no estilo de vida (dieta e exercício físico) diminuiram a incidência do DM2 em 31% e 58%, respectivamente, quando comparados ao grupo controle. O estudo também mostrou que tanto a metformina quanto a rigorosa mudança no estilo de vida foram capazes de reduzir significativamente a glicemia de jejum e a porcentagem de hemoglobina glicada [33] [34] [35] [36] [37] A metformina é absorvida lentamente pelo segmento superior do intestino delgado, apresentando uma biodisponibilidade de 40 a 60%. A metformina não é metabolizada e, portanto, excretada sem alterações na urina, com tempo de meia vida de aproximadamente de 5h. [31] O fármaco é largamente espalhado entre os tecidos de transportadores de cátions orgânicos e as ligações às proteínas não são significativas. [38] Utilizando-se doses clínicas da metformina (500 - 2000 mg) em humanos, a concentração plasmática máxima encontrada nos usuários de metformina é de 2,8 - 15 µM (0,46 - 2,5 mg/L). [39] 1.2.1 Metformina no Diabetes Mellitus do Tipo 2 As ações primárias da metformina no diabetes incluem a inibição da gliconeogênese hepática, sem causar hipoglicemia, além de atuar como um agente sensibilizador da insulina causando redução da resistência e decréscimo significante no seu nível plasmático. A metformina, ainda, incita a captação de glicose pelos músculos. [40] [41] Concomitante aos seus efeitos na produção endógena de glicose, a metformina induz a redução do conteúdo lipídico em hepatócitos com aumento na oxidação de ácidos graxos e inibição da lipogênese. A ativação da Proteína Cinase ativada por Monofosfato de Adenosina (AMPK) parece estar relacionada à maioria dos efeitos celulares da metformina. [37] [42] AMPK é uma serina/treonina proteinocinase que executa um papel crucial no metabolismo celular e na manutenção da homeostasia por meio da indução de uma cascata de eventos intracelulares em resposta a uma diversidade de estresses metabólicos que ocasionam alterações na carga energética celular. [43] AMPK é uma proteína heterotrimérica que consiste em uma subunidade catalítica α e duas subunidades regulatórias β e γ. Essa cinase é ativada pelo aumento da relação intracelular AMP/ATP resultado do desequilíbrio entre a produção de ATP e o seu consumo. [44] A ativação de AMPK abrange a ligação de AMP nos sítios regulatórios da subunidade γ. Essa ligação promove uma mudança conformacional que ativa alostericamente a enzima e inibe desfosforilação do resíduo de treonina 172, localizado na subunidade catalítica α. [44] [45] Além disso, a ativação de AMPK requer a fosforilação do resíduo de treonina 172 por cinases regulatórias, identificadas como o Supressor Tumoral Serina/Treonina Cinase 11 (LKB1) e Cinase β da Proteína Cinase Dependente de Ca2+/Calmodulina (CaMKKβ). [46] O decréscimo do conteúdo energético celular provoca a redução, pela AMPK, das vias metabólicas biossintéticas de ácidos graxos e colesterol, e concomitantemente estimula vias catabólicas de oxidação de ácidos graxos, captação de glicose e glicólise. [44] [45] Essa regulação envolve a fosforilação pela AMPK de enzimas regulatórias e fatores/coativadores de transcrição modulando a expressão gênica. [37] [46] A exemplo, AMPK fosforila o coativador transcricional TORC2 (Transdutor da Atividade de CREB Regulada por Coativadores) reduzindo a expressão de enzimas associadas com a gliconeogênese. [47] A metformina não estimula diretamente nem AMPK, nem seu principal ativador LKB1 [48] exercendo efeitos indiretos nessa via por meio do aumento intracelular da relação AMP/ATP em consequência da inibição do complexo I da cadeia respiratória. Os primeiros estudos que legitimaram as ações da metformina no complexo I da cadeia respiratória usavam hepatócitos perfundidos e hepatócitos isolados de roedores. [49] [50] Posteriormente, as pesquisas foram expandidas para outros tecidos, incluindo músculo esquelético, [51] células endoteliais, [52] células β-pancreáticas, [53] e neurônios humanos. [54] Cabe ressaltar que o mecanismo exato pelo qual a metformina inibe o complexo I da cadeia respiratória ainda não foi elucidado. Foretz e colaboradores [55] mostraram que tanto a atividade de LKB-1 quanto AMPK são dispensáveis para o efeito mediado pela metformina na gliconeogênese. O estudo menciona que a redução do estado energético é o fator crítico para a produção da glicose hepática, pois tanto ATP quanto AMP executa regulações alostéricas em enzimas chaves desta via. Por exemplo, o AMP atua de maneira sinérgica com a frutose 2,6- bisfosfato ativando a enzima Fosfofrutocinase, aumentando assim a sua afinidade pelo substrato (frutose-6-fosfato) e, consequentemente, ativa a glicólise. [56] Claramente os hepatócitos possuem diversos mecanismos para regular a síntese de glicose, por consequência, a ativação das cinases provavelmente representa uma via suficiente, mas não necessária para o controle da gliconeogênese. 1.2.2 Metformina e Câncer O potencial de aplicabilidade da metformina 1 (Figura 6), na oncologia surgiu a partir de estudos epidemiológicos conduzidos em pacientes diabéticos com câncer. Evans e colaboradores, [57] foram os primeiros a reportarem a associação da metformina com a redução na incidência de câncer. Pacientes usuários da bisguanidina (em oposição às outras terapias) apresentam menor incidência de câncer (risco relativo (RR) de 0,86; Intervalo de Confiança (IC) = 95%). Desde então, muitos estudos populacionais investigaram essa associação e relataram resultados semelhantes. Currie e colaboradores, [58] em um dos maiores estudos observacionais conduzido em mais de 60 mil pacientes diabéticos com o objetivo de correlacionar o benefício da metformina no tratamento do câncer, relataram que os usuários de insulina ou secretagogos, eram mais pré-dispostos ao desenvolvimento de tumores sólidos do que os pacientes em terapia com metformina (RR de 1,36 e 1,42, para a monoterapia com sulfoniluréias e insulina, respectivamente; IC = 95%). Interessantemente, a associação da metformina reverteu o risco de câncer tanto relacionado às sulfoniluréias (RR de 1,08; IC = 95%) quanto à insulina (RR de 0,54; IC = 95%). Atualmente, vários estudos clínicos estão em andamento objetivando testar a eficácia da metformina como um adjuvante à quimioterapia convencional, bem como em combinação como novos agentes em diversos tipos de câncer. Estes estudos epidemiológicos deram a base empírica para maiores investigações acerca das propriedades antitumorais da metformina, a partir de estudos pré-clínicos. O mecanismo de ação da metformina no câncer pode ser dividido em efeitos diretos nas células tumorais e em efeitos indiretos, por meio da redução da hiperinsulinemia e da glicemia. Os efeitos indiretos da metformina estão relacionados à sua habilidade em inibir fatores de transcrição importantes na gliconeogênese no fígado e assim aumentar a sensibilidade à insulina, reduzindo a concentração plasmática de glicose e os níveis de insulina circulantes (Figura 7). Sabe-se que as células do câncer, devido ao seu rápido crescimento, necessitam de altas concentrações de glicose, o seu principal nutriente usado para gerar a energia necessária em diversos eventos bioquímicos da replicação celular. É sabido ainda que os tumores muitas vezes usem a glicose de forma diferente das células saudáveis e por isso a redução da concentração de glicose pode ser uma importante via alvo-seletiva de inibição do crescimento celular das células neoplásicas. A insulina é um fator de crescimento e a sua ligação ao receptor de insulina (RI) ativa vias de sinalização complexas envolvidas no metabolismo da glicose e na proliferação celular. Os efeitos mitogênicos da insulina perpassam principalmente pela ativação da via AMPK. [59] Adicionalmente, o RI deflagra a ativação da via PI3K contribuindo para a proliferação e sobrevivência celular. [60] Essas ações indiretas da metformina são corroboradas pelos estudos epidemiológicos que relacionam o diabetes com risco maior de desenvolver câncer. Estudos em modelos animais também reforçam essa associação, pois animais induzidos à hiperinsulinemia transfectados com células neoplásicas não apresentaram crescimento tumoral quando tratados com metformina. [61] Altos níveis do receptor de fatores de crescimento relacionados à insulina 1 (IGFR-1) estão associados à tumorogênese, além de inibir a indução de apoptose por agentes quimioterápicos, como etoposideo e carboplatina, por meio da ativação da via de PI3K. [62] Esses fatores de crescimento são modulados pela proteína ligante de fatores de crescimento relacionados à insulina 1 (IGFBP1). A produção de IGFBP1 é regulada negativamente pela insulina e a utilização da metformina aumenta os níveis de IGFBP1 produzidos pelo fígado, endométrio e células da granulosa, impedindo a ativação da via de PI3K. [63] Figura 8. Mecanismos de ação da metformina. Adaptado de Cell Cycle 2010. Os efeitos diretos da metformina nas células neoplásicas parecem estar relacionados à ativação da via de LKB1/AMPK e subsequente modulação de vias relacionadas à proliferação celular (Figura 7). [64] Entretanto, várias evidências surgiram acerca de mecanismos celulares independentes dessa via, geralmente associados ao aumento da taxa AMP/ATP e possíveis efeitos diretos. A síntese proteica, processo celular que requer grande quantidade de energia, pode ser regulada pela metformina tanto de maneira dependente de AMPK quanto por efeitos diretos na depleção de ATP pela inibição do complexo I da cadeia respiratória. [65] A ativação de AMPK pela metformina provoca a inibição do alvo da rapamicina em mamíferos (mTOR), membro de uma via de sinalização que regula processos fundamentais de crescimento e divisão celular. ERK 1/2, como dito anteriormente, integra uma via de sinalização iniciada por mitógenos através do estímulo de receptores do tipo tirosino cinase, como EGFR, HER2 e IGFR/IR. Soares e colaboradores relataram que o tratamento de linhagens de células de câncer pancreático com metformina inibe a sinalização pela via de ERK concomitante com a inativação de mTORC1, sugerindo uma possível inibição de duas vias celulares importantes na progressão e proliferação tumoral (Figura 8). [66] Figura 9. Modelo de mecanismos celulares possivelmente modulados pela metformina na. Em preto, vias ativadas pela interação de fatores de crescimento com seus receptores, ou pela ativação constitutiva dos mesmos. Em azul, a ação dupla e indireta da metformina sobre a inibição das vias de Ras/Raf/MEK/ERK e PI3K/AKT/mTOR. Além das ações na inibição da síntese proteica, a metformina regula, via AMPK, a síntese de ácidos graxos, essencial para as células em rápido crescimento e proliferação. [67] Vários tipos tumorais superexpressam constitutivamente a enzima Ácido Graxo Sintetase (FAS), com papel crítico na biossíntese destes ácidos. [68] [69] A adaptação metabólica é crítica para manter a sobrevivência das células neoplásicas, pois estão em constante estímulo de fatores estressantes, como a falta de nutrientes e hipóxia. Em condições de aporte de nutrientes a via de LKB1/AMPK possui papel importante nos efeitos antineoplásicos da metformina. [70] Todavia, a redução da expressão de LKB1 aumenta os efeitos antiproliferativos da metformina, [61] em um contexto de estresse metabólico, como a falta de nutrientes adequados, pois as células perdem a capacidade de promover os mecanismos para reativar a homeostasia energética. [71] Semelhantemente, Buzzai e colaboradores observaram que a depleção nos níveis energéticos causados pela metformina nas linhagens celulares de câncer de cólon, cultivadas em meio de cultura com poucos nutrientes, foram suficientes para provocar a apoptose nessas células. [72] Estudos recentes mostraram que a fenformina 2 (Figura 9) também usada contra a diabetes, porém, retirado do uso clínico devido a sua associação com acidose lática apresentou uma atividade antitumoral mais potente do que a metformina em linhagens de câncer de cólon e de mama triplo-negativo, sugerindo uma aplicação promissora desta substância na quimioterapia do câncer. [73] Adicionalmente Moon e colaboradores descreveram a síntese da triazina substituída HL010183 3 (Figura 9) como um análogo da metformina cíclico que apresentou um efeito ativador de AMPK e inibitório de mTOR cem vezes maior do que a metformina e também maior atividade citotóxica, determinado via método in vitro (MTT), em células de câncer de mama triplo negativo Hs578T e MDA-MB-23. [74] Figura 10. Análogos da metformina com atividade anticâncer. 1.3 Reações multicomponentes Reações Multicomponentes (RMC) são reações em que são utilizados três reagentes ou mais com grupos funcionais distintos em um meio reacional para produzir um aduto que contenha parte de todos os reagentes. Assim, se obtém uma grande variabilidade química em apenas um passo reacional. Esse tipo de reação é muito utilizado na área da química combinatória (Figura 10). [75] Figura 11. Esquema representativo de uma reação multi-etapas (clássica) VS multicomponentes. [76] Nas sínteses orgânicas, as reações multicomponentes apresentam muitas vantagens quando comparadas as demais reações lineares, como rendimentos melhores, menores tempos reacionais, além da simplicidade. [77] [78] Em processos de sínteses o ideal é que o numero de purificação e isolamento do produto seja o menor possível para dar praticidade ao processo. As RMC ocorrem in situ, em procedimentos ‘one pot’. Nesse processo o produto é separado apenas no final da reação, enquanto que nas reações lineares há a necessidade de separar e purificar o produto em cada etapa. Nesse caso, a eficiência é diminuída, já que o produto final é obtido em menor rendimento, pois é um método mais complexo e muito extenso, em que há perdas dos produtos intermediários devido ao processo de purificação. [77] [78] As RMC se enquadram nos quesitos da química verde, visto que, por meio dos equivalentes estequiométricos da reação podem-se utilizar quantidades reduzidas de regentes sem que haja interferência na obtenção do produto, promovendo assim, uma economia atômica. [79] A primeira metodologia sintética multicomponente que se conhece é a de Strecker, [80, 80] na qual se produz um α-aminoácido através da hidrólise de uma α-cianoamina sintetizada pela reação de um aldeído com amônia e ácido cianídrico (Figura 11). Figura 12. Reação multicomponente de Strecker. A partir de então diversas reações multicomponente foram desenvolvidas como é mostrado na Figura 13 à descoberta de algumas dessas reações multicomponentes e o exemplo de cada uma delas. [81] Figura 13. Desenvolvimento cronológico das reações multicomponentes. 1.4 Reação de Mannich As reações de Mannich proporcionam um dos métodos mais simples e úteis na síntese de compostos nitrogenados e moléculas naturais. Além disso, possui uma metodologia sintética muito eficiente na produção de candidatos a fármacos valiosos. [78] Essas reações de aminoalquilação foram inicialmente desenvolvidas no século XIX, pelos pesquisadores Tollens e van Marle que, em 1903, observaram que a reação entre a acetofenona, formaldeído e cloreto de amônio resultava na formação da amina terciária. [82] Contudo, foi em 1912, que Carl Mannich demonstrou a importância dessa síntese ao reagir à antipirina nas mesmas condições de Tollens e van Marle e isolar a amina terciária (Figura 13). [83] Figura 14. Primeira publicação da reação de Mannich. A reação de Mannich tornou-se uma metodologia clássica para a preparação de compostos β-aminocarbonilados, conhecidos como bases de Mannich. Essas bases são obtidas através da condensação de um composto contendo uma ligação C-H ativada (usualmente aldeídos ou cetonas) com aminas primárias, secundárias ou amônia e um aldeído ou cetona não-enolizável (Figura 14). Figura 15. Metodologia clássica da reação de Mannich. Em geral, as bases de Mannich podem ser preparadas através da adição de um carbono nucleofílico (estabilizado por ressonância) a um eletrófilo, que pode ser um sal de imínio, uma imina, um aminal ou um azacetal. Os compostos utilizados como metileno ativo (CH-α ativada) usualmente é um aldeído ou uma cetona aromática ou alifática, mas também podem ser derivados de ácidos carboxílicos, compostos β-dicarbonilados, nitroalcanos, compostos aromáticos com alta densidade eletrônica, alquinos terminais dentre outros. [84] As bases de Mannich podem ser utilizadas como meios sintéticos versáteis na preparação, principalmente, de aceptores de Michael (via eliminação da amina HNR2), de 1,3-aminoálcois (redução ou adição de organometálicos) e compostos carbonilados funcionalizados e substituição de NR2 por nucleófilos, conforme mostra a Figura 15. [84] Figura 16. Demonstração da versatilidade sintética das bases de Mannich. Os adutos de Mannich e seus derivados possuem um grande número de aplicações em diversas áreas da química, entretanto, a mais pungente é a síntese de produtos farmacêuticos. [84] [85] Sistemas β-aminocarbonílicos ocorrem em grande número na natureza, principalmente na forma de alcalóides cujas estruturas estão, quase sempre, relacionadas com atividades biológicas, como a licopodina, a cocaína e a alaeocarpina (Figura 16). [86] Figura 17. Sistemas Biológicos β-aminocarbonílicos. A literatura relata diversas atividades farmacológicas ligadas às bases de Mannich: analgésico, anti Parkinson, anti-hipertensivo, antidepressiva, anticoagulante, antitussígena, diurética, analgésica, antitumoral, antibacteriana, antifúngica, entre outras (Figura 17). [87] Figura 18. Exemplos de derivados de Mannich bioativos. 1.4.1 Metodologias sintéticas A reação multicomponente de Mannich é muito relatada na literatura. Uma variedade de catalisadores e diversas condições reacionais são descritas. Ainda, são citados exemplos da síntese dessa reação sem a utilização de catalisadores como mostrado na Figura 18, descrito por Arafa e Mohamed na síntese de bis1,2,4-triazólicos com atividade bactericida e fungicida sem utilizar catalisador na presença de DMF como solvente. [88] Figura 19. Reação sem a utilização de catalisadores. Porém, ainda é relatado que a reação de Mannich sem um catalisador dificulta a formação do produto, já que a sua presença faz com que a eletrofilicidade do carbono imínico seja aumentada. Diante disso, pesquisadores começaram a testar novos catalisadores em reações desse tipo, a fim de avaliar quais apresentam melhores resultados em questão de controle regiosseletivo e estéreosseletivo, visando também obter melhores rendimentos reacionais seguindo a filosofia da Green Chemistry. Através de estudos sugiram diversos catalisadores ácidos e básicos, como, por exemplo, ácidos de Lewis e de Bronsted, líquidos iônicos, organocatalidores (prolina, diaminas, etc...), entre outros. [89] [90] [91] As catálises ácidas em Mannich geralmente são realizadas por ácidos de Lewis ou de Bronsted, tendo-se em vista que os mesmos apresentam excelentes rendimentos, além da simplicidade na separação e controle estereosseletivo. [90] Através de uma catálise ácida, a carbonila do aldeído é ativada devido a ação do catalisador e apresenta-se mais eletrofilica, a amina primária ou secundária age nucleófilicamente e ataca a carbonila ocorrendo a formação de um íon imínio como relevante intermediário e altamente reativo. O mesmo reage rapidamente com um enol para formar a base de Mannich (Figura 19) [90] Como exemplo do uso do ácido de Lewis podemos citar Loh e Chen, que utilizaram o InCl3 como catalisador na síntese de bases de Mannich derivadas da LValina. [92] [93] Figura 20. Reação multicomponente de Mannich catalisadas por InCl3. Um exemplo interessante da catálise por ácido de Brönsted-Lowry foi descrita por Palaniappan e Rajender que utilizaram a polianilina dopada com AgNO3 e TsOH como catalisador ácido na síntese de bases de Mannich derivadas da cicloexanona (Figura 20). [94] Figura 21. Reação de Mannich catalisada por polianilina-AgNO3-TsOH em meio aquoso. As catálises básicas em Mannich são pouco utilizadas por apresentarem baixos rendimentos e formação de intermediários que geram subprodutos indesejados. Quando se tem uma reação do tipo Mannich com um catalisador básico, forma-se com maior facilidade um enolato instável, que reage com a amina que tenha um grupo de saída para que a reação ocorra via SN2. [90] Figura 22. Mecanismo para a formação da base de Mannich em meio básico. 1.5 Reação Multicomponente de Biginelli A reação de Biginelli, uma das reações multicomponentes mais úteis, constitui uma forma eficiente de acesso multifuncionalizado das 3,4-diidropirimidin2-(1H)-onas (DHPMs) e compostos heterocíclicos relacionados. Esses compostos heterocíclicos revelam uma grandeza de propriedades farmacológicas importantes e constituem um grande escopo de compostos medicinais. [95] Em 1893, multicomponente o de químico italiano ciclocondensação Pietro Biginelli catalisada por relatou ácido a reação envolvendo acetoacetato de etila, benzaldeído e ureia. [96] A reação foi realizada por simples aquecimento de uma mistura dos três componentes dissolvidos em etanol, na presença de uma quantidade catalítica de ácido clorídrico, em temperatura de refluxo. O produto desta reação de três componentes foi identificado como sendo uma 3,4-diidropirimidin-2(1H)-ona (DHPM, Figura 22). Tal procedimento é hoje conhecido como reação de Biginelli, condensação de Biginelli ou síntese de diidropirimidinona de Biginelli. [95] Figura 23. Primeira reação de Biginelli. 1.5.1 Mecanismo da Reação O mecanismo da reação de Biginelli tem sido motivo de pesquisa durante muitas décadas. Após seu relato em 1893, diversos mecanismos foram sugeridos para essa reação. Os primeiros estudos sobre esse mecanismo foram relatados por Folkers e Johnson quarenta anos depois. Três possíveis combinações dos três componentes da reação de Biginelli foram averiguadas para produzir a diidropirimidinona. Assim, na década de 1930, Folkers e Johnson sugeriram a formação de três possíveis intermediários chaves (4-6) para a reação (Figura 23). [97] Esses autores defendiam a formação preferencial do intermediário 4 em relação a 5 e 6 a partir da condensação de uma molécula de aldeído com duas moléculas de ureia. Figura 24. Intermediários de reação de Biginelli propostos por Folkers e Johnson. Os mecanismos sugeridos envolvendo os três intermediários ficaram então identificados, respectivamente, como mecanismo via iminium (4), mecanismo via enamina (5) e mecanismo de Knoevenagel (6) (Figura 24). Figura 25. Mecanismos via imínio (4), enamina (5) ou de Knovenagel (6) sugeridos para a reação de Biginelli. Mais tarde, Sweet e Fissekis propuseram que o intermediário 6 (aduto de Knoevenagel) seria produzido favorecidamente por meio de uma reação aldólica entre o benzaldeído e o acetoacetato de etila, catalisada por ácido. [98] O mecanismo da reação de Biginelli foi reavaliado na década de 1990, aplicando como método de análise a ressonância magnética nuclear (RMN) de 1H e 13C. A avaliação consistiu-se no estudo de reações entre aldeído/acetoacetato de etila, ureia/aldeído, acetoacetato de etila/uréia utilizando como solvente o CD3OH. [99] Após acompanhar a reação à temperatura ambiente entre benzaldeído e acetoacetato de etila não foi notada nenhum indício de uma condensação aldólica (formação do intermediário 6) ou outra reação entre os dois componentes. Observou-se a formação do acetal resultante da reação entre o benzaldeído e o solvente empregado (Ph-CH(OCD3)2). Após 12 horas de reação, os sinais correspondentes ao acetoacetato permaneceram nas mesmas posições e com as mesmas intensidades apresentadas no início do experimento. A presença do intermediário 5 foi observada por Kappe na reação entre ureia e acetoacetato. Entretanto, este intermediário sofreu hidrólise rapidamente nas condições da reação de Biginelli, sendo o equilíbrio da reação deslocado no sentido de formação dos materiais de partida. [99] Já a formação do intermediário 4 foi observada por Kappe por meio da reação entre ureia e benzaldeído, com a precipitação do composto 4 após um período de 15-20 minutos de reação. Na presença de acetoacetato de etila observou-se a formação da diidropirimidinona após um período de 1-2 horas de reação. [99] Recentemente, a reação de Biginelli foi monitorada utilizando a técnica de espectrometria de massas com infusão direta por electrospray (ESI-MS). [100] Por meio dessa técnica foi possível averiguar a formação dos intermediários catiônicos da reação, bem como realizar a sua interceptação e caracterização empregando a técnica de ESI-MS/MS. Não foram detectados os íons que seriam gerados pelo mecanismo de Knovenagel (intermediário 6). O carbocátion de m/z =219 não foi detectado pela técnica de ESI-MS (Figura 25), mesmo após um tempo de seis horas de reação sob contínuo monitoramento. Os íons esperados foram observados apenas após vinte e quatro horas de reação, o que representa sua lenta formação comparada ao tempo de reação normalmente empregado para essa reação. Figura 26. Estrutura do intermediário de m/z 219. Já a reação entre a ureia e acetoacetato (mecanismo via enamina), os íons de razão m/z 191 (Figura 26) foi observado, porém o intermediário 5 em sua forma protonada (m/z 173) era ausente. Segundo Souza e colaboradores essa ausência é justificada pelo pequeno tempo de existência deste íon no meio reaciona. Figura 27. Estruturas dos intermediários de m/z 191 e 173. Por meio da reação entre benzaldeído e ureia (intermediário 4), notou-se formação dos íons com razão m/z 209, 167 e 149 (Figura 27). Estes mesmos intermediários foram observados, quando a reação entre a ureia, benzaldeído e acetoacetato de etila foram acompanhadas. Figura 28. Estrutura dos intermediários observados na reação entre benzaldeído e ureia. [101] Desse modo, por meio das evidências experimentais alcançados por Kappe e Souza e colaboradores, pode-se constatar a predominância do mecanismo via imínio conforme proposto por Folkers e Johnson anteriormente. [97] Para uma melhor compreensão da interação de DHPMs é necessário o conhecimento da geometria molecular e conformações das mesmas. As características de conformação de DHPMs têm sido, portanto, extensivamente estudadas por estudos computacionais, difração de raios-X e RMN. [102] [103] [104] [105] [106] [107] Em geral, as DHPMs são moléculas bastante flexíveis conformacionalmente, em que os anéis arila e os grupos éster podem girar e a conformação do anel de dihidropirimidina pode ser alterada (Figura 28). Figura 29. Preferências de conformação do DHPM (esquemática representação, vista lateral). A configuração absoluta do carbono quiral indica a atividade antagonista versus agonista e é dependente da configuração em C-4 do grupo arila (enantiômero R versus S). O grupo substituinte no anel em posição axial orienta synperiplanar em relação ao hidrogênio ligado a C-4. O sistema carbonílico α, β insaturado (C-5 e C6) do grupo éster assume orientação s-cis e o heterociclo assume uma conformação aproximada de bote, orientando o grupo arila na posição axial. [95] 1.5.2 Atividade Biológica dos Adutos de Biginelli A descoberta das propriedades farmacológicas das 3,4- diidropirimidin2(1H)-onas (DHPMs) no final do século passado levou a um grande interesse por esses compostos heterocíclicos. [108] As DHPMs têm se mostrado ferramentas para o estudo da estrutura e função moduladora do canal iônico de cálcio, sendo que correlações de IC50 para atividade vasorrelaxante demonstraram que as DHPMs são agentes cardiovasculares potentes. [109] Em alguns casos, estas apresentaram atividade bloqueadora do canal de cálcio sendo significativamente mais potentes que as diidropirimidinas análogas ou, sensivelmente menos potentes que a diidropiridina nitrendipina (Figura 29), agente bloqueador do canal de cálcio clássico. [110] Além disso, outras atividades farmacológicas foram observadas para DHPMs como, α1- antagonista, [111] antibacteriana, [112] anti-inflamatória, [113] antiviral, [114] e antitumoral. [115] Figura 30. Estruturas químicas da diidropirimidina e nitrendipina. Diante da vasta aplicação biológica, o interesse em estratégias sintéticas com diversas abordagens para sua síntese cresceu profundamente nos últimos anos, expandindo tanto o interesse químico quanto biológico. Isso tem acarretado uma grande exploração na literatura de DHPMs. Desse modo, a reação de Biginelli é uma possibilidade sofisticada que vem sendo aplicada. [116] [117] [118] A Figura 30 apresenta a estrutura de algumas diidropirimidinonas e análogos que se destacam quanto às atividades biológicas por elas exibidas. Figura 31. Estrutura de alguns adutos de Biginelli com atividades biológicas promissoras. Alguns alcalóides marinhos contendo um núcleo DHPM, tais como a batzeladina B (7, Figura 30), isolados de várias espécies de esponjas, foram relatados como os primeiros produtos naturais de baixa massa molecular capaz de inibir a ligação do HIV gp-120 à células CD4. Desse modo, esses compostos são de grande interesse como candidatos ao desenvolvimento de novos compostos para a terapia contra AIDS. [119] Mayer e colaboradores, 1999, relataram o monastrol (10, Figura 31) como o primeiro inibidor específico da proteína mitótica Eg5. [120] Figura 32. Estrutura do aduto de Biginelli monastrol. Realmente, a inibição da proteína quinase Eg5 é uma estratégia atrativa em termos de tratamento contra o câncer. [121] A proteína Eg5 é responsável pela separação dos centrossomos e pela formação do eixo bipolar durante a mitose. [122] A grande vantagem de se utilizar um inibidor específico para Eg5 em detrimento a outros inibidores de mitose (ex.: alcalóides da vinca, taxanos e epotilonas) é que a inibição de tal proteína não interfere em nenhum outro processo relacionado aos microtúbulos. Tal inibição virtualmente não desencadeia efeitos neurotóxicos. [121] Desse modo, o monastrol apresentaria possivelmente pouco ou nenhum efeito neurotóxico. No entanto, mais estudos devem ser conduzidos para comprovar a inocuidade deste aduto de Biginelli. A descoberta do efeito regulatório do monastrol na função de uma proteína-alvo no tratamento contra o câncer trouxe perspectivas para estudos com análogos estruturais. Assim, diversas outras publicações foram relatados sobre a importância desse composto. Ainda hoje, 15 anos depois, Oliverio e colaboradores, 2014, relataram suas numerosas tentativas de estudo do monastrol, principalmente relacionados aos análogos estruturais, relacionados à presença de grupos doadores ou retiradores de elétrons que notaram ser crucial para a interação com o sítio ativo da enzima. [123] Esses autores ainda sintetizaram o monastrol de forma simples e econômica, com uma vasta biblioteca de derivados das diidropirimidinonas. A reação de Biginelli foi realizada em condições livres de solvente e com a catálise de um ácido de Lewis muito leve e ambientalmente suave que consiste em tricloreto de érbio hexa-hidrato de érbio. A reação foi realizada em apenas 90 minutos a 120°C num reator de microondas. Figura 33. Síntese do monastrol por Oliverio e colaboradores (2014) livre de solvente com tricloreto de érbio. [123] 1.5.2.1 Atividade Antibacteriana Uma série de 4-amino-pirido [2,3-d] pirimidin-5 (8H)-onas foram concebidos e sintetizados 11-13 como uma nova classe de inibidores de DNA-ligase de NAD + dependente que possuem potência contra bactérias gram-positivas. [124] Alguns adutos de Biginelli substituídos 14-19 são citados como sendo agentes antibacterianos promissores. [125] 1.5.2.2 Agentes antimaláricos Os compostos Pirido[1,2-a] pirimidin-4-ona (20-23) apresentaram uma atividade considerável, com uma estrutura de liderança para uma maior otimização química para obtenção de potenciais compostos antimaláricos. [126] 1.5.2.3 Anti-inflamatório Dinakaram e colaboradores utilizaram chalconas como reagentes e as mesmas foram submetidos à ciclização por tratamento com ureia e tioureia, na presença de hidróxido de sódio para obtenção das pirimidinonas e pirimidinationas. Os compostos sintetizados 24-25 mostraram uma melhor atividade anti-inflamatória in vivo quando comparados ao composto padrão. [127] 1.5.2.4 Agente Anti HIV Os compostos Batzelladine A (26) e B (7) derivados de DHPMs obtidos de fonte natural marinho tem atividade anti HIV promissor. Estes derivados de baixo peso molecular inibem a ligação de HIV gp-120 de células CD4. 1.5.2.5 Atividades Anticâncer A síntese e a atividade antiproliferativa diferencial de monastrol (27a), oxomonastrol (27b) e oito oxigenados derivados 29a-b, 32a-b em sete linhas de células cancerosas humanas são descritos (Figura 33). Figura 34. Monastrol (27a), oxo monastrol (27b), tio análogos (29b - 32b). Para todas as linhas de células avaliadas, monastrol mostrou-se mais ativo do que o seu oxo-análogo, exceto para a linha de células contra o câncer de colo (HT-29), sugerindo a importância do átomo de enxofre para a atividade antiproliferativa. Monastrol (27a) e os derivados de tio- (29a, 30a e 32a) exibiram propriedades antiproliferativa relevantes com 3,4-metilenodióxi derivado do 27a, sendo cerca de mais de 30 vezes mais potente do que monastrol contra o câncer de cólon (HT-29) linha celular. [128] 1.5.3 Alguns Catalisadores Empregados em Reações de Biginelli Durante os últimos anos, numerosos métodos catalíticos foram desenvolvidos para melhorar o rendimento da reação. Muitas mudanças foram realizadas e essas alterações foram imprescindíveis, uma vez que, a síntese original proporcionava limitações tais como, uso de tempos prolongados de refluxo, uso de ácido clorídrico concentrado como catalisador, além de baixos rendimentos quando aldeídos alifáticos eram empregados como substratos. [129] Assim, nos últimos anos vários ácidos de Lewis e Bronsted foram descritos como catalisadores para essa reação. [130] Além desses ácidos, diversas outras substâncias são utilizadas, como líquidos iônicos (Figura 34), grafite, [131] e até mesmo fermento biológico, [132] foram relatadas como catalisadores para essa. Ainda é descrito na literatura, a utilização de microondas na ausência de solvente. [133] Figura 35. Estruturas comuns de líquidos iônicos (LIs): Cátions mais comuns e possíveis ânions. [134] Além disso, é relatado na literatura o emprego de ácidos de Lewis ou de Bronsted quirais como catalisadores nesta reação para obtenção de produtos com boa enantiosseletividade. Chen e colaboradores, 2006, empregaram também organocatalisadores (ácidos de Bronsted-Lowry), que mostraram eficiência para a preparação enantiosseletiva das diidropirimidinonas, cujo rendimento variou de 4086% e o excesso enantiomérico foi de 88-97%). [135] Com uma varredura na literatura de 2010 até agora, foi observado que muitos ácidos de Lewis são utilizados para obtenção dos adutos de Biginelli. Nas tabelas 1 e 2 abaixo, são citados alguns desses ácidos de Lewis classificados como duro e mole segundo a teoria de ácidos e bases duros e moles (HSAB) [136] proposta por Ralph G. Pearson em 1963 amplamente usada em química para explicar a estabilidade dos compostos químicos, reações químicas, entre outros. Comumente, ácidos e bases interagem entre si, e as interações mais estáveis são as de caráter "duro-duro" (maior característica de ligação iônica) e de caráter "mole-mole" (maior característica de ligação covalente). Do ponto de vista da estrutura eletrônica, a característica de "dureza" e de "moleza" é vinculada respectivamente à maior e menor diferença de energia existente entre orbitais de fronteira. Starcevich e colaboradores, 2013, utilizaram Tosilato de ferro III como catalisador para reação de Biginelli (Figura 35), que é considerado um ácido duro segundo a teoria HSAB de Pearson. Figura 36. Reação de Biginelli catalisado por Fe(OTs)3. Esse ácido de Lewis duro é um catalisador muito atraente para reação de Biginelli, devido o seu baixo custo, baixa toxicidade e facilidade de manuseio. [137] Diversos outros artigos relataram o uso do Ferro III como catalisador para esse tipo de reação, as referências constando não apenas o Ferro III, mas, diversos outros tipos de ácido de Lewis duro, também são citados na Tabela 2 abaixo. Tabela 2. Alguns ácidos de Lewis duro utilizados como catalisador para reação de Biginelli. Ácido de Lewis duro Referências 3+ Fe 3+ Al [139], [145], [146], [147], [148] 2+ [147] 2+ [149], [150], [151], [152] 2+ [149], [151], [152] 3+ [149], [152] 3+ [149], [152], [153] Mg Mn Sr [137], [138], [139], [140], [141], [142], [143], [144] Cr Ce 4+ [154], [155], [156], [157] 3+ [158], [159], [160], [161], [162], [163] 4+ [164], [165], [166] 2+ [149], [152], [167], [168] 3+ [169], [170], [171] Si Yb Ti Sn In Na tabela 3, são citados alguns ácidos de Lewis moles. Chaudhary e colaboradores, 2014, chamaram atenção, pois utilizam Sulfeto de cobre II (CuS) com pontos quânticos (QDs). Os QDs são nanocristais de um semicondutor possuindo um diâmetro inferior a 10 nm, com propriedades ópticas e eletrônicas únicas. Estas propriedades são o resultado de confinamento quântico e pode ser manipulado, controlando o tamanho dos pontos quânticos. Eles podem mostrar excelente catalítico atividade, tal como a sua área superficial em relação ao volume é extraordinariamente grande. Contudo, esses autores exploraram CuS QDs como catalisador. [172] O CuS QDs como catalisador apresentou boa atividade catalítica para a síntese de diidropirimidinonas com excelente rendimento. Esse catalisador proporciona menor tempo de reação em comparação a outros catalisadores, e possui características atraentes, como maior rendimento, facilidade de isolamento do produto, disponibilidade econômica do catalisador, procedimento simples, e nenhum subproduto prejudicial. Figura 37. Reação de Biginelli com CuS QDs como catalisador. Além do CuS QDs utilizado como catalisador, alguns outros ácidos de Lewis mole também são citados na tabela 3 abaixo com suas respectivas referências. Tabela 3. Alguns ácidos de Lewis mole utilizados como catalisador para reação de Biginelli. Ácido de Lewis mole Referências 2+ Cu [172], [173], [174], [175], [176] 3+ [177] + [178] 2+ [149], [179] + [180], [181] B Au Cd Ag É notável que na literatura o ácido de Lewis duro é mais utilizado em detrimento ao mole (Tabela 3). Possivelmente, isso é explicado devido ao mecanismo da reação, que ocorre via imínio conforme mostrado na figura 24 anteriormente. A complexação do ácido de Lewis no oxigênio da carbonila aumenta a eletrofilicidade do carbono atacado. Desse modo, o ácido de Lewis duro se complexa melhor com o oxigênio que é uma base dura, o que esta de acordo com a teoria de HSAB de Pearson. Na tabela 4 abaixo, também são relatados alguns ácidos de Bronsted utilizados como catalisadores nas reações de Biginelli. Na grande maioria dos artigos citados são utilizados aldeídos aromáticos (38), ureia ou tioureia (39) e em geral acetato de etila ou metila (40) com algumas variações como mostrado na equação geral abaixo (Figura 37). Figura 38. Equação geral da reação de Biginelli com os ácidos de Bronsted citados na tabela 4. Os pKa’s desses respectivos ácidos são citados na mesma tabela para analisar se o seus valores influencia para este tipo reação. Como podemos observar, os seus valores são bastante variados, desde um valor que representa um ácido mais forte (HClO4, pKa= -10), a um valor que representa um ácido mais fraco (H3BO3, pKa = 9,23 ). Desse modo, correlacionando os valores de pKa’s com o andamento da reação e levando em consideração o seu tempo e rendimento da mesma (Tabela 4), é possível concluir que o curso reacional independe do valor de pKa. Ou seja, o seu valor não influência de modo significativo nas reações, pois, é possível obter os adutos de Biginelli tanto com ácidos mais fortes quanto com ácidos considerados mais fracos. Tabela 4. Alguns ácido de Brφnted utilizados como catalisador para reação de Biginelli. Ácido de Bronted pKa’s Tempo de Reação Rendimento Ref. 2, 55 30 min. 96% [182] 30 min. 92% [183] 8 min. 90% [184] 180 min. 73% [185] 30 min. 94% [186] 60 min. 92% [187] 240 min. 72% [188] 420 min. 93% [189] 300 min. 55% [190] 30 min. 83% [191] 30 min. 94% [192] 180 min. 63% [193] 2100 min. 36% [189] 20 min. 85% [194] Reflux 77% [195] 120 min. 89% [196] 180 min. 98% [197] 270 min. 85% [198] 360 min. 87% [199] 90 min. 91% [200] 45 min. 96% [201] Ácido p-dodecilbenzenosulfônico (DBSA) - 2,8 Ácido p- toluenosulfônico H3BO3 HCl H2SO4 HClO4 9, 23 -2,2 -3,9 -10 1.5.4 Escopo da Reação/ variação estrutural Com uma compreensão mais profunda do mecanismo da reação de Biginelli, alguns avanços foram realizados para resolver o problema dos rendimentos pobres e variáveis e do escopo limitado de substrato associados esta reação. Desse modo, estudos sobre o uso de diferentes aldeídos aromáticos, ureia ou tioureia funcionalizadas e β-cetoésteres modificados na síntese de DHPMs têm sido relatados e muitos deles descrevem a influência da modificação estrutural na atividade biológica destes compostos. Portanto, o escopo desta reação foi formidavelmente explorado, diversificando-se os substratos empregados. 1.5.4.1 Aldeídos Dos três substratos envolvidos na reação de Biginelli o aldeído é um dos elementos que pode ser amplamente variado. (Figura 38). Figura 39. Exemplos de aldeídos utilizados em reações de Biginelli. [118] [202] Geralmente, a reação ocorre melhor com aldeídos aromáticos, sendo que os mesmos podem apresentar substituintes em posições orto, meta ou para. Em geral, os aldeídos que contem substituintes volumosos em posição orto, os rendimentos podem ser consideravelmente menores. Já os aldeídos aromáticos que possui grupos doadores ou retirados de elétrons nas posições meta ou para, comumente propicia os produtos almejados em melhor rendimento. Aldeídos heterocíclicos, como furano e derivados de anéis piridínicos também podem ser utilizados, à medida que o uso de aldeídos alifáticos gera os produtos correspondentes em rendimentos moderados. [118] 1.5.4.2 Ureias, tioureias e guanidinas mono/dissubstituídas Tioureia, guanidina são usados com muito sucesso. Diversas ureias substituídas N-mono/di têm sido empregadas nesta reação para obter moléculas farmacologicamente potentes. (Figura 39). Dos componentes da reação de Biginelli, a ureia é a que evidencia maiores restrições em termos de diversificação estrutural. Entretanto, ureias substituídas também fornecem bons rendimentos. Tioureia e tioureias substituídas também são largamente utilizadas, embora os rendimentos obtidos sejam normalmente menores e os tempos de reação maiores quando comparados à ureia correspondente. Há relato do emprego de guanidina nestas reações. [118] Figura 40. Uréias/tiouréias e guanidina utilizadas em reações de Biginelli. [118] [202] 1.5.4.3 β-Cetoéster Dos três substratos envolvidos na reação clássica de Biginelli, β-Cetoéster é o componente mais flexível na medida em que permite múltiplas modificações ou alterações. [202] Assim, além da utilização de acetoacetatos de alquila simples, também são empregados como substratos nessa reação β-Cetotioésteres e acetoacetatos substituídos com sucesso. [118] Figura 41. Compostos 1,3-dicarbonílicos e análogos que são utilizados em reações de Biginelli. 1.5.4.4 Alcoóis em lugar de aldeídos Ultimamente, uma alternativa para a síntese clássica dos compostos de Biginelli foi descrito diretamente a partir de alcoóis aromáticos sob condições brandas e também é descritos a utilização de líquido iônico 1-methylimidazolium sulfato de hidrogênio [Hmim]HSO4 (Figura 41). Figura 42. Utilização de alcoóis em vez de aldeídos na síntese de 3,4-diidropirimidinonas. Neste método, ocorre a oxidação dos álcoois aromáticos com NaNO 3 para formação in situ dos aldeídos aromáticos. [203] [204] 2 OBJETIVOS Dando continuidade a incessante busca por novos compostos protótipos com atividade antineoplásica que vem sendo desenvolvido em nosso laboratório, o presente projeto de natureza interdisciplinar visa à síntese dos novos análogos acíclicos e cíclicos da metformina com potencial atividade anticâncer de modo a atuarem por vias celulares múltiplas com a finalidade de se evitar a aquisição de fenótipo resistente à quimioterapia pelas células tumorais. Estes compostos foram racionalmente desenhados (ver estudos prévios de ancoragem molecular mostrado adiante) para atuarem nas proteínas ERK, PI3K, AMPK, BRAF e na depleção de ATP pela inibição do complexo I da cadeia respiratória, que são alvos terapêuticos importantes para inibir a proliferação celular das células tumorais. Para tal, vislumbrou-se a síntese destas substâncias através da reação de Mannich multicomponente entre a ureia ou tioureia ou guanidina como nucleófilos, aminas aromáticas e aldeídos (Figura 42). Essa reação é uma das principais, se não a principal, metodologia sintética de introdução de grupos amina em compostos orgânicos. Sabe-se ainda que, a incorporação de grupos amina e/ou átomos de nitrogênio nestas estruturas normalmente potencializam suas atividades biológicas. [205] [206] A variação do nucleófilo permitirá avaliar a influência do heteroátomo na atividade antineoplásica. Figura 43. Representação esquemática dos adutos de Mannich sintetizados. Outro objetivo deste trabalho é a preparação de 3,4-diidropirimidin-2(1H)onas (DHPM) substituídas, análogas cíclicas da metformina, a fim de avaliar a correlação entre a restrição conformacional destes compostos e a atividade antineoplásica (Figura 43). Para a síntese destes compostos pretende-se fazer uma sequência reacional dominó que consiste nas reações multicomponentes de Mannich e Biginelli. Figura 44. Análogos cíclicos da metformina 7-9 com potencial atividade anticâncer. Por fim, o último objetivo consistiu em avaliar a citotoxidade in vitro nas linhagens de células de câncer humano de pulmão (H460 e A549), mama (MDAMB-231 e MCF-7) e ovário (A2780 e ES2). 3 METODOLOGIA Os adutos foram obtidos a partir de reações de Mannich entre aldeídos aromáticos e alifáticos (2-piridinocarboxaldeído, 2-fenil-2H-1,2,3-triazol-4- carboxialdeído, 4-nitrobenzaldeído e cinamaldeído) e as aminas aromáticas: ptoluidina e 1-naftilamina conforme Figura 44. Figura 45. Estratégia para a síntese dos adutos de Mannich. Para essas reações foram utilizadas a acetonitrila como solvente e o ácido p-tolueno sulfônico como catalisador, de acordo com a metodologia descrita por Fiorot e colaboradores [207] Para a tentativa da síntese dos análogos cíclicos da metformina, foram utilizados os adutos descritos na Tabela 5 (50-64) e alguns catalisadores como ácidos de Bronsted e ácidos de Lewis. Figura 46. Estratégia para a síntese dos adutos de Biginelli. 4 PARTE EXPERIMENTAL 4.1 Materiais Foram utilizados nesse trabalho os reagentes e os substratos 2- piridinocarboxaldeído 99% (Aldrich), cinamaldeído 98% (Fluka), 4-nitrobenzaldeído 98% (Aldrich), 2-picolilamina 99% (Aldrich), P-toluidina 99% (Vetec), naftilamina 99% (Vetec), metilamina (Aldrich), benzilamina 99% (Fluka), ureia 99% (Vetec), tioureia 99% (Vetec) e guanidina 98% (Sigma). Como solvente foram utilizados água destilada, metanol P.A. 99.9% (Vetec), etanol 99.3% (Fmaia), acetato de etila P.A. 99.5% (Vetec), hexano P.A. 98.5% (Vetec) sem qualquer tratamento prévio. A benzilamina e a 2-picolilamina foram utilizadas após purificação prévia por destilação. 4.2 Métodos 4.2.1 Cromatografia As análises de cromatografia em camada fina foram realizadas utilizando cromato folhas de alumínio recobertas com sílica gel UV254 (250 µm, 20x20 cm). As amostras foram diluídas em diclorometano e sua revelação foi efetuada por exposição à luz ultravioleta (250 e 300 nm). O eluente utilizado na análise cromatográfica da reação envolvendo os adutos de Mannich foi preparado misturando-se uma proporção em volume 1:2 dos solventes, acetato de etila e hexano, respectivamente, sem qualquer tratamento prévio. Enquanto que para as reações realizadas para tentativa da ciclização desses adutos de Mannich via reação de Biginelli, o eluente utilizado na análise cromatográfica foi preparado misturando-se uma proporção 1:2 dos solventes, hexano e acetato de etila, respectivamente, sem qualquer tratamento prévio. 4.2.2 Ponto de fusão Para a determinação dos pontos de fusão das substâncias utilizou-se o equipamento digital Fisatom 430D. 4.2.3 Espectroscopia no infravermelho Os espectros de infravermelho dos compostos sintetizados foram obtidos em um equipamento Perkin Elmer, modelo Spectrum 400. A aquisição dos espectros de MIR (infravermelho médio) ocorreu através de uma célula horizontal de ATR (reflectância total atenuada) constituída de ZnSe 45º fabricado pela Pike Technologies. Todas as medidas de infravermelho foram efetuadas com uma média de 16 varreduras e resolução de 4 cm-1. 4.2.4 Espectroscopia de Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13C Os espectros de ressonância magnética nuclear de hidrogênio (1H) e de carbono (13C) foram obtidos utilizando um espectrômetro Varian 400MHz e sonda de 5 mm Broadband 1H/X/D. Os deslocamentos químicos (δ) estão relatados em ppm em relação ao TMS (padrão interno). Foram utilizados o DMSO-d6 e o CDCl3 como solventes deuterados contendo TMS. 4.2.5 Espectrometria de Massas Os espectros de massa (m/z) foram obtidos no espectrômetro de alta resolução (modelo 9.4T Solarix, Bruker Daltonics, Bremen, Germany), operado em modos de ionização positivo e negativo com eletro spray ionizante, ESI(+) e ESI(-)FT-ICR-MS. A aquisição dos espectros de FT-ICR-MS foi realizada com poder de resolução de m/Δm50% ≈ 500000, onde Δm50% é o pico inteiro com m/z 400 sendo metade da altura máxima e acurácia de massa < 1 ppm em uma variação de massa de m/z 200-2000. 4.2.6 Avaliação da atividade antitumoral in vitro Os testes de avaliação da atividade antitumoral in vitro dos compostos foram realizados no Instituto Nacional do Câncer - INCa pela aluna de doutorado Isabella dos Santos Guimarães orientada pela Dra. Cinthya Sternberg. 4.2.6.1 Cultura celular As linhagens de câncer humano de pulmão e ovário foram cultivadas em meio RPMI-1640 (Sigma-Aldrich, Steinheim, Alemanha) e de câncer humano de mama em meio DMEM (Sigma-Aldrich, Steinheim, Alemanha), acrescido de soro fetal bovino a 10% v/v (SFB, Gibco/Invitrogen, Nova York, EUA), solução estabilizada de Penicilina-Estreptomicina (104 unidades/mL - 10 mg/mL, respectivamente) (Sigma-Aldrich, Steinheim, Alemanha) e Anfotericina B (250 µg/mL) (Gibco/Invitrogen, Nova York, EUA). A manipulação das células foi realizada em capela de fluxo laminar, sendo as mesmas mantidas em incubação em estufa com condições controladas de temperatura (37ºC), com atmosfera de 5% de CO2, condições adequadas para o crescimento de células de mamíferos. A passagem das células foi realizada de duas a três vezes por semana, de acordo com o tempo de crescimento, utilizando-se PBS (tampão fosfato salina) para lavagem e solução de tripsina/EDTA (0,25 µg/mL de tripsina e 1 µg/mL de EDTA) para rompimento da matriz extracelular que mantém as células aderidas à garrafa de cultura em monocamada. Diariamente, as garrafas foram analisadas em microscópio óptico de luz invertida para avaliação do aspecto do meio e das células em cultivo, bem como de sua taxa de crescimento, confluência e morfologia. 4.2.6.2 Viabilidade celular A viabilidade celular foi analisada de acordo com o ensaio de MTT. [208] As linhagens foram semeadas na densidade de 10.000 células/poço da placa de 96 poços em 100 mL de meio de cultura suplementado com 10% de soro fetal bovino. Após 24 horas, foram adicionadas as drogas a serem testadas. Após 24 horas de tratamento, adicionou-se 20 μL/poço de uma solução de MTT 5 mg/ml (Sigma-Aldrich, St. Louis, EUA). As placas de 96 poços contendo essa solução foram deixadas por 4 horas a 37ºC em estufa com 5% de CO 2. Ao final dessa incubação, as placas foram centrifugadas a 2600 rpm por 10 minutos (4ºC), descartou-se o sobrenadante e os cristais de formazam produzidos foram dissolvidos em 100 μL de DMSO. Procedeu-se leitura em espectrofotômetro (modelo Spectramax 190, Molecular Devices, CA, EUA) no comprimento de onda de 538 nm. Foram feitas quadruplicatas de cada condição experimental, sendo que os experimentos foram realizados 3 vezes. A determinação dos valores da concentração inibitória de 50% da proliferação celular (IC50) foi efetuada a partir da curva dose resposta feita para cada substância. 4.3 Procedimentos Experimentais 4.3.1 Preparação do composto (E)-1-(3-phenyl-1-(p-tolylamino)allyl)guanidine (50) Uma suspensão de p-toluidina 48 (1 mmol), cinamaldeído 44 (1 mmol), acetonitrila (5 mL), guanidina 43 (1 mmol) e 20 mol% de ácido p-tolueno sulfônico foi agitada durante 30 minutos à temperatura ambiente. O produto foi colocado num banho de gelo até formação de um precipitado, filtrado e lavado com água destilada para se obter como produto o composto 50 como um sólido de cor de amarela com 69% de rendimento. P. F 78-80°C I.V. νmax (cm-1, pastilha de ATR): 3362 (N-H), 3031 (C-H), 2857 (C=H), 1627 (C=C), 1584 (N-H), 1292 (C-N). RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) δ ppm: 8.27 (dd, J = 6.0, 2.3 Hz, 1H), 7.54 – 7.51 (m, 1H), 7.41 – 7.32 (m, 2H), 7.18 (d, J = 8.1 Hz, 1H), 7.11 (dd, J = 7.2, 4.4 Hz, 2H), 2.35 (s, 2H), 1.72 (s, 1H). RMN de 13 C (101 MHz, CDCl3) δ ppm: 160.8, 149.0, 143.6, 136.1, 135.6, 129.8, 129.5, 128.9, 128.6, 127.4, 120.8, 21.0. 4.3.2 Preparação do composto (E)-1-(3-phenyl-1-(p-tolylamino)allyl)thiourea (51) Uma suspensão de p- toluidina 48 (1 mmol), cinamaldeído 44 (1 mmol), acetonitrila (5 mL), tioureia 42 (1 mmol) e 20 mol% de ácido p-tolueno sulfônico foi agitada durante 30 minutos à temperatura ambiente. O produto foi colocado num banho de gelo até formação de um precipitado, filtrado e lavado com água destilada para se obter como produto o composto 51 como um sólido de cor de amarela com rendimento de 71%. P. F 78-79°C I.V. νmax (cm-1, pastilha de ATR): 3031 (C-H), 2913 (C=H), 1627 (C=C), 1585 (N-H), 1293 (C-N). RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) δ ppm: 8, 27 (dd, J = 6.1, 1H), 7.54 – 7.51 (m, 2H), 7.41 – 7.31 (m, 3H), 7.18 (d, J = 8.1 Hz, 2H), 7.13 – 7.08 (m, 4H), 2.35 (s, 3H), 1.75 (s, 1H). RMN de 13 C (101 MHz, CDCl3) δ ppm: 160.8, 149.0, 143.6, 136.1, 135.6, 129.8, 129.5, 128.9, 128.7, 127.4, 120.8, 21.0. 4.3.3 Preparação do composto (E)-1-(3-phenyl-1-(p-tolylamino)allyl)urea (52) Uma suspensão de p- toluidina 48 (1 mmol), cinamaldeído 44 (1 mmol), acetonitrila (5 mL), ureia 41 (1 mmol) e 20 mol% de ácido p-tolueno sulfônico foi agitada durante 30 minutos à temperatura ambiente. O produto foi colocado num banho de gelo até formação de um precipitado, filtrado e lavado com água destilada para se obter como produto o composto 52 como um sólido de cor de amarela e de rendimento de 72%. P. F 79-81°C I.V. νmax (cm-1, pastilha de ATR): 3031 (C-H), 2857 (C=H), 1627 (C=C), 1584 (N-H), 1292 (C-N). RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) δ ppm: 8.29 (dd, J = 6.0, 2.3 Hz, 1H), 7.54 (d, J = 7.0 Hz, 2H), 7.42 – 7.33 (m, 3H), 7.19 (d, J = 8.1 Hz, 2H), 7.12 (dd, J = 7.2, 4.1 Hz, 4H), 2.37 (s, 3H), 1.73 (s, 1H). RMN de 13 C (101 MHz, CDCl3) δ ppm: 160.7, 149.1, 143.6, 136.1, 135.7, 129.8, 129.5, 128.9, 128.7, 127.5, 120.9, 20.9. 4.3.4 Preparação do composto 1-((2-phenyl-2H-1,2,3-triazol-4-yl)(p- tolylamino)methyl)guanidine (53) Uma suspensão de p- toluidina 48 (1,05 mmol), aldeído fenil triazólico 47 (1,1 mmol), acetonitrila (5 mL) foi agitada por 24h a 50°C. Em seguida esperou-se o resfriamento da reação a 25°C e foi adicionado a guanidina 43 (1 mmol) e foi deixado sob agitação por mais 4h. O produto foi colocado num banho de gelo até formação de um precipitado, filtrado e lavado com água destilada para se obter como produto o composto 53 como um sólido de bege de 53% de rendimento. P.F 109-111°C I.V. νmax (cm-1, pastilha de ATR): 3140 (N-H), 3020 (C-H), 2877 (C=H), 1632 (C=C), 1595 e 1495 (C=N), 1354 (C-N). RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) δ ppm: 8.70 (s, 1H), 8.34 (s, 1H), 8.11 (d, J = 8.3 Hz, 2H), 7.50 (t, J = 7.9 Hz, 2H), 7.38 (t, J = 7.4 Hz, 1H), 7.24 – 7.17 (m, 4H), 2.37 (s, 1H), 1.70 (s, 1H). RMN de 13 C (101 MHz, CDCl3) δ ppm: 149.9, 148.4, 147.6, 139.5, 136.8, 134.8, 129.9, 129.4, 128.0, 120.9, 119.0, 21.0. 4.3.5 Preparação do composto -((2-phenyl-2H-1,2,3-triazol-4-yl)(p- tolylamino)methyl)thiourea (54) Uma suspensão de p- toluidina 48 (1,05 mmol), aldeído fenil triazólico 47 (1,1 mmol), acetonitrila (5 mL) foi agitada por 24h a 50°C. Em seguida esperou-se o resfriamento da reação a 25°C e foi adicionado a tioureia 42 (1 mmol) e sob agitação por mais 4h. O produto foi colocado num banho de gelo até formação de um precipitado, filtrado e lavado com água destilada para se obter o produto 54 como um sólido de bege com 56% de rendimento. P.F 108-110°C I.V. νmax (cm-1, pastilha de ATR): 3140 (N-H), 3020 (C-H), 2876 (C=H), 1628 (C=C), 1594 e 1493 (C=N), 1354 (C-N). RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) δ ppm 8.70 (s, 1H), 8.34 (s, 1H), 8.11 (d, J = 8.3 Hz, 2H), 7.50 (t, J = 7.9 Hz, 2H), 7.38 (t, J = 7.4 Hz, 1H), 7.25 – 7.16 (m, 4H), 2.37 (s, 1H), 1.61 (s, 1H). RMN de 13 C (101 MHz, CDCl3) δ ppm 149.8, 148.5, 147.6, 139.5, 136.8, 134.8, 129.9, 129.4, 128.0, 120.9, 119.0, 21.0. 4.3.6 Preparação do composto -((2-phenyl-2H-1,2,3-triazol-4-yl)(p- tolylamino)methyl)urea (55) Uma suspensão de p- toluidina 48 (1,05 mmol), aldeído fenil triazólico 47 (1,1 mmol), acetonitrila (5 mL) foi agitada por 24h a 50°C. Em seguida esperou-se o resfriamento da reação a 25°C e foi adicionado a ureia 41 (1 mmol) e sob agitação por mais 4h. O produto foi colocado num banho de gelo até formação de um precipitado, filtrado e lavado com água destilada para se obter o produto 55 como um sólido de bege de 51% de rendimento. P.F 107-109°C. I.V. νmax (cm-1, pastilha de ATR): 3140 (N-H), 3020 (C-H), 2875 (C=H), 1631 (C=C), 1594 e 1495 (C=N), 1354 (C-N). RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) δ ppm: 8.70 (s, 1H), 8.34 (s, 1H), 8.11 (d, J = 8.3 Hz, 2H), 7.50 (t, J = 7.9 Hz, 2H), 7.38 (t, J = 7.4 Hz, 1H), 7.23 – 7.17 (m, 4H), 2.37 (s, 1H), 1.69 (s, 1H). RMN de 13 C (101 MHz, CDCl3) δ ppm: 149.7, 148.5, 147.7, 139.5, 136.8, 134.8, 129.9, 129.4, 128.0, 120.9, 119.0, 21.0. 4.3.7 Preparação do composto 1-(pyridin-2-yl(p-tolylamino)methyl)guanidine (56) Uma suspensão de p- toluidina 48 (1 mmol), 2-piridinocarboxaldeído 46 (1 mmol), acetonitrila (5 mL), guanidina 43 (1 mmol) e 20 mol% de ácido p-tolueno sulfônico foi agitada durante 30 minutos à temperatura ambiente. O produto foi colocado num banho de gelo até formação de um precipitado, filtrado e lavado com água destilada para se obter 56 como produto como um sólido de cor escura de 67% de rendimento. P.F 48-50°C. I.V. νmax (cm-1, pastilha de ATR): 3354 e 3171 (N-H), 2919 (C-H), 2860 (C=H), 1627 (C=C), 1658 e 1581 (C=N), 1346 (C-N). RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) δ ppm: 8.68 (dd, J = 4.8, 1.6, 0.9 Hz, 1H), 8.60 (s, 1H), 8.17 (dd, J = 7.1, 0.8 Hz, 1H), 7.80 – 7.74 (m, 1H), 7.33 (ddd, J = 7.5, 4.8, 1.2 Hz, 1H), 7.23 – 7.17 (m, 4H), 2.36 (s, 1H), 2.15 (s, 1H). RMN de 13 C (101 MHz, CDCl3) δ ppm: 159. 7, 154.7, 149.6, 148.3, 136.8, 136.6, 129.8, 125.0, 121.8, 121.1, 115.2, 21.1. 4.3.8 Preparação do composto 1-(pyridin-2-yl(p-tolylamino)methyl)thiourea (57) Uma suspensão de p- toluidina 48 (1 mmol), 2-piridinocarboxaldeído 46 (1 mmol), acetonitrila (5 mL), tioureia 42 (1 mmol) e 20 mol% de ácido p-tolueno sulfônico foi agitada durante 30 minutos à temperatura ambiente. O produto foi colocado num banho de gelo até formação de um precipitado, filtrado e lavado com água destilada para se obter o composto 57 como um sólido de cor bege com rendimento de 59%. P.F decompõe a 100°C I.V. νmax (cm-1, pastilha de ATR): 32724 e 3136 (N-H), 2918 (C-H), 2728 (C=H), 1627 (C=C), 1614 e 1584 (C=N), 1385 (C-N). RMN de 1H NMR (400 MHz, CDCl3) δ ppm: 8.68 (ddd, J = 4.8, 1.6, 0.9 Hz, 1H), 8.59 (d, J = 4.8 Hz, 1H), 8.17 (dt, J = 7.9, 0.9 Hz, 1H), 7.33 (ddd, J = 7.5, 4.8, 1.2 Hz, 1H), 7.20 (s, 4H), 2.36 (s, 3H), 1.92 (s, 1H). RMN de 13 C (101 MHz, CDCl3) δ ppm: 159. 6, 154.7, 149.6, 148.2, 136.7, 136.6, 129.8, 124.9, 121.7, 121.1, 115.1, 21.0. 4.3.9 Preparação do composto 1-(pyridin-2-yl(p-tolylamino)methyl)urea (58) Uma suspensão de p- toluidina 48 (1 mmol), 2-piridinocarboxaldeído 46 (1 mmol), acetonitrila (5 mL), ureia 41 (1 mmol) e 20 mol% de ácido p-tolueno sulfônico foi agitada durante 30 minutos à temperatura ambiente. O produto foi colocado num banho de gelo até formação de um precipitado, filtrado e lavado com água destilada para se obter como produto o composto 58 como um sólido de cor bege com 65% de rendimento. P.F 92-94 °C. I.V. νmax (cm-1, pastilha de ATR): 3432 e 3168 (N-H), 3052 (C-H), 2917 (C=H), 1623 (C=C), 1676 e 1582 (C=N), 1346 (C-N). RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) δ ppm: 8.68 (ddd, J = 4.8, 1.6, 0.9 Hz, 1H), 8.60 (s, 1H), 8.18 (dd, J = 7.9, 0.9 Hz, 1H), 7.34 (ddd, J = 7.5, 4.8, 1.2 Hz, 1H), 7.34 (ddd, J = 7.5, 4.8, 1.2 Hz, 1H), 7.20 (s, 4H), 2.36 (s, 1H), 1.87 (s, 1H). RMN de 13 C (101 MHz, CDCl3) δ ppm: 159. 6, 154.7, 149.5, 148.3, 136.7, 136.6, 129.8, 124.9, 121.7, 121.1, 115.2, 21.0. 4.3.10 Preparação do composto 1-((4-nitrophenyl)(p- tolylamino)methyl)guanidine (59) Uma suspensão de p- toluidina 48 (1 mmol), 4-nitrobenzaldeído 45 (1 mmol), acetonitrila (5 mL), guanidina 43 (1 mmol) e 20 mol% de ácido p-tolueno sulfônico foi agitada durante 30 minutos à temperatura ambiente. O produto foi colocado num banho de gelo até formação de um precipitado, filtrado e lavado com água destilada para se obter como produto o composto 59, um sólido de cor de amarela com 78% de rendimento. P.F 122-124 ° C. I.V. νmax (cm-1, pastilha de ATR): 2917 (C=H), 1622 (C=C), 1597 e 1583 (C=N), 1505 e 1336 (N=O). RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) δ ppm: 8.55 (s, 1H), 8.29 (dd, J = 8.9, 1.9 Hz, 2H), 8.04 (dd, 2H)), 7.24 – 7.15 (m, 4H), 2.38 (s, 3H), 1.63 (s, 1H). RMN de 13 C (101 MHz, CDCl3) δ ppm: 156. 4, 149. 1, 148.2, 141.7, 137.2, 129.9, 129.2, 124.0, 121.0, 21. 1. 4.3.11 Preparação do composto 1-((4-nitrophenyl)(p- tolylamino)methyl)thiourea (60) Uma suspensão de p- toluidina 48 (1 mmol), 4-nitrobenzaldeído 45 (1,51g 10 mmol), acetonitrila (5 mL), tioureia (1 mmol) e 20 mol% de ácido p-tolueno sulfônico foi agitada durante 30 minutos à temperatura ambiente. O produto foi colocado num banho de gelo até formação de um precipitado, filtrado e lavado com água destilada para se obter como produto o composto 60 como um sólido de cor de amarela com 81% de rendimento. P. F 119-121 ° C I.V. νmax (cm-1, pastilha de ATR): 2673 (C=H), 1623 (C=C), 1597 e 1583 (C=N), 1505 e 1337 (N=O). RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) δ ppm: 8.54 (s, 1H), 8.28 (d, J = 8.8 Hz, 2H), 8.03 (d, J = 8.8 Hz, 2H), 7.24 – 7.16 (m, 4H), 2.37 (s, 3H), 1.73 (s, 1H). RMN de 13 C (101 MHz, CDCl3) δ ppm: 156. 2, 149.1, 148.2, 141.7, 137.2, 129.9, 129.2, 123.9, 121.0, 20. 9. 4.3.12 Preparação do composto 1-((4-nitrophenyl)(p-tolylamino)methyl)urea (61) Uma suspensão de p- toluidina 48 (1 mmol), 4-nitrobenzaldeído 45 (1 mmol), acetonitrila (5 mL), ureia 41 (1 mmol) e 20 mol% de ácido p-tolueno sulfônico foi agitada durante 30 minutos à temperatura ambiente. O produto foi colocado num banho de gelo até formação de um precipitado, filtrado e lavado com água destilada para se obter 61 como um sólido de cor de amarela com 83%. P. F 118-120 °C. I.V. νmax (cm-1, pastilha de ATR): 2673 (C=H), 1623 (C=C), 1597 e 1583 (C=N), 1505 e 1336 (N=O). RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) δ ppm: 8.55 (s, 1H)), 8.32 – 8.27 (m, 2H), 8.06 – 8.02 (m, 2H), 7.24 – 7.16 (m, 4H), 2.37 (s, 3H), 1.63 (s, 1H). RMN de 13 C (101 MHz, CDCl3) δ ppm: 156. 2, 149. 1, 148.2, 141.7, 137.2, 129.9, 129.2, 124.9, 121.0, 21. 0. 4.3.13 Preparação do composto 1-((naphthalen-1-ylamino)(4- nitrophenyl)methyl)guanidine (62) Uma suspensão de 1-naftilamina 49 (1,0 mmol), 4-nitrobenzaldeído 45 (1mmol), etanol (5 mL), guanidina 43 (1 mmol) e 20 mol% de ácido p-tolueno sulfônico foi agitada durante 30 minutos à temperatura ambiente. O produto foi colocado num banho de gelo até formação de um precipitado, filtrado e lavado com água destilada para se obter como produto o composto 62 como um sólido de cor amarela e redimento de 85%. P. F 158-160 ° C. I.V. νmax (cm-1, pastilha de ATR): 3046 (C=H), 1619 (C=C), 1597 e 1567 (C=N), 1509 e 1338 (N=O). RMN de 1H (400 MHz, CDCl3) δ ppm: 8.62 (s, 1H), 8.33 (d, J = 8.5 Hz, 2H), 8.15 (d, J = 8.5 Hz, 2H), 7.89 – 7.83 (m, 1H), 7.77 (d, J = 8.2 Hz, 1H), 7.57 – 7.44 (m, 3H), 7.09 (d, J = 7.2 Hz, 2H). RMN de 13 C (101 MHz, CDCl3) δ ppm: 157.4, 149.3, 148.1, 141.6, 133.9, 129.5, 128.8, 127.7, 127.0, 126.7, 126.1,125.9, 124.0, 123.7, 112.5. 4.3.14 Preparação do composto 1-((naphthalen-1-ylamino)(4- nitrophenyl)methyl)thiourea (63) Uma suspensão de 1-naftilamina 49 (1,0 mmol), 4-nitrobenzaldeído 45 (1mmol), etanol (5 mL), tioureia 42 (1 mmol) e 20 mol% de ácido p-tolueno sulfônico foi agitada durante 30 minutos à temperatura ambiente. O produto foi colocado num banho de gelo até formação de um precipitado, filtrado e lavado com água destilada para se obter como produto o composto 63 como um sólido de cor amarela e rendimento de 75%. P.F 159-160°C I.V. νmax (cm-1, pastilha de ATR): 3045 (C=H), 1617 (C=C), 1597 e 1568 (C=N), 1509 e 1337 (N=O). RMN de 1H 1H NMR (400 MHz, CDCl3) δ ppm: 8.64 (s, 1H), 8.39 – 8.31 (m, 2H), 8.19 – 8.15 (m, 2H), 7.89 – 7.83 (m, 1H), 7.77 (d, J = 8.3 Hz, 1H), 7.55 – 7.42 (m, 3H), 7.09 (dd, J = 7.3, 1.0 Hz, 2H). RMN de 13 C (101 MHz, CDCl3) δ ppm: 157.4, 149.3, 148.1, 141.6, 133.9, 129.5, 128.8, 127.7, 127.0, 126.6, 126.1,125.9, 124.1, 123.7, 112.5. 4.3.15 Preparação do composto 1-((naphthalen-1-ylamino)(4- nitrophenyl)methyl)urea (64) Uma suspensão de 1-naftilamina 49 (1,0 mmol), 4-nitrobenzaldeído 45 (1mmol), etanol (5 mL), ureia 41 (1 mmol) e 20 mol% de ácido p-tolueno sulfônico foi agitada durante 30 minutos à temperatura ambiente. O produto foi colocado num banho de gelo até formação de um precipitado, filtrado e lavado com água destilada para se obter como produto o composto 64 como um sólido de cor amarela e rendimento de 73%. P.F 153-155°C I.V. νmax (cm-1, pastilha de ATR): 3045 (ν C=H), 1618 (ν C=C), 1597 e 1566 (δ C=N), 1508 e 1336 (ν N=O). RMN de 1H 1H NMR (400 MHz, CDCl3) δ ppm: 8.64 (s, 1H), 8.39 – 8.31 (m, 2H), 8.19 – 8.15 (m, 2H), 7.88 – 7.84 (m, 1H), 7.77 (d, J = 8.3 Hz, 1H), 7.55 – 7.44 (m, 3H), 7.09 (dd, J = 7.3, 0.8 Hz, 2H). RMN de 13 C (101 MHz, CDCl3) δ ppm: 157.4, 149.3, 148.1, 141.6, 133.9, 129.5, 128.8, 127.7, 127.0, 126.7, 126.1,125.9, 124.1, 123.7, 112.6. 5 Resultados e Discussão 5.1 Síntese e caracterização dos adutos de Mannich A reação de Mannich é uma das metodologias mais promissora entre os principais métodos de formação de ligação carbono-carbono. Desse modo, a reação clássica de Mannich, tem se tornado objeto de pesquisa de vários cientistas no campo da síntese orgânica e o seu mecanismo é detalhadamente conhecido. O produto da reação, conhecido como aduto ou base de Mannich 65, é obtido pela amino-alquilação de uma substância contendo um carbono ativado/ácido (comumente aldeídos e cetonas) e uma imina ou sal de imínio, dependendo das condições experimentais. A versão multicomponente desta reação diferencia-se pelo fato de que a imina é produzida in situ pela condensação de um composto carbonilado normalmente não-enolizável e uma amina primária ou secundária que reage em sequência com a substância de ligação C-H ativada (Figura 46). Figura 47. Reação de Mannich Multicomponente. O mecanismo da reação de Mannich multicomponente tem sido amplamente estudado por diversos grupos de pesquisa. Existem muitas referências na literatura que descrevem as etapas reacionais. [209] [210] Para essa reação há duas possibilidades de catálise: ácida ou básica. Na catálise ácida, metodologia tradicional, a etapa inicial é a complexação do ácido ao composto carbonilado não-enolizável, o que o deixa ainda mais eletrofílico. Em seguida, os elétrons n da amina atacam o carbono eletrofílico ativado formando um intermediário denominado hemiaminal (66). A etapa seguinte é um prototropismo entre o nitrogênio e o oxigênio o que possibilita uma desidratação para formar o íon imínio 67, eletrófilo da reação. Finalmente, o composto 68 atua como nucleófilo e ataca o carbono, sítio eletrofílico, do íon imínio, gerando o aduto de Mannich 69 (Figura 47). Figura 48. Mecanismo proposto para a reação de Mannich em meio ácido. As substâncias que foram sintetizadas, os análogos da metformina, exibiram notável atividade anticâncer. Inicialmente esses adutos de Mannich foram obtidos através da reação multicomponente utilizando acetonitrila como solvente entre a ureia, tioureia ou guanidina, uma amina aromática e um aldeído (Figura 48). Figura 49. Reação de Mannich multicomponente clássica utilizando a ureia/tioureia ou guanidina. O mecanismo proposto para esta reação é a reação clássica de Mannich que é acompanhada por uma catálise ácida. A etapa inicial é a protonação do oxigênio da carbonila do aldeído que o deixa mais eletrofílico para o ataque do par de elétrons não ligante do nitrogênio da amina para formação do eletrófilo (sal de íminio) in situ da reação. Em seguida, ocorre o ataque nucleofílico da ureia, tioureia ou guanidina no sal de imínio formado in situ (Figura 49), de forma análoga ao mecanismo proposto na Figura 48. Figura 50. Mecanismo da reação de Mannich para formação dos análogos da metformina. A realização deste trabalho teve início a partir da escolha e aplicação de uma reação de Mannich modelo, usando para tal a metodologia catalítica desenvolvida recentemente em nosso laboratório, [207] empregando o ácido ptoluenossulfônico como catalisador em acetonitrila. Como nucleófilo da reação de Mannich usou-se inicialmente a guanidina 43, além do cinamaldeído 44 e a ptoluidina 48 para formar o sal de imínio eletrofílico in situ (Figura 50). O aduto de Mannich 70 foi obtido em rendimento razoável (Entrada 1 da Tabela 5). Cabe ressaltar que a mesma reação foi repetida usando a metodologia tradicional para a reação de Mannich multicomponente, isto é, usando EtOH como solvente e sem a presença do catalisador, contudo, o tempo reacional foi de 24 horas e apresentou menores rendimentos aos mostrados na tabela 4. Figura 51. Reação de Mannich catalítica para obter o composto 7 estruturalmente semelhante à metformina e fenformina. Posteriormente, a fim de verificar a influência da troca bioisostérica do heteroátomo ligado, por ligação dupla ao carbono no nucleófilo, na atividade biológica dos adutos de Mannich repetiu-se a reação modelo usando como nucleófilo a tioureia 42 e a ureia 41. Ambos os adutos de Mannich 71 e 72 (Entrada 2 e 3 da Tabela 5) foram obtidos em bons rendimentos e com tempos reacionais diminutos. Em seguida, fez-se a reação multicomponente de Mannich utilizando o 2fenil-2H-1,2,3-triazol-4-carboxialdeído 47 no lugar do cinamaldeído, na presença de guanidina 43 e p-toluidina 48 (Entrada 4 da Tabela 5). O objetivo desta modificação foi introduzir o grupo triazol, com reconhecida atividade antineoplásica, ao análogo estrutural da metformina. [211] Efetuou-se ainda esta mesma reação utilizando a tioureia 42 e a ureia 41 como nucleófilos (Entradas 5 e 6 da Tabela 5). O tempo de reação com o 2-fenil-2H-1, 2,3-triazol-4-carboxialdeído foi consideravelmente maior quando comparado aos outros aldeídos. Em princípio, o 2-fenil-2H-1,2,3-triazol-4carboxialdeído 47 e o ácido p-toluenossulfônico foram agitados em acetonitrila para que houvesse a protonação do oxigênio da carbonila, aumentando a eletrofilicidade do aldeído. Em seguida, a p-toluidina foi adicionada e mantida sob agitação com o aldeído protonado por 10 minutos para formar a íon imínio, eletrófilo in situ da reação, deixou-se reagir o aldeído triazólico e a p-toluidina em solução com acetonitrila overnight com uma temperatura constante de 50°C. Em seguida, a guanidina/tioureia/ureia foi adicionada ao meio reacional e após 24 h o aduto de Mannich foi obtido. O rendimento e o ponto de fusão desses produtos que foram obtidos estão contidos na Tabela 5. A Figura 51 abaixo ilustra o mecanismo possível baseado no mecanismo geral da reação de Mannich multicomponente para este sistema reacional. Figura 52. Mecanismo proposto para a reação multicomponente de Mannich com o aldeído triazólico sob catálise ácida. A princípio acredita-se que os longos tempos reacionais para as reações com este 2-fenil-2H-1,2,3-triazol-4-carboxialdeído (47), quando comparados com o cinamaldeído 44 se deva a menor concentração do íon imínio (eletrófilo da reação) no meio reacional, possivelmente, devido a menor reatividade do 2-fenil-2H-1,2,3triazol-4-carboxialdeído, que pode apresentar um efeito mesomérico importante para a diminuição da eletrofilicidade da sua carbonila (Figura 52). [212] Figura 53. Possível explicação para o longo tempo reacional com o aldeído fenil-triazólico. O 2-fenil-2H-1, 2,3-triazol-4-carboxialdeído 47 foi sintetizado em três etapas conforme descrito na literatura (Figura 53). [213] Figura 54. Síntese do 2-fenil-2H-1,2,3-triazol-4-carboxialdeído 47. A agitação da D-(+)-glicose com fenilidrazina em etanol acidificado durante 4 dias levou a formação da fenil-D-glicosazona em 63% de rendimento, após recristalização em EtOH 60%. Este produto apresentou-se como um sólido amarelo de ponto de fusão 206-208 oC, cujo valor é compatível com o descrito na literatura (207 o C). [214] O tratamento da D-(+)-glicose com a fenil-hidrazina forma inicialmente a correspondente fenil-hidrazona, através de uma reação de adição nucleofílica em meio ácido na carbonila do aldeído do açúcar, com eliminação de água. A reação, porém, não para neste estágio. A hidrazona inicialmente formada sofre uma segunda reação com dois equivalentes de fenil-hidrazina para finalmente formar a fenil-D-glicosazona. Além da formação deste produto a reação também produz anilina, amônia e água. O mecanismo da síntese da osazona envolve um tautomerismo a uma 2-ceto-amina, seguido por uma sequência complexa de eliminações e condensações. O mecanismo resumido é apresentado na Figura 54. [215] Figura 55. Síntese da fenil-D-glicosazona. A subsequente reação da fenil-D-glicosazona com sulfato de cobre (II), como agente oxidante, ao refluxo durante 3 horas forneceu o fenil-D-glicotriazol em 68% de rendimento. Este composto apresentou-se como um sólido bege, com ponto de fusão 195-197 ºC, cujo valor é muito próximo ao descrito na literatura (195-196ºC). [214] Nesta etapa, foram suprimidas as duas recristalizações em água, conforme descreve o experimental padrão, pois o rendimento do sólido branco obtido após recristalização foi inferior a 20% e a pureza deste produto foi praticamente equivalente ao sólido sem recristalizar, conforme mostra os valores de ponto de fusão. A formação do fenil-D-glicotriazol necessita da presença de um agente oxidante. [216] Portanto, o sulfato de cobre (II) é reduzido a cobre metálico durante a conversão ao triazol. Esta reação pode ser feita com outros sais metálicos oxidantes, tais como, acetato de mercúrio (II), sulfato ou cloreto de ferro (III). A conversão da osazona ao osotriazol resulta na precipitação de cerca de 0,5 mol de cobre metálico por mol de osazona. O mecanismo sugerido para esta reação tem como primeira etapa a reação da osazona com os íons Cu(II) para formar um complexo monomérico osazonaCu(II) (Figura 55). O metal é, portanto reduzido de Cu(II) para Cu(I) e o ligante oxidado, visto que ele perdeu um elétron. Pode ser notado que um complexo dimérico não é essencial para o processo de oxi-redução, visto que o complexo monomérico osazona-Cu(II)-hidrogenossulfato fornece o mesmo resultado. Nas duas situações, um processo oxidação-redução intramolecular forma um complexo ligante-Cu(I) menos estável que sofre posterior decomposição liberando o radical. Este radical sofre um conjunto de deslocamentos de um elétron para formar o fenilD-glicotriazol. O complexo de Cu(I) obtido a partir do dímero decompõe-se para regenerar um mol de osazona e Cu(I), enquanto que o complexo de Cu(I) formado a partir do monômero deverá formar o triazol, a anilina e o Cu(I). Este íon foi produzido a partir dos dois complexos através de um desproporcionamento para formar Cu(II) e Cuo. A função do complexo de Cu(II) na formação do triazol é facilitar a oxidação, trazendo o átomo de nitrogênio com alta densidade eletrônica para próximo do oxidante. [217] Figura 56. Mecanismo para a formação do fenil-glicotriazol. O posterior tratamento do fenil-D-glicotriazol com solução aquosa de periodato de sódio sob agitação por 24 horas forneceu o 2-fenil-2H-1, 2,3-triazol-4carboxialdeído 47 em rendimento de 86%. O excesso de oxidante forma, em termos estequiométricos, um mol de formaldeído, dois mols de ácido fórmico, um mol do aldeído 47 e três mols do oxidante reduzido. Este aldeído foi obtido, após recristalização em EtOH/H2O (1:2), como um sólido branco ligeiramente amarelado, com odor adocicado característico, com ponto de fusão 65-66 oC, cujo valor é compatível com a literatura. [214] O mecanismo desta reação trata-se de uma clivagem oxidativa do composto poli hidroxilado, proporcionado pelo ácido periódico HIO4, formado no meio reacional a partir do periodato de sódio e água. Este mecanismo é mostrado na Figura 56. Figura 57. Mecanismo da clivagem oxidativa com HIO4 para a formação do aldeído 47. Para posterior aumento de escopo desta metodologia, a reação de Mannich multicomponente foi realizada utilizando as mesmas condições reacionais descritas anteriormente com os aldeídos 2-piridinocarboxaldeído 46 e 4-nitrobenzaldeído 45. Como esperado rendimentos superiores foram obtidos na formação dos respectivos adutos de Mannich quando o 4-nitrobenzaldeído 45, que contém o grupo nitro retirador de elétrons foi utilizado, provavelmente por aumentar a eletrofilicidade da carbonila. Com o intuito de avaliar a extensão da reação de Mannich, bem como a importância da amina na atividade biológica foram feitas reações trocando a ptoluidina 48 pela 1-naftilamina 49. Foram utilizados nestas reações o 4nitrobenzaldeído 45 e a guanidina 43 como nucleófilo. Os respectivos adutos de Mannich foram obtidos em excelentes rendimentos. Figura 58. 4-nitrobenzaldeído 45, 2- Piridinocarboxaldeído 46 e 1-naftilamina 49. Diversos adutos de Mannich estão descritos na literatura, empregando os mais variados aldeídos e aminas. Um dos resultados que mais chama a atenção é o de que, surpreendentemente a reação one pot, multicomponente de Mannich não forneceu as respectivas bases de Mannich quando a amina primária 2-picolilamina foi utilizada. Acredita-se que o produto esperado não se forma devido à instabilidade do sal de imínio oriundo da amina primária alifática (Figura 58). Figura 59. Instabilidade do sal de imínio formado por aminas primárias alifáticas. Tabela 5. Síntese de novos adutos de Mannich estruturalmente semelhantes à metformina e fenformina com variação do heteroátomo do nucleófilo. Entry Nucleophile Aldehyde Amines Product Yield M.P (°C) 1 57% 79-80 66% 78-79 2 3 69% 79-81 4 53% 109-111 56% 108-110 51% 107-109 67% 45-47 59% 111-113 65% 92-94 5 6 7 8 9 10 78% 122-123 81% 119-121 83% 118-120 85% 158-160 75% 159-160 11 12 13 14 15 73% 153-155 *Entradas 1, 2, 3, 7, 8, 9, 10, 11, 12, 13, 14 e 15 o tempo de reação foi de 0,5h. ** Entradas 4,5 e 6 o tempo de reação foi de 24h. Como pode ser observado na Tabela 5 acima, a reação de Mannich multicomponente catalisada por ácido p-tolueno sulfônico exibiu resultados interessantes. Os rendimentos das reações foram considerados de bons a ótimos e, em todos os casos, foi observada a formação de precipitados bege e amarelo. O tempo de todas as reações durou aproximadamente meia hora (0,5h), com exceção das realizadas com o 2-fenil-2H-1, 2,3-triazol-4-carboxialdeído (47) que levaram aproximadamente 24h. Desta forma, o solvente escolhido como ótimo para a reação de Mannich multicomponente utilizando este sistema foi a acetonitrila, como é descrito por Fiorot e colaboradores 2014. [207] Analisando os resultados obtidos, observou-se que o sistema catalítico pTsOH/CH3CN foi eficiente na reação de Mannich multicomponente derivada da ureia/tioureia/guanidina formando compostos, na maioria dos casos, com altos rendimentos e com tempos reacionais bem menores, quando comparados com a metodologia clássica usando etanol como solvente. Estes resultados vêm corroborar com a proposta da formação do eletrófilo (íon imínio) em maior concentração. Acredita-se ainda que a acetonitrila, um solvente bastante polar, tenha uma considerável participação na efetividade desta metodologia. Sabe-se que a reação de Mannich é governada por parâmetros iônicos e não orbitalares, uma vez que a carga do substrato é bastante pronunciada (íon imínio). Desta maneira, já era de se esperar que solventes polares apróticos favorecessem a reação ao estabilizar estados de transição carregados. Já o uso de solventes polares próticos pode levar a solvatação do ânion, o nucleófilo da reação, ocasionando assim, na diminuição da nucleofilicidade. Desta maneira, a proporção de catalisador já descrita na literatura e escolhida como ótima para este sistema é de 20 mol %, onde o rendimento foi maximizado e o tempo reacional minimizado. Os produtos inéditos 50, 51, 52, 53, 54, 55, 56, 57, 58, 59, 60, 61, 62, 63 e 64 foram caracterizados por espectroscopia no infravermelho, Ressonância Magnética Nuclear de 1H e 13 C e também submetidos à determinação do ponto de fusão. Considerando a similaridade estrutural dos compostos 50, 51 e 52 usaremos a caracterização estrutural do composto 50 como exemplo. A caracterização estrutural de 50 por infravermelho em pastilha de ATR mostrou bandas características em 3031 e 2913 cm -1 referente aos estiramentos das ligações C-H aromática e alifática. Em 1627 cm-1 um estiramento referente à ligação C=C. A banda em 1584 cm-1 foi atribuída ao estiramento da ligação N-H, já em 747 cm-1 observa-se o estiramento da ligação C-H do anel aromático dissubstituído da toluidina, e ainda uma banda em 987 cm-1 atribuída ao estiramento C-H do grupo vinil. Por fim, o estiramento da ligação C-N da amina em 1293 cm-1 evidencia a formação do aduto de Mannich. (Figura 59). Figura 60. Espectro de IV do composto 50. O espectro de RMN de 1H (Figura 60) do composto 50 mostrou os sinais característicos dos hidrogênios da metila ligada a um anel aromático na região não aromática em 2.35 ppm (H11). Na região aromática, puderam-se observar os hidrogênios característicos do anel aromático proveniente do aldeído em 7.52 ppm (H4 e H5), em 7.35 ppm (H1, H2 e H3). Os sinais referentes à dupla alifática também proveniente do aldeído aparece-se em 7.17 ppm (H6 e H7) e os sinais do anel aromático proveniente da p-toluidina em 7.10 ppm (H9, H10, H12 e H13). Um duplo dubleto em 8.27 ppm refere-se ao hidrogênio ligado a C-N da amina e C-N da guanidina evidenciando a formação do aduto de Mannich. É notado que, nos espectros de 1H de todos os compostos os hidrogênios ligados ao nitrogênio não aparecem. Segundo Silverstein e colaboradores (2005), hidrogênios diretamente ligados a oxigênio, nitrogênio ou enxofre diferem dos hidrogênios ligados a um átomo de carbono porque podem ser trocados facilmente, pois são muito lábeis e estão sujeitos à ligação de hidrogênio. [218] 1 Figura 61. Espectro de H do composto 50. No espectro de massas de alta resolução foi detectado por ionização da amostra no modo positivo [ESI(+)] a presença do íon protonado [C 16H16N + H]+ com relação massa/carga m/z = 222.12771 (erro = 0.08 ppm) e índice de instauração igual a 12 ratificando a determinação estrutural do composto 50 com fórmula mínima C16H16N (m = 222,13) (Figura 61). 222.127 71 557.295 15 468.232 25 336.174 75 671.342 18 Figura 62. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 50. Os compostos derivados da tioureia não foram detectados pela espectrometria de massas. Segundo a literatura, o espectro de massa não consegue detectar compostos contendo enxofre. A fonte de eletrospray (ESI) gera íons através da simples protonação/desprotonação das espécies polares, assim, no processo de ionização da fonte de ESI no modo negativo espécies moleculares ácidas são desprotonadas ([M-H]-), enquanto que no modo positivo as espécies básicas são protonadas ([M+H]+). A eficiência de ionização dessa fonte é maior de acordo com a acidez ou basicidade das espécies. Os compostos sulfurados não são eficientemente capazes de perder ou ganhar um próton no processo de ionização, ou seja, não são suficientemente ácidos nem básicos. [219] Em relação aos outros compostos derivados da ureia e guanidina, apenas parte desses compostos foram detectados pela espectrometria de massas. Isso ocorreu pois, segundo a literatura a ureia e seus derivados decompõe-se acima de 80ºC, [220] e as amostras analisadas por espectrometria de massas atingiram uma temperatura de 250 ºC para realização deste procedimento. Assim, a parte da ureia/guanidina foi decomposta restando somente a parte do composto que foi detectado (Figura 61). Figura 63. Demonstração da parte detectada e da parte não detectada no equipamento de massas. Por isso, a massa do aduto de Mannich 50 foi de 222,13 ao invés de 280, 17 g/mol. A massa da parte da guanidina no composto 50 é de 58, 05 g/mol, assim a diferença dessa parte decomposta da massa total corresponde à massa detectada que foi de 222,13 g/mol, observada no espectro da Figura 62. Considerando a similaridade estrutural dos compostos 53, 54 e 55 usaremos a caracterização estrutural do composto 53 como exemplo. A caracterização estrutural de 53 por infravermelho em pastilha de ATR mostrou bandas características em 3140 cm-1 referente à ligação N-H e ainda estiramento da ligação C-H aromática em 3020 cm-1. Em 1632 cm-1 um estiramento da ligação C=C. Os estiramentos das ligações C=N do anel triazólico em 1595 e 1494 cm-1. Por fim, o estiramento da ligação C-N da amina em 1354 cm-1 evidencia a formação do aduto de Mannich. (Figura 63). Figura 64: Espectro de IV do composto 53. O espectro de RMN de 1H (Figura 64) do composto 53 mostrou os sinais característicos dos hidrogênios da metila ligada a um anel aromático na região não aromática em 2.37 ppm (H11). Na região aromática, puderam-se observar os hidrogênios característicos do anel aromático proveniente do aldeído em 7.37 ppm (H1), em 7.50 ppm (H2 e H4) e em 8.11 ppm (H3 e H5) e os sinais do anel aromático proveniente da p-toluidina estão 7.10 ppm (H9, H10, H12 e H13). O único sinal de hidrogênio do anel triazólico aparece-se em 8.69 ppm (H6). Um singleto em 8.34 ppm refere-se ao hidrogênio ligado a C-N da amina e C-N da guanidina evidenciando a formação do aduto de Mannich. 1 Figura 65: Espectro de H do composto 53. No espectro de massas de alta resolução foi detectado por ionização da amostra no modo positivo [ESI(+)] a presença do íon protonado [C16H15N4 + H]+ com relação massa/carga m/z = 263.12914 (erro = - 0.07 ppm) e índice de instauração igual a 12 ratificando a determinação estrutural do composto 53 com fórmula mínima C16H15N4 (m = 263,13) (Figura 65) . 547.23290 263.12914 200 300 400 500 600 700 800 900 1000 1100 m/z Figura 66. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 53. Considerando a similaridade estrutural dos compostos 56, 57 e 58 usaremos a caracterização estrutural do composto 56 como exemplo. A caracterização estrutural de 56 por infravermelho em pastilha de ATR mostrou bandas características em 3355 e 3171 cm-1 referente à ligação N-H e ainda estiramento da ligação C-H aromática em 2919 cm-1. Em 1627 cm-1 um estiramento da ligação C=C. E em 1658 e em 1581 cm-1 estiramentos das ligações C=N. Por fim, o estiramento da ligação C-N da amina em 1346 cm-1 evidencia a formação do aduto de Mannich. (Figura 66). Figura 67. Espectro de IV do composto 56. O espectro de RMN de 1H (Figura 67) do composto 56 mostrou os sinais característicos dos hidrogênios da metila ligada a um anel aromático na região não aromática em 2.35 ppm (H12). Na região aromática, puderam-se observar os hidrogênios característicos do anel aromático proveniente do aldeído em 8.68 ppm (H1), em 8.17 ppm (H2), em 7.77 ppm (H4) e em 7.33 ppm (H3). Os sinais do anel aromático proveniente da p-toluidina estão em 7.20 ppm (H10, H11, H13 e H14). Um singleto em 8.60 ppm refere-se ao hidrogênio ligado a C-N da amina e C-N da guanidina evidenciando a formação do aduto de Mannich. 1 Figura 68. Espectro de H do composto 56. No espectro de massas de alta resolução foi detectado por ionização da amostra no modo positivo [ESI(+)] a presença do íon protonado [C13H13N2 + H]+ com relação massa/carga m/z = 197.10728 (erro = 0.23 ppm) e índice de instauração igual a 9 ratificando a determinação estrutural do composto 56 com fórmula mínima C13H13N2 (m = 197,11) (Figura 68). 197.10728 00483. 291 329 1.1 / Figura 69. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 56. Considerando a similaridade estrutural dos compostos 59, 60 e 61 usaremos a caracterização estrutural do composto 59 como exemplo. A caracterização estrutural de 59 por infravermelho em pastilha de ATR mostrou banda característica com estiramento da ligação C-H aromática em 2910 cm-1. Em 1623 cm-1 um estiramento da ligação C=C. E em 1597 e1583 cm-1 estiramentos das ligações C=N. Por fim, o estiramento da ligação N=O do p- nitrobenzaldeído é evidenciado em 1505 e 1336 cm-1(Figura 69). Figura 70. Espectro de IV do composto 59. O espectro de RMN de 1H (Figura 66) do composto 59 mostrou os sinais característicos dos hidrogênios da metila ligada a um anel aromático na região não aromática em 2.38 ppm (H12). Na região aromática, puderam-se observar os hidrogênios característicos do anel aromático proveniente do aldeído em 8.29 ppm (H1 e H2), em 8.04 ppm (H3 e H4). Os sinais do anel aromático proveniente da ptoluidina estão em 7.19 ppm (H10, H11, H13 e H14). Um singleto em 8.55 ppm referese ao hidrogênio ligado a C-N da amina e C-N da guanidina evidenciando a formação do aduto de Mannich. 1 Figura 71. Espectro de H do composto 59. No espectro de massas de alta resolução foi detectado por ionização da amostra no modo positivo [ESI(+)] a presença do íon protonado [C14H13N2O2 + H]+ com relação massa/carga m/z = 241.1 (erro = 0.03 ppm) e índice de instauração igual a 10 ratificando a determinação estrutural do composto 59 com fórmula mínima C14H13N2O2 (m = 241,1) (Figura 71) . Figura 72. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 59. Considerando a similaridade estrutural dos compostos 62, 63 e 64 usaremos a caracterização estrutural do composto 62 como exemplo. A caracterização estrutural de 62 por infravermelho em pastilha de ATR mostrou banda característica com estiramento da ligação C-H aromática em 3046 cm-1. Em 1620 cm-1 um estiramento da ligação C=C. E em 1597 e 1568 cm-1 estiramentos das ligações C=N. Por fim, o estiramento da ligação N=O do pnitrobenzaldeído é evidenciado em 1510 e 1338 cm-1(Figura 72). Figura 73. Espectro de IV do composto 62. O espectro de RMN de 1H (Figura 73) do composto 62 apresentou um sinal em 8.33 ppm referente a dois hidrogênios do aldeído (H3 e H4) e também ao sinal proveniente de um dos hidrogênios da amina (H13) que ficaram sobrepostos. O sinal em 8.15 ppm é característica também de hidrogênios do aldeído (H 1 e H2). Os sinais do anel aromático proveniente da 1-naftilamina foram observados em 7.85 ppm (H12), em 7.77 ppm (H11), em 7.50 ppm (H14, H151 e H16). E o singleto em 8.62 ppm refere-se ao hidrogênio ligado a C-N da amina e C-N da guanidina evidenciando a formação do aduto de Mannich. 1 Figura 74. Espectro de H do composto 62. No espectro de massas de alta resolução foi detectado por ionização da amostra no modo positivo [ESI(+)] a presença do íon protonado [C17H13N2O2 + H]+ com relação massa/carga m/z = 277.09716 (erro = 0.05 ppm) e índice de instauração igual a 12 ratificando a determinação estrutural do composto 62 com fórmula mínima C17H13N2O2 (m = 277,10) (Figura 74). 277.09716 263.12912 241.1 547.23293 200 400 600 800 1000 1200 1400 1600 1800 m/z Figura 75. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 62. 5.2 Tentativa da Síntese das Diidropirimidinonas com diversos Catalisadores A reação de Biginelli é uma das mais importantes reações para a síntese de dihidropirimidinonas (DHPMs). [221] Diante da vasta aplicação biológica, o interesse em estratégias sintéticas com abordagens variadas para sua síntese aumentou ao longo dos últimos anos ampliando tanto o interesse químico quanto biológico, o que tem proporcionado grande exploração na literatura de DHPMs. Neste sentido, a reação de Biginelli é uma alternativa elegante que vem sendo empregada. [118] [221] [222] Diversas modificações nas condições empregadas nas reações de Biginelli foram realizadas. Tais alterações foram necessárias uma vez que a síntese original apresentava limitações como tempos reacionais prolongados sob refluxo, uso de ácido clorídrico concentrado como catalisador, além de baixos rendimentos quando aldeídos alifáticos eram empregados como substratos. [223] Assim, nos últimos anos diversos ácidos de Brønsted e de Lewis foram relatados como catalisadores para essa reação [224]. Ademais, uma grande variedade de substâncias não ácidas, como líquidos iônicos [225], grafite [226] e até mesmo fermento biológico [227], foram relatadas como catalisadores para a reação de Biginelli. Desse modo, dando prosseguimento a outra parte deste trabalho, foram realizadas algumas reações na tentativa da preparação da dihidropirimidinona substituída, análoga cíclica da metformina, a fim de avaliar a correlação entre a restrição conformacional destes compostos e a atividade antineoplásica. Portanto, após a preparação e caracterização dos adutos de Mannich 50-64, foram feitas diversas reações com o intuito de sintetizar as DHPMs substituídas. Como catalisadores, foram utilizados diferentes ácidos de Brønsted e de Lewis, já que segunda a literatura, o uso dessas metodologias sintéticas possibilitam melhora nos rendimentos desse tipo de reação. [228] Inicialmente, foram utilizados ácidos de Brønsted como catalisadores para reação. A primeira tentativa foi realizada com a adaptação da metodologia de Bose e colaboradores (2005), utilizando água como solvente e ácido p-tolueno sulfônico como catalisador (Figura 75). [229] Figura 76. Tentativa da síntese da primeira DHPM por meio da reação de Biginelli com pTsOH e água como solvente. A função do ácido de Brønsted é protonar a carbonila do aldeído, e consequentemente, aumentar sua eletrofilicidade. Assim, o equilíbrio químico da reação é deslocado para a formação do íon imínio (Figura 76). Figura 77. Mecanismo via imínio para síntese de DHPMs. Em geral, nesta combinação tricomponente, dos três substratos envolvidos na reação de Biginelli, segundo a literatura, a reação funciona melhor com aldeídos aromáticos, podendo este apresentar substituintes em posições orto, meta ou para. Aldeídos aromáticos que apresentam grupos doadores ou retirados de elétrons nas posições meta ou para fornecem os produtos com rendimentos relativamente bons. Enquanto, os aldeídos contendo substituintes volumosos em posição orto, os rendimentos são menores, dependendo do substituinte na cadeia. [118] Assim, foi estabelecida uma reação modelo que utilizou o p-nitrobenzaldeído 45 em todas as tentativas de preparação de DHPMs, pois o mesmo adequa-se perfeitamente na descrição acima. E ainda, este aldeído foi escolhido pela facilidade de manuseio (é sólido) e principalmente por sua reatividade, onde o grupo nitro do aldeído aumenta a eletrofilicidade do íon imínio formado in situ (Figura 77). Figura 78. Estruturas de ressonância do p-nitrobenzaldeído. Contudo, o resultado esperado da reação, a formação da DHPM substituída, não foi alcançado. Ainda assim, outros ácidos de Brønsted foram testados na tentativa de obtenção das DHPMs, como é mostrado na Tabela 6 abaixo. Tabela 6. Ácidos de Brønsted utilizados na tentativa da preparação da DHPM. Entrada Ácido de Brønsted Solvente Resultado Referência 1 p-TsOH EtOH X [229] 2 HCl EtOH X [195] 3 H3BO3 Ác. acético X [230] Entretanto, o uso de HCl e H3BO3, além do uso do p-TsOH (Tabela 6), não foi suficiente para obtenção do resultado esperado. Diante dos resultados negativos obtidos, prossegui-se com uma busca por um catalisador propício para preparação da DHPM substituída. Em um trabalho publicado por Suresh e Sandu (2012), os ácidos de Lewis são empregados para alcançar excelentes rendimentos e reduzir bastante (colocaria outro advérbio de intensidade, como muito) o tempo de reação. [231] Desse modo, na Tabela 7 abaixo são descritos todos os ácidos de Lewis que foram utilizados na tentativa da preparação das DHPMs substituídas. Tabela 7. Ácidos de Lewis utilizados nas reações na tentativa da síntese das DHPMs. Entrada Ácido de Lewis Solvente Resultado Referência 1 NbCl5 CH3CN/CH2Cl2 X [232] 2 (CH3)3SiCl DMF/CH3CN X [233] [234] 3 CuCl2 MeOH X [235] 4 CeCl3·7H2O MeOH X [149] 5 FeCl3.6H2O EtOH/CH3CN X [236] [237] 6 FeCl3/DMAP EtOH X [238] 7 MgSO4 - X [239] 8 CaCl2 EtOH X [240] Cabe salientar que ao utilizar o pentacloreto de nióbio (NbCl 5) como catalisador (Entrada 1, Tabela 7), foi necessária a secagem prévia dos solventes utilizando hidreto de cálcio seguido por destilação fracionada. O mecanismo da reação de Biginelli catalisada por ácido de Lewis é parecido com o mecanismo mostrado na Figura 78 - proposta mecanística similar ao de Kappe (1997). [241] A imina, o intermediário formado através da ureia/tioureia/guanidina substituída (aduto de Mannich) e o aldeído, é estabilizado pelo íon metal [exemplo é mostrado com o Ca2+ (entrada 8, da Tabela 7), Figura 78], seguido da adição do enolato β-cetoéster e ciclodesidratação para obtenção da diidropirimidinona. Figura 79. Mecanismo proposto para reação de Biginelli promovida por ácido de Lewis. Contudo, mesmo diante de variais tentativas, não obtivemos nenhum resultado na preparação das DHPMs substituídas. Então, ao invés de isolar o aduto de Mannich e em seguida fazer a reação de Biginelli, pretendeu-se fazer uma sequência reacional dominó que consistiu na reação de Mannich multicomponente para obter inicialmente o aduto de Mannich, com excesso do aldeído, seguido da adição de acetoacetato de etila para realizar a reação de Biginelli multicomponente (Figura 79). [242] O intuito do excesso de aldeído servirá tanto para formar o imínio na reação de Mannich e deslocar o equilíbrio químico no sentido da formação de aduto de Mannich, quanto para a formação do intermediário carbenio obtido pela reação aldólica, catalisada por ácido, entre o acetoacetato de etila e o aldeído na reação de Biginelli. Figura 80. Tentativa da preparação de DHPM por uma sequência reacional dominó. Existem diversas variações da reação Biginelli amplamente usada, para geração de compostos bioativos. [80] [243] Assim, diante dos insucessos descritos anteriormente para a síntese das DHPMs, foi proposto a tentativa de duas modificações de Biginelli: a modificação de Pinner e de Atwal. O método de Pinner foi realizado segundo a adaptação de Kaiser (1959) e de Ringom e colaboradores (2004) [244] [245] como mostra a Figura 80 abaixo. Figura 81. Tentativa da preparação da pirimidina substituída pelo método de Pinner. Para a realização desta reação foi adicionado o etanol após a sua destilação para remoção de toda sua água. Em seguida, foi adicionado o etóxido de sódio, o aduto de Mannich 50 e o acetato de etila 65. A mistura foi refluxada por 24h e o solvente foi rotaevaporado. O resíduo marrom foi dissolvido em água gelada em um banho de gelo e acidificado com HCl até pH entre 5 e 7 para formação de cristais incolores. Assim, o produto obtido foi caracterizado e após observar o espectro de 1H, notou-se que o produto esperado não foi formado. A variante mais significativa é conhecida como modificação Atwal (Figura 81), em que uma enona reage com ureia protegida ou derivada de tioureia na presença de bicarbonato de sódio para formação de uma primeira dihidropirimidina que é, então, convertida para a correspondente DHPM sob desproteção com ácido. [80] [243] Figura 82. Variante das reações de Biginelli: modificação Atwal. [80] A preparação da enona foi realizada segundo a adaptação da metodologia de Swenson e colaboradores (2002). [246] A mistura do p-nitrobenzaldeído 45 e acetoacetato de etila 65, piperidina e ácido acético em tolueno foi mantida em aquecimento sob refluxo por duas horas com remoção azeotrópica de água usando o Dean-Stark. A mistura foi refrigerada e concentrada a vácuo e o resíduo foi purificado com uma coluna cromatográfica, utilizando como eluente hexano/acetato de etila/tolueno na proporção de 3:1:1 para obter um sólido alaranjado como produto de ponto de fusão de 68-70 ºC e 69% de rendimento. O mecanismo da formação da enona foi sugerido pela primeira vez em 1973, por Sweet e Fissekis, [98] conhecido por mecanismo de Knoevenagel (Figura 82 ). A proposta envolve a reação entre o aldeído e acetoacetato de etila via condensação aldólica. Para obtenção do produto de Knoevenagel 66, um enolato é formado como intermediário inicialmente. Este enolato reage com o aldeído, e o aldol resultante sofre uma eliminação subsequente induzida pela base. Figura 83. Mecanismo da reação de Knoevenagel para formação do composto 66. A caracterização estrutural de 66 por infravermelho em pastilha de ATR mostrou bandas características em 3042 e 2998 cm-1 referente aos estiramentos das ligações C-H aromática e alifática. A banda em 1729 cm -1 referente ao estiramento das ligações O=C-O. Em 1661 mostrou uma banda característica da ligação C=O. Por fim, o estiramento da ligação N=O do p-nitrobenzaldeído é evidenciado em 1519 e 1344 cm-1(Figura 83). Figura 84. Espectro de IV do composto 66. O espectro de RMN de 1H da região alifática (Figura 84) do composto 66 mostrou os sinais característicos dos hidrogênios da metila ligada a um –CH2 em 1.24 ppm (H1). Ainda na região alifática, observam-se os hidrogênios característicos de outra metila, mas, dessa vez ligada ao carbono da carbonila em 2.43 ppm (H3). O último sinal observado na região alifática foi o referente aos hidrogênios do metileno em 4.31 ppm (H2). 1 Figura 85. Espectro de H da reagião alifática do composto 66. Na região aromática, puderam-se observar os hidrogênios característicos do anel aromático proveniente do aldeído em 8.23 ppm (H7 e H8), em 7.58 ppm (H5 e H6). Ainda na região aromática pode-se observar o hidrogênio ligado a dupla alifática em 7.60 ppm (H4). 1 Figura 86. Espectro de H da reagião aromática do composto 66. Assim, após a preparação, purificação e caracterização do composto 66, foi realizada a reação de Atwal através da adaptação da metodologia de Atwal e colaboradores (1989) como mostra a Figura 86. [111] Figura 87. Tentativa da preparação de DHPM através da reação de Atwal. Mais uma vez, não foi obtido nenhum sucesso na preparação diidropirimidinona substituída. Então, algumas variações na reação de Atwal foram realizadas como mostrada na tabela 8 abaixo. Tabela 8. Algumas alterações na metodologia de Atwal. Entrada Solvente Base Resultado 1 CH3CN NaHCO3 X 2 DMF EtONa X 3 DMF CaH2 X A primeira reação de Atwal realizada (Figura 86) apresentou um sólido cristalino amarelo após recristalização com etanol. Contudo, após a caracterização e elucidação do composto, foi observado no espectro de RMN de 1H que esse composto se tratava do aduto de Mannich utilizado como reagente. Assim, concluiu-se que o produto 66 proveniente da reação de Knoevenagel e o aduto de Mannich utilizado não reagiram para formar a DHPM substituída como era o esperado. Desse modo, foram feitas algumas modificações na reação de Atwal, a fim de conseguir sintetizar a DHPM substituída. Na entrada 1 da Tabela 8 , modificouse o solvente para acetonitrila (CH3CN) em vez da dimetilformamida (DMF), uma vez que o uso da DMF requer várias extrações para remoção desse solvente do meio reacional, em contrapartida, a acetonitrila é um solvente que possui propriedade similares (constante dielétrica e momento dipolar) ao da dimetilformamida, porém, a sua remoção do meio reacional é mais simples e assim as várias etapas de extração são minimizados. Contudo o resultado obtido com a utilização da acetonitrila foi o mesmo ao da utilização do DMF, após a caracterização o espectro de 1H também mostrou que tratava-se do aduto de Mannich, reagente da reação. Sabendo que o aduto de Mannich e o composto 66 da reação de Knoevenagel não reagiam, supõe-se que a base - o bicarbonato de sódio (NaHCO3) - poderia não ser forte o suficiente para desprotonar o aduto de Mannich para dar inicio a reação. Assim foram testada duas bases, o etóxido de sódio (EtONa) e o hidreto de cálcio (CaH2). Ainda assim, o resultado foi o mesmo, e a formação da DHPM substituída mais uma vez não ocorreu. Por fim, sem nenhum sucesso, foi decidida a tentativa da síntese da DHPM substituída pela inversão da rota sintética. Para tal, foi realizada a reação de Biginelli comum com um ácido de Lewis como catalisador para obtenção da DHPM não substituída. Após, a DHPM isolada e caracterizada foi adicionada ao meio reacional com uma base para tentar uma possível abstração do (s) hidrogênio (s) ligado ao nitrogênio, e assim, aumentar a nucleofilicidade da DHPM para o ataque com o íon imínio. Concomitante a essa reação, em outro balão foi adicionado o aldeído e o catalisador e após alguns minutos adicionou-se uma amina aromática para formação do eletrófilo in situ, o íon imínio. Em seguida, esse íon imínio foi adicionado lentamente ao meio reacional que estava contido a DHPM já desprotonada para mais uma tentativa da formação da DHPM substituída como mostrado na Figura 87 abaixo. Figura 88. Tentativa da preparação da DHPM substituída com inversão da rota sintética. Para realização da primeira etapa dessa rota sintética foi usada à metodologia de Boumoud e colaboradores (2013), onde é relatado a ação cooperativa da base de Lewis a DMAP (4-dimetilaminopiridina) com o ácido de Lewis, o FeCl3. Várias sínteses usando essa combinação têm sido relatadas e provaram ser mais eficiente para formação do produto desejado. [232] [247] Com uma compreensão mais profunda do mecanismo comumente aceito da reação de Biginelli [241], a utilização de ácido de Lewis e base de Lewis como catalisador podem ser trabalhadas em conjunto, numa única reação para ativar a formação dos intermediários. [238] Assim a mistura do acetato de etila, p-nitrobenzaldeído e ureia em etanol foram aquecidos sob refluxo em presença de FeCl3/DMAP (20 mol %) até término da reação indicado pela CCF. Após o termino da reação, a mistura obtida foi resfriada até à temperatura ambiente, e agitada em água gelada. O sólido formado foi filtrado e recristalizado com etanol a quente para obter-se o produto puro, um sólido amarelo cristalino com 89% de rendimento. Um mecanismo proposto para a reação de condensação de Biginelli é apresentado na Figura 88. O intermediário imínio A, formada pela condensação da ureia 41 com o aldeído ativado 45, é estabilizado por FeCl3 através de uma ligação coordenada, devido o seu orbital vazio. Já o DMAP abstrai o próton ácido do βcetoéster 65 para obtenção do enolato B. Em seguida, ocorre a adição nucleofílica subsequente de B em A, seguido pela ciclização e desidratação para produzir o composto 67 através da reação de Biginelli. Figura 89. Mecanismo proposto da reação de Biginelli catalisada por FeCl3/DMAP. A caracterização estrutural de 67 por infravermelho em pastilha de ATR mostrou bandas características em 3225 e 3112 cm -1 característica da ligação N-H. Uma banda em 2976 cm-1 referente ao estiramento da ligação C-H aromática e alifática. A banda em 1700 cm-1 mostrou uma banda característica da ligação C=O. Em 1641 cm-1 referente ao estiramento das ligações O=C-O. O estiramento da ligação N=O do p-nitrobenzaldeído é evidenciado em 1517 e 1347 cm -1(Figura 89). Figura 90. Espectro de IV do composto 67. O espectro de RMN de 1H da região alifática (Figura 90) do composto 67 mostrou os sinais característicos dos hidrogênios da metila ligada a um C=C em 2.23 ppm (H8). Ainda na região alifática, observam-se os hidrogênios característicos de outra metila ligada ao metileno em 1.06 ppm (H7). Os hidrogênios do metileno foi observado em 3.95 ppm (H6). O último sinal observado na região alifática foi o referente ao único hidrogênio ligado a um carbono secundário em 5.24 ppm (H5). 1 Figura 91. Espectro de H da reagião alifática do composto 67. Na região aromática, puderam-se observar os hidrogênios característicos do anel aromático proveniente do aldeído em 8.19 ppm (H1 e H2), em 7.47 ppm (H3 e H4). Ainda na região aromática pode-se observar os hidrogênios ligados ao nitrogênio em 9.83 ppm (H10) e 7.87 ppm (H9). 1 Figura 92. Espectro de H da reagião alifática do composto 67. Após a confirmação da síntese da DHPM, o segundo passo foi tentar desprotonar a DHPM de modo a abstrair o hidrogênio ligado ao nitrogênio. Como existem dois nitrogênios e ambos estão ligados a hidrogênio, não priorizamos a seletividade da desprotonação, pois a principio, investigávamos a possibilidade dessa desprotonação. Assim, seguindo a adaptação da metodologia descrita por Zhang e colaboradores (2014), o composto 67 juntamente com a base foi adicionado ao meio reacional utilizando o etanol como solvente e a mistura foi mantida sob refluxo (Figura 92). [248] Figura 93. Tentativa da desprotonação da DHPM. Em outro balão foi adicionado o aldeído e a amina e 20 mol % do ácido ptolueno sulfônico para preparação do imínio, o eletrófilo da reação (Figura 93). Figura 94. Preparação do imínio. Após 30 minutos, o imínio foi pipetado e adicionado ao sistema onde estava contido o composto 67. Com isso, esperava-se que a DHPM já desprotonada reagisse com o imínio adicionado, eletrófilo da reação para a síntese da DHPM substituída pela inversão da rota sintética. (Figura 94). Figura 95. Tentativa da preparação da DHPM substituída. Essa foi à última tentativa da síntese da DHPM substituída e sem sucesso. Contudo, considerando que a maioria das reações para preparação dessa DHPM substituída foi mantida por muitas horas e em altas temperaturas (≥ 80ºC) e é descrito na literatura que a ureia decompõe-se a 85-90ºC. [220] Porém, longos tempos reacionais são necessários para que a reação comece a se processar,o que pode ter propiciado a ocorrência de reações colaterais indesejáveis e ainda a degradação do material de partida e com isso a obtenção do produto desejado foi prejudicada. Outra possível justificativa para o insucesso na preparação da DHPM substituída seria a presença do grupo volumoso ligado ao nitrogênio da ureia substituída, já que essa é a diferença mais evidente entre a ureia e a ureia substituída. Sabendo que a reação com a ureia foi bem sucedida e com a ureia substituída não foi possível, isso pode ser justificado pelo forte impedimento estérico ocasionado por essa presença do grupo volumoso próximo ao nitrogênio (Figura 95). Figura 96. Figura em 3D do composto 50. Por isso, é possível que este grupo volumoso adjacente ao nitrogênio dificulte a aproximação com o eletrófilo, diminuindo assim a disponibilidade do seu par de elétrons, não rendendo a DHPM substituída esperada. 5.3 Atividade Antineoplásica in Vitro Nosso laboratório tem se aprimorado ao longo dos últimos anos na síntese e avaliação anticâncer de vários compostos em algumas linhagens de células tumorais humanas, como câncer de pulmão H460 e A549, de ovário A2780 e ES2 e câncer de mama MDAMB-231 e MCF-7. Neste trabalho, ensaios de citotoxicidade in vitro dos compostos sintetizados 50-64 foram realizados através de um ensaio colorimétrico normalizado (MTT) [249] para estimar os valores de IC50, isto é, a concentração do fármaco que provoca a inibição de 50% do crescimento celular após um período de tempo pré-determinado da cultura de células exposto ao composto teste. Os valores de IC50 foram obtidos através de uma curva dose-resposta. Como controle positivo dos experimentos, as linhagens de células foram tratadas com os agentes quimioterápicos rotineiramente prescritos na clínica médica, como cisplatina e metformina para o câncer de ovário (ES2 e A2780) e para o câncer de pulmão (H460 e A549) e ainda doxorrubicina e paclitaxel além da cisplatina e metformina para o câncer de mama (MDAMB231 e MCF-7). Os resultados obtidos são apresentados na Tabela 6, cujas concentrações foram expressas em concentração molar. O estudo in vitro com a linhagem ES2 (Câncer de Ovário) mostrou que os compostos sintéticos 51, 56, 57 e 58 (Figura 96) foram os mais ativos e mais potentes que, os controles positivos Metformina e Cisplatina (Tabela 9). Cabe ressaltar que os compostos 51, 56, 57 e 58 foram dez mil vezes mais potentes do que a metformina e dez vezes mais potentes que a cisplatina. Ainda cabe ressaltar que o composto 57 foi ainda mais potente que os compostos 51, 56 e 58, pois mostrou menor concentração (1,06 x 10-6) entre eles. No entanto, para a linhagem de câncer de mama MCF-7, os adutos de Mannich 56, 57 e 58 (Figura 96) também exibiram excelentes resultados e, portanto foram os mais potentes, mostrando-se mil vezes mais potentes do que a metformina e ainda, dez vezes mais potente do que a Cisplatina (Tabela 9). Ao analisar os resultados de MTT para as linhagen de células de câncer de pulmão estudadas (H460) notou-se que os compostos 56 e 58 (Figura 96), foram os mais ativos entre todos os compostos testados (Tabela 9). Se comparado com a metformina, esses adutos de Mannich, análogos da metformina, apresentaram atividade de dez mil vezes mais potentes que a mesma. E ainda, foram dez vezes mais potentes que a Cisplatina. Já para a linhagem A549 do câncer de pulmão, ainda os compostos 56, 57 e 58 (Figura 96) apresentaram melhores resultados em detrimento de todos os outros compostos sintetizados. Eles foram cem vezes mais potentes que a metformina e dez vezes mais potentes que a cisplatina. Para a linhagem MDAMB-231 de câcer de mama, apenas o composto 51 (Figura 96) foi o mais potente dentre todos os compostos sintéticos testados (Tabela 9). Esse análogo da metformina foi dez mil vezes mais potente do que a própria metformina, cem vezes mais potente que a Cisplatina, dez vezes mais potente que a Doxorrubicina e apresentou menor citotoxicidade quando comparado com o Paclitaxel. Já para a linhagem MCF-7, o composto 52 (Figura 96) foi o mais potente, apresentando citoxidade dez mil vezes mais potente do que a metformina, dez vezes mais potente que o paclitaxel, dez vezes mais potente que o Cisplatina e ainda apresentou citotoxidade semelhante à doxorrubicina. Figura 97. Compostos mais potentes para o câncer de ovário (ES2 e A2780), para o câncer de pulmão (H460 e A549) e para o câncer de mama (MDAMB231 e MCF-7). Tabela 9. Valor de IC50 para câncer de ovário (A2780 e ES2), câncer de pulmão (H460, A549 e LC319) e câncer de mama (MDA-MB-231 e MCF-7). Compostos ES2 A2780 H460 A549 MDAMB231 MCF-7 (Câncer de ovário) (Câncer de ovário) (Câncer de Pulmão) (Câncer de Pulmão) (Câncer de Mama) (Câncer de Mama) -5 -6 Doxorrubicina - - - - Paclitaxel - - - - 9,55 x 10 Cisplatina 5,49 x 10 -5 3,28 x 10 -5 2,03 x 10 Metformina 7,70 x 10 -4 2,00 x 10 -4 1,22 x 10 -5 3,50 x 10 -4 3,50 x 10 -4 1,49 x 10 -4 5,95 x 10 -4 7,08 x 10 -6 3,16 x 10 -6 2,42 x10 -6 1,33 x 10 -4 4,24 x 10 -4 8,66 x 10 -4 5,73 x 10 -4 1,27 x 10 -4 6,95 x 10 -4 1,43 x10 -5 2,18 x 10 -2 3,49 x 10 -3 1,32 x 10 -6 4,20 x 10 -4 1,13 x 10 -4 1,52 x 10 -4 1,77 x 10 -4 9,49 x 10 -6 5,84 x 10 -6 5,03 x 10 -6 3,10 x 10 -4 1,95 x 10 -4 1,94 x 10 -5 9,87 x 10 -4 2,33 x 10 -4 1,03 x 10 -4 9,20 x10 50 4, 03 x 10 51 8,75 x 10 52 4,11 x 10 53 1,06 x 10 54 4,12 x 10 55 2,82 x 10 56 7,65 x 10 57 1,06 x 10 58 6,19 x 10 59 4, 24 x 10 60 1,50 x 10 61 7,38 x 10 62 3,87 x 10 63 1,74 x 10 64 1,14 x10 -5 4,59x10 -3 1,94 x 10 -2 5,31 x 10 -4 2,99 x 10 -4 3,18 x 10 -1 1,28 x 10 -5 1,62 x 10 -4 5,32 x 10 -1 2,41 x 10 -5 1,59 x 10 -4 2,00 x10 -4 1,191 x 10 -5 1,39 x 10 -4 4,67 x 10 -6 6,64 x 10 -6 9,75 x 10 -6 1,56 x 10 -5 4,46 x 10 -6 2,13 x 10 -6 6,78 x 10 -4 2,98 x 10 -4 1,08 x 10 -4 3,43 x 10 -4 2,61 x 10 -5 7,82 x 10 -4 8,16 x 10 -4 5,53 x 10 -4 7,67 x 10 -4 2,87 x 10 -4 2,24 x 10 -5 2,01 x10 -4 3,81 x10 -3 3,02 x 10 1,59 x 10 2,27 x 10 -8 2,85 x 10 -5 -4 2,87 x 10 -2 1,99 x 10 -4 1,46 X 10 -5 -6 1,49 X 10 -5 -3 1,50 x 10 -4 4,18 x 10 -4 0,44 x 10 -5 5,66 x 10 -5 1,28 x 10 -5 7,66 x10 -5 9,00 x 10 -4 5,65 x 10 -5 1,96 x 10 -4 2,31 x 10 -4 1,63 x 10 -5 4,91 x10 -4 1,04 x 10 -5 -2 -6 -5 1 -4 -5 -6 -5 -5 -5 -4 -4 -4 -1 De uma maneira geral, os compostos sintetizados 50-64 apresentaram atividades citotóxicas superiores às da metformina em todas as linhagens de células de câncer humano estudadas. Os compostos 51, 52, 56, 57 e 58 (Figura 96) mostraram-se mais potentes que os outros adutos de Mannich sintetizados e ainda, resultados semelhantes ou melhores que as outras drogas de controle testadas (Doxorrubicina, Paclitaxel e Cisplatina). Os compostos oriundos do cinamaldeído (51 e 52) e do 2- piridinocarboxaldeído (56, 57 e 58) apresentaram melhores resultados do que aqueles compostos que foi utilizado o p-nitrobenzaldeído e o 2-fenil-2H-1, 2,3triazol-4-carboxialdeído. Quanto ao heteroátomo do nucleófilo (guanidina, tioureia e ureia), os melhores resultados obtidos apresentaram enxofre (composto 51 e 57) e oxigênio (composto 52 e 58) na estrutura das bases de Mannich. Em geral, pôde-se notar que os compostos contendo um átomo de enxofre e um átomo de oxigênio, são mais potentes no tratamento das linhagens de câncer humana testadas do que aqueles contendo átomos de nitrogênio. 5.4 Estudos de Ancoragem Molecular (Docking) A família das AMPK são cinases que regulam processos celulares como apoptose, migração e proliferação celular. Nessa família destaca-se a ERK1/2 que integra uma via de transdução de sinais proliferativos. A via de PI3K/Akt/mTOR regula processos biológicos importantes nas células malignas, como sobrevivência, proliferação e metabolismo celular. Outro alvo terapêutico objeto de estudo deste trabalho é a proteína BRAF, pois, diversos tumores expressam uma mutação ativante nesse oncogene. [250] Estudos de docking foram conduzidos, a fim de analisar a conformação e a energia de interação entre os compostos. Contudo, serão apresentados aqui, a ancoragem molecular dos compostos mais ativos (51, 52, 56, 57 e 58) e possíveis alvos terapêuticos descritos na literatura, como as enzimas PI3K, ER2, AMPK e BRAF através do software AutoDock Vina. [251] A estrutura cristalina da PI3K, ER2, AMPK e BRAF foram obtidas no Protein Data Bank (PDB) os códigos 1TVO, 1E7U, 2UV4 e 3OG7, respectivamente (Figura 97). ERK2 (1TVO) AMPK(2UV4) PI3K (1E7U) BRAF(3OG7) Figura 98. Representação das estruturas cristalinas das proteínas ERK2, PI3K, AMPK e BRAF. As proteínas PI3K, ERK2, BRAF e AMPK e foram preparadas com os seus ligantes, Noratiriol/FR180204 (ERK2), Wortmannim/LY294002 (PI3K) e Fenformina e HL010183 (AMPK e BRAF), de acordo com o protocolo descrito na literatura. [251] As caixas com as dimensões de 14x12x12Å para ERK2, PI3K e AMPK e 18x12x12Å para BRAF, com coordenadas x = 6.230, y = -3.419 e z = 17.175 para ERK2, x = 23.426, y = 69.862 e z = 20.716 para PI3K; x = 14.517, y = 23.348 e z = 20.742 para AMPK e x = 2.171, y = -2.280 e z = -19.403 para BRAF, todas centrado no ligante, foram construídas de modo a cobrir totalmente o sítio ativo das enzimas. Imediatamente depois os ligantes cristalográficos foram redocados com os seus receptores, de modo a validar a eficiência dos cálculos de ancoragem molecular (Figura 98). (A) (C) (B) (D) Figura 99. Ligante redocado (amarelo) e ligante cristalográfico. (A) PI3K; (B) ERK2; (C) BRAF; (D) AMPK. Em seguida, o noratiriol e o FR180204 compostos descritos na literatura com reconhecida atividade inibitória da proteína ERK2 [252] foram superpostos ao sítio ativo da proteína utilizando o mesmo método descrito anteriormente. O mesmo foi feito para o Wortmanin e LY294002 inibidores de PI3K [253] [254] e ainda com a Fenformina e HL010183 inibidores das proteínas AMPK e BRAF. [255] [256] É importante destacar que a estrutura química dos ligantes cristalográficos foi totalmente otimizado usando o método semi-empírico PM3 contido no pacote de cálculos de orbitais moleculares do software Gaussian software 03. [257] Como resultado, obteve-se a superposição de todos os ligantes no centro ativo das respectivas proteínas ERK2, PI3K, AMPK e BRAF calculando a energia de interação ligante/receptor. Os mesmos procedimentos de cálculos de ancoragem molecular foram utilizados para a metformina e os adutos de Mannich sintetizados mais ativos 51, 52, 56, 57 e 58 (Tabela 10). Tabela 10. Energias de interação ligante/receptor do Noratiriol, FR180204, LY294002, Wortmannim, Fenformina, HL010183, Metformina e dos compostos sintetizados mais potentes 51, 52, 56, 57 e 58 com as proteínas ERK2, PI3K, AMPK e BRAF. Energia de ligação (Kcal/mol) Ligante ERK2 PI3K AMPK BRAF Noratiriol -8,1 - - - FR180204 -9,9 - - - LY294002 - -8,8 - - Wortmannim - -8,9 - - Fenformina - - -7,6 -6,5 HL010183 - - -8,0 -6,4 Metformina -4,5 -4,3 -4,8 -4,4 51 -8,1 -8,1 -6,7 -9,3 52 -7,8 -7,2 -6,6 -8,7 56 -7.8 -7.1 -6.4 -8.5 57 -6.4 -6.5 -5.9 -8.0 58 -7.9 -6.9 -6.4 -8.7 Os resultados de energia de ligação da metformina -4,5, -4,3, -4,8 e -4,4 Kcal/mol com as enzimas ERK2, PI3K, BRAF e AMPK, respectivamente, mostraram-se consideravelmente superiores aos obtidos para os inibidores destas proteínas (- 8,1 e -9,9 Kcal/mol - Noratiriol/ FR180204 para ERK2, respectivamente; -8,8 e -8,9 Kcal/mol -LY294002/Wortmannim para PI3K, respectivamente; -6,5 e 6,4 Kcal/ mol - Fenformina e HL010183 para BRAF, respectivamente e -7,6 e -8,0 Kcal/mol - Fenformina e HL010183 para a AMPK, respectivamente). Estas diferenças nos valores de energia de interação indicam provavelmente que a bisguanidina não atua inibindo a proliferação celular das células de câncer através destes alvos terapêuticos, o que vem a corroborar com os mecanismos de ação antineoplásica deste composto descrito na literatura. [64] Por sua vez, o aduto de Mannich 51 apresentou valores de energia de ligação ligante/receptor semelhante ou inferior aos inibidores descritos na literatura para todos os alvos proteicos testados indicando que este composto pode de fato atuar via mecanismos de ação múltiplos. Já para os compostos 52, 56, 57 e 58 as energias obtidas foram superiores as do Noratiriol, FR180204, LY294002 e Wortmannim nas proteínas ERK2 e PI3K, e ainda foram superiores as energias obtidas pela Fenformina e HL010183 para a AMPK. Já para proteína BRAF, a energia de ligação obtida foi inferior o da Fenformina e HL010183 (Tabela 10). Estes resultados indicam que o mecanismo de ação antineoplásica desses análogos da Metformina (52, 56, 57 e 58), possivelmente, não ocorre pela via de inibição da enzima PI3K, ERK2 e AMPK e ainda que a inibição da enzima BRAF seja um possível e provável alvo terapêutico. No entanto, investigações experimentais mais detalhados estão sendo realizadas no Laboratório de Pesquisa Clínica no Instituto Nacional do Câncer – INCA/RJ sob a coordenação da Dra. Cynthia Sternberg Intituto de Câncer (INCA) elucidar o mecanismo de ação dessas substâncias. Os inibidores Noratiriol e FR180204 foram satisfatoriamente superpostos no sítio ativo da proteína ERK2 e apresentou uma importante ligação de hidrogênio e resíduo de aminoácido com a lisina 54 e importantes interações de van der Waals (verde) com diferentes resíduos de aminoácidos (Figura 99 e 100). Figura 100. Conformação farmacofórica do Noratiriol (verde) com o sítio ativo da enzima ERK2. Figura 101. Conformação farmacofórica do FR180204 (verde) com o sítio ativo da enzima ERK2. No análogo da Metformina 51 pode-se destacar uma importante ligação de hidrogênio e o resíduo de aminoácido aspartato 964 da proteína ERK2 (Figura 101). Já o aduto de Mannich 52 apresentou também uma ligação de hidrogênio e resíduo de aminoácido asparagina 154 da proteína ERK2 (Figura 101). No composto 56 pode-se destacar a interação eletrostática entre um dos nitrogênios da molécula e o resíduo de aminoácido isoleucina 103 da proteína ERK2 (Figura 101). Outra interação importante deste composto é a ligação de hidrogênio e o resíduo de aminoácido glutamina 105 da proteína ERK2 (Figura 101). Ainda destacam-se importantes interações dos compostos 57 e 58 com resíduo de aminoácido da proteína ERK2. As demais interações representativas destes compostos são interações de van der Waals (verde) com diferentes resíduos de aminoácidos. Composto 51 Composto 52 Composto 56 Composto 57 Composto 58 Figura 102. Interações do complexo ERK2 e os ligantes 51, 52, 56, 57 e 58. Os inibidores LY294002 e Wortmannim foram satisfatoriamente superpostos no sítio ativo da proteína PI3K após ancoragem molecular e apresentou uma importante ligação de hidrogênio e resíduo de aminoácido com a Lisina 833. (Figura 103). Figura 103. Conformação farmacofórica do LY294002 (verde) com o sítio ativo da enzima PI3K. Figura 104. Conformação farmacofórica do Wortmannim (verde) com o sítio ativo da enzima PI3K. No análogo da Metformina 51 pode-se destacar uma importante ligação de hidrogênio e o resíduo de aminoácido aspartato 964 da proteína PI3K (Figura 104). Já o aduto de Mannich 56 apresentou também uma ligação de hidrogênio e resíduo de aminoácido Lisina 833 da proteína PI3K (Figura 104). Outra interação importante ocorre entre o composto 57 e o resíduo de aminoácido aspartato 950 da proteína PI3K (Figura 104). Composto 51 Composto 52 Composto 56 Composto 57 Composto 58 Figura 105. Interações do complexo PI3K e os ligantes 51, 52, 56, 57 e 58. O estudo de ancoragem molecular da proteína AMPK com a Fenformina mostrou ligações de hidrogênio com os aminoácidos Serina 334 e 226 e Aspartato 317 (Figura 105). Já com o inibidor HL010183 duas ligações de hidrogênios importantes com a Serina 314 e 226 foram detectadas (Figura 106). Figura 106. Conformação farmacofórica do Fenformina (verde) com o sítio ativo da enzima AMPK. Figura 107. Conformação farmacofórica do HL010183 (verde) com o sítio ativo da enzima AMPK. No análogo da Metformina 51 destacam-se importantes ligações de hidrogênios e o resíduo de aminoácido aspartato 317 e serina 314 da proteína AMPK (Figura 107). Já o aduto de Mannich 52 apresentou também uma ligação de hidrogênio e resíduo de aminoácido serina 314 da proteína AMPK (Figura 107). No composto 56 pode-se destacar ainda uma ligação de hidrogênio e o resíduo de aminoácido serina 316 da proteína AMPK (Figura 107). Outra interação importante do composto 57 são as ligações de hidrogênio e o resíduo de aminoácido aspartato 317 e treonina 200 da proteína AMPK (Figura 107). Ainda destacam-se importantes interações dos compostos 58 são as ligações de hidrogênio e o resíduo de aminoácido serina 314 e serina 226 da proteína AMPK (Figura 107). Composto 51 Composto 52 Composto 56 Composto 57 Composto 58 Figura 108. Interações do complexo AMPK e os ligantes 51, 52, 56, 57 e 58. As interações intermoleculares que podem ser destacadas a partir da superposição da Fenformina com a proteína BRAF interações de Van de Waals com os aminoácidos isoleucina 659 e tirosina 656. Já o composto HL010183 apresentou interações similares com os resíduos de aminoácidos isoleucina 659 e asparagina 658. Figura 109. Conformação farmacofórica da Fenformina (verde) com o sítio ativo da enzima BRAF. Figura 110. Conformação farmacofórica do HL010183 (verde) com o sítio ativo da enzima BRAF. No análogo da Metformina 51 destacam-se interações com o resíduo de aminoácido isoleucina 659 e asparagina 658 da proteína BRAF (Figura 110). Já o aduto de Mannich 52 apresentou também interações com o resíduo de aminoácido isoleucina 659 da proteína BRAF (Figura 110). No composto 56 pode-se destacar ainda uma ligação de hidrogênio e o resíduo de aminoácido treonina 529 da proteína BRAF (Figura 110). Outra interação importante do composto 57 é a ligação de hidrogênio e o resíduo de aminoácido asparagina 581 da proteína BRAF e interações com o aspartato 594 (Figura 110). Ainda destaca-se uma importante interação do composto 58 da ligação de hidrogênio e o resíduo de aminoácido lisina 483 da proteína BRAF (Figura 110). Contudo, os adutos de Mannich sintetizados por sua vez apresentaram, via de regra, importantes interações com a proteína, refletindo numa melhor interação entre estes compostos e o alvo proteico. Composto 51 Composto 52 Composto 56 Composto 57 Composto 58 Figura 111. Interações do complexo BRAF e os ligantes 51, 52, 56, 57 e 58. 5. CONCLUSÂO Neste trabalho, descrevemos uma metodologia para a reação de Mannich multicomponente eficiente para a preparação de quinze adutos de Mannich estruturalmente semelhantes à metformina 50-64 derivados da ureia ou tioureia ou guanidina com rendimentos variando de 51-85%. As atividades antineoplásicas de todos os adutos de Mannich testados mostraram-se superiores as da metformina em todas as linhagens de câncer humano. Dentre todas as bases de Mannich, os compostos 56, 57 e 58 derivado da tioureia, ureia e guanidina e 2piridinocarboxaldeído foram os mais potentes nas linhagens de câncer humano de ovário (ES2 e A2780) e pulmão (H460 e A549). Já são promissores candidatos a medicamentos para combater essas linhagens de câncer humano. Já o aduto de Mannich 51 derivado da tioureia e cinamaldeído, foi o composto mais potente mostrou-se mais efetivo na inibição da proliferação celular na linhagem celular do câncer de mama MDA-MB-231. Ainda, o adutto de Mannich 52 foi o mais potente na inibição da proliferação em MCF-7 do câncer de mama. Estudos de ancoragem molecular indicaram também que o aduto 51, 52, 56, 56 e 58 além de ser o mais potente em diversas linhagens de câncer. Entretanto, o composto 51 mostrou-se capaz de inibir o crescimento das células neoplásicas mediante ação nas proteínas ERK2, PI3K, AMPK e BRAF importantes alvos terapêuticos envolvidos na proliferação celular. Desta forma, este composto mostra-se um protótipo promissor que pode vir a ser usado na quimioterapia do câncer. Já os outros adutos de Mannich mais potentes (52, 56, 57 e 58) demais adutos de Mannich, segundo os dados de ancoragem molecular deverão atuar somente nas proteínas AMPK e BRAF. 6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. FRANKS, L.; TEICH, N. 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Figura 115. Espectro de RMN de 13 C em CDCl3 do composto 50. 1 1 Figura 116. Mapa de contorno da correlação homonuclear H- H bidimensional COSY do composto 50. 1 13 Figura 117. Mapa de contorno da correlação heteronuclear H- C bidimensional HSQC do composto 50. Figura 118. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 50. Figura 119. Espectro de infravermelho do composto 51. 1 Figura 120. Espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 51. 1 Figura 121. Expansão da região aromática do espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 51. Figura 122. Espectro de RMN de 13 C em CDCl3 do composto 51. 1 1 Figura 123. Mapa de contorno da correlação homonuclear H- H bidimensional COSY do composto 51. 1 13 Figura 124. Mapa de contorno da correlação heteronuclear H- C bidimensional HSQC do composto 51. Figura 125. Espectro de infravermelho do composto 52. 1 Figura 126. Espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 52. 1 Figura 127. Expansão da região aromática do espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 52. Figura 128. Espectro de RMN de 13 C em CDCl3 do composto 52. 1 1 Figura 129. Mapa de contorno da correlação homonuclear H- H bidimensional COSY do composto 52. 1 13 Figura 130. Mapa de contorno da correlação heteronuclear H- C bidimensional HSQC do composto 52. Figura 131. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 52. Figura 132. Espectro de infravermelho do composto 53. 1 Figura 133. Espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 53. 1 Figura 134. Expansão da região aromática do espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 53. Figura 135. Espectro de RMN de 13 C em CDCl3 do composto 53. 1 1 Figura 136. Mapa de contorno da correlação homonuclear H- H bidimensional COSY do composto 53. 1 13 Figura 137. Mapa de contorno da correlação heteronuclear H- C bidimensional HSQC do composto 53. 255.2 336. 3 372. 3 417. 1 512. 1 318. 160 394. 202 613. 145 336. 174 671 .34 Figura 138. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 53. Figura 139. Espectro de infravermelho do composto 54. 1 Figura 140. Espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 54. 1 Figura 141. Expansão da região aromática do espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 54. Figura 142. Espectro de RMN de 13 C em CDCl3 do composto 54. 1 1 Figura 143. Mapa de contorno da correlação homonuclear H- H bidimensional COSY do composto 54. 1 13 Figura 144. Mapa de contorno da correlação heteronuclear H- C bidimensional HSQC do composto 54. Figura 145. Espectro de infravermelho do composto 55. 1 Figura 146. Espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 55. 1 Figura 147. Expansão da região aromática do espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 55. Figura 148. Espectro de RMN de 13 C em CDCl3 do composto 55. 1 1 Figura 149. Mapa de contorno da correlação homonuclear H- H bidimensional COSY do composto 55. 1 13 Figura 150. Mapa de contorno da correlação heteronuclear H- C bidimensional HSQC do composto 55. Figura 151. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 55. Figura 152. Espectro de infravermelho do composto 56. 1 Figura 153. Espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 56. 1 Figura 154. Expansão da região aromática do espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 56. Figura 155. Espectro de RMN de 13 C em CDCl3 do composto 56. 1 1 Figura 156. Mapa de contorno da correlação homonuclear H- H bidimensional COSY do composto 56. 1 13 Figura 157. Mapa de contorno da correlação heteronuclear H- C bidimensional HSQC do composto 56. 200 400 300 46 60 0 Figura 158. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 56. Figura 159. Espectro de infravermelho do composto 57. 1 Figura 160. Espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 57. 1 Figura 161. Expansão da região aromática do espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 57. Figura 162. Espectro de RMN de 13 C em CDCl3 do composto 57. 1 1 Figura 163. Mapa de contorno da correlação homonuclear H- H bidimensional COSY do composto 57. 1 13 Figura 164. Mapa de contorno da correlação heteronuclear H- C bidimensional HSQC do composto 57. Figura 165. Espectro de infravermelho do composto 58. 1 Figura 166. Espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 58. 1 Figura 167. Expansão da região aromática do espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 58. Figura 168. Espectro de RMN de 13 C em CDCl3 do composto 58. 1 1 Figura 169. Mapa de contorno da correlação homonuclear H- H bidimensional COSY do composto 58. 1 13 Figura 170. Mapa de contorno da correlação heteronuclear H- C bidimensional HSQC do composto 58. 700 800 900 1000 Figura 171. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 58. Figura 172. Espectro de infravermelho do composto 59. 1 Figura 173. Espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 59. 1 Figura 174. Expansão da região aromática do espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 59. Figura 175. Espectro de RMN de 13 C em CDCl3 do composto 59. 1 1 Figura 176. Mapa de contorno da correlação homonuclear H- H bidimensional COSY do composto 59. 1 13 Figura 177. Mapa de contorno da correlação heteronuclear H- C bidimensional HSQC do composto 59. 1100 00m /z Figura 178. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 59. 1200 Figura 179. Espectro de infravermelho do composto 60. 1 Figura 180. Espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 60. 1 Figura 181. Expansão da região aromática do espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 60. Figura 182. Espectro de RMN de 13 C em CDCl3 do composto 60. 1 1 Figura 183. Mapa de contorno da correlação homonuclear H- H bidimensional COSY do composto 60. 1 13 Figura 184. Mapa de contorno da correlação heteronuclear H- C bidimensional HSQC do composto 60. Figura 185. Espectro de infravermelho do composto 61. 1 Figura 186. Espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 61. 1 Figura 187. Expansão da região aromática do espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 61. Figura 188. Espectro de RMN de 13 C em CDCl3 do composto 61. 1 1 Figura 189. Mapa de contorno da correlação homonuclear H- H bidimensional COSY do composto 61. 1 13 Figura 190. Mapa de contorno da correlação heteronuclear H- C bidimensional HSQC do composto 61. m/z 22 2.1 33 6.1 46 8.2 55 7.2 Figura 191. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 61. 671. 342 Figura 192. Espectro de infravermelho do composto 62. 1 Figura 193. Espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 62. 1 Figura 194. Expansão da região aromática do espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 62. Figura 195. Espectro de RMN de 13 C em CDCl3 do composto 62. 1 1 Figura 196. Mapa de contorno da correlação homonuclear H- H bidimensional COSY do composto 62. 1 13 Figura 197. Mapa de contorno da correlação heteronuclear H- C bidimensional HSQC do composto 62. 277.0 9716 263.1 200 24 547.2 2 4 16 300 m Figura 198. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 62. Figura 199. Espectro de infravermelho do composto 63. 1 Figura 200. Espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 63. 1 Figura 201. Expansão da região aromática do espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 63. Figura 202. Espectro de RMN de 13 C em CDCl3 do composto 63. 1 1 Figura 203. Mapa de contorno da correlação homonuclear H- H bidimensional COSY do composto 63. 1 13 Figura 204. Mapa de contorno da correlação heteronuclear H- C bidimensional HSQC do composto 63. Figura 205. Espectro de infravermelho do composto 64. 1 Figura 206. Espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 64. 1 Figura 207. Expansão da região aromática do espectro de RMN de H em CDCl3 do composto 64. Figura 208. Espectro de RMN de 13 C em CDCl3 do composto 64. 1 1 Figura 209. Mapa de contorno da correlação homonuclear H- H bidimensional COSY do composto 64. 1 13 Figura 210. Mapa de contorno da correlação heteronuclear H- C bidimensional HSQC do composto 64. 400 500 z Figura 211. Espectro de massas de alta resolução ESI(+) obtido para o composto 64.