O Sistema Preventivo na
Ótica do Papa
Encontro 42
Subsídio
PPT - 042
1
“Dom Bosco realiza a sua santidade
pessoal através do trabalho
educativo”
( João Paulo II )
2
•Brota dessa experiência a sua
práxis pastoral e o seu estilo
pedagógico.
3
Não ao sistema repreensivo
4
Vida espiritual,
trabalho apostólico,
método educativo
são três aspectos de uma só
realidade:
5
•o amor, a
caridade
pastoral que
unifica e move
toda a
existência:
•ser na Igreja
sinais e
portadores do
amor de Deus
aos jovens.
6
“Este sistema apóia-se todo,
inteiro:
na Razão,
na Religião
e na Amabilidade
(Amorevolezza)”
(Dom Bosco)
7
Uma metodologia
pedagógica
Pedagogia
8
Uma proposta de
evangelização juvenil
Pastoral
9
Uma experiência
espiritual
Espiritualidade
10
O Sistema Preventivo
como pedagogia
11
O Sistema Preventivo é
também uma metodologia
pedagógica caracterizada:
12
· pela vontade de estar entre os
jovens compartilhando sua vida,
olhando com simpatia o seu
mundo, atentos às suas
verdadeiras exigências e valores;
13
· pela acolhida incondicionada
que se faz força promocional e
capacidade incansável de
diálogo;
14
· pelo critério preventivo que crê na
força do bem presente em todo
jovem, também no mais carente, e
procura desenvolve-la mediante
experiências positivas de bem;
15
· pela centralidade da razão, que
se torna bom senso das exigências
e das normas, flexibilidade e
persuasão nas propostas.
16
Da religião, entendida como
desenvolvimento do sentido de
Deus congênito a toda pessoa e
esforço de evangelização cristã;
17
da bondade, que se expressa
como amor educativo que faz
crescer e cria correspondência;
18
· por um ambiente positivo tecido
de relações pessoais, vivificado
pela presença amorosa e
solidária, animadora e ativadora
dos educadores e do
protagonismo dos próprios jovens;
19
· com um estilo de
animação, que crê nos
recursos positivos do jovem.
20
O Sistema Preventivo
como pastoral
21
Esta proposta original de
evangelização juvenil parte do
encontro com os jovens lá onde eles
se encontrem, valorizando o
patrimônio natural e sobrenatural
que todo jovem traz em si, num
ambiente educativo carregado de
vida e rico de propostas;
22
ele é atuado através de um caminho
educativo que privilegia os últimos e
os mais pobres; promove o
desenvolvimento dos recursos
positivos que têm, e propõe uma
forma particular de vida cristã e de
santidade juvenil.
23
Este projeto original de vida cristã
é organizado ao redor de algumas
experiências de fé, opções de
valores e atitudes evangélicas,
que constituem a
Espiritualidade Juvenil Salesiana
(EJS).
24
O Sistema Preventivo
como espiritualidade
25
O Sistema Preventivo encontra sua
fonte e centro na experiência da
caridade de Deus, que antecede toda
criatura com a sua Providência,
acompanha-a com sua presença e
salva-a dando a vida.
26
Essa experiência dispõe o educador a
acolher a Deus nos jovens, convencido
de que neles Deus lhe oferece a graça
do encontro com Ele, chamando-o a
servi-Lo neles, reconhecendo a sua
dignidade, renovando a confiança em
seus recursos de bem e educando-os à
plenitude da vida.
27
A caridade pastoral cria uma relação
educativa na medida do adolescente e
do adolescente pobre, fruto da
convicção de que qualquer vida,
mesmo a mais pobre, complexa e
precária, traz em si, pela presença
misteriosa do Espírito, a força do
resgate e a semente da felicidade.
28
A Razão
29
O termo “razão” sublinha, segundo a
autêntica visão do humanismo cristão,
o valor da pessoa, da consciência, da
natureza humana, da cultura, do
mundo do trabalho, do viver social, a
saber, daquele vasto quadro de
valores que é como a necessária
bagagem do homem na sua vida
familiar, civil e política.
30
Na encíclica Redemptor Hominis
João Paulo II recorda que
“Jesus Cristo é o caminho
principal da Igreja; esta via leva
de Cristo ao homem”.
31
É significativo observar que, já há
mais de cem anos, Dom Bosco
atribuía muita importância aos
aspectos humanos e à condição
histórica do indivíduo:
32
à sua liberdade, à sua
preparação para a vida e para
uma profissão, à assunção das
responsabilidades civis, num
clima de alegria e de generoso
empenho em favor do próximo.
33
Ele exprimia estes objetivos com
palavras incisivas e simples, tais
como “alegria”, “estudo”, “piedade”,
“sabedoria”, “trabalho”,
“humanidade”.
34
O seu ideal educativo é
caracterizado por
moderação e realismo.
35
Na sua proposta pedagógica há
uma união bem realizada entre a
permanência do essencial e a
contingência do histórico, entre o
tradicional e o novo.
36
O Santo apresenta aos jovens
um programa simples e, ao
mesmo tempo, empenhativo,
sintetizado numa fórmula feliz e
sugestiva: cidadão honesto,
porque bom cristão.
37
Em síntese a “razão”, na qual Dom
Bosco crê como dom de Deus e
como tarefa insubstituível do
educador, indica os valores do bem,
e de igual modo os objetivos a
perseguir, os meios e os modos a
usar.
38
A “razão” convida os jovens
a uma relação de
participação nos valores
compreendidos e
compartilhados.
39
Ele define-a também “bom senso”
para aquele necessário espaço de
compreensão, de diálogo e de
paciência inalterável, no qual
encontra atuação o não fácil
exercício da racionalidade.
40
Tudo isto, certamente, supõe hoje
a visão de uma antropologia
atualizada e integral, livre de
reducionismos ideológicos.
41
O educador moderno deve saber ler com
atenção os sinais dos tempos para
reconhecer os seus valores emergentes que
atraem os jovens: a paz, a liberdade, a
justiça, a comunhão e a participação, a
promoção da mulher, a solidariedade, o
desenvolvimento, as urgências ecológicas.
(João Paulo II, Carta Juvenum Patris, 10)
42
A Religião
43
O segundo termo, “religião”,
indica que a pedagogia de Dom
Bosco é constitutivamente
transcendente, enquanto o objeto
educativo último que ele se
propõe é a formação do crente.
44
Para ele, o homem formado e
amadurecido é o cidadão que tem fé,
que põe no centro da sua vida o ideal
do homem novo proclamado por Jesus
Cristo, e que é testemunha corajosa
das próprias convicções religiosas.
45
Não se trata – como se vê – de
uma religião especulativa e
abstrata, mas de uma fé viva,
arraigada na realidade, feita de
presença e de comunhão, de
escuta e de docilidade à graça.
46
Como ele gostava de dizer,
“colunas do edifício educativo” são
a Eucaristia, a Penitência, a
devoção a Nossa Senhora, o amor
à Igreja e aos seus pastores.
47
Eucaristia
Jesus
presente em
nós,
santificando
nossa vida e
nossas ações
48
Penitência ou
Reconciliação
Noção da
fealdade do
pecado, da
grandeza do
Perdão e da
infinita
misericórdia
de Deus
49
50
Maria
Mãe de Cristo
e Nossa Mãe
51
A sua educação é um
“itinerário” de oração, de
liturgia, de vida sacramental,
de direção espiritual:
52
para alguns, resposta à vocação de
especial consagração (quantos
Sacerdotes e Religiosos se formaram
nas casas do Santo!); para todos, a
perspectiva e a obtenção da
santidade.
53
Dom Bosco
éo
sacerdote
zeloso que
refere
sempre ao
fundament
o revelado,
tudo o que
recebe,
vive e doa.
54
Este aspecto da transcendência
religiosa, base do método pedagógico
de Dom Bosco, não só é aplicável a
todas as culturas, mas é adaptável,
com frutos, também às religiões não
cristãs.
(João Paulo II, Carta Juvenum Patris, 11)
55
Afabilidade ( Amorevolezza )
56
Enfim, sob o ponto de
vista metodológico, a
amabilidade
A Amorevolezza
57
Trata-se de uma atitude cotidiana,
que não é simples amor humano
nem apenas caridade sobrenatural.
58
A Amorevolezza exprime uma
realidade complexa e implica
disponibilidade, critérios retos e
comportamentos adequados.
59
A amabilidade é traduzida no empenho
do educador como pessoa totalmente
dedicada ao bem dos educandos,
presente no meio deles, pronto a
enfrentar sacrifícios e fadigas no
desempenho da sua missão.
60
Tudo isto exige verdadeira
disponibilidade aos jovens,
simpatia profunda e capacidade
de diálogo.
61
É típica e mais do que nunca
iluminante a expressão:
“Aqui, convosco, encontro-me bem;
estar convosco é precisamente a
minha vida”.
62
Com feliz intuição ele diz
claramente: o que importa é
que “os jovens não sejam só
amados, mas que eles saibam
que são amados”.
63
O verdadeiro educador, portanto,
participa na vida dos jovens,
interessa-se nos problemas deles,
procura dar-se conta de como eles
vêem as coisas, toma parte nas suas
atividades desportivas e culturais,
nas suas conversas;
64
como amigo amadurecido e
responsável, mostra itinerários e metas
de bem, está pronto a intervir para
esclarecer problemas, para indicar
critérios, para corrigir com prudência e
firmeza afetuosa, apreciações e
comportamentos censuráveis.
65
Neste clima de “presença
pedagógica” o educador não é
considerado um “superior”,
mas um “pai, irmão e amigo”.
66
Nessa perspectiva, devem
ser privilegiadas, antes de
tudo, as relações pessoais.
67
Dom Bosco gostava de
usar o termo
“familiaridade”, para definir
o relacionamento correto
entre educadores e jovens.
68
A longa experiência convenceu-o de
que sem familiaridade não se pode
demonstrar o amor, e sem essa
demonstração não pode nascer aquela
confidência, que é condição
indispensável para o bom êxito da
ação educativa.
69
O quadro das finalidades a alcançar, o
programa e as orientações
metodológicas adquirem consistência e
eficácia, se marcados por genuíno
“espírito de família”, isto é, se vividos
em ambientes tranqüilos, alegres,
estimulantes.
70
A este propósito, deve-se ao
menos recordar o amplo espaço e
a dignidade dados pelo Santo ao
momento recreativo, ao desporto,
à música, ao teatro ou – como lhe
aprazia dizer – ao pátio.
71
É ali, na espontaneidade e alegria dos
relacionamentos, que o educador sagaz
colhe modos de intervenção, tanto
leves nas expressões, quanto eficazes
para a continuidade e o clima de
amizade em que se realizam.
72
O encontro, para ser educativo, requer
um contínuo e aprofundado interesse
que leve a conhecer os indivíduos
pessoalmente e, ao mesmo tempo, as
componentes daquela condição cultural
que lhes é comum.
73
Trata-se de uma atenção inteligente e
amorosa às aspirações, aos juízos de
valor, aos condicionamentos, às
situações de vida, aos modelos
ambientais, às tensões, reivindicações
e propostas coletivas.
74
Trata-se de perceber a urgência
da formação da consciência, do
sentido familiar, social e político,
da maturação no amor e na visão
cristã da sexualidade,
75
da capacidade crítica e da justa
maleabilidade no desenvolvimento da
idade e da mentalidade, tendo sempre
bem claro que a juventude não é só
um momento de transição, mas um
tempo real de graça para a
construção da personalidade.
76
Também hoje, embora num contexto
cultural mudado e com jovens de
religião também não cristã, esta
característica constitui uma dentre
tantas instâncias válidas e originais
da pedagogia de Dom Bosco.
(João Paulo II, Carta Juvenum Patris, 12)
77
Espiritualidade Juvenil
78
A Espiritualidade Salesiana,
expressão concreta desta caridade
pastoral, constitui portanto um
elemento fundamental da ação
pastoral salesiana,
79
é sua fonte de vitalidade
evangélica, seu princípio de
inspiração e de identidade,
seu critério de orientação.
80
O segredo do êxito de Dom Bosco educador
está em sua intensa espiritualidade, ou seja,
naquela energia interior que, nele, une
inseparavelmente o amor de Deus e o amor
do próximo, de modo a conseguir estabelecer
uma síntese entre evangelização e
educação.
81
A atenção voltada para a Juventude
82
Trata-se de uma espiritualidade à
medida dos jovens, especialmente
dos mais pobres, que sabe
descobrir a ação do Espírito em
seu coração e colaborar no seu
desenvolvimento.
83
Uma espiritualidade do
cotidiano, que propõe a vida
ordinária como lugar do
encontro com Deus.
84
Uma espiritualidade pascal de
alegria na operosidade, que
desenvolve uma atitude positiva de
esperança nos recursos naturais e
sobrenaturais das pessoas, e
apresenta a vida cristã como um
caminho de bem-aventurança.
85
Uma espiritualidade de amizade
e relação pessoal com o Senhor
Jesus, conhecido e freqüentado
na oração, na Eucaristia e na
Palavra.
86
Uma espiritualidade de comunhão
eclesial, vivida nos grupos e sobretudo
na comunidade educativa, que une
jovens e educadores num ambiente de
família ao redor de um projeto de
educação integral dos jovens.
87
Uma espiritualidade de serviço
responsável, que suscita em jovens e
adultos um renovado empenho
apostólico pela transformação cristã do
próprio ambiente chegando ao
empenho vocacional.
88
•Uma
espiritualidade
mariana, que
se entrega
com
simplicidade e
confiança à
ajuda materna
de Nossa
Senhora.
89
Esta espiritualidade ajuda a
discernir e enfrentar os desafios
da ação pastoral, cria unidade
entre todos os que compartilham
e colaboram na missão.
90
Partilhando questões:
91
Questão 01
Onde encontra-se a
fonte e o centro do
Sistema Preventivo?
92
Questão 02
Quais são os valores
emergentes que atraem os
jovens e que o educador
moderno deve saber identificar?
93
Questão 03
Como Dom Bosco gostava de
dizer, quais são as Colunas do
edifício educativo?
94
Questão 04
A pedagogia do Sistema
Preventivo é válido, nos dias de
hoje, também para jovens de
religiões não cristãs?
95
Partilhando respostas:
96
Resposta 01
O Sistema Preventivo encontra sua
fonte e centro na experiência da
caridade de Deus, que antecede toda
criatura com a sua Providência,
acompanha-a com sua presença e
salva-a dando a vida.
97
Resposta 02
O educador moderno deve saber ler com
atenção os sinais dos tempos para
reconhecer os seus valores emergentes
que atraem os jovens: a paz, a liberdade,
a justiça, a comunhão e a participação, a
promoção da mulher, a solidariedade, o
desenvolvimento, as urgências
ecológicas.
(João Paulo II, Carta Juvenum Patris, 10)
98
Resposta 03
Como ele gostava de dizer,
“colunas do edifício educativo” são
a Eucaristia, a Penitência, a
devoção a Nossa Senhora, o amor
à Igreja e aos seus pastores.
99
Resposta 04
Também hoje, embora num contexto
cultural mudado e com jovens de
religião também não cristã, esta
característica constitui uma dentre
tantas instâncias válidas e originais da
pedagogia de Dom Bosco.
(João Paulo II, Carta Juvenum Patris, 12)
100
Elaborei este trabalho a partir da Carta
de João Paulo II: Juvenum Patris
Dom Bosco Pai e Mestre da
Juventude.
Sc Antonio Rodrigues da Silva
Pasta da Formação
101
Providências pós encontro:
Distribuir o texto 042 – T
Comunicar próximo
encontro: Encontro 47:
RVA – art. 46 – 47 e 48
102
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