an no 4 - 220010 no ov/ v/de dez//jan ja an Nº 14 Sauá Primeira reportagem de série que aborda os caminhos para a aprovação e construção de obras residenciais na Reserva. En n trevistt a Gilson Bevilacqua, biólogo, responde sobre pesquisa de mestrado cujo estudo é a comunidade de lontras existente em Ibirapitanga. Andr ndrea ea Kratz Kratzenbe en rg N o v a s Comii s s õ es Associados preparam estudos sobre temas e projetos de interesse de todos. reserva especial Somam 93 os projetos de residência aprovados para iniciar construção na Limpeza anual dos lotes Reserva Ibirapitanga. Foi finalizada em dezembro a limpeza anual dos lotes livres e A ata da 1ª reunião da Comissão de particulares iniciada em junho de Estudos para Revisão do Estatuto e realizada pelos cooperados da e do Regulamento Interno da APRI Secoop para manutenção dos está disponível para consulta aos terrenos vagos da Reserva. A limpeza anual é uma obrigação associados. legal e de responsabilidade de É de 300m² a área destinada ao primeiro cultivo de milho na cada proprietário. Para facilitar, a APRI administra esse processo. Horta Orgânica de Ibirapitanga. Quinta edição das Noturnas A cultura alemã serviu de inspiração para a montagem de um cenário típico e encantador para a quinta edição das Noturnas de Ibirapitanga, a festa anual realizada pela APRI em outubro. Quem foi, aprovou: “A decoração da a qualidade do serviço de bufê, com garçons a caráter e comidas típicas, aarqu arq rquivo vo A APRI PRI tenda, com piso e iluminação especial, a excelente banda e o maravilhoso chope, tudo ficou perfeito”, revela Solange Siqueira Mattos, moradora de Ibirapitanga e integrante da comissão organizadora do evento. Com essa primeira experiência de festa temática aprovada pelos presentes, associados e convidados, a ideia é repetir a dose uma cultura a cada festa: pode ser a italiana, japonesa, francesa, árabe ou mesmo a brasileira”, explica Solange. Arborização das Avenidas 1 e 2 Quem passa pelas avenidas principais de Ibirapitanga já pode observar a conclusão da arborização dessas vias. São mudas de Jequitibá, Peroba, Guarantã, Dedaleiro, Algodoeiro, Mutambo, Pau-viola, Ipê- Sauá Ibirapitanga branco e Guassatonga plantadas em novembro e dezembro. Segundo o engenheiro agrônomo Eduardo Mazzer, a preparação dos “berços” foi trabalhosa devido às dimensões necessárias de 70x70x70 cm para cada uma das mais de 800 mudas. “Toda a terra retirada foi descartada, devido à baixa qualidade e em seguida substituída por terra de boa arquuiivo arquivo vo APRI R qualidade preparada no Viveiro, misturando-se os adubos necessários 2 arq ivo APRI arqu A R AP novembro | dezembro | janeiro | 2009/10 | nos próximos anos. “Vamos escolher a fim de garantir, para cada árvore, um suprimento que facilite o seu desenvolvimento inicial”, informa. “A importância da revisão do Estatuto e Regulamento da APRI precisa ser compreendida .” Sérgio Mosca Alfred Alfr lfr fred Borch or ard Vice-presidente da APRI e morador de Ibirapitanga falando aos associados presentes em reunião na Reserva. Editorial O ano começa com a iminência de conclusão das iniciativas de informação do Programa de Educação Ambiental do Plano de Manejo da Reserva Ibirapitanga. Nada obstante as diversas ações no campo da educação ambiental já implementadas pela APRI desde a aprovação do Plano, percebeuarqu rqu quivo i A APRI RII se que boa parte dos associados e frequentadores de Ibirapitanga Festa dos Funcionários A Área de Convivência de Ibirapitanga foi palco da confraternização de final de ano promovida pela APRI para todos não tem total conhecimento da estrutura do empreendimento e do seu sofisticado e necessário apelo ambiental. Muita gente não sabe, por exemplo, que a Reserva Ibirapitanga é formada pelo loteamento Residencial Terras Altas e pela Reserva Particular do Patrimônio Natural Rio dos Pilões, ou simplesmente RPPN Rio dos Pilões, e que um e outra são componentes indissociáveis do licenciamento ambiental que permitiu a implantação do empreendimento. Para melhorar esse grau de informação, a APRI, desde fins de 2008, investiu em três frentes distintas. Primeiro, promoveu uma ampla os funcionários da Reserva e seus repaginação de sua revista, a Sauá. Houve um ganho magnífico de familiares. O evento, realizado em qualidade, tanto em termos de apresentação gráfica como também 18 de dezembro, durou um dia no conteúdo editorial. A Sauá se firmou como veículo de informação inteiro. Café da manhã, futebol, que leva aos associados, trimestralmente, as principais notícias da almoço, música ao vivo, bingo Reserva. e recreação monitorada fizeram A segunda iniciativa foi a reformulação integral do site da APRI. Ele parte da programação. Mais de estará no ar em fevereiro, e será atualizado mensalmente. Além de 150 pessoas compareceram à festa explicitar a estrutura de Ibirapitanga e as principais atividades da que foi encerrada com Associação, o website conterá uma área restrita aos associados, di- distribuição de presentes às crianças pelo Papai Noel. nâmica e atraente. A terceira frente de informação foi a produção de um vídeo institucional sobre Ibirapitanga. O vídeo será disponibilizado em DVD até o início de março, e apresentará as principais características de Ibirapitanga de maneira plástica e de fácil assimilação. É o primeiro de uma série que tratará dos diversos programas do Plano de Manejo, com assuntos sobre a vegetação, a fauna, a educação ambiental, a segurança, a responsabilidade social e outros. Com expectativa de uma maior participação, essa é a maneira como a APRI quer aproximar seus associados da intimidade da Reserva. Afinal, é bom lembrar que 2010 é ano de renovação na Diretoria da Associação e que gente nova é sempre bem-vinda. Adelmo Sampaio, presidente da APRI 3 palavra verde entrevista com Gilson Bevilacqua, biólogo com especialização em Gestão Ambiental pela Universidade de São Paulo e que acaba de concluir seu projeto de mestrado na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz – ESALQ, sobre a população de lontras de Ibirapitanga. Acumulando também formação em Ciências Sociais e mestrado em Fisiologia, Gilson é consultor ambiental e já foi professor dos cursos de Ciências Biológicas e Gestão Ambiental da Universidade de Mogi das Cruzes – SP. Tem como principal linha de pesquisa o levantamento, o monitoramento e o manejo de mamíferos silvestres em áreas protegidas. A lontra é um mamífero carnívoro, no topo da cadeia alimentar, que, em tese, não tem predador. O inimigo natural dela é o homem, infelizmente, novembro | dezembro | janeiro | 2009/10 | pois ela precisa de um ambiente em equilíbrio, Sauá Ibirapitanga O que em geral se sabe sobre as lontras? A lontra neotropical (Lontra longicaudis) é um mamífero carnívoro, de hábitos semi-aquáticos, preferencialmente crepusculares e noturnos, sendo mais comumente encontrada isolada (fêmea ou macho) ou em pequeno grupo, no caso, fêmea com filhotes. Costuma utilizar como abrigo cavidades já existentes nas margens dos cursos d’agua, entre rochas ou vegetação, mas também pode cavar os próprios abrigos. Utiliza arranhados, fezes e secreções odoríferas como demarcação de território. especialmente no que se refere à qualidade da água, para garantir sua preservação. Faltam pesquisas ainda para sabermos se é uma espécie ameaçada ou não de extinção no Brasil. 4 Como você teve a ideia da pesquisa sobre lontras? Eu trabalhava no Parque das Neblinas (RPPN da Cia. Suzano de Papel e Celulose entre Mogi das Cruzes e Bertioga) na época. Já tinha imaginado fazer meu projeto de mestrado lá. Ainda sem saber o tema, fui conversar com meu orientador, o professor Álvaro Fernando de Almeida, da ESALQ. Ele me falou da lontra e de Ibirapitanga. Já havia dois mestrandos, orientados por ele, realizando pesquisas na Reserva e ele me indicou o local, pois fora identificada a presença da lontra na área, durante a formulação do Plano de Manejo. Achei interessante porque, até hoje, não há trabalhos em quantidade nem qualidade suficientes para se definir se a lontra está ou não ameaçada de extinção no nosso país. Quanto mais trabalhos forem feitos para determinar isso, melhor. Quando iniciou a pesquisa? O primeiro contato foi no começo de 2006, entre fevereiro e março. Fui à Ibirapitanga, em duas ocasiões, para conhecer a área. Também conheci os orientandos do professor Álvaro e, depois, acompanhei por uma semana a Denise Mello do Prado, graduanda na época, que fez um trabalho em Ibirapitanga sobre felinos [Levantamento da mastofauna na RPPN Rio dos Pilões]. Em cima do conhecimento que tive da área, escrevi o projeto de mestrado e prestei o exame de ingresso em julho de 2006. Em julho de 2008, finalmente, iniciei o trabalho de campo em Ibirapitanga. Durante doze meses fiz visitas mensais com duração de uma semana aproximadamente, em trechos do Rio dos Pilões e margens do Lago. O que buscou pesquisar? A ideia era fazer um trabalho sobre a dieta das lontras e sua distribuição na Reserva. Para estudar a dieta, tive que recolher e analisar as fezes. Uma colega da Unicamp, Marcela Conceição do Nascimento, que fez mestrado sobre dieta de lontras [O que come uma Em Ibirapitanga, Gilson observa que a comunidade de mamíferos da Reserva é bem grande. A diversidade é o que mais chama a atenção. Durante sua pesquisa sobre lontras, por acaso, pode comprovar a existência de paca, onça-parda, veado-catingueiro, cateto, guaxinim, tatu-galinha entre outros. “Imagine se os Foto: Autor autor Autor estivesse pesquisando”, deduz. 5 palavra verde lontra suburbana?], foi à Ibirapitanga para me ajudar, mostrando os locais em que ela achava mais provável que tivessem lontras. Nas primeiras visitas, encontrei vestígios de fezes na área do Palmital, mas, quando retornei, decidi cobrir também a área do Rio dos Pilões. Tive que percorrer de ponta a ponta os 5,9 km do rio que corta a Reserva para definir como faria o trabalho. Acabei dividindo o rio em três trechos e cheguei à conclusão que o percurso deveria ser feito dentro da água e só poderia ser feito a nado e a pé, pois o local não é propício para a navegação e não é possível localizar todas as tocas de fora, andando pelas margens. Em alguns trechos, eu tinha que chegar bem cedo ou meu trabalho era atrapalhado quando escurecia, pois levava de 4 a 5 horas para percorrer pela água uma pequena extensão. Isso porque algumas tocas estavam em local bem difícil de chegar. Para dificultar ainda mais as coisas, nos meses de julho e agosto de 2008, quando comecei as coletas, eu não achei amostras de fezes, apenas umas poucas pegadas e outros vestígios. A experiência de Ibirapitanga é muito interessante e eu torço para que continue dando certo, para que esse modelo de RPPN possa ser copiado em outras localidades. É um bom Poderíamos considerar, então, que a lontra tem o costume de hibernar no inverno? É complicado dizer isso. Realmente, depois que o tempo ficou mais quente, as fezes apareceram. Imaginei que, ao completar o trabalho, eu teria um conhecimento melhor do que ocorre durante o frio, já que iria continuar a pesquisa até o inverno seguinte. Mas o inverno desse ano [2009] em relação ao do ano passado foi menos frio e bem mais chuvoso, e os dados não são comparáveis. caminho em direção à preservação de áreas Sauá Ibirapitanga novembro | dezembro | janeiro | 2009/10 | ambientais no país. 6 Quais as principais conclusões do seu estudo? De hábitos solitários, a lontra gosta de ocupar barrancos na beira da água, especialmente em trechos pouco visíveis para quem está na margem. Também busca fazer tocas em locais com árvores derrubadas e que servem de acesso natural para o meio líquido. Uma das coisas pouco conhecidas sobre a espécie é a questão de sua distribuição territorial. A lontra domina uma determinada extensão de área na qual constrói diferentes abrigos, próximos uns dos outros. O que dá pra perceber é sua fidelidade a esses abrigos e a preferência pelas áreas com boa preservação da vegetação natural. Encontrei pouquíssimos vestígios na área do rio que não tem cobertura de floresta, por exemplo. As características do rio também influem. Isso tem a ver com estratégia de pesca do animal: quanto mais transparente e rasa a água, mais difícil é para a lontra se aproximar dos peixes sem ser percebida. Na questão da dieta, praticamente só encontrei vestígios de peixes e crustáceos nas amostras recolhidas em Ibirapitanga. O que deduzi é que a área está oferecendo o alimento preferido em quantidade suficiente para não obrigá-la a mudar seus hábitos alimentares, como já foi demonstrado em outros trabalhos. Isso indica que o local está preservado e adequado como habitat. Por fim, provavelmente a população realmente é pequena, mas não consegui dados mais precisos sobre número de indivíduos, mesmo porque nem era o objetivo de meu estudo. Talvez isso possa ser complementado se acontecer uma parceria com a Cristine Silveira Trinca, uma pesquisadora da PUC-RS que estuda o DNA das lontras a partir das fezes [Filogeografia e diversidade genética da lontra neotropical] e para a qual devo recolher amostras em Ibirapitanga. Seu estudo talvez possa determinar o tamanho da população de lontras na Reserva. Ibirapitanga terá que mudar suas atitudes para preservar a população de lontras? A frequência e distribuição dos vestígios não deixam dúvidas sobre a importância da Reserva para a conservação da espécie na região. Será preciso dar continuidade a algumas ações, como o reflorestamento ao longo do trecho intermediário do Rio dos Pilões, Gilson Bevilacqua onde encontrei pouquíssimas amostras de fezes de lontras. A pesca deve continuar sendo proibida no rio e, nesse sentido, o investimento na educação ambiental tem que aumentar, para conscientizar as pessoas da Reserva. Se realmente for verdade o que eu observei, ou seja, que as lontras sumiram da região do lago por causa da constante presença de pessoas, isso não pode se repetir no rio. Não só em relação às lontras, aliás, a presença humana tem que ser controlada para não causar o isolamento de outras espécies. Existem outras RPPN que atuam na preservação das lontras? Conheço apenas a RPPN Rio das Lontras entre as cidades de Águas Mornas e São Pedro de Alcântara, em Santa Catarina, que é uma área familiar de preservação. Ainda em Santa Catarina, onde há mais pesquisa e pessoal estruturado na preservação da espécie, encontrase o Projeto Lontra, que estuda principalmente a presença desses animais na ilha de Florianópolis. No Rio de Janeiro, existe o projeto Ecolontras da ONG Ecomarapendi que tem o objetivo de estudar a biologia e a ecologia das lontras em todo o Brasil. Temos, no Brasil, 12 categorias de unidades de conservação (como os Parques Nacionais e Estações Ecológicas) e a única que pode ser criada Você acha que sua pesquisa pode vir a influenciar mais trabalhos sobre lontras? Acho que sim, essa é a ideia. Afinal, o bom trabalho científico é aquele que não responde a todas as perguntas que você tinha, mas que traz novas. Já existe um cruzamento de informações entre pesquisadores: há o Encontro Nacional de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos, que esse ano foi em Salvador; existe, também, a IUCN [União Internacional de Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais], instituição mundial que gera listas de espécies ameaçadas e da qual alguns pesquisadores brasileiros fazem parte, entre eles a Cristine. e mantida por particulares são as RPPN. No estado de São Paulo, acho que o papel das RPPN na preservação ambiental é absurdamente importante, por possibilitar a formação de corredores entre áreas de preservação maiores. O que pode dizer da infraestrutura de Ibirapitanga para a pesquisa científica? A estrutura do alojamento para pesquisadores é muito boa. Temos que trazer mais gente pra fazer pesquisas em Ibirapitanga, porque o espaço é bom e acaba sendo subutilizado. Além do alojamento, sempre que precisei de alguma coisa, o pessoal não mediu esforços para me ajudar e isso é muito importante. Que estudos você pretende fazer daqui pra frente, como doutorado? Isso ainda está em aberto para mim. Já apresentei resultados do mestrado, pela primeira vez, no Congresso de Ecologia do Brasil (em setembro de 2009 em São Lourenço – MG) e, agora, pretendo publicar os resultados em alguma revista científica. Ainda não pensei no tema de doutorado, porque antes de começar esse trabalho sobre lontras, eu trabalhava com algo mais amplo, grupos de mamíferos. Não sei ainda se quero me tornar um especialista em lontras, embora eu tenha gostado bastante da pesquisa. Entre outras ideias, eu queria produzir um guia das espécies de mamíferos de Ibirapitanga. Mesmo que não seja meu doutorado, tenho muito interesse em continuar pesquisando na Reserva, em estreitar as relações. Acho que é importante para Ibirapitanga ter algum biólogo que monitore a fauna local. O que você leva da sua graduação em Ciências Sociais para as suas pesquisas do meio ambiente? Para mim, é bem importante, porque cada vez mais é discutido que não se faz preservação ambiental sem as pessoas. Então, a graduação em Sociais me dá um embasamento a mais para trabalhar nessa área de preservação. PARA CONTATO: Gilson Alves Bevilacqua [email protected] 7 AC CP Piantino iant antino i ino arquitetura ar r q uitt e t u r a Sauá Ibirapitanga novembro | dezembro | janeiro | 2009/10 | Construir em Ibirapitanga - parte I 8 O que levar em conta na hora de projetar e construir sua casa na Reserva? Esse é o tema de uma série de duas matérias preparadas sobre o assunto. Nesta edição são apontados os requisitos legais para desenvolvimento e aprovação de projetos. No próximo número serão abordados os aspectos arquitetônicos e ecoeficientes para uma construção em área de Mata Atlântica, de acordo com o modelo inovador da Reserva Ibirapitanga. O lote foi adquirido e você já tem a casa de seus sonhos traduzida em projeto por um arquiteto ou engenheiro civil. Para iniciar a construção em Ibirapitanga, o projeto residencial arquitetônico passará por diferentes processos legais para autorização. O primeiro e mais importante é a aprovação junto à Associação dos Proprietários em Reserva Ibirapitanga - APRI. Depois é a vez de apresentar o projeto à Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB para, então, solicitar o licenciamento da obra na Prefeitura de Santa Isabel. Compromisso Ambiental O Residencial Terras Altas tem características únicas e pioneiras em seu projeto de urbanização. Para usufruir o privilegio de ter uma residência em área de preservação ambiental, é necessário o compromisso com uma série de aspectos na hora de projetar e construir na Reserva Ibirapitanga. “A maior preocupação é não causar impacto ambiental, contribuindo para a conservação da RPPN Rio dos Pilões”, afirma Monica de Moraes, arquiteta responsável pela aprovação dos projetos residenciais encaminhados à Associação. A exigência de manutenção de 40% de terreno permeável à água de chuva é um bom exemplo. Também a adequação à topografia do lote, com o menor deslocamento de terra possível, é outro AC A CP Piantino iantino iant in ino Fotos: FFoto Fo o s: R Reinaldo eina nald na lldo ddo Nunes cuidado a ser observado pelo profissional responsável pelo projeto. Esses e outros direcionamentos estão explícitos no Regulamento de Obras da APRI e devem ser observados para diminuição do tempo de aprovação de um projeto junto à Associação e demais órgãos, explica Monica. O processo de aprovação na APRI tem início com o envio de uma via do projeto completo e do memorial descritivo das edificações para uma primeira análise pela arquiteta, que faz atendimento no escritório administrativo da Scopel, em São Paulo. “O projeto será devolvido em 15 dias, com indicações das correções que se fizerem necessárias. Com as correções efetuadas, o profissional técnico responsável deve reencaminhar o projeto, desta vez contendo cinco vias de todos os documentos, visando a aprovação junto ao Diretor de Obras da Associação, ou a quem esse designar, também no prazo de 15 dias em média”, Monica informa. Alvarás Com o projeto aprovado pela APRI, é hora de encarar a parte mais demorada do processo: o Brasil está entre os países que criam mais dificuldades para aprovação de obras. É praticamente impossível resolver tudo em menos de três meses, por mais simples e descomplicada que seja a empreitada. Considerado o porte padrão das construções residenciais 9 arquitetura Sauá Ibirapitanga novembro | dezembro | janeiro | 2009/10 | brasileiras, chega-se a um prazo médio de 180 dias para obtenção da documentação. Mas isto deve mudar. Os órgãos públicos estão adotando medidas para diminuir a demora na liberação de alvarás de construção. A gradual integração do licenciamento realizado pela Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental - CETESB, o Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais - DEPRN e o Departamento de Uso do Solo Metropolitano de São Paulo - DUSM é uma dessas ações. Até pouco tempo, o DUSM era o órgão estadual responsável pela verificação da área permeável e do esgotamento sanitário e demorava em média de seis a oito meses para apreciar um projeto. Com a responsabilização da CETESB pelo que era feito pelo DUSM, a partir do final de 2009, espera-se que o prazo de 90 dias para verificação de um projeto seja cumprido, o que ainda não está acontecendo. 10 Com prazos tão longos, em geral, a Prefeitura acaba concedendo um alvará provisório para início da construção antes da aprovação do órgão estadual. Depois, sobrevindo à aprovação, a Prefeitura expede o alvará definitivo. Mas os proprietários precisam estar atentos aos prazos. A Prefeitura de Santa Isabel alega que muitos dos proprietários de Ibirapitanga com alvará provisório terminaram a obra sem requerer o alvará de construção definitivo. “Não podemos confirmar a veracidade desses dados, mas o Secretário Municipal de Meio Ambiente de Santa Isabel afirmou que a Prefeitura notificou 35 proprietários de residências prontas na Reserva, e que apenas um apresentou seu projeto aprovado no DUSM, o que é lamentável”, informa Adelmo Sampaio, presidente da APRI. Para auxiliar os proprietários a manter a documentação em dia, a Diretoria de Obras colabora com a fiscalização dos projetos em andamento, o que é realizado pelo engenheiro Fabiano Cruz, contratado pela APRI para acompanhar de perto os projetos em construção na Reserva Ibirapitanga. Caminhos da aprovação Todo esse processo para iniciar a obra pode parecer muito técnico para o proprietário que pela primeira vez vai construir uma residência. “Faz parte da atuação do arquiteto ou engenheiro contratado instruí-lo nesse processo e até mesmo encaminhálo junto aos órgãos competentes, se assim for acordado”, explica Veridiana Sampaio, arquiteta com obras em andamento na Reserva. Com oito projetos de sua autoria na Reserva, Veridiana revela que costuma fazer 10 visitas técnicas, em média, para aprovação de um projeto junto à APRI, à CETESB e à Prefeitura de Santa Isabel. “Com relação à APRI, o processo vai bem, pois as exigências são claras, mas, junto aos órgãos públicos, é preciso experiência e um bom checklist na hora de protocolar os documentos”, ela revela. Preparando-se para tocar o projeto da residência da família em Ibirapitanga, Veridiana acredita que a satisfação de materializar uma obra numa área como a da Reserva é muito recompensadora para proprietário e arquiteto. Com o alvará de construção em mãos, ou seja, a licença para o início das obras expedida, o proprietário do imóvel deve comunicar a data prevista para início da construção, o que deve seguir um determinado prazo. Caso esse prazo seja perdido, é preciso reiniciar todo o processo. “é preciso experiência e um bom checklist na hora de protocolar os documentos” Exigências da APRI à aprovação do projeto • Planta baixa de todos os pavimentos projetados; em 2 cortes: longitudinal e transversal, com elevações frontal e lateral e indicação do perfil natural e dos limites do terreno • Levantamento planialtimétrico com curvas de nível • Ângulos de fechamento da área do terreno • Quadro de iluminação e ventilação com área de piso de cada compartimento e dimensões de caixilhos • Memoriais de construção e de piscina (quando houver) • Memoriais do sistema de esgoto sanitário • Esquemas de construção de fossa séptica e sumidouro • ART do autor do projeto e responsável técnico pela obra Confira o passo a passo para construir na Reserva 1. Contratação de profissional — arquiteto(a) ou engenheiro(a) civil — autor e responsável técnico pelo projeto junto à APRI e a demais órgãos com emissão de ART - Anotação de Responsabilidade Técnica, que é uma súmula do contrato firmado entre o profissional e o cliente para a execução de uma obra, feita por intermédio de um formulário próprio registrado pelo profissional no CREA. 2. Aprovação junto à Associação de Proprietários em Reserva Ibirapitanga para aferição do padrão arquitetônico exigido pelo empreendimento. 3. Aprovação junto à Companhia Ambiental do Estado de São Paulo CETESB, órgão da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo SMA (antigo DUSM) para checagem da área permeável e do esgotamento sanitário. 4. Para saber mais: • Consulte o Regulamento de Obras de Ibirapitanga • Contate Monica de Moraes [email protected] Tel: 11-3089-4500 Averbação da Declaração para Vinculação, expedida pela CETESB, na respectiva matrícula do lote junto ao Cartório de Registro de Imóveis CRI de Santa Isabel. 5. Aprovação junto à Prefeitura Municipal de Santa Isabel para conferência das posturas do Código de Obras do Município. O arquiteto ou engenheiro civil responsável pela obra deve providenciar seu cadastramento na Prefeitura de Santa Isabel. Observação: Com a obra concluída, é necessário solicitar o Alvará de Ocupação (“Habite-se”), emitido pela Prefeitura de Santa Isabel. 11 Dario Sanches Ednaldo Cândido monitoramento Lagarto / Enyalius perditus Irara / Eira barbara Jararaca / Bothrops jararaca Morcego / Desmodus rotundu saí andorinha / Tersina viridis Giselda Person Gavião-Carijó / Buteo magnirostris De olho na fauna Ibirapitanga implementa monitoramento da fauna silvestre para geração de banco de dados sobre os mamíferos, aves, répteis e anfíbios existentes na RPPN Rio dos Pilões, visando ações de controle e preservação. Sauá Ibirapitanga novembro | dezembro | janeiro | 2009/10 | Confirmar a presença de espécies já identificadas em Ibirapitanga é um dos objetivos do Programa de Manejo da Fauna. Verificar as condições de equilíbrio e detectar alterações que venham a provocar instabilidade de populações, de comunidades e de ecossistemas também faz parte do estudo iniciado em agosto. Desenvolvido para ser aplicado em quatro etapas, o Programa terá duração de dois anos, com monitoramento realizado por empresa contratada pela APRI, Dorothea Pereira Consultoria Ambiental 12 “É a primeira ação concreta no atendimento às prescrições do Plano de Manejo Ambiental de Ibirapitanga, no que diz respeito à fauna local”, informa José Roberto de Souza, conselheiro do Módulo I. “Com boa parte das premências relacionadas à vegetação já encaminhadas, é mais do que tempo de conhecermos melhor a fauna de Ibirapitanga para, a partir desse primeiro monitoramento, decidirmos as melhores alternativas para o manejo”, explica. “O monitoramento da fauna é uma ferramenta imprescindível para a implementação de ações adequadas à convivência com os outros moradores da Reserva”, ressalta Ilka Paraíso, diretora de Meio Ambiente da Associação. “A urbanização da área limítrofe da RPPN vai causar impactos. Portanto, além da flora, devemos conhecer bem a fauna para minimizarmos possíveis danos”, Ilka afirma. O Programa de Manejo de Ibirapitanga segue as diretrizes estabelecidas pelo Departamento Estadual de Proteção de Recursos Naturais – DEPRN, órgão da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, vinculado à Coordenadoria de Licenciamento Ambiental e Proteção de Recursos Naturais - CPRN. “O estudo vai evidenciar as espécies da fauna silvestre que tenham importância tanto para a conservação como também para a caracterização das comunidades naturais, e apontar as áreas de importância ecológica para a preservação das espécies ameaçadas de extinção na Reserva”, resume Dorothea Pereira, “É a primeira ação concreta no atendimento às prescrições do Plano de Manejo Ambiental de Ibirapitanga no que diz respeito à fauna local” Alessandra Pak Lontra / Lontra longicaudis Marcelo Salgado Cateto / Tayassu tajacu Daniela Area Gambá / Didelphis marsupialis Canario-da-terra / Sicalis flaveola Sapo-de-chifre / Proceratophrys boie engenheira agrônoma e coordenadora do projeto, que conta com a participação da bióloga Giselda Person na equipe técnica. As atividades de campo são trimestrais, acompanhando as estações do ano, com entrega de relatórios semestrais para análise e aprovação pelo DEPRN. A área a ser monitorada abrange toda a RPPN Rio dos Pilões, que contará com observações sistemáticas, medição repetitiva e contínua de todas as espécies da fauna silvestre existentes no local: mamíferos, aves, répteis e anfíbios. “Serão selecionadas espécies bioindicadoras para a conservação da área, com ênfase para as espécies da fauna silvestre ameaçadas de extinção. Será necessário, em um segundo momento, um monitoramento específico do grupo de capivaras para que não ocorra um crescimento descontrolado da população desta espécie”, aponta Dorothea. “Na identificação das espécies serão utilizadas técnicas de observação que fazem uso de binóculos, espreita, levantamento por pontos, uso de adaptador fotográfico etc.”, aponta Dorothea. “A detecção ocorrerá também de maneira direta, tanto visual e auditiva, quanto indireta, através da observação de vestígios como fezes, pêlos e tocas dos animais”, esclarece Dorothea. Além de pontos e trajetos fixos de monitoramento, a equipe de pesquisadores fará trajetos aleatórios para “cruzar” a rota dos animais de hábitos diurnos ou noturnos em suas atividades. Outra forma de levantamento de dados é o registro de pegadas por meio de desenho ou modelagem. Para captura de pequenos animais e pássaros, serão utilizadas rede de neblina assim como armadilhas específicas para répteis e anfíbios. “É bom lembrar que todos os animais recolhidos Sauá / Callicebus personatus são soltos após análise,” alerta Dorothea, que se preparara para iniciar a segunda fase do monitoramento em Ibirapitanga. Material de campo: • Adaptador Fotográfico - carregado por pilhas alcalinas; (utilização de iscas) • Rede de neblina - 7m x 2,5 m – malha: 12 mm • Gancho para répteis • Câmeras fotográficas • Filmes fotográficos Kodak 135 mm - Asa 400, coloridos para cópias em papel • Binóculos Tasco - 7 x 15 x 35 mm – Zoom - Zip Focus • Mini-gravador • Luvas de pano e borracha • Embalagens plásticas herméticas • Pinças • Lanternas • Transparências e caneta específica - para desenhar as pegadas • Anel de PVC, gesso em pó, pote para a mistura, espátula - para moldes em gesso • Baldes de 60 litros • Redes de nylon • Trena, régua • Guias de campo, livros e cd’s de vocalização e identificação da fauna silvestre. 13 novas comissões Grupos de associados se reúnem para estudar projetos Estudar a viabilidade de ações, projetos e normas da Reserva Ibirapitanga é tarefa das Comissões Especiais da APRI. Constituídas em Assembleia e formadas por associados que aceitam o convite à participação voluntária, as comissões têm a missão de levantar dados e preparar propostas que serão submetidas à apreciação dos associados. Três comissões estão em curso na Reserva. Os projetos incluem a construção de Hípica e Clube Social, Pesca Esportiva no Lago, e alterações no Estatuto e Regulamento Interno de Ibirapitanga. “A intenção é que na próxima Assembleia Geral, agendada para junho, já existam propostas consolidadas para votação”, informa Adelmo Sampaio, presidente da APRI. A partir de fevereiro, novas reuniões devem acontecer. “Quem tem interesse ainda pode participar e será muito bem-vindo”, ele afirma. Hípica e Clube Instituída em 2008, a Comissão continua seu trabalho visando à elaboração de projeto para Hípica e Clube Social que têm área e verbas já aprovadas. Em reunião em novembro, os associados aproveitaram para visitar um haras próximo de Ibirapitanga e partem agora para seleção de profissionais especializados neste tipo de projeto. Com relação ao Clube, um questionário de pesquisa para levantamento do tipo de atividades e estrutura que ele deverá ter já está pronto para ser respondido pelos associados. “A partir do resultado dessa enquete teremos condições de definir as necessidades do projeto, explica Audrei Carvalho, conselheira do Módulo II e coordenadora da Comissão. Pesca Esportiva Sauá Ibirapitanga novembro | dezembro | janeiro | 2009/10 | Polêmica, a atividade de pesca esportiva no Lago de Ibirapitanga tem seus prós e contras em estudo pelos associados. Com reuniões realizadas em novembro e dezembro, uma próxima reunião deverá ser agendada assim que a engenheira agrônoma Dorothea Pereira e o aquicultor Cássio Ribeiro Ramos apresentarem análise da viabilidade da atividade no Lago em seus aspectos legais e de preservação do meio ambiente. “Como há indicação proibitiva de pesca na Reserva nos documentos de EIA-RIMA e, no Plano de Manejo, é reforçada a ideia de preservação do Lago como lazer contemplativo, é preciso buscarmos orientação antes de qualquer iniciativa”, alerta Ilka Paraiso, diretora de Meio Ambiente da APRI. 14 Revisão de Estatuto e RI “Desde a fundação da APRI em 2002, quando seu Estatuto e Regulamento Interno foram formalizados, houve um amadurecimento da relação dos associados com a própria Reserva, pela vivência de situações nem sempre previstas”, comentou Sergio Mosca, vice presidente da APRI, na primeira reunião da Comissão que avalia a adequação dos atuais documentos às reais necessidades dos associados. “Temos alguns itens a serem ajustados e outros a serem inseridos”, informa. Segundo ele, “a responsabilidade dessa Comissão é muito grande e seria bom contar com a participação de mais associados”. No encontro, realizado em novembro, foi decidido que os participantes da Comissão vão estudar detalhadamente cada item dos documentos para, então, discutirem no próximo encontro as sugestões e, se for o caso, cada membro se encarregar de uma área específica. “Devemos pensar nos interesses da comunidade de moradores e associados e ter consciência de que as mudanças definirão nosso futuro na Reserva”, Sergio enfatiza. anúncios anuncie Sauá I b i r a p i t a n g a AC Piantino entre em contato com a secretaria da APRI pelo telefone (11) 3555-6600, opção 1, ou e-mail [email protected] anúncios 4656-2226 • Frete Grátis • Entrega Rápida • Crédito Facilitado • Aceitamos cartões de crédito e débito Av. Manoel F. C. Salles, 415 Centro • Santa Isabel [email protected] viva Ibirapitanga associados em destaque funcionário em destaque “Eu e minha família adoramos a natureza” “O Meio Ambiente é uma paixão!” RUBENS WAGNER ANDERSON PEDROSO VIANA D’AMATO FUMO E FAMÍLIA Ele já foi monitor ambiental e agora é estagiário A busca pela paz e pela tranquilidade era o que no Viveiro de Mudas de Ibirapitanga. Faz quatro Rubens Wagner D’Amato Fumo e sua família anos que Anderson Pedroso Viana, de 18 anos, buscavam quando compraram um lote em conheceu a Reserva, aceitando o convite de sua Ibirapitanga. O empresário lembra que o fato de tia Angela Pedroso, secretária da APRI. A visita o local ser uma RPPN pensada para cuidar de um mudou a sua vida. Ele relata que descobriu um trecho da Mata Atlântica foi o que mais o atraiu. mundo novo que transformou sua percepção e o levou a ter certeza de que seu futuro profissonal envolveria a preservação ambiental e o estudo de “A coisa mais interessante de Biologia. A partir Ibirapitanga é a Reserva em daí se mudou si, sem dúvida”, conta. Com para Santa Isabel, 53 anos hoje, Rubens tornou- para cursar o Ensino Médio na Quadra 39 do Módulo I, em 2002, com e ficar perto de uma área de aproximadamente 2.000 m². A Ibirapitanga, construção da casa veio só em 2006. “Não atento a qualquer houve transtornos na construção, tudo correu AC Piant A n inoo se proprietário de Lotes 9 e 10, localizados oportunidade. bem”, diz Rubens que, junto com sua esposa, Maria, e seus filhos, Júlia e Filipe, utiliza a Reserva para fugir da correria de São Paulo. A família é amante da natureza e aproveita os Não demorou “Ibirapitanga é uma escola” fins de semana em que vai à Ibirapitanga para muito e participou do primeiro curso de reflorestador. Depois, veio conhecer melhor o meio ambiente. “As trilhas o treinamento para monitoria e o trabalho são nosso passeio preferido na Reserva”, conta nos finais de semana. Há 6 meses frequenta Rubens, empolgado. diáriamente a Reserva, cumprindo 30 horas semanais como estagiário. Ele acompanha as atividades do Viveiro e o projeto de Horta Orgânica. À noite, continua sua formação em Jacareí, integrando a segunda turma do curso Técnico em Floresta. Vai se formar no meio do ano. Esforçado e muito dedicado, Anderson acredita que 80% do que sabe hoje se deve à vivência em Ibirapitanga, especialmente aos ensinamentos do agrônomo Eduardo Mazzer. informação”, explica Anderson. Apaixonado pelo que faz, sonha com a efetivação como técnico F : Autor Fo Foto novembro | dezembro | janeiro | 2009/10 | “Ele é muito generoso em ensinar e passar florestal da Reserva e, no futuro, cursar ensino superior em sua área. Obstinado e com talento, com certeza, Anderson vai longe! na vizinhança Encontre aqui profissionais, empresas e serviços próximos à Reserva Ibirapitanga. Restaurante Djapa Sauá Ibirapitanga R. José Nasser Filho, 31 - tel: 4652-1442 Arujá - www.djapa.com.br Contratado pela APRI na última Festa da Primavera, o bufê do restaurante de cozinha oriental Djapa, localizado em Arujá, oferece um cardápio diferenciado para os apreciadores de pratos bem montados e saudáveis da culinária japonesa, incluindo ostras, sushis, sashimis, tempurás, temakis entre outros. Para facilitar a escolha é disponibilizado no site do restaurante um dicionário de nomes das refeições japonesas. O Djapa pode ser contratado para realizar eventos externos ou comemorações no próprio restaurante, por meio do telefone 4652-1483 (tratar com Ester). O horário de funciomento é de terça a domingo, para almoço e jantar. Faz delivery e abre nos feriados. Experimente. Qual é o seu negócio? Para divulgar informações sobre seu negócio nesta coluna, entre em contato com a secretaria da APRI, telefone (11) 3555-6600, opção 1, ou e-mail [email protected] 18 nossa natureza Rãzinha (Adenomera marmorata) A espécie, da família Leptodactylidae, é conhecida popularmente como “rãzinha”. O diminutivo é por causa de seu tamanho: ela tem, em média, 2cm, cabendo na ponta de um dedo. Com preferência por locais úmidos, habita matas associadas a represas, lagos e poças temporárias. Tem o costume de vocalizar antes do entardecer, porém, quando os dias são chuvosos, já pela manhã, pode-se ouvir seu coaxar. Curiosamente, durante o período de reprodução, prefere “fazer os ninhos” distantes da água. O macho caprichosamente escava na terra uma cavidade de 3,5 cm de diâmetro com uma tampa contendo um furo no centro, que é utilizado como entrada. Os ovos, em torno de dez, são ali depositados e envolvidos por espuma, garantindo sua hidratação após eclosão. O som que a Adenomera marmorata produz pode ser ouvido no site http://amphibiaweb.org/. fique atento Limites de som A Lei do Silêncio e o Regulamento Interno de Ibirapitanga determinam que, após as 22h, os moradores, inquilinos, associados, familiares, funcionários e prestadores de serviço devem evitar a emissão de sons e ruídos que incomodem o resto da comunidade. Não só as pessoas, mas os animais de Ibirapitanga também são afetados pelo barulho que pode interferir em seus hábitos e até fazê-los se refugiarem em outros lugares. Portanto, tome cuidado com o volume de som em eventos e encontros na Reserva. A equipe de segurança está disponível para orientar e resolver esse tipo de problema. 19 fora da reserva 60% Números Verdes da poluição responsável pelo efeito estufa vem do CO2 389 partes por milhão é o nível atual de CO2 na atmosfera 350 275 partes por milhão é o nível máximo seguro de CO2 na atmosfera terrestre, segundo os cientistas. partes por milhão era o índice medido há 300 anos O que significa “partes por milhão”? A concentração de CO2 é medida dessa forma pois significa a proporção do número de moléculas de dióxido de carbono para cada milhão de outras moléculas na atmosfera. Para filtrar o ar O que uma nave espacial, uma casa e baixo custo e muito conhecidas por suas uma empresa têm em comum? qualidades ornamentais. Outras espécies A resposta é a existência de várias indicadas são a Hera e o Lírio-da-Paz. substâncias químicas voláteis capazes de fazer com que o ar que se respira nesses ambientes seja até dez novembro | dezembro | janeiro | 2009/10 | filtros, indicadas para quartos, pois liberam ar externo. Para combater oxigênio durante a noite. o problema a resposta Wolverton conta que Essa foi a conclusão de uma recente pesquisa países como o Japão já estão investindo em jardins ecológicos dentro dos divulgada pela NASA, hospitais para melhorar conduzida pelo a qualidade do ar para cientista Bill Wolverton, pacientes e funcionários. que testou diferentes maneiras de combater poluentes nos ambientes internos das espaçonaves e acabou concluindo a eficiência de várias plantas Sauá Ibirapitanga de-são-Jorge são excelentes vezes mais poluído do que o está no cultivo de plantas. 20 Também a Babosa e a Espada- “Por precaução, somente plantas cultivadas por meio da hidrocultura devem ser utilizadas nos hospitais, por causa dos fungos e bactérias da de fácil cultivo em locais com pouca terra indesejáveis nesses ambientes”. luz, cujos filtros naturais são capazes O ideal, segundo o especialista, de neutralizar a poluição interna. Muitas espécies podem ser utilizadas é ter uma planta para cada 9,29 m² quando cultivadas para esse fim, como a Dracena, em hidrocultura, e duas no a Samambaia, o Filodendro e a mesmo espaço, quando se Jibóia, mas as mais eficientes utilizam vasos de terra. são a palmeiras Areca e Ráfis, de Fonte: UOL Ciência e Saúde Papel brasileiro feito de plástico Buscar uma alternativa à derrubada de árvores para produção de papel era o objetivo de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e engenheiros da fabricante de embalagens Vitopel, apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp). E a solução encontrada foi reciclar materiais plásticos para criar um papel sintético, que lembra o papel-couchê. Produzido a partir de garrafas pet, embalagens e frascos plásticos descartáveis, o papel sintético tem maior durabilidade que o papel comum, pode ser reciclado inúmeras vezes e é resistente à umidade. Poderá ser utilizado na indústria gráfica, na impressão de publicações, produção de banners e outdoors, além de uso doméstico, pois aceita lápis e caneta. A Vitopel tem a intenção de lançar comercialmente o produto até abril, assim que algumas etapas forem cumpridas, incluindo a criação de uma cadeia de fornecimento da matéria-prima (o plástico descartado). Até lá, os envolvidos no projeto definirão o preço com o qual deve chegar ao mercado, o que deve ser similar ao quilo do papel comum. Fonte: Gazeta Mercantil Concurso de Fotografia de Aves Estão abertas as inscrições para a 4ª edição do Concurso Avistar Itaú BBA de Fotografia, para profissionais e amadores que retratam Manual de Etiqueta Sustentável as aves brasileiras em qualquer ambiente, desde que livres. Cada participante pode inscrever até seis trabalhos e escolher as categorias em que vai concorrer: melhor foto, melhor registro e primeiras Um excelente projeto do site Planeta Sustentável orienta o consumidor a tomar atitudes mais sustentáveis no dia a dia e avalia seus esforços e impactos. Basta se registrar aves (para iniciantes). O prêmio é de até R$ 8000,00 e a organização recebe inscrições até 22 de fevereiro. Para saber mais sobre o concurso, acesse www.avistarbrasil.com.br/concurso/2010/. e responder às perguntas de cada tema para obter pontuação a ser comparada com a média geral. http://planetasustentavel.abril.com.br/manual/ 21 e ped e te expediente Sauá I b i r a p i t a n g a Publicação trimestral da Associação dos Proprietários em Reserva Ibirapitanga - APRI. Produção editorial: LuaC Comunicação e Arte, www.luac.com.br Jornalista responsável: Lúcia Goulart - MTb 19.256 Direção de arte: AC Piantino Revisão: Denis Galeano Estagiários - Texto: Renato Rostás , Arte: Karina Tooge Impressão: Hawaií Gráfica e Editora - 1.000 exemplares. *nota do editor: O Acordo Ortográfico aprovado pelos oito países de língua portuguesa é adotado nesta edição A opinião dos entrevistados e articulistas não reflete necessariamente a opinião da APRI. anote Horta Orgânica Com a demarcação topográfica concluída e o cercamento da área em andamento, a Horta Orgânica de Ibirapitanga tem parte de suas terras em preparação para plantio e outra já plantada. A semeadura para produção de milho verde foi consorciada com feijão e abóbora, com colheitas previstas para o verão e outono. Para melhorar a condição do solo, cuja roçada da vegetação rasteira de gramíneas tomou bastante tempo, a adubação orgânica é realizada periodicamente, com material fornecido por proprietário rural próximo de Ibirapitanga, informa Eduardo Mazzer, engenheiro agrônomo da Reserva. “É um trabalho lento, ainda mais porque o número de cooperados é pequeno” revela. A expectativa é que a medida que a produção da horta aumente, o numero de interessados envolvidos no projeto também cresça e o trabalho tenha um maior rendimento. APRI – Sede Social Estrada do Ouro Fino - km 11,2 07500-000 - caixa postal 165 Telefone: (11) 3555-6600 Fax: (11) 3544-4648 Site: www.ibirapitanga.com e-mail: [email protected] Presidente: Adelmo Sampaio Vice-presidente: Sérgio Mosca Diretora-secretária: Rosi Ribeiro Diretor-tesoureiro: Marcos Nunes Diretora de Meio Ambiente: Ilka Paraíso Diretor de Obras: José Luiz Matos Diretor de Segurança: Robert Buchholtz Conselho Fiscal: Yara Verona e Nilson de Lima Barboza Conselho Consultivo Módulo I: Alexandre Cândido, José Roberto de Souza, Rubia Adachi e Edson França Conselho Consultivo Módulo II: Audrei Carvalho e Rogério Doki Sauá Ibirapitanga novembro | dezembro | janeiro | 2009/10 | Nossos Parceiros para observar Novos parques O governo estadual paulista colocou sob “limitação administrativa provisória” uma área de mais de 25 mil hectares de Mata Atlântica nas Serras de Itaberaba e Itapetinga, região onde também está localizada a Reserva Ibirapitanga. Pelo decreto nº. 54.746, publicado em 5 de setembro no Diário Oficial do Estado, ficam proibidas nessas áreas, durante sete meses, quaisquer atividades que envolvam corte de vegetação nativa ou outras práticas causadoras de degradação ambiental. O objetivo é a criação de dois grandes parques estaduais. A área total das duas Unidades de Conservação propostas (Itaberaba e Itapetinga) é de 29.073 hectares e abrange parte dos municípios de Mairiporã, Arujá, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Guarulhos, Nazaré Paulista e Santa Isabel. Até março serão realizadas audiências públicas e outros procedimentos necessários para a criação das novas unidades de conservação. A Reserva Ibirapitanga, por meio da APRI, já foi comunicada para participar de reuniões sobre o assunto em Arujá. para aguardar Vestiário e Churrasqueira para Campo de Futebol Na última Assembleia Geral foi aprovada a construção de vestiário e churrasqueira para atender aos usuários do campo de futebol. O projeto está em elaboração pela arquiteta Luciana Correia Cuchieratto, indicada pela Cipasa. Para a construção, será aberta concorrência entre as construtoras interessadas. para usufruir Instalação da Máquina de Gelo Para conveniência dos associados, foi instalada máquina de gelo no hall entre os vestiários masculino e feminino na Área de Convivência da Reserva Ibirapitanga. A capacidade de produção é de 50 quilos por dia. A instrução é que o associado informe à Secretaria a quantidade que planeja utilizar, especialmente nos finais de semana, para não correr o risco de chegar à Reserva e o gelo já ter acabado ou estar reservado para outros associados. para saber Assistência Médica aos funcionários de Ibirapitanga A APRI está em negociação com a empresa SEISA para contratação de assistência médica aos funcionários de Ibirapitanga. para colaborar 22 Revista Sauá Críticas e sugestões sobre esta publicação são bem recebidas. Envie e-mail para [email protected] com o assunto “Revista Sauá”. reservado para menores Atividades divertidas para você aprender um pouquinho mais sobre o universo da Reserva Ibirapitanga. Jogo da Memória – Mamíferos de Ibirapitanga Aprender enquanto nos divertimos é sempre mais gostoso. Então, que tal saber mais sobre a fauna de Ibirapitanga com um jogo da memória? São 16 cartas com 8 pares de mamíferos que habitam as matas da Reserva. O objetivo do jogo é localizar todos os pares, que devem estar embaralhados e com a face da figura voltada para baixo. Você pode jogar sozinho ou com um amigo, virando duas cartas por rodada. Se formar um par, as peças são removidas e o jogador pode tentar mais uma vez. Aquele que conseguir encontrar mais pares é o vencedor. Para montar o jogo: Recorte esta página; Cole-a em cima de um papel branco, um sulfite ou cartolina, espere secar e depois recorte os cartõezinhos; Embaralhe-os e coloque-os de cabeça para baixo. Divirta-se! 23 www.reservaibirapitanga.com.br PLANTÃO DE VENDAS: (11) 4656-0128 Realização e desenvolvimento: