PARCERIA
UFMG/FAE E SMED/PBH :
um investimento que vale a
pena?
Belo Horizonte, dezembro 2009
Qual a importância que um investimento público em Curso de
Especialização pode ter para a prática de ensino na Escola
Básica e para os docentes que dele participam?
Em que medida pode-se afirmar que o desenho curricular
proposto favoreceu a formação dos sujeitos segundo as bases
conceituais tomadas como premissas para a organização do
curso?
O QUE DESEJÁVAMOS?
Alterações na postura pessoal: receptividade,
simpatia, capacidade de dialogar, entusiasmo,
flexibilidade diante do trabalho e da sala de aula.
Alterações nas escolhas pedagógicas ou de conteúdos
curriculares e nas formas e procedimentos de
avaliação dos alunos.
Alterações na postura diante da pesquisa, do
conhecimento acadêmico, na busca por novas
fontes de informação.
Alterações no domínio dos conteúdos da área.
QUESTIONÁRIO
30% respondeu que o curso favoreceu plenamente a
interação do docente com as questões da gestão da escola.
50% dos docentes respondeu que o curso favoreceu
parcialmente essa interação com a gestão global da escola,
80% considera que trabalham melhor junto com os demais
colegas,
10% considera que não sabem avaliar.
80% considera que o curso favoreceu plenamente a construção
de uma atitude de liberdade pessoal junto aos colegas da escola
para apresentarem suas opiniões pessoais e suas dificuldades.
20% fala de um processo de crescimento pessoal e de aquisição
maior de segurança diante do grupo.
QUESTIONÁRIO
• Todos os docentes que responderam ao questionário consideram
que passaram a se preparar melhor para as aulas, lendo com mais
freqüência jornais e revistas, utilizando dessas fontes nas
atividades de ensino
• Da mesma forma todos responderam que a partir do curso estão
mais interessados em assistir palestras, participar de eventos e
congressos.
• 80% considera que o curso favoreceu plenamente o
estabelecimento de uma relação pedagógica mais efetiva e
motivadora com os alunos e os demais concordam parcialmente
com essa afirmação, não havendo discordância.
• 60% considera que o seu aluno está se desenvolvendo mais,
participando mais das aulas. Consideram que sabem avaliar
melhor os alunos em seus avanços e dificuldades. Os demais
consideram que esses aspectos estão acontecendo parcialmente.
QUESTIONÁRIO
• A maioria afirma que procura desenvolver uma relação
pedagógica interativa, democrática, participativa e de
construção de uma dinâmica propositiva e autônoma de
trabalho.
• A idéia de fazer da experiência do curso uma vivência do
como se deveria tratar um estudante da escola básica foi
assumida como um eixo conceitual.
• A equipe coordenadora do curso procurou estar bastante
atenta para ouvir os professores/estudantes em suas
demandas, em suas experiências e suas propostas de ação.
• Observa-se que as relações interpessoais se constituem em
pontos nevrálgicos da relação escolar
DEPOIMENTOS
“ Esse curso foi a melhor idéia que a SMED já teve. A rotina
de dar 60 ou 70 aulas por semana é dura e você entra
nessa rotina e para de pensar. Hoje analiso a minha
prática e revejo o que fiz e o que faço. Vejo que já criei
coisas e que eu adoro a matemática.. Quando comecei
parecia que ia extrair o cizo. Hoje estou feliz demais.”
“ Há pouca divulgação e as pessoas falam: tome cuidado com
esse curso. No meu caso pesou o desejo de aprender. O
curso foi bom em todos os aspectos. Críticas vão existir,
mas como uma política pública é corretíssimo.”
DEPOIMENTOS
“Há vários pontos positivos em relação ao curso e aos
professores: A excelente qualidade das aulas dadas. O
envolvimento e a competência apresentada pela maioria deles,
a preocupação com a nossa prática escolar relacionando
sempre a teoria e a sua aplicação efetiva na escola, o interesse
deles pelas dificuldades apresentadas pelos nossos alunos e
por nós mesmos, tentando nos auxiliar sempre na busca de
alternativas para a aprendizagem.”
“ Achei muito positiva a forma dinâmica com que alguns
professores apresentaram seus conteúdos, aproveitando a
bagagem que nós trazemos do dia-a-dia.”
DEPOIMENTOS
“ Consegui assimilar melhor os conteúdos do
curso quando os professores foram capazes de me ver como
aluna, constituída de um conhecimento ainda precário e
único, com imensa vontade de aprender e, conseguiam chegar
até a mim. Tinham que, às vezes, serem humildes no
pensamento para saber como se processava o meu
entendimento e assim me ajudarem de modo melhor.”
“ Sendo outra vez estudante, percebi quanto é forte a influência
do olhar do professor sobre o aluno. Esse olhar pode fazê-lo
crescer ou... Aprendi com a análise das atividades, não
somente conhecimentos matemáticos, mas conhecimentos de
como a vida do aluno se revela em cada atividade. Hoje vejo
como é importante lançar um olhar de estranhamento sobre o
que o aluno realiza.”
DEPOIMENTOS
“O aspecto positivo do curso foi o relacionamento
com a turma até mesmo daqueles mais exigentes. Em relação aos
conteúdos trabalhados, todos, sem exceção acrescentaram à
minha prática em sala de aula. Foram pequenos detalhes,
atividades diferenciadas, apresentações diferenciadas que me
levaram a refletir, de modo positivo, no meu trabalho diário.”
“ O Curso de Pós graduação vivencia um processo avaliativo que
tem possibilitado aos estudantes questionar princípios de uma
avaliação tradicional, na medida em que abre espaços para
questionar um processo já dado. No andamento do curso a
interação entre formadores e estudantes tem tornado possível a
realidade de uma avaliação processual que oportuniza
questionar, opinar e dialogar acerca dos processos de avaliação
em tempo real.”
DEPOIMENTOS
“Como avanços, percebo que aprendi a importância do
conhecimento teórico mais aprofundado, buscando na leitura de
textos acadêmicos e outros, subsídios para possíveis intervenções
pedagógicas.”
“ Aprendi muito no sentido de ter um olhar acadêmico sobre as
produções de meus alunos, isto é, a análise da prática com
embasamento teórico, visto que fui forçada a ler muito para
escrever o meu projeto.”
DEPOIMENTOS
“Não tive avanço nenhum e tive todas as dificuldades
possíveis. Desde o entendimento da formatação do projeto ao
contato com os professores. Houve muita confusão e eu não
consigo trabalhar dessa forma. Não me senti estimulada com o
trabalho e nem tive o retorno que precisei. O pré projeto que foi
entregue às pressas e que foi devolvido cheio de comentários foi
o início do meu desestímulo.”
“Em relação ao Projeto de Ensino, sinceramente, sinto que até hoje
estou perdida. O tema escolhido por mim já vinha sendo
desenvolvido no ano anterior, porém sem a obrigatoriedade de
ser escrito. A partir do momento em que o registro tornou-se
obrigatório fiquei perdida. Mas com esse projeto avancei
principalmente na relação teoria x prática. Não apenas aplicar e
sim saber porque e como.”
Download

PARCERIA UFMG/FAE E SMED/PBH