BIOPIRATARIA • O termo "biopirataria foi lançado em 1993 pela ONG RAFI (hoje ETC-Group). • Alertar sobre o fato que recursos biológicos e conhecimento indígena estavam sendo apanhados e patenteados por empresas multinacionais e instituições científicas e, as comunidades que durante séculos usaram estes recursos e geraram estes conhecimentos não estão participando nos lucros. • De modo geral, biopirataria significa a apropriação de conhecimento e de recursos genéticos de comunidades de agricultores e comunidades indígenas por indivíduos ou por instituições que procuram o controle exclusivo do monopólio sobre estes recursos e conhecimentos. • Por enquanto, ainda não existe uma definição padrão sobre o termo biopirataria (baseado no relatório final da Comissão sobre direitos de propriedade intelectual -CIPR). • A Amazônia brasileira tem sido alvo de uma escalada crescente por seus recursos naturais, devido a ação dos biopiratas, em sua maioria turistas e pesquisadores estrangeiros que fazem contrabando de riquezas da fauna e da flora amazônica. • Apesar de tão rica e por isso exaltada no mundo inteiro, a Biodiversidade Amazônica continua a ser um desafio para todos que por ela se interessam. • O Brasil precisa assumir o comando e definir as regras para o intercâmbio, para que se possa combater a biopirataria: • A inexistência de uma política nacional estratégica para ciência e tecnologia. • o interesse crescente pelos conhecimentos tradicionais, que reduzem os custos e o tempo das pesquisas: • a defasagem brasileira em pesquisa, desenvolvimento e produção: • a falta de uma legislação que regule a exploração dos recursos naturais e, ainda, a exclusão social. • Não se pode descartar o interesse internacional pela Amazônia, que está na maioria das vezes, associado à realidade social do país e a total inexistência de uma política nacional estratégica para atividades de ciência e tecnologia, voltada para biomassa brasileira incluindo não só a Amazônia, mas também a mata atlântica, cerrado e alagados tornam-se fatais para estimular a biopirataria e as industrias que os patrocinam. • ao invés de se debater contra uma realidade irrefutável, o Brasil precisa aumentar sua competência como detentor das riquezas. • ditar regras e assumir o comando de um amplo intercâmbio internacional para fins de preservação e da exploração responsável da Amazônia. • Reportagem da Gazeta do Povo, enfoca a extensão da “biopirataria” que as empresas multinacionais farmacêuticas fazem em nosso patrimônio natural genético. • Um exemplo é o do veneno da cobra jararaca que é usado no exterior para produzir remédios sofisticados, que depois importamos. • Em 1992 no Rio de Janeiro foi assinada a Convenção da Diversidade Biológica , que previa direitos dos países fornecedores da diversidade biológica a participarem da renda. Os Estados Unidos não assinaram. • Depois em 1994 a Organização Mundial do Comércio baixou solução que revogou este direito dos países detentores da riqueza biológica. • As nações ricas nos impõem uma política para combatermos a pirataria de suas ”quinquilharias”, produtos eletrônicos etc. e nosso governo aceita isto, e pior permite que eles possam “piratear” à vontade nossa riquíssima biodiversidade da flora e fauna. • A indústria farmacêutica mundial movimenta US$ 400 bilhões de dólares por ano. As nações ricas subsidiam as empresas nas pesquisas científicas. • Aqui fazemos ao contrário, cobrando forte carga de impostos em qualquer negócio. Não temos uma política de investimento em pesquisa científica e daí ficamos na eterna classificação de país de terceiro mundo.