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Nº 14
Sauá
Primeira reportagem de série que aborda os caminhos para a
aprovação e construção de obras residenciais na Reserva.
En
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Gilson Bevilacqua, biólogo, responde sobre
pesquisa de mestrado cujo estudo é a comunidade
de lontras existente em Ibirapitanga.
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N o v a s Comii s s õ es
Associados preparam estudos sobre
temas e projetos de interesse de todos.
reserva especial
Somam 93 os projetos de residência
aprovados para iniciar construção na
Limpeza anual dos lotes
Reserva Ibirapitanga.
Foi finalizada em dezembro a
limpeza anual dos lotes livres e
A ata da 1ª reunião da Comissão
de particulares iniciada em junho
de Estudos para Revisão do Estatuto
e realizada pelos cooperados da
e do Regulamento Interno da APRI
Secoop para manutenção dos
está disponível para consulta aos
terrenos vagos da Reserva. A
limpeza anual é uma obrigação
associados.
legal e de responsabilidade de
É de 300m² a área destinada
ao primeiro cultivo de milho na
cada proprietário. Para facilitar, a
APRI administra esse processo.
Horta Orgânica de Ibirapitanga.
Quinta edição
das Noturnas
A cultura alemã serviu de inspiração
para a montagem de um cenário típico
e encantador para a quinta edição
das Noturnas de Ibirapitanga, a festa
anual realizada pela APRI em outubro.
Quem foi, aprovou: “A decoração da
a qualidade do serviço de bufê, com
garçons a caráter e comidas típicas,
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tenda, com piso e iluminação especial,
a excelente banda e o maravilhoso
chope, tudo ficou perfeito”, revela
Solange Siqueira Mattos, moradora de
Ibirapitanga e integrante da comissão
organizadora do evento. Com essa
primeira experiência de festa temática
aprovada pelos presentes, associados
e convidados, a ideia é repetir a dose
uma cultura a cada festa: pode ser a
italiana, japonesa, francesa, árabe ou
mesmo a brasileira”, explica Solange.
Arborização das Avenidas 1 e 2
Quem passa pelas avenidas principais de Ibirapitanga já pode observar
a conclusão da arborização dessas vias. São mudas de Jequitibá,
Peroba, Guarantã, Dedaleiro, Algodoeiro, Mutambo, Pau-viola, Ipê-
Sauá Ibirapitanga
branco e Guassatonga plantadas em novembro e dezembro. Segundo
o engenheiro agrônomo Eduardo Mazzer, a preparação dos “berços”
foi trabalhosa devido às dimensões necessárias de 70x70x70 cm para
cada uma das mais de 800 mudas. “Toda a terra retirada foi descartada,
devido à baixa qualidade e em seguida substituída por terra de boa
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qualidade preparada no Viveiro, misturando-se os adubos necessários
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novembro | dezembro | janeiro | 2009/10 |
nos próximos anos. “Vamos escolher
a fim de garantir, para cada árvore, um suprimento que facilite o seu
desenvolvimento inicial”, informa.
“A importância da
revisão do Estatuto
e Regulamento da
APRI precisa ser
compreendida .”
Sérgio Mosca
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Vice-presidente da APRI
e morador de Ibirapitanga
falando aos associados
presentes em reunião
na Reserva.
Editorial
O ano começa com a iminência de conclusão das iniciativas de informação do Programa de Educação Ambiental do Plano de Manejo
da Reserva Ibirapitanga.
Nada obstante as diversas ações no campo da educação ambiental
já implementadas pela APRI desde a aprovação do Plano, percebeuarqu
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APRI
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se que boa parte dos associados e frequentadores de Ibirapitanga
Festa dos
Funcionários
A Área de Convivência de
Ibirapitanga foi palco da
confraternização de final de ano
promovida pela APRI para todos
não tem total conhecimento da estrutura do empreendimento e do
seu sofisticado e necessário apelo ambiental.
Muita gente não sabe, por exemplo, que a Reserva Ibirapitanga é formada pelo loteamento Residencial Terras Altas e pela Reserva Particular do Patrimônio Natural Rio dos Pilões, ou simplesmente RPPN
Rio dos Pilões, e que um e outra são componentes indissociáveis do
licenciamento ambiental que permitiu a implantação do empreendimento.
Para melhorar esse grau de informação, a APRI, desde fins de 2008,
investiu em três frentes distintas. Primeiro, promoveu uma ampla
os funcionários da Reserva e seus
repaginação de sua revista, a Sauá. Houve um ganho magnífico de
familiares. O evento, realizado em
qualidade, tanto em termos de apresentação gráfica como também
18 de dezembro, durou um dia
no conteúdo editorial. A Sauá se firmou como veículo de informação
inteiro. Café da manhã, futebol,
que leva aos associados, trimestralmente, as principais notícias da
almoço, música ao vivo, bingo
Reserva.
e recreação monitorada fizeram
A segunda iniciativa foi a reformulação integral do site da APRI. Ele
parte da programação. Mais de
estará no ar em fevereiro, e será atualizado mensalmente. Além de
150 pessoas compareceram à festa
explicitar a estrutura de Ibirapitanga e as principais atividades da
que foi encerrada com
Associação, o website conterá uma área restrita aos associados, di-
distribuição de presentes às
crianças pelo Papai Noel.
nâmica e atraente.
A terceira frente de informação foi a produção de um vídeo institucional sobre Ibirapitanga. O vídeo será disponibilizado em DVD até
o início de março, e apresentará as principais características de Ibirapitanga de maneira plástica e de fácil assimilação. É o primeiro de
uma série que tratará dos diversos programas do Plano de Manejo,
com assuntos sobre a vegetação, a fauna, a educação ambiental, a
segurança, a responsabilidade social e outros.
Com expectativa de uma maior participação, essa é a maneira como
a APRI quer aproximar seus associados da intimidade da Reserva.
Afinal, é bom lembrar que 2010 é ano de renovação na Diretoria da
Associação e que gente nova é sempre bem-vinda.
Adelmo Sampaio,
presidente da APRI
3
palavra verde
entrevista com
Gilson Bevilacqua, biólogo com
especialização em Gestão Ambiental pela Universidade de São Paulo
e que acaba de concluir seu projeto de mestrado na Escola Superior
de Agricultura Luiz de Queiroz – ESALQ, sobre a população de
lontras de Ibirapitanga. Acumulando também formação em Ciências
Sociais e mestrado em Fisiologia, Gilson é consultor ambiental e já foi
professor dos cursos de Ciências Biológicas e Gestão Ambiental da
Universidade de Mogi das Cruzes – SP. Tem como principal linha de
pesquisa o levantamento, o monitoramento e o manejo de mamíferos
silvestres em áreas protegidas.
A lontra é um mamífero
carnívoro, no topo da
cadeia alimentar, que, em
tese, não tem predador.
O inimigo natural dela é
o homem, infelizmente,
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pois ela precisa de um
ambiente em equilíbrio,
Sauá Ibirapitanga
O que em geral se sabe sobre as lontras?
A lontra neotropical (Lontra longicaudis) é um mamífero carnívoro, de
hábitos semi-aquáticos, preferencialmente crepusculares e noturnos,
sendo mais comumente encontrada isolada (fêmea ou macho) ou em
pequeno grupo, no caso, fêmea com filhotes. Costuma utilizar como
abrigo cavidades já existentes nas margens dos cursos d’agua, entre
rochas ou vegetação, mas também pode cavar os próprios abrigos. Utiliza
arranhados, fezes e secreções odoríferas como demarcação de território.
especialmente no que
se refere à qualidade
da água, para garantir
sua preservação. Faltam
pesquisas ainda para
sabermos se é uma
espécie ameaçada ou não
de extinção no Brasil.
4
Como você teve a ideia da pesquisa sobre lontras?
Eu trabalhava no Parque das Neblinas (RPPN da Cia. Suzano de
Papel e Celulose entre Mogi das Cruzes e Bertioga) na época. Já
tinha imaginado fazer meu projeto de mestrado lá. Ainda sem saber o
tema, fui conversar com meu orientador, o professor Álvaro Fernando
de Almeida, da ESALQ. Ele me falou da lontra e de Ibirapitanga. Já
havia dois mestrandos, orientados por ele, realizando pesquisas na
Reserva e ele me indicou o local, pois fora identificada a presença
da lontra na área, durante a formulação do Plano de Manejo. Achei
interessante porque, até hoje, não há trabalhos em quantidade nem
qualidade suficientes para se definir se a lontra está ou não ameaçada
de extinção no nosso país. Quanto mais trabalhos forem feitos para
determinar isso, melhor.
Quando iniciou a pesquisa?
O primeiro contato foi no começo de 2006, entre fevereiro e março.
Fui à Ibirapitanga, em duas ocasiões, para conhecer a área. Também
conheci os orientandos do professor Álvaro e, depois, acompanhei por
uma semana a Denise Mello do Prado, graduanda na época, que fez um
trabalho em Ibirapitanga sobre felinos [Levantamento da mastofauna
na RPPN Rio dos Pilões]. Em cima do conhecimento que tive da área,
escrevi o projeto de mestrado e prestei o exame de ingresso em julho
de 2006. Em julho de 2008, finalmente, iniciei o trabalho de campo
em Ibirapitanga. Durante doze meses fiz visitas mensais com duração
de uma semana aproximadamente, em trechos do Rio dos Pilões e
margens do Lago.
O que buscou pesquisar?
A ideia era fazer um trabalho sobre a dieta das lontras e sua
distribuição na Reserva. Para estudar a dieta, tive que recolher e
analisar as fezes. Uma colega da Unicamp, Marcela Conceição do
Nascimento, que fez mestrado sobre dieta de lontras [O que come uma
Em Ibirapitanga, Gilson observa
que a comunidade de mamíferos
da Reserva é bem grande. A
diversidade é o que mais chama
a atenção. Durante sua pesquisa
sobre lontras, por acaso, pode
comprovar a existência de paca,
onça-parda, veado-catingueiro,
cateto, guaxinim, tatu-galinha
entre outros. “Imagine se os
Foto: Autor autor
Autor
estivesse pesquisando”, deduz.
5
palavra verde
lontra suburbana?], foi à Ibirapitanga para me ajudar, mostrando os
locais em que ela achava mais provável que tivessem lontras. Nas
primeiras visitas, encontrei vestígios de fezes na área do Palmital,
mas, quando retornei, decidi cobrir também a área do Rio dos Pilões.
Tive que percorrer de ponta a ponta os 5,9 km do rio que corta a
Reserva para definir como faria o trabalho. Acabei dividindo o rio em
três trechos e cheguei à conclusão que o percurso deveria ser feito
dentro da água e só poderia ser feito a nado e a pé, pois o local não é
propício para a navegação e não é possível localizar todas as tocas de
fora, andando pelas margens. Em alguns trechos, eu tinha que chegar
bem cedo ou meu trabalho era atrapalhado quando escurecia, pois
levava de 4 a 5 horas para percorrer pela água uma pequena extensão.
Isso porque algumas tocas estavam em local bem difícil de chegar.
Para dificultar ainda mais as coisas, nos meses de julho e agosto de
2008, quando comecei as coletas, eu não achei amostras de fezes,
apenas umas poucas pegadas e outros vestígios.
A experiência de
Ibirapitanga é muito
interessante e eu torço
para que continue dando
certo, para que esse
modelo de RPPN possa
ser copiado em outras
localidades. É um bom
Poderíamos considerar, então, que a lontra tem o costume de
hibernar no inverno?
É complicado dizer isso. Realmente, depois que o tempo ficou mais
quente, as fezes apareceram. Imaginei que, ao completar o trabalho,
eu teria um conhecimento melhor do que ocorre durante o frio, já que
iria continuar a pesquisa até o inverno seguinte. Mas o inverno desse
ano [2009] em relação ao do ano passado foi menos frio e bem mais
chuvoso, e os dados não são comparáveis.
caminho em direção à
preservação de áreas
Sauá Ibirapitanga
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ambientais no país.
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Quais as principais conclusões do seu estudo?
De hábitos solitários, a lontra gosta de ocupar barrancos na beira da
água, especialmente em trechos pouco visíveis para quem está na
margem. Também busca fazer tocas em locais com árvores derrubadas
e que servem de acesso natural para o meio líquido. Uma das coisas
pouco conhecidas sobre a espécie é a questão de sua distribuição
territorial. A lontra domina uma determinada extensão de área na qual
constrói diferentes abrigos, próximos uns dos outros. O que dá pra
perceber é sua fidelidade a esses abrigos e a preferência pelas áreas
com boa preservação da vegetação natural. Encontrei pouquíssimos
vestígios na área do rio que não tem cobertura de floresta, por
exemplo. As características do rio também influem. Isso tem a ver
com estratégia de pesca do animal: quanto mais transparente e rasa
a água, mais difícil é para a lontra se aproximar dos peixes sem ser
percebida. Na questão da dieta, praticamente só encontrei vestígios
de peixes e crustáceos nas amostras recolhidas em Ibirapitanga.
O que deduzi é que a área está oferecendo o alimento preferido
em quantidade suficiente para não obrigá-la a mudar seus hábitos
alimentares, como já foi demonstrado em outros trabalhos. Isso
indica que o local está preservado e adequado como habitat. Por fim,
provavelmente a população realmente é pequena, mas não consegui
dados mais precisos sobre número de indivíduos, mesmo porque nem
era o objetivo de meu estudo. Talvez isso possa ser complementado
se acontecer uma parceria com a Cristine Silveira Trinca, uma
pesquisadora da PUC-RS que estuda o DNA das lontras a partir das
fezes [Filogeografia e diversidade genética da lontra neotropical] e
para a qual devo recolher amostras em Ibirapitanga. Seu estudo talvez
possa determinar o tamanho da população de lontras na Reserva.
Ibirapitanga terá que mudar suas atitudes para preservar a
população de lontras?
A frequência e distribuição dos vestígios não deixam dúvidas
sobre a importância da Reserva para a conservação da espécie na
região. Será preciso dar continuidade a algumas ações, como o
reflorestamento ao longo do trecho intermediário do Rio dos Pilões,
Gilson Bevilacqua
onde encontrei pouquíssimas amostras de fezes de lontras. A pesca
deve continuar sendo proibida no rio e, nesse sentido, o investimento
na educação ambiental tem que aumentar, para conscientizar as
pessoas da Reserva. Se realmente for verdade o que eu observei,
ou seja, que as lontras sumiram da região do lago por causa da
constante presença de pessoas, isso não pode se repetir no rio.
Não só em relação às lontras, aliás, a presença humana tem que ser
controlada para não causar o isolamento de outras espécies.
Existem outras RPPN que atuam na preservação das lontras?
Conheço apenas a RPPN Rio das Lontras entre as cidades de Águas
Mornas e São Pedro de Alcântara, em Santa Catarina, que é uma
área familiar de preservação. Ainda em Santa Catarina, onde há mais
pesquisa e pessoal estruturado na preservação da espécie, encontrase o Projeto Lontra, que estuda principalmente a presença desses
animais na ilha de Florianópolis. No Rio de Janeiro, existe o projeto
Ecolontras da ONG Ecomarapendi que tem o objetivo de estudar a
biologia e a ecologia das lontras em todo o Brasil.
Temos, no Brasil, 12
categorias de unidades
de conservação (como
os Parques Nacionais e
Estações Ecológicas) e a
única que pode ser criada
Você acha que sua pesquisa pode vir a influenciar mais trabalhos
sobre lontras?
Acho que sim, essa é a ideia. Afinal, o bom trabalho científico é aquele
que não responde a todas as perguntas que você tinha, mas que traz
novas. Já existe um cruzamento de informações entre pesquisadores:
há o Encontro Nacional de Pesquisa em Mamíferos Aquáticos, que
esse ano foi em Salvador; existe, também, a IUCN [União Internacional
de Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais], instituição
mundial que gera listas de espécies ameaçadas e da qual alguns
pesquisadores brasileiros fazem parte, entre eles a Cristine.
e mantida por particulares
são as RPPN. No estado
de São Paulo, acho que
o papel das RPPN na
preservação ambiental é
absurdamente importante,
por possibilitar a formação
de corredores entre áreas
de preservação maiores.
O que pode dizer da infraestrutura de Ibirapitanga para a
pesquisa científica?
A estrutura do alojamento para pesquisadores é muito boa. Temos
que trazer mais gente pra fazer pesquisas em Ibirapitanga, porque
o espaço é bom e acaba sendo subutilizado. Além do alojamento,
sempre que precisei de alguma coisa, o pessoal não mediu esforços
para me ajudar e isso é muito importante.
Que estudos você pretende fazer daqui pra frente, como doutorado?
Isso ainda está em aberto para mim. Já apresentei resultados do
mestrado, pela primeira vez, no Congresso de Ecologia do Brasil (em
setembro de 2009 em São Lourenço – MG) e, agora, pretendo publicar
os resultados em alguma revista científica. Ainda não pensei no tema
de doutorado, porque antes de começar esse trabalho sobre lontras, eu
trabalhava com algo mais amplo, grupos de mamíferos. Não sei ainda se
quero me tornar um especialista em lontras, embora eu tenha gostado
bastante da pesquisa. Entre outras ideias, eu queria produzir um guia
das espécies de mamíferos de Ibirapitanga. Mesmo que não seja meu
doutorado, tenho muito interesse em continuar pesquisando na Reserva,
em estreitar as relações. Acho que é importante para Ibirapitanga ter
algum biólogo que monitore a fauna local.
O que você leva da sua graduação em Ciências Sociais para as suas
pesquisas do meio ambiente?
Para mim, é bem importante, porque cada vez mais é discutido que
não se faz preservação ambiental sem as pessoas. Então, a graduação
em Sociais me dá um embasamento a mais para trabalhar nessa área
de preservação.
PARA CONTATO:
Gilson Alves Bevilacqua
[email protected]
7
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arquitetura
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Sauá Ibirapitanga
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Construir
em Ibirapitanga - parte I
8
O que levar em conta na
hora de projetar e construir
sua casa na Reserva? Esse
é o tema de uma série de
duas matérias preparadas
sobre o assunto. Nesta
edição são apontados
os requisitos legais
para desenvolvimento e
aprovação de projetos.
No próximo número
serão abordados os
aspectos arquitetônicos
e ecoeficientes para uma
construção em área de Mata
Atlântica, de acordo com o
modelo inovador da Reserva
Ibirapitanga.
O
lote foi adquirido e você já tem a casa de
seus sonhos traduzida em projeto por um arquiteto
ou engenheiro civil. Para iniciar a construção em
Ibirapitanga, o projeto residencial arquitetônico
passará por diferentes processos legais para
autorização. O primeiro e mais importante é a
aprovação junto à Associação dos Proprietários
em Reserva Ibirapitanga - APRI. Depois é a vez de
apresentar o projeto à Companhia de Tecnologia
de Saneamento Ambiental - CETESB para, então,
solicitar o licenciamento da obra na Prefeitura de
Santa Isabel.
Compromisso Ambiental
O Residencial Terras Altas tem características
únicas e pioneiras em seu projeto de urbanização.
Para usufruir o privilegio de ter uma residência
em área de preservação ambiental, é necessário o
compromisso com uma série de aspectos na hora
de projetar e construir na Reserva Ibirapitanga.
“A maior preocupação é não causar impacto
ambiental, contribuindo para a conservação da
RPPN Rio dos Pilões”, afirma Monica de Moraes,
arquiteta responsável pela aprovação dos projetos
residenciais encaminhados à Associação. A
exigência de manutenção de 40% de terreno
permeável à água de chuva é um bom exemplo.
Também a adequação à topografia do lote, com
o menor deslocamento de terra possível, é outro
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cuidado a ser observado pelo profissional responsável
pelo projeto. Esses e outros direcionamentos estão
explícitos no Regulamento de Obras da APRI e
devem ser observados para diminuição do tempo
de aprovação de um projeto junto à Associação e
demais órgãos, explica Monica.
O processo de aprovação na APRI tem início
com o envio de uma via do projeto completo e
do memorial descritivo das edificações para uma
primeira análise pela arquiteta, que faz atendimento
no escritório administrativo da Scopel, em São
Paulo. “O projeto será devolvido em 15 dias, com
indicações das correções que se fizerem necessárias.
Com as correções efetuadas, o profissional técnico
responsável deve reencaminhar o projeto, desta
vez contendo cinco vias de todos os documentos,
visando a aprovação junto ao Diretor de Obras da
Associação, ou a quem esse designar, também no
prazo de 15 dias em média”, Monica informa.
Alvarás
Com o projeto aprovado pela APRI, é hora de encarar a
parte mais demorada do processo: o Brasil está entre
os países que criam mais dificuldades para aprovação
de obras. É praticamente impossível resolver
tudo em menos de três meses, por mais simples e
descomplicada que seja a empreitada. Considerado
o porte padrão das construções residenciais
9
arquitetura
Sauá Ibirapitanga
novembro | dezembro | janeiro | 2009/10 |
brasileiras, chega-se a um prazo médio de 180 dias
para obtenção da documentação. Mas isto deve
mudar. Os órgãos públicos estão adotando medidas
para diminuir a demora na liberação de alvarás de
construção. A gradual integração do licenciamento
realizado pela Companhia de Tecnologia de
Saneamento Ambiental - CETESB, o Departamento
Estadual de Proteção de Recursos Naturais - DEPRN
e o Departamento de Uso do Solo Metropolitano de
São Paulo - DUSM é uma dessas ações. Até pouco
tempo, o DUSM era o órgão estadual responsável
pela verificação da área permeável e do esgotamento
sanitário e demorava em média de seis a oito meses
para apreciar um projeto. Com a responsabilização
da CETESB pelo que era feito pelo DUSM, a partir do
final de 2009, espera-se que o prazo de 90 dias para
verificação de um projeto seja cumprido, o que ainda
não está acontecendo.
10
Com prazos tão longos, em geral, a Prefeitura acaba
concedendo um alvará provisório para início da
construção antes da aprovação do órgão estadual.
Depois, sobrevindo à aprovação, a Prefeitura
expede o alvará definitivo. Mas os proprietários
precisam estar atentos aos prazos. A Prefeitura de
Santa Isabel alega que muitos dos proprietários de
Ibirapitanga com alvará provisório terminaram a
obra sem requerer o alvará de construção definitivo.
“Não podemos confirmar a veracidade desses dados,
mas o Secretário Municipal de Meio Ambiente de
Santa Isabel afirmou que a Prefeitura notificou 35
proprietários de residências prontas na Reserva, e
que apenas um apresentou seu projeto aprovado
no DUSM, o que é lamentável”, informa Adelmo
Sampaio, presidente da APRI. Para auxiliar os
proprietários a manter a documentação em dia,
a Diretoria de Obras colabora com a fiscalização
dos projetos em andamento, o que é realizado pelo
engenheiro Fabiano Cruz, contratado pela APRI para
acompanhar de perto os projetos em construção na
Reserva Ibirapitanga.
Caminhos da aprovação
Todo esse processo para iniciar a obra pode parecer
muito técnico para o proprietário que pela primeira
vez vai construir uma residência. “Faz parte da
atuação do arquiteto ou engenheiro contratado
instruí-lo nesse processo e até mesmo encaminhálo junto aos órgãos competentes, se assim for
acordado”, explica Veridiana Sampaio, arquiteta com
obras em andamento na Reserva. Com oito projetos
de sua autoria na Reserva, Veridiana revela que
costuma fazer 10 visitas técnicas, em média, para
aprovação de um projeto junto à APRI, à CETESB e
à Prefeitura de Santa Isabel. “Com relação à APRI,
o processo vai bem, pois as exigências são claras,
mas, junto aos órgãos públicos, é preciso experiência
e um bom checklist na hora de protocolar os
documentos”, ela revela.
Preparando-se para tocar o projeto da residência
da família em Ibirapitanga, Veridiana acredita que
a satisfação de materializar uma obra numa área
como a da Reserva é muito recompensadora para
proprietário e arquiteto. Com o alvará de construção
em mãos, ou seja, a licença para o início das obras
expedida, o proprietário do imóvel deve comunicar a
data prevista para início da construção, o que deve
seguir um determinado prazo. Caso esse prazo seja
perdido, é preciso reiniciar todo o processo.
“é preciso experiência
e um bom checklist
na hora de protocolar
os documentos”
Exigências
da APRI à
aprovação
do projeto
• Planta baixa de todos os
pavimentos projetados; em 2
cortes: longitudinal e transversal,
com elevações frontal e lateral e
indicação do perfil natural e dos
limites do terreno
• Levantamento planialtimétrico
com curvas de nível
• Ângulos de fechamento da área
do terreno
• Quadro de iluminação e
ventilação com área de piso de
cada compartimento e dimensões
de caixilhos
• Memoriais de construção e de
piscina (quando houver)
• Memoriais do sistema de esgoto
sanitário
• Esquemas de construção de fossa
séptica e sumidouro
• ART do autor do projeto e
responsável técnico pela obra
Confira
o passo a passo
para construir
na Reserva
1. Contratação de profissional —
arquiteto(a) ou engenheiro(a) civil
— autor e responsável técnico pelo
projeto junto à APRI e a demais órgãos
com emissão de ART - Anotação
de Responsabilidade Técnica, que
é uma súmula do contrato firmado
entre o profissional e o cliente para
a execução de uma obra, feita por
intermédio de um formulário próprio
registrado pelo profissional no CREA.
2.
Aprovação junto à Associação de
Proprietários em Reserva Ibirapitanga
para aferição do padrão arquitetônico
exigido pelo empreendimento.
3.
Aprovação junto à Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo CETESB, órgão da Secretaria do Meio
Ambiente do Estado de São Paulo SMA (antigo DUSM) para checagem
da área permeável e do esgotamento
sanitário.
4.
Para saber mais:
• Consulte o Regulamento de
Obras de Ibirapitanga
• Contate Monica de Moraes
[email protected]
Tel: 11-3089-4500
Averbação da Declaração para
Vinculação, expedida pela CETESB,
na respectiva matrícula do lote junto
ao Cartório de Registro de Imóveis CRI de Santa Isabel.
5.
Aprovação junto à Prefeitura
Municipal de Santa Isabel para
conferência das posturas do Código
de Obras do Município. O arquiteto ou
engenheiro civil responsável pela obra
deve providenciar seu cadastramento
na Prefeitura de Santa Isabel.
Observação: Com a obra
concluída, é necessário solicitar o
Alvará de Ocupação (“Habite-se”),
emitido pela Prefeitura
de Santa Isabel.
11
Dario Sanches
Ednaldo Cândido
monitoramento
Lagarto / Enyalius perditus
Irara / Eira barbara
Jararaca / Bothrops jararaca
Morcego / Desmodus rotundu
saí andorinha / Tersina viridis
Giselda Person
Gavião-Carijó / Buteo magnirostris
De olho na fauna
Ibirapitanga implementa monitoramento da fauna silvestre
para geração de banco de dados sobre os mamíferos, aves, répteis e anfíbios
existentes na RPPN Rio dos Pilões, visando ações de controle e preservação.
Sauá Ibirapitanga
novembro | dezembro | janeiro | 2009/10 |
Confirmar a presença de espécies já identificadas
em Ibirapitanga é um dos objetivos do Programa
de Manejo da Fauna. Verificar as condições de
equilíbrio e detectar alterações que venham
a provocar instabilidade de populações, de
comunidades e de ecossistemas também faz
parte do estudo iniciado em agosto. Desenvolvido
para ser aplicado em quatro etapas, o Programa
terá duração de dois anos, com monitoramento
realizado por empresa contratada pela APRI,
Dorothea Pereira Consultoria Ambiental
12
“É a primeira ação concreta no atendimento às
prescrições do Plano de Manejo Ambiental de
Ibirapitanga, no que diz respeito à fauna local”,
informa José Roberto de Souza, conselheiro
do Módulo I. “Com boa parte das premências
relacionadas à vegetação já encaminhadas, é
mais do que tempo de conhecermos melhor a
fauna de Ibirapitanga para, a partir desse primeiro
monitoramento, decidirmos as melhores alternativas
para o manejo”, explica.
“O monitoramento da fauna é uma ferramenta
imprescindível para a implementação de ações
adequadas à convivência com os outros moradores
da Reserva”, ressalta Ilka Paraíso, diretora de Meio
Ambiente da Associação. “A urbanização da área
limítrofe da RPPN vai causar impactos. Portanto,
além da flora, devemos conhecer bem a fauna para
minimizarmos possíveis danos”, Ilka afirma.
O Programa de Manejo de Ibirapitanga segue as
diretrizes estabelecidas pelo Departamento Estadual
de Proteção de Recursos Naturais – DEPRN, órgão
da Secretaria do Meio Ambiente do Estado de São
Paulo, vinculado à Coordenadoria de Licenciamento
Ambiental e Proteção de Recursos Naturais - CPRN.
“O estudo vai evidenciar as espécies da fauna silvestre
que tenham importância tanto para a conservação
como também para a caracterização das comunidades
naturais, e apontar as áreas de importância ecológica
para a preservação das espécies ameaçadas de
extinção na Reserva”, resume Dorothea Pereira,
“É a primeira ação concreta
no atendimento às prescrições do
Plano de Manejo Ambiental de Ibirapitanga
no que diz respeito à fauna local”
Alessandra Pak
Lontra / Lontra longicaudis
Marcelo Salgado
Cateto / Tayassu tajacu
Daniela Area
Gambá / Didelphis marsupialis
Canario-da-terra / Sicalis flaveola
Sapo-de-chifre / Proceratophrys boie
engenheira agrônoma e coordenadora do projeto, que
conta com a participação da bióloga Giselda Person
na equipe técnica.
As atividades de campo são trimestrais,
acompanhando as estações do ano, com entrega de
relatórios semestrais para análise e aprovação pelo
DEPRN. A área a ser monitorada abrange toda a
RPPN Rio dos Pilões, que contará com observações
sistemáticas, medição repetitiva e contínua de
todas as espécies da fauna silvestre existentes
no local: mamíferos, aves, répteis e anfíbios.
“Serão selecionadas espécies bioindicadoras
para a conservação da área, com ênfase para as
espécies da fauna silvestre ameaçadas de extinção.
Será necessário, em um segundo momento, um
monitoramento específico do grupo de capivaras
para que não ocorra um crescimento descontrolado
da população desta espécie”, aponta Dorothea.
“Na identificação das espécies serão utilizadas
técnicas de observação que fazem uso de binóculos,
espreita, levantamento por pontos, uso de adaptador
fotográfico etc.”, aponta Dorothea. “A detecção
ocorrerá também de maneira direta, tanto visual e
auditiva, quanto indireta, através da observação de
vestígios como fezes, pêlos e tocas dos animais”,
esclarece Dorothea. Além de pontos e trajetos fixos
de monitoramento, a equipe de pesquisadores fará
trajetos aleatórios para “cruzar” a rota dos animais
de hábitos diurnos ou noturnos em suas atividades.
Outra forma de levantamento de dados é o registro
de pegadas por meio de desenho ou modelagem.
Para captura de pequenos animais e pássaros,
serão utilizadas rede de neblina assim como
armadilhas específicas para répteis e anfíbios.
“É bom lembrar que todos os animais recolhidos
Sauá / Callicebus personatus
são soltos após análise,” alerta Dorothea, que
se preparara para iniciar a segunda fase do
monitoramento em Ibirapitanga.
Material de campo:
• Adaptador Fotográfico - carregado por pilhas
alcalinas; (utilização de iscas)
• Rede de neblina - 7m x 2,5 m – malha: 12 mm
• Gancho para répteis
• Câmeras fotográficas
• Filmes fotográficos Kodak 135 mm - Asa 400,
coloridos para cópias em papel
• Binóculos Tasco - 7 x 15 x 35 mm – Zoom - Zip Focus
• Mini-gravador
• Luvas de pano e borracha
• Embalagens plásticas herméticas
• Pinças
• Lanternas
• Transparências e caneta específica - para
desenhar as pegadas
• Anel de PVC, gesso em pó, pote para
a mistura, espátula - para moldes em gesso
• Baldes de 60 litros
• Redes de nylon
• Trena, régua
• Guias de campo, livros e cd’s de vocalização
e identificação da fauna silvestre.
13
novas comissões
Grupos de associados
se reúnem para estudar projetos
Estudar a viabilidade de ações, projetos e normas da Reserva Ibirapitanga é tarefa das
Comissões Especiais da APRI. Constituídas em Assembleia e formadas por associados que
aceitam o convite à participação voluntária, as comissões têm a missão de levantar dados e
preparar propostas que serão submetidas à apreciação dos associados.
Três comissões estão em curso na Reserva. Os projetos incluem a construção de Hípica
e Clube Social, Pesca Esportiva no Lago, e alterações no Estatuto e Regulamento Interno
de Ibirapitanga. “A intenção é que na próxima Assembleia Geral, agendada para junho, já
existam propostas consolidadas para votação”, informa Adelmo Sampaio, presidente da
APRI. A partir de fevereiro, novas reuniões devem acontecer. “Quem tem interesse ainda
pode participar e será muito bem-vindo”, ele afirma.
Hípica e Clube
Instituída em 2008, a Comissão continua seu trabalho visando à elaboração de projeto para
Hípica e Clube Social que têm área e verbas já aprovadas. Em reunião em novembro, os
associados aproveitaram para visitar um haras próximo de Ibirapitanga e partem agora
para seleção de profissionais especializados neste tipo de projeto. Com relação ao Clube,
um questionário de pesquisa para levantamento do tipo de atividades e estrutura que ele
deverá ter já está pronto para ser respondido pelos associados. “A partir do resultado dessa
enquete teremos condições de definir as necessidades do projeto, explica Audrei Carvalho,
conselheira do Módulo II e coordenadora da Comissão.
Pesca Esportiva
Sauá Ibirapitanga
novembro | dezembro | janeiro | 2009/10 |
Polêmica, a atividade de pesca esportiva no Lago de Ibirapitanga tem seus prós e contras
em estudo pelos associados. Com reuniões realizadas em novembro e dezembro, uma
próxima reunião deverá ser agendada assim que a engenheira agrônoma Dorothea Pereira e
o aquicultor Cássio Ribeiro Ramos apresentarem análise da viabilidade da atividade no Lago
em seus aspectos legais e de preservação do meio ambiente. “Como há indicação proibitiva
de pesca na Reserva nos documentos de EIA-RIMA e, no Plano de Manejo, é reforçada a
ideia de preservação do Lago como lazer contemplativo, é preciso buscarmos orientação
antes de qualquer iniciativa”, alerta Ilka Paraiso, diretora de Meio Ambiente da APRI.
14
Revisão de Estatuto e RI
“Desde a fundação da APRI em 2002, quando seu Estatuto e Regulamento Interno foram
formalizados, houve um amadurecimento da relação dos associados com a própria Reserva,
pela vivência de situações nem sempre previstas”, comentou Sergio Mosca, vice presidente
da APRI, na primeira reunião da Comissão que avalia a adequação dos atuais documentos
às reais necessidades dos associados. “Temos alguns itens a serem ajustados e outros a
serem inseridos”, informa. Segundo ele, “a responsabilidade dessa Comissão é muito grande
e seria bom contar com a participação de mais associados”. No encontro, realizado em
novembro, foi decidido que os participantes da Comissão vão estudar detalhadamente cada
item dos documentos para, então, discutirem no próximo encontro as sugestões e, se for o
caso, cada membro se encarregar de uma área específica. “Devemos pensar nos interesses
da comunidade de moradores e associados e ter consciência de que as mudanças definirão
nosso futuro na Reserva”, Sergio enfatiza.
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Sauá
I b i r a p i t a n g a
AC Piantino
entre em contato com a secretaria da APRI
pelo telefone (11) 3555-6600, opção 1,
ou e-mail [email protected]
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viva Ibirapitanga
associados em destaque
funcionário em destaque
“Eu e minha família
adoramos a natureza”
“O Meio Ambiente
é uma paixão!”
RUBENS WAGNER
ANDERSON PEDROSO VIANA
D’AMATO FUMO E FAMÍLIA
Ele já foi monitor ambiental e agora é estagiário
A busca pela paz e pela tranquilidade era o que
no Viveiro de Mudas de Ibirapitanga. Faz quatro
Rubens Wagner D’Amato Fumo e sua família
anos que Anderson Pedroso Viana, de 18 anos,
buscavam quando compraram um lote em
conheceu a Reserva, aceitando o convite de sua
Ibirapitanga. O empresário lembra que o fato de
tia Angela Pedroso, secretária da APRI. A visita
o local ser uma RPPN pensada para cuidar de um
mudou a sua vida. Ele relata que descobriu um
trecho da Mata Atlântica foi o que mais o atraiu.
mundo novo que transformou sua percepção e o
levou a ter certeza de que seu futuro profissonal
envolveria a preservação ambiental e o estudo de
“A coisa mais interessante de
Biologia. A partir
Ibirapitanga é a Reserva em
daí se mudou
si, sem dúvida”, conta. Com
para Santa Isabel,
53 anos hoje, Rubens tornou-
para cursar o
Ensino Médio
na Quadra 39 do Módulo I, em 2002, com
e ficar perto de
uma área de aproximadamente 2.000 m². A
Ibirapitanga,
construção da casa veio só em 2006. “Não
atento a qualquer
houve transtornos na construção, tudo correu
AC Piant
A
n inoo
se proprietário de Lotes 9 e 10, localizados
oportunidade.
bem”, diz Rubens que, junto com sua esposa,
Maria, e seus filhos, Júlia e Filipe, utiliza a
Reserva para fugir da correria de São Paulo.
A família é amante da natureza e aproveita os
Não demorou
“Ibirapitanga
é uma escola”
fins de semana em que vai à Ibirapitanga para
muito e participou
do primeiro curso
de reflorestador.
Depois, veio
conhecer melhor o meio ambiente. “As trilhas
o treinamento para monitoria e o trabalho
são nosso passeio preferido na Reserva”, conta
nos finais de semana. Há 6 meses frequenta
Rubens, empolgado.
diáriamente a Reserva, cumprindo 30 horas
semanais como estagiário. Ele acompanha
as atividades do Viveiro e o projeto de Horta
Orgânica. À noite, continua sua formação em
Jacareí, integrando a segunda turma do curso
Técnico em Floresta. Vai se formar no meio do
ano. Esforçado e muito dedicado, Anderson
acredita que 80% do que sabe hoje se deve à
vivência em Ibirapitanga, especialmente aos
ensinamentos do agrônomo Eduardo Mazzer.
informação”, explica Anderson. Apaixonado pelo
que faz, sonha com a efetivação como técnico
F : Autor
Fo
Foto
novembro | dezembro | janeiro | 2009/10 |
“Ele é muito generoso em ensinar e passar
florestal da Reserva e, no futuro, cursar ensino
superior em sua área. Obstinado e com talento,
com certeza, Anderson vai longe!
na vizinhança
Encontre aqui profissionais, empresas e serviços próximos à Reserva Ibirapitanga.
Restaurante Djapa
Sauá Ibirapitanga
R. José Nasser Filho, 31 - tel: 4652-1442
Arujá - www.djapa.com.br
Contratado pela APRI na última Festa da Primavera, o bufê do restaurante de cozinha oriental Djapa, localizado em Arujá, oferece
um cardápio diferenciado para os apreciadores de pratos bem montados e saudáveis da culinária japonesa, incluindo ostras,
sushis, sashimis, tempurás, temakis entre outros. Para facilitar a escolha é disponibilizado no site do restaurante um dicionário
de nomes das refeições japonesas. O Djapa pode ser contratado para realizar eventos externos ou comemorações no próprio
restaurante, por meio do telefone 4652-1483 (tratar com Ester). O horário de funciomento é de terça a domingo, para almoço e
jantar. Faz delivery e abre nos feriados. Experimente.
Qual é o seu negócio? Para divulgar informações sobre seu negócio nesta coluna, entre em contato com a secretaria da APRI, telefone (11) 3555-6600,
opção 1, ou e-mail [email protected]
18
nossa natureza
Rãzinha
(Adenomera marmorata)
A espécie, da família Leptodactylidae, é conhecida popularmente como “rãzinha”. O
diminutivo é por causa de seu tamanho: ela tem, em média, 2cm, cabendo na ponta
de um dedo. Com preferência por locais úmidos, habita matas associadas a represas,
lagos e poças temporárias. Tem o costume de vocalizar antes do entardecer, porém,
quando os dias são chuvosos, já pela manhã, pode-se ouvir seu coaxar. Curiosamente,
durante o período de reprodução, prefere “fazer os ninhos” distantes da água. O macho
caprichosamente escava na terra uma cavidade de 3,5 cm de diâmetro com uma tampa
contendo um furo no centro, que é utilizado como entrada. Os ovos, em torno de dez,
são ali depositados e envolvidos por espuma, garantindo sua hidratação após eclosão.
O som que a Adenomera marmorata produz pode ser ouvido
no site http://amphibiaweb.org/.
fique atento
Limites de som
A Lei do Silêncio e o Regulamento Interno de
Ibirapitanga determinam que, após as 22h, os
moradores, inquilinos, associados, familiares,
funcionários e prestadores de serviço devem
evitar a emissão de sons e ruídos que
incomodem o resto da comunidade. Não só
as pessoas, mas os animais de Ibirapitanga
também são afetados pelo barulho que pode
interferir em seus hábitos e até fazê-los se
refugiarem em outros lugares. Portanto, tome
cuidado com o volume de som em eventos e
encontros na Reserva. A equipe de segurança
está disponível para orientar e resolver esse
tipo de problema.
19
fora da reserva
60%
Números Verdes
da poluição responsável pelo
efeito estufa vem do CO2
389
partes por milhão
é o nível atual de
CO2 na atmosfera
350
275
partes por milhão é o nível
máximo seguro de CO2
na atmosfera terrestre,
segundo os cientistas.
partes por milhão era o
índice medido há 300 anos
O que significa “partes por milhão”? A concentração de CO2 é medida dessa forma pois significa a proporção
do número de moléculas de dióxido de carbono para cada milhão de outras moléculas na atmosfera.
Para filtrar o ar
O que uma nave espacial, uma casa e
baixo custo e muito conhecidas por suas
uma empresa têm em comum?
qualidades ornamentais. Outras espécies
A resposta é a existência de várias
indicadas são a Hera e o Lírio-da-Paz.
substâncias químicas voláteis capazes
de fazer com que o ar que se respira
nesses ambientes seja até dez
novembro | dezembro | janeiro | 2009/10 |
filtros, indicadas para
quartos, pois liberam
ar externo. Para combater
oxigênio durante a noite.
o problema a resposta
Wolverton conta que
Essa foi a conclusão de
uma recente pesquisa
países como o Japão já
estão investindo em jardins
ecológicos dentro dos
divulgada pela NASA,
hospitais para melhorar
conduzida pelo
a qualidade do ar para
cientista Bill Wolverton,
pacientes e funcionários.
que testou diferentes
maneiras de combater
poluentes nos ambientes
internos das espaçonaves e acabou
concluindo a eficiência de várias plantas
Sauá Ibirapitanga
de-são-Jorge são excelentes
vezes mais poluído do que o
está no cultivo de plantas.
20
Também a Babosa e a Espada-
“Por precaução, somente
plantas cultivadas por
meio da hidrocultura devem
ser utilizadas nos hospitais, por
causa dos fungos e bactérias da
de fácil cultivo em locais com pouca
terra indesejáveis nesses ambientes”.
luz, cujos filtros naturais são capazes
O ideal, segundo o especialista,
de neutralizar a poluição interna.
Muitas espécies podem ser utilizadas
é ter uma planta para cada
9,29 m² quando cultivadas
para esse fim, como a Dracena,
em hidrocultura, e duas no
a Samambaia, o Filodendro e a
mesmo espaço, quando se
Jibóia, mas as mais eficientes
utilizam vasos de terra.
são a palmeiras Areca e Ráfis, de
Fonte: UOL Ciência e Saúde
Papel brasileiro
feito de plástico
Buscar uma alternativa à derrubada de árvores
para produção de papel era o objetivo de
pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos
(UFSCar) e engenheiros da fabricante de embalagens Vitopel,
apoiados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de
São Paulo (Fapesp). E a solução encontrada foi reciclar materiais plásticos para
criar um papel sintético, que lembra o papel-couchê.
Produzido a partir de garrafas pet, embalagens e frascos plásticos descartáveis,
o papel sintético tem maior durabilidade que o papel comum, pode ser reciclado
inúmeras vezes e é resistente à umidade. Poderá ser utilizado na indústria gráfica,
na impressão de publicações, produção de banners e outdoors, além de uso doméstico,
pois aceita lápis e caneta.
A Vitopel tem a intenção de lançar comercialmente o produto até abril, assim que
algumas etapas forem cumpridas, incluindo a criação de uma cadeia de fornecimento
da matéria-prima (o plástico descartado). Até lá, os envolvidos no projeto definirão o preço
com o qual deve chegar ao mercado, o que deve ser similar ao quilo do papel comum.
Fonte: Gazeta Mercantil
Concurso de
Fotografia de Aves
Estão abertas as inscrições para a 4ª edição
do Concurso Avistar Itaú BBA de Fotografia,
para profissionais e amadores que retratam
Manual
de Etiqueta
Sustentável
as aves brasileiras em qualquer ambiente,
desde que livres. Cada participante pode
inscrever até seis trabalhos e escolher as
categorias em que vai concorrer:
melhor foto, melhor registro e primeiras
Um excelente projeto do site
Planeta Sustentável orienta
o consumidor a tomar atitudes mais
sustentáveis no dia a dia e
avalia seus esforços
e impactos. Basta se registrar
aves (para iniciantes). O prêmio é de até
R$ 8000,00 e a organização recebe
inscrições até 22 de fevereiro.
Para saber mais sobre o concurso, acesse
www.avistarbrasil.com.br/concurso/2010/.
e responder às perguntas de cada tema
para obter pontuação a ser
comparada com a média geral.
http://planetasustentavel.abril.com.br/manual/
21
e ped e te
expediente
Sauá
I b i r a p i t a n g a
Publicação trimestral da Associação
dos Proprietários em Reserva
Ibirapitanga - APRI.
Produção editorial:
LuaC Comunicação e Arte,
www.luac.com.br
Jornalista responsável:
Lúcia Goulart - MTb 19.256
Direção de arte: AC Piantino
Revisão: Denis Galeano
Estagiários - Texto: Renato Rostás ,
Arte: Karina Tooge
Impressão: Hawaií Gráfica
e Editora - 1.000 exemplares.
*nota do editor: O Acordo Ortográfico
aprovado pelos oito países de língua portuguesa
é adotado nesta edição
A opinião dos entrevistados
e articulistas não reflete
necessariamente a opinião
da APRI.
anote
Horta Orgânica
Com a demarcação topográfica concluída e o cercamento da área em
andamento, a Horta Orgânica de Ibirapitanga tem parte de suas terras
em preparação para plantio e outra já plantada. A semeadura para
produção de milho verde foi consorciada com feijão e abóbora, com
colheitas previstas para o verão e outono. Para melhorar a condição do
solo, cuja roçada da vegetação rasteira de gramíneas tomou bastante
tempo, a adubação orgânica é realizada periodicamente, com material
fornecido por proprietário rural próximo de Ibirapitanga, informa
Eduardo Mazzer, engenheiro agrônomo da Reserva. “É um trabalho
lento, ainda mais porque o número de cooperados é pequeno” revela.
A expectativa é que a medida que a produção da horta aumente, o
numero de interessados envolvidos no projeto também cresça e o
trabalho tenha um maior rendimento.
APRI – Sede Social
Estrada do Ouro Fino - km 11,2
07500-000 - caixa postal 165
Telefone: (11) 3555-6600
Fax: (11) 3544-4648
Site: www.ibirapitanga.com
e-mail: [email protected]
Presidente: Adelmo Sampaio
Vice-presidente: Sérgio Mosca
Diretora-secretária: Rosi Ribeiro
Diretor-tesoureiro: Marcos Nunes
Diretora de Meio Ambiente: Ilka Paraíso
Diretor de Obras: José Luiz Matos
Diretor de Segurança: Robert Buchholtz
Conselho Fiscal: Yara Verona
e Nilson de Lima Barboza
Conselho Consultivo Módulo I:
Alexandre Cândido, José Roberto de
Souza, Rubia Adachi e Edson França
Conselho Consultivo Módulo II:
Audrei Carvalho e Rogério Doki
Sauá Ibirapitanga
novembro | dezembro | janeiro | 2009/10 |
Nossos Parceiros
para observar
Novos parques
O governo estadual paulista colocou sob “limitação administrativa provisória” uma área
de mais de 25 mil hectares de Mata Atlântica nas Serras de Itaberaba e Itapetinga,
região onde também está localizada a Reserva Ibirapitanga. Pelo decreto nº. 54.746,
publicado em 5 de setembro no Diário Oficial do Estado, ficam proibidas nessas áreas,
durante sete meses, quaisquer atividades que envolvam corte de vegetação nativa ou
outras práticas causadoras de degradação ambiental. O objetivo é a criação de dois
grandes parques estaduais. A área total das duas Unidades de Conservação propostas
(Itaberaba e Itapetinga) é de 29.073 hectares e abrange parte dos municípios de
Mairiporã, Arujá, Atibaia, Bom Jesus dos Perdões, Guarulhos, Nazaré Paulista e
Santa Isabel. Até março serão realizadas audiências públicas e outros procedimentos
necessários para a criação das novas unidades de conservação. A Reserva
Ibirapitanga, por meio da APRI, já foi comunicada para participar de reuniões sobre o
assunto em Arujá.
para aguardar
Vestiário e Churrasqueira para Campo de Futebol
Na última Assembleia Geral foi aprovada a construção de vestiário e churrasqueira para
atender aos usuários do campo de futebol. O projeto está em elaboração pela arquiteta
Luciana Correia Cuchieratto, indicada pela Cipasa. Para a construção, será aberta
concorrência entre as construtoras interessadas.
para usufruir
Instalação da Máquina de Gelo
Para conveniência dos associados, foi instalada máquina de gelo no hall entre os
vestiários masculino e feminino na Área de Convivência da Reserva Ibirapitanga. A
capacidade de produção é de 50 quilos por dia. A instrução é que o associado informe
à Secretaria a quantidade que planeja utilizar, especialmente nos finais de semana,
para não correr o risco de chegar à Reserva e o gelo já ter acabado ou estar reservado
para outros associados.
para saber
Assistência Médica aos funcionários de Ibirapitanga
A APRI está em negociação com a empresa SEISA para contratação de assistência
médica aos funcionários de Ibirapitanga.
para colaborar
22
Revista Sauá
Críticas e sugestões sobre esta publicação são bem recebidas.
Envie e-mail para [email protected] com o assunto “Revista Sauá”.
reservado para menores
Atividades divertidas para você aprender um pouquinho mais
sobre o universo da Reserva Ibirapitanga.
Jogo da Memória – Mamíferos de Ibirapitanga
Aprender enquanto nos divertimos é sempre mais gostoso. Então, que tal saber mais sobre a fauna de
Ibirapitanga com um jogo da memória? São 16 cartas com 8 pares de mamíferos que habitam as matas da
Reserva. O objetivo do jogo é localizar todos os pares, que devem estar embaralhados e com a face da figura
voltada para baixo. Você pode jogar sozinho ou com um amigo, virando duas cartas por rodada. Se formar
um par, as peças são removidas e o jogador pode tentar mais uma vez. Aquele que conseguir encontrar mais
pares é o vencedor.
Para montar o jogo:
Recorte esta página;
Cole-a em cima de um papel
branco, um sulfite ou cartolina,
espere secar e depois recorte
os cartõezinhos;
Embaralhe-os e
coloque-os de
cabeça para baixo.
Divirta-se!
23
www.reservaibirapitanga.com.br
PLANTÃO DE VENDAS: (11) 4656-0128
Realização e desenvolvimento:
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Revista Sauá nº 14 - Reserva Ibirapitanga