CURSO DE HISTÓRIA ANTIGA Professor Sebastião Abiceu 6º ano Colégio Marista São José Montes Claros - MG 2ª AULA: EGITO EGITO EGITO, UM PRESENTE DO NILO. EGITO, UM PRESENTE DO NILO? A CIVILIZAÇÃO DO NILO Como ocorre até hoje, chovia pouco no vale do Nilo. O forte calor durante o dia , o frio à noite e o ar muito seco poderiam tornar impossível a vida agrícola. O milagre da sobrevivência humana deveu-se às cheias do rio Nilo e ao esforço coletivo do povo que ali viveu. Sem o rio Nilo o Egito seria? ( ) uma planície ( ) um lago ( ) um deserto Será que realmente o “Egito é uma dádiva do Nilo”? As cheias regulares do rio Nilo, a abertura de canais de irrigação e a construção de reservatórios de água possibilitaram a vida no Egito. Os egípcios acreditavam ter recebido dos deuses os conhecimentos e as técnicas da civilização. Sua religião era politeísta. Entre as inúmeras divindades estavam: Rá ou Amon-Rá, Hórus, Osíris, Ísis e Anúbis. Consideravam o faraó como a encarnação do deus Hórus. Escrita hieroglífica Conhecemos muito sobre a vida do Egito Antigo graças às informações escritas em papiro e nas paredes de seus túmulos e monumentos. O faraó era a autoridade máxima do Antigo Egito. Acreditava-se que ele era a encarnação do deus Hórus, filho do deus Osíris e protegido do deus Rá: um deus na Terra, o “senhor de todos os homens e dono de todas as terras”. O Estado egípcio era, portanto, uma monarquia teocrática. Distribuição da sociedade egípcia A maioria da população era composta pelos camponeses. Apesar de não possuírem nenhum prestígio social, o seu trabalho sustentava a sociedade egípcia e o poder do faraó. Não eram donos das terras e nem do que produziam: a sua produção pertencia ao faraó, aos sacerdotes e aos altos funcionários. Os camponeses só ficavam com uma pequena parte dos produtos colhidos. Eram ainda convocados para prestar serviços ao Estado nas grandes construções e obras públicas. Os ofícios e os cargos eram geralmente hereditários, o que tornava muito difícil a ascensão social. Apenas aqueles que pertenciam a elite tinham poder e riqueza. O ofício de escriba dava prestígio e chance de ascensão social. O escriba estava livre do trabalho braçal e era muito bem recompensado com terras, mantimentos etc. O escriba era responsável pela contabilidade dos templos, dos palácios e das aldeias e registrava também os grandes acontecimentos do reino. Todas as artes egípcias tinham finalidade religiosa. Para exaltar a divindade do faraó, foram construídas obras grandiosas. As pedras preciosas, a madeira e os artigos de luxo usados nas obras vinham de fora do Egito. Os antigos egípcios acreditavam na vida após a morte. De acordo com sua crença, o morto era julgado pelos deuses no tribunal de Osíris. Se fosse absolvido, poderia renascer, desde que seu corpo estivesse conservado. MÚMIA DE UMA RAINHA EGIPCIA Para o renascer dos mortos os egípcios desenvolveram a prática da mumificação dos cadáveres. Após a mumificação o cadáver era guardado no túmulo junto com seus pertences pessoais. As pessoas comuns também podiam ser mumificadas desde que tivessem recursos para pagar o mumificador. Os médicos egípcios eram cuidadosos na observação dos pacientes, sabendo distinguir diversos males, como tétano, cólera, pneumonia, varíola e hanseníase. Curavam muitas doenças e ferimentos, graças a seus conhecimentos sobre ervas curativas, práticas de higiene e de alimentação sadia. Realizavam amputações e outras cirurgias, chegando a fazer operações cranianas. Ao lado dos mortos das camadas privilegiadas era colocado o “Livro dos Mortos”, que ensinava as regras de comportamento na vida além-túmulo e diante de Osíris. A prática da mumificação contribuiu para o desenvolvimento da medicina. Os faraós construíram para si e sua família túmulos magníficos, como as pirâmides, que levavam muitos anos para ficarem prontas. Mas também existiram outros tipos de túmulo, como os escavados em rochas. FIM Isis, Osiris, hórus e Set